Você está na página 1de 39

P R E F E I T U R A DE S Ã O L U Í S

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - SEMED

PROPOSTA CURRICULAR
ARTE

Documento preliminar elaborado em 2004 discutido com os/as


profissionais da educação da SEMED em 2005, submetido ao
parecer de especialista da área e revisado em 2006

São Luís - MA
2006
Prefeito
Dr. Carlos Tadeu D'Aguiar Palácio

Secretário Municipal de Educação


Prof. Ms. Raimundo Moacir Mendes Feitosa

Secretária Adjunta de Ensino


Profª Ingrid Gastal Grill

Superintendente da Área de Ensino Fundamental


Profª Áurea Regina dos Prazeres Machado

Coordenadora da Equipe de Elaboração e Sistematização da Proposta Curricular


Profª Ms. Ilma Fátima de Jesus

Consultoria
Profª Ms. Rosaura Soligo – Abaporu – Consultoria e Planejamento em Educação

Grupo de Trabalho da Proposta Curricular de Arte


Profª Claudia Cristiane de Matos Sousa
Profª. Elcyane Santos Araújo
Prof. Evaldo Magno Anchieta Pereira
Prof. João Carlos Pimentel Cantanhede
Profª Luciane Araújo Piedade
Profª Vanda Marinha Silva Gomes
Profª. Sandra Regina Santos Ferreira

Colaboração:
Prof. Ciro Falcão
Prof. Joacy Cruz

Profª Maria da Conceição Azoubel

Parecerista
Profª Heloísa Ferraz
PROPOSTA CURRICULAR EM ARTE

1. PRESSUPOSTOS

1.1.CONCEITUAÇÃO DA ÁREA

A arte esteve presente durante toda a história da humanidade, sendo considerada


divina, profana ou utilizada como recurso didático para aprimoramento da educação,
sempre fez parte da vida cotidiana das sociedades.
Quando o homem da pré-história rabiscou na parede das cavernas não tinha
consciência de que criava arte, mas criou com a certeza de ser entendido, de comunicar-
se – criou um sistema diferenciado de símbolos desenhados que hoje chamamos de
Alfabeto; quando gesticulava e imitava os animais não pretendia criar a Dança, o Teatro
ou a Música, desejava expressar seus medos, desejos e sentimentos. Ser entendido e
entender o mundo – relacionar-se - era esse o objetivo primeiro dessa manifestação
humana que denominamos, desde os gregos, de arte.
Assim toda produção artística nasce de uma necessidade humana e cultural, serve
de referencial à humanidade e de diferencial entre os povos; faz parte do dia a dia das
pessoas que vivem ou viveram as histórias, não está separada da política, da economia,
dos problemas do cotidiano social e suas conquistas. Reflete, sintetiza a alegrias,
tristezas e traduz o pensamento de um povo, de uma época.
Desse modo, a arte proporciona o desenvolvimento do pensamento crítico e da
percepção estética. Para o aluno o treino da sensibilidade, da percepção e da
imaginação, tanto ao realizar como apreciar formas artísticas produzidas por ele ou pelos
colegas caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido a experiência humana,
isto é, conhecer.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), estabelecem que o ensino da Arte
deverá contemplar quatro linguagens: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. E enquanto
área de conhecimento a Arte “visa destacar os aspectos essenciais da criação e
percepção estética dos alunos e o modo de tratar a apropriação de conteúdos
imprescindíveis para a cultura do cidadão contemporâneo” (PCN, 2000, p.19).
O conhecimento da Arte abre perspectivas para que o aluno tenha uma
compreensão do mundo a qual a dimensão poética esteja presente: a arte ensina que é
possível transformar continuamente a existência, que é preciso mudar a cada momento,
ser flexível. Isto quer dizer que criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é
condição fundamental de aprender (PCN 1a 4, p. 20). É a oportunidade do educando se
inserir como ser atuante na sociedade, capaz de sentir, pensar e agir por si mesmo. A
arte incentiva a criação, a invenção e conseqüentemente a transformação do homem e do
meio em que vive.

1.2 TRAJETÓRIA DO ENSINO DA ARTE

Traçar um histórico do ensino da Arte no Brasil nos remonta à catequese e à educação


colonial brasileira eurocêntrica quando era utilizada, inicialmente, como recurso didático.
Tocando a sensibilidade nativa, a arte foi utilizada com fins educativos pelos jesuítas
como uma das formas mais rápidas e eficazes de persuasão sobre os benefícios da
cultura imposta pelos europeus. O índio, cuja cultura é impregnada de simbologias e
rituais, logo se identificou com a música gregoriana, com os rituais da missa e com as
encenações litúrgicas. Nas missões jesuítas, os indígenas participaram das ações
litúrgicas e artísticas – esculpindo, pintando, tocando, cantando. Isso foi significativo para
os interesses da Companhia de Jesus que pretendia desenvolver o chamado “processo
civilizatório” destes, que incluía a educação para a religião cristã e o trabalho.
No contexto do ensino organizado, os jesuítas introduziram a música e o teatro como
primeiras inserções da arte na educação. Em seguida surgiram os Colégios Jesuítas
direcionados aos filhos das elites. Os colonos e índios tinham formação inicial igual, na
chamada “primeira letras”, mas só os primeiros prosseguiam os estudos. Nas escolas
jesuíticas utilizavam as normas rígidas do Ratio Studiorium (prescrições pelas quais
orientavam o ensino e a conduta dos alunos). Por estas regras haviam dois grupos de
disciplina denominados de trivium (Gramática, Retórica e Dialética) e o quadrivium
(Aritmética, Geometria, Música e Astronomia). O teatro era utilizado como recurso didático
para a fundamentação das aulas de retórica, somente a música era uma disciplina cursiva
Mais tarde, durante o século XVII e XVIII, após poucas mudanças ocorridas na educação
brasileira, o ensino de Arte seguiu os moldes europeus, com a chegada da Missão
Artística Francesa (1816), que veio a convite do Rei D. João VI, que pretendia elevar o
nível cultural da colônia e fundar a primeira escola de arte do Brasil – a Escola de Belas
Artes, no Rio de Janeiro. Dentro desse modelo, as produções artísticas possuíam função
decorativa e utilitária, baseadas em modelos pré-definidos. Por influencia decisiva da
Academia de Belas artes o desenho passa a ter grande destaque nas escolas brasileiras.
No século XX os modernistas iriam valorizar os trabalhos artísticos infantis como um
caminho para a criação autônoma, no intuito de modernizar a arte brasileira e compor a
identidade nacional. Simpatizante desses pensamentos foi o compositor Heitor Villa
Lobos, que através de um projeto tornou o Canto Orfeônico disciplina escolar.
Na década de 1930, o Brasil está em envolvido com a industrialização crescente e
novamente evidencia-se o ensino do desenho, deixando as outras linguagens artísticas
praticamente de lado. Durante esse mesmo período as concepções da Escola Nova
incentivam a livre expressão infantil, baseada principalmente nas teorias de Dewey,
Decroly Claparede, Read e Lowenfeld. Este juntamente com Peter Slade considerava o
jogo dramático infantil um excelente caminho para a criação e a manifestação de
sentimento.
O conceito de Livre Expressão em Arte surgiu ligado às Artes Plásticas, e vai permear
duas leis nacionais para a Educação, a LDB 4.024/61 e a 5.692/71, relegando a este
campo de pesquisa o mérito de “fazer”, sem preocupação com o “como” ou “por quê” ou
“para que” estabelecendo que a inspiração ou o “dom” eram os únicos requisitos para a
criação em Arte.No Brasil foi Augusto Rodrigues quem iniciou e divulgou o movimento da
“Educação Através da Arte”, criando, no Rio de Janeiro, em 1948, a “Escolinha de Arte”.
Em 1971 a LDB 5692/71 anunciaria a obrigatoriedade do ensino de arte na escola
brasileira, tendo que ser ministradas aulas de artes visuais, música e Artes Cênicas. Era
uma possibilidade de tornar a educação artística na escola de 1º e 2º graus efetiva, no
entanto não é isso que ocorre, por dois motivos principais. O primeiro diz respeito a falta
de formação dos professores e o segundo ao fato da educação artística ser encarada
como atividade e não disciplina, por influencia da “Pedagogia Tecnicista”, surgida na
segunda metade do século XX. Baseado nesse pensamento havia uma desvalorização do
processo de aprendizagem em detrimento da valorização da organização da aula e do
curso. Ainda hoje se pode perceber essa tendência na prática das aulas de Arte nas
escolas do município de São Luís, quando se utiliza, por exemplo, desenhos
mimeografados com figuras para as crianças colorirem.
O ensino de arte no Brasil sofreria outra reformulação com a LDB nº 9.394, de 1996, pois
“o ensino de arte constituirá componente obrigatório nos diversos níveis da educação
básica, para promover o desenvolvimento cultural dos alunos” (BRASIL, 1996, p. 18).
Muda-se o nome de Educação Artística para Arte, no entanto esta mudança não é
simplesmente na denominação, além disto, diz respeito à postura metodológica e
pedagógica do professores de Arte. A disciplina é vista como ciência e não mais como
atividade. E as quatro linguagens artísticas têm igual valor e servem ao mesmo fim:
formar pessoas capazes de estruturar seu pensamento crítico e estético, além disso
compreender o mundo que o cerca conseguindo decodificar os signos que são
apresentados.
Neste contexto o teatro só vem enriquecer o repertório criativo e lúdico no convívio
escolar. A pratica da dramatização possibilita a vivencia de experiências que contribuem
para o crescimento integral dos alunos. De acordo com os PCNs arte “ As propostas
educacionais devem compreender a atividade para desenvolvimento global do individuo”
(BRASIL, 1997, p. 84).
No ensino fundamental o teatro, propõe-se a desenvolver as capacidades artísticas ao
mesmo tempo em que reforça a relação de cooperação, dialogo e respeito mútuo. Os
PCNs enfatizam

