Você está na página 1de 42

SAÚDE COLETIVA E

O SISTEMA ÚNICO
DE SAÚDE
Política pública

■ Materialização da ação do estado.


■ Ex:/ política econômica, política de educação, política de
saúde. Que deveriam estar associadas, mas nem sempre isso
ocorre.

■ No caso da saúde as políticas de saúde se materializam em


programas de saúde.
O que é saúde?

■ É estar bem. É quando não sentimos dores.


■ É quando podemos realizar atividades cotidianas. E para isso é preciso que tenhamos:
■ Trabalho;
■ Moradia;
■ Educação;
■ Amor da família e dos entes queridos;
■ Necessidades básicas atendidas;
■ O direito de sonhar e desejar
Saúde

■ Depende de diversas condições: do meio ambiente que a pessoa vive, do


equilíbrio ecológico, do equilíbrio afetivo entre as pessoas, do conhecimento do
próprio corpo, da espiritualidade, da solidariedade e outras situações, de modo
geral é assim que OMS define saúde.

■ Portanto saúde não é um fenômeno isolado é um resultado de diversas


interações de vida
Saúde pública

■ Setor público/ governamental


■ Pode incluir a participação da comunidade organizada
■ Relaciona-se a serviços dirigidos mais a dimensão coletiva, como aqueles que
se aplicam ao meio ambiente (p. ex. saneamento básico, ou a comunidade –
educação para a saúde).
■ Acrescenta-se serviços pessoais dirigidos a grupos vulneráveis (prog. materno
infantis).
■ Refere-se a problemas de elevada ocorrência ou ameaçadores.
“A arte e a ciência de prevenir a doença e
a incapacidade, prolongar a vida e
promover saúde física e mental mediante
esforços organizados da comunidade”
(Terris,
■ Prevenção e1992)
combate às doenças
■ Promoção da saúde
■ Melhoria da atenção e reabilitação.
■ Saneamento básico
■ Ensino aos princípios de higiene individual, ambiental e coletiva.
■ Organização dos serviços em que a equipe de saúde atua;
■ Diagnósticos precoces
■ Criação
saúde.
de condições sociais que assegurem uma vida favorável a manutenção de
Uma breve introdução à história da
saúde pública
■ Desde a antiguidade o homem preocupa-se com a proteção da sua saúde.
■ A arte de curar por muito tempo ficou entregue aos curandeiros que se
incubiam da assistência às populações.

■ A primeira organização nacional de Saúde Pública no Brasil deu-se em 1808,


com a vinda da família real. O dr. Manoel Vieira da Silva – nomeado físico-mor
do Reino, centralizando toda a autoridade sanitária e ocupando o primeiro cargo
de sanitarista no Brasil.
Uma breve introdução à história da
saúde pública
■ Em meados de 1900 o governo começou a se preocupar com as condições de vida
e saúde principalmente das populações que moravam nas capitais dos Estados.

■ Naquela época a principal fonte de renda da economia brasileira era a agricultura e


exportação.

■ As cidades onde se localizavam os Portos tinham destaque, uma vez que a


exportação era realizada através de navios.

■ Preocupava-se com os trabalhadores das capitais, cidades portuárias e com


aqueles que trabalhavam nos portos.
Uma breve introdução à história da
saúde pública
■ Os principais problemas estavam relacionados aos agravos infecciosos e as condições
precárias nas áreas de habitação;
■ Higiene;
■ Trabalho (longas jornadas, sem descanso ou férias)
■ Alimentação;
■ Saneamento básico
■ Epidemias de varíola, febre amarela e malária eram perpetuadas por essa situação.
As atividades de saúde pública no séc. XIX limitaram-se à delegação de atribuições
sanitárias às juntas municipais e às atividades vacinadoras com a varíola.

A nova era da higiene nacional foi aberta com o sanitarista Oswaldo Cruz, em 1902, pelo
combate à febre amarela e pela organização do Instituto da Pesquisa no Rio de Janeiro.
Uma breve introdução à história da
saúde pública
■ Nos primórdios da década de 1920 os problemas da saúde pública eram
considerados caso de polícia, visto que a política de saúde estava subordinada ao
Ministério da Justiça e Negócios Interiores.

■ Esse momento é marcado por grande descontentamento social e dos setores


produtivos em relação a ineficiência do estado em manter a higidez dos
trabalhadores assalariados.

