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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADEDE DE ENGHENHARIA
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CURSO: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DISCIPLINA: RELACÇÕES PUBLICAS E MARKETING
3°ano – PERÍODO: LABORAL

TEMA: As Relações Públicas e Marketing como actividade integrada no âmbito da empresa

DESCENTE:
Luísa Naira Elias De Azevedo

DOCENTE:
Ivo Jó

CHIMOIO, OUTUBRO DE 2021


Índice
1. Introdução.................................................................................................................................1

1.1. Objectivos..........................................................................................................................1

1.1.1. Objectivo Geral..............................................................................................................1

1.1.2. Objectivo Especifico......................................................................................................1

1.2. Metodologia.......................................................................................................................1

2. As Relações Públicas e Marketing como actividade integrada no âmbito da empresa............2

2.1. Conceito de Relações Públicas..............................................................................................3

2.2. O Conceito do Marketing......................................................................................................5

2.3. Distinção das Relações Públicas na Empresa........................................................................6

2.4. As principais áreas de actividade de um serviço das Relacções Publicas nas Empresas......6

2.5. A percepção do comportamento do consumidor...................................................................7

3. Conclusão................................................................................................................................12

4. Referências Bibliograficas......................................................................................................13
1. Introdução
As Relações Públicas devem planear os seus programas tendo em conta as três primeiras
variáveis (stakeholders stage, public stage e issue stage) e suas consequências potenciais. Lesly
(1995) diz que o objectivo das Relações Públicas não é controlar o público, mas sim ajudar
organizações e instituições a adaptarem-se aos seus públicos. Tal adaptação depende da
convergência da cultura e das crenças do público face às forças que actuam sobre este. As
especificações divergem em cada sociedade, mas os princípios a serem aprendidos e aplicados
são semelhantes.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Fazer um estudo extensivo e exaustivo acerca das actividades integrada no âmbito da
empresa nas Relacções Públicas e Marketing.

1.1.2. Objectivo Especifico


 Descrever as principais áreas de actividade de um serviço das Relacções Publicas nas
Empresas;
 Analisar o comportamento do consumidor.

1.2. Metodologia

Para a realização do trabalho recorri a diversas fontes com a finalidade de reunir uma
informação satisfatória e de fácil compressão através de consulta de obras, revisões
bibliográficas e pesquisas que efectuei na biblioteca electrónica, que versam sobre o tema em
destaque nas quais vem mencionadas no fim do trabalho.

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2. As Relações Públicas e Marketing como actividade integrada no âmbito da empresa
Qualquer organização tem a necessidade de criar relações com diferentes grupos e públicos para
que possa atingir as suas metas e objetivos. Para que a comunicação entre as partes ocorra de
forma eficiente, as organizações devem utilizar técnicas adequadas aos vários tipos de públicos e
às mensagens que pretendem transmitir. Para tal, as organizações dispõem das Relações Públicas
e do Marketing (Todelo e Fortes, 1989).

De acordo com Cascais (2001) define o Marketing como o conjunto de técnicas e atividades de
que uma organização dispõe e que buscam otimizar a relação entre a oferta e a procura de bens e
serviços.
Ainda focando o conceito do Marketing, Lindon et al. (2011) diz que este é um conjunto de
meios e de métodos que as organizações têm para se promover junto dos públicos pelos quais se
interessa, determinados comportamentos que sejam favoráveis à concretização dos seus próprios
objetivos.
Como forma de perceber a ligação entre as Relações Públicas e o Marketing, Toledo e Fortes
explicam que o Marketing está destinado “às comunicações persuasiva e informativa dos
produtos e serviços oferecidos pelas empresas” e que as Relações Públicas oferecem “apoio às
diversas iniciativas desenvolvidas pelas organizações, tanto a nível interno quanto externo”
(Toledo e Fortes, 1989:4).
De acordo com Lesly (1995), as Relações Públicas de Marketing buscam a promoção de
produtos e serviços; a detecção de diversos assuntos e oportunidades; a determinação da
postura da organização ao lidar com seus diferentes públicos; a geração de boa vontade
nos empregados, acionistas, governo, fornecedores, comunidade, revendedores, clientes,
simpatizantes; assim como a prevenção e o auxílio na solução de problemas surgidos
com mão de obra (Dornelles, 2011:53).
Kunsch (1997) e Kotler (2010) defendem que as Relações Públicas são uma atividade
administrativa de apoio ao Marketing e, portanto, está a função de Relações Públicas inserida na
área do Marketing. Kotler (2010) afirma que o Marketing evoluiu das atividades de distribuição e
vendas para algo mais amplo e mais complexo como estabelecer relações entre a organização e o
mercado em que se insere, dando aqui destaque para o papel das Relações Públicas com ações de
ligação das organizações com os mercados, através de atividades de imprensa, organização de
eventos e todas as outras ferramentas de que as Relações Públicas dispõem.
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2.1. Conceito de Relações Públicas
A função de Relações Públicas é a gestão da comunicação com os diferentes públicos nas
organizações, com o propósito de criar uma identidade e uma imagem organizacional que seja
bem acolhida pela opinião pública geral (Kunsch, 1999, in Farias 2004).
Ainda assim, apesar da polissemia em torno do termo “Relações Públicas”, é importante
conhecermos e percebermos os mais variados pontos de vista dos mais influentes autores nesta
área.

