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INSTITUTO SUPERIOR POLIOTÉCNICO DE CABINDA

(ISPCAB)

TRABALHO INVESTIGATIVO DE MICRO-ECONOMIA

Nome do Docente: Alberto Lelo

Cabinda, Novembro 2021

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INSTITUTO SUPERIOR POLIOTÉCNICO DE CABINDA
(ISPCAB)

TRABALHO INVESTIGATIVO DE MICRO-ECONOMIA

Nome do Estudante: Norberto Ngoma Mavungo

Nome do Docente: Alberto Lelo

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais pelo apoio, aos colegas pelo incentivo no ensino a
nunca desistir, sem esquecer do modo especial do docente pela oportunidade que nos
concedeu para elaboração e apresentação deste trabalho.

I
AGRADECIMENTO

Agradecemos primeiramente a Deus Pai Todo Poderoso pela vida, sabedoria, saúde e
paz que tem nos proporcionado, ao nosso docente pela forma clara e sábia que tem nos
transmitido o seu conhecimento.

II
ÍNDICE

DEDICATÓRIA ................................................................................................................ I

AGRADECIMENTO ....................................................................................................... II

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1

DESENVOLVIMENTO ................................................................................................... 2

Característica da externalidade. .................................................................................... 3

Importância da externalidade. ....................................................................................... 5

Objectivo geral ................................................................................................................. 6

Quando é que pode surgir externalidade? ..................................................................... 6

Quando é que estamos em presença de externalidade positiva ou negativa? ............... 6

Como evitar ou corrigir externalidades......................................................................... 7

Externalidades numa óptica de mercado....................................................................... 7

Papel do Estado ............................................................................................................. 8

CONCLUSÃO ................................................................................................................ 10

III
INTRODUÇÃO

Em economia as externalidades podem ser definida como toda situação resultante da


tomada de decisões por organizações económicas, que acarreta custos ou benefícios
para outras pessoas ou organizações que não estavam envolvidas ou que nem foram
consultadas.

Em outras palavras, as externalidades referem-se ao impacto de uma decisão sobre


aqueles que não participaram dessa decisão.

A preocupação com os problemas do meio ambiente ou ambientais e as externalidades


positivas decorrentes da exploração das actividades económicas, proporciona vários
estudos sobre a teoria das externalidades na qual propõem a criação de impostos e
intervenção do governo para regular os impactos das actividades empresarias sobre bens
públicos. As externalidades negativas geram danos e precisam ser corrigidas no
contexto do ambiente corporativo.

Em Angola a externalidade esta principalmente no saneamento básico, temos índice de


lixo nas ruas de todo país, não existe separação ou reciclagem de lixo, as valas e esgotos
não estão cobertas, aterro sanitário ao ar livre, isso certamente provoca uma poluição
massiva do ar, provoca também aumento de doenças, mortalidade infantil, isso
principalmente no tempo chuvoso.

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DESENVOLVIMENTO

Na verdade uma externalidade surge quando uma pessoa se dedica a uma acção que
provoca impacto ou colisão no bem-estar de um terceiro que não participe dessa acção
sem pagar nenhuma compensação por esse impacto.

(Pigou 1920). O exemplo prototípico de uma externalidade negativa é analisada pela


primeira vez pelo economista Arthur Cecil Pigou (mais tarde denominado "imposto
pigouviano") sobre as externalidades negativas, poderia ser usado para reduzir sua
incidência a poluição ambiental. Pigou argumentou que o conceito de um imposto de
externalidade foi desenvolvido um nível eficiente.

Pensadores subsequentes debateram sobre a ideia de Pigou, é preferível tributar ou


regular as externalidades se à produção ou consumo de bens ou serviços sobre terceiros,
que não estão directamente envolvidos com a actividade.

Ela pode ter natureza negativa, quando gera custos para os demais agentes (poluição
atmosférica, de recursos hídricos, poluição sonora, sinistralidade rodoviária-negativas,
qual o nível optimamente eficiente da tributação pigouviana e quais factores causam ou
exacerbam as externalidades negativas, e como fornecer aos investidores em
corporações responsabilidade limitada para danos cometidos pela corporação.

Dois economistas britânicos são creditados por terem iniciado o estudo formal das
externalidades, ou "efeitos colaterais": Henry Sidgwick (1838-1900) é creditado com a
primeira articulação, e Arthur C. Pigou (1877-1959) é creditado com a formalização do
conceito de externalidades.