que a criança ao iniciar o ciclo básico, está na idade de vivenciar o


companheirismo como um processo de socialização, estabelecimento de
amizades. Compartilhar uma atividade lúdica e criativa baseada na
experimentação e na compreensão é um estímulo para a aprendizagem (BRASIL,
1997, p. 85)

A inserção da Música na escola tem sua história cronológica bastante comprometida,


visto que a música sempre fez parte da vida do homem e só aparece na formação
sistemática a partir do século XX, mediante a obrigatoriedade da Lei. A partir da LDB
9.394/96, a experiência da música na escola se configura como algo substancial, com
capacidades específicas que possibilitam ao aluno uma fundamentação teórico-prática
que incorpora ações capazes de fazer com que ele desenvolva as aptidões no ato de
criar, interpretar e estabelecer as diversas formas musicais. Os Parâmetros Curriculares
Nacionais (1988, p. 77) dizem que:

Para que a aprendizagem da música possa ser fundamental na formação de


cidadãos é necessário que todos tenham a oportunidade de participar ativamente
como ouvintes, intérpretes, compositores e improvisadores, dentro e fora da sala
de aula.

Diante disso, a principal intenção da música inserida na escola é permite a vivencia com o
mundo musical da mesma forma como se pretende que aconteça com todas as outras
linguagens assim como a interação entre música e outras linguagens, ou entre alunos e o
processo de criação propriamente dito, articulando todos os conhecimentos musicais na
aprendizagem artística e cultural do educando.
Um capítulo a parte na trajetória do ensino de arte é a Dança. Como componente
curricular na escolar formal é extremamente novo, embora como prática tenha sido
largamente difundida pelos gregos antigos na formação integral dos cidadãos. Apesar
isso, ao longo da história a dança não foi incorporada à escola, como área de
conhecimento, havendo uma utilização discriminatória do seu uso, ligada à festividade,
em datas comemorativas ou atividades extras para preencher o tempo ocioso do aluno.
Por sorte, novos teóricos foram criando e testando os benefícios da dança no
desenvolvimento psicomotor do ser humano. E a escola não pode deixa de lado essas
descobertas porque desde quando a criança ingressa nela já tem um vocabulário nato de
informações corporais que no espaço escolar poderá ser conscientizados e aumentados
dos elementos estabelecendo relação com o outro, refletindo sobre si mesma, sua
expressão corporal e utilizando de forma criativa a inteligente a linguagem dos
movimentos.
No Brasil as primeiras iniciativas do uso da dança na perspectiva educacional remota-se a
década de 1940, com a húngara Maria Duschese, de formação acadêmica foi a referencia
do ensino da educação em dança (FERREIRA, 2000) Ela seguia os preceitos da dança
de Rudolf Labam o qual analisava os movimentos corporais.
Com a determinação da LDB de 1996, torna-se um integrante curricular, já que faz parte
da disciplina Arte, mas ainda assim, a dança continua sendo pouco ensinada na maioria
das escolas do Brasil e principalmente no Maranhão, por apresentar dificuldades de toda
ordem: falta de professores especializados, locais inadequados e entre outros. Mas que
precisa ser revista com urgência sendo a Dança uma das linguagens artística não pode
ficar de fora da sala de aula, do mesmo modo que as outras também não.

1.2.1 Nomenclaturas sobre o ensino da arte

O ensino da arte já recebeu várias denominações. Foi chamada pelo nome da linguagem
artística ensinada como, por exemplo: Desenho, Desenho Geométrico, Artes Plásticas,
Música, Canto Orfeônico, Arte dramática, Teatro, etc. Só na LDB de 1971 é que a
disciplina recebeu um nome específico que englobava varias modalidades: Educação
Artística. Cada uma das designações citadas foram influenciadas por movimentos em prol
de uma nova forma de educar pela arte, como citamos anteriormente.
Um deles já citado é a Educação através da Arte (1930), surgido por influencia da Escola
Nova, e o pensamento de vários autores como Hebert Read. Anos depois na década de
1980, buscava novas metodologias para a melhoria do processo de ensino e
aprendizagem de Arte e a conscientização do papel profissional e político do professor na
sociedade. No Brasil esse movimento se organizou fora da educação escolar, a partir de
novas premissas metodológicas. Estes são os princípios que norteiam também a lei atual
(9.394/96) e pretende integrar a Arte (este é o nome do componente curricular) como
conhecimento básico e indispensável.
A LDB de 1996 troca o nome de Educação Artística para Arte e a prática educacional em
Arte, segue, além das orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais, destaca-se a
“Abordagem Triangular” divulgada pela professora Ana Mãe Barbosa, onde a
aprendizagem em Arte se dá através de métodos ou sistemas progressivos que se
organizam pela triangulação entre Produção Artística, Contextualização Histórica e
Apreciação Estético-Crítica (Fruição), valorizando o processo em relação ao produto;
distante do espontaneismo, da gratuidade, da polivalência e do romantismo excessivo que
caracterizaram o ensino de Arte nas escolas formais e também nas escolas informais ao
longo dos anos.