■ Em 1920 foi criado o Departamento Nacional de Saúde Pública, voltado


especificamente para uma prática higienista e para o controle de endemias e
epidemias que ameaçavam as principais atividades econômicas, os corredores da
exportação e os grandes centros urbanos.
Uma breve introdução à história da
saúde pública
■ O DR. Fontanelle, em 1919 publicou um artigo sobre a educação sanitária popular, que
representa um marco no reconhecimento da necessidade de enfermeiras visitadoras.

■ Para dar continuidade à obra de Oswaldo Cruz, veio o Dr. Carlos Chagas. Iniciou-se
então um programa de preparação de visitadores, para dinamizar a cobertura no
combate à tuberculose.

■ Em 1921 com a ajuda da Fundação Rockfeller, veio ao Brasil um grupo de enfermeiras


norte-americanas. A líder era Ethel Parsons, que contribuiu para o atendimento em
Saúde Pública no Brasil e para toda enfermagem brasileira.
Uma breve introdução à história da
saúde pública
■ O relatório Parsons de 1921 descreveu a superlotação dos hospitais do Rio de
Janeiro.

■ A enfermagem local não estava preparada, de acordo com o relatório,


■ O projeto sanitário proposto continha ações voltadas para a promoção da saúde
individual e coletiva.

■ Campanhas sanitárias.
Uma breve introdução à história da
saúde pública
■ Por intermédio das enfermeiras visitadoras foram criados o Serviço de Enfermagem do
Departamento Nacional de Saúde Pública e a Escola de Enfermagem (hoje a Faculdade
de Enfermagem da UFRJ.

■ Em 1926 esse grupo ampliou seu trabalho com higiene pré-natal e em 1927 passou a
visitar casos de doenças transmissíveis.

■ Para que houvesse uma coordenação das atividades de saúde pública em todo o país,
foi realizada uma reforma no Departamento Nacional de Saúde Pública (SESP) com
atuação no combate à malária, em assistência médica, educação sanitária, saneamento,
controle de doenças transmissíveis e pesquisas sobre doenças tropicais.
Uma breve introdução à história da
saúde pública
■ Na década de 1920 nesse contexto, foi criada a Lei Eloy Chagas – marco da
previdência brasileira.

■ Ao criar as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs) com o intuito de organizar


a assistência médica para trabalhadores dos setores econômicos estratégicos (ex.
ferrovias, portos).

■ Ainstituições
Lei Eloy Chagas delineou o campo na medicina previdenciária. Até então as
de previdência não distinguiam benefícios de serviços, previdência de
assistência social, consistindo numa única modalidade assistencial.
Plano de Pactuação Social - PPS

■ república
A partir da Revolução de 1930 quando Getúlio Vargas assume a presidência da
começa a intensificar o processo de industrialização, e. sobretudo, a
urbanização.

■ Surgem muitas fábricas e muitos empregos. As indústrias trazem umrápido


reconhecimento para as cidades em que se instalavam.

■ Na década de 1930 observamos um novo tipo de direito a saúde, voltado para


aquelas pessoas que tinham um trabalho formal (carteira de trabalho),
principalmente para as categorias que impulsionavam a economia brasileira.
Plano de Pactuação Social - PPS

■ Produziam bens e riquezas – trabalhadores da indústria, comércio, bancários


■ Transportavam bens e riquezas – ferroviários, marítimos, estivadores
■ Formavam o conjunto dos serviços do governo – funcionários públicos
Plano de Pactuação Social - PPS

■ AVargas.
legislação trabalhista e previdenciária foi criada durante o governo de Getúlio

■ Com isto surgiram os Institutos de Aposentadorias e Pensões – IAPs que


prestavam benefícios como aposentadoria, pensão e alguns até assistência
médica. Os IAPs eram organizados por categorias profissionais: ferroviários,
empregados da indústria e comércio, marítimos, bancários, estivadores e
funcionários públicos.

■ Estes institutos iriam formar a base da política de assistência médica


previdenciária no país.
Plano de Pactuação Social - PPS

■ Ainda na década de 1930 surgiram os Centros de Saúde em todos os estados


brasileiros.

■ Opromoção
Centro de Saúde representou o local em que seriam realizadas as ações de
e proteção da saúde através da educação sanitária.

■ Adesde
educação sanitária tinha por objetivo implantar hábitos de higiene individual,
a infância até a fase adulta, passando pelo pré-natal e pela idade escolar.

