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GRADUAÇÃO

Unicesumar

GESTÃO DE
PATRULHAMENTO
E ESCOLTAS

Professor Esp. Adauto Silva Barros

Acesse o seu livro também disponível na versão digital.


Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
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Pró-Reitor de Ensino de EAD
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Presidente da Mantenedora
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NEAD - Núcleo de Educação a Distância


Diretoria Executiva
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Projeto Gráfico
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Jaime de Marchi Junior
Distância; BARROS, Adauto Silva. José Jhonny Coelho

Gestão de Patrulhamento e Escoltas. Adauto Silva Barros. Arte Capa
Maringá-Pr.: Unicesumar, 2019. Arthur Cantareli Silva
160 p. Ilustração Capa
“Graduação - EaD”. Bruno Pardinho

1. Gestão. 2. Patrulhamento . 3. Escolta 4. EaD. I. Título. Editoração
Juliana Duenha
ISBN 978-85-459-1918-6 Qualidade Textual
CDD - 22 ed. 363.2
CIP - NBR 12899 - AACR/2 Eloisa Dias Lourenço
Ilustração
Marta Sayuri Kakitani

Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário


João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade,
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil:
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba,
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades
de todos. Para continuar relevante, a instituição
de educação precisa ter pelo menos três virtudes:
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é
promover a educação de qualidade nas diferentes
áreas do conhecimento, formando profissionais
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está
iniciando um processo de transformação, pois quan-
do investimos em nossa formação, seja ela pessoal
ou profissional, nos transformamos e, consequente-
mente, transformamos também a sociedade na qual
estamos inseridos. De que forma o fazemos? Crian-
do oportunidades e/ou estabelecendo mudanças
capazes de alcançar um nível de desenvolvimento
compatível com os desafios que surgem no mundo
contemporâneo.
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógi-
ca e encontram-se integrados à proposta pedagógica,
contribuindo no processo educacional, complemen-
tando sua formação profissional, desenvolvendo com-
petências e habilidades, e aplicando conceitos teóricos
em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no
mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm
como principal objetivo “provocar uma aproximação
entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o
desenvolvimento da autonomia em busca dos conhe-
cimentos necessários para a sua formação pessoal e
profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita.
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fó-
runs e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe
das discussões. Além disso, lembre-se que existe uma
equipe de professores e tutores que se encontra dis-
ponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em
seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe
trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória
acadêmica.
CURRÍCULO

Professor Esp. Adauto Silva Barros


Pós-graduado em Auditoria e Perícia Contábil pela Faculdade Cidade Verde
de Maringá - (2014), graduado em Processos Gerenciais pelo Centro de Ensino
Superior de Maringá - CESUMAR (2011). Diretor Executivo do Grupo CAT. Tem
experiência na área de defesa, com ênfase em planejamento estratégico de
segurança e treinamentos teóricos e práticos para profissionais de segurança
privada. Atua como instrutor autorizado pela Polícia Federal junto a escolas
de formação de vigilantes desde 1986.

http://lattes.cnpq.br/5218393610353966
APRESENTAÇÃO

GESTÃO DE PATRULHAMENTO E ESCOLTAS

SEJA BEM-VINDO(A)!
Caro(a) acadêmico(a), é com grande satisfação que apresento a você o Livro de Ges-
tão de Patrulhamento e Escoltas. Este material trará a você conhecimentos no ambiente
acadêmico e será fundamental para a atuação como gestor de segurança no mundo
corporativo. Os riscos são reais quando falamos de segurança privada, portanto, peço a
você que reflita mesmo antes de começar a ler este livro: Quais são os riscos reais que a
atividade da segurança privada traz a sua vida?
Sabemos o quão é difícil pensar nos riscos impostos pela atividade, mas devemos sa-
ber que precisamos estar preparados para enfrentá-los dia a dia. A cada jornada que se
inicia, será uma nova oportunidade de desafios e novos riscos virão, para isso, é preciso
que você esteja preparado para resolvê-los de forma técnica, prática e com inteligência
de um gestor. Um fator importante é manter o foco no trabalho a ser executado, substi-
tuindo o “medo” pela “prudência”.
Você conhecerá, aqui, o todo o processo sobre patrulhamento e escolta armada, as si-
tuações de emprego no dia a dia, tipos de serviços que podem ser realizados, regras
básicas da segurança privada para esta atividade. Aprenderá sobre documentação a ser
providenciada para cada serviço a ser realizado, a importância de conhecer ambas as
partes que estarão sob a proteção da escolta armada, tanto o cliente como o transporta-
dor. É de suma importância que você, gestor de segurança, seja o elo mais forte entre o
cliente e a empresa, assim, a confiança nos serviços será maior e mais simples de validar
qualidade e comprometimento a cada operação.
Conhecerá o conceito de escolta armada e sua legislação, o que está previsto pela Polí-
cia Federal no que diz respeito a esta atividade. Aprenderá a preencher e executar todos
os cadastros necessários junto a cada serviço, chamado de planejamento operacional.
Na parte da execução operacional, também as regras básicas, mas indispensáveis para
um serviço de qualidade. Padronizar suas operações é fundamental, elas precisam ter
identidade própria da empresa, isto desde a prévia para o embarque até o retorno da
escolta armada após o serviço realizado, só assim terá o controle total sobre a situação.
08
SUMÁRIO

UNIDADE I

CONCEITOS

13 Introdução

14 Escolta Armada e Sua Legislação

20 O Cliente

22 Motorista ou Transportador

23 Tipos de Escoltas

29 Carga Segura

30 Considerações Finais

37 Gabarito

UNIDADE II

SISTEMA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS

41 Introdução

42 Implantação

45 Ordem de Serviços ou Ordem de Implantação

60 Fluxograma

63 Setor Operacional

69 Considerações Finais

75 Gabarito
09
SUMÁRIO

UNIDADE III

PLANEJAMENTO OPERACIONAL

79 Introdução

80 Cadastros Operacionais

84 Recepção de Solicitações

86 Solicitação de Atendimento pela Escolta

92 Recursos Para o Atendimento das Solicitações

94 Formalização do Atendimento

96 Considerações Finais

103 Gabarito

UNIDADE IV

EXECUÇÃO OPERACIONAL

107 Introdução

108 Recepção da Equipe Escalada

114 Rastreamento

117 Monitoramento da Equipe em Escolta ou Patrulhamento

119 Final do Serviço de Escolta

121 Conferência Final

123 Considerações Finais

129 Gabarito
10
SUMÁRIO

UNIDADE V

PADRONIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES E LEGALIDADES

133 Introdução

134 Equipe de Escolta Armada

136 Uniforme

138 Armamento

143 Equipamentos de Proteção Individual

148 Vigilante e sua Habilitação

155 Gabarito

150 Considerações Finais


Professor Esp. Adauto Silva Barros

I
UNIDADE
CONCEITOS

Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer a atividade legal do vigilante de escolta.
■■ Conhecer o contratante.
■■ Conhecer o condutor do veículo a ser protegido.
■■ Saber as diversas modalidades que podem ser executadas.
■■ Conhecer os serviços com veículos blindados.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Escolta armada e sua legislação
■■ O cliente
■■ Motorista ou transportador
■■ Tipos de escoltas
■■ Carga segura
13

INTRODUÇÃO

Caro(a) aluno(a), nesta unidade, você conhecerá a modalidade Escolta Armada


dentro da segurança privada. Abordaremos um apanhado geral sobre o tipo de
serviço e,, principalmente, a legalidade desta atividade específica sobre os olhos
da lei e o que é permitido na operação.
Conheceremos o embarcador, o qual chamamos de cliente, e isso dará sus-
tentação para um bom relacionamento entre contratante e contratado, ambas as
partes precisam deste vínculo de confiança para que o serviço saia a contento.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Identificaremos, também, o chamado transportado,que nem sempre é o contra-


tante, pode ser um terceiro que também,, como a escolta armada, presta serviço
ao nosso contratante. É importante conhecer o motorista, conversar, tirar dúvi-
das e, também, saber o tipo de caminhão que será utilizado.
Veremos os tipos específicos de serviços de escolta e quando podemos uti-
lizá-los, entenderemos que as modalidades podem variar conforme os tipos
de cargas a serem protegidas, como é previsto em lei, que as escoltas de carga
segura são utilizadas, mas dentro das normativas da legislação e que é fiscalizada
pela Polícia Federal.
Veremos, inclusive, ainda que os serviços de escoltas têm grande semelhança
com outras atividades existentes dentro da segurança privada, porém cada um
segue orientações específicas da legislação vigente que rege a segurança privada
no Brasil. A exemplo do que foi citado, o serviço de segurança pessoal privada
também é um tipo de escolta, mas a nomenclatura é outra, em vez de carga, a
escolta armada é feita para proteger pessoas. Alguns confundem as atividades,
mas você verá que a diferença é bem grande no serviço.
Você, enquanto gestor(a) de segurança, deve estar sempre atento(a) para que
sua empresa não exerça atividades de serviços às quais não está autorizada,pois o
risco deste tipo de atividade pode acarretar prejuízos financeiros e responsabilidade
criminal para quem exerce, ilegalmente, as funções não previstas e não autorizadas.

Introdução
14 UNIDADE I

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ESCOLTA ARMADA E SUA LEGISLAÇÃO

■■ Portaria n. 3.233/2012-DG/DPF, de 10 de dezembro de 2012 - Art. 1º - §


3º - Inciso III: - Este tipo de serviço é desenvolvido por empresas de vigi-
lância patrimonial privada, devidamente autorizada pela Polícia Federal,
por meio leis e normas vigentes que regem a atividade.

■■ Portaria n. 3.233/2.012-DG/DPF, de 10 de dezembro de 2.012 - Art. 63 -


Inciso I: - a empresa de vigilância, para receber a autorização do serviço
de escolta armada, deverá ter, no mínimo, 01 (um) ano de atividade no
mercado de vigilância, devidamente registrada junto à Polícia Federal.

■■ Portaria n. 3.233/2.012-DG/DPF, de 10 de dezembro de 2.012 - Art. 63


- Inciso II - deverá, ainda, a empresa manter sob regime de contrato de
trabalho 08 (oito) vigilantes de escolta armada, com experiência mínima
de 01 (um) ano na atividade de vigilância ou em transportes de valores.

CONCEITOS
15

■■ Portaria n. 3.233/2.012-DG/DPF, de 10 de dezembro de 2.012 - Art.


63 - Inciso III e suas alíneas: - deverá a empresa comprovar a posse ou
propriedade de, no mínimo, 02 (dois) veículos que deverão conter carac-
terísticas específicas, como:
a. Perfeitas condições de uso.
b. Quatro portas.
c. Sistema de comunicação ininterrupta com a base em cada unidade da
federação em que houver uma base da empresa.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

d. Ser padronizado com a marca da empresa.


e. Inscrições externas com nome da empresa e atividade a que está des-
tinado o uso.

■■ Portaria n. 3.233/2.012-DG/DPF, de 10 de dezembro de 2.012 - Art. 112


- § 7º - no momento da realização do serviço de escolta, está assegurado
ao vigilante o porte de arma bem como torna-se obrigatório o uso do
colete balístico, EPI previsto na NR-06, de acordo com as orientações do
comando do Exército Brasileiro.

Para conhecer um pouco mais da atividade e da importância da gestão, de forma


correta, é preciso saber de algumas particularidades dessa atividade.
Crime de roubos a cargas, no Brasil, é elemento de notícias a todo momento,
e para todos os tipos de produtos existe uma organização criminosa interessada,
a que chamamos, comumente, de crime organizado. Apesar de não haver uma
especificação própria sobre este tipo de ilícito em nosso Código Penal Brasileiro,
há definições com entendimentos pela forma como ele acontece. No entanto
assim chamamos por se tratar da movimentação e organização existente dentro
destas quadrilhas especializadas. Assim como a segurança deve ser qualificada,
no mundo do crime, eles também se qualificam.

Escolta Armada e Sua Legislação


16 UNIDADE I

Em toda ação em que há o crime roubo, tenha a certeza de que havia a infor-
mação precisa do que se queria conquistar. A informação surge de duas formas:
a. Informação Direta – é aquela que vem de dentro da empresa e pode ser
do transportador, do próprio contratante do serviço ou, até mesmo, por
intermédio dos próprios vigilantes da escolta.

b. Informação Indireta – é aquela que se consegue por meio da observação,


acompanhamento de olheiros que estão a serviço do crime.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 1-Sobre informações e seus perigos

No mundo do crime, há este tipo de criminoso que nunca apontou uma arma
ou deu voz de roubo, mas ele tem o dom de conseguir e comercializar entre as
quadrilhas as informações sobre as quais cada uma tenha interesse. Quando há
qualquer tipo de informação direta, é por que o dinheiro falou mais alto. Ledo
engano, pois, na maioria das vezes, esses que venderam a informação são presos,
até mesmo antes de receber sua parte, enquanto a quadrilha some. Dificilmente se
prende o dono da quadrilha, prendem-se os seus funcionários e gerentes contratados
para aquela ação. Ele estará longe, pois, caso a prisão ocorra, deverá providenciar

CONCEITOS
17

assistência jurídica aos comparsas e se preparar para um próximo crime, afinal, é


preciso recuperar o prejuízo desta prisão.
Muitas vezes, os armamentos utilizados nos roubos não são da quadrilha,
são alugados, então, também terão este prejuízo a cobrir. Certamente tenta-
rão outra ação para recuperar os prejuízos, na maioria, com um vulto maior de
valor para compensar a ação anterior. Sempre antes de se executar uma ação de
roubo, primeiro precisam da informação. Com ela em mãos, a quadrilha começa
a planejar a ação. Neste planejamento, eles contemplam todas as dificuldades e
a necessidade para executarem o roubo, e há planejamento que, dependendo da
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

dificuldade da informação, pode durar meses.


Depois dessa fase, vem a organização, momento em que eles providenciarão
tudo que foi elencado no planejamento, como quantos homens precisarão para a
ação, que tipo de armas e explosivos serão necessários, quantos veículos e de que
tipo precisarão, o que cada um fará no momento da ação, rotas de fuga, cobertu-
ras e distrações para a polícia, local para levar a carga produto do roubo, enfim,
todos os detalhes estão acertados e alinhados para que tenham sucesso no crime.
Sendo assim, são necessárias três coisas importantes para ter sucesso no roubo:
a. Informação.

b. Planejamento.

c. Organização.

Veja você que, primeiro vem a Informação, se não houver a informação, não há
o que se planejar e nem organizar. Ela é a peça mais importante para se evitar
quaisquer tipos de ação criminosa.
É importante lembrar que informação faz parte do sigilo profissional, este é
previsto em lei no nosso Código Penal Brasileiro (SEÇÃO IV – dos crimes con-
tra a inviolabilidade dos segredos Art. 154 e seu § único).

Escolta Armada e Sua Legislação


18 UNIDADE I

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 2 - Sigilo ainda é a maior segurança

Na atividade de segurança, a maior arma é a Prevenção, que é o ato de agir antes


para não precisar reagir depois, estar um passo à frente do criminoso, ter o ele-
mento surpresa a seu favor, e não com o inimigo.

Figura 3 - Prevenção é a melhor arma para evitar o sinistro

Muito perigoso ao profissional de segurança é o chamado excesso de confiança,


é o ponto crítico da atividade, é o momento em que ele acha que nada mais acon-
tecerá com ele, então, acontecem os descuidos no dia a dia, e isso pode levá-lo à
morte. Não importa quanto tempo de atividade profissional tenha, importante
é que cada missão a ser cumprida é uma nova jornada, com riscos diferentes
entre os acontecimentos. A cada parada você poderá ser surpreendido caso não

CONCEITOS
19

domine a situação com um nível elevado na prevenção. Quanto mais alto sua
capacidade preventiva for, menor a chance ao inimigo.
Quando você deixa sua casa e sua família para ir ao trabalho, o que mais
quer é voltar para casa. Mas quer voltar como? É isso que precisa saber, voltar
vivo, com saúde e com sentimento de dever cumprido, isso é o mais importante.
Você, futuro(a) gestor(a) de segurança privada, deve fazer sempre com que sua
equipe esteja preparada, comprometida e disciplinada. Faça reuniões ouvindo e
compartilhando informações com seus vigilantes, desta forma, sempre estará com
sua equipe diferenciada entre os outros. A empresa existe por meio dos negócios,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

estes que dependem de como o mercado vê o trabalho oferecido por ela, e isso
é reflexo direto dos seus vigilantes enquanto exercem suas atividades diante dos
clientes e pessoas estranhas, é esta imagem que será lembrada sempre.
O sucesso de toda operação está baseado, principalmente, no comportamento
dos seus vigilantes, na postura, na ética e no comprometimento, por isso, é de
suma importância que o gestor esteja sempre alinhado com a visão da empresa,
transmitindo, assim, aos seus as mesmas ideias. Você, gestor de segurança pri-
vada, também é um administrador, e todos os dias lidará com situações diferentes
para resolver, é importante que se tenha competência para todas as situações.

• Informações
Conhecimentos • Saber o quê
• Saber o porquê

COMPETÊNCIA
• Técnica • Quero fazer
• Capacidade Habilidades Atitudes • Identidade
• Saber como • Determinação

Figura 4 - As três dimensões da competência


Fonte: Durand (2000) apud (BRANDÃO; GUIMARÃES, 2001, p. 10).

Escolta Armada e Sua Legislação


20 UNIDADE I

Veja, na figura anterior, que competência é um conjunto de coisas que se fundem


para se complementar, conhecido como CHA. Portanto, você e seus vigilan-
tes deverão estar imbuídos no mesmo sentimento. De acordo com Francisco
(2018, p. 53):
[...] os clientes de serviços, por muitas vezes, apresentam-se dispostos
a pagar mais pelo serviço e assim reduzirem o risco percebido, que se
relaciona ao grau de importância e a incerteza da compra.

Serviço é um bem intangível, só se consegue ser medido pela sua qualidade, o


que fará sempre a diferença.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O CLIENTE

O cliente é o embarcador, aquele que contrata o serviço de escolta para proteger


suas mercadorias no trajeto por onde elas passarão. É importante que você, ges-
tor, conheça muito bem seu cliente, assim, poderá oferecer o melhor a ele, isso é
também o quesito preventivo do negócio, pois é preciso saber da seriedade do
cliente, o que ele vende, de onde vem a mercadoria, se é produção própria, ou
se é revenda. Entender o todo do processo, isso evita riscos.
De acordo com Leite (2016, p. 36): “[...] risco é um evento com probabili-
dade de acontecer”. Pense no caso de você vender um serviço de escolta para um
cliente que negocia cargas roubadas ou desviadas. Caso essa carga seja apreendida

CONCEITOS
21

durante o trajeto, sua empresa também estará sujeita a responder sobre os fatos.
Por mais que sua empresa nada tenha com isso, o desgaste da imagem pode cus-
tar muito caro e para recuperar é demorado no mercado de hoje. Você precisa,
neste momento, conhecer o embarcador/cliente, já combinar com ele os proce-
dimentos para este serviço, por exemplo:
a. Saber o destino.
b. Que produto protegerá.
c. Pontos em que o veículo transportador fará suas paradas de apoio.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

d. Prazo para a chegada ao destino.


e. Se é carga única ou fracionada.
f. Se a escolta é de ponto a ponto, ou se será em vários pontos diferentes.
g. Onde será o ponto de partida do serviço.
h. Saber o número de veículos/caminhões que será escoltado.
i. Quem será o motorista ou os motoristas.
j. Se for mais de um, qual será o veículo à frente do comboio.
k. E outros detalhes que, no momento da visita, possam ser relevantes para
a execução do serviço.