De acordo com Grunig e Hunt (1994:6) definem as Relações Públicas como sendo “a gestão da
comunicação entre a organização e os seus públicos”. Estes autores referem-se à comunicação
como sendo um ato de mover símbolos de e para outras pessoas, grupos ou organizações. Assim,
podemos dizer que os profissionais de Relações Públicas planeiam e executam o modo de
comunicar da organização como um todo. Eles gerem a informação sobre os seus públicos e em
seguida aconselham toda a organização sobre como fazer com que as políticas ou ações da
organização sejam eficazes junto dos seus públicos.

As Relações Públicas são uma função empresarial que contribui para o estabelecimento e a
manutenção de linhas de comunicação, compreensão, aceitação e cooperação entre a organização
e os seus públicos (Harlow, 1976 in Sebastião, 2012).

De acordo com Cutlip, Center & Broom (1999, in Sebastião, 2012) apresentam-nas como a
função de gestão que estabelece e mantém relações de mútuo benefício entre a organização e os
públicos que determinam o seu sucesso ou insucesso.

De acordo com Kotler e Keller (2010:593), de forma mais simples e direta, afirmam que as
“Relações Públicas envolvem uma série de programas desenvolvidos para promover ou proteger
a imagem de uma empresa ou de seus produtos em particular”.

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De acordo com Cabrero e Cabrero (2001) explicam que a atividade das Relações Públicas existe
para conseguir a credibilidade e confiança dos públicos. Dizem ser uma arte aplicada a uma
ciência social cujo objetivo e principal preocupação é o de satisfazer o interesse público da
sociedade mas também do empresariado privado, obtendo simultaneamente benefício para ambas
as partes.

De acordo Marchiori (2006) a atividade das Relações Públicas consiste em criar processos de
gestão dos relacionamentos que promovam a evolução da empresa na ótica da sua cultura
organizacional, pois esta, destaca a necessidade e a importância de relacionamentos efetivos, que
envolvam entendimento e comprometimento quer dos públicos como da organização.

Olhando agora para perspectivas mais profissionais, a Associação Brasileira de Relações Públicas
(ABRP), define Relações Públicas como sendo;
O esforço deliberado, planificado, coeso e contínuo da Alta Administração para
estabelecer e manter uma compreensão mútua entre uma organização públicas ou
privada e seu pessoal, assim como entre essa organização e todos os grupos aos quais
está ligada direta ou indiretamente (Associação Brasileira de Relações Públicas, 1955).

De uma forma ainda mais objetiva e pragmática, a Associação Consultora de Relações Públicas
(PRCA) do Reino Unido afirma que;
Relações Públicas é tudo sobre reputação. É o resultado do que você faz, o que você diz,
e o que os outros dizem sobre você. São usadas para ganhar a confiança e compreensão
entre uma organização e os seus diversos públicos – seja funcionários, clientes,
investidores, a comunidade local – ou todos os grupos interessados
(http://www.prca.org.uk/What_is_PR , consultado em 11/10/2021).
Esta também refere que “RP não é sempre sobre campanhas de curto prazo, tais como lançamentos de
produtos. Pode englobar objetivos estratégicos de longo prazo, tais como a construção de uma marca
e trabalhar com as comunidades locais”.
Após olharmos para estes vários conceitos, penso que podemos concluir uma ideologia comum. As
organizações não têm autonomia para escolher ter ou não ter Relações Públicas. Estas estarão sempre
presentes em todas as áreas de atuação de uma organização. As organizações, apenas têm de tomar,
ou não, a iniciativa de perceber qual a importância e o poderoso papel que as Relações Públicas
podem desempenhar, quando são bem geridas e planeadas, na estratégia de desenvolvimento da
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organização, ou se por outro lado preferem uma abordagem passiva em relação às Relações Públicas,
deixando as mesmas à sua sorte (Black, 2006).
Podemos então olhar para as Relações Públicas como uma forma de comunicação polivalente,
apetrechada com várias ferramentas e com um elevado nível de complexidade, que no fundo serve
para criar uma ligação comunicacional entre todos os setores da organização e os seus públicos,
criando assim uma identidade corporativa e um conceito institucional que chegará junto da sociedade
em geral. Assim, “o futuro das organizações depende da presença de competentes relacionamentos
com os seus públicos de interesse” (Fortes, 2002:13).

