Memorex Bônus - PPMG - 2021

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Manual de Redação PP MG 2021
Licensed to Maria Amelia Vilas-Boas Coelho Costa - maria.vilasboas@yahoo.com.br - 050.490.186-92

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Índice
Introdução ....................................................................................... 3
Sugestão da administração do tempo .............................................. 4
Critérios de avaliação da discursiva ................................................. 5
Correção formal ............................................................................... 7
Conteúdo ........................................................................................ 14
Orientações gerais .......................................................................... 16
Técnica de redação ......................................................................... 17
Top dicas redação Selecon .............................................................. 18
Temas prováveis PP MG 2021 ......................................................... 22

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Introdução
Discursiva-redação
A sua prova objetiva vale 100 pontos e a discursiva 100 pontos, ou seja,
50% da nota. Isso significa que a prova discursiva terá o mesmo peso da
objetiva, logo merece a sua atenção tanto quanto a objetiva.
Dessa forma, o peso da discursiva é não somente quantitativo, mas também
qualitativo. Essa prova funciona como o verdadeiro filtro entre os candidatos
que são aprovados e convocados e aqueles que ficam no quase.
Pontos IMPORTANTES DO EDITAL

A prova discursiva valerá 100,00 pontos e consistirá da redação de texto
dissertativo-argumentativo de 20 até 30 linhas, a respeito de temas
relacionados ao certame.
O texto definitivo da prova discursiva deverá ser manuscrito, em letra
legível, com caneta esferográfica de tinta preta ou azul fabricada em
material transparente, não sendo permitida a interferência ou a participação de
outras pessoas, salvo em caso de candidato a quem tenha sido deferido
atendimento especial para a realização das provas. Nesse caso, o candidato
será acompanhado por aplicador especializado da Selecon devidamente
treinado, para o qual deverá ditar o texto — o qual será gravado em áudio —,
especificando oralmente a grafia das palavras e os sinais gráficos de
pontuação.
A folha de texto definitivo da prova discursiva não deverá ser assinada,
rubricada ou conter, em outro local que não o apropriado, qualquer palavra ou
marca que identifique o candidato, sob pena de anulação da prova discursiva.
Assim, a detecção de qualquer marca identificadora no espaço destinado à
transcrição do texto definitivo acarretará a anulação da prova discursiva.
A folha de texto definitivo será o único documento válido para avaliação da
prova discursiva. A folha para rascunho do caderno de provas é de
preenchimento facultativo e não é válida para a avaliação da prova discursiva.
Lembrando que esses são alguns dos itens do edital é muito importante que
você conheça as regras do jogo e leia TODO o edital.

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Sugestão da administração do tempo

Atente-se ao fato de que você terá 300 minutos para resolver as 100
questões objetivas, fazer a redação, preencher o cartão resposta com muita
tranquilidade para não perder nenhuma questão por falta de atenção ou pressa
e passar a redação do rascunho para a folha definitiva.
Para que você não venha a cometer deslizes, devido à pressa por falta de
tempo, que poderiam ter sido evitados na hora da marcação do cartão
resposta e transferência do texto para a folha definitiva, considere as seguintes
sugestões na administração do tempo:
Separe 30 minutos para a marcação do cartão de respostas. Tempo

será suficiente para você marcar as respostas com calma.
Reserve 10 minutos para transcrever a redação do rascunho para a folha
definitiva.
Destine 60 minutos para a produção da redação. Se você já for treinando a
redação, verá que esse tempo é mais do que o suficiente para desenvolver o
texto e revisá-lo, corrigindo possíveis erros e reorganizando algumas frases,
caso necessário, para dar coerência e/ou deixar o texto mais claro.
Você terá, então, 200 minutos para responder às 100 qustões. Isso
significa que você poderá contar com 2 minutos para cada questão objetiva.
Você deve treinar sua discursiva assim como treina para a objetiva. Ao fazer
simulados, inclua a redação. Crie um ambiente que lembre o momento da
prova. Dessa forma, além de revisar o conteúdo, vai saber administrar o
tempo.
Comece a prova pelas disciplinas que domina, dessa maneira, poderá
reorganizar o tempo que sobrar para se dedicar às questões mais difíceis.
Caso precise ir ao banheiro, diminua o tempo disponível para a discursiva. Em
vez de 60, você contará com 50 minutos para escrevê-la.
Se você não treinar a discursiva, vai sentir que 60 minutos não são suficientes.
Não vai ser nada fácil escrever trinta linhas se não exercita regularmente. Caso
consiga escrever em menor tempo, vai ter mais para a objetiva. Sim, é
possível fazer redação em menor tempo, pois redação é técnica e você só
precisa treinar.
Organizando-se, treinando e cumprindo o planejamento, terá tempo o
suficiente para detonar na prova.

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Critérios de avaliação da discursiva

A prova discursiva de cada candidato será submetida à seguinte avaliação:
será analisado o conteúdo, que corresponderá a 40% da nota total, ou seja,
40 pontos e, em seguida, será avaliado o domínio da norma-padrão da
escrita da Língua Portuguesa, que equivale a 60% da nota total, ou seja,
60 pontos. Fechando um total de 100 pontos.
Nas propostas de questão discursiva e nas redações, espera-se a elaboração
de um texto que domine a boa linguagem: correção, concisão e clareza.
Correção
• O texto deve ser escrito de acordo com a norma padrão da língua portuguesa. Atenta-
se, portanto, para os usos descritos e abonados por gramáticos de referência da
língua portuguesa. Mas cuidado com a preocupação excessiva com os erros
gramaticais, pois isso pode atrapalhar você quando estiver desenvolvendo o conteúdo.
Deixe para fazer a correção gramatical do seu texto depois que fechar as ideias. Seja o
examinador do seu próprio texto, corrija-o antes de passar para a folha definitiva.
Concisão
• Não utilizar palavras supérfluas, cuidado com a adjetivação desmedida e digressões.