Clientes podem demitir todos de uma empresa, do alto executivo para bai-
xo, simplesmente gastando seu dinheiro em algum outro lugar.
(Sam Walton)

Estas informações levantadas por você, gestor, serão de grande valia na hora do
seu briefing com a equipe que escoltará a carga, assim, poderá muni-la de infor-
mações que ajudarão a cumprir sua missão com mais competência e prevenção.

O Cliente
22 UNIDADE I

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
MOTORISTA OU TRANSPORTADOR

Este pode ser o proprietário do veículo ou simplesmente o motorista empregado,


mas, em qualquer uma das situações, o procedimento será sempre o mesmo por
parte da equipe de escolta armada.
Quando dá chegada da equipe ao ponto de partida, deverá ocorrer a inte-
ração da equipe com o motorista ou os motoristas. Neste momento, a equipe de
escolta deverá combinar todas as ações durante o percurso, como a rota, oitine-
rário, os códigos de emergência entre motorista e viatura da escolta, o que fazer
em situações de emergências, os pontos de parada para alimentação e outras
necessidades, conferência da nota fiscal e conferência dos lacres da carga.
a. Rota: é o endereço final da carga ou os endereços em caso de cargas fra-
cionadas.

b. Itinerário: é o trajeto a ser combinado com o motorista e devem ser con-


siderados também os pontos de apoio e de risco para o serviço.
Conforme destaca Meireles (2008, p. 495): “[...] os itinerários são, geralmente,
prédeterminados pela gerência de operações e, na sua escolha, alguns pontos
precisam ser observados com o intuito de minimizar riscos e/ou ajudar a equipe
quando for envolvida em um sinistro”.

CONCEITOS
23

Pontos de apoio são aqueles que podem oferecer algum tipo de segurança à
escolta em situações de risco, exemplo: posto de Polícia Rodoviária, Quartéis do
Exército ou de Polícia Militar, hospitais, borracharias, postos de combustíveis.
Por isso também a importância do briefing feito por você, gestor, com a equipe
antes da saída da base da escolta. Estes pontos também devem ser passados pelo
vigilante da escolta ao motorista que fará o serviço.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

TIPOS DE ESCOLTAS

Há vários tipos de serviço de escolta que podem ser realizados. É comum pensar que
só se faz escolta de carga ou de um caminhão em deslocamento dentro do estado ou
do município. Você conhecerá com detalhes todas e quando são realizadas.

Tipos de Escoltas
24 UNIDADE I

É importante que o gestor saiba sempre que a cada operação de escolta po-
derão ocorrer novas situações de riscos e de sinistros, portanto, não esqueça
de manter sua equipe sempre treinada e atenta às novas modalidades de
roubos.
Fonte: o autor.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ESCOLTA RODOVIÁRIA OU INTERESTADUAL

Escolta armada de cargas realizadas entre municípios do mesmo estado, entre


estados próximos ou longínquos, regiões metropolitanas ao seu domicílio ou,
ainda, entre municípios de estados diferentes. Nos casos de escoltas interesta-
duais, há empresas com sede em outros estados que realizam a troca da equipe
de escolta no itinerário por se tratar, às vezes, de uma distância muito longa.
Quando isso acontece, o cansaço pode causar riscos à segurança da carga e, prin-
cipalmente, das pessoas envolvidas no processo.

Figura 5 - Escolta em rodovias

CONCEITOS
25

ESCOLTA URBANA OU LOCAL

A escolta armada dentro do seu domicílio ou região metropolitana sempre precisa


de atenção redobrada por parte da equipe, pois, na maioria das vezes, o desloca-
mento é mais lento, o que pode favorecer a ação do criminoso.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Figura 6 - Escolta em perímetro urbano

ESCOLTA COM TEMPO ESTIMADO OU À


DISPOSIÇÃO

A escolta armada fica à disposição do cliente durante


o tempo que ele achar necessário, por isso, é cha-
mada de tempo estimado ou à disposição. Este tipo
de escolta pode ser utilizado em pátios de esperas
para descargas, em uma operação única de entrega,
em que a equipe só acompanha a chegada e a des-
carga da mercadoria a ser entregue, oferecendo a
segurança por prazo prédeterminado, serviço reali-
zado por hora, previamente negociado com a empresa
Figura 7 - Escolta com
de escolta armada. tempo determinado

Tipos de Escoltas
26 UNIDADE I

ESCOLTA PORTA A PORTA OU FRACIONADA

A escolta armada acompanha cargas que farão entregas fracionadas em diversos


pontos. Este tipo de escolta demanda atenção redobrada da equipe, pois os pon-
tos podem ser lojas de eletrônicos, supermercados, shopping centers, farmácias
entre outros tipos. Neste tipo de local, sempre há circulação maior de pessoas e
veículos, o que coloca em risco alto a operação.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 8 - Escolta dentro de cidades

ESCOLTA DE PRESERVAÇÃO

A escolta armada protege de forma


parada, pode acontecer em casos de pane
mecânica do caminhão, acidentes, pode
ser também usada em pátios de carga e
descarga. Assim como a escolta de tempo
estimado, é comum ocorrer a necessidade
de outra equipe de escolta ser deslocada Figura 9 - Escolta em caso de acidentes ou panes
para proteger carga, principalmente,se
no caso do sinistro houve o envolvimento da viatura da escolta que acompanhava
a carga, ou também, conforme o local, se for de alto risco, recomenda se que seja
reforçado a escolta para a proteção necessária e evitar novos sinistros.

CONCEITOS
27

ESCOLTA AÉREA

A escolta aérea é desarmada e embar-


cada em helicóptero descaracterizado,
utilizada para a prevenção de roubo
de cargas de comboios com alto valor
agregado. Seu papel principal é dar
apoio e agilizar procedimentos ime-
diatos em caso de sinistros. Este tipo de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

serviço não tem vinculação com a legis-


lação vigente, pois se trata de um “plus”
de apoio à operação quando se envolve
muito valor agregado no transporte. Figura 10 - Escoltas aéreas feitas com helicópteros

ESCOLTA VELADA

A escolta velada, a exemplo da aérea, também é desarmada, e não ostensiva, ou


seja, não se usam uniformes é feita á distância, de forma a manter a descrição,
pode-se utilizar carros ou motos nesses casos, o que também ajuda nos contin-
genciamentos em ações de emergências. Este tipo de serviço não tem vinculação
com a legislação vigente, pois se trata de um “plus” de apoio a operação.

Figura 11 - Escolta sem uso de uniformes e equipamentos

Tipos de Escoltas
28 UNIDADE I

CARGA SEGURA

O que chamamos de carga segura também é um tipo de escolta, mas neste formato
é realizado com utilização de veículos blindados e que substitui um transportador
comum, uma escolta ou os gerenciadores de riscos. No entanto esta modalidade
só é permitida para empresas autorizadas pela Polícia Federal para o serviço de
transportes de valores.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 12 - Veículo blindado

Nesse caso, na maioria das vezes, também estará envolvida a Segurança Pública
para aumentar a prevenção e a sensação de segurança. Conforme destaca Meireles
(2008, p. 491):
[...] o carro forte é um veículo blindado, portanto a questão de peso
não pode ser esquecida. É fundamental que o motorista tenha cuidados
especiais para que consiga um bom rendimento e desempenho com
máxima segurança na atividade fim.

Sendo assim, percebe-se que é preciso , percepção do profissional de segurança


sobre as características do veículo bem como conhecimento sobre o itinerário,
a rota e os riscos. Por isso, a importância de o gestor de segurança estar muito
bem integrado com sua equipe, essa é sem dúvida alguma, a forma mais ade-
quada para evitarmos riscos desnecessários que podem custar a vida de alguém.

CONCEITOS
29

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta unidade, você conheceu um pouco da atividade da escolta armada, prin-


cipalmente sobre sua legalidade. É importante que você se lembre sempre de
que as leis da segurança privada são rigorosas, apesar de não parecer, pois não é
notícia comum de se ver ou ouvir sobre empresas que são punidas ou fechadas
por não estarem dentro da legalidade prevista.
Você conheceu, aqui, também um pouco da nomenclatura utilizada den-
tro do serviço de escolta armada, cada tipo de serviço que pode ser executado
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

e os processos que devem seguir uma ordem, isto para que, no final, todos se
fundam, e o serviço seja realizado com assertividade e com a qualidade espe-
rada pelo cliente, que é a fonte mais importante do serviço de escolta armada.
Sempre terá novidades, nunca um cliente será igual ao outro, produtos, veícu-
los, normativas próprias, estruturas, funcionários, frotas, enfim, a cada dia um
cliente novo, um novo desafio para você, gestor, de escolta armada.
É de suma importância que conheça bem o que será transportado pelo seu
cliente e será a partir da daí que conseguirá mensurar e preparar todo o serviço
sobre sua gestão. Quando se olha a quantidade de processos, parece que não
haverá fim e faz refletir se realmente realizará esta escolta de verdade. Pois é,
todo o processo que vimos até agora pode ser resolvido em um dia ou em uma
hora, depende de como é a organização que você dará para este atendimento.
Ainda sobre os serviços, você viu alguns tipos de escolta que não estão pre-
vistos na legislação, pois são aplicadas em forma de apoio, e não de proteção
preventiva, que são as escoltas veladas, aquelas em que o vigilante não estará uni-
formizado nem armado . Da mesma forma a escolta aérea pode ser com o uso
do helicóptero, ou, hoje, com a tecnologia, este custo pode ser reduzido e com
menor risco, utilizando-se o VANT – (Veículo Aéreo Não Tripulado) ou como
é conhecido popularmente, o drone.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
30

1. Nesta unidade, você conheceu alguns assuntos pertinentes à escolta armada,


entre eles estão os tipos de escolta armada que pode ser realizado no dia a dia
das atividades da empresa, obedecendo sempre o modelo para cada serviço
vendido ao cliente. Assinale, a seguir, a alternativa que corresponde à escolta
armada de preservação:
a) Escolta para entregas dentro da cidade.
b) Escolta realizada de ponto a ponto do cliente.
c) Escolta realizada em local de acidente, pátios de carga e descarga ou pane
mecânica.
d) Escolta feita com horários de início e fim previstos.
e) Escolta porta a porta.
2. Quando você realiza uma escolta velada solicitada pelo cliente, a empresa de
escolta armada deve seguir a legislação sobre todo o serviço a ser realizado,
neste caso, a escolta velada está prevista em qual das leis a seguir?Assinale a
alternativa correta.
a) Portaria n. 3.233/2.012-DG/DPF, de 10 de dezembro de 2.012 - Art. 1º - §
3º - Inciso I.
b) Portaria n. 3.233/2.012-DG/DPF, de 10 de dezembro de 2.012 - Art. 5º - §
3º - Inciso III.
c) Portaria n. 3.233/2.012-DG/DPF, de 10 de dezembro de 2.012 - Art. 1º - §
5º - Inciso II.
d) Portaria n. 3.233/2.012-DG/DPF, de 10 de dezembro de 2.012 - Art. 2º - §
4º - Inciso IV.
e) Não está previsto na legislação este tipo de serviço.
3. Quando você for executar uma escolta armada, um dos pontos importantes a
definir é o itinerário e a rota que serão executados este serviço, entre eles deve
se seguir orientações básicas para melhorar a segurança do cliente e do trans-
portador. Quais dos itens a seguir você precisa definir sobre o itinerário para
garantir o mínimo de segurança em caso de sinistros?
a) Onde estão localizados os restaurantes na rodovia.
b) Quais os postos de combustível têm restaurante.
c) Qual a localização dos hotéis a margem da rodovia.
d) Postos de Polícia Rodoviária, Quartéis do Exército, Polícia Militar.
e) Onde estão parando as escoltas de outras empresas para aumentar a segurança.
31

4. Aqui, você viu os tipos de informação que existem no mundo do crime, ou seja,
como elas são processadas até chegar às organizações criminosas de forma
completa para que estas possam executar um roubo. Sendo assim, qual alter-
nativa a seguir corresponde a uma informação Indireta?
a) Informação passada pelo motorista que está transportando a carga.
b) Informação conseguida por meio de observação e acompanhamento por
olheiros do crime.
c) Passada pelo próprio contratante.
d) Passado pelos próprios vigilantes da escolta armada.
e) Passada pelos funcionários do cliente.
5. Conforme prevê a Portaria n. 3.233/2.012-DG/DPF, de 10 de dezembro de 2.012
- Art. 63 - Inciso III e suas alíneas, a empresa de escolta armada precisa compro-
var a propriedade mínima de quantos veículos destinados à escolta e qual é
uma das características obrigatória para uso?Assinale a alternativa que apre-
senta a resposta correta:
a) Deverá comprovar 4 veículos em qualquer estado de conservação.
b) Deverá comprovar 6 veículos, e todos com rádio transmissor instalado a bor-
do.
c) Deverá comprovar 2 veículos caracterizados com a marca da empresa e a
que serviço se destina.
d) Deverá comprovar 3 veículos blindados.
e) Deverá comprovar 2 veículos baixo e, pelo menos 2 motos.
32

Gestão de serviços e a experiência do consumidor

O cenário econômico atual está cada vez mais constituído pela oferta de serviços em
complemento a produção e venda de bens físicos. Pode-se dizer que isso representa
uma mudança cultural e de comportamento dos consumidores, uma vez que preferem
trocar dinheiro por tempo e adquirir serviços que gerem melhor qualidade de vida e os
proporcionem maior tempo para atividades de lazer. As empresas têm aí a oportunida-
de de tomar uma decisão estratégica para agregar valor ao produto, garantir diferencial
e vantagem competitiva no segmento de mercado em que atuam e, obviamente, fazer
da prestação de serviços uma fonte alternativa de lucratividade. Os produtos (bens físi-
cos), por sua vez, são criados para prover uma necessidade de um serviço e o desafio do
profissional do marketing é transformar a experiência do serviço em benefício concreto.
Segundo Kotler (2000) “à medida que as economias evoluem, uma proporção cada vez
maior de suas atividades se concentra na produção de serviços [...]”. Muitas ofertas ao
mercado consistem em um “mix” variável de bens e serviços.
Hoffman e Bateson (2003), no livro ‘Princípios de Marketing de Serviços’, diferenciam
bens e serviços da seguinte maneira: “bens podem ser definidos como objetos, dispo-
sitivos ou coisas, ao passo que serviços podem ser definidos como ações, esforços ou
desempenhos.” Já para Quinn (1987), serviços são “todas as atividades econômicas cujo
produto não é uma construção ou produto físico, é geralmente consumido no momen-
to em que é produzido e proporciona valor agregado em formas (como conveniência,
entretenimento, oportunidade, conforto e saúde) que são essencialmente intangíveis,
de seu comprador direto.”
Este conceito nos dá a clara visão de como é difícil identificar a oferta de um bem físico sem
que para isso tenha havido qualquer esforço, ação ou desempenho por parte de quem
oferece o produto. Diante disso, cabe conhecermos algumas características do serviço, que
nos ajudarão a compreender não só o seu conceito, mas também a natureza da sua presta-
ção, no que tange, principalmente, a experiência do cliente, enquanto usuário do serviço.
Características dos Serviços
Com base no conceito de Hoffman e Bateson (2003), cuja essência do serviço está numa
ação, esforço ou desempenho, temos aí a primeira característica dos serviços: Intangibili-
dade: Embora a prestação de serviços inclua bens tangíveis, o serviço em si, naturalmente
é intangível, não se podemos vê-lo, tocá-lo ou estocá-lo; é de difícil mensuração de quali-
dade e preço, cuja percepção daquela varia conforme o usuário direto do serviço.
As demais características decorrem da essência intangível dos serviços: serviços são pe-
recíveis, não podem ser estocados, são produzidos e consumidos simultaneamente, de
maneira interativa, fazendo com que o cliente seja parte do processo produtivo do ser-
viço. E por ser realizado essencialmente por pessoas em benefício de outras, e cada ser
humano é único em suas diferenças, a prestação de um serviço nunca é igual ao outro,
ao passo que a percepção da qualidade do serviço recebido também varia de consumi-
dor para consumidor. Em suma, serviços são intangíveis, perecíveis, heterogêneos e tem
33

sua produção e consumo simultâneos (inseparabilidade), conferido a interatividade do


cliente nesse processo.
“Pelo fato de os serviços geralmente apresentarem um alto nível de qualidades experi-
mentáveis e credenciáveis, sua aquisição apresenta um maior índice de risco. Esse fato
tem diversas conseqüências. Em primeiro lugar, os consumidores de serviços geralmen-
te confiam mais nas informações do boca-a-boca do que em propaganda. Em segundo
lugar, eles dão grande importância ao preço, aos funcionários e aos fatores visíveis ao
julgarem a qualidade. Em terceiro lugar, eles são altamente fiéis a prestadores de servi-
ços que os satisfazem” (Kotler, 2000).
Quanto maior a atenção dispensada à gestão destas características na produção dos
serviços, através de treinamento e qualificação da equipe de atendimento, da manuten-
ção dos fatores visíveis ao cliente (instalações e aparatos tecnológicos) e da gestão do
relacionamento com o mesmo, maior a possibilidade de proporcionar a melhor experi-
ência ao consumidor, conseguir fidelizá-lo e garantir o eficiente marketing boca-a-boca.
Segundo Kotler (2000), “orquestrando diversos serviços e mercadorias, podemos criar,
apresentar e comercializar experiências.” Com isso, podemos concluir a importância da
gestão dos serviços tendo em vista que esta representa a gestão da experiência do usu-
ário dos serviços prestados pela empresa, ou seja, qual a percepção do cliente sobre o
benefício recebido e como ele interioriza a experiência na sua mente.
Fonte: Veras (2011, on-line)1.
MATERIAL COMPLEMENTAR

Gestão De Segurança Privada


Gilberto Barrancos Romero
Editora: Ebook Kindle
Ano: 2018
Sinopse: o autor tenta passar a toda população de profissionais
que exercem várias funções no ramo de segurança privada, o que
ele adquiriu ao longo dos mais de 45 anos de atuação na área,
desde guarda patrimonial, supervisor de área, gerente e analista de
treinamento, durante esses anos adquiriu conhecimento de como
admitir e analisar o perfil de vigilantes, porteiros e recepcionistas que
atuam em empresas, condomínios, escolas, faculdades, hospitais etc.