1.2 PERSPECTIVAS DO ENSINO DA ARTE

O que se pretende no ensino da arte é valoriza a Arte como processo democrático de


expressão e vivência, de transformações que são importantes dentro da Cultura e que se
refletirão em benefícios à sociedade na medida em que as pessoas apropriarem-se da
Arte como Bem, individual e coletivo, presente e vivo no seu cotidiano. Nela a Arte vence
as barreiras da elitização; está em todos os lugares, nos detalhes e nas experiências
passadas através das gerações; nos modos de saber e conhecer e nos iguala enquanto
produtores, apreciadores, fruidores e consumidores da Beleza. E também pontencializar o
acesso, compreensão e vivencia da arte para que o aluno possa apropriar dos códigos
para a leitura do mundo e utilizar a Arte como instrumento da comunicação e interação
humana.
A LDB de 1996, ao definir o ensino de arte como fator obrigatório da formação humana,
permite ainda mais que, ela atue na vida do aluno como fator aglutinador de novos
conhecimentos e também possa relacionar-se com outras áreas da ciência, facilitando o
aprendizado, a socialização e a integração.
Contudo, e apesar da lei, de todos os documentos que a acompanham, as escolas
maranhenses, especialmente as escolas públicas, ainda não garantem a implementação
dessa nova práxis educacional em Arte. Os arte-educadores se sentem geralmente
isolados, sem contar com a colaboração de seus pares quanto à possibilidade de
empregarem o verdadeiro sentido educativo da arte que abriga em sua estrutura e
metodologia a Pesquisa (conhecimento), a Prática (experimentação) e a Reflexão
(construção de novos conhecimentos) – pilares que combinados resultam no
desenvolvimento de um indivíduo social ativo e integrado à sua comunidade.
Mudar este cenário é imperativo. E esta mudança implica em: tratamento igualitário.
Não se pode mais admitir 01(uma) única aula semanal, ausência de material didático e de
espaços adequados, portanto também é imprescindível que se aumente a carga horária
para 2 horas/aulas. A exclusão da polivalência e do trabalho com profissionais não
habilitados, legalmente, que desconheçam o universo da arte e que não saibam como
desenvolver um trabalho de arte-educação com qualidade.
A presença da Arte no espaço da escola formal como componente curricular deverá
promover o debate e o desenvolvimento cultural, facilitando o acesso e a familiarização
com as linguagens artísticas e seus códigos, pois, possui função maior que a de simples
expressão. Conhecer arte significa ter discernimento e critérios para analisar e distinguir a
Cultura ou as Culturas. Para os alunos significará formar e fortalecer a identidade coletiva;
apropriarem-se de saberes culturais e estéticos inseridos nas práticas cotidianas,
fundamentais para formação e o desempenho social de cada cidadão.
Partindo destes referenciais; de outros documentos elaborados pelo MEC – Ministério da
Educação (ver Lei Nº10.639/03, artigo 1º, § 2º); da criação em 2004/2005 das
Licenciaturas em Teatro (Universidade Federal do Maranhão) e em Música (Universidade
Estadual do Maranhão); de documentos conclusivos de congressos e encontros de Arte-
Educadores e dos debates nacionais sobre Currículo e Ensino Público de qualidade, o
presente documento foi elaborado como Proposta Curricular para o Ensino da Arte de 5ª
a 8ª séries do Ensino Fundamental da Rede Municipal de São Luís, visando subsidiar o
trabalho docente na perspectiva integrar conhecimentos e fortalecer o programa municipal
“São Luís: te quero lendo e escrevendo”.

2. OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

 Compreender e utilizar a Arte como linguagem.

2.1 OBJETIVOS DA ÁREA

 Adquirir sensibilidade e cognição em: Artes Visuais ou Dança ou Música ou Teatro,


exercitando sua cidadania cultural com qualidade;
 Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;
 Contextualizar a arte como fenômeno histórico;
 Observar as relações entre arte e sociedade;
 Identificar e compreender as funções da arte, do trabalho e das produções
artísticas.
 Valorizar a cultura local.

3. CONTEÚDOS

Sendo a Arte uma área de conhecimento que possui conteúdos próprios e específicos
para cada uma das suas linguagens, os PCN´s orientam que tais conteúdos deverão estar
organizados:
de tal maneira que possam atender aprendizagens cada vez mais complexas no
domínio do conhecimento artístico e estético, seja no exercício do próprio
processo criador, pelo fazer, seja no contato com obras de arte e com outras
manifestações presentes na cultura ou na natureza. (BRASIL, 2000, p.49).

Esses conteúdos estão articulados dentro do processo de ensino-aprendizagem e são


explicitados por intermédio de três eixos norteadores: PRODUZIR, APRECIAR E
CONTEXTUALIZAR.
 Produzir: engloba o fazer artístico, a experimentação e o uso da linguagem artística;
 Apreciar: envolve a percepção, a decodificação, a interpretação, e a fruição de arte e
do universo a ela relacionado;
 Contextualizar: significa situar o conhecimento da arte, a interação e o pensar sobre a
arte, tanto a produzida pelo aluno como pela sociedade, a partir de cada época,
sociedade e cultura produtora.
Os eixos citados acima possibilitam uma aprendizagem mais significativa por parte do
educando. Vale ressaltar que os conteúdos propostos nesse documento não estão
divididos por série, cabendo a cada professor adaptá-lo fazendo seu planejamento de
acordo com a realidade da sua escola e sua formação acadêmica / experiência artística.

3.2 BLOCOS DE CONTEÚDOS E CAPACIDADE

Os conteúdos da Arte pertencem a quatro Linguagens distintas (Artes Visuais, Dança,


Música e Teatro) possuidoras de características especificas e para o ensino-
aprendizagem dessa área de conhecimento. É importante ressaltar que os conteúdos
estão organizados a desenvolver os conhecimentos já adquiridos nos ciclos anteriores e
de modo a contemplar as capacidade conceituais, procedimentais e atitudinais.
A Rede Municipal de São Luís elegeu 9 temas transversais: Ética, Educação Fiscal,
Educação Patrimonial, Noções básicas de trânsitos, Saúde, Meio Ambiente, Pluralidade
Cultural, Educação Sexual, Trabalho e consumo. Desta forma, nesta proposta, eles estão
incorporados aos conteúdos para assegurar sua aplicabilidade, lembrando que foram
escolhidos os mais pertinentes a esta área de conhecimento, porém não se exclui o uso
de outros temas que os professores acharem convenientes. Até porque sabendo da
importância dos temas transversais para o enriquecimento dos conteúdos trabalhados,
pois, assim, o aluno poderá exercitar suas capacidades cognitivas, sensitivas, afetivas e
imaginativas organizadas em torno da aprendizagem artística e estética.

 ARTES VISUAIS
Ø EIXO DA PRODUÇÃO

BLOCO DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS
- Executar desenho, pintura, colagem, gravura, escultura,
instalação, fotografia, cinema, vídeo, meios eletroeletrônicos,
As formas de design, artes gráficas, arte em computador e outros meios visuais
expressão e e/ou audiovisuais;
representação em
Artes Visuais, os - Registrar, estudar e utilizar os elementos da linguagem visual –
seus elementos ponto, linha, plano, cor, volume, luz, textura, movimento e ritmo;
compositivos e as suas relações de espaço (bi e tridimensional) e suas articulações
suas diversas nas imagens produzidas;
técnicas de
produção, como - Representar e comunicar as formas visuais e audiovisuais;
forma de percepção
das possibilidade de - Conhecer os materiais, suportes, instrumentos, experimentando
uso na educação diferentes técnicas e procedimentos em trabalhos individuais e
para o transito, meio grupais.
ambiente cuidado
com a sua saúde e
dos outros e
preparação para 0o
trabalho e consumo.
Ø EIXO DA APRECIAÇÃO

BLOCO DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS
Leitura, interpretação - Analisar o próprio trabalho, dos colegas e as produções
de produções visuais e visuais e concepções estéticas presentes nas culturas
audiovisuais pessoais maranhense, brasileira e universal;
e presentes na
História da Arte - Ler, apreciar e criticar as formas visuais e audiovisuais
universal, brasileira e presentes nos produtos culturais que formam o imaginário
maranhense e nos social brasileiro, nos meios de comunicação e nas imagens
meios de de propaganda e publicidade (cartaz, outdoor, folder, etc);
comunicação.
Reconhecimento das
diversas concepções
estéticas em diferentes
culturas e sua
influencia na relação
trabalho e consumo

Ø EIXO DA CONTEXTUALIZAÇÃO

BLOCO DE
CONTEÚDOS CAPACIDADES

- Observar, pesquisar e conhecer as obras, produtores e


movimentos artístico-culturais maranhenses, brasileiro e
Conhecimento e universal;
investigação do valor - Compreender e refletir sobre o valor das artes visuais e
ético e estético das audiovisuais; suas articulações com a Ética, o conhecimento
artes visuais e crítico e o mercado de consumo;
audiovisuais, e a sua - Freqüentar as fontes e espaços de informação e
temporalidade; comunicação artística;
compreensão sobre o - Estudar e pesquisar as principais manifestações da Cultura
valor das principais Popular do Maranhão, suas influências étnicas e a ação dos
manifestações da produtores de arte na região e no Brasil.
Cultura Popular do - Relacionar tais manifestações com outras produzidas no
Maranhão, de outras Brasil e no exterior e a influencia das culturas africanas e
regiões do Brasil e do indígenas.
exterior e suas
influências étnicas e a
ação dos produtores
de arte.