■ Os centros de saúde que existem até hoje em muitas cidades, foram a realização
do projeto de criar serviços locais permanentes. Por isso ficavam perto das
populações e atuavam de modo constante.
#ATENÇÃO:

■ Como vimos o direito à saúde estava reservado àquelas pessoas que


dispunham de dinheiro para comprar os serviços dos médicos particulares ou
àqueles trabalhadores que estavam de alguma forma amparados pelas
políticas de saúde pública do governo.

■ Os indigentes, pobres recebiam atendimentos nas Santas Casas e


Beneficiências, que eram instituições de caridade.
Plano de Pactuação Social - PPS
■ Nesse período verificava-se também a valorização da assistência médica individual,
curativa, especializada em detrimento da saúde pública. As consequências desse
modelo se refletem nas décadas seguintes.

■ Com a insatisfação popular em relação as questões sociais e de saúde, cujo o


modelo era de contenção das despesas, o novo regime de 1945 precisou ouvir as
reivindicações de ampliação e valorização dos serviços.

■ De 1945 a 1960 a previdência retomou o processo interrompido na década de 1930


no sentido do “regime de repartição”, repassando a receita arrecadada aos
segurados na forma de pecúlio ou serviços.
Plano de Pactuação Social - PPS

■ Então ao desmontar as medidas contencionistas do período anterior,


implantou-se um modelo de maior abrangência na assistência à saúde.

■ O estado deu ênfase à construção e à compra de serviços próprios de


assistência médico-hospitalar dos institutos.

■ Foi o período de expansão, com inauguração de hospitais e ambulatórios


próprios, denominados hospitais modernos, porém sem diminuir o investimento
nos setores contratados e conveniados.
Plano de Pactuação Social - PPS

■ Com a adoção dessa política de saúde e, posteriormente 1967 sua centralização


num único instituto – Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).

■ Houve um crescimento considerável dos serviços médicos próprios e da aplicação


de maior verba para as despesas.

■ Porém a demanda ainda se mantinha elevada, em razão da má qualidade do


atendimento e do fato de ter sido ampliado a todos os segurados o direito à saúde.

■ Outra mudança a ser destacada foi o investimento por parte do Ministério da Saúde,
em ações preventivas e curativas contra tuberculose e outras doenças da
coletividade inclusive com assistência hospitalar.
Previdência Social

■ Em 1946, a nova Constituição Federal incorporou a assistência sanitária à estrutura


da Previdência Social, caracterizando a assistência médico-hospitalar como uma
atribuição previdenciária.

■ As décadas de 1950 e 1960 se caracterizaram, em nosso país, pela tentativa do


governo criar um desenvolvimento econômico industrial moderno.

■ As políticas de saúde dessa época mostram o que costumamos chamar dicotomia,


isto é, uma separação da saúde em duas: de um lado a saúde pública, de outro a
atenção médica individual.
Previdência Social
■ Até 1960 toda a legislação sobre a matéria foi desenvolvida de forma gradual, culminando
com a promulgação da Lei Orgânica de Previdência Social (LOPS), que uniformizou os
direitos dos segurados pertencentes aos diversos institutos.

■ Paralelamente, não se buscaram soluções dos problemas que afetavam a receita,


agravando as dificuldades financeiras da Previdência e resultando na chamada “crise
financeira”.

■ Na década de 1960 a Previdência Social passou a construir hospitais próprios, em especial


no Rio de Janeiro e compra de serviços de assistência hospitalar de muitos hospitais
particulares.

■ Dessa forma, a saúde começa a custar mais caro – ênfase no tratamento individual e de
exames sofisticados.
Previdência Social

■ Em 1967 a unificação da Previdência social ocorreu a partir do crescente papel


do estado como regulador da sociedade e da exclusão da classe trabalhadora
no jogo político e nos processos decisórios, com a finalidade de atender à
política de arrocho salarial decorrente do processo adotado para a acumulação
de capital.

■ A prática assistencialista teve ênfase no regime autoritário, dificuldade da


população sanar sua saúde, perda de poder aquisitivo e péssimas condições de
vida.
Previdência Social

■ Os acidentes de trabalho passam a ser responsabilidade do Instituto Nacional de


Previdência Social (INPS), criado em 1966.

■ Os trabalhadores autônomos, as empregadas domésticas e os trabalhadores rurais


passam a ter direito aos benefícios previdenciários (aposentadoria, pensão,
assistência médica). Ficaram de fora os trabalhadores do mercado informal de
trabalho.