Manual de Escolta Armada: Segurança no Transporte de


Cargas
Marcelo Cordeiro
Ano: 2015
Editora: Createspace
Sinopse: é um livro que trata sobre a segurança no transporte de
cargas, que ocorre como parte da operação logística, compondo desta
forma a cadeia de suprimentos com o objetivo de prevenir perdas
patrimoniais. O objetivo desta obra é reduzir o abismo existente
entre a formação profissional e a execução da atividade em campo.
Os formados profissionais encontrarão estratégias, técnicas e táticas organizadas didaticamente,
facilitando o entendimento, sua aplicação e até mesmo a implantação dos serviços, servindo como
fonte de consulta para aqueles que desejam investir neste nicho de mercado. Como livro didático,
ele desdobra toda a operação de escolta armada citando antecedentes históricos, apresentando
noções sobre logística, direção defensiva, segurança eletrônica, comunicações e fases da operação
propriamente dita.
MATERIAL COMPLEMENTAR

Escolta Armada
Ano: 2012
Sinopse: a Escolta Armada é um trabalho altamente técnico e
especializado. Os envolvidos nesse trabalho devem estar muito
bem preparados, pois a falta de atenção e/ou não seguir os
procedimentos podem levar a operação a graves incidentes. Conheça
os procedimentos operacionais e as tecnologias utilizadas. Saiba
identificar as empresas clandestinas. Previna-se contra incidentes no
transporte de cargas!

O curta relata muito bem algumas situações vividas pelos vigilantes de escolta armada, mostra
empresas que não valorizam e que não se importam com a vidae, ainda, as informações diretas
citadas nesta unidade.
Web: https://www.youtube.com/watch?v=t5QzSKHs7nE.

Material Complementar
REFERÊNCIAS

FILLIPIN, M.; SILVA, P. R. da; KOYAMA, R. E. Administração de conflitos e relaciona-


mentos. Maringá: Centro Universitário de Maringá, 2013..
FRANCISCO, C. C. B. Marketing de Serviços. Maringá: Centro Universitário de Ma-
ringá, 2018.
LEITE, T. A. S. Gestão de Riscos na Segurança Patrimonial. [S.l]:  Qualitymark, 2016.
p. 36.
MEIRELES, N. R. Manual do Gestor de Segurança corporativa. [S.l]: Etera, 2008.
POLÍCIA FEDERAL. Portaria n. 3.233/2012-DG/DPF, de 10 de dezembro de 2012.
Dispõe sobre as normas relacionadas às atividades de Segurança Privada. D.O.U.
Brasília: Ministério da Justiça, 2012. D.O.U. Brasília: Ministério da Justiça, 2012. Dispo-
nível em: http://www.pf.gov.br/servicos-pf/seguranca-privada/legislacao-normas-
-e-orientacoes/portarias/portaria-3233-2012-2.pdf/view. Acesso em: 27 jun. 2019.

REFERÊNCIA ON-LINE
1 Em: https://administradores.com.br/artigos/gestao-de-servicos-e-a-experiencia-
-do-consumidor. Acesso em: 27 jun. 2019.
37
GABARITO

1. C.
2. E.
3. D.
4. B.
5. C.
ANOTAÇÕES
Professor Esp. Adauto Silva Barros

SISTEMA OPERACIONAL

II
UNIDADE
DOS SERVIÇOS

Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender os aspectos da Implantação.
■■ Estudar ordem para implantação do serviço.
■■ Estudar o plano de ação.
■■ Compreender o conceito de fluxograma.
■■ Estudar o setor operacional.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Implantação
■■ Ordem de Serviços ou Ordem de Implantação
■■ Plano de Ação
■■ Fluxograma
■■ Setor Operacional
41

INTRODUÇÃO

Nesta Unidade, você aprenderá sobre o sistema de operações dos serviços, ea


primeira parte será a mais importante, pois se trata da implantação, que consiste
em fechar negócio com o contratante. Feito isso, vamos àparte da organização. É
importante que você, gestor, realize sempre um levantamento completo sobre seu
cliente, desde a empresa e todas as necessidades deste serviço. Quando definida a
parte do cliente, começará a organização dentro da sua empresa.
Tudo que foi combinado junto ao cliente deverá ser repassado a todos os
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

setores envolvidos com uma missão. O setor operacional organizará viaturas,


armas, coletes e munições, e a equipe fará o serviço. O setor financeiro providen-
ciará os recursos, caso necessário, para o deslocamento e para que possa faturar
os serviços prestados da forma que foi combinado. O setor de recursos huma-
nos verá as disponibilidades de equipes para a operação. O setor jurídico deverá
ser informado, pois, caso haja algum sinistro, ele deverá ter as informações cla-
ras para poder tomar providências.
Passadas todas as informações aos setores da empresa sobre esta operação,
você deverá elaborar o plano de ação para tal. Este plano deve conter todas as
informações sobre o cliente, a equipe que fará o serviço e o transportador res-
ponsável pela carga, terceiros ou o próprio contratante.
Depois você unirá a parte comercial ao operacional, preenchendo os formu-
lários de informação interna desta operação e, para finalizar este serviço com
o retorno da equipe, deverá ser feita uma vistoria final, conferência de tudo que
foi utilizado e verificar se está tudo em conformidade, ou seja, como planejado
desde o momento que começou a implantação.
Apresentaremos alguns modelos de planilhas simples, mas que farão dife-
rença na conclusão do serviço, trarão informações detalhadas e ferramentas
para que a operação seja realizada com sucesso. Lembre-se, gestor(a), dentro de
grandes corporações, o profissional com maior visão da atividade sempre será o
destaque, cabe a você manter a qualidade do serviço e a organização, cuide sem-
pre de tudo com se você fosse o dono da empresa. Vamos lá?

Introdução
42 UNIDADE II

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IMPLANTAÇÃO

Você verá que esta fase começa logo após o fechamento do contrato por parte do
departamento comercial, e, quando concluído, é a hora de o gestor operacional
entrar em ação para que o serviço aconteça. O primeiro passo é fazer contato com
o cliente, e poderá ser pessoalmente ou até por e-mail, pois, às vezes, a distância
não permitirá a visita direta. Em caso do contato por e-mail, é importante que
já exista formatado um breve questionário a ser respondido pelo cliente com as
informações necessárias. Esta fase dará amparo a você para a execução do ser-
viço com maestria e a contento do cliente. Saber quais são os desejos e anseios
do cliente pode ser seu maior diferencial para facilitar todo o trabalho.
Após o término desta fase, você, gestor(a), deverá validar em qual depar-
tamento comercial o serviço poderá ser realizado, sendo assim, ele emitirá a
ordem de serviço para que se inicie todo o processo interno da operação. Nesta
ordem de serviços, deverá constar algumas informações pertinentes para que
tudo saia a content:.
a. quantidade de vigilantes de escolta armada será necessário para reali-
zar o serviço.

SISTEMA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS


43

b. Número de viaturas que serão utilizadas.

c. Tipo de serviço de escolta que foi contratado.

d. Provisão de recursos financeiros para a equipe em deslocamento.

e. Tempo estimado do serviço.

Quando esta ordem de serviço estiver concluída, deverá também ser enviada a
todos os setores da empresa para conhecimento e para que cada um execute a
sua parte com maestria, garantindo, assim, o sucesso e satisfação do cliente. Após
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

informar aos setores operacionais, recursos humanos, financeiro, administrativo


e outros, o gestor deve realizar uma reunião rápida com os envolvidos para que
todos tenham suas dúvidas sanadas sobre aquela operação, pode ser realizada, até
mesmo, de forma eletrônica a reunião, mas é indispensável que se faça.
Depois, os assuntos ali tratados deverão estar documentados e, então, forma-
lizar em registro o plano de ação. Neste registro do plano de ação, novamente se
envolvem os setores entre si, pois é preciso saber da disponibilidade de pessoal,
se será necessário contratar mais vigilantes de escolta armada, a disponibilidade
de armas, coletes, munições, viaturas e supherimentos e determinar quem será
o responsável para que esta operação ocorra com sucesso.
Feito isto, o gestor de segurança precisará realizar visita técnica ao cliente, ir até
o contratante, ou poderá ser também por meio de conferência on-line por motivo
de distância ou até por e-mail em um formulário com as informações necessá-
rias. É importante, também, que registre as informações desta visita técnica, não
importa em qual formato foi realizado, precisa ser documentado.
O ponto importante desta visita técnica será conhecer as particularidades
da operação, portanto, algumas dicas do que precisará sabe:
a. Saber quem será seu contato no cliente, quem será o responsável por esta
operação.
b. Se há algo de especial neste contrato fora dos padrões normais.
c. Saber o itinerário e as rotas a seguir, conforme o tipo de escolta armada
contratado.
d. Avaliar os pontos de riscos do itinerário bem como os pontos de apoio.

Implantação
44 UNIDADE II

e. Definir, em caso de sinistro, como todos deverão se comportar e quem


será o responsável pelo apoio imediato.
f. Se o cliente tem uma operadora ou gerenciadora de risco contratada, qual
operadora e como é o contato desta.

Conforme destaca Beraldo (2015, p. 8):


Empresa que faz a gestão securitária e ainda o monitoramento das car-
gas transportadas, através do compartilhamento de sinais de rastrea-
mento, fornecidos pela empresa de escolta armada. Pode ainda ser o
gestor operacional do cliente, sendo-lhe delegadas as funções de solici-
tações dos serviços de escolta.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Feito isto, é necessário conferir se tudo está conforme o departamento comercial
idealizou, ou se será necessário fazer adequações para que o serviço aconteça,
até mesmo uma alteração no contrato de serviço com o cliente. Fase concluída,
deverá ser feita novamente uma rápida reunião para fechar as informações e
definir quem será o gestor de segurança responsável por esta operação do início
ao fim, incluindo o retorno da equipe de escolta armada até a base da empresa.
Após concluir esta fase, a ordem de serviço deverá ser entregue ao depar-
tamento operacional para que se inicie, efetivamente, o planejamento para a
execução do serviço negociado. Esta ordem, como vimos antes, deverá conter
todas as informações antes colhidas na visita técnica junto ao cliente. Assim, o
gestor responsável por esta operação dará início na execução.
De acordo com Maximiano (2004, p. 138):
[...] planejamento é um: processo de definir objetivos ou resultados a
serem alcançados, bem como os meios para atingi-las. [...] processos
de interferir na realidade, com o propósito de passar de uma situação
conhecida para outra situação desejada, dentro de um intervalo defi-
nido no tempo. [...] é tomar no presente, decisões que afetam o futuro,
visando reduzir a sua incerteza.

Você verá, agora, alguns modelos de planilhas citadas anteriormente, elas podem
variar de acordo com a administração e operação da empresa, mas servem como
referência a você, gestor, para que seus processos não se percam e, assim, colo-
que em risco uma operação.

SISTEMA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS


45
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

ORDEM DE SERVIÇOS OU ORDEM DE IMPLANTAÇÃO

Este modelo de planilha a seguir é uma referência básica em que o gestor do


departamento comercial colherá as primeiras informações para o início da
negociação e cadastro do cliente, você pode adequar outros modelos, conforme
normas internas da empresa.

LOGOTIPO DA SUA EMPRESA NOME DA SUA EMPRESA / ENDEREÇO

Nº O.S---------- RESPONSÁVEL: -----------------------------DATA ---/------/-------

Ordem de Serviços ou Ordem de Implantação


46 UNIDADE II

DADOS DO CLIENTE OU CONTRATANTE

Razão Social:

Nome fantasia:

CNPJ: INSC. EST.

Contato

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Telefone

Endereço

Cidade Estado

e-mail

SERVIÇOS SOLICITADOS

[ ] ESCOLTA POR SOLICITAÇÃO [ ] ESCOLTA DEDICADA

Tipo de Contrato: [ ] Preservação [ ] Urbano [ ] Rodoviário [ ] Outros

Tipo de cobrança: [ ] Deslocamento [ ] Pedágio [ ] Franquia [ ] Outros

Franquias de horas: (quantas horas) Franquias KM: (quantos km)

SE DEDICADA: horário início horário final

Frequências: Local:

Franquia de KM: (se houver)

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

SISTEMA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS


47

Equipe(s) Prevista(s):

Data do início:----/-------/-------- Gerenciadora de Risco: (se houver)

Responsável do cliente: (nome)

Observações:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

__________________ ____________________
Assinatura do cliente Assinatura do comercial

Figura 1 - Plano de serviço ou implantação


Fonte: o autor.

PLANO DE EXECUÇÃO

Esta planilha serve de modelo para que você, gestor(a), crie as responsabilidades
de quem terá que cumprir cada tarefa para que o processo se torne completo.

LOGOTIPO DA SUA EMPRE- NOME DA SUA EMPRESA / ENDEREÇO


SA

Ordem de Serviços ou Ordem de Implantação


48 UNIDADE II

Nº O.S---------- RESPONSÁVEL: -----------------------------DATA ---/------/-------

O que fazer Como fazer Quem fará Quando será Status da


feito evolução

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Gestor Responsável:

Figura 2 - Responsabilidade de cada um


Fonte: o autor.

VISITA TÉCNICA – REGISTRO

Este outro modelo de planilha é para o gestor operacional utilizar na sua visita
técnica ao cliente, são informações que o ajudarão a construir o plano operacio-
nal para a execução do serviço de escolta armada.

SISTEMA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS


49

LOGOTIPO DA SUA EMPRESA NOME DA SUA EMPRESA / ENDE-


REÇO

REFERENTE A ORDEM DE SERVIÇO: nº ----------


RESPONSÁVEL: -----------------------------DATA ---/------/-------
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

DADOS DO CLIENTE OU CONTRATANTE

Razão Social:

Endereço: Cidade/UF:

Contato Operacional:

Telefone: e-mail:

Informações

Itinerários / Rota:

Tipo de carga:

Quais os riscos do itinerário: (ver se há histórico de roubos nestes)

Ordem de Serviços ou Ordem de Implantação


50 UNIDADE II

Procedimentos Operacionais e Segurança do Cliente:

Situação especial para este contrato:

Recurso para atender o contrato:

Informações adicionais de procedimento específico para este cliente:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Está de acordo com a Ordem de Serviço emitida [ ] SIM [ ] NÃO

Em caso de não, relatar as alterações:

OBSERVAÇÕES:

__________________ _____________________
Assinatura do cliente Assinatura do operacional

Figura 3 - Visita técnica


Fonte: o autor.

SISTEMA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS


51

ROTINA DE OPERAÇÃO DO CLIENTE

Este modelo serve para que você, gestor(a), conheça um pouco mais da rotina do
seu cliente, são informações que ajudam a moldar a operação de escolta armada.

LOGOTIPO DA SUA EMPRESA NOME DA SUA EMPRESA / ENDE-


REÇO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

REFERENTE À ORDEM DE SERVIÇO: nº ----------


RESPONSÁVEL: -----------------------------DATA ---/------/-------

DADOS DO CLIENTE OU CONTRATANTE

Razão Social:

Endereço: Cidade/UF:

Contato Operacional:

Telefone: e-mail:

PROCEDIMENTO DE:

1- Chegada, estacionamento e apresentação ao cliente:

2- Uso das instalações cliente:

Ordem de Serviços ou Ordem de Implantação


52 UNIDADE II

3- Operação e segurança do cliente:

4- Apresentação e acompanhamento do transportador:

5- Término da missão:

6- Outros que foram necessários:

AÇÕES DE CONTINGENCIAMENTO

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1- Existe Gerenciador de Risco? Qual?

2- Pontos de apoio:

3- Pontos de risco:

4- Hospitais: (nominar com endereço)

5- Quartéis de Policia Militar:

6- Quartéis do Exército:

7- Delegacias:

8- Bombeiros:

9- Rota principal, alternativas e de fuga:

10- Outras informações:

__________________________
Assinatura do gestor operacional

Figura 4 - Rotina do cliente


Fonte: o autor.

SISTEMA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS


53

A utilização destas planilhas é de suma importância, e elas sempre devem ser ajusta-
das dentro de cada necessidade de operação ou quando a empresa julgar necessário.
Quando você trata de um serviço de segurança, toda a responsabilidade é
sua, por qualquer erro ou falha no processo, sendo assim, quanto maior for seu
controle de informação sobre cada operação, melhor será o resultado.
Já vimos sobre os procedimentos burocráticos do processo que envolviam
o departamento comercial primeiro e, na sequência, o departamento operacio-
nal, bem como as informações levantadas pelos dois departamentos que devem
ser compartilhadas por meio de informações diretas, reuniões e relatórios com
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os demais departamentos da empresa.


Depois de todo esse processo inicial, começa a parte mais importante que é a
implantação do serviço negociado. Tudo o que foi levantado pelo departamento
comercial e na visita técnica do operacional deverá , agora, fundir-se por com-
pleto para que o serviço aconteça da forma que foi comercializado e planejado.
Existem, no mercado, empresas que ainda cortam caminho de todo o pro-
cesso, mas é preciso saber que isso se torna um risco muito grande, pois a falta de
informação pode induzir ao erro pelo “achismo”. “Achar não é ter certeza, mas ter
certeza vem primeiro de achar. Então como pode ser possível tentar não se enga-
nar pelos ‘achismos’ que tendemos a trazer conosco todos os dias?” (FREITAS,
2012, on-line)1. Em uma operação de segurança, você não pode se deixar levar
por isso, tem de haver informação e planejamento precisos para que a organi-
zação aconteça. Você, gestor(a), dará início, de forma prática e clara, pensando
sempre em que parte precisa focar primeiro.
Comece seu questionamento pela parte mais importante, que são os recursos
humanos e, assim, dê sequência ao demais itens necessários para que a escolta
aconteça.
a. Avaliar seu efetivo de vigilantes de escolta armada, quantos há disponíveis,
conforme escala de serviço e escala de horas. Lembre-se de que depende
do tipo de escolta para que se defina quantos vigilantes serão necessários,
no mínimo dois, e o máximo dependerá do tipo de escolta que será feita,
se fracionada, única, entre outros tipos já mencionados.

Ordem de Serviços ou Ordem de Implantação


54 UNIDADE II

b. Definida a equipe, esta só saberá da missão após chegada na empresa


contratante do serviço de escolta armada. Faz parte do sigilo da opera-
ção informar somente o necessário, antecipadamente, por exemplo, em
caso de a missão extrapolar a carga horária normal, para que os vigilan-
tes possam sair preparados para um tempo maior e para que informem
seus familiares.

c. Definir qual ou quais viaturas serão utilizadas nesta escolta armada. É


importante que as viaturas sejam sempre utilizadas pela mesma equipe,
isso para dar mais segurança, devido ao conhecimento de cada um com

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o veículo. Verificar as condições de segurança do veículo, como pneus,
óleo, água, combustível, documentos, equipamentos de segurança, como
extintor, triângulo, macaco, chave de roda, mecânica e elétrica. Apesar de
a conferência ser de responsabilidade do motorista, mesmo assim o ges-
tor deverá ficar atento à cobrança e às orientações, pois uma viatura com
problemas significa possibilidade de roubos à carga escoltada e ao risco
de vida para a equipe envolvida. Importante lembrar que estas viaturas
devem conter também sistema de rastreamento e botão de pânico ligado
à base da empresa de escolta e da gerenciadora de risco.

d. Entregar à equipe ou às equipes os kits de armamentos necessários bem


como as munições. Cada vigilante receberá uma arma curta ou arma de
porte a qual poderá ser um revólver ou uma pistola, arma esta que vere-
mos posteriormente, permitida para uso no trabalho. Ainda, um vigilante
da equipe receberá arma portátil ou arma longa, podendo ser espingarda
ou carabina com calibre permitido para uso em serviço, e deverão ser dis-
ponibilizadas as munições respectivas para suprir cada arma e as recargas
previstas para estas.

e. Providenciar os coletes com placas balísticas permitidas, trata-se do seu


EPI, e cada vigilante deve receber o seu de acordo com o seu tamanho,
pois se tratando de EPI, o colete deverá ser ajustado perfeitamente ao
corpo para maior proteção.