Cuidado também com períodos muito grandes ou muito curtos.
Clareza
• Pense bem antes de escrever, eduque a capacidade organização mental, isso se dá

através do treino, conheça a ambiguidade que algumas palavras e expressões
apresentam a fim de evitar problemas com coerência.
Por se tratar de um gênero discursivo-argumentativo, espera-se que o

candidato se posicione em relação ao tema/problema apresentado. Faça isso já
na introdução.
A correção das redações não se dá de forma aleatória pela banca, mas
baseada em alguns parâmetros estabelecidos em acordos e outras fontes da
estrutura da Língua Portuguesa. Entre os quais: gramáticas normativas de
linguistas renomados, como Bechara, Ataliba de Castilho e Celso Cunha,
dicionários da Língua Portuguesa e o Vocabulário Ortográfico da Língua

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Portuguesa (VOLP). Por isso, quando for estudar para a prova objetiva, já
observe alguns assuntos importantes para a construção de um bom texto:
Concordância verbal
Concordância nominal
Regência
Colocação pronominal
Crase
Pontuação (principalmente vírgula)
CUIDADO
Você pode ZERAR a prova em caso de:

Fuga ao tema;
Não haver texto na folha definitiva;
Fazer desenhos;
Assinar ou fazer qualquer identificação na folha definitiva.

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Correção formal
Aqui é onde estão os 60% da sua prova discursiva, portanto você deve dar
muita atenção aos erros gramaticais. Quando estiver estudando português
para a objetiva, lembre-se de olhar para os assuntos já pensando em como se
aplica na escrita, principalmente nos seguintes assuntos: pontuação,
concordância nominal e verbal, regência e crase.
Lembre-se sempre de que quanto mais claro estiver seu texto (letra legível,
sem erros de grafia e pontuação, sem rasuras, sem vícios gramaticais), melhor
será para o examinador compreender o seu texto. Ele estará avaliando
centenas de redações e não vai perder tempo tentando decifrar o que está
escrito. Então capriche na aparência e evite erros.
Por isso a importância de reler seu texto com calma, observando cada
argumento e os aspectos gramaticais utilizados na sua linha argumentativa.
Seja você o examinador do seu próprio texto antes de passá-lo para a folha
definitiva.
Aparência do texto
Nunca ultrapasse os limites da margem.

Deixe o espaço de indicação de início de parágrafo (alínea).
Deixe claro que você escreveu o ponto final ou vírgula em cima da linha.
Muitos candidatos têm sido penalizados justamente por não deixarem claro o
ponto final.

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Caso cometa algum erro, você deve apenas passar um único traço na
palavra e continuar escrevendo ao lado. NÃO use parênteses. Dessa forma,
não será contabilizado como erro.
Faça uma letra legível. Não precisa ser bonita, o importante é que seja
facilmente entendida pelo examinador.
Pode usar letra de forma, desde que faça uma clara distinção entre letras
maiúsculas e minúsculas.
Os sinais gráficos devem estar bem visíveis. Nem tão grandes a ponto de
tocar a linha superior, nem tão pequenos a ponto de não serem vistos pelo
examinador ou confundidos com um ponto no i, por exemplo.
O “i” tem um pontinho, não uma bolinha.
Erros mais cometidos em redações
Regência
Relação estabelecida entre verbo e objeto ou entre um nome e seu
complemento.
Exemplo: Ricardo aspira um novo cargo na empresa.
Correto: Ricardo aspira a um novo cargo na empresa.
Colocação pronominal
Uso correto do pronome oblíquo. Você deve saber quando usar a ênclise, a
próclise e a mesóclise. Lembre-se de que há casos de palavras que atraem o
pronome, como os advérbios de negação.
Exemplo: Não esquecendo-se de que terá de produzir redações.
Correto: Não se esquecendo de que terá de produzir redações.

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Concordância
Não há nem podem, de fato, haver festas durante a pandemia.
Correto: Não há nem pode, de fato, haver festas durante a pandemia.
Pontuação
A pontuação tem uma grande importância. Uma vírgula pode mudar
completamente o sentido do que está sendo dito. Estude principalmente o
emprego da vírgula em orações adverbiais deslocadas e adjuntos adverbiais
longos (compostos por 3 ou mais palavras).
Exemplo: Ricardo, aspira a um novo cargo na empresa.
Correto: Ricardo aspira a um novo cargo na empresa.
→ Ausência de vírgula no caso de orações adverbiais deslocadas,

independentemente da extensão da oração.
Exemplo: Os alunos estudam muito / para passar em bons concursos.
Para passar em bons concursos, os alunos estudam muito.
Os alunos, para passar em bons concursos, estudam muito.
→ Ausência de vírgula nos casos em que ela seja necessária para isolar
locuções adverbiais longas deslocadas na oração (consideram-se locuções
adverbias longas as que são compostas por três ou mais palavras).
Observação: Essa regra não se aplica a elementos adverbiais que expressem
conclusão, explicação, retificação ou ratificação. Esses adjuntos
adverbiais devem ser obrigatoriamente isolados por vírgula,
independentemente de suas extensões, por exemplo: O governo deve,
sim, responsabilizar-se pelo número exorbitante de vítimas da Covid19.
Acentuação
Estavamos todos comprometidos com a pesquisa cientifica.
Correto: Estávamos todos comprometidos com a pesquisa científica.

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Crase
Você já deve saber que a crase é a fusão entre a preposição “a” e o artigo “a”
ou entre a preposição “a” e os pronomes “aquele (a)” e “aquilo”.
Sempre andamos à cavalo.
Correto: Sempre andamos a cavalo.
Cuidado com os casos proibitivos.
Não se usa crase:

. Diante de substantivos masculinos
. Antes de verbos
. Diante de numerais
. Antes de artigo indefinido
. Antes de pronomes que não admitem o artigo (pessoais, indefinidos,
demonstrativos, relativos)
. Entre substantivos repetidos
. Antes de palavras no plural não precedidas de artigo com sentido genérico.
Grafia
Atravez, em vez de através
Atráz, em vez de atrás
Quiz, em vez de quis
Possue, em vez de possui
Uso de abreviaturas de pronomes de tratamento e de termos referentes a leis ou

artigos:
Sr. (senhor), Art. (artigo), inc. (inciso).
Emprego de abreviações de uso informal, por exemplo:

p/, vc, tb, pq, tá, né.

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Ausência de ponto após palavras abreviadas, como:

Nunca se esqueça de colocar o ponto na abreviatura.
etc. (et cetera); id. (idem), Dr. (doutor).
Utilização de ponto em siglas.

Ex.: I.B.G.E.
Correto: IBGE
Ausência de marca de translineação.

O hífen que marca a separação da sílaba quando a palavra não cabe na mesma
linha em que começou a ser escrita.
Introdução de hífen em início de linha, caso este corresponda à marca única de

translineação.
O hífen da translineação deve ficar no final e acima da linha, sem ultrapassar a
margem.
Ausência de marca formal (como aspas ou sublinhado) em

neologismos e estrangeirismos (palavras de outros idiomas), bem
como em expressões coloquiais, uma vez que essas não são
comumente empregadas segundo o padrão formal da língua.
Emprego de sinal de pontuação em início de linha.

