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ester

devocional marias
devocional marias

Toda menina, em algum momento da vida, já teve contato com


filmes, desenhos ou livros sobre reinos, castelos e princesas,
podendo até se imaginar nas histórias contadas. Sempre
ouvimos que para uma princesa se tornar uma rainha ela
precisa ser forte, corajosa e ter empatia pelo seu povo,
cuidando e governando da melhor forma.

Ao olharmos para a Escrituras, encontramos histórias e relatos


que narram acontecimentos em reinados distantes e
poderosos. Pensando nisso, ler o Antigo Testamento nos revela
mulheres fortes e que assumiram uma posição de força,
coragem e empatia em suas épocas. Uma delas é Ester, uma
mulher judia que se posicionou e se submeteu em obediência.

Convidamos vocês a refletirem sobre essa história e a se


inspirarem no caráter da Rainha Ester. Ore, leia e medite!

Com amor,
redação marias

- escrito por ana ribeiro, carla mesquita e cris mello -


devocional marias

submissão

No começo do livro de Ester, vemos o rei Assuero oferecendo um banquete a todos os seus
príncipes e seus servos, ele mostrou as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da sua
grandeza por cento e oitenta dias (Et. 1:3-4).

É nesse cenário que, por muitos dias, esses homens poderosos comem e bebem muito, e que o
rei, por efeito do álcool, decide mostrar a grande beleza da sua rainha Vasti (Et. 1:10-11) a
todos presentes. Sabemos que ela recusa a ordem do rei e não aparece na festa, o que traz
para ela uma sentença, fazendo-a perder o posto de rainha da Pérsia.

O que acontece entre Assuero e Vasti acontece como fruto de um relacionamento onde as
duas partes não conhecem e nem temem a Deus, relações disfuncionais como essa estão ao
nosso redor, na mídia, e até mesmo nas nossas relações de amizades ou familiares.

Nessa perspectiva, muitas de nós percebem e leem a submissão a qual a Bíblia se refere de
maneiras distintas. Porém, na orientação da Palavra, a submissão é um lugar de benção e
proteção para nós e um conselho para nos dias de hoje seria:
Para as solteiras, vocês precisam se submeter a autoridade de seus pais (Ef. 6:1-3)
Para as casadas, vocês precisam se submeter a autoridade de seus maridos (Ef. 5:22-24; 1
Pe. 3:1-2)

E, o mais importante, qualquer que seja seu estado civil, nós como mulheres e servas de Deus
precisamos nos submeter a autoridade de Deus e as autoridades estabelecidas sobre nós,
sempre buscando discernimento e sabedoria.

Quando lemos o conselho de Memucã (Et. 1:16-22), apesar de parecer uma sentença
exagerada para os nossos padrões, a verdade é que era o adequado para aquele contexto.
Pois a ação da rainha Vasti poderia impactar nas ações das mulheres de todo o reino, de
maneira que pudessem até não respeitar mais os seus maridos.

Contudo, apesar de Vasti desobedecer uma ordem direta de seu rei e esposo, há uma
coragem presente na rainha, pois a recusa era a um convite para que sua beleza fosse
exposta à todos (homens/autoridades/nobres que bebiam há muitos dias). A submissão que o
Senhor espera de nós, no que se refere aos nossos esposos (futuros para quem ainda não
tem), é que estejamos sujeitas ao homem em Ef 5, que possui também obrigações dentro da
relação e da lógica divina. Que seja, um homem que nos ame assim como Cristo amou a igreja.
Dessa maneira, podemos também pensar, essa lógica cabia a Vasti e ao rei? Se sim, os papéis
de ambos estavam sendo cumpridos em totalidade? (Reflitamos).

capítulos 1, 2 e 3
devocional marias

integralidade

A partir do capítulo 2, há a escolha da nova rainha, uma que no meio de muitas precisava
destacar-se de alguma forma. Quando vemos a introdução de Ester na sua própria história
(Mardoqueu tinha uma prima chamada Hadassa, que havia sido criada por ele, por não ter pai
nem mãe. Essa moça, também conhecida como Ester, era atraente e muito bonita, e
Mardoqueu a havia tomado como filha quando o pai e a mãe dela morreram. - Ester 2:7),
entendemos que talvez ela tivesse todos os motivos para ser uma pessoa insegura ou com
uma carência estrutural em seu coração, porém ela não se apegou aos fatos externos, mas
sim, ao que Deus dizia a seu respeito.