 DANÇA

Ø EIXO DA PRODUÇÃO

BLOCO DE
CAPACIDADES
CONTEÚDOS
- Compreender a lógica da dança (o que, como, onde e com
que as pessoas se movem), como o corpo se move no
tempo, no espaço, e o uso da energia. Ocupar a kinesfera
(espaço pessoal);
A dança: seus
- Desenvolver habilidades corporais e os elementos da
elementos
dança como caminho para criação e interpretação pessoal
compositivos, suas
em dança;
técnicas expressivas e
a sua relação com o - Elaborar princípios do movimento, do condicionamento
meio ambiente e a físico e consciência corporal (transformações ocorridas no
saúde do corpo. corpo quanto à forma, sensações, etc);

- Construir relações corporais, critica e construtivas com


diferentes maneiras de ver/sentir o corpo em movimento;

- Desenvolver as atividades corporais adquiridas em ciclos


anteriores, iniciando memorização e reprodução de
seqüências de movimentos no espaço da escola;
- Dançar: aquecimento, relaxamento e compensação do
corpo, respiração e noções de anatomia e prevenção de
lesões.

Ø EIXO DA APRECIAÇÃO

BLOCO CAPACIDADES
DE
CONTEÚDOS

- Analisar os repertórios e os diferentes estímulos para a


Os estímulos para a improvisação/interpretação em dança;
improvisação/interpretaç
ão em dança, os - Perceber a sinestesia e técnicas de dança popular e
elementos do erudita;
movimento e as
concepções estéticas - Ler criticamente os elementos do movimento (partes do
presente nos contextos corpo, dinâmica, uso do espaço e das ações) no cotidiano e
de saúde, educação em composições coreográficas;
sexual e pluralidade
cultural.. - Refletir sobre as concepções estéticas presentes nas
produções locais nacionais e internacionais;

Ø EIXO DA CONTEXTUALIZAÇÃO

BLOCO DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

- Compreender a história da dança, formas, estilos e


Compreensão da contribuições étnicas; sociais, artísticas e estéticas;
história da dança, - Pesquisar e conhecer dançarinos, coreógrafos e grupos de
formas, estilos e suas dança brasileiros e estrangeiros, contextualizando épocas e
contribuições éticas e regiões;
estéticas. - Estabelecer as relações o papel do próprio corpo e do (a)
Relacionar as dançarinos (a) na dança com a saúde;
diversidades de dança - Observar, registrar e estudar as Danças Populares e dos
do Brasil a partir Grupos de Dança do Maranhão. E suas ralações com outras
africana. culturas e regiões;
- registrar as danças de influencia africanas e indígenas.
-Analisa e registrar os próprios trabalhos de dança

 MÚSICA

Ø EIXO DA PRODUÇÃO

BLOCO DE
CONTEÚDOS CAPACIDADES

Elementos - Experimentar os sistemas musicais;


compositivos, - Construir instrumentos musicais
interpretação e - Realizar pesquisa e audição de sons de diversas
produção da procedências;
linguagem musical.
A música e sua - Fazer leitura e interpretação musical: cantar
implicação ética e a
poluição sonora -Elaborar paródias, sonoplastias e trilhas sonoras,
Homem como produtor desenvolvendo a memória e ampliando o patrimônio musical.
musical (o aluno, o
indivíduo, o jovem etc)
e a relação trabalho e
consumo.

Ø EIXO DA APRECIAÇÃO

BLOCO DE
CONTEÚDOS CAPACIDADES

Escuta e compreensão da -Escutar, envolver e compreender a linguagem musical;


linguagem musical:
Apreciação de músicas
eruditas e populares das - Apreciar, analisar músicas eruditas e populares das
culturas maranhense, culturas maranhense, brasileira e universal;
brasileira e universal;
Conhecimento da - Ouvir e compreender a Música como produto cultural e
Música como produto histórico
cultural e histórico

Ø EIXO DA CONTEXTUALIZAÇÃO

BLOCO
DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

A história da música - Estudar e conhecer a história da música nacional e mundial


nos diversos e das biografias dos compositores e interpretes que a
contextos, relação construíram através do tempo, suas influências étnicas,
com as outras formas sociais, culturais e inter-relações;
de conhecimento e a
pluralidade cultural.. - Pesquisar e analisar o panorama musical brasileiro e
maranhense atual enfocando ritmos, estilos, movimentos,
músicos e produções.

- Identificar as influências musicais da cultura africana e


indígena.

 TEATRO
Ø EIXO DA PRODUÇÃO

BLOCO CAPACIDADES
DE
CONTEÚDOS

- Improvisar cenicamente;
Elementos da - Expressar e estudar os elementos construtores de uma cena
linguagem teatral suas teatral: ator, personagem, drama, encenação;
técnicas e formas de - Produzir peças a partir do seu conhecimento de mundo;
expressão e - Selecionar e elaborar recursos (cênicos e de produção) para
comunicação, como atividade teatral na escola e na comunidade.
colaboração pra o
entendimento do meio
ambiente, saúde e da
pluralidade culturais.

Jogos Teatrais

Ø EIXO DA APRECIAÇÃO

BLOCO
DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

Apreciação dos - Perceber a interdependência dos elementos de cena e dos


elementos de teatrais recursos da linguagem em encenações locais;
e os recursos da
linguagem em - Analisar a relação palco-platéia e a importância dos jogos
encenações locais; teatrais;

Reconhecimento e - Apreciar espetáculos profissionais, amadores e escolares de


análise da relação teatro.
palco-platéia e seu
determinantes para o - Observar o universo circundante do mundo físico e da cultura
entendimento sobre para entendimento da importância do meio ambiente
educação sexual e a
ética..
Ø EIXO DA CONTEXTUALIZAÇÃO

BLOCO DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

Compreensão das - Estudar e compreender as formas de construção das


narrativas e a história narrativas e da história do teatro universal, brasileiro e
do teatro universal, maranhense,
brasileiro e
maranhense, em - Compreender a introdução dos mitos no teatro a partir do
seus diversos contexto histórico e religioso através do entendimento dos mitos
contextos. da criação que deram origem observando as contribuições
étnicas e a diversidade cultural.

Reconhecimento das - Identificar a importância das apresentações populares como


contribuições étnicas forma de preservação do patrimônio cultural maranhense;
e a diversidade
cultural. - Analisar as diversas manifestações culturais(como por
exemplo: Bumba-boi, Divino Espírito Santo, Pastorinha) afim de
distinguir a influência das culturais africanas e indígenas.