Por incrível que pareça, tem gente que coloca a pontuação no início da linha
seguinte por achar que não vai caber na linha onde está escrevendo. Nunca
faça isso.
Pronome demonstrativo em referência a tempo e local

Nesse ano (referindo-se ao ano atual)
Neste ano

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Nesse país (referindo-se ao país onde o emissor está)

Neste país
Pronomes anafóricos
Pronomes que retomam termos que já foram mencionados.
Exemplo:
A Constituição e o ECA regulam os direitos da criança e do adolescente. Esse,
nos aspectos específicos, e a outra, nos gerais.
A Constituição e o ECA regulam os direitos da criança e do adolescente. Este
(retoma o ECA), nos aspectos específicos, e aquela (retoma a Constituição),
nos gerais.
Emprego da letra maiúscula:

Empregue inicial maiúscula em expressões que denominam algo ou que
indiquem altos cargos, como Ministério da Defesa, Tribunal de Contas da
União, Congresso Nacional etc.
Quando as palavras “lei” ou “decreto” forem seguidas de seus números
especificadores, devem ser entendidas como se nome próprio tenham, por isso
devem ser iniciadas por letra maiúscula: “Decreto 1.751/95”, “Lei 8.112”.
Além disso, devemos observar que Constituição Federal, Código Penal e
qualquer “nome” de lei devem ser empregados com iniciais maiúsculas, como
Lei Seca, Lei Maria da Penha etc.
Uso de numeral:
Quando queremos transmitir a contagem de elementos e o numeral cardinal
pode ser expresso por uma só palavra, devemos priorizar o uso por extenso:
“sessenta dias”, “três países”, “trezentas pessoas”.
Se couberem duas ou mais palavras, prefira os algarismos: “201 pessoas”, “21
países” etc.

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Palavras estrangeiras:
Palavras ou expressões estrangeiras devem ficar entre aspas: “dumping”,
“antidumping”, “status”, “habeas data”, “habeas corpus”. Caso já exista uma
palavra aportuguesada, deve-se dar preferência a esta em detrimento da
estrangeira.
Coesão
São os elementos que ligam termos, orações, períodos e parágrafos.
Geralmente esse papel é feito pelas conjunções e locuções conjuntivas. Essa
estruturação permite a progressão textual e dá coerência ao texto.
Distribuição da nota dos aspectos linguísticos

Ortografia, acentuação e propriedade vocabular 20 pontos
Morfossintaxe 20 pontos
Pontuação e elementos de coesão 20 pontos
Total 60 pontos

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Conteúdo
Aqui está 40% da sua nota. E também merece bastante atenção. Você deve
utilizar dados estatísticos, com suas fontes, citações de pessoas consideradas
autoridades no assunto, contextualização histórica, exemplos a fim de embasar
e dar credibilidade a seus argumentos.
Estrutura do texto dissertativo
1º Parágrafo TEMA + TESE dividida em dois Introdução 7 linhas

argumentos + necessidade de
solução
2º Parágrafo Desenvolvimento do argumento 1 Desenvolvimento 8 linhas
3º Parágrafo Desenvolvimento do argumento 2 Desenvolvimento 8 linhas
4º Parágrafo Expressão inicial + retomada do Conclusão 7 linhas

TEMA + intervenção/observação
final
*O número de linhas é apenas um norteador, não precisa seguir à risca.
O esquema acima pode ser utilizado para redigir qualquer dissertação.

Ele lhe será útil para que possa estruturar satisfatoriamente os argumentos;
garantirá ainda organização e coerência à sua composição.
Observando essas orientações, você usará o número de parágrafos adequado,
certificando-se de que cada um deles corresponda a uma nova ideia (ideia-
força) e de que, sobretudo, os diferentes parágrafos evidenciem as partes
componentes de sua dissertação.
Conectivos de transição
A ligação entre os períodos e os parágrafos vai dar um melhor

encadeamento das ideias e é bastante valorizado pelos examinadores:
desse modo, diante do exposto, nesse sentido...

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Conectivos do argumento 1:
Em primeiro lugar, deve-se ressaltar que ...

Em princípio, vale lembrar que...
É importante lembrar que...
Primeiramente, ...
Vale lembrar que...
Conectivos do argumento 2:
Além disso, deve-se lembrar que ...

Deve-se lembrar também que...
Ademais, vale ressaltar que...
Vale ressaltar também que...
Outrossim, ...
Conectivos da conclusão:
Portanto, a fim de mitigar o problema, ... deve ... por meio de... com o
objetivo de...
Diante do exposto, faz-se necessário que ... cumpra o seu papel de ...
por meio de... a fim de...
Deve-se, portanto, encontrar maneiras para resolver o problema. Cabe
a ... fazer... por meio de... com a finalidade de...

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Orientações gerais
1. Todos os parágrafos devem apresentar, no mínimo, dois períodos (em

termos práticos: dois pontos finais).
2. Elabore os tópicos frasais dos parágrafos do desenvolvimento a partir dos

argumentos que você já expôs na introdução e que agora serão aprofundados.
Obs.: tópico frasal é a informação mais importante do parágrafo.
3. O texto não precisa, obrigatoriamente, alcançar as 30 linhas, mas deve ter

mais de 20 linhas.
4. Posso pular linha entre um parágrafo e outro?

Não se pode pular linhas em redações de concursos.
5. Devo fazer título?

Redações de concurso não costumam pedir título, então a regra é: NÃO faça
título, a não ser que a exigência do título esteja bem clara no enunciado da
discursiva. Caso o enunciado peça, você não pode copiar o tema, mas sim criar
um título que tenha relação com o texto.
6. Defeitos da argumentação
Você também deve ter cuidado com algumas coisas:
Repetição de termos e ideias de forma desnecessária.
Conceito equivocado sobre algo. Geralmente esses conceitos equivocados
estão ligados a preconceitos, o que já configura desrespeito aos Direitos
Humanos.
Ambiguidade
Generalização
Uso de exemplos equivocados
Uso de premissas falsas para construir argumentos. Cuidado com as fake
News. Busque se informar por meio de fontes seguras e confiáveis.

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Técnica de redação
Para se escrever um bom texto é preciso planejamento. Seguem abaixo dez
passos para a produção de um bom texto.
•Definir o tema e o posicionamento perante ele.

