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BREVE HISTÓRIA DO CONTRABAIXO ELÉTRICO

O contrabaixo tem suas origens remotas na Baixa Idade Média, período compreendido
entre o Cisma Greco-Oriental (1054) e a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos
(1453). Descendente de uma família chamada "violas", que se dividia em dois grupos,
violas de braço e violas de pernas, o contrabaixo é hoje o herdeiro maior e de som mais
grave deste segundo grupo.

Por volta de 1200, o nome gige era usado para destinar tanto a Rabeca, instrumento de
origem árabe com formato parecido com o alaúde como a guitar-fiddle (uma espécie de
violão com o formato semelhante a um violino). No Sacro Império Romano Germânico,
quase todos os instrumentos eram chamados pelo nome de gige, havendo a gige pequena e
a grande. A música executada neste período era bastante simples, as composições situavam-
se dentro de um registro bastante limitado e no que tange à harmonia, as partes restringiam-
se a duas ou três vezes. Era muito comum instrumentos e vozes dobrarem as partes em
uníssono.

Com o passar dos anos, o número de partes foi expandido para quatro.
Aproximadamente na metade do séc. XV, começou-se a usar o registro do baixo, que até
então era desconsiderado. Com esta nova tendência para os graves, os músicos precisavam
de instrumentos especiais capazes de reproduzir ou fazer soar as partes graves. A solução
encontrada pelos construtores de instrumentos, os luthiers, foi simplesmente reconstruir os
instrumentos existentes, mas em escala maior. Ocorre, então, uma evolução técnica e
artística de um instrumento em conjunto com a história da música. Assim, a evolução no
número de partes da harmonia trouxe a necessidade de se criar outros instrumentos que
desempenhassem satisfatoriamente aquela nova função.

De qualquer modo, seu ancestral mais próximo foi o chamado violine, que no início do séc.
XVII tornou-se o nome comumente designado à viola contrabaixo, mas apenas na metade
do séc. XVII o nome do contrabaixo separou-se do violine. E começou a ter vida própria.
Entretanto, até a metade do séc. XVIII o instrumento não era utilizado em larga escala,
tanto que em 1730 a orquestra de J. S. Bach não contava com nenhum contrabaixo. Ainda
faltava um longo caminho para a popularização.

Com o desenvolvimento da música popular no final do séc. XIX, principalmente no que diz
respeito ao jazz, inicia-se assim a introdução do contrabaixo com uma inovação: ele não era
tocado com arco... apenas com os dedos a fim de que tivesse uma marcação mais
acentuada.

O jazz se populariza e durante toda a primeira metade do séc. XX, o baixo só pode ser
imaginado como uma imenso instrumento oco de madeira usado para bases de
intermináveis solos de sax, se bem que era usado também no princípio do blues e do
mambo (estou falando de antes da 2º Guerra Mundial).

Até os anos cinqüenta, sempre que um baixista arrumava um trabalho, era sempre o mesmo
drama para carregar um gigante de madeira, desajeitado e pesado, até o local do show. Se
fosse em outra cidade, o risco que todos os músicos correm até hoje: o descaso dos
funcionários do trem, ônibus, navio ou avião com o transporte da bagagem. Sobrevivendo à
viagem, havia ainda o problema do volume um tanto discreto do instrumento não
microfonado, bem como execução e entonação do contrabaixo, com sua longa escala sem
trastes e cordas.

Foi então que um homem mudou para sempre o mundo da música dando ao contrabaixo um
status até então desconhecido. Leo Fender, um técnico em eletrônica de 42 anos do sul da
Califórnia, lançou, no fim de 1951 o mais revolucionário instrumento musical do século
XX. Inspirado na guitarra elétrica Telecaster, a primeira de corpo sólido com características
contiporâneas, que ele colocara no mercado apenas um ano antes, Fender criou a guitarra
baixo elétrica, ou simplesmente baixo elétrico.  

Batizado Precision (pelos trastes em sua escala de 34 polegadas que permitiam precisão nas
notas), o instrumento rapidamente tornou-se conhecido entre os músicos, passando a ser
chamado por eles de Fender Bass por algum tipo. O tamanho da escala, considerado ideal
até hoje, foi escolhido após muitas pesquisas e testes de erro e acerto por Leo e seu
companheiro, George Fullerton. As escalas de 30 polegadas não permitiam que a corda
vibrasse o esperado para produzir um bom som e a de 36 polegadas dificultava o músico,
pelo tamanho das casas.