Ronald Coase argumentou que as externalidades existem devido a ausência de um


mercado e de direitos de propriedade bem definidos. Por exemplo; no caso de poluição
d'água, dado que nem a indústria nem a comunidade detêm a água que está sendo
poluída, não há um mercado no qual negociar-se a água disputada. Caso houvesse, os
agentes envolvidos estariam dispostos a negociar um acordo eficiente, quer dizer, a
poluição teria um preço.

Internalizar essa externalidade significa incluir os custos causados pela poluição ao


calcular o total resultante de sua produção. Caso a indústria possuísse parte do rio e por
consequência pudesse poluí-la, afectando a parte do rio pertencente à comunidade,

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ambos poderiam acordar a instalação de um filtro, ou senão processar a outra parte por
danos.

Desenvolvimento económico é uma das preocupações de maior importância nas


sociedades actuais, buscando compatibilizar crescimento económico com
sustentabilidade. É de longa data a intervenção humana no meio ambiente tendo como
consequência externalidade negativa. Actualmente as teorias e os indicadores
económico não explicam como a economia está perturbando e destruindo os sistemas
naturais da terra. Faz-se necessário uma reorientação do sistema económico para
abranger as externalidades causadas com efeitos das actividades de produção e do
consumo sobre o meio ambiente. A necessidade de se adaptar a legislação ambiental
trouxe um novo factor de custos á actividade empresarial, principalmente no tocante
aquele que impõe uma conduta positiva as empresas buscando demostrar á sociedade
que responsabilidade social e de governança corporativa no longo prazo são
fundamentais a sua sobrevivência e lucrativa.

São os efeitos sociais económicas e ambientais que indirectamente causados pela de


produto ou serviço. Isso significa que as externalidades nascem da economia.

Característica da externalidade.

As externalidades podem surgir entre os produtores, consumidores ou entre


consumidores e produtores, podendo portanto, ser produzidas por indivíduos,
(externalidades no consumo) ou por empresas (externalidades na produção).

● Há externalidades entre indivíduos quando por exemplo alguém fuma, ou quando


alguém coloca o volume alto do rádio, afectando o bem-estar outros indivíduos.

● Há externalidades entre as empresas quando por exemplo, uma empresa ou


organização, polui o ar ou o rio onde o individuo pratica as suas actividades de pesca ou
consumo da água do rio.

As externalidades podem ser positiva ou negativa, se originam respectivamente, uma


melhoria ou uma deterioração do bem-estar ou produção de outros agentes económicos.

As externalidades positivas geram benefícios marginal externo que é benefício


adicional para todos agentes económicos beneficiado pela externalidade associado a
produção de mais uma unidade do bem.

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Exemplo: As indústrias produtoras ou de transformação de carvão mineral, arrecada
receitas ou benefício económico na parte das empresas e na parte dos cidadãos em geral.

Tabela:

Esta tabela demonstra que a curva social se localiza acima de produção, porque se
considera os custos externos causados pela externalidade. A intersecção da curva
da demanda com a do custo social é a quantidade óptima do bem a ser ofertada
pela sociedade. O mercado produz mais que a quantidade óptima.

As externalidades negativas, geram um custo marginal externo que é o custo adicional


para todos agentes económicos afectando pela externalidade associado á produção de
mais uma unidades do bem.

A acção do governo é internalizar as externalidades por meio de impostos, taxas, multas


sobre consumidores ou produtores.

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Exemplo: As indústrias produtoras de transformação de carvão causam um grande
prejuízo para a sociedade, libertando gases para meio ambiente. A poluição atmosférica,
poluição das águas, festas barulhentas, engarrafamentos, fumo de cigarro, etc.

Tabela:

Esta tabela demostra que o na medida que o preço de produção aumenta, as


quantidades produzidas também aumenta.

Importância da externalidade.

As externalidades são as falhas de mercado que alcançam grande importância no estudo


dos recursos naturais, e na economia ambiental. Desta forma se reconhece que o
mercado pode não funcionar de modo eficiente, perfeito, óptimo para com isso
organizar a economia, apresentando falhas (BAGNOLI 2008).

Em economia, externalidades são os efeitos colaterais de uma decisão sobre aqueles


que não participaram dela. Existe uma externalidade quando há consequências para
terceiros que não são levadas em conta por quem toma a decisão.

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Objectivo geral

►Identificar e explicar as externalidades como uma falha de mercado, bem como


políticas de mercado e soluções privadas associados a este problema.

Objectivo específico

►Identificar e explicar as externalidades como uma falha de mercado e especificar os


seus efeitos.

►Efeitos desta falha de mercado no bem-estar, seja por meio de externalidade positiva
ou negativa.