1º passo
•Relacionar, em forma de tópicos, todos os assuntos ligados ao tema.

2º Passo
•Cortar alguns assuntos da relação preparada no passo anterior.

3º passo
•Agrupar os assuntos que se relacionam em blocos de ideias.

4º passo
•Organizar os blocos de assuntos numa sequência lógico -progressiva.

5º passo
• Criar o parágrafo de introdução.

6º passo
• Escrever os parágrafos de desenvolvimento.

7º passo
• Escrever a conclusão.
8º passo
• Revisão.
9º passo
• Passar a limpo.
10º passo

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Top dicas redação Selecon

DICA 01
Sua introdução é o seu cartão de visita e já deve conter algum repertório
sociocultural para mostrar que você domina o assunto. Lembre-se de
apresentar o tema.
DICA 02
Ainda sobre a introdução. Elabore uma tese dividida em dois ou três
argumentos. Cada argumento vai ser aprofundado em um parágrafo do
desenvolvimento.
DICA 03
O desenvolvimento teve ter dois ou três parágrafos. Cada argumento colocado
na introdução será aprofundado em um parágrafo. Lembre-se de que você
precisa ser consistente, trazendo ideias e informações relevantes para o tema
proposto pela banca.
DICA 04
Utilize citações, exemplos, dados estatísticos e contextualizações para
fundamentar e dar credibilidade a seus argumentos. Lembrando que os dados
e as citações precisam das fontes (confiáveis e seguras, nada de informações
advindas de grupos do whatsapp).
DICA 05
A citação do número do artigo só deve ser usado se você souber, com
certeza, qual é o artigo. Se não souber, basta mencionar que está na
Constituição ou no Código Penal, por exemplo.
DICA 06
Procure escrever com uma letra pequena, mas LEGÍVEL!
Dessa forma, terá mais espaço para aprofundar os argumentos, mas faça isso
de forma pertinente e objetiva.
Letra legível ≠ Letra bonita
Sua letra tem que ser entendida, não bonita.

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DICA 07
Cuidado com a indicação de parágrafos!
Deixe sempre um espaço no início de cada parágrafo. Isso serve para indicar
que uma nova ideia está começando a ser desenvolvida. Além disso, deixa o
texto com uma boa aparência.
DICA 08
Sempre utilize conectivos para ligar um período ao outro e um parágrafo ao
anterior. Isso que dá coesão ao texto e ajuda na sua progressão. Estude as
conjunções, as locuções conjuntivas e as relações semânticas que elas
estabelecem.
DICA 09
Contrate um profissional para fazer correções das redações que você
produzir durante o treino.
Se não puder, peça opinião de outra pessoa na leitura de sua redação
em casa.
Claro que o ideal é ter uma ajuda profissional, pois ele já observará todos os
quesitos necessários para uma excelente redação.
Caso não possa no momento contratar um, alguém próximo já vai dar uma
boa ajuda, observando a letra e falando sobre o que entendeu.
DICA 10
Cuidado com os tamanhos dos parágrafos. Eles devem ter tamanho
aproximado.
Planejando utilizar as trinta linhas, construindo o texto em quatro parágrafos,
cada um deve ter 7 ou 8 linhas.
DICA 11
Seja claro, objetivo e conciso.
Essas são as três leis básicas do texto dissertativo. Assim você garante que o
seu texto seja bem compreendido pelo leitor, nesse caso, o examinador. Uma
mensagem mal compreendida não terá o resultado esperado.
DICA 12
- Não repita ideias nem argumentos.

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- Não utilize palavras que desconhece com o intuito de impressionar o

examinador.
- Esqueça o coloquialismo, gírias e frases feitas.
DICA 13
Fuja de construções baseadas no senso comum. Lembre-se de que você está
escrevendo um texto dissertativo, que deve conter informações precisas e
seguras.
DICA 14
Respeite a estrutura do texto dissertativo argumentativo:
Introdução, desenvolvimento e conclusão;
Respeito às margens;
Alínea (indicação de parágrafo);
Ponto de vista.
DICA 15
Tenha sempre informações interessantes sobre o tema. Para isso, você
precisa ter um hábito de leitura de diversos temas, fazendo anotações por
eixos temáticos. Tenha um caderninho de repertório sociocultural onde você
vai anotar conceitos, exemplos, citações, dados estatísticos e possíveis
argumentos para alguns temas.
DICA 16
Use o rascunho
Tem candidato que escreve a redação direto na folha definitiva a fim de
economizar tempo para as questões objetivas. Não faça isso. Pois você poderá
rasurar muito, o que deixará o texto com uma aparência suja.
A primeira impressão é a que fica. Permita que o examinador tenha uma boa
primeira impressão do seu texto.
DICA 17
Lembre-se de não fugir do tema proposto. Fique atento! Leia o texto
motivador para ter uma direção e não se afaste do tema. Uma simples

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digressão (fuga parcial) já vai prejudicar a sua nota consideravelmente, por

isso é tão importante fazer um esquema do texto antes de escrevê-lo.
DICA 18
Conclusão
Mostre ao examinador que você está finalizando toda a ideia proposta nos
parágrafos anteriores, retomando a tese defendida. Além de colocar uma
proposta de intervenção para solucionar ou mitigar o problema. Lembrando
que uma boa proposta deve conter agente, o que fazer, o meio e o objetivo.
DICA 19
A fim de conferir maior credibilidade aos argumentos apresentados, busque
sempre manter o caráter impessoal do texto em dissertações, mesmo na
argumentativa, em que se faz necessário deixar claro o posicionamento do
escritor. Para isso, utilize a 3ª pessoa do singular.
DICA 20
Treine bastante, pois “a prática leva à perfeição”.
Quando for praticar a escrita da redação, cronometre o tempo como se você
estivesse realmente respondendo a sua prova do concurso. Isso vai fazer com
que você possa conhecer o seu ritmo e melhorá-lo a fim de ter um melhor
rendimento no dia do concurso.
DICA 21
Nunca copie o texto motivador. Você pode até aproveitar as ideias, mas
copiar NUNCA. Na Selecon, se você copiar algum trecho do texto motivador,
por menor que seja, a sua nota é zerada imediatamente. Esses textos
servem para direcionar o candidato, jamais para serem copiados.