Muitas vezes, temos a facilidade de transferir a responsabilidade dos nossos sentimentos para
as pessoas mais próximas a nós, o que acontece por uma falta de integralidade com o Pai.
Quando entendemos quem somos nEle, para que Ele nos criou, e entregamos a nossa história
totalmente a Ele, não apenas as migalhas que optamos deixar para que Ele usufrua, o
relacionamento que existe entre esse Deus e uma pessoa entre 7 bilhões de outras no mundo,
começa a se tornar um conceito familiar, que há um Pai e uma filha.

Vemos também que, quando Ester chega na presença do rei, escolhe não se encher de
adornos, e vai simplesmente como é. Isso lembra um versículo que está em 1 Pedro 3:3-4, que
fala sobre a verdadeira beleza, aquela que não se encontra em jóias de ouro e roupas finas,
mas sim no interior, na nossa essência. O rei se apaixonou por quem de fato Ester era, pelo seu
olhar que realmente mostrava aquilo que ela tinha.

Como meninas e mulheres, muitas vezes tentamos suprir as expectativas de todos à nossa
volta, sejam elas físicas, emocionais, ou até espirituais, e isso acaba desgastando todo o
sistema da nossa vida. A única expectativa com a qual devemos nos importar é a do nosso Pai,
com o que Ele espera de nós, e o lugar onde Deus deve estar na nossa vida, o lugar de honra. A
integralidade nEle só vai ser construída através de relacionamento, de tempo com Ele no
secreto, de uma amizade com a pessoa de Cristo.

obediência

No início do capítulo 3, é descrita uma ordenança onde o rei Assuero havia determinado que
todos deveriam se prostrar perante Hamã. Mardoqueu, entretanto, era tão convicto do seu
lugar diante do Senhor, que não se contentou em apenas não prostrar-se, ele sequer se
inclinava.

capítulos 1, 2 e 3
devocional marias

A Palavra relata que, por conta desse comportamento, os servos do rei questionaram
Mardoqueu durante dias em uma vã expectativa de que o posicionamento desse homem fosse
mudar. Uma vez que, Mardoqueu não dava ouvidos para insistência dos servos, eles
recorreram a Hamã e expuseram a postura de Mardoqueu, bem como o fato dele ser judeu
(algo que ele mesmo já havia declarado). Percebemos aqui que, Mardoqueu não somente não
cedeu a constante provocação, como deixou claro o motivo pelo qual ele não cederia: ele
pertencia a um Deus, e não a qualquer um, mas ao Deus de Israel, inegavelmente zeloso com
Sua glória e comprometido com aqueles que O obedecem.

Hamã, ao perceber a convicção de Mardoqueu, se enfureceu tanto que punir apenas esse
homem parecia insuficiente. Então, ele convenceu o rei Assuero de que todo o povo judeu era
completamente contrário e indiferente as leis do rei e que, portanto, deveriam ser mortos.

Mardoqueu, em todas as suas aparições, se mostrou um homem muito sábio e sensato. É de


se esperar que um homem esclarecido soubesse das consequências de desobedecer o
decreto do rei. O ponto crucial dessa reflexão, é entender que Mardoqueu de forma alguma
desobedeceu o seu Rei. Ele entendia que, acontecesse o que tivesse que acontecer com ele,
havia um Deus que ordenava que toda adoração fosse prestada somente a Ele, e Mardoqueu
fazia parte do povo escolhido por esse Deus.

Esse simples homem judeu nos ensina a honrar e temer ao nosso Senhor, independente das
possíveis retaliações, apesar do caminho difícil e das pessoas que podem se virar contra nós e
contra aqueles que amamos. O posicionamento de Mardoqueu rendeu uma consequência
severa, para ele e para todos os judeus

Em determinados momentos da nossa caminhada, podemos ser levadas a fazer escolhas e


assumir posturas que para muitas pessoas pode soar como loucura, radicalismo, fanatismo,
etc., mas obedecer a Deus apesar das consequências, a qualquer custo, é o que nos garante
que de fato entendemos o valor daquilo que nos foi prometido. Trazendo isso para o contexto
da geração da cruz, se Jesus deu tudo, como poderíamos pensar em dar qualquer coisa
menor do que isso? Se o Filho obedeceu ao Pai até a morte, como nós, que fomos salvas por
esse sacrifício, poderíamos fazer diferente?

Convidamos vocês a refletirem sobre o quanto nós temos dado ao Senhor e o quão disposto
têm andado nossos corações quanto a obediência apesar das consequências.

“Assim sabemos que amamos os filhos de Deus: amando a Deus e obedecendo aos seus
mandamentos. Porque nisto consiste o amor a Deus: em obedecer aos seus mandamentos. E
os seus mandamentos não são pesados. O que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a
vitória que vence o mundo: a nossa fé.” 1 João 5:2-4

capítulos 1, 2 e 3

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