4 ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA E DIDÁTICA

Numa linha progressista se pretende atingir a excelência no ensino e aprendizagem em


arte. A grande questão é como extrair essa excelência de um sistema educacional
problemático nos seus diversos setores como: Carga horária insignificante de 40 horas;
falta de material adequado; estrutura física precária; professores de outras áreas ou
formação defasada; gestores e corpo administrativo equivocado em relação ao conceito
de arte na escola.
Essa é a realidade que temos, e como minimizar esses problemas para um ensino de Arte
consistente e significativo para o professor, o aluno, a escola e a comunidade? O
encaminhamento para essa questão é a fundamentação teórico-metodológica da prática
de ensino e aprendizagem em Arte, sem conotação prescritiva, mas que reflete a prática
do professor e a realidade do aluno, bem como métodos que visa o conhecimento como o
caminho da cidadania.
Na legislação brasileira, sobretudo, os PCN em Arte focaliza a orientação metodológica
como Construtivista e fundamenta-se na proposta triangular defendida e divulgada por
Ana Mãe Barbosa, que promover três eixos de atuação no ensino e aprendizagem em
Arte, que são: contextualização, apreciação e produção.
O construtivismo, ainda é uma teoria que mobiliza à discusão, que gera polemica e
controvérsias nas suas formas de pensar e agir. Contudo, possibilita uma prática onde o
professor ensina a aprender e o aluno constrói seu aprendizado problematizando, criando
e participando ativamente do processo. Isso no contexto social, no qual, se quer um
cidadão consciente do seu papel no mundo.
A proposta triangular visa a construção do conhecimento em Arte, articulando a
experimentação com a codificação e com a informação, pois são três as ações que
exercitamos quando relacionamos com a Arte: fazer arte, ler obras de arte e
contextualizar.
● Ler obra de arte: ação que, envolve o questionamento, a busca, a
descoberta e o despertar da capacidade crítica dos alunos. O processo de
interpretação relaciona sujeito/obra/contexto, e evita o processo
reducionista certo/errado. Lembrando sempre que o que está em jogo é a
obra e não o artista, não no sentido de tentar descobrir o que o artista
queria dizer com sua arte. Mas fruir a obra por meio de critérios que
envolvem a decodificação da linguagem em questão, como: pertinência,
coerência, possibilidade, clareza, abrangência entre outros. Menos na
tentativa de adivinhar o que o artista poderia estar querendo dizer com sua
produção.
● Fazer arte: domínio de técnicas para a criação artísticas é a
experimentação de fazer formas artísticas e tudo o que entra em jogo nessa
ação criadora como: recursos pessoais, habilidades, pesquisa de material e
técnicas, a realização entre perceber, imaginar e realizar um trabalho de
arte, que não seja mera cópia das obras de artistas famosos, pois muitos
professores acreditam que essas “releituras” resultam em obras mais
bonitas e agradam aos olhos dos pais, coordenadores e gestores.
● Contextualizar: é a ação de entender a arte e seu lugar na cultura através
do tempo, ou seja, é a experiência de refletir sobre a arte como objeto de
conhecimento acumulado pela humanidade, onde importam dados sobre a
cultura em que o trabalho artístico foi realizado, a história da arte e os
elementos e princípios formais que constituem a produção artística.
Ao ensinar esses conceitos e princípios da história da arte deve-se variar a forma de
apresentá-los, utilizando meios discursivos, narrativos, imagens, meios eletrônicos, textos,
entre outros. Entretanto, deve-se estar ciente de que é o aluno que transforma tais
informações em conhecimento significativo, pois sua assimilação esta conectada a redes
de conteúdos, conceitos e valores já aprendidos pelo aluno.
Contextualizar é situar as criações no tempo e no espaço, considerando o campo de
forças políticas, históricas, sociais, geográficas, culturais, presentes na época da
realização da obra. A sensibilidade do artista sua trajetória pessoal também são fatores
que ajudam a conhecer estilos e fruir.
Como já dissemos, aprender arte envolve essas três ações distintas, mas, que depende
do professor como direcionar sua mediação, onde, por exemplo, a produção é mais
enfocada e as outras duas auxiliam a compreensão do fazer. O que de fato importa é que
esses três eixos articulados tornam o ensino da Arte muito mais interessante e formativo.
Para promover significados aplicados à vida cotidiana do aluno.
A qualidade da mediação ajuda a desenvolver o gosto por aprender arte, o professor
deverá organizar de forma flexível métodos didáticos e apresenta estruturas de
conhecimento com o objetivo de permitir ao aluno internalizar esses conhecimentos de
forma eficaz, visando sua utilização posterior. Pois afinal, ensinar é possibilitar que o
aluno construa signos internos, assimilando e compreendendo conceitos, processos e
valores novos aplicados a sua realidade.

4.1 Procedimentos Didáticos:

Trazer conteúdos da arte presente no cotidiano do aluno é uma boa opção para estimular
a aprendizagem. No entanto não se devem excluir ricos conteúdos formais do currículo,
que podem ser aprendidos através da interação e reconstrução por parte do aluno. Pois
esse aprendizado só se torna significativo quando se torna útil, já que ninguém, tão pouco
o aluno quer saber sobre conteúdos que não fazem sentido na sua prática escolar ou
social, seja ela produtiva, apreciativa, reflexiva ou contextualizada.
Para tal trabalho deve-se planejar procedimento didático enfatizando a compreensão de
conceitos e princípios em arte relacionados à suas experiências adquiridas; criar
oportunidades para aplicar o conhecimento e as habilidades em situações concretas;
propiciar o progresso dos alunos em face de objetivos dinâmicos; promover discussões
em sala de aula estimulando a reflexão e argüição.
Viabilizar atividades, como aula passeio, que possibilitam um maior entendimento sobre
conteúdos apresentados em sala de aula proporcionando exemplos variados,
comparando situações distintas, demonstrando o conhecimento aplicado.
Deve-se favorecer o contato com produção literária tanto para compreender a
contextualização histórica, social e artística quanto para conhecer os elementos
fundamentais da linguagem artística estudada, bem como produzir textos, com a
finalidade de desenvolver a observação, análise, a coerência de idéias e a criticidade.
Para um ensino de Arte efetivo e qualitativo em sala de aula é necessário que a escola
possua recursos didática tais como; quadro branco e pilotos, retro projetor e
transparências, livro didático e cópias de textos complementares, laboratório de
informática acessível, televisão, DVD sobre historia da arte e biografias de artistas e
imagens ampliadas de obras de arte.
Devido a situações adversas ao planejamento, esta orientação é flexível e perfeitamente
adaptável ao estilo e método pessoal de cada professor desde que siga uma linha de
ação comum e coletiva para não haver desníveis e para garantir a qualidade desejada no
ensino e aprendizagem em Arte. É evidente que se devem levar em conta que as turmas
são heterogêneas, com realidade social diferente, além do número excessivo de alunos
por sala, isso tudo compromete a assistência individual ao aluno. No entanto o professor
deve manter o compromisso com o posicionamento político-metodológico adotado frente
às ações educacionais proposta em arte.

5 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação tem como objetivo verificar o nível de aprendizado e possibilitar saber se os


conteúdos foram minimamente entendidos, desta forma torna-se “um excelente recurso
para o professor planejar suas atividades e refletir sobre sua prática” (IAVELBERG, 2003,
p. 29). Por outro lado, as formas de efetivação da avaliação em Arte é um assunto
polêmico entre os professores da área, existem dificuldades em estabelecer critérios
sensatos e não autoritários para formulação de atividades avaliativas. As principais
dúvidas é saber como fazer uma avaliação em arte? Como saber realmente que o aluno
está ou não entendendo o que foi proposto? Se a forma de responder “errado” não é a
sua forma de poetizar sobre o assunto. É por essa razão que vários especialistas em
avaliação apontam que não é possível fazer uma boa avaliação só com uma atividade.
O ensino aprendizagem é um processo e a avaliação faz parte dele, portanto tem que ser
efetuada ao longo dele e utilizando vários mecanismos para isso.
A premissa a ser seguida para a escolha das formas de avaliar está baseada nos
objetivos da Arte dentro da escola, ou seja, possibilitar que o aluno conheça a produção
artista, entenda o que ela representa na sociedade, formule seus próprios conceitos
utilizando as linguagens especificas de cada modalidade artística e possa ser capaz de
produzir artisticamente algo. Pois, a proposta de ensino de arte está orientada pelo tripé
formulado por Ana Mae Barbosa, logo a avaliação deve ser realizada com objetivo de
perceber: se os alunos desenvolvem sua criatividade quando efetuam uma produção
artística, se conseguem identificar os elementos específicos que utilizou para produzi-la,
se distingui as várias formas de expressão dentro de uma linguagem artística.
O PCN – Arte sugere que os alunos devem adquirir progressivamente capacidades para
permite-lhes um conhecimento e uma sensibilização nas quatros linguagens artísticas. E
sabendo que cada linguagem tem seus conteúdos específicos, a avaliação também tem
objetivos adequados a cada uma delas. Portanto apresentaremos agora sugestões de
avaliação, de forma geral, conforme cada moda\idade artística, cabe os professor
escolher aquela que mais se encaixa com seus objetivos e sua realidade. Sem esquecer
que a avaliação é igualmente um meio de ensinar não de punir. É para trabalhar com os
acertos possíveis e sanar as deficiências.