SISTEMA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS


55

f. Além do rádio transmissor existente na viatura, é necessário também dis-


ponibilizar rádios portáteis para os vigilantes de escolta armada. Pode
até ser estendido um rádio portátil para o motorista do veículo escol-
tado para facilitar a comunicação entre eles, melhorando o desempenho
da segurança no deslocamento. É necessário, também, um aparelho celu-
lar para que a equipe possa fazer contato em casos de emergências, de
forma mais rápida.

g. Se necessário, disponibilizar recurso financeiro para diárias ou peque-


nas manutenções.
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h. Repassar com a equipe todos os procedimentos que foram levantados e


previstos para este serviço, assim que chegar no cliente ou no ponto de
partida e entregar a eles a pasta operacional a qual estará montada com
todos os documentos necessários e exigidos por lei como:
I. Cópia da solicitação do serviço pelo o cliente;
II. Cópia dos crachás dos vigilantes com prazo de validade;
III. Cópia das carteiras de habilitação dos vigilantes, lembrando que todos
da equipe devem ser habilitados para condução da viatura;
IV. Cópia da CNV – Carteira Nacional de Vigilantes com prazo de vali-
dade em dia;
V. Cópia de e-mail enviado para a Policia Federal – DELESP – Delegacias
de Controle de Segurança Privada (quando necessário);
VI. Cópia do certificado de autorização de funcionamento da empresa,
emitido pela DELESP e publicado no Diário Oficial da União..
VII. Cópias dos registros das armas utilizadas no momento, ou seja,
de posse dos vigilantes de escolta armada na viatura;
VIII. Documento da viatura devidamente em dia com as obrigações;
IX. Checklist realizado na viatura, antes do início da operação;
X. Pontos de apoio no itinerário que percorrerão;
XI. Números de telefones necessários em caso de emergência.

Ordem de Serviços ou Ordem de Implantação


56 UNIDADE II

Após estes procedimentos de documentação da pasta operacional, começa a parte


do plano da ação para a escolta armada. É o momento em que você, gestor de
escolta armada, coloca em prática todo o planejamento. É preciso ser metódico
para que o resultado seja conforme o esperado pelo cliente e para a sua empresa,
portanto, não se deve omitir etapas para o sucesso do serviço.

PLANO DE AÇÃO

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Nesta fase, você, gestor(a), transformará tudo aquilo que até o momento era apenas
documentos e informações em uma apresentação detalhada para a equipe. Pode
considerar que, agora, estamos dando forma a tudo que foi negociado anterior-
mente entre cliente, comercial e gestor operacional para que esta escolta aconteça.
Podem parecer repetitivos os processos, mas é o que valida um bom ser-
viço e a proximidade da perfeição. Então, não se incomode com isso nem com
comentários que possam surgir, até mesmo dentro da empresa. Estes processos
que devem ser seguidos, e não devem ser esquecidos.
Quanto mais dados concretos forem passados, melhor o resultado. Existem
empresas que não gostam de processos, querem fazer tudo por atalho, mas isso
pode custar muito caro no final. Não se pode vender um serviço de escolta por
telefone e, quando fechar negócio, escalar uma equipe e mandar para o endereço
de partida da carga para que lá descubram o que farão qual destino, qual o grau de
risco deste serviço. Não
se usa atalho quando o
assunto é segurança.
Por isso a impor-
tância do plano de ação
detalhado e verbali-
zado junto à equipe ou
às equipes que estão
envolvidas com o desen-
volvimento das ações.

SISTEMA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS


57
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Figura 5 - Você e sua equipe tem que ser um time

Deve o gestor, mensalmente, registrar e validar o desempenho e os resultados


que o plano de ação trouxe às operações, isso por que você pode estar com um
serviço contrato por período longo e sendo realizado os mesmos tipos de escolta
continuamente. Quando isso ocorre, é importante que as equipes de escolta
armada escalada, sempre que possível, sejam os mesmos vigilantes, isso facilita
o serviço e a qualidade do mesmo.
Você, gestor(a), é o responsável para que seja cumprido, fielmente, o pro-
jeto de implantação, conforme está escrito e decidido entre os departamentos
da empresa, para tal, é importante seguir alguns passos, por exemplo, lembrar
queé preciso:
a. garantir que os procedimentos operacionais, o aprimoramento de conhe-
cimentos e a segurança da sua equipe de escolta armada.

b. cumprir as rotinas operacionais que foram acordadas com o cliente por


meio do contrato, mantendo, assim, a segurança esperada pelo mesmo.

Ordem de Serviços ou Ordem de Implantação


58 UNIDADE II

c. cumprir todos os serviços programados por meio de registro operacio-


nal de atendimento.

d. ter um cuidado especial em garantir que o quadro de vigilantes de escolta


armada é o suficiente para cumprir todos os contratos existentes. Lem-
bre-se de que também deverá manter escalas atualizadas do seu quadro
de vigilantes, isso para que possam ser respeitadas suas folgas de direito
para que não haja sobrecarga trazendo cansaço e risco para operação e a
vida dos envolvidos.

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e. manter um controle rigoroso sobre as folhas-ponto desses vigilantes de
escolta armada, pois a falta desse controle pode gerar prejuízos à empresa,
visto que o serviço orçado sempre tem como base o tempo necessário para
as realizações. A, a mão de obra é o maior custo desse contrato, portanto,
a importância deste controle diário.

f. É de suma importância o controles de equipamentos e materiais, como:


armas, munições, coletes e suas placas balísticas, viaturas e sua manu-
tenção, lanternas, equipamentos de rádio transmissor, enfim, tudo que é
necessário para que a equipe possa realizar seu serviço a contento.

g. manter sua equipe bem treinada em todas as áreas de atuação dele. Os


treinamentos devem ser registrados em ata própria, isso valida e garante
histórico dos mesmos. A cada quinzena, é necessário que se faça uma reu-
nião com seus subordinadospara tratar as exceções ocorridas no período
e também dar feedback do bom desempenho que ocorreu. Vale lembrar
que as correções individuais devem ser feitas em separado, e os elogios
junto a todos.

h. realizar, também, visitas periódicas aos seus clientes para conferir e saber
sobre o serviço contratado, e tudo o que for conversado e o feedback rece-
bido do cliente devem ser registrados. Levantar as alterações e qual o nível
de satisfação do cliente ajuda você a entender melhor as necessidades e,

SISTEMA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS


59

até mesmo, visualizar novos negócios. E o mais importante, quando se


recebe feedback negativo e há possibilidade de corrigir, isso indica que o
cliente quer continuar com o serviço.

i. apresentar, mensalmente, relatórios de desempenho e melhoria do ser-


viço, ainda apresentar as ações que estão dando resultado ou que possam
ser implementadas para melhorar ainda mais o índice de satisfação junto
ao cliente. Esse relatório deve ser apresentado à Direção da empresa.
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Elogie em público e corrija em particular. Um sábio orienta sem ofender, e


ensina sem humilhar.
(Mário Sergio Cortella)

Você tem atribuições básicas do gestor diante de um processo. É importante saber


que a responsabilidade é sua, mas também é preciso delegar aos seus parceiros
ou subordinados as suas atribuições para que sejam concluídas com êxito. À pri-
meira vista, parece que fará tudo sozinho, mas não, deve haver a delegação das
tarefas sob a sua gestão. Conforme destaca Meireles (2008, p. 210):
[...] a delegação eficaz pode produzir ao gestor e sua equipe benefícios
de curto e longo prazos. Ao delegar, pode-se reduzir a carga de trabalho
e o nível de estresse, removendo-se da lista de tarefas do gestor aquilo
que os outros estão qualificados a fazer.

O fato de um gestor delegar funções e atribuições aos seus subordinados não


significa incapacidade, mas sim a grande capacidade de liderar com exemplos e
orientações pertinentes, facilitando a execução de quaisquer tarefas postas à frente.

Ordem de Serviços ou Ordem de Implantação


60 UNIDADE II

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FLUXOGRAMA

Você já viu alguns modelos de planilhas como facilitadores do seu trabalho como
gestor. Dentro do fluxograma da operação elas serão de fundamental importân-
cia, pois será por meio deste fluxograma que ficará claro para todos quais são
suas responsabilidades e o caminho a ser seguido dentro da empresa para que
se concretize o serviço com sucesso.
Quando se utiliza o fluxograma dentro de uma empresa, a ideia principal é
que tenhamos o desenho completo de um processo, utilizado em várias áreas de
atuação, seja na indústria, comércio seja serviços. Os modelos de fluxogramas
surgiram nos anos de 1920, dentro das áreas de indústrias e, depois, foi identi-
ficado que poderia se utilizar em outros segmentos para melhorar os processos
internos.

SISTEMA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS


61

GESTOR COMERCIAL

Implantar a ordem de serviço

Realizar a implantação do contrato do cliente

Encaminhar para o setor operacional


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Verificar as não conformidades

Cadastrar o cliente no sistema de gestão da empresa


Figura 6 - O fluxograma da implantação inicia-se no setor comercial
Fonte: o autor.

GESTOR OPERACIONAL

Receber a ordem de implantação do comercial

Ir até o cliente para colher todos os dados necessários


Conhecer o gestor do cliente Informações de rota e outras

PREENCHIMENTO DO RELATÓRIO DA VISITA


Relatar em documento todas as informações levantadas e
validar a ordem de implantação

REUNIÃO DE FECHAMENTO
Avaliar possíveis Validar o contrato no
renegociações sistema da empresa
Figura 7 - Fluxograma do setor operacional
Fonte: o autor.

Fluxograma
62 UNIDADE II

GESTOR DA CENTRAL DE ESCOLTA


Programar o serviço diario Conferir e ajustar escalas

Meios necessários
Uniformes, armamentos, munições, epi’s, veículos

Processo em andamento

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Andamento da operação, ocorrências, finalizar a operação,
informar o final ao cliente
Figura 8 - Fluxograma da execução
Fonte: o autor.

São três passos simples que facilitarão o entendimento de todos. Usei como
exemplo, mas você, gestor(a), pode criar modelos e fórmulas de fluxograma que
possám ser mais claros à sua visão e aos demais envolvidos no processo.

SISTEMA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS


63
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SETOR OPERACIONAL

Este setor, como você já viu aqui, é o setor que faz acontecer tudo o que come-
çou a ser projetado lá no começo pelo departamento comercial da empresa, que
foi a busca do cliente, levantamentos, negociações e fechamento do contrato.
Entra, agora, em ação a operação, e é aqui que tudo acontecerá, sendo assim, o
gestor operacional tem que ter o domínio de todas as áreas, conhecer os fluxos
e aí sim conseguirá finalizar o processo com maestria na execução dos serviços.
Conforme destaca Beraldo (2015, p. 4):
[...] as atividades ligadas à segurança privada, entre elas a escolta ar-
mada, necessitam de uma busca constante de melhoria nos processos
e nos níveis dos serviços prestados, tornando imperativo o desenvolvi-
mento contínuo de ferramentas de planejamento e de controles com o
objetivo de garantir segurança, pontualidade e excelência na padroni-
zação e execução das operações.

Começa o processo pela checagem final de tudo que foi documentado e relacio-
nado junto ao cliente, inclusive, com as informações que você mesmo levantou
em sua visita técnica.

Setor Operacional
64 UNIDADE II

Os processos internos são o conjunto de atividades que envolvem as


equipes e os equipamentos a serem utilizados com um objetivo final
comum, seja ele a elaboração de um produto, a prestação de um servi-
ço ou qualquer outra atividade dentro de sua empresa. Estes processos
precisam funcionar da melhor maneira possível, evitando que a em-
presa gaste mais dinheiro ou tempo que o necessário para realizar suas
tarefas (PREVISA, 2016, on-line)2.

No capítulo anterior, falamos sobre a ordem de implantação do serviço, e lá


eu destaquei os questionamentos mais importantes que você deveria fazer a si
mesmo para começar a construir o processo da operação, e foram citados, inclu-

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sive, documentos e equipamentos necessários para tal.
Agora , aplicaremos tudo aquilo de forma direta, ou seja, é hora de iniciar a ope-
ração com toda equipe envolvida para atender à necessidade do cliente contratante.

Por motivos de acidentes é que falo a você, gestor, para que tenha de ver-
dade o controle da sua equipe e dos meios necessários para cumprir sua
missão, que pense na vida e nas condições que você está colocando seus
vigilantes de escolta armada para trabalhar enfrentando rodovias perigosas
e movimentadas.

Iniciando a implantação:
a. Informar as unidades de Polícias que estão envolvidas no itinerário a ser
seguido, por meio de ofícios, telefones ou e-mail (s):
I. PRF – Polícia Rodoviária Federal.
II. PRE – Polícia Rodoviária Estadual.
III. SSP – Secretaria de Segurança Pública do Estado.
IV. PC – Polícia Civil (caso de escolta armada, porta a porta, dentro de área urbana).
V. PM – Polícia Militar (caso de escolta armada, porta a porta, dentro de área urbana).

b. Reunir a(s) equipe(s) de vigilante(s) da escolta armada escalada(s) para


esta missão.

SISTEMA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS


65

c. Verificar a situação do uniforme desta equipe, a apresentação individual.

d. Entregar colete(s) tático(s) com placa(s) balística para o(s) vigilante(s)


de escolta armada.

e. Entregar arma(s) de porte para o(s) vigilante da escolta armada.

f. Entregar munição(ões) de arma de porte para o(s) vigilante(s) da escolta


armada.

g. Entregar arma(s) portátil(teis) (arma longa) para o(s) vigilante(s) de


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escolta armada.

h. Destinar a(s) viatura(s) que será(ão) usada(s) na operação.

i. Conferir a documentação e verbalizar as mesmas com a(s) equipe(s)


envolvida(s) na operação:
I. Cópia da solicitação do serviço pelo o cliente;
II. Cópia dos crachás dos vigilantes com prazo de validade;
III. Cópia das carteiras de habilitação dos vigilantes, lembrando que todos da
equipe devem ser habilitados para condução da viatura;
IV. Cópia da CNV – Carteira Nacional de Vigilantes com prazo de validade em dia;
V. Cópia de e-mail enviado para a Polícia Federal – DELESP – delegacias de con-
trole de segurança privada (quando necessário);
VI. Cópia do certificado de autorização de funcionamento da empresa emitido
pela DELESP e publicado em Diário Oficial da União.
VII. Cópias dos registros das armas utilizadas naquele momento, ou seja, de posse
dos vigilantes de escolta armada naquela viatura;
VIII. Documento da viatura devidamente em dia com as obrigações;
IX. Checklist realizado na viatura antes do início da operação;
X. Pontos de apoio no itinerário que percorrerão;
XI. Números de telefones que podem ser necessários em caso de emergência;

j. Conferir com a central da base se o equipamento de rastreamento da(s)


viatura(s) de escolta armada está em pleno funcionamento.

k. Verificar se haverá espelhamento deste rastreamento por parte de alguma


empresa de gerenciamento de risco contratada pelo cliente, caso haja, se
já está configurado o acesso pela central.

Setor Operacional
66 UNIDADE II

l. Conferir botão de pânico da(s) viatura(s) se estão plenos.

m. Verificar rádio(s) da(s) viatura(s) se estão recebendo e transmitindo.

n. Iniciar o deslocamento para o ponto de partida do serviço.

o. Apresentar a equipe ao gestor do cliente e ao(s) transportador(es).

p. Orientar o chefe de equipe(s) sobre todos os detalhes pertinentes a esta


escolta armada.

q. Conferir documentação da(s) carga(s) e acompanhar a vistoria do(s) lacres,

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processo este que o chefe de equipe deverá repetir da forma rápida onde
houver paradas no trajeto antes de seguir para o destino final.

r. Definir os pontos de paradas para este itinerário.

s. Você, gestor, libera a partida e retorna à base da escolta armada de onde


iniciará acompanhamento da operação por meio da central de operações
até o encerramento.

Figura 9 - Rastreamento de veículos e cargas

SISTEMA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS


67

Nas informações que circulam nas mídias e jornais, são dados o índice de
90% das mortes de vigilante de escolta armada em decorrência de aciden-
tes de trânsito, isso gera o pior sinistro de uma operação, pois o prejuízo é a
vida do vigilante. Isso também traz reflexos negativos para a empresa e para
a família da vítima, que será a mais prejudicada.
Fonte: o autor.
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A partir de agora, você, gestor, começa a acompanhar a operação junto à base


de rastreamento. É muito importante que você faça este acompanhamento, pode
haver necessidade de interferência imediata da sua parte.
Durante uma escolta armada, podem acontecer várias situações, não só uma
situação grave ,como a de um roubo, mas também acidentes, mudanças de itine-
rário, trânsito lento, manutenções de estradas, enfim, várias coisas que podem
atrasar os horários previstos e ainda colocar toda a operação em perigo . E você,
gestor, deve estar pronto para dar suporte e solucionar o problema e manter a
segurança de todos.
Nos casos mais críticos de sinistro, que seria um acidente ou roubo com
vítimas, você, gestor de operações, e demais áreas devem se dirigir ao local do
ocorrido para colher todas as informações e tomar as medidas de contingencia-
mento imediato do problema.
Caso este sinistro envolva roubo e, com isso ,a troca de tiros entre equipe de
vigilantes de escolta armada e bandidos, deverá ir junto com você ao local o jurí-
dico da empresa, pois este terá providências a tomar com a justiça, de imediato.
O jurídico deve informar à direção da empresa sobre os fatos e dar encaminha-
mento às informações junto ao órgão de polícia que atendeu o local do crime.
Na sequência, ele terá outros relatórios a apresentar sobre o ocorrido, estes para
a Polícia Federal.
Em caso de sinistro de acidente ou de roubo, você também fará todos os
levantamentos no local para elaborar um relatório completo ao final. De acordo
com Leite (2016, p. 36): “[...] chama-se sinistro o evento negativo já ocorrido –
um acidente, uma morte, um assalto etc.”