■ médico-hospitalar,
várias medidas foram tomadas para a extensão de cobertura na assistência
englobando quase a totalidade da população urbana e ainda
parte da população rural. Nesse período inicia-se o processo de Universalização da
cobertura.
Previdência Social

■ Privilégio da prática médica curativa, individual, assistencialista e especializada em


detrimento de medidas de saúde pública, de caráter preventivo e de interesse
coletivo.

■ Essa política trouxe em seu bojo: a inserção de grandes monopólios internacionais


da áreas farmacêuticas e de equipamentos hospitalares como principais
fornecedores da Previdência Social.

■ Medidas de financiamento aos hospitais particulares e aos convênios com


empresas caracterizaram a organização de um modelo de assistência médica de
cunho privado e interesse do capitalismo.
Previdência Social

■ A implementação desse modelo assistencial, somado a modalidade de


pagamento dos serviços médicos e às dificuldades de controle da aplicação de
verbas, possibilitou a prática do superfaturamento dos serviços privados,
acarretando enorme risco de falência do sistema financeiro da Previdência
Social.

■ A falta de controle sobre as contas dos serviços contratados criou condições


para que a corrupção atingisse, por volta de 1974, níveis que ameaçaram o
equilíbrio financeiro.
#ATENÇÃO:

■ Para alguns autores, nem a saúde pública com suas campanhas em órgãos
governamentais permanentes, nem a assistência hospitalar curativa
melhoraram as condições de saúde da população.
Reformas na Previdência

■ A mudança do perfil de adoecimento e morte da população determinou novos


desafios ao quadro sanitário.

■ Novos: câncer, hipertensão arterial e acidentes – e persistiam as antigas


epidemias.

■ Tudo isso levou a uma profunda crise na previdência – levando a necessidade


de reformas no INPS – continuidade da expansão, mantendo a mesma filosofia
do modelo assistencial vigente.
Ministério da Previdência e
Assistência Social
■ A primeira reforma foi a criação do Ministério da Previdência e Assistência
Social (MPAS), em 1974, elevando o Instituto ao nível de Ministério.

■ Ampliação do setor através de convênios com sindicatos, universidades,


prefeituras e governos estaduais.

■ Essa medida incentivou a construção de hospitais universitários, objetivando a


formação de recursos humanos adaptados às exigências da prática médica
hegemônica, além da expansão de oferta em saúde lógica privatizante.
A saúde no período da ditadura
militar
■ O período da ditadura militar (1964-1984), foi marcado pela centralização do poder
político e econômico nas mãos dos governos militares.

■ A saúde foi vista como bem de consumo médico:


■ Crescimento pela busca de consultas médicas;
■ Crescimento no consumo dos equipamentos médicos destinados ao diagnóstico e
tratamento;
■ Fortalecimento das empresas e grupos médicos, voltados mais para o lucro do que
para a saúde do cliente.
Oliveira e Teixeira (1989) identificaram o
clímax da crise no setor saúde no fim da
década de 70
■ Propostas radicais de políticas alternativas para o sist. De saúde contrárias ao
modelo vigente;

■ Movimentos grevistas dos profissionais de saúde, que entendiam a origem dos


problemas no funcionamento do sist. De saúde – contribuíram para a formação
da consciência crítica dos profissionais.

■ Socialização da política de assistência médica, através dos debates, que


explicitou o posicionamento dos grupos de interesse envolvidos.
Década de 80

■ A década de 80 teve como grande marco a abertura política com o fim da ditadura.


■ No âmbito econômico, no entanto, configurou-se no início da déc. Uma profunda
recessão, com altas taxas inflacionárias, desemprego e subemprego demonstrado
pela ampliação do mercado informal.

■ Crise financeira.
■ Nesse contexto que a sociedade brasileira passou a considerar, em sua maioria,
que a saúde é um direito de cidadania, e que certas opções políticas do estado
foram nessa direção.
Década de 80 – mudanças que
influenciaram as políticas de saúde:
■ Fim do regime militar
■ Elaboração da Constituição Federal de 1988, chamada a “Carta Cidadã” pelo
conjunto de direitos estabelecidos;

■ Eleições diretas para presidente da república.


Década de 80 – características das
políticas:
■ Descentralização política e administrativa e ampliação da universalização do direito ao
acesso aos serviços de saúde.