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Temas prováveis PP MG 2021

TEMA 1 – LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Estudo Aprofundado do Tema
PANORAMA GERAL SOBRE O TEMA:
A liberdade de expressão é a livre manifestação das ideias, pensamentos e

opiniões. Esse é um direito garantido pela Constituição Federal de 1988 e pela
Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Artigos onde se encontra tal direito:
Art. 5°, IV, CF – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato;
Art. 5°, IX, CF – é livre a expressão da atividade intelectual, artística,
científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
Art. 5°, XIV, CF – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardo
do sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.
Art. 19, DUDH - todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de
expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e
o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações
e ideias por qualquer meio de expressão.
No Art. 5°, IV, CF, fica claro que o indivíduo tem total liberdade de se
expressar, porém é vedado o anonimato, ou seja, aquele que fala tem a
obrigação de se identificar. Com o advento das novas tecnologias e redes
socias, muitas pessoas acreditam que estão no anonimato e abusam do direito
de liberdade de expressão, enaltecendo o que se conhece hoje como discurso
de ódio, quando a há uma violência verbal baseada na não-aceitação das
diferenças, na intolerância, seja racial, religiosa, de orientação sexual, entre
outras. Muitas vezes, esse tipo de discurso vem camuflado de piada ou
brincadeira, mas perpetuam a opressão e a violência contra as minorias.
Portanto, é imprescindível debater sobre o assunto, esclarecendo a sociedade
sobre esse direito tão importante para a manutenção da democracia.
Além disso, é preciso considerar que a liberdade de expressão também
engloba o direito de calar-se. É o que acontece em depoimentos à justiça, em
que o indivíduo escolhe permanecer calado para não gerar provas contra si
mesmo. Então pode-se afirmar que a liberdade de expressão é o direito de

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falar e de calar, lembrando-se de que todo ato gera consequências, e a pessoa

que fala deve assumi-las.
Contextualização histórica
Junto com o surgimento da democracia na Grécia Antiga, nasceu a ideia de
liberdade de expressão, porém apenas os homens livres tinham o direito de
expressar-se em assembleias.
Já na Idade Média, os reis absolutistas censuravam os súditos e a Igreja
controlava as pessoas por meio de dogmas e qualquer um que ousasse
discordar era considerado herege. Por causa disso, muitas pessoas foram
perseguidas e mortas de forma brutal. Galileu Galilei, ao provar que a Terra
gira em torno do sol, não o contrário, foi bastante perseguido na época pela
Igreja.
No Brasil, a liberdade de expressão foi incluída na Constituição de 1824, no
Império, contudo era restrita a homens brancos com poder aquisitivo e à
imprensa. Com o Estado Novo, a ditadura de Getúlio Vargas, esse direito foi
riscado da Constituição. Em 1964, durante a Ditadura Militar, só tinha
permissão para emitir opiniões aquele que não infringisse a ordem pública e os
bons costumes, todavia essa ordem e costumes eram delimitados pelos
ditadores. Esse período contou com o Departamento de Censura de Diversões
Públicas, em que os censores analisavam jornais e obras artísticas antes que
fossem publicadas. Caso alguma matéria fosse reprovada, o jornal a substituía
por receitas de culinária ou poemas. Muitos compositores da época usavam
artifícios linguísticos para se manifestar contra a ditadura de forma que suas
canções passassem pela censura, a exemplo das músicas Apesar de Você e
Cálice, ambas de Chico Buarque. Esta, usava o termo cálice em substituição de
cale-se, aquela se tornou o hino contra a ditadura.
Cálice
Chico Buarque
Pai, afasta de mim esse cálice

Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice (cale-se)
De vinho tinto de sangue
Pai, afasta de mim esse cálice, pai

Afasta de mim esse cálice, pai

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Afasta de mim esse cálice

Como beber dessa bebida amarga

Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa

Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Pai (Pai)
Afasta de mim esse cálice (Pai)
Como é difícil acordar calado

Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa

Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
Pai (Pai)
De muito gorda a porca já não anda (Cálice)

De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta (Cálice)
Essa palavra presa na garganta

25
Esse pileque homérico no mundo

De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Pai (Pai)
Talvez o mundo não seja pequeno (Cálice)

Nem seja a vida um fato consumado (Cálice)
Quero inventar o meu próprio pecado (Cálice)
Quero morrer do meu próprio veneno (Pai, cálice)
Quero perder de vez tua cabeça (Cálice)

Minha cabeça perder teu juízo (Cálice)
Quero cheirar fumaça de óleo diesel (Cálice)
Me embriagar até que alguém me esqueça (Cálice)
Liberdade de expressão e outros direitos

A livre manifestação do pensamento jamais poderá se sobrepor à dignidade
humana e a outros direitos da constituição, portando, ao se utilizar desse
direito, é preciso ter cuidado para não ultrapassar a tênue linha entre liberdade
de expressão e desrespeito. Discursos que incitem a violência,
preconceituosos, que caluniem, difamem e façam apologia ao crime são
considerados crimes, não liberdade de expressão.
O humor é o setor que mais desafia o limite da liberdade de expressão, pois
fere com frequência a dignidade de indivíduos e a de grupos de minorias,
cabendo muitas vezes à justiça determinar se o humorista ultrapassou, ou não,
esse limite, além de aplicar as penalidades previstas em lei para quem fere a
dignidade humana ou as leis da constituição.
Ademais, no país politicamente polarizado, é cada vez mais comum ver
pessoas incitando o ódio, escondendo-se atrás do direito à livre manifestação
do pensamento. Pura ignorância! Pois essas pessoas podem (e devem)
responder penalmente pelo crime praticado ao emitir esse tipo de discurso.