Setor Operacional
68 UNIDADE II

Você deve registrar com fotos, cadastrar testemunhas se houver no local,


depois anexar boletim de ocorrência elaborado pela autoridade policial que
esteve presente. Normalmente, se for sinistro de roubo, quase sempre vem acom-
panhado de acidente com os veículos de escolta, se assim for, teremos o boletim
do crime e do trânsito, seja rodoviário seja urbano.
Esta responsabilidade de manter organizado e em ordem documentos equi-
pes e equipamentos, como você viu até aqui, é de inteira responsabilidade do
gestor de segurança operacional.

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SISTEMA OPERACIONAL DOS SERVIÇOS


69

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta unidade, você conheceu o início dos processos, desde o momento da visita
do gestor comercial ao cliente, passando pelos departamentos e chegando a você,
gestor de escolta armada, para iniciar a sua fase do processo.
Você viu a importância de realizar a visita técnica junto ao cliente para o
levantamento operacional, visto que é daí que você começa a construir o projeto
final da operação de escolta armada junto à empresa e seus vigilantes de escolta.
O próximo passo será a ordem de implantação vinda do comercial, após
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isto, você começará a planejar sua ação, buscando informações internas e exter-
nas que se completem para um serviço de qualidade,
esta que começará a organizar por meiodas determinações dos seus fluxo-
gramas para que cada um faça sua parte de forma plena. Importante lembrar
que, no fluxograma, existem outros setores que devem cumprir seus papéis para
entregar um serviço completo.
E, finalmente, você, gestor(a) viu o que deve ser feito quanto à checagem final
de toda a documentação geral envolvendo pessoal, veículos, armas e munições,
coletes balísticos, rádios transmissores. Neste momento, nada pode ser deixado
para trás, a falha na checagem de documentos, principalmente os dde veículos e
armas pode encerrar uma operação no começo. Basta uma abordagem policial,
e fim de serviço. Por isso, você, gestor(a) deve ter a consciência e preocupação
de manter tudo em ordem e conferido com frequência para não ser pego de sur-
presa por falta de uma conferência.
Grande parte das falhas surgem em um processo em decorrência da falta
de informação ou informação mal concluída. É preciso informar e cobrar se
todos entenderam o que foi repassado. Nas empresas, hoje, o grande problema
nem está em realizar serviços ou buscar clientes, mas sim na comunicação que,
muitas vezes, não é clara, fato este que gera grandes transtornos principalmente
quando falamos de segurança privada, serviço este que envolve riscos diretos à
vida e ao patrimônio.

Considerações Finais
70

1. Após a visita do gestor do departamento comercial ao cliente, é a hora de o


gestor operacional de escolta armada entrar em ação para começar a sua parte
do processo. Feito isto, você deverá validar para o departamento comercial sua
avaliação. O que deve ser informado ao comercial, e o que o comercial deve
fazer após isto?
a) Informar que o serviço não pode ser realizado, devido ao tipo de carga e terá
que emitir ordem de cancelamento ao cliente.
b) Informar que o serviço é muito difícil e não será feito do jeito que foi vendi-
do, e que o comercial teráque se explicar à Diretoria por ter vendido o que
não se pode entregar.
c) Informar que o serviço pode ser realizado para que o comercial emita a or-
dem de serviço vendida ao cliente.
d) Informar que o serviço não será realizado, devido à distância e ao tempo.
e) Informar que o serviço é muito fácil, e que não precisa nem emitir a ordem
de serviço para o departamento.
2. Na montagem da pasta operacional, que deverá estar de posse da equipe du-
rante o serviço, quais dos pontos a seguir indicam documentos a constar nesta
pasta?
a) Os números dos telefones de cada um dos vigilantes de escolta armada.
b) O contato da residência de cada um deles e o nome da esposa ou mãe.
c) O número do celular do contratante.
d) Cópias dos crachás de cada um e cópias da CNV de cada vigilante de escolta
armada.
e) A lista de postos de combustíveis às margens da rodovia.
3. O que não se pode fazer junto ao cliente quando ele solicita um serviço de
escolta armada?
a) Não se pode fechar negócio por telefone, é preciso visitas previstas para co-
nhecimento antes do fechamento do serviço.
b) Não se pode negaratendimento,tem que atender e pronto, mesmo sem co-
nhecer o cliente.
c) Dizer ao cliente: Mesmo não conhecendo, minha empresa pode realizar um
ótimo serviço.
d) Todo cliente é igual, só muda o endereço, então, não tem problema em
atender.
71

e) Não importa qual a unidade da federação, mesmo que a empresa não tenha
filial, eu posso aceitar o serviço e assumir, daquela cidade e estado, o início
da escolta.
4. Dentro do plano de ação foi definido um projeto para a execução de uma es-
colta armada, sendo assim, quem é o responsável para que se cumpra este
serviço de acordo com o planejado?
a) O gestor comercial da empresa de escolta armada.
b) O operador da central de escolta armada.
c) Os vigilantes que estão na viatura da escolta armada.
d) O gestor operacional de escolta armada.
e) A direção geral da empresa.
5. Para que serve um fluxograma dentro do processo de preparação do serviço
de escolta armada?
a) Somente para tomar tempo, pois todos sabem o que fazer.
b) Não tem nenhuma importância, a ordem de implantação já resolve tudo.
c) Os departamentos não precisam disso, pois todos conhecem seus deveres.
d) Eles servem para documentar processos de negócios para que não aconte-
çam falhas.
e) Não tem utilidade alguma no processo, só um documento a mais a ser pre-
enchido.
72

Em pesquisas sobre mais informações no que tange a organização dos processos in-
ternos, encontrei estas informações para leitura e com a apresentação de simbologias
utilizadas para cada tipo de processo que precisa ser feito. Em cada atividade, existe o
modelo correto, pois facilita o entendimento de todos, como já vimos na Unidade 2.
Se você pesquisar, verá que existem, também várias vídeo aulas gratuitas, na internet,
para que você entenda ainda melhor e possa adequar a forma mais eficiente possível
para seu dia a dia.
Veja, você, gestor(a) de escolta armada, que pode criar fluxograma para todas as suas ati-
vidades dentro da empresa, criando, assim, um caminho de responsabilidade para cada
um dos seus colegas e subordinados. Isso evita que ,em determinado evento ocorrido,
digam a velha frase: “Eu não sabia, ninguém nunca me avisou”. Estando documentado
e programado, não haverá esta possibilidade de desculpas, cada um deverá executar a
sua parte com excelência.
Estes fluxogramas devem estar visíveis e ao alcance de todos que fazem parte do de-
senvolvimento dos processos. É muito melhor termos informações de sobra do que a
sua ausência. Para que você realmente tenha o controle e consiga cobrar que as metas
sejam cumpridas, faça valer a organização dentro do seu departamento.
As principais funções do fluxograma de processos são:-
Melhorar a compreensão dos processos e de como eles estão interligados.-
Mostrar como as atividades e rotinas de trabalho são desenvolvidas na organização.-
Identificar problemas e gargalos que geram desperdícios e retrabalhos.-
Verificar quais são os principais símbolos utilizados para elaborar um fluxograma de
processos-
Quais são os tipos de fluxograma de processos mais utilizados? Os dois fluxogramas
mais conhecidos são: Fluxograma de Processos Lineare o Fluxograma Funcional.
Fluxograma de Processos Linear
O Fluxograma de Processos Linear é um diagrama que exibe a sequência de trabalho
com o acréscimo dos pontos de decisão durante o fluxo. Sua abrangência pode auxiliar
os processos na identificação de gargalos, retrabalhos e redundâncias nos processos.
Geralmente, é utilizado para explicar o funcionamento de determinada tarefa.
Fonte: Peinado (2007).
MATERIAL COMPLEMENTAR

Guia Prático para elaboração de Fluxograma


Elisandro Longo
Editora: Sicurezza
Ano: 2009
Sinopse: este livro vai dar a você conhecimentos maiores na
elaboração de fluxogramas de uso interno na sua atividade como
gestor, quais os modelos e para que atividade eles devem ser usados.
Lembre-se que no caso de serviços o modelo utilizado será o de
fluxograma de processos, isso para que todos possam acompanhar
de forma clara a cada operação realizada do início ao fim.

O vídeo aula tem como função apresentar, de forma objetiva, o desenvolvimento de fluxogramas.
Vídeo aula desenvolvida e apresentada por Zafenate.
Web: https://www.youtube.com/watch?v=Z-c-gHY44sc

Nos links a seguir, vocês encontrarão mais informações sobre fluxogramas e principalmente os de
processos, assim você vai entender melhor a importância da organização dos processos dentro
da sua atividade como gestor, para que isso reflita no produto final da sua empresa, que é serviço,
serviço com qualidade.
Web: https://blogdaqualidade.com.br/fluxograma-de-processo/
Web: https://www.citisystems.com.br/fluxograma/

Material Complementar
REFERÊNCIAS

BERALDO, W. Escolta Armada. São Paulo: Clube de Autores, 2015.


LEITE, T. A. S. Gestão de Riscos na Segurança Patrimonial. Rio de Janeiro: Quali-
tyMark, 2016.
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à Administração. 6. ed. rev. e amp. São Paulo:
Atlas, 2004.
MEIRELES, N. R. Manual do Gestor de Segurança corporativa. [S.l]: Etera, 2008.
PEINADO, J.; GREML, A. R. Fluxograma de processos linear: administração da pro-
dução (operações industriais e de serviços). Curitiba: UnicenP, 2007.

REFERÊNCIA ON-LINE
1 Em: http://desenvolvimentoorganizacionalepessoal.blogspot.com/2012/10/a-
-sindrome-do-achismo.html. Acesso em: 27 jun. 2019.
2 Em: https://www.previsa.com.br/o-que-sao-processos-internos-e-como-otimiza-
-los-em-5 - passos/. Acesso em: 28 jun. 2019.
75
GABARITO

1. C.
2. D.
3. A.
4. D.
5. D.
Professor Esp. Adauto Silva Barros

PLANEJAMENTO

III
UNIDADE
OPERACIONAL

Objetivos de Aprendizagem
■■ Aprender a cadastrar veículos, vigilantes, armas e insumos.
■■ Estudar a responsabilidade da central de escolta.
■■ Aprender a identificação e as informações precisas dos responsáveis.
■■ Entender ações de responsabilidade da central de escolta.
■■ Compreender o retorno imediato para a equipe e para o cliente.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Cadastros operacionais
■■ Recepção de solicitações
■■ Solicitação de atendimento pela escolta
■■ Recursos para o atendimento das solicitações
■■ Formalização do atendimento
79

INTRODUÇÃO

Esta é unidade em que você juntará vários processos gerados anteriormente, é o


momento que serão criados os subprocessos dentro da operação. O planejamento
operacional de escolta armada que foi montado dentro da ordem de implantação
dos serviços necessita dos subprocessos para dar andamento à execução, melho-
rando a qualidade do serviço e o nível de assertividade da operação, isso para
manter a qualidade esperada pelo cliente. Assim, também é possível melhorar a
gestão dos insumos utilizados, racionalizando custo e operando mais benefícios
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

para sua empresa. Estes processos devem ser coordenados por você por meio da
central operacional na base da escolta armada ou uma central geral de operações.
É importante, como você já viu anteriormente, manter a organização e os
dados sempre atualizados. Nesta fase é, basicamente, sobre isso que você verá,
o papel das informações sempre muito bem distribuídas e guardadas de forma
organizada pela base central da escolta armada.
Deve existir uma redundância de informações cadastradas, sendo de forma
física em pastas, rigorosamente, identificadas e de forma eletrônica por meio
de sistema de gerenciamento existente na base operacional. Isso dá uma segu-
rança maior em caso de perda de dados armazenados em um formato. Sempre
haverá o outro para refazer e organizar, tendo em vista que isso é de fundamen-
tal importância para a segurança de toda a operação.
Hoje, com vários sistemas tecnológicos disponíveis, fica fácil guardar também
em nuvens, por meio de servidores virtuais ou páginas disponíveis, gratuita-
mente, vinculadas a e-mail. Lembre-se de que você detém informações valiosas
e sigilosas de clientes e operações, portanto, quanto mais protegido, menor o
risco para ambos, empresa de escolta armada e clientes.
Na primeira unidade, falamos sobre sigilo e informações, e é nisto que você
precisa focar, no registro de tudo que for pertinente às operações envolvendo
suas equipes e a base de escolta armada.

Introdução
80 UNIDADE III

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CADASTROS OPERACIONAIS

Na unidade anterior, vimos que as fases do processo, iniciam-se no departamento


comercial, passam pelo administrativo, recursos humanos e chegam ao departa-
mento operacional para que, você, gestor, possa finalizar tudo. No entanto, para
que isso ocorra com maestria, você precisa estar munido de uma série de infor-
mações que envolvem qualquer operação a ser realizada, como: efetivo, veículos,
armas, munição, uniformes, rádio comunicadores, financeiro entre outras neces-
sidades que uma determinada operação possa exigir.
De acordo com Leite (2016, p. 30):
[...] é atribuição dos gestores cuidar da segurança, como afirmou Hen-
ry Fayol, um dos pioneiros na publicação de livros de administração
de empresas. Segundo Fayol, as funções essenciais de uma empresa e
seus gestores são de ordem: técnica, comercial, financeira, de segurança
(proteção e preservação dos bens e das pessoas), contábil e adminis-
trativa.

Sendo assim, são necessárias como citado aqui na introdução, todas as informa-
ções precisas para que se conclua todas as necessidades para a execução desta
operação posta a você. Seguem, agora, algumas das informações preciosas para
a realização de uma ótima operação, os passos que já fez e que agora deve estar
compilado em um só departamento, que é a sua base de escolta armada:

PLANEJAMENTO OPERACIONAL
81

a. O cadastro do cliente que foi levantado pelo comercial e depois foi vali-
dado com a visita do gestor operacional junto ao cliente. Este cadastro
contém as informações mais importantes, pois com ele conseguirá men-
surar todos os demais passos da operação e as necessidades desta. A base
deve sempre manter este cadastro atualizado junto ao cliente, mediante
quaisquer alterações que receba em uma nova operação.

b. Cadastro de tarifário, de obrigação do financeiro e controladoria da


empresa manter atualizado. Você, gestor operacional, deverá sempre
estar informado sobre as alterações do mesmo, só assim saberá até onde
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

os custos da sua operação estão cobertos pela negociação do serviço.


Sempre o financeiro deverá manter o contrato comercial atualizado em
dados e valores.

c. Cadastro da frota ou dos veículos também é de fundamental importân-


cia, pois não podemos atender a uma demanda sem as viaturas, afinal,
você realiza escolta armada e necessita de veículos. Não pode acontecer
de se ter o serviço e não ter a logística disponível para a execução, e esta
parte é fundamental. É preciso ter o número de viaturas exato, condições
de uso, documentação, manutenção e demais componentes em perfeito
funcionamentoe, ainda, manter documentos das viaturas em dia.

d. Cadastro de oficinas credenciadas pela empresa para as devidas manu-


tenções das viaturas, bem como as credenciadas fora da área da central de
escolta armada. É preciso ter o cadastro de outras oficinas em cada região
onde as viaturas podem passar em uma operação de escolta armada,pois
nunca se sabe onde haverá problemas mecânicos ou elétricos, deve estar
prevenido para isso sempre.

e. Cadastro completo de cada vigilante qualificado para a execução de escolta


armada dentro da empresa. Deve constar, neste cadastro, todos os dados
pessoais e contatos sempre atualizado:.
I. Situação – ativos e inativos;
II. Motivos – férias, afastamento por doença, atestados, suspensões, licenças con-
cedidas, entre outras;

Cadastros Operacionais
82 UNIDADE III

III. Documentos pessoais – cópias e fichas;


IV. Contato de familiares para casos de emergências;
V. Validade de seus documentos obrigatórios – curso de extensão de escolta
armada em dia, reciclagem obrigatória a cada dois anos; CNV – Carteira
Nacional de Vigilante com data de validade em dia; CNH – Carteira Nacio-
nal de Habilitação com data de validade em dia;
VI. Certidões criminais e outras também dentro de suas validades.

f. Cadastro de insumos para a realização das operações, em determinadas


operações. É precisodisponibilizar alguns recursos extras, como: câme-
ras filmadoras, pois cliente pode pedir que toda a operação seja registrada

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
por vídeo, rádios comunicadores portáteis. Como citado anteriormente,
em algumas situações é importante que o motorista também tenha um
rádio com ele, na frequência da sua escolta armada, além de telefones que
devem ser utilizados em caso de emergências ou em áreas de cobertura
ruim para sinal de rádio transmissor.

De acordo com Leite (2016, p. 55), “[...] emergência pode ser entendida como
uma situação crítica que produza danos às pessoas e ao patrimônio”.
g. Controle das armasé de fundamental importância, pois estamos falando
de um dos mais importantes insumos para que a operação aconteça. Deve-
-se manter o cadastro atualizadíssimo de todas as armas de portes (curtas)
e as portáteis (longas), sendo:
I. Armas em condições de uso imediato.
II. Armas em manutenção.

PLANEJAMENTO OPERACIONAL
83

III. Armas na base, mas sem condições de uso.


IV. Documentação em dia de todas as armas – registros.
V. Munições para cada tipo de arma, quantidades e validades dos lotes.
VI. Munições para descartes.

De acordo com Beraldo (2015, p. 19):


[...] o cadastro de armas será de responsabilidade da área operacional,
devendo ser mantido atualizado, com todas as informações das armas
disponíveis por tipo, ativas e inativas, assim com a respectiva munição
e validade da documentação.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

h. Controle dos coletes táticos e das placas balísticas. Os coletes são somente
as capas, que devem estar em boas condições para receber a placa balística
e ser ajustada ao corpo do vigilante. As placas balísticas também têm pra-
zos de validade para uso, e esta informação também deve ser observada
rigorosamente, pois é isto que dá segurança para o vigilante, no caso de
um confronto armado, se ele for atingido. A validade é fundamental ser
respeitada, pois se trata, também, de equipamento controlado pela Polí-
cia Federal, a qual acompanhará a incineração das placas balísticas após
vencimento, evitando, assim, riscos à vida.
As informações precisas e os cadastros atualizados facilitarão sempre as condições
de serviços impostas à operação. Todos os setores devem manter alimentados seus
bancos de informações e cadastro para facilitar a operacionalidade da empresa
no seu dia a dia de atendimento ao cliente.

Cadastros Operacionais
84 UNIDADE III

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
RECEPÇÃO DE SOLICITAÇÕES

Você já viu nas unidades anteriores a importância da organização, doplanejamento


e dosprocessos a serem seguidos, bem como dos recursos humanos para que isso
aconteça. Você, gestor, é o responsável por delegar funções aos seus subordinados
e, nesta fase das recepções de solicitações, é de fundamental importância ter con-
fiança em seus vigilantes da central de escolta armada, e eles em você. De acordo
com Leite (2016, p. 112): “[...] seja na implantação de novas ideias, seja na solu-
ção de problemas, há que se considerar o aprendizado coletivo: todas as pessoas
envolvidas no sistema de referência terão que conhecer os novos procedimentos”.
Neste momento, os vigilantes da central de escolta armada estarão recebendo
as ordens para a execução de um serviço ou de serviços, portanto, a atenção deles
nestas solicitações, bem como a capacidade de entender estes documentos e ana-
lisar se estão de acordo com a ordem de implantação comercial será de suma
importância para não gerar riscos, sinistros e prejuízos financeiros à empresa.
O entendimento por parte desta equipe será crucial para a assertividade e qua-
lidade na execução da escolta armada.
Eles devem estar preparados e treinados por você, gestor, a ter esta visão e
capacidade de discernimento sobre a real situação ali apresentada nas solicita-
ções, visto que só assim evitarão danos maiores a todos os envolvidos. Precisam
estar cientes de que, caso não entendam, devem dirigir-se a você, gestor de segu-
rança, para solucionar e dirimir as dúvidas pertinentes à solicitação.