De acordo com Marchiori (2006:29) faz referência à importância da atividade de Relações Públicas
como sendo “fundamental, pois é vista como uma função de gerenciamento nas organizações, a qual
atua diretamente nos relacionamentos entre a empresa e seus stakeholders”.

2.2. O Conceito do Marketing


O Marketing pode ser considerado e entendido de forma estratégica, pois começa de fora para
dentro da empresa. Começa com um mercado bem definido, onde põe em foco as necessidades
dos consumidores, coordena todas as actividades que afectarão estes consumidores e produz
lucros através da obtenção e satisfação dos mesmos. Por outro lado, o processo de vendas começa
na fábrica e tem o seu foco nos produtos existentes na empresa e exige ênfase nas vendas e
promoções para produzir rentabilidade. Como outras profissões, também tem uma deontologia a
respeitar, baseada no Código de Ética da Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing
(Anexo 2).

O Marketing só existe quando uma entidade (organização ou indivíduo) tem algo para oferecer
que outra entidade (mercado) está disposta a adquirir, pois reconhece valor na oferta. A troca
realiza-se entre duas entidades que identificam vantagens em comprar e vender um determinado
bem ou serviço. As trocas que o Marketing gere devem ser mutuamente vantajosas. Todas as
partes envolvidas na troca têm de ganhar algo. Compete ao gestor de Marketing encontrar o
modo mais eficaz de satisfazer as partes envolvidas na troca e não só a organização a que
pertence. Se numa troca apenas uma das partes é que ganha (a que compra ou a que vende)
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dificilmente se repetirá nova troca entre essas duas partes. No Marketing, como actividade de
gestão, não há lugar para este tipo de trocas (Pires, 2008).

2.3. Distinção das Relações Públicas na Empresa


 Dirigem-se para os públicos e as suas relações, assim como os factores ambientais que
influenciam as suas características e interacções.
 Têm a credibilidade como meta principal.
 Buscam manter uma identidade corporativa consistente e verdadeira em todos os lugares e
entre todos os públicos que possa atingir.
 As comunicações em relações públicas são extremamente flexíveis em função das
circunstâncias a administrar, dos humores e dos variados segmentos da opinião pública com
que trabalha.
De acordo com Simões (1995) concorda com esta perspectiva do Marketing, mas afirma que está
amplitude do conceito de Marketing trouxe consigo um problema, o lado da redundância, isto é,
tudo, no mundo social, se explica por leis de trocas e todos os princípios que se submetem a estas.

De acordo com Kunsch (1997) recorda que os autores que defendem a independência
institucional das Relações Públicas sobre o Marketing sustentam que as primeiras trabalham com
questões que podem ter impacto na venda de produtos ou serviços, mas que, inegavelmente, há
problemas que exigem respostas imediatas com acções estratégicas; questões estas que se
desenvolvem no ambiente social das organizações, como problemas éticos, de protecção à saúde,
preservação ambiental, responsabilidade pública, posicionamento político, relações
governamentais, entre outras. A autora defende que estas questões devem ser da responsabilidade
das Relações Públicas e não do Marketing.

De acordo com Grunig e Hunt (1994) declaram que o processo das Relações Públicas divide-se em
sete formas de actuação, sendo as três primeiras vitais para a caracterização da área, e as restantes
estratégicas a qualquer tipo de planeamento.

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2.4. As principais áreas de actividade de um serviço das Relacções Publicas nas
Empresas
Muitas pessoas afirmam que o mercado de trabalho em qualquer âmbito comunicacional está
cada vez menor e pior.