Seu desenho era arrojado e totalmente diverso do contrabaixo tradicional, assim como das
tentativas fracassadas feitas anteriormente por Ampeg, Gibson, Audiovox e Regal. Seu
corpo era feito em ash, com dois recortes, para permitir o acesso às notas mais agudas. O
braço, em maple, era fixado ao corpo por quatro parafusos. As tarraxas Kluson se
alinhavam em um só lado da mão e o som era transmitido a um captador em Alnico (liga de
alumínio, níquel e cobalto), com controles de volume e tonalidade.

O Fender Bass era ligado a um amplificador desenhado especialmente por Fender para
reproduzir as freqüencias mais baixas dos instrumentos, o Bassman Amp, lançado na
mesma época. O baixo elétrico nasceu pronto, si que fosse necessária nenhuma evolução,
ao contrário das constantes mudanças ocorridas com a guitarra, o órgão e até mesmo a
bateria. Se você tiver curiosidade de comparar o Fender Precision 51 com um modelo atual,
verá que as modificações feitas foram meramente cosméticas ou ocasionadas pelo natural
desenvolvimento tecnológico, si alterar a concepção inicial. Não houve, na verdade, um
protótipo, mas um modelo perfeito e definitivo.

Convidado por Leo Fender a visitar sua fábrica e experimentar o Precision Bass, o baixista
William "Monk" Montgomery (irmão do guitarrista virtuose Wes Montgomery) foi um dos
primeiros a divulgar o novo instrumento pelos EUA e Europa.
Partes do Contrabaixo:

Desenho

   Braço :

 Todos nós sabemos o que gostamos de sentir embaixo dos dedos, então o que você sente
no contato com o braço é o mais importante.  Se você não conhece nada sobre aquele
modelo tente outros iguais se possível, você pode encontrar variações  e pode se
surpreender com as diferenças entre eles.
  A forma de junção do braço é outra longa discussão entre os fabricantes.  Alguns
argumentam que os braços inteiriços proporcionam mais sustain, tonalidade e estabilidade
enquanto outros apontam para o sucesso dos Fenders Precisions e Jazz Bass, ambos
aparafusados como prova do contrário.  Existe ainda outra facção que prefere os braços
colados no corpo, mas o mais importante é o sentimento de como o braço atua na sua
junção. Os braços inteiriços podem ser virtualmente impossíveis de detectar onde termina o
braço e começa o corpo, mas com o devido design do cutway pode lhe oferecer um ótimo
acesso as notas mais agudas dos últimos trastes.  Mas o surgimento de novas técnicas de
construção tornaram acessíveis excelentes modelos com braços aparafusados.
  Assim como o corpo, os braços são fabricados de vários tipos de madeira.  Podem ser uma
única peça ou feitos de várias lâminas.  Em geral madeiras como mogno, jacarandá e pau-
fero são usadas na construção de escalas.  Se o braço for feito de uma madeira muito pesada
ou for muito longo poderá haver um grande problema de equilíbrio no instrumento. 
Mantenha sempre o seu conforto como prioridade.
  Por causa das reações da madeira em relação a variações de temperatura, a maioria dos
instrumentos possui um tirante ou alma com um ponto de regulagem um uma das
extremidades.  Se as cordas produzem ruído excessivo ou possuem volumes diferentes
verifique se o tirante precisa de reparos.  Veja a inclinação do braço também: olhe bem se a
corda mais grave ou mais aguda está muito distante ou colada ao braço, pode haver uma
curva prejudicial.  Procure verificar as reais condições da escala e braço e se existe
condições de melhorá-lo se for necessário.
  Alguns fabricantes como a Modulus, Steinberger e Zon incorporaram o grafite como
alternativa mais resistente.  São braços que não variam com a humidade ou temperatura,
porém, devido as dificuldades de produção tendem a ser um pouco mais caros.  Alguns
luthiers já estão incorporando a vantagem dos dois materiais.
  