PLANEJAMENTO OPERACIONAL
85

As solicitações devem chegar à central de escolta armada de forma escrita,


pode ser de forma física, por e-mail ou por sistema de gestão interna. O mais
importante é que esta recepção seja entendida por todos os envolvidos na opera-
ção. Em caso de desconformidade do que foi descrito na ordem de implantação
comercial, esta ordem deverá ser devolvida e informada ao responsável para que
se faça os ajustes necessários. Somenteapós as correções realizadas, a central de
escolta armada receberá novamente a solicitação e dará continuidade no processo.
Quando tudo estiver conferido e devidamente encaminhado, é a hora que
você começa a dar conhecimento a quem precisa para que se inicie o serviço de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

escolta armada.

Figura 1 - Sempre tenho dois planos para situações adversas

Caso você não tenha, neste momento, nenhuma possibilidade de contato com
o gestor comercial, deverá, então, recorrer à diretoria da empresa para que ela
dê o aval do que fazer, ou não fazer. Isso é para resguardar as responsabilidades
de cada um dentro do processo.

Recepção de Solicitações
86 UNIDADE III

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
SOLICITAÇÃO DE ATENDIMENTO PELA ESCOLTA

Após as solicitações serem enviadas e recebidas dentro das conformidades do serviço


de escolta armada, na base da empresa, é o momento em que a equipe da central
de escolta armada começará a preparar tudo o que é necessário para a execução
do serviço, isso tudo sob a fiscalização do gestor de segurança de escolta armada.
Começa, então, as avaliações de todos os pontos que envolvem o serviço, a
exemplo:
Primeiro passo
Se a escolta for transitar por outros estados, comunicar todas as autorida-
des conforme suas áreas.
■■ PRF – Polícia Rodoviária Federal

■■ PRE – Polícia Rodoviária Estadual

■■ DPF – Delegacia da Polícia Federal – (DELESP)

■■ SSP – Secretarias de Segurança Pública, responsável pelas polícias mili-


tares e polícias civis dos estados

PLANEJAMENTO OPERACIONAL
87
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Figura 2 - As forças de segurança pública

Esta medida de comunicar às autoridades policiais nos respectivos estados e


federação é para que sua operação, além de ser já conhecida, possa também ter
apoio mais rápido em casos de sinistros durante o itinerário, tanto na ida quanto
na volta da operação (POLÍCIA FEDERAL, 2012, on-line).
É importante lembrar que as equipes estarão com veículo caracterizado
da empresa e estarão portando armas autorizadas para uso da empresa. Então,
quanto mais clareza e legalidade existir, maiores as chances do sucesso no serviço.
Segundo passo
■■ Montar a escala do efetivo necessário para cumprir o serviço.

■■ Conforme o cadastro dos vigilantes de escolta armada ativos para o con-


trole das jornadas de cada um.

■■ Definir a equipe que executará o serviço.

Solicitação de Atendimento Pela Escolta


88 UNIDADE III

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 3 - Elaborar escalas

Terceiro passo
■■ Escolha dos veículos cadastrados para a escolta armada, de preferência
que as equipes usem sempre a mesma viatura.

■■ Conferir junto ao armeiro da empresa as armas, munições e coletes balís-


ticos a serem utilizados, sempre prezando a validade das munições e das
placas balísticas dos coletes.

Figura 4 - Cadastrar veículos em seu controle

PLANEJAMENTO OPERACIONAL
89

Quarto passo
■■ Preparação e conferências dos rádios portáteis a serem usadospela equipe.

■■ Preparar sintonia e conferir também com os rádios fixos da viatura, funcio-


namento e frequência juntos com a base fixa da central de escolta armada.

■■ Telefones celulares e carregadores.


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Figura 5 - Cuidados com a comunicação

Quinto passo
■■ Providenciar recursos financeiros para este deslocamento.

■■ Caso tenha convênios de abastecimento de combustível comunicar os


conveniados para o atendimento nesta operação.

Solicitação de Atendimento Pela Escolta


90 UNIDADE III

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 6 - Recursos para despesas

Sexto passo
Para a operação é a preparação completa da pasta operacional, a seguir vamos
rever o que deve constar nesta pasta, é fundamental que esteja completa e deve
ser levada pela equipe, no período da operação:
I. Cópia da solicitação do serviço pelo o cliente.
II. Cópia autenticada dos crachás dos vigilantes com prazo de validade.
III. Cópia autenticada das carteiras de habilitação dos vigilantes, lembrando
que todos da equipe devem ser habilitados para condução da viatura.
IV. Cópia autenticada da CNV – carteira nacional de vigilantes com prazo
de validade em dia.
V. Cópia de e-mail enviado para a Policia Federal – DELESP – delegacias de
controle de segurança privada (quando necessário).
VI. Cópia autenticada do certificado de autorização de funcionamento da
empresa emitido pela DELESP e publicado em Diário Oficial da União.
VII. Cópias autenticadas dos registros das armas utilizadas naquele momento,
ou seja, de posse dos vigilantes de escolta armada naquela viatura.

PLANEJAMENTO OPERACIONAL
91

VIII. Documento da via-


tura devidamente em
dia com as obrigações.
IX. Checklist realizado
na viatura antes do
início da operação.
X. Pontos de apoio
no itinerário que
percorrerão.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

XI. Números de telefo-


nes que podem ser
necessários em caso
de emergência.

Figura 7 - Sigilo da pasta operacional

Ao concluir esta parte do processo, você, gestor, junto com sua equipe de central
já tem o levantamento das necessidades para dar andamento ao atendimento da
operação.Esta parte foi estritamente burocrática, você preparou documentos e
conferiu os meios necessários para que tudo ocorra com sucesso.

Não se esqueça deque a organização é a chave do sucesso para qualquer


segmento quando falamos de segurança, e a organização torna-se primor-
dial para atingir os níveis mais altos. Segurança é apenas uma sensação, não
vemos, não pegamos nem sentimos o cheiro, somente sensação. Quanto
mais alto for nossa sensação, melhor será o resultado final do serviço.
Fonte: o autor.

Solicitação de Atendimento Pela Escolta


92 UNIDADE III

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
RECURSOS PARA O ATENDIMENTO DAS
SOLICITAÇÕES

Nesta fase, você, gestor(a), verá que já será mais fácil o processo em razão da
organização da fase anterior, quanto mais detalhes você juntou anteriormente,
menor será seu trabalho agora. Depois dos papéis e das decisões, agora é a hora
que você, gestor, começará a providenciar tudo para que aconteça o que foi proje-
tado desde o começo. Contarátambém, nesta fase, com seus vigilantes da central
de escolta armada, pois eles deverão concluir os preparativos para a conclusão
sob suas orientações.
Conforme você já viu nos cadastros operacionais e na solicitação de aten-
dimento pela escolta, juntaremos todos os dados e daremos início ao processo
que antecede a formalização para a execução. Você verá o passo a passo para
facilitar tudo isso:
■■ Preparar os documentos e realizar a comunicação aos departamentos de
polícias e segurança pública necessários;

PLANEJAMENTO OPERACIONAL
93

■■ Comunicar à DELESP – delegacia de controle de segurança privada sem-


pre que for transitar em outros estados da federação;

■■ Fazer contato com os vigilantes de escolta armada escalados não esquecer


de avisar o tempo estimado do serviço para que eles possam estar cientes;

■■ Deixar as viaturas em condições de uso, abastecidas, pneus em condições


de uso e calibrados, parte elétrica e documentaçãoconferidas.; isto para não
atrasar o início do serviço quando a equipe chegar na base para a partida;

■■ Deixar armas e munições prontas e separadas;


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

■■ Cintos, coldres e bandoleiras também prontos para a entrega;

■■ Coletes táticos e suas respectivas placas balísticas;

■■ Verbas para despesas extraordinárias durante o deslocamento para exe-


cução da escolta armada;

■■ Pasta operacional montada com todas as informações para a equipe.

Encerrado isto, você, gestorde escolta armada passará para a fase da formaliza-
ção do atendimento.
Você viu, até aqui, que vários assuntos parecem se repetir, mas não, são
processos que devem ser seguidos para que não secometam erros futuros. A
prudência aliada Àprevenção, juntas, formam as armas mais poderosas da
segurança privada.

A prudência é um ato da razão, uma atitude racional que agrega valor ao


líder e seus colaboradores. A prudência, conforme nos diz Aristóteles, está
relacionada com a capacidade de previsão. O que você pensa sobre isso?
Fonte: adaptado de PMG&E (2012, on-line)1.

Recursos Para o Atendimento das Solicitações


94 UNIDADE III

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FORMALIZAÇÃO DO ATENDIMENTO

É preciso lembrar que formalizar significa efetuar ou aplicar um contexto de acordo


com as regras. Até aqui, você realizou processos que criaram uma sequência a qual
deverá ser cumprida, e tudo que foi escrito será transformado em serviço na prática.
Agora, é hora de responder a toda a equipe envolvida até aqui neste processo,
todos os departamentos da empresa que realizaram suas tarefas para que você,
gestor operacional, pudesse realizar seu serviço, dar um feedback para que todos
saibam que o processo se concluiu de forma correta, que todas as informações
repassadas estavam corretas e que, agora, será executada a parte final.
Assim, o departamento comercial que iniciou tudo isso e os demais que cor-
roboraram para que pudesse realizar o atendimento a esta solicitação, finalizam
suas partes e aguardam o fechamento do serviço para que o financeiro faça o
faturamento do mesmo.

PLANEJAMENTO OPERACIONAL
95

Esta parte é, basicamente, de retorno aos participantes dentro da empresa,


mas é preciso lembrar que você tambémtem o cliente. Neste momento, você,
gestor, deve dar a informação ao cliente dizendo que tudo está pronto para aten-
dê-lo, naquele serviço solicitado, repassando alguns pontos importantes sobre
a operação:
a. confirmar a data da execução;

b. o horário da saída;

c. A carga que será escoltada;


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

d. o transportador;

e. o local da saída;

f. E se o cliente tem mais alguma solicitação a ser feito neste serviço.


Isto é uma rápida recapitulação com o cliente de tudo aquilo que já foi docu-
mentado, somente para que, no exato momento do início do serviço de escolta
armada, nada aconteça de errado para atrapalhar, ou atrasar a operação. Na pró-
xima unidade deste livro, você conhecerá um pouco sobre a execução do serviço.

Formalização do Atendimento
96 UNIDADE III

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Você viu, nesta unidade, a parte em que juntamos documentos, unimos departa-
mentos e provisionamos tudo o que será utilizado na operação. Cada departamento
disponibilizou informações e, quando chegou no departamento operacional, che-
gou o momento de pensar nas necessidades para atender a este serviço de acordo
com o que o cliente solicitou junto ao departamento comercial da empresa de
escolta armada.
Você viu que é hora de organizar todos os recursos necessários, entre eles o

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mais importante os recursos humanos, depoisos vigilantes de escolta armada,
quantos forem precisos, e, depois, vêm os meios para que os vigilantes possam
realizar com sucesso seus trabalhos.
Lembre-se de que não se faz escolta armada só com os vigilantes de escolta
armada, precisará de meios para que tudo aconteça, por isso, desde o começo
deste livro eu falo a você, gestor, sobre a importância de conhecer a sua empresa
e todos os meios que você tem disponível. Só quando você realmente conhece
todo o processo e confia nos meios para a execução do serviço é que você estará
pronto para trabalhar com tranquilidade e a certeza de retorno positivo nas suas
operações.
É preciso ter sempre informações precisas, tanto cominformação interna
quanto externa. Por exemplo, seseus subordinados têm dúvidas sobre a opera-
ção, cabe a você a resposta pronta e correta, se seu cliente quer saber mais sobre
o serviço que você vai gerir para ele, este precisa de respostas firmes e claras para
não terdúvidas, seseus diretores querem informações, você tem que sabê-las de
imediato, não poderá ter dúvidas sobre aquilo que está gerindo.
O seu conhecimento na gestão da escolta armada é fundamental para o
sucesso da sua empresa no mercado corporativo de segurança privada, com sua
competência e seuconhecimento fará a diferença entre a concorrência.

PLANEJAMENTO OPERACIONAL
97

1. No contexto de organização e prioridades, para que uma empresa possa ca-


minhar com excelência no seu desempenho junto ao mercado, é preciso que
a empresa e seus gestores sigam uma ordem lógica e de organização. Assinale,
a seguir, a alternativa que apresenta, pelo menos, duas das ordens essenciais.
a) Técnicas de defesa pessoal e de direção automotiva.
b) Técnicas de tiro prático e de combate.
c) Técnicas operacionais e administrativas.
d) Técnica comercial e financeira.
e) Técnica administrativa e financeira.
2. Qual área, dentro da empresa, é responsável por manter os cadastros das ar-
mas atualizadas e quais dados devem constar neste cadastro, lembrando que
as armas são autorizadas e fiscalizadas pela Polícia Federal? Assinale a alterna-
tiva correta.
a) Quantidade de armas estão de posse dos vigilantes em serviço.
b) Quais armas já foram disparadas em serviço.
c) Somente as marcas e os modelos das armas.
d) As armas que estão apreendidas para perícia.
e) Tipos de armas ativas e inativas, bem como as munições e documentação.
3. Nas recepções de solicitações na central de escolta armada, de que forma elas
devem chegar? Vale lembrar que será por meio dessas solicitações que você
começará a dar andamento ao processo para a execução operacional. Assinale
a alternativa que confere com o formato de recebimento das solicitações.
a) Somente por e-mail.
b) Deverá ser de forma escrita, pode ser entregue fisicamente, por e-mail cor-
porativo ou por sistema de gestão interno.
c) Pode ser somente verbal por meiodo gestor comercial.
d) Pode ser diretamente do cliente que contratou o serviço.
e) Basta que o Diretor da sua empresa faça uma ligação para a central.
98

4. Nos serviços de escolta armada, em que as equipes transitarão por outros es-
tados da federação, é responsabilidade da central de escolta armada por meio
do seu gestor de segurança, tomar algumas medidas de ordem legal para que
tudo corra bem. Assinale a alternativa que corresponde a uma dessas medidas.
a) Comunicar à Polícia Rodoviária Federal, Polícia Rodoviária Estadual, Secreta-
ria de Segurança Pública do estado e a Polícia Federal - DELESP.
b) Comunicar ao departamento comercial da escolta armada que já será exe-
cutado o serviço vendido e à Polícia Federal – DELESP.
c) Comunicar à direção da empresa o início do serviço e à Polícia Rodoviária
Federal.
d) Comunicar somente à Polícia Militar e à Guarda Municipal da cidade onde
levará a carga.
e) Comunicar à Polícia Federal e ao Exército Brasileiro para da ciência da ope-
ração.
5. Você viu, aqui, que um dos documentos que deve estar com a equipe durante
o serviço de escolta armada é a pasta operacional, que será organizada por
você, gestor, e entregue na hora do início do serviço da equipe. Qual alternati-
va corresponde a alguns itens importantes a constar desta pasta operacional?
a) Telefones de contato da família de cada um dos vigilantes da equipe envol-
vida no serviço.
b) Cópias das CNV – Carteira Nacional de Vigilante com data de validade venci-
da, para deixar documentado.
c) Cópia do certificado de autorização de funcionamento da empresa junto
À Ppolícia Federal – DELESP e as respectivas documentações dos vigilantes
com validade em dia, bem como os registros das armas que estão sendo
utilizados pela equipe.
d) Fotos das armas a serem utilizadas pelas equipes, não sendo necessários
documentos das mesmas.
e) Cópias das autorizações para aquisição das armas e telefones dos responsá-
veis pela empresa de escolta armada.
99

Para que você, gestor, entenda um pouco mais da importância do planejamento den-
tro de uma empresa e a aplicação deste nos setores, a seguir, temos uma leitura para
que fique mais claro e traga mais conhecimento para o seu dia a dia como gestor de
segurança. Lembre-se de que você deve ser sempre a diferença entre os outros. Para a
aproximação da perfeição, só existe uma fórmula, a repetição, e quanto mais conhecer
por meio de estudos sua profissão, melhor será seu resultado como profissional.
A elaboração de um Planejamento Estratégico aumenta a probabilidade de que, no futu-
ro, a organização esteja no local certo, na hora certa. Um plano estratégico oferece uma
visão de futuro. Independente do porte da organização, o plano estratégico indica a di-
reção certa. Para Drucker (1984), planejamento estratégico é um processo contínuo de,
sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar deci-
sões atuais que envolvam riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à
execução destas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática,
medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas.
O processo de Planejamento Estratégico pode conter as seguintes discussões a seguir:
1) Definição do negócio, missão e visão. A tendência na definição do que é o negócio,
muitas empresas têm a tendência de encontrar a resposta no produto/serviço da orga-
nização, isto pode levar a uma missão míope do que realmente é o negócio. O correto é
analisar o benefício resultante do produto/serviço. Um bom exemplo é a empresa Cope-
nhagen, em uma visão míope negócio: chocolates e em uma visão estratégica o negócio
seria descrito como presentes. A declaração de missão deve refletir a razão de ser da
empresa, geralmente é uma declaração curta, que destaca as atividades da empresa,
já a visão da empresa é a definição de onde a empresa quer estar em um determina-
do período de tempo. Estas três etapas são fundamentais para o processo de definição
do planejamento estratégico. 2) Análise de ambiente interno e externo. Esta etapa é a
fundamental para a definição das metas e estratégias, pois é da análise de ambiente
que as estratégias são formuladas. A análise de ambiente é a definição das forças, fra-
quezas, ameaças e oportunidades da empresa que afetam a empresa no cumprimento
da sua missão. 3) Formulação de Estratégias. As estratégias são escritas com base na
análise de ambiente levantada, após uma priorização de principais objetivos e agru-
pamento por temas. A estratégia precisa estar voltada para o futuro da organização,
porém para ser bem descrita necessita estar de acordo com as etapas anteriores (missão,
visão, negócio e ambiente). 4) Implementar projetos e controlar. É denominado de Plano
de Negócios o resultado deste planejamento. Esta etapa garante a execução de tudo o
que foi levantado e priorizado. Não adianta definir um desafiador planejamento se não
houver implementação e acompanhamento e para isto o Plano de Negócios precisa ser
apresentado a força de trabalho, como também a definição de o comprometimento de
quem participa destas discussões é fundamental para uma boa análise e definições dos
objetivos.
Algumas empresas optam por efetuar algumas etapas deste planejamento com a par-
ticipação de empregados de diversos setores, promovendo um comprometimento de
100

todos, é a chamada gestão participativa. Um outro aspecto importante para o sucesso


da implementação do planejamento estratégico, está em ficar atento ao mercado, às
mudanças, por exemplo: uma empresa define a estratégia para ganhar um percentual
de mercado e um ano depois seus dois maiores concorrentes se unem em uma fusão. O
cenário mudou e a estratégia precisa ser revisada. O planejamento estratégico não pode
ser fixo, o processo precisa ser vivo e com a disciplina bem aplicada trará bons resultados
para uma organização. Bons negócios!
Fonte: adaptado de Chiavenato (2003).
MATERIAL COMPLEMENTAR

Planejamento Estratégico
Idalberto Chiavenato
Editora: Elsevier
Ano: 2015
Sinopse: este livro apresenta as etapas mais importantes dentro de
um planejamento estratégico dentro de uma empresa.