5.1 Artes visuais

A linguagem visual promove oportunidade para que o aluno observe, confronte e conheça
diferentes culturas em diferentes momentos históricos, através de produções artísticas e
também de objetos utilitários. Nesse processo o próprio aluno se insere através de
experimentações técnica e de estilo buscando soluções criativas e imaginativas,
desenvolvendo também as suas percepções sobre ele próprio, sobre situações do
cotidiano e sobre o universo artístico.
 Criar formas utilizando o espaço bidimensional e tridimensional de forma criativa
 Identificar os elementos da linguagem visual contido na criação individual e
coletiva, assim como na natureza.
 Perceber as diferenças entre as produções criativas individual, do seu e de outro
grupo, estabelecendo relações entre elas, sem discriminações estéticas, étnica e
de gênero.
 Conhecer e apreciar vários trabalhos e objetos de arte por meio de interpretações
pessoais, reflexões e dedução para percepção de diferentes processos criativos.
 Valorizar a produção de arte, a cultura local, acervo documental e patrimonial,
tomando como parâmetro a criação individual e a importância que ele dar a ela.

5.2 Dança

A dança envolve a intuição, a emoção, a imaginação, comunicação e


principalmente o movimento. Onde o corpo é a base do conhecimento, através do qual o
aluno perceberá a suas capacidades cinestésicas, ampliando cada vez mais as
possibilidades de movimento.
 Criar coreografias simples com clareza, desenvoltura e consciência;
 Compreender as variadas possibilidades corporais de expressar emoções,
sentimentos da dança;
 Conhecer as correntes históricas da dança e as manifestações culturais populares
e suas influencias no processo criativo pessoal.
 Expressar com clareza, critério e desenvoltura sua idéia a respeito das danças
conhecidas por ele, pontuando objetivamente sua opinião sem preconceito;
 Tomar decisões próprias na organização dos processos criativos individuais e de
grupo em relação ao movimento, á música, ao cenário e ao espaço cênico;
 Identificar os elementos da dança;
 Compreender as possibilidades dos processos criativos em dança e suas
interações com a sociedade.

5.3 Música

A educação musical deve considerar o mundo contemporâneo em suas características e


possibilidades culturais partindo do conhecimento e das experiências que a criança/jovem
traz do seu cotidiano. A percepção dos sons em ambiente diferenciados, os sons
enquanto fenômeno físico (propagação, densidade, qualidades, poluição sonora), a
importância da música como fenômeno social construído conectando-se à imaginação e a
fantasia formulando o processo criativo, interpretativo e desenvolvendo a dimensão
sensível que a música traz ao ser humano.

 Criar e interpretar com autonomia, utilizando diferentes meios e materiais sonoros;


 Utilizar conhecimentos básicos da linguagem música, comunicando-se e
expressando-se musicalmente;
 Conhecer e apreciar músicas de seu meio sociocultural e do conhecimento
musical, construído pela humanidade em diferentes períodos históricos e espaços
geográficos;
 Reconhecer e comparar, por meio de percepção sonora, composições quanto aos
elementos a linguagem musical;
 Refletir, discutir e analisar aspectos das relações socioculturais que as
crianças/jovens estabelecem com a música (erudita, popular e de massa) os meios
de comunicação e o mercado cultural.

5.4 Teatro

O ensino de teatro na escola contribui para os alunos exercite sua liberdade de


expressão. Através da criação de diálogos pode fazer representações de questões sociais
atuais. E desta forma ampliar sua criticidade, postura social e reestruturar sua
personalidade. Possibilita, ainda, o conhecimento, a observação e a comparação de
diferentes culturas em diversos momentos históricos, construindo e desenvolvendo a
criatividade, a percepção e o estabelecimento de significativas relações inter e
intrapessoais.
 Saber improvisar e atuar nas situações de jogos, explorando as capacidades do
corpo e da voz;
 Criar cenas escrita e encená-las recorrendo a estrutura da linguagem teatros e
seus elementos essenciais;
 Interpretar dramaticamente peças teatrais, prosa e verso:
 Utilizar os recursos cênicos como: máscara, figurino, maquiagem etc, para
produção de montagens cênicas;
 Emitir opiniões objetivas sobre atividade teatral sem discriminações estéticas,
étnicas ou de gênero;
 Conhecer a história do teatro internacional e nacional, comparando e refletindo
sobre os aspectos estéticos e cênicos ;
 Valorizar as manifestações teatrais da sua região, assim como o seu acervo
documental.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABEM. Fundamentos da Educação Musical. Porto Alegre: Associação Brasileira de


Educação Musical, 1993.

AMARAL, Ana Maria. Teatro de Animação. São Paulo: Ateliê Editorial, 1997.

AMARAL, Aracy. Arte para quê: a preocupação social na arte brasileira. São Paulo:
Nobel, 1984.

ANDRADE, Elaine N. (org). Rap e educação rap é educação. São Paulo: Summus, 1999.

ANDRADE, Mário de. Pequena história da música. Belo Horizonte: Itatiaia, 1987.

ARAÙJO, Nelson de. História do Teatro. Bahia: Fundação Cultural da Bahia, 1978. 402p.

ARNHEIM, Rudolf. Arte e Percepção Visual: uma psicologia da visão criadora. 11ª ed.
São Paulo: Pioneira Editora, 1997.

Arte do Maranhão: 1940-1990. São Paulo: Buriti, São Luís: Banco do Estado do
Maranhão, 1994.

Arte no Maranhão: uma visão de 100 anos. Catálogo. São Luís: Secretaria da Cultura,
1983.

BARBOSA, Ana Mae. Tópicos utópicos. Belo Horizonte: C/ Arte, 1998.

_______. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos tempos. São Paulo:
Perspectiva. Porto Alegre: Fundação IOCHPE, 1991.

_______. Arte-educação no Brasil: das origens ao modernismo. São Paulo: Perspectiva,


1978.

BOGEA, Kátia Santos. Olhos da alma: escola maranhense de imaginária. São Paulo:
Takano Editora Gráfica, 2002.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1985.

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais. Brasília: Secretaria do Ensino Médio e


Tecnológico: 1999.

___________________________________.Lei de Diretrizes e Bases para a Educação.


Brasília: MEC, 1996.

__________________________________. Parâmetros curriculares nacionais: Arte na


5ª a 8ª séries. Brasília : MEC/SEF, 2000

BRONOWSKI, Jacob. Arte e conhecimento: ver, imaginar, criar. Lisboa, Edições 70, 1983.

BROUGÈRE, Gilles. Brinquedo e Cultura. São Paulo: Cortez, 4 ed, 2001.

BURDICK, Jacques. Teatro. São Paulo: Verbo-Lisboa, 1981. 189p.

BURNS, Edward McNall. História da Civilização Ocidental. Rio de Janeiro: Globo (?) p.29.

CALÀBRIA, Carla Paula Brondi e MARTINS, Raquel Valle. Arte, História e Produção. São
Paulo: FTD, 1997. 206p.