26
Citações que podem ser utilizadas para aprofundar e dar credibilidade aos
seus argumentos:
“Eu discordo do que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-
lo” (Voltaire)
Quando a liberdade de expressão nos é tirada, logo poderemos ser levados,
como ovelhas, mudos e silenciosos, para o abate. (George Washington)
Se nós não acreditamos em liberdade de expressão para pessoas que
detestamos, nós não acreditamos em liberdade de expressão. (Noam Chomsky)
TEMA 2 – O SISTEMA CARCERÁRIO NO BRASIL

PANORAMA GERAL SOBRE O TEMA:
Nos últimos anos, a população carcerária brasileira vem crescendo de forma

vertiginosa. Problemas como superlotação, déficit de pessoal e má gestão dos
sistemas prisionais estaduais estão entre os principais obstáculos enfrentados
nas prisões do país. A grave crise estrutural por que passa o sistema carcerário
tem raízes históricas.
Principais causas da superlotação dos presídios: efeitos da lei antidrogas,
excesso de prisões temporárias, prioridade ao regime fechado mesmo quando
há outras possibilidades de pena, as pessoas privadas de liberdade não têm
acesso a programas de ressocialização, o que fortalece ainda mais o crime,
também a disputa das facções criminosas dentro dos presídios.
Dados do sistema prisional
A superlotação das penitenciárias está acima de 54,9%.
O percentual de presos provisórios corresponde a 31,9% do total.
Hoje são mais de 682 mil presos, mas a capacidade é apenas para 440,5
mil.
O total não considera os presos em delegacias da Polícia Civil e os que
cumprem pena em regime aberto. Sendo contabilizados, o número de presos
ultrapassa os 750 mil.
*Levantamento feito pelo G1, dentro do Monitor da Violência, tendo como base
informações oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.

27

28
Sistema prisional e Covid-19

Ambientes insalubres, superlotação e dificuldade de atendimento médico
compõem um ambiente propício para a disseminação do novo coronavírus.
Devido a isso, até maio de 2021, o sistema prisional já contava com quase 450
mortos por Covid-19, e o número de servidores mortos era maior que o de
presos. Houve 20.361 servidores contaminados e 57.247 presos infectados
pela doença.
Por falta de espaço, presidiários contaminados e com sintomas da Covid-19
fica entre os que não apresentam sintomas. Além disse, dificilmente eles
conseguem atendimento médico adequado para tratar a doença.
Dados coletados nos 26 estados e Distrito Federal dentro do Monitor da
Violência, em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e com o
Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Sistema carcerário na história

Os primeiros modelos de prisão como conhecemos hoje datam da Idade Média.
Nessa época, os cárceres foram criados como medida de repressão e punição,
com castigos desmedidos, a base de torturas.
Na Idade Moderna, por influência do Iluminismo, as “instituições prisões”
passaram a adotar o isolamento social como forma de dar tempo aos
indivíduos para refletir sobre o crime que cometeram. Começaram, então, a
surgir as leis penais.
No Brasil não foi muito diferente. As prisões foram e continuam sendo vistas
como local de exclusão social e não são tratadas como prioridade nas políticas
públicas. A antiga colônia portuguesa foi decretada como “presídio dos
desregrados”. Para este território, eram enviados contrabandistas de pedras e
metais preciosos, culpados de ferimentos de arma de fogo, duelo, falsificadores
de documentos, invasores de propriedades alheias e alcoviteiros como forma
de punição. Esse tipo de condenação foi aplicado até o início do século XIX.
Hoje ainda se pode ver no Brasil um sistema que prioriza a punição em
detrimento da ressocialização das pessoas privadas de liberdade. Além da falta
de políticas públicas, essa população encontra preconceito ao sair das prisões e
dificilmente conseguem um emprego para recomeçar as suas vidas.
Custo do preso para o país

Cada preso custa, em média, 1.500 reais. Num sistema precário como o
brasileiro, parentes acabam se vendo obrigados a contribuir com a
manutenção do preso na cadeia, principalmente levando alimento para seus
familiares que se encontram encarcerados.

29
Sistema carcerário e Direitos Humanos

Tendo como base a proteção do indivíduo face ao abuso de poder do Estado e
a garantia da dignidade da pessoa humana, os direitos humanos foram
conquistados e reivindicados ao longo do tempo, sendo sistematizados pela
Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), 1948, a partir de tratados
e convenções internacionais.
Contudo, o que se encontra nos cárceres são tratamentos desumanos e
degradantes. Humilhação, agressão, alimentação estragada e falta de
atendimento médico são alguns dos problemas relatados pelos presos.
Para o garantir o cumprimento das leis que protegem o preso, o Brasil criou a
Lei de Execução Penal (LEP):
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de
sentença ou da decisão criminal e proporcionar condições para a
harmônica integração social do condenado e do internado.
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os
direitos não atingidos pela sentença ou ela lei.
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de natureza racial,
social, religiosa ou política.
A LEP está voltada para a ressocialização do preso, evitando a reincidência e
novos crimes, além de reinseri-lo à sociedade, sem qualquer tipo de distinção,
todavia não é segredo que o país não cumpre essas leis por questão estrutural
e desinteresse do Estado.
TEMA 3 – CRIMES CIBERNÉTICOS

PANORAMA GERAL SOBRE O TEMA
Conceito
Crimes cibernéticos são aqueles que utilizam aparelhos eletrônicos, como
computadores, tablets e smartphones, conectados à internet para praticar
crimes contra pessoas e patrimônios. Casos de extorsões, estresse emocional e
danos à reputação de vítimas expostas na internet, golpes bancários,
softwares maliciosos, disseminação de vírus, pishing (pesca de dados em
ambientes virtuais), golpe do cartão de crédito ou boleto e vários outros são
cada vez mais comuns.
Cibercrimes e pandemia
Além dos problemas econômicos, políticos e estruturais, o Brasil passou a ter
mais uma preocupação: os crimes cibernéticos. Visto que, com o isolamento

30
social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e parte da

população em casa, as pessoas estão passando mais tempo conectadas, seja a
trabalho, estudo ou diversão. Com isso, criminosos viram a oportunidade de
aplicar golpes por esse meio, especializando-se e inovando nos crimes,
enquanto os indivíduos estão mais expostos aos ataques.
Dados
2019 (antes da pandemia): O Brasil já era o terceiro país no ranking do que
sofrem mais ataques cibernéticos, atrás apenas da China e dos Estados
Unidos. Fonte: Symantec.
2019: 57.428 denúncias de crimes cibernéticos. Fonte: G1.
2020 (durante a pandemia): Crescimento considerável dos ataques
cibernéticos. Mais de 3,4 bilhões de tentativas de ataques na internet, de
janeiro a setembro de 2020. Fonte: Fortinet Threat Intelligence Insider Latin
America, empresa que analisa incidentes de segurança cibernética.
2020: 156.692 denúncias de crimes cibernéticos. Fonte: Portal G1.
Crimes cibernéticos e a lei