   Comprimento da escala :
   Alguns baixos possuem escalas curtas de 30", enquanto outros possuem 36"
(comprimento da escala se refere à distância entre a ponte e o nut).  A maioria dos baixos
possuem 34".  Se você escolher um baixo de escala curta você deve assumir um
compromisso : cordas curtas geralmente são muito mais macias possibilitando alguns
problemas de intonação e um som mais "mole".  Para 5 e 6 cordas a escala longa
praticamente é obrigatória, por outro lado, a corda mais grave pode ter um som mais
"embaçado".  Você provavelmente não terá escolha de escalas diferentes num mesmo
modelo.  Se for um obstáculo intransponível procure outro modelo.
                  
   Escala :

   A escala afeta o toque e o som do baixo.  Um material muito duro como ébano, mogno ou
sintético contribui para a clareza e o sustain.  Também é importante a durabilidade :
rosewood é mais desgastante do que o ébano, mas pode dar uma textura melhor ao som. 
Praticamente qualquer escala pode durar muito em mão suaves mas as cordas desgastam. 
As mais modernas são feitas de um material mais duro, e se destroem os trastes imagina a
madeira ! Se você toca com um fretless então procure por um baixo com escala de ébano ou
jacarandá.

   O Corpo :

A forma do corpo é o principal a respeito do estilo visual, mas a forma, os contornos


e peso afetam o conforto também.  Não espere muitas variações de madeiras, geralmente
são as tradicionais como mogno, alder, e algumas madeiras exóticas como padauk, koa, e
bubinga.  Enquanto as madeiras exóticas são bem mais fortes e duráveis, tendem a ser bem
mais pesadas.  A densidade e massa afetam o timbre, e o timbre entre madeiras mais duras
ou macias podem ser significativas -  mas quando comparadas madeiras similares, um
corpo pode apresentar muito mais som do que outro.  Para algumas pessoas o material pode
ser mais importante do que o som, principalmente se procuram por acabamento natural.
 
  O corpo pode ser colado tipo "sanduíche" ou laminado em vária partes.  A diferença
é válida no aspecto visual principalmente no caso de acabamento natural. Uma laminação
mal feita ou imprópria (onde aparecem as marcas de colagem) é inaceitável.re quantos
trastes você precisa.  Enquanto 24 trastes (duas oitavas) são os mais comuns, as  escalas
mais longas priorizam a posição dos captadores diferentemente em relação a como afetam o
som.  Alguns baixistas (principalmente os que usam muito slap) preferem o som de 21 ou
22 trastes.  Procure por você mesmo !  Tente os dois e veja em qual situação você encontra
o seu melhor.

   Acabamento :

 Alguns baixos novos possuem acabamentos extremamente duráveis em poliuretano ou


materiais similares.  O material tradicional de acabamento, a lacca, é mais bonito, mas é
mais facilmente quebrável e desgastante. Qual é melhor ? Se você está procurando por
durabilidade escolha o sintético, senão, os dois casos são uma boa.  

   Captadores e parte elétrica :

  Nos anos 70 a parte eletrônica era essencial : filtros ativos, chaves de fase, múltiplos
captadores eram os grandes astros.  Muita coisa mudou e hoje alguns músicos procuram por
um som básico e uma variação melhor de timbres.  Se você está sendo inundado por
milhares de informações a respeito de possibilidades eletrônicas pense na seguinte frase :
"Como é o som do baixo ?"  Como é o som quando você não está tocando ? Ele tem ruído ?
Se tem dois captadores, um dos dois tem mais ruído que o outro ? Circuitos ativos que
possuem um pré-amplificador e variações tonais são muito bons contra ruídos.  Quando não
está tocando você escuta muito chiado ?  Verifique se o seu amp está chiando. Abra todos
os potenciômetros do seu baixo e abaixe o volume do amp.  Se continuar o problema é do
instrumento.  Pense na possibilidade da captação passiva (baterias velhas também podem
gerar ruídos).
 
  Se o baixo é ativo, um bypass (um desligamento do pré) é desejado, pois se sua
bateria acabar durante uma gig é melhor você continuar tocando com som passivo do que
parar para abrir seu baixo e trocá-la. 
 
  Verifique se o seu baixo é ativo ou passivo e como os controles de timbre
funcionam.  Os passivos têm um certo corte no sinal (pois possuem um corte de agudo e
grave em relação ao ativos) enquanto os ativos possuem um boost de graves e agudos.
  
