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MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Existem cinco modalidades de licitação. Estas estão previstas no art. 22, da Lei n.º 8.666/93,
assim definidas: concorrência, tomada de preço, convite, concurso e leilão. Porém, pela Medida
Provisória nº 2.026, de 04/05/2000, foi criado o “pregão” como nova modalidade de licitação. As
normas sobre essa nova modalidade constam da referida Medida Provisória, no entanto,
conforme o disposto em seu artigo 8º, as normas da Lei n.º 8.666/93 aplicam-se
subsidiariamente no que couber.

Em termos gerais, apresenta-se a concorrência como sendo a Modalidade de licitação que se


realiza com ampla publicidade para assegurar a participação de quaisquer interessados que
preencham os requisitos previstos no edital.

A concorrência é obrigatória para: 1 - Obras e serviços de engenharia de valor superior a um


milhão e quinhentos mil reais (atualizado na forma do art. 120, com a redação dada pela Lei nº
9.648/98); 2 - Compras e serviços que não sejam de engenharia, de valor superior a seiscentos
e cinqüenta mil reais; 3 - Compra e alienação de bens imóveis, qualquer que seja o seu valor,
ressalvado o disposto no artigo 19, que admite concorrência ou leilão para a alienação de bens
adquiridos em procedimentos judiciais ou mediante dação em pagamento (§ 3º do artigo 23,
alterado pela Lei nº 89.883/94); 4 - Concessões de direito real de uso (§ 3º do artigo 23); 5 -
Licitações internacionais, com ressalva para a tomada de preço e para o convite, na hipótese
do § 3º do artigo 23; 6 - Alienações de bens móveis de valor superior ao previsto no artigo 23,
II, b (artigo 17, § 6º);7 - Para registro de preços (artigo 15, § 3º, I).
Cabe ressaltar que, o que diferencia a concorrência das outras, é a amplitude de participação
de interessados.

Já a Tomada de Preços, prevista no art. 22, § 2º, é a modalidade de licitação realizada entre
interessados previamente cadastrados ou que preencham os requisitos para cadastramento até
o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária
qualificação.

Atualmente, qualquer interessado poderá apresentar a documentação exigida para o


cadastramento, até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas.

No convite a modalidade é realizada entre interessados do ramo de que trata o objeto da


licitação, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela Administração.
O convite é a modalidade de licitação mais simples. A Administração escolhe quem quer
convidar, entre os possíveis interessados, cadastrados ou não. A divulgação deve ser feita
mediante afixação de cópia do convite em quadro de avisos do órgão ou entidade, localizado
em lugar de ampla divulgação.

No convite é possível a participação de interessados que não tenham sido formalmente


convidados, mas que sejam do ramo do objeto licitado, desde que cadastrados no órgão ou
entidade licitadora ou no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF.
Esses interessados devem solicitar o convite com antecedência de até 24 horas da
apresentação das propostas.

No convite para que a contratação seja possível, são necessárias pelo menos três propostas
válidas, isto é, que atendam a todas as exigências do ato convocatório. Não é suficiente a
obtenção de três propostas. É preciso que as três sejam válidas. Caso isso não ocorra, a
Administração deve repetir o convite e convidar mais um interessado, enquanto existirem
cadastrados não convidados nas últimas licitações, ressalvadas as hipóteses de limitação de
mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, circunstâncias estas que devem ser
justificadas no processo de licitação.

Na modalidade concurso (concorrência) podem participar quaisquer interessados que na fase


de habilitação preliminar comprovem possuir requisitos mínimos de qualificação exigidos pelo
edital de execução do objeto da licitação.
Em síntese, O concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha
de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmio ou remuneração aos
vencedores, segundo critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial. É comumente
utilizado na seleção de projetos, onde se busca a melhor técnica, e não o menor preço.

O leilão é a modalidade de licitação na qual podem participar quaisquer interessados e deverá


ser utilizada predominantemente para a venda de bens móveis inservíveis, salientando-se que
esses não são, necessariamente, bens deteriorados, cabendo também para os casos de bens
que não têm mais utilidade para a Administração Pública. Caberá, ainda, para a venda de bens
semoventes (cavalos, bois, etc.)
Produtos legalmente apreendidos, em virtude de fiscalização, por exemplo, ou penhorados,
quando necessária a sua venda, também deverão ter sua venda processada por leilão. Nessa
aplicação, cabe uma ressalva com relação ao termo "penhorado", disposto no art. 22, § 5º da
Lei n°. 8.666/93. Na realidade, a expressão mais adequada deveria ser "empenhado", já que a
"penhora" é uma prerrogativa do Poder Judiciário, e não do Poder Executivo.

O Pregão é uma modalidade de licitação instituída pela Lei nº 10.520, de 2002, em que a
disputa pelo fornecimento de bens ou serviços comuns é feita em sessão pública. Pode ser
presencial ou na forma eletrônica. A modalidade presencial é regulamentada pelo Decreto
3.555, de 2000; A modalidade eletrônica é regulamentada pelo Decreto 5.450, de 2005. A
utilização do pregão destina-se, exclusivamente, à contratação de bens e serviços comuns,
conforme disposições contidas na legislação citada.
Nessa modalidade de licitação, os licitantes apresentam suas propostas de preço por escrito e
por lances - que podem ser verbais ou na forma eletrônica- independentemente do valor
estimado da contratação. Segundo a legislação vigente, os bens e serviços comuns devem ser
adquiridos mediante pregão. A inviabilidade da utilização do pregão deve ser justificada pelo
dirigente ou autoridade competente. Nas contratações para aquisição de bens e serviços
comuns para entes públicos ou privados, realizadas com recursos públicos da União,
repassados mediante celebração de convênios ou instrumentos congêneres, ou consórcios
públicos, será obrigatório o emprego da modalidade pregão, preferencialmente na forma
eletrônica, conforme estabelece o art. 4º, § 1o do Decreto nº 5.504, de 2005.
Pregão é modalidade de licitação em que a disputa pelo fornecimento de bens ou serviços
comuns é feita em sessão pública. Os licitantes apresentam suas propostas de preço por
escrito e por lances verbais, ou via Internet, independentemente do valor estimado da
contratação.
O pregão não se aplica à contratação de obras de engenharia, alienações e locações
imobiliárias.

Referências Bibliográficas
BOSELLI, Paulo. Simplificando as licitações : (inclusive o pregão). 2. ed. São Paulo : Edicta,
2002.
DALLARI, Adilson Abreu. Aspectos jurídicos da licitação. 6. ed. atual., rev. e ampl. São Paulo :
Saraiva, 2003.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de licitações e contratos administrativos : teoria, prática e
jurisprudência. São Paulo : Atlas, 2001.
GASPARINI, Diogenes. Direito administrativo. 4. ed. rev. e ampl. São Paulo : Saraiva, 1995.
JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. 3. ed. Rio
de Janeiro : Aide, 1994.

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