Em 2012, um hacker invadiu o computador da atriz Carolina Dieckmann, teve
acesso a suas fotos íntimas e exigiu a quantia de dez mil reais para não as
publicar na rede. Por causa disso, foi criada, no mesmo ano, a Lei 12.737, que
leva o nome da atriz. Essa lei tipifica crimes ocorridos no ambiente cibernético,
como invasão de computadores, produção e disseminação de códigos
maliciosos, clonagem de cartões e falsificação de documentos.
Neste ano, foi sancionada a Lei 14.155, que altera o Código Penal, agravando
as penas para crimes como invasão de dispositivo, furto qualificado e
estelionato por meio digital, conectados ou não à internet. A pena, que era de
detenção de três meses a um ano e multa, passou a ser de reclusão de um a
quatro anos, podendo ser aumentada se a invasão causar danos econômicos.
Delegacias Cibercrimes
Com o aumento de casos de crimes cibernéticos, o país se viu obrigado a
tomar providências para coibir esse tipo de crime. Dessa forma, delegacias
especializadas em cibercrimes estão sendo criadas por todo o país. Sendo
assim, a polícia fica mais preparada e focada no combate aos crimes que se
utilizam das novas tecnologias. Os cibercriminosos estão cada vez mais
especializados, exigindo um maior conhecimento técnico por parte da polícia.
Exemplos de crimes cibernéticos

31
Fraudes por e-mail e usando a Internet

Interceptação de informações pessoais de terceiros ou dados sigilosos de
organizações e empresas;
Roubo de dados financeiros ou credenciais bancárias de terceiros — sejam
indivíduos ou organizações;
Invasão de computadores pessoais, de empresas ou redes de computadores
Extorsão cibernética e ransomware;
Crimes com estrutura tipo phishing, muito comum em golpes que se espalham
pelas redes sociais e por apps de mensagens, como WhatsApp;
Cryptojacking, quando hackers usam computadores das vítimas para minerar
criptomoedas
Violação de direitos autorais;
Jogos de azar ou ilegais em território nacional;
Venda de itens ilegais por meio da Internet;
Incitação, produção ou posse de pornografia infantil;
Discurso de ódio — publicações de teor homofóbico, xenófobo e racista — e
apologia ao nazismo.

32
TEMA 4 – RELAÇÕES SOCIAIS NA ERA DA TECNOLOGIA AVANÇADA

PANORAMA GERAL SOBRE O TEMA
As relações sociais envolvem o conjunto de interações entre indivíduos e
grupos sociais, como escola, trabalho, casa, templo religioso etc. Essas
interações podem ocorrer de forma espontânea ou a partir de interesses
individuais. É possível perceber diferenças de comportamento e linguagem de
um grupo para outro, pois a construção desses grupos se dá por um processo
de identificação e assimilação de indivíduos que se sentem e se reconhecem
como parte integrante daquele grupo, visto que os humanos são seres sociais
e precisam interagir, pois a sociabilização é a peça fundamental para a
construção de uma sociedade.
O ser humano que não conseguir desenvolver habilidades de socialização pode
apresentar diversos problemas emocionais e psicológicos, tais como depressão,
ansiedade, síndrome do pânico, isolamento social, preconceitos, entre outros.
Tipos de relações sociais

Formais: Aqui não há afeto para o desenvolvimento das relações, os
indivíduos se relacionam de forma passageira de acordo com as situações que
surgem e as necessidades pessoais. Esses tipos de relações são as que
geralmente acontecem em ambientes de trabalho.
Informais: São as relações mais duradouras, desenvolvidas por meio do
afeto, do companheirismo. Os indivíduos interagem de forma mais leve,
usando a linguagem coloquial. Isso pode ser visto em relações familiares e de
amizades.
Max Weber faz outra divisão:

Relações sociais comunitárias, que correspondem às informais, baseadas nos
sentimentos.
Relações sociais associativas, que correspondem às informais, construídas
racionalmente de acordo com os interesses individuais.
Algumas relações:
Familiar
Econômica
Escolar
Comercial

33
Religiosa
Profissional
Política
Pedagógica
Relações Sociais e os Meios de Produção

Segundo Karl Marx, um dos fundadores do socialismo científico, as relações
sociais estão diretamente ligadas às forças de produção. De acordo com ele, ao
mudar o modo de produção, a forma de trabalhar, as relações sociais também
se alteram.
“As relações sociais estão intimamente ligadas às forças produtivas. Adquirindo
novas forças produtivas, os homens modificam o seu modo de produção, e
modificando o modo de produção, o seu modo de ganhar a vida, modificam
também todas as relações sociais.”
(Karl Marx)
Relações sociais e a tecnologia

Com o avanço da tecnologia, as relações sociais foram mudando e se
adaptando a novas possibilidades. Hoje, com a internet, pessoas de qualquer
lugar do mundo podem interagir de forma instantânea, com apenas um clique.
Dessa forma, as pessoas aumentam o seu círculo de amizades e estabelecem
relações comerciais sem a necessidade do contato físico. Apesar de todo o
avanço da sociedade devido à tecnologia, proporcionando praticidade e
aumento da produtividade no nosso dia a dia, além de facilitar a comunicação,
fica a dúvida se esse avanço tecnológico vai promover novas culturas a partir
de novas formas de interação de forma positiva ou se vai distanciar cada vez
mais as pessoas, já que as interações físicas estão diminuindo.
Relações sociais e Bauman

Modernidade líquida x modernidade sólida
A modernidade sólida, para o filósofo, consiste nas relações humanas
estabelecidas antes da Segunda Guerra Mundial. Essas relações foram
consideradas sólidas por haver uma preocupação por parte dos indivíduos em
construir relações rígidas e duradouras, baseadas no compromisso da
manutenção da tradição. Apesar dos aspectos negativos, esses tipos de
relações proporcionavam mais confiança entre as pessoas envolvidas.