CAMINADA, Eliana. História da Dança. Evolução Cultural, São Paulo: Sprint, 1999.

COSTA, Isabel Mota. O ensino da Arte e a Cultura Popular. São Luís: Cultura e Arte.
2004. 132 p.

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações étnico-raciais e para o


Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. MEC, 2004.

DUARTE Jr., João Francisco. Por que Arte-Educação?. São Paulo: Papirus, 1996.

EDWARDS, Betty. Desenhando com o lado direito do cérebro. Rio de Janeiro: Ediouro,
1984.
ENCICLOPÉDIA MIRADOR. São Paulo: Britânica, 1965. Dança. P. 3152-3165.

FERREIRA, Sueli (org). O Ensino das Artes: construindo caminhos. São Paulo Papirus,

2001.

FILHO, Hermilo Borba. História do Teatro. Rio de Janeiro: Casa de Estudante do Brasil, ?.
444p.

FISHER, Ernest. A necessidade da Arte. 8ª ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981.

FISHER, James (et al.). O Homem e o Mundo: As artes. Lisboa: Publicações Europa –
América Ltda., 1964.

FUSARI, Maria F. de Rezende e FERRAZ, Maria Heloísa C. Arte na Educação Escolar.


São Paulo: Cortez, 1993.

______________________________________ .Metodologia do Ensino da Arte. São


Paulo: Cortez, 1992.

GALEFI, Romano. Fundamentos da Criação Artística. São Paulo: Melhoramentos –


Editora da Universidade de São Paulo, 1997.

GALVÂO, Nádia Santos Nunes. Convite à Estética e Convite à Dança. Rio de Janeiro:
Lagos Ltda., 1964.

GASSNER. John. Mestres do Teatro I. São Paulo: Perspectiva, 1997. 408p.

_______. Mestre do Teatro II. São Paulo: Perspectiva, 1996. 478p.

GOMBRICH, E. H. A história da Arte. 16ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999.

HALLWELL, Philip Charles. À mão livre: a linguagem do desenho. São Paulo: Companhia
Melhoramentos, 1994.
HAUSER, Arnold. História social da Arte e da Literatura. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

HAUTECOUER, Louis. História geral da Arte: da natureza à abstração. São Paulo:


Difusão Européia, 1964.

KOUDELA, Ingrid Dormien. Jogos Teatrais. São Paulo: Perspectiva, 1995.

IAVELBERG, Rosa. Para gosta de aprender arte: sala de aula e formação de professor.
São Paulo: Artemed, 2003.

LESSA, Barbosa. Primeiras Noções de Teatro. São Paulo: Bibliof, 1958. 257p.

MENDES, Miriam Garcia. A Dança. São Paulo: Ática, 1985.

MOHANA, João. A grande música do Maranhão. 2 ed. São Luís: edições SECMA, 1995.

NOVA CULTURAL. Desenho e pintura. São Paulo: Abril Cultural, 1984.

OSSONA, Paulina. A educação pela dança. São Paulo: Summus, 1988. v.33.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes. 12 ed,


1997.

________________. Universos da Arte. 12ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1996.

PINACOTECA. Caras. Espanha: Caras, 1998, nºs 8,10 e 14.

PORCHER, Louis. Educação Artística: Luxo ou necessidade?. São Paulo: Summus, 1982.

PORTINARI, Maribel. História da Dança. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.

PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 1994. 264p.

ROBATTO, Lia. Dança em processo: a linguagem do indivisível. Salvador: Centro Editorial


e Didático da UFBA, 1994.

SPOLIN, Viola. Improvisação para o Teatro. São Paulo: Perspectiva.

VASCONCELOS, Luís Paulo. Dicionário de Teatro. São Paulo: L&M, 1917. 231p.

VASSALO, Lígia e CORREIA, Maria de Almeida et al. Teatro Sempre. Rio de Janeiro:
Folha Carioca, 1983. 166p.

YAJIMA, Eiji. Plástica: Educação Artística. São Paulo: IBEP, 1989.

ZIMERMANN, Nilsa. A Música através dos tempos. São Paulo. Editora Paulinas,
1996.
APÊNDICES
PROPOSTA DE CONTEÚDOS E CAPACIDADES PARA A 3ª E 4ª SÉRIE – ARTE

INTRODUÇÃO AO BLOCO DE CONTEÚDO E CAPACIDADES DA 3ª E 4ª SÉRIE


Considerações Importantes

A área de conhecimento Arte, possui conteúdos próprios e específicos que se divide


distintamente em quatro (4) linguagens: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro.
Os blocos de conteúdos e respectivamente as capacidades, estão organizados de acordo
com a prática pedagógica vigente, fundamentada na Proposta Triangular, que visa uma
aprendizagem mais significativa em arte para o aluno.
O processo de ensino-aprendizagem da Proposta Triangular está articulado em três eixos
de atuação classificados em:
 Eixo da produção: que desenvolve a criação artística, permite a manipulação de
técnicas e materiais;
 Eixo da apreciação: que desenvolve a capacidade de leitura crítica de obras de
arte a partir do contato com os códigos que compõem cada linguagem artística;
 Eixo da contextualização: que possibilita o entendimento da produção artística e
seus aspectos cultural, econômico e histórico.
Essa forma de direcionar o processo de ensino-aprendizagem permite que o aluno
compreenda as ações que envolvem a obra de arte: fazer, ver, entender seu lugar na
cultura através do tempo e criar juízo de valor sobre a produção artística, bem como dar
consistência ao ensino da disciplina, descartando a idéia de que dançar, cantar, criar ou
encenar são simplesmente atividades recreativas, mas que possuem conhecimentos
específicos, metodologia e didática, que buscam desenvolver capacidades artísticas
inatas no aluno.
o que se pretende aqui não é abandonar as formas lúdicas e agradáveis que são
intrínsecas às manifestações artísticas, mas orientar a pratica pedagógica de forma
sistemática e consciente do papel da arte na vida social do aluno.
Nesse sentido os blocos de conteúdos e capacidades foram definidos buscando estimular
a criatividade, desenvolver a reflexão sobre a arte e tornar o aluno mais crítico e atuante
na sociedade que o cerca.
Vale ressaltar que esta proposta de conteúdos é perfeitamente adaptável ao
planejamento do professor com base em sua realidade escolar.
ARTES VISUAIS

Ø EIXO DA PRODUÇÃO

BLOCO
DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

 Elementos da
linguagem visual:  Construir formas expressivas, usando os elementos da
ponto, linha, plano, linguagem visual, articulando a percepção, imaginação,
cor, textura, forma, memória e sensibilidade.
movimento, luz,  Reconhecer e utilizar os elementos da linguagem visual.
equilíbrio e volume;  Considerar os elementos básicos da linguagem visual em
 Desenho: técnicas e suas articulações nas imagens produzidas (relações
materiais; entre ponto, linha, plano, cor, textura, forma, volume, luz,
 Pintura: temas, ritmo, movimento, equilíbrio).
estilos e técnicas;  Representar, expressar e comunicar por imagens:
 Cerâmica – a arte desenho, pintura, gravura, modelagem, escultura,
do barro; colagem, construção, fotografia, cinema, vídeo, televisão,
 Tapeçaria e informática, eletrografia.
cestaria;  Reconhecer as propriedades expressivas e construtivas
 História em dos materiais, suportes, instrumentos, procedimentos e
quadrinhos. técnicas na produção de formas visuais.
 Experimentar, utilizar e pesquisar materiais e técnicas
artísticas (pincéis, lápis, giz de cera, papéis, tintas, argila,
goivas e etc) e outros meios (máquinas fotográficas,
vídeos, aparelhos de computação e de reprografia).
 Selecionar e tomar decisões com relação a materiais,
técnicas, instrumentos na construção das formas visuais.
Ø EIXO DA APRECIAÇÃO