O homem que mudou o jogo


Ano: 2012
Sinopse: transformar atletas renegados em campeões em um dos
principais times de baseball nos anos 80 o Oakland A’s. Isto mostra o
quão importante o gestor ter uma equipe coesa e aplicada, mesmo
lidando com pessoas com pensamentos diferentes e que às vezes
até se sentem minoria, é importante que eles sintam-se necessários e
reconhecidos para o dia a dia dos serviço.

Neste site, você encontrará várias dicas de filmes sobre planejamento, o que te fará ver que
em todas as áreas das nossas vidas, mesmo que sem saber aplicamos planejamento para
conseguir resultados satisfatórios. Disponível em: http://www.fnq.org.br/informe-se/noticias/
cinco-filmes-indicados-ao-oscar-que-sao-exemplos-de-gestao.

Neste site, você encontrará mais informações que o ajudarão a entender melhor como
planejar, e sempre há novas publicações e atualizações de profissionais de diversas
áreas de gestão. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/
planejamento-estrategico/55734/.

Material Complementar
REFERÊNCIAS

BERALDO, W. Escolta armada. São Paulo: Clube de Autores, 2015.


CHIAVENATO, I. Planejamento Estratégico. Fundamentos e Aplicações. Rio de Ja-
neiro: Campus, 2003.
Drucker, P. F. Introdução à Administração. São Paulo: Pioneira, 1984.
LEITE, T. A. S. Gestão de Riscos na Segurança Patrimonial. [S.l]: QualityMark, 2016.
POLICIA FEDERAL. Portaria n. 3.233/2012-DG/DPF, de 10 de dezembro de 2.012. Dis-
põe sobre as normas relacionadas às atividades de Segurança Privada. D.O.U. Brasí-
lia: MJSP, 2012. Disponível em: http://www.pf.gov.br/servicos-pf/seguranca privada/
legislacao--normas-e-orientacoes/portarias/portaria-3233-2012-2.pdf/view. Acesso
em: 30 jul. 2019.

REFERÊNCIA ON-LINE
1 Em: http://pmgee.blogspot.com/2012/11/entre-prudencia-e-o-medo.html. Aces-
so em: 28 jun. 2019.
103
GABARITO

1. D.
2. E.
3. B.
4. A.
5. C.
Professor Esp. Adauto Silva Barros

IV
UNIDADE
EXECUÇÃO OPERACIONAL

Objetivos de Aprendizagem
■■ Inspecionar e avaliar todos os detalhes do serviço.
■■ Entender o espelhamento da escolta para maior segurança.
■■ Monitorar pontos de apoio e as paradas, autorizadas ou não
autorizadas.
■■ Retirar monitoramento de espelhamento, mantendo só as marcações
do seu sistema de rastreamento para acompanhar a equipe no
retorno.
■■ Verificar a veracidade de todas as informações relatadas no serviço
executado.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Recepção da equipe escalada
■■ Rastreamento
■■ Monitoramento da equipe em escolta ou patrulhamento
■■ Final do serviço de escolta
■■ Conferência final
107

INTRODUÇÃO

Caro(a) aluno(a), nesta unidade, veremoscomo iniciar a execução do serviço, por


completo. Já vimos, anteriormente, processos internos e externos até chegar no
planejamento operacional, e tudo isso se deu no âmbito da empresa e coma par-
ticipação do gestor operacional de escolta armada. Na central de escolta armada,
também os vigilantes responsáveis por organizar recursos fizeram seu papel de
organizar e preparar os recursos e meios necessários para que o serviço pudesse
acontecer de acordo com o que foi ofertado e fechado com o cliente.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Quando o comercial iniciou o contato com o cliente e levantou as suas neces-


sidades, gerando a ordem de implantação comercial, a próxima fase foi quando
você, gestor operacional de escolta armada, entrou em ação. Lembra? Você, como
gestor operacional de escolta armada, realizou a visita técnica para levantar as
informações complementares para que, de posse destas, você pudesse iniciar o
seu trabalho para realizar o serviço contratado pelo cliente.
Agora, é o momento em que todos os processos tornam-se realidade e hora de
rever todos os detalhes preparados para este serviço de escolta armada e colocar
sua equipe de vigilantes, escalada pela central da escolta armada, para que exe-
cute da melhor forma possível e com o mais alto nível de segurança para todos. Há
inspeção nas condições dos seus vigilantes, nas armas, nas munições, noscoletes,
nas viaturas, nos equipamentos de rádios, telefones e nosistema de rastreamento
e espelhamento quando existir.
Você, gestor, deve fazer a reunião inicial dentro da base com os vigilantes
de escolta armada que realizarão esta operação, deixando claro como deve ser
feita e com detalhes para que não restem dúvidas.
Após esta breve reunião na base, é hora de conduzir a equipe para o local da
partida do serviço que será executado, acompanhar as verificações que devem
ser feitas pelo chefe da equipe junto à carga que eles escoltarão. É importante
lembrar que somente neste momento a equipe saberá o que escoltará e onde
será o destino da carga.

Introdução
108 UNIDADE IV

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
RECEPÇÃO DA EQUIPE ESCALADA

Você, gestor de escolta armada, já preparou tudo o que era necessário para que o
serviço aconteça a contento, conforme o cliente espera e a sua empresa ofereceu.
Agora é hora de finalizar e afinar os processos junto à equipe de escolta armada
que executará o serviço. Por isso, preste sempre atenção em alguns passos a seguir:
1. Receber, na base da escolta armada, os vigilantes que foram escalados, os
quais devem chegar sempre antes do horário previsto para iniciar o serviço, isto
para que possam se preparar e organizar tudo a tempo.

Importante lembrar que parauma equipe de escolta armada, o efetivo pre-


visto é de quatro vigilantes, já incluído o motorista, mas, nos casos em que
as cargas não são de numerários nem de alto valor agregado, pode-se redu-
zir a equipe para dois vigilantes de escolta armada, sendo motorista mais
um vigilante de escolta armada.
Fonte: o autor.

EXECUÇÃO OPERACIONAL
109

É importante fazer uma reunião rápida com todos os vigilantes da equipe para
sanar todas as dúvidas da operação. Conforme destaca Meireles (2008, p. 494):
“[...] reunião preparatória, deve ser uma reunião rápida e simples, mas obri-
gatória. Tem o objetivo de minimizar os riscos existentes durante a atividade”.
2. Verificar as condições dos uniformes dos seus vigilantes de escolta armada,
bem como a apresentação individual de cada um:
a. se os uniformes estão limpos.

b. se estão bem passados.


Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

c. se não estão rasgados.

d. se os seus vigilantes estão com cabelos bem cortados.

e. se estão de barbas feitas ou bem aparadas, neste caso, se a empresa per-


mitir o uso de barba, pode ser regra interna, pois não é permitido.

f. se os calçados deles estão limpos e engraxados.


3. Receber os documentos de porte obrigatório decada um dos vigilantes de
escolta armada e verificar:
a. se os vigilantes de escolta armada estão de posse dos seus crachás de
identificação.

b. se estão de posse de suas CNV’s – Carteira Nacional de Vigilantes (POR-


TARIA, n. 3.233/2012-DG/DPF, Art. 157).

c. se estão com sua CNH – Carteira Nacional de Habilitação bem como


seu RG.

4. Entregar os coletes balísticos com suas devidas placas de proteção.


a. No momento da entrega, conferir com cada um a validade do EPI para
que não tenha riscosM caso seja alvejado.

b. Fazer com que os vigilantes de escolta armada vistam seus EPI’s – coletes balís-
ticos –e ajustem bem ao seu corpo, pois é este ajuste que ajuda a garantir a
segurança da vida do vigilante (PORTARIA n. 3.233/2012-DG/DPF, Art. 144).

Recepção da Equipe Escalada


110 UNIDADE IV

5. Entregar acessórios de uso individua, como:.


a. Cintos para ajustar os acessórios necessários.

b. Coldres padrões para acoplar as armas.

c. Bandoleira para o vigilante que for usar a arma longa.

d. Porta algema, se tiver.

e. Suportes para rádios portáteis, caso não existam nas capas dos coletes.

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
6. Entregar armamento a cada um dos vigilantes de escolta arma e:a.
a. Fazer com que cada um dos vigilantes receba sua arma e confira, de forma
técnica, o funcionamento da mesma. Este procedimento todo vigilante
aprende em seu curso de formação de vigilante bem como testar uma
arma sem ser necessário o disparo real.

b. Feito isto, cada vigilante deve conferir se a numeração da sua arma con-
fere com a do documento de registro . Também será entregue a ele uma
cópia autenticada para que confirme a autorização da posse desta arma.

c. Entregar as munições para o uso dos respectivos calibres e conforme prevê


a portaria da Polícia Federal, sendo duas cargas completas para cada arma
utilizada (PORTARIA n. 3.233/2012-DG/DPF, Art. 121).

d. Entregar, também, armas não letais, máscaras de gás e filtros, conforme


prevê a portaria, isso caso a empresa tenha, pois está autorizado o uso
pela escolta armada, mas não é obrigatório (PORTARIA, n. 3.233/2012-
DG/DPF, Art. 114).

EXECUÇÃO OPERACIONAL
111

7. Entregar a viatura viatura para a equipe. Feita junto com a sua equipe da central
de escolta armada a conferência preliminar, na fase do planejamento operacio-
nal, agora, é a conferência de quem irá utilizar. O vigilante de escolta armada
motorista deverá receber a viatura e conferir as condições de uso.
a. Verificar se o veículo está abastecido.

b. Conferir se a parte elétrica está funcionando corretamente, luzes, sina-


leiras e demais sinais luminosos, como dispositivo de luz intermitente
do veículo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

c. Verificar as condições dos pneus e a calibragem, bem como pneu estepe,


macaco, chave de roda e triângulo.

d. Providenciar o documento do veículo.


8. Entregar a pasta operacional com todos os documentos do serviço a ser rea-
lizado. Esta pasta já deve estar pronta para ser conferida por você, gestor, junto
com seus vigilantes de escolta armada que farão o serviçe nela deve constar:
■■ Cópia autenticada do certificado de segurança, expedido pela Polícia
Federal, o qual autoriza o funcionamento e certifica a capacidade da
empresa de operar como prestadora de serviços de vigilância armada
em todas as esferas.

■■ Cópia autenticada do registro das armas.

Recepção da Equipe Escalada


112 UNIDADE IV

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
SINARM - SISTEMA NACIONAL DE ARMAS
CERTIFICADO DE REGISTRO FEDERAL DE ARMA DE FOGO
SR/DPF/RS

Nº do Registro: Data de Validade:


Proprietário:

CPF:
Doc. Identificação:

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
SINARM: 1996/00021129047-04
VÁLIDO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Nº Cad. SINARM:
Espécie: Marca:
Modelo: Nº da Arma:
Calibre: 380 Capacidade de Tiros:
Funcionamento: SEMI-AUTOMATICO Acabamento:
Quantidade de Canos: Comprimento dos Canos:
Tipo de Alma: RAIADA Qt. de Raias: 6 Snt. das Raias: DIREITO
País de Fabricação:
Nº da NF: Data da NF:
PORTO ALEGRE, 27 DE MARÇO DE 2014

DPF MARCELO SIMOES PIRES PICARELLI


CHEFE DELEAQ/SINARM/SR/RS Regitro: 002408186

VÁLIDO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL


Figura 1 - Modelo do documento de Registro da Arma junto a Polícia Federal
Fonte: adaptado de Maragato([2019], on-line)1.

EXECUÇÃO OPERACIONAL
113

9. Deslocar-se para o local combinado com o cliente para dar início ao ser-
viço de escolta armada.
10. No local combinado acompanhar o vigilante de escolta armada chefe de
equipe para que confira a documentação da carga e tome conhecimento do que
escoltarão e qual o destino final.
11. Liberar a equipe de escolta armada para iniciar o deslocamento para a
proteção da carga.
Estes passos citados, criam rotinas de processo interno, diminuindo os ris-
cos de falhas na execução. Após a análise de caráter preventivo de tudo o que
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

foi dito, você, gestor de escolta armada, deve agir sempre pensando no que pode
acontecer, isto evitará muitos transtornos na operação, além de aumentar a sen-
sação de segurança entre todos, desde a equipe até o cliente.
Assim como o gestor de escolta armada precisa de informações documen-
tadas e de um processo transparente para executar seu trabalho, suas equipes de
base e de campo também precisam de informações e processos. Isto deve se tor-
nar prático e automático no período que antecede a operação de escolta armada.
Todos os envolvidos precisam conhecer a rotina como um todo para que a cada
dia o serviço saia melhor e com mais qualidade e competência na execução da
escolta armada.

Recepção da Equipe Escalada


114 UNIDADE IV

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
RASTREAMENTO

A central de escolta armada deve rastrear toda a operação tanto dos veículos de
escolta como o veículo que transporta a carga. O veículo transportador é rastreado,
normalmente, pelo sistema da empresa de gerenciamento de riscos contratados
pelo cliente. Sendo assim, quando o comercial fechou o serviço e você, gestor
operacional, fez a visita técnica, já deve ter levantado esta informaçãosobre qual
empresa faz este serviço e já acertou detalhes para os espelhamentos sempre que
houver necessidade.
Isso significa que da central de monitoramento de escolta armada, por meiodo
sistema de gerenciamento de frotas, a central de escolta armada passa a ter duas telas
de mapas a controlar, isso aumenta a segurança em casos de riscos contra a escolta.

EXECUÇÃO OPERACIONAL
115

Todos os veículos de escolta devem ter o sistema de rastreamento e botão


de pânico para maior segurança de todos, haja vista que em determinados locais
fica difícil o contato por telefone ou por rádio transmissor, assim, o botão de
pânico pode ser a salvação em uma situação grave.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Figura 2 - Botão de pânico veicular

O botão de pânico também pode ser utilizado nas situações de paradas extraordi-
nárias, por exemplo, uma abordagem policial em que não há o contato telefônico
de pronto. Este tipo de abordagem, via de regra, não ocorre, ocorrerá se houver
denúncias ou comportamento que chame a atenção dos policiais na operação.
Nos sistemas de rastreamento, a central de escolta armada pode controlar
todos os movimentos tanto da equipe de escolta armada quanto do veículo trans-
portador, isso para que os riscos sejam minimizados na operação. É possível,
até, que a central faça um lançamento prévio de todos os pontos do itinerário a
ser percorrido. Desta forma, a central de escolta armada poderá ter todas infor-
mações extraordinárias ou já agendadas em tempo real e com mais segurança
para todos.

Rastreamento
116 UNIDADE IV

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 3 - Possibilidade de marcações para o rastreamento

No mapa existente no sistema de rastreamento, o vigilante da central de escolta


armada fará, por meio de ferramenta específica, as devidas marcações, chama-
das de cerca eletrônica, e a cada vez que a equipe e o veículo escoltado chegarem
dentro deste perímetro, a central de rastreamento receberá um alerta na tela
informando o posicionamento pré-agendado.

Por mais que pareça exagerado tanta redundância de seus processos, criar
regras e treinar vigilantes, é importante sempre que você, gestor, lembre-se
de que não existe segurança 100%, existem níveis mais altos ou mais baixos
de segurança, e é você que ditará em qual nível está sua equipe.

EXECUÇÃO OPERACIONAL
117
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

MONITORAMENTO DA EQUIPE EM ESCOLTA OU


PATRULHAMENTO

Este é o momento em que a central de escolta armada, por meio dos seus vigilan-
tes de operação interna, fará o acompanhamento visual pelo mapa do sistema de
rastreamento de toda a movimentação da equipe e da carga protegida. É impor-
tante, também, sempre que observar alguma inconsistência na operação, fazer
um contato rápido via rádio ou celular com a equipe da viatura.
É sabido que, no Brasil, ainda temos muito a melhorar em questão de teleme-
tria e de sinais de satélites, então, em algumas áreas de rodovias, principalmente,
pode-se perder o sinal do rastreador. Neste momento, tanto a equipe quanto o
veículo escoltado estarão com um nível maior de risco. É hora de o vigilante da
central redobrar sua atenção na tela, pois, se conhece o itinerário, tem como esti-
mar o tempo necessário para que a equipe e o escoltado saiam daquela região
de sombra, como é chamado estes trechos ou, até mesmo, dentro de cidades.

Monitoramento da Equipe em Escolta ou Patrulhamento


118 UNIDADE IV

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 4 - Acompanhamento em tempo real

A central de monitoramento da escolta armada deve marcar, com cerca eletrô-


nica, todos os pontos de apoio e os riscos avaliados no itinerário, principalmente,
nos casos em que a escolta fará pernoite, pois trata-se de um momento de alto
risco a todos os envolvidos, carga e equipe. Assim, a cada ponto atingido, você
receberá as informações, em forma de ocorrência,, na tela do sistema de rastre-
amento. Issovocê consegue fazer, por meio do sistema de rastreamento da sua
central, no sistema espelhado da operadora de gestão de risco que o acompa-
nha. Nesse processo. Você terá, porém, apenas, as informações que a operadora
cadastrar, não há possibilidade de alterar ou criar novas regras.
Conforme destaca Leite (2016, p. 37), “[...] gerenciar riscos tem como objetivo
prevenir perdas e assim contribuir para a otimização dos ganhos”. Os objetivos
estratégicos de uma empresa, por vezes, exigem aumento dos riscos.

EXECUÇÃO OPERACIONAL
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

FINAL DO SERVIÇO DE ESCOLTA

Ao chegar no destino final, a equipe de escolta armada realizará a vistoria do


local, analisará a segurança e fará a entrega da carga. Feito a entrega, a equipe
deve se comunicar com a central de monitoramento de escolta armada e fechar
o serviço de escolta , por ora, concluído, passando central todas as informações
relevantes do percurso.