■ Descentralização política e administrativa – entende-se a grande e complexa caminhada


feita pelos órgãos governamentais centrais – extinto INAMPS e o Ministério da Saúde –
no sentido de dar poder e condições administrativas para que os estados e municípios
assumissem a responsabilidade sobre todo o sistema de saúde existente.

■ Hospitais, ambulatórios e outras unidades de saúde que antes eram do governo federal
deveriam passar para a responsabilidade do estado ou do município, conforme decisão
conjunta desses níveis de poder executivo.

■ Autilizava,
ideia era que esses serviços deveriam ficar sujeitos ao controle da população que os
o que só pode acontecer quando estamos próximos de quem tem essa
responsabilidade.
Década de 80

■ A ampliação da universalização do acesso dos serviços iniciada na década de


1970, foi tão importante na década de 1980 que resultou na retirada da barreira
da carteira de trabalho, isto é, do emprego formal.

■ Mudanças ocorreram com a nova postura da sociedade brasileira. A sociedade


civil através dos vários movimentos (associação de moradores, sindicatos...)
passou a compreender que “são os próprios trabalhadores que financiam,
através de descontos em folha e impostos, os serviços médicos da Previdência
Social e do Ministério da Saúde, que deveriam antes de tudo servi-los.
A reforma sanitária

■ Por mais que estivessem ocorrendo mudanças, no início de 80 foi instalada uma
profunda crise financeira da Previdência Social. Isso foi em consequência da
universalização da cobertura, muitas pessoas utilizando os serviços de saúde sem
a criação de novas fontes de financiamento que garantissem os recursos
necessários para atender toda a população.

■ Na década de 80 surge a reforma sanitária que representou um movimento de


professores, pesquisadores e intelectuais da saúde cujos estudos criticavam o
sistema de saúde existente, denunciando as precárias condições de saúde da
população brasileira e apresentando alternativas para a construção de uma nova
política de saúde efetivamente democrática.
Para construir a saúde democrática

■ Asociais,
reforma sanitária foi levada adiante por um conjunto de estudiosos, movimentos
partidos progressistas que definiram as diretrizes fundamentais da
proposta de mudança das políticas e do sistema de saúde. Diretrizes:

■ Reconhecimento do direito universal, promoção ativa e permanente da saúde


■ Criação de um sistema único de saúde e responsabilização do Estado pela
administração deste sistema
■ Organização de um sistema de forma descentralizada, articulando sua organização
a estrutura político administrativa vigente.
Ações Integradas de Saúde (AIS) e o
Sistema Único e Descentralizado de Saúde
(SUDS)
■ Em 1983 as AIS foram implantadas com o objetivo de criar uma rede pública unificada com vistas
a promover a descentralização e a universalização da atenção à saúde.
■ Em 1987 foi criado o SUDS que teve como princípios:
■ Universalização da assistência
■ Equidade no acesso aos serviços de saúde
■ Integração e a regionalização dos serviços de saúde
■ Integralização dos cuidados assistenciais
■ Descentralização das ações de saúde
■ Integração dos serviços de saúde
■ Implementação dos distritos sanitários
■ Constituição e o pleno desenvolvimento de instâncias colegiadas gestoras das ações de saúde.
Oitava Conferência Nacional de Saúde
(1986) e a elaboração da Constituição
Federal de 1988.
■ Esse movimento do SUDS esteve presentes em dois acontecimentos importantes da
década de 80: a Oitava Conferência Nacional de Saúde (1986) e a elaboração da
Constituição Federal de 1988.

■ Adiscutir
Oitava Conferência Nacional de Saúde foi um marco uma vez que teve como objetivo
a reforma sanitária a ser implantada pelo governo reunindo em Brasília 4 mil
pessoas o relatório dessa conferência da trouxe em seu texto a sáude como direito de
todos e dever do Estado.

■ Em sentido amplo, a saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação,


 educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e
posse da terra e acesso aos serviços de saúde. Sendo assim, é principalmente resultado
das formas de organização social, de produção, as quais podem gerar grandes
desigualdades nos níveis de vida. 
■ Isso foi definido por lei na Constituição Federal de 88.
REFERÊNCIA

■ FIGUEIREDO, N.M. de. Ensinando a cuidar em saúde pública. 2ª ed. São Caetano
do Sul, SP: Yendis Editora, 2008.

Você também pode gostar