  Você toca em pequenos bares ou clubes ?  O ruído pode ser um problema
especialmente se você está perto de luzes neon ou fluorescentes.  Se você puder escolher
entre humbuckings e singles prefira os humbuckings.  Historicamente os single-coils
quando utilizados nos agudos podem extrapolar, porém, com modernos circuitos ativos
nem todos os humbuckings estão livres de ruídos.  É melhor você sacrificar um pouquinho
do seu timbre ideal do que manter uma abelha dentro do seu amp.
 
  Quais controles você realmente precisa ? Se seu baixo possui dois captadores um
controle de balance é melhor do que um chaveamento.  Agudos e graves separados por
captadores também é o ideal. 

   Pontes e tarrachas :

A palavra chave aqui é funcionalidade.  A maioria das pontes e tarrachas são


satisfatórias, mas precisam atender as suas necessidades.  As tarrachas não podem ter
folgas, devem responder imediatamente à ação.  Verifique se elas não se movem quando
você dá bends ou estica as cordas com a mão.
A ponte deve ter controles individuais de altura e extensão para cada corda.  Controle de
altura é necessário se você usa principalmente cordas de diferentes medidas.  Os controles
de extensão são necessários para perfeita afinação.

Fonte : http://www.baixaria2000.hpg.ig.com.br

PROPRIEDADES DO SOM

Música

É a forma com que o compositor e/ou executante expõe seus sentimentos, através de
combinações de sons que conservam entre si uma certa relação de lógica e ordenação.
Som

É o efeito produzido no órgão auditivo através do choque entre dois corpos. Um


movimento completo de vai-e-vem de um corpo elástico se chama vibração. As vibrações
são transmitidas ao ar na forma de ondas sonoras e essas chegam até nossos ouvidos
produzindo então a sensação do som.

O som possui 4 propriedades:

- Duração: é o tipo de prolongação do som; o tipo que o som se propaga no ar através das
ondas sonoras.
- Intensidade: é a propriedade do som de ser forte ou fraco, dependendo da força ipregada
na sua repercussão.
-  Altura: propriedade do som de ser grave, médio ou agudo.
- Timbre: é a característica do som de cada instrumento. É o timbre que nos permite
reconhecer a origem do som, de que instrumento esse som partiu.
(Há também os timbres entre dois instrumentos do mesmo tipo; por exemplo: dois baixos
possuem timbres diferentes, mesmo que a diferença seja sutil).

Na escrita musical estas propriedades do som são representadas das seguintes maneiras
(estudadas futuramente):

Duração – pela figura de nota e andamento;

Intensidade – pelos sinais de dinâmica;

Altura – pelo posicionamento da nota no pentagrama e pela clave;

Timbre – pela indicação do instrumento ou voz que deve executar a música.

Depois de termos analisado as quatro propriedades do som, veremos agora os 3 elementos


fundamentais da música, que são:

Melodia: combinação de sons sucessivos com alturas e valores diferentes, dando um certo
sentido lógico musical.

Harmonia: combinação de sons simultâneos e as relações que eles estabelecem entre si.
Também pode ser definida como a ciência que estuda os acordes (sons simultâneos) e a
maneira de concatená-los.

Ritmo: a maneira como os sons e silêncios são organizados, produzindo a pulsação da


música.

CONVENÇÕES

Clave de Fá: Clave utilizada na leitura para contrabaixo e instrumentos graves.


Clave de Sol: Clave utilizada na leitura para instrumentos mais agudos.

Clave de Dó: Clave utilizada para sons médios.

Pentagrama: Composto por 5 linhas e 4 espaços nomeados a partir da clave:

Espaços e Linhas Suplementares Superiores e Inferiores: Dá seqüência as notas fora do


pentagrama.

Compasso e barra de compasso:

Tablatura: as linhas representam as cordas do instrumento. Os números representam a casa


que deve ser tocada.
Armação de Clave: indica a tonalidade da música.

Fórmula de Compasso:

O número de cima indica quantos tipos duram o compasso.

Os números de baixo indicam qual a figura utilizada para contar os tipos.

Barra de Repetição: indica que se deve repetir o(s) compasso(s) entre as barras.

Notas no pentagrama: as notas nas linhas do pentagrama são G (sol), B (si), D (ré), F (fá)
e A (lá) e as notas nos espaços são A (lá), C (do), E (mi) e G (sol).

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