Figura 5 - Vigilante

Final do Serviço de Escolta


120 UNIDADE IV

Nesse momento, o vigilante da central da escolta armada fará contato com a


operadora de risco e retirará o rastreamento de espelhamento do veículo trans-
portador, necessário até que a entrega seja concluída.
Inicia-se, em seguida, o procedimento de retorno da equipe. Esse processo
não será menos perigoso que a ida, pois, nesse momento, o percurso é realizado,
apenas, pela equipe, acompanhada de armamentos e equipamentos de proteção.
Por esse motivo, a central da escolta armada deverá acompanhar, com muita
atenção, pelo sistema de rastreamento, tudo que acontece à viatura e sua equipe.
Assim, da mesma forma que foram monitorados os pontos de apoio e os riscos

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
no itinerário da ida, estes também o serão no retorno.
A equipe está cansada, depois de uma tensa jornada, e precisa percorrer o
mesmo caminho para retornar. Além do cansaço, tem-se um nível de estresse
superior, que aumenta as possibilidades de erro.
Você, gestor, precisa ter em mente que a carga não é o único interesse do
ladrão, a viatura, a arma e o colete do seu vigilante também podem ser alvo de
roubos ou outros tipos de crimes praticados por quadrilhas especializadas. Por
isso, é importante o acompanhamento de todo o percurso, até a chegada em
segurança na base da escolta armada.
Conforme destaca Leite (2016, p. 5), “[...] a necessidade de tranquilidade é
uma constante em nossas vidas e está por trás das decisões tomadas por gesto-
res nas organizações”.

EXECUÇÃO OPERACIONAL
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

CONFERÊNCIA FINAL

Realizado o serviço, carga entregue com segurança, é hora de monitorar o retorno


da(s) equipe(s) até a chegada na base da escolta armada.
Quando chegar a base, você, gestor fará o fechamento deste serviço, na ordem
inversa à partida, iniciando pelo relatório da equipe, referente a tudo que acon-
teceu nesse serviço.
a. Redigir o relatório de fechamento do serviço.
b. Conferir a(s) viatura(s).
c. Recolher e conferir armas e munições.
d. Recolher e conferir coletes e placas balísticos.
e. Recolher e conferir a pasta operacional do serviço.
f. Guardar os rádios portáteis usados na operação.

Conferência Final
122 UNIDADE IV

g. Verificar com a central de rastreamento, se houve espelhamento, este


deve ser desligado imediatamente.

h. Convocar uma reunião de fechamento com os vigilantes de escolta armada,


que participaram da operação, para os feedback;

i. Dispensar a equipe para seu descanso.

Você viu ,até agora, um processo simples e falamos somente como se você cui-
dasse de uma única operação. Mas você, gestor poderá, no mesmo dia, gerir
várias operações de escolta armada. Pode ser que tenha escoltas iniciando, outras

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
em andamento e, ainda, as que estão por vir. Discutimos, até aqui, o procedi-
mento ,justamente, para que você, tenha o controle de todas as operações, saiba
exatamente o que acontece nas operações, por exemplo, organizar as planilhas,
o fluxograma e outros itens, para que você não se esqueça das suas responsabi-
lidades como gestor.

Figura 6 - Procedimentos não devem ser ignorados

As reuniões, os relatórios internos, a comunicação com os demais departamen-


tos, tudo isso registrado no seu plano operacional fará você ter, sempre, a seu
alcance as informações importantes. De posse de todas as informações, você
terá ferramentas para tomar quaisquer decisões, durante uma operação, seja na
ordem de equipes, equipamentos e outros processosque envolvam seu departa-
mento e suas operações.

EXECUÇÃO OPERACIONAL
123

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta Unidade, você aprendeu sobre a execução operacional e viu, aqui, os pro-
cedimentos básicos para o desenvolvimento de uma operação com segurança.
Quanto ao controle de equipes, monitoramento e acompanhamento, cabe des-
tacar que não se trata apenas de vigiar se a operação se encontra do modo como
foi vendida, mas oferecer tudo o que se espera de uma operação de alto risco.
Desse modo, quando você receber a equipe na base, para dar as informações e
iniciar o serviço, o monitoramento da equipe deverá estar em andamento.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Na reunião prévia, precisa solicitar a apresentação individual de cada um dos


vigilantes da escolta armada. A apresentação e a postura dos profissionais são ele-
mentos fundamentais para que a operação seja segura. Se a postura da equipe é
boa e firme, transmite às pessoas respeito e pressupõe a capacidade de reação, se
necessário. Saiba, gestor, que essa observação também é uma forma de monitorar.
O monitoramento, no sentido prático, é aquele que será realizado pela central
de monitoramento da escolta armada, a fim de melhorar a segurança da operação.
Monitorar, portanto, significa controlar, acompanhar e fiscalizar. Esse processo será
feito, sempre, pela central de monitoramento da base da escolta armada. Lembre-se,
porém, que a repetição é a forma mais fácil de chegarmos próximos à perfeição.
A cada operação de monitoramento, detalhes valiosos aparecem e devem ser
lembrados para as próximas operações, isso gera confiança e segurança a todos os
envolvidos na escolta armada. Por isso, você, como gestor, deverá cumprir todos
procedimentos, principalmente os que envolvem diretamente a operação, quais-
quer procedimentos esquecidos ou ignorados, em uma operação, podem custar
caro. Digo caro, no sentido de que vidas podem ser expostas ao risco, quando não
cumprimos corretamente os procedimentos de segurança e operação. Cuidado, ges-
tor, com as rotinas nas operações, não pense que a próxima será menos arriscada
do que a última, pois você nunca saberá onde o perigo está. Considere, portanto,
o procedimento uma ferramenta para aumentar a prevenção, durante o desenvol-
vimento da operação.

Considerações Finais
124

1. Dentre as cópias de documentos obrigatórios, que devem estar na pasta ope-


racional de posse dos vigilantes de escolta armada, existem alguns de porte
pessoal, estes os vigilantes devem levar, sempre, consigo. Considerando a in-
formação, analise as alternativas, a seguir, e assinale a que contenha três desses
documentos.
a) Seguro dpvt, seguro do veículo e cnh.
b) Cnh, cópia do certificado de formação de vigilante e cópia do RG.
c) Seguro do veículo, cópia da nota fiscal da arma e RG.
d) Crachá da empresa com data de validade, cnh e cnv.
e) Crachá, registro de trabalho e documento do veículo.
2. Quando recebe o armamento de escolta armada, no momento que antecede
a saída para a execução do serviço, o vigilante realiza procedimentos de segu-
rança, em relação a sua arma. Qual alternativa, a seguir, indica o procedimento
a ser efetuado para a própria segurança do vigilante?
a) Testar o funcionamento da arma, realizando disparos para verificar se está
tudo certo.
b) Conferir se a arma é a mesma que você usou na última operação.
c) Verificar se a arma é de um bom fabricante.
d) Não é necessário conferir o armamento, pois isto é obrigação da empresa e
não do vigilante.
e) Realizar teste de forma técnica, como o vigilante aprendeu em seu curso de
formação, sem a necessidade de disparo real para conferência.
3. A legislação , prevista pela polícia federal, permite as empresas o uso de deter-
minadas armas e calibres. Desse modo, no momento da entrega das armas, a
equipe de escolta armada poderá receber outros acessórios, como armas não
letais. Assinale a alternativa que apresenta pelo menos dois acessórios usados,
mas que não são obrigatórios pela legislação.
a) Binóculo, coldre nível III e capacete.
b) Armas não letais e máscaras de proteção de gás.
c) Máscaras e facas para usos diversos.
d) Capacete com visor balístico e granada de ataque.
e) Não há previsão, na legislação, para uso de armas que sejam letais.
125

4. Quando você, gestor, prepara o mapa de rastreamento para a execução de um


serviço de escolta armada, é necessário realizar uma marcação. Isso facilitar a
operação e dá maior sensação de segurança à equipe e ao cliente. Considere
essa informação e assinale a alternativa que corresponda a ação..
a) Marcar com cerca eletrônica os pontos de apoio, ondem haverá paradas
programadas no itinerário.
b) Marcar somente onde será o destino final da carga.
c) Marcar no trajeto, somente, a localização dos postos de polícia rodoviária.
d) Marcar, somente, onde existir sombra no sistema de rastreamento.
e) Não é preciso fazer nenhuma marcação, o vigilante da base da escolta
armada faz o acompanhamento pela tela do sistema.
5. Em que momento do processo, você passará as informações à equipe de escol-
ta armada, a respeito do destino final e o que irão escoltar? Sobre isso, assinale
a alternativa correta.
a) A qualquer momento, o gestor pode informar à equipe de escolta armada
todos os detalhes.
b) Em nenhum momento, eles precisam saber destas informações.
c) Só quando você, gestor, achar que deve ou no momento que tiver tempo.
d) Essas informações, quando forem passadas, dependerá da disponibilidade
da direção da empresa para que isto aconteça.
e) As informações, pertinentes ao destino e aos tipos de carga a serem escol-
tados, serão informadas, somente, à equipe, no momento que anteceder o
início do serviço, no local da partida.
126

Contratação de empresa de vigilância clandestina poderá gerar penalidades


Para Major Fábio, uma das razões para a existência de empresas clandestinas é a falta de
penalização para quem contrata.
A Câmara analisa proposta que penaliza as pessoas físicas ou jurídicas que contratarem
empresas de vigilância sem autorização para funcionamento. A medida está prevista no
Projeto de Lei n. 4988/2013, do deputado Major Fábio (DEM-PB).
Hoje, a Lei n. 7.102/1983 estabelece regras para o funcionamento das empresas de seguran-
ça. Segundo a norma, a administração dessas empresas não deve ficar sob responsabilidade
de estrangeiros e seus empregados não podem ter antecedentes criminais. Os vigilantes
têm de ser previamente aprovados em curso de formação, além de passar por exames de
saúde. Já as empresas só podem funcionar se tiverem autorização do Ministério da Justiça.
As empresas de vigilância que descumprirem essas e outras regras já estão sujeitas a penas
de advertência, multa, proibição temporária de funcionamento e cancelamento do registro.
De acordo com o PL n. 4988/2013, as pessoas físicas e jurídicas que contratarem empresas ir-
regulares e souberem dessas irregularidades também poderão sofrer as mesmas penalidades.
Quadrilhas
Major Fábio afirma que o objetivo da proposta é evitar o crescimento das empresas clan-
destinas de segurança, que, segundo ele, acabam gerando insegurança para a popula-
ção. “No início da década de 90, diversas cidades brasileiras viviam um grave problema,
que eram os grupos de extermínio. Esses grupos surgiram, inicialmente, como empresas
de segurança privada, que eram contratadas por particulares e por pequenos comer-
ciantes”, explica.
Segundo ele, os resultados positivos levaram à proliferação de empresas privadas de
segurança. “O mercado passou a ser dominado por verdadeiras quadrilhas, que geram
a demanda pelos serviços que ofereciam e atuavam de forma parecida com as milícias”,
acrescenta.
O deputado acredita esses problemas estão voltando a ocorrer em razão do crescimen-
to dos índices de violência nas cidades. “Um dos motivos pelo qual as regras disciplina-
doras do funcionamento de empresas privadas de vigilância estão sendo descumpridas
é a inexistência de penalização das pessoas físicas ou jurídicas que contratam empresas
clandestinas”, argumentou.
Tramitação
A proposta foi apensada ao PL 4238/12, do Senado, que estabelece um piso salarial na-
cional para os empregados de empresas particulares de vigilância e transporte de valo-
res. Elas serão analisadas por uma comissão especial em regime de prioridade. Depois,
seguem para o Plenário.
Fonte: Câmara dos Deputados (2013, on-line)2.
MATERIAL COMPLEMENTAR

Assalto ao carro forte


Ano: 2009
Sinopse: depois de retornar do Iraque, Ty Hackett vai trabalhar para a
mesma transportadora de valores que seu pai trabalhou. Seu padrinho
e mentor, Mike Cochrane, revela o plano de roubar os caminhões
blindados da empresa. Ty, que teve de entregar seu irmão para adoção
após perder a casa, concorda em participar do assalto. Contando com
um plano aparentemente infalível, os homens do carro-forte tentarão
roubar milhões, sem machucar pessoas.
Comentário: Nesse filme, você poderá observar o problema causado
pelo descumprimento dos procedimentos e o descaso de uma empresa
para com seus vigilantes. Apesar de ser um filme que apresenta como
tema o rouba a carro-forte, ele serve plenamente para que você comece
a enxergar a atividade de segurança patrimonial com outros olhos. Nesse filme, por fim, você verá
o que não pode acontecer em uma empresa de segurança.

Atualize-se nos assuntos que dizem respeito à segurança, não somente na área que você atua,
mas em relação a todo o contexto, a fim de formar opiniões concretas, que lhe auxiliem a tomar
decisões assertivas. a revista a seguir:
Web: http://www.portaldaseguranca.com.br/Jornal?page=4.

Neste link, você verá, no plenário da Câmara Federal , um projeto que discute a obrigatoriedade
de escolta para explosivos, por empresa privada ou segurança pública.
Web: https://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/RADIOAGENCIA/560598-
TRANSPORTE-DE-EXPLOSIVOS-PODE-TER-QUE-SER-ACOMPANHADO-POR-ESCOLTA-ARMADA.
html.

Material Complementar
REFERÊNCIAS

LEITE, T. A. S. Gestão de Riscos na Segurança Patrimonial. Rio de Janeiro: Quali-


tymark, 2016.
MEIRELES, N. R. Manual do Gestor de Segurança corporativa. [S.l]: Etera, 2008.
POLÍCIA FEDERAL. Portaria n. 3.233/2012-DG/DPF, de 10 de dezembro de 2012.
Dispõe sobre as normas relacionadas às atividades de Segurança Privada.Brasília:
D.O.U, 2012. Disponível em: http://www.pf.gov.br/servicos-pf/seguranca-privada/
legislacao-normas-e-orientacoes/portarias/portaria-3233-2012-2.pdf/view. Acesso
em: 29 jun. 2019.

REFERÊNCIA ON-LINE
1 Em: https://www.maragato.com.br/cr-cac-federal/. Acesso em: 29 jun. 2019.
2 Em: https://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SEGURANCA/
445576-CONTRATACAO-DE-EMPRESA-DE-VIGILANCIA-CLANDESTINA-PODERA-
-GERAR-PENALIDADES.html. Acesso em: 29 jun. 2019.
129
GABARITO

1. D.
2. E.
3. B.
4. A.
5. E.
Professor Esp. Adauto Silva Barros

V
PADRONIZAÇÃO

UNIDADE
DAS OPERAÇÕES E
LEGALIDADES

Objetivos de Aprendizagem
■■ Entender as composições previstas para uma equipe.
■■ Estudar as normativas para uso de uniformes.
■■ Compreender o uso das armas que deve ser autorizado pela Polícia
Federal.
■■ Entender a Lei sobre uso de EPI’s – NR 06.
■■ Estudar a habilitação exigida ao vigilante.

Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Equipe de escolta armada
■■ Uniformes
■■ Armamentos
■■ Equipamentos de proteção individual
■■ Vigilante e sua habilitação
133

INTRODUÇÃO

Caro(a) aluno(a), nesta unidade, você verá as padronizações de profissionais,


armamentos e equipes. Para cada situação de serviço dentro de uma empresa
de vigilância existem as obrigatoriedades específicas para que a empresa possa
ofertar tal tipo de serviço. A escolta armada também tem suas particularidades,
principalmente, para evitar serviço clandestino que, além de ser crime, ainda
atrapalha os negócios das empresas corretas, conforme prevê a legislação da
Polícia Federal.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

As empresas clandestinastambém colocam a vida do profissional em risco,


pois, não tendo legalidade a cumprir, também não agirá na legalidade com seu
funcionário contratado, o qual, muitas vezes, nem passou pelo curso de especia-
lização de escolta armada, como prevê a legislação. Simplesmente fez o curso de
vigilante, que é o básico e não o habilita para mais nenhuma função especial. É
possível encontrar na mídia muitos casos de empresas de escolta armada ape-
nas de fachada, sem autorização de funcionamento, e,infelizmente, muitas vezes,
custa vidas pela irresponsabilidade de alguém com ganância financeira e sem
nenhuma preocupação seja com o cliente seja com seus vigilantes.
Por isso, nesta unidade, você verá o mínimo necessário para que sua empresa
se enquadre legalmente e possa prestar os serviços de forma clara e profissional
junto aos seus clientes, preservando a legalidade e integridade dos seus cola-
boradores. É preciso que o gestor de escolta armada fique atento ao que diz
a legislação quanto à atividadee que se mantenha atualizado. Isso ajuda a não
cometer pequenasfalhas que podem gerar prejuízo financeiro altíssimo. Multas
podem ser geradas por falta de habilitação, por serviços não autorizados e, até
mesmo, pode ocorrer o fechamento da empresa pela Polícia Federal em razão
do grau de infração cometido na atividade.

Introdução
134 UNIDADE V

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
EQUIPE DE ESCOLTA ARMADA

Nas unidades anteriores, você já leu sobre as equipes de vigilantes, agora, verá
as formações das equipes de vigilantes de escolta armada e as responsabilidades
de cada um dos componentes da equipe, pois também é preciso um processo de
organização para que o serviço a ser executado saia da forma como o gestor de
escolta armada planejou e organizou.
Na operação, o gestor de escolta armada não estará presente, então, tudo
aquilo que foi planejado e organizado precisa de alguém para liderar e fazer com
que aconteça, conforme o cliente precisa e com todos os procedimentos de segu-
rança necessários para o sucesso da operação de escolta armada.

Sempre que você, gestor, conversar com sua equipe, principalmente nas
reuniões que antecedem a partida para uma operação, lembre a eles de
todos os seus direitos e deveres, tendo em vista que estão circulando uni-
formizados e armados entre pessoas comuns e que sempre há o risco de
uma ofensa a algum deles. É importantelembrar que palavras não oferecem
riscos, portanto, que relevem e se afastem de qualquerconfusão.

PADRONIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES E LEGALIDADES


135

As composições das equipes, conforme prevê a legislação, deve ser de quatro


vigilantes de escolta armada por veículo incluindo o motorista, porém, se a
carga aser escoltada for de baixo valor este efetivo poderá ser reduzido à metade,
sendo somente o motorista e mais um vigilante de escolta armada. De acordo
com a Portaria n. 3.233/2012: Art. 66 “[...] os vigilantes empenhados na atividade
de escolta armada deverão compor uma guarnição mínima de quatro vigilantes,
por veículo, já incluído o condutor, todos especialmente habilitados”.
É muito importante observar sempre a legislação e não abrir mão da legali-
dade. As exceções para que somente dois vigilantes façam a escolta, deverá ser
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

plausível, ou seja, o contratante deve, também, se responsabilizar pelo produto


que será escoltado informando corretamente o que é e qual o valor do montante
para, então, se avaliar o risco e executar o serviço de forma reduzida.
Para que tenha organização daremos as funções de cada um dos vigilantes
de escolta armada:
■■ Chefe de equipe: é o responsável pela guarnição, recebe a missão do gestor
de segurança da escolta armada e orienta seus vigilantes sobre como serão
os procedimentos e, principalmente, como ser