Mas a verdade é que a facilidade de comunicação faz com que muitas empresas entendam a
urgência de contratar soluções profissionais para esse setor. Isso não é diferente com o
profissional de RP.

O mercado está em constante profissionalização, visto que é uma atividade relativamente nova,
bem como aponta para mais oportunidades. Já descrevemos quais as principais atividades que
profissionais de RP desempenham, mas vamos listar alguns cargos que um profissional de RP
pode ocupar:

 Assessor de comunicação

 Assessor de imprensa

 Gerente de eventos

 Relacionamento com o cliente

 Comunicação institucional

 Jornalista de marca

Essas são apenas algumas opções. É claro que, como em qualquer outra profissão, o RP não
desempenhará todas essas funções. Estamos apresentando possíveis campos de atuação desse
profissional.

2.5. A percepção do comportamento do consumidor


Todo consumidor tem um jeito próprio de observar tudo que o rodeia e analisar quando
interessar, ou não analisar, quando não interessar. Existem fatores emocionais que determinam o
modo como o cérebro reage aos estímulos no confronto de consumidor e produto; são os códigos
auditivos, visuais e cinestésicos que sugerem ao cérebro a perceber aquele determinado produto
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atendendo assim o seu desejo de consumidor no ponto de venda, ou levando-o até ele através de
propaganda que também foi criada observando esse critério.

Para a empresa conseguir sucesso de produto, tangível e intangível no mercado deve-se observar
a forma como o consumidor percebe o dia-a-dia faz uma projeção desse momento: do
consumidor no ponto de venda observando ou comprando um produto que desperte seu desejo e
sua atenção.

É relevante para o sucesso de marketing, o lançamento de produto com pesquisa e análise da


percepção do consumidor para o qual o produto está direcionado. A priori, é assim que se
concebe um produto, no seu planejamento e no seu desenvolvimento, onde de fato exista a
preocupação de não fugir da ideia principal: o tipo de consumidor baseado no seu código
perceptivo formando assim uma cadeia com sucessivos acréscimos de valor passando por
fabricante, atacadista, varejista e consumidor final.

Todos nós aprendemos por fluxo de informações que recebemos através dos nossos cinco
sentidos: audição, visão, paladar olfato, tato. Contudo, nós percebemos, organizamos e
interpretamos essas situações sensoriais de maneira individual. Percepção é o processo pelo qual
as pessoas selecionam, organizam, e interpretam informações para formarem uma imagem
significativa do mundo.

Um mesmo estímulo pode causar diferentes percepções, devido a três processos perceptivos:
atenção, distorção e retenção seletivas. A pessoa comum pode ser exposta a mais de 1500
propagandas por dia, mas não conseguem prestar atenção a todos esses estímulos. Atenção
seletiva, a tendência de rejeitar a maioria das informações às quais a pessoa é exposta sua
mensagem será inútil para a maioria daquelas que não participam do mercado de um determinado
produto. Porém, se a mensagem é bem direcionada com apelo e impacto bem esclarecido e
percebido, a mensagem se destacará no meio de muitas outras.

Alguns estímulos notados pelo consumidor nem sempre chegam até eles da forma desejada. Cada
pessoa tenta ajustar informações recebidas através de um padrão mental já existente. Distorção
seletiva é a tendência a interpretar as informações, dando-lhes um significado pessoal. O cliente
poderá ouvir o vendedor mencionar pontos positivos e negativos sobre um produto de outra

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marca, mas como ele tem uma forte inclinação pela marca mais famosa poderá distorcer esse e
chegar a uma conclusão de que a marca mais famosa é a melhor.

A percepção em seus códigos de absorção de uma mensagem diminui essas distorções mentais,
porque o cliente é atraído pelo produto que tem como característica a sua programação de leitura.
Existe um termo chamado retenção seletiva que faz com que os produtos analisados e não
adquiridos fiquem armazenados na mente. Isso significa que o que nos interessa a gente armazena
para adquirir posteriormente. Vendo uma propaganda do produto ou de determinada marca, com
certeza o consumidor comprará esse mesmo produto com uma enorme chance de ser da marca
anunciada.

Devido a esses três fatores perceptivos: exposição, distorção e retenção, o profissional de


marketing tem de trabalhar com inteligência para conseguir agregar valor em estímulos visuais,
auditivos e cinestésicos aos seus produtos e em suas campanhas publicitárias.