34
Já a modernidade líquida, que vem depois da Segunda Guerra Mundial, é

totalmente oposta à sólida e começou com o surgimento do capitalismo,
durante a Revolução Industrial. A partir disso, as relações ficaram mais frágeis,
os laços passaram a ser cada vez mais fáceis de serem desfeitos, já que as
relações econômicas se sobrepuseram às sociais.
Diante disso, a busca desenfreada pelo consumo invadiu as relações sociais, e
as pessoas passaram a ser avaliadas não pela moral, mas pelo que têm. A
ideia de comprar também causou modificações, levando hoje as pessoas a
tentarem, inclusive, comprar afeto e atenção.
Ainda na visão de Bauman, há, na modernidade líquida, o desejo de acumular
em maior número, mas com a superficialidade de se desligar a qualquer
momento, por isso ele usa o termo “conexão” para nomear os
relacionamentos, visto que as pessoas deixam de construir relacionamentos
amorosos e amizades sólidos para criar conexões que podem ser desfeitas
rapidamente.
Com a tecnologia avançada e a chegada das redes sociais, intensificou-se o
que Bauman nomeia de “amor líquido”, em que o sujeito se torna objeto, pois
há uma procura incessante pelo prazer, mesmo que para isso tenha que usar
pessoas e, quando elas já não são mais convenientes ou não tenham algo
considerado de valor nos tempos atuais para oferecer, são descartadas e
substituídas.
Citações que podem ser utilizadas para dar credibilidade aos argumentos:
Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar. (Bauman)
Os tempos são líquidos porque, assim como a água, tudo muda muito
rapidamente. Na sociedade contemporânea, nada é feito para durar. (Bauman)
A internet e o Facebook nos tranquilizam e nos dão a sensação de proteção
e abrigo, afastando o medo inconsciente de sermos abandonados. Na verdade,
muitas vezes você está cercado de pessoas tão solitárias quanto você.
(Bauman)
“As redes sociais são muito úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas
são uma armadilha.” (Bauman)

35
TEMA 5 – EDUCAÇÃO COMO INSTRUMENTO DA REDUÇÃO DA

CIMINALIDADE
PANORAMA GERAL DO TEMA
Antes de tudo, é preciso deixar bem clara a diferença entre criminalidade e
crime. Este é um fenômeno individual que vai de encontro à sobrevida da
sociedade, enquanto aquele é a constante de crimes em determinados local e
tempo, ou seja, é um fenômeno social.
É nítida a convivência do brasileiro com a sensação de insegurança, isso se dá
pelo aumento da criminalidade por todo o território nacional, principalmente
nas grandes metrópoles. O Brasil é um dos países mais violentos da América
Latina que, por sua vez, é o continente mais violento do planeta. Os índices de
criminalidade em regiões metropolitanas são ainda maiores. São Paulo, por
exemplo, já chegou a ultrapassar Bogotá, capital da Colômbia, nesse quesito.
Esse crescimento desenfreado da criminalidade se dá por diversos fatores,
entre eles, a falta de entendimento sobre o crime no Brasil. Isso é percebido
pela maneira como autoridades e políticos lidam com a criminalidade no país.
Ouve-se muito as expressões “guerra contra o crime”, “guerra contra as
drogas”, “bandido bom é bandido morto”, chamam criminosos de
“vagabundos” etc. Essas atitudes mostram que os criminosos não são vistos
como parte da sociedade, mas inimigos externos.
Contudo, esses indivíduos devem ser vistos como parte da sociedade e um
problema a não ser resolvido, mas reduzido, já que a criminalidade é um
fenômeno social e, sendo assim, não se pode ser zerado.
Criminalidade em Minas Gerais

Indo de encontro ao que vem acontecendo no país, o estado de Minas Gerais
registra queda nos índices de criminalidade.
Índices de criminalidade
Segundo a OMS, a taxa de homicídios no Brasil é cinco vezes maios que a
taxa mundial.
O Brasil tem o nono maior índice de homicídios no mundo. (OMS)
De acordo com a ONU, as mortes no Brasil atingiram 31,1 pessoas a cada
cem mil habitantes, colocando o país entre os mais violentos do mundo.
No mundo, a taxa de homicídios é de 6,4 homicídios a cada mil habitantes,
segundo estudos da ONU.

36
Em Minas Gerais, houve uma queda na criminalidade de 32,9% em relação

ao ano de 2019, no que se diz respeito a crimes violentos. (Forças de
Segurança de Minas Gerais)
Em Minas Gerais, houve queda de 6,4% no total de homicídios em 2020,
comparando com o ano de 2019.
Fonte: Secretaria do Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP-MG
Registros de crimes violentos em Minas Gerais, de 2012 a 2019
Fonte: Secretaria do Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP-MG

37
Brasil:

38
A educação como instrumento na redução da criminalidade

A educação surge como solução para a maioria dos problemas sociais. Nos
países onde há educação de qualidade, como a Finlândia e a Noruega, os
índices de criminalidade são tão baixos que a população se sente segura em
todos os ambientes. Mesmo não sendo a solução única para todos os
problemas da sociedade, é por meio da educação que os indivíduos conhecem
os seus direitos e deveres, aprendem a conviver em sociedade e têm menores
possibilidades de adentrarem no mundo do crime. Como disse Paulo Freire, “a

39
educação sozinha não pode transformar a sociedade, sem ela tampouco a

sociedade muda”.
Para isso, é preciso muito investimento por parte do governo em educação
desde a sua base, dessa forma, crianças e adolescentes saem das ruas e vão
para a sala de aula, encontrando possibilidades de crescer na vida profissional
e visar a um estilo de vida em que elas estão inseridas nas regiões
marginalizadas, que são esquecidas pelas autoridades públicas.
Citações para utilizar na redação

“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o
mundo.” (Nelson Mandela)
“O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” (Immanuel
Kant)
“Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem
ela a sociedade muda.” (Paulo Freire)
Com todas essas orientações e dicas, tenho certeza de que fará uma
excelente redação. Lembre-se de praticar bastante!

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• Não utilizar palavras supérfluas, cuidado com a adjetivação desmedida e digressões.

• Pense bem antes de escrever, eduque a capacidade organização mental, isso se dá

Por se tratar de um gênero discursivo-argumentativo, espera-se que o

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Uso de abreviaturas de pronomes de tratamento e de termos referentes a leis ou

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Ausência de ponto após palavras abreviadas, como:

Utilização de ponto em siglas.

Ausência de marca de translineação.

Introdução de hífen em início de linha, caso este corresponda à marca única de

Ausência de marca formal (como aspas ou sublinhado) em

Emprego de sinal de pontuação em início de linha.

Pronome demonstrativo em referência a tempo e local

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Distribuição da nota dos aspectos linguísticos

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Estrutura do texto dissertativo

1º Parágrafo TEMA + TESE dividida em dois Introdução 7 linhas

2º Parágrafo Desenvolvimento do argumento 1 Desenvolvimento 8 linhas

3º Parágrafo Desenvolvimento do argumento 2 Desenvolvimento 8 linhas

4º Parágrafo Expressão inicial + retomada do Conclusão 7 linhas

*O número de linhas é apenas um norteador, não precisa seguir à risca.

O esquema acima pode ser utilizado para redigir qualquer dissertação.

A ligação entre os períodos e os parágrafos vai dar um melhor

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