BLOCO
DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

 A produção em  Conviver com produções visuais (originais e


artes visuais das reproduzidas) e suas concepções estéticas nas diferentes
diferentes culturas. culturas (regional, nacional e internacional).
 A produção em  Identificar os significados expressivos e comunicativos
artes visuais local. das formas visuais.
 Comunicação visual:  Observar e analisar as formas que produz e do processo
propagandas, pessoal nas suas correlações com as produções dos
televisão, jornais colegas.
etc;  Manter contato sensível, reconhecer e analisar formas
 Desenho e pintura visuais presentes na natureza e nas diversas culturas.
 Escultura – o  Reconhecer e experimentar a leitura dos elementos
bidimensional e o básicos da linguagem visual, em suas articulações nas
tridimensional, tipos imagens apresentadas pelas diferentes culturas (relações
de escultura e entre ponto, linha, plano, cor, textura, forma, volume, luz,
escultores; ritmo, movimento, equilíbrio).
 Cerâmica: a arte do  Manter contato sensível, reconhecer, observar e
barro; experimentar a leitura das formas visuais em diversos
 Tapeçaria e meios de comunicação da imagem: fotografia, cartaz,
cestaria; televisão, vídeo, histórias em quadrinhos, telas de
 História em computador, publicações, publicidade, desenho industrial,
quadrinhos. desenho animado.
 Identificar e reconhecer algumas técnicas e
procedimentos artísticos presentes nas obras visuais.
 Falar, escrever e realizar outros registros (gráfico,
audiográfico, pictórico, sonoro, dramático, videográfico)
sobre as questões trabalhadas na apreciação de
imagens.
Ø EIXO DA CONTEXTUALIZAÇÃO

BLOCO
DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

 Compreensão da  Reconhecer a importância das artes visuais na sociedade e na


importância das artes vida dos indivíduos.
visuais na vida do  Observar, estudar e compreender as diferentes obras de artes
homem. visuais, artistas e movimentos artísticos produzidos em diversas
 Conhecimento dos culturas (regional, nacional e internacional) e em diferentes
pintores, escultores e tempos da história.
arquitetos consagrados  Identificar produtores em artes visuais como agentes sociais de
de diferentes épocas e diferentes épocas e culturas: aspectos das vidas e alguns
locais e suas obras. produtos artísticos.
 Reconhecimento da  Pesquisar, reconhecer e refletir sobre a arte presente no entorno.
importância dos  Ler e discutir textos simples, imagens e informações orais sobre
museus e galerias. artistas, suas biografias e suas produções.
 Reconhecer e valorizar a organização social de sistemas para
documentação, preservação e divulgação de bens culturais.
 Freqüentar e utilizar as fontes de informação e comunicação
artística presente nas culturas (museus, mostras, exposições,
galerias, ateliês, oficinas).
 Elaborar registros pessoais para sistematização e assimilação
das experiências com formas visuais, informantes, narradores e
fontes de informação.
MÚSICA

Ø EIXO DA PRODUÇÃO

BLOCO
DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

 Parâmetros do  Ler e produzir formas sonoras a partir de melodias, ritmos,


som; elementos da tonalidades e séries;
linguagem musical;  Perceber e identificar sons, com instrumentos de
criação, percussão e materiais sonoros diferentes;
improvisação e  Identificar e interpretar a canção maranhense e outras do
interpretação. cotidiano do aluno, vivenciando um processo individual e
grupal (coral);
 Compor, improvisar e interpretar a partir dos elementos da
linguagem musical.

Ø EIXO DA APRECIAÇÃO

BLOCO
DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

 A linguagem  Observar, analisar e fruir os trabalhos musicais produzidos na


musical: músicas escola e na comunidade;
eruditas e populares  Apreciar músicas eruditas e populares das culturas maranhense,
das culturas brasileira e universal;
regional, nacional e  Perceber auditivamente as músicas produzidas em diferentes
internacional; culturas;
 A música como  Ler esteticamente as manifestações musicais produzidas por
produto cultural e diferentes grupos sociais e étnicos do Maranhão.
histórico.

Ø EIXO DA CONTEXTUALIZAÇÃO

BLOCO
DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

 A música na vida do  Estudar e conhecer a história da música e das biografias dos


homem e sua músicos que a construíram através do tempo;
importância na  Conhecer e refletir sobre os músicos maranhenses juntamente
sociedade. com suas obras;
 Estudar e conhecer a música popular do Maranhão, principais
gêneros, compositores e manifestações populares.
DANÇA

Ø EIXO DA PRODUÇÃO

BLOCO
DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

 Elementos  Desenvolver habilidades corporais percebendo os


compositivos da elementos da dança como caminho para a criação e
dança; interpretação pessoal em dança;
 Técnicas  Desenvolver atividades corporais, memorizando e
expressivas da reproduzindo seqüências de movimentos no espaço da
dança. escola;
 Dançar, observando os procedimentos de aquecimento,
relaxamento e compensação do corpo, respiração e
noções de anatomia e prevenção de lesões.
 Experimentar o movimento, considerando as mudanças de
velocidade, tempo, ritmo e o desenho do corpo no espaço;
 Selecionar e organizar os movimentos para a criação de
coreografias.

Ø EIXO DA APRECIAÇÃO

BLOCO
DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

 Improvisação e  Reconhecer os estímulos e repertórios para a improvisação e


interpretação na interpretação em dança;
dança;  Sentir a sinestesia a partir de técnicas de dança popular e erudita;
 Elementos e  Perceber os princípios do movimento, do condicionamento físico
princípios do e consciência corporal;
movimento e as  Conhecer as concepções estéticas presentes nas produções locais,
conceções estéticas nacionais e internacionais.
da dança;
 Produção dos grupos
de dança,
manifestações
culturais e
espetáculos em geral,
considerando as
criações regionais,
nacionais e
internacionais.

Ø EIXO DA CONTEXTUALIZAÇÃO
BLOCO
DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

 Compreensão das  Compreender as formas, estilos e contribuições étnicas,


formas, estilos e sociais, artísticas e estéticas;
suas contribuições  Conhecer dançarinos, coreógrafos e grupos de dança
éticas e estéticas brasileiros e estrangeiros, contextualizando épocas e
nos diversos regiões;
contextos da  Estabelecer as relações entre o olhar-fazer e o papel do
dança; próprio corpo e do(a) dançarino(a) na dança;
 Manifestações  Observar, registrar e estudar as danças populares e dos
populares de grupos de dança do Maranhão e suas relações com outras
dança no culturas e regiões.
Maranhão.
TEATRO

Ø EIXO DA PRODUÇÃO

BLOCO
DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

 Jogo Dramático  Perceber a relação entre ação, espaço e personagem;


Infantil;  Produzir improvisações e peças a partir da sua realidade;
 Improvisações  Dar novos significados ao mundo e reavaliar através do
 Experimentação dos imaginário dramático;
recursos cênicos tais  Experimentar a improvisação a partir de regras pré-estabelecidas
como: máscara  Confeccionar máscaras, figurino etc. para utilizar nas
figurino, adereço etc. improvisações.

Ø EIXO DA APRECIAÇÃO

BLOCO
DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

 Diferenciação entre  Distinguir a relação entre ação, espaço e personagem;


ação, espaço e  Perceber as diferenças contidas na relação espectador e
personagem. intérprete;
 Criação de  Registrar as principais diferenças encontradas em cada
apontamento para improvisação, tanto pessoais como grupal.
registro das  Observar várias apresentações teatrais regional, nacional,
observações pessoais mundial e as vinculadas na mídia para identificação de diferenças
e grupal culturais e de produção.

Ø EIXO DA CONTEXTUALIZAÇÃO

BLOCO
DE CAPACIDADES
CONTEÚDOS

 Compreensão da  Refletir sobre a produção teatral realizada na escola, na cidade ou


produção teatral as vinculadas pela mídia;
regional, nacional e  Elaborar critica acerca das apresentações teatrais regionais,
mundial. nacional e mundial.

Você também pode gostar