Os teóricos do aprendizado postulam que a maior parte do comportamento humano é aprendida, e


que o aprendizado ocorre através da inter-relação de impulsos, estímulos, sugestões, resposta e
reforço.

O impulso é um forte estímulo interno de auto-realização que exige ação, e impulso do cliente,
torna-se um motivo quando é mencionado para um objeto do estímulo específico para sua
programação. Sua idéia de comprar um produto é condicionada pela sugestão a sua volta.
Sugestões são pequenos estímulos que determinam quando, onde e como o cliente irá responder,
se esses estímulos são determinados para a percepção do cliente, o sucesso de venda é certo.

Ver produtos bem dispostos em vitrines, ouvir falar de promoções de produtos e preços e ser
influenciado pela esposa, são sugestões que influenciam na tomada e decisão do cliente podemos
estabelecer a demanda para um produto associando-o a fortes impulsos, quanto a sugestões
motivadoras e oferecendo um esforço positivo do vendedor no ponto de venda.

Por meio de ações ou aprendizado as pessoas formam suas crenças e atitudes, assim por sua vez,
influenciam o comportamento de compra. Crença é um pensamento descritivo da pessoa sobre
alguma coisa. O cliente pode acreditar que um produto de ótima qualidade e bem resistente custa
caro. Esta crença pode basear-se em comportamento real, opinião e fé, podendo ou não ser
acompanhada de larga emoção.
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O marketing interessa-se pela crença dessas pessoas quanto a produto e serviços específicos,
porque essas crenças constituem imagens de marcas e produtos que afetam o comportamento de
compra. Quando algumas dessas crenças são erradas e impedem a compra, esse profissional de
marketing tem de promover uma campanha para corrigi-las.

As pessoas têm atitudes quanto à religião, política, roupas, música, comida e quase todo mais.
Atitudes são avaliações, sentimentos e tendência relativamente consistentes quanto a um objeto
ou idéia. As atitudes levam as pessoas a gostar ou desgostar de coisas, aproximar-se ou afastar-se
delas. Assim, o consumidor poderá ter atitudes do tipo “compre o melhor”, “os brasileiros têm o
melhor produto do mundo” “criatividade e auto-expressão são as coisas mais importantes da
vida”.

As atitudes seguem um padrão, e é difícil mudá-las. Mudar uma atitude pode exigir ajustes difícil
em muitas outras. Portanto, a empresa deve tentar adequar seu produto a atitudes já existentes, a
não ser que o custo de tentar mudar essa atitude seja compensador.

Podemos agora entender as várias forças que atuam no comportamento do consumidor, levando
em conta que os códigos de percepção são decisivos para o desenvolvimento de atenção do
desejo e da satisfação do cliente. Sua escolha resulta da complexa interação entre fatores
culturais, sociais, pessoais e psicológicos. Embora muito desses fatores não possam ser
influenciados pelo marketing, hoje se sabe que nas ciências exatas e da computação são onde
estão os melhores profissionais de percepção visual, e nas ciências biológicas e médicas os
auditivos e nas ciências humanas e sociais os cinestésicos. Partindo desse fato podemos traçar o
perfil do consumidor para qualquer produto.

O profissional de marketing considera pesquisas motivacionais sem sentido, e que seus enfoques
apresentam certos problemas; as amostras são pequenas e a interpretações dos resultados, quase
sempre subjetivas o que causa explicações umas tanto exóticas sobre comportamento de compra
que são na verdade bastante comum. Porém, outros crêem que esses enfoques podem
proporcionar interessantes insights das relações entre os consumidores e suas marcas preferidas.
O profissional de marketing que utiliza a pesquisa motivacional acredita que através dessa técnica
flexível e variada chega-se a novas descobertas sobre as motivações misteriosas e profundas por
trás do comportamento do consumidor.

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Cada vez mais os profissionais de marketing se valem de abordagens ligadas a sensações e
emoções para sondarem a psique do consumidor e desenvolverem melhores estratégias de
marketing. Muitas agências de propaganda têm psicólogos e antropólogos e outros cientistas
sociais desenvolvendo pesquisas motivacionais. Uma dessas agências faz rotineiramente
entrevistas individuais, tipo terapia, para estudar os motivos subjacentes dos consumidores.
Outras pedem que os consumidores descrevam suas marcas favoritas se fossem animais ou carros
e a partir daí fazem uma análise desses fatos. O profissional de marketing que se utiliza de
pesquisas motivacionais acredita que através dessa técnica flexível e variada chega-se a novas
descobertas sobre as motivações misteriosas e profundas por trás do comportamento do
consumidor.

“A motivação projetista dos estímulos a percepção do cliente é considerada como a melhor forma
de avaliar o desejo e a Satisfação do consumidor onde são observados os índices de maior
percepção pelos consumidores”.

Os códigos perceptivos formam a personalidade do consumidor, sendo assim, um produto


elaborado para o consumidor auditivo terá em sua base de idéias construtivas a referência de
percepção do meio externo ao seu corpo através da audição que passa códigos auditivos para o
cérebro e são enviados estímulos auditivos em forma de desejo para o corpo atender aquele
estímulo. A gama de produtos para esse consumidor é concebida a partir de idéias ligada à saúde,
vida e beleza.

O visual é o consumidor que percebe o meio externo através da visão. A visão desse consumidor
é programada para receber e perceber estímulos visuais, desenvolvendo assim o desejo do
consumidor visual, se atendido o desejo, o corpo entra em estado de repouso, se não atendido o
corpo entre em estado de estress que transforma o desejo em uma vontade e termina por ser
arquivado no cérebro. O consumidor visual prioriza o padrão de qualidade por ser detalhista e
metódico.

O cinestésico tem percepção do meio externo a seu corpo através dos sentidos de Audição, visão,
paladar, olfato e tato. A criação de produtos para esse consumidor é a partir da percepção das
vontades. Os cinestésicos são homens e mulheres de formação por isso, formam opinião e são de
extremo interesse do marketing.

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3. Conclusão
Apesar de autores como Grunig e Hunt (1984), bem como Kunsch (1997), às vezes parecerem
renitentes nesta diferenciação, os contributos que os mesmos dão, acabam por ser grandes, no
sentido de que o foco de ambos diverge. Grunig e Hunt (1984) afirmam que as Relações Públicas
são uma ponte estratégica na organização, por serem as responsáveis pela comunicação dentro e
fora desta. O mesmo facto seria referenciado pela segunda organização entrevistada. Lesly
(1995), Fortes (1999) são autores que reforçam esta posição.

Contudo, Koter e Mindak (1978) afirmaram que existem cinco modelos de relacionamento entre
estas áreas: funções separadas, mas iguais; funções iguais, mas sobrepostas; Marketing como
função dominante; Relações Públicas como função dominante e, por último, ambos como
funções convergentes. Esta tipificação vai contra qualquer definição, pois como pode um
conceito ser tanta coisa ao mesmo tempo? Também, estes modelos são contrários à opinião do
estudo caso que afirma que as Relações Públicas não se devem submeter aos objectivos de
Marketing, dada pela terceira organização entrevistada e subentendida nas restantes.

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4. Referências Bibliograficas
CASCAIS, F. (2001), Dicionário de Jornalismo, As palavras dos media, Editora Verbo, Lisboa.

FORGUS, R. Percepção: o processo básico do desenvolvimento cognitivo. São Paulo: Herder:


EDUSP, 1971.

GRUNIG, J. e HUNT, T. (1984), Managing Public Relations, Holt. Rinehart e Winston, Nova
Iorque,.
GRUNIG, J. e HUNT, T. (1994), Public Relations Techniques, Holt. Rinehart e Winston, Nova
Iorque. HOLLAND, B; SKINNER, B. F. Análise do comportamento. São Paulo: EPU, EDUSP,
1974.

KOTLER, P. Princípios de marketing. 7. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos,


c1999.

LESLY, P. (1995) Fundamentos das Relações Públicas e da comunicação, Pioneira Edições, São
Paulo.

PIRES, A. (2008), Marketing – Conceitos, Técnicas e Problemas de Gestão, Edições Verbo, Lisboa.

SIMÕES, R. (1995), A estética das Relações Públicas, Editora Summes, São Paulo.

SIMÕES, R. (1995), Relações Públicas: função política, Editora Summus, São Paulo.

A percepção do cliente: uma estratégia de marketing. Disponível em


http://www.via6.com/vladimirbrandao. Acesso em: Outubro de 2021.

O comportamento do consumidor: um estudo de mercado. Disponível em


<http://www.via6.com/vladimirbrandao>. Acesso em: Outubro de 2021.

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