►Identificar e explicar as políticas públicas relacionadas a este conjunto de falhas de


mercado.

► Identificar e explicar as soluções privadas para este conjunto de falhas de mercado.

Este conceito mostra como é importante entender as politicas publicas de combate as


epidemias e do papel do governo nas políticas de saúde pública e para chamada
economia da prevenção.

Importância da avaliação das externalidades, visam potencializar alternativas para o


equilíbrio entre a produção, o consumo e os recursos naturais, no sentido de
desenvolvimento sustentável das populações.

Quando é que pode surgir externalidade?

Externalidade surge quando uma pessoa se dedica a uma acção que provoca impacto ou
colisão no bem-estar de um terceiro que não participe dessa acção sem pagar nenhuma
compensação por esse impacto.

Quando é que estamos em presença de externalidade positiva ou negativa?

Exemplo: Preservação e conservação do ar, conservação e preservação das águas, festas


não barulhentas, não efectuar o uso de cigarro, etc.

● É negativa quando a acção de uma parte impõe custos a outra;

Exemplo: A poluição atmosférica, poluição das águas, festas barulhentas,


engarrafamentos, fumo de cigarro, etc.

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Internalizar uma externalidade é a alteração de incentivo para que as pessoas levem em
conta os efeitos das suas acções.

O governo pode internalizar uma externalidade impondo um imposto sobre o produtor


para reduzir as quantidades de equilíbrio para próximo da quantidade desejada pela
sociedade.

Sua internalização é a forma encontrada para se eliminar estas externalidade e podem


ser efetuadas através de acções governamentais com aplicação de taxas, punições e
multas. O modo do ser humano utilizar as matérias primas fornecidas pela natureza,
explorando-as muito acima do nível aceitável, é a principal causadora das
externalidades ambientais.

Como evitar ou corrigir externalidades.

Externalidades podem ser corrigidas através de acções de entidades públicas e privadas


através da reciclagem.

Reciclar: é uma forma de corrigir as externalidades ambientais, reaproveitando


materiais e diminuindo a exploração das reservas naturais, guardando-as para as
gerações futuras e diminuindo a utilização de energia e consequentemente a emissão de
carbono no ambiente. A reciclagem ainda é uma forma de gerar renda para populações
menos favorecidas, dando a elas uma forma de sobrevivência, com mais dignidade,
possibilitando o crescimento pessoal e melhorando as condições de vida. Vários
materiais utilizados pelo ser humano são de fácil reutilização, materiais como papel,
vidro, aço, alumínio, dentre outros. E a catação, distribuição e reutilização destes
materiais é uma forma de geração de renda que pode corrigir duas formas de
externalidades, a ambiental e a social

Externalidades numa óptica de mercado.

Sendo assim, é possível que externalidades sejam superadas e eliminadas sem a


presença do Estado, desde que os custos de transacção sejam baixos. Entretanto, nem
sempre isso ocorre. Por exemplo, um julgamento no caso de um processo pode ser
longo e caro, e a instalação de um filtro pode afectar a produção da indústria de alguma
outra forma. Sendo assim, há margem para o estado intervir em casos de externalidade,
segundo Coase.

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Caso uma indústria instale-se em determinada localidade, causando poluição de ar,
danando à saúde dos moradores das redondezas, o critério a ser utilizado para definir
qual seria o agente pagante a fim de que cesse-se (ou prossiga-se) a causa da
externalidade negativa em si seria o que estabeleceu-se por último naquela localidade.

Normalmente, autores defendem que cabe ao Estado criar ou estimular a instalação de


actividades que constituam externalidades positivas (como a educação ou investigação),
e impedir ou inibir a geração de externalidades negativas. Isto pode ser feito através de
instrumentos tais como aplicação taxas e sanções legais ou inversamente, renúncia fiscal
e concessão de subsídios conforme o caso.

Alguns autores defendem que a informação assimétrica pode fazer com que uma
externalidade não seja percebida, como seria o caso de produtos que produzem
externalidades negativas em seus processos produtivos enquanto seus consumidores não
o sabem, fazendo com que tomem decisões de compra que não seriam tomadas caso
houvesse informação completa. Para superar esses problema, esquemas de certificação
ambiental são opções eficientes para que consumidores possam internalizar
externalidades produzidas pelo seu consumo.

Outro problema ocorre no caso em que os consumidores possuem consciência das


externalidades causadas à sociedade mas não se importam com estas, caso em que
decidem manter o mesmo nível de consumo, não afectando o mercado daquele produto
gerador de externalidades; um exemplo seria o consumo de um produto cuja produção
afeta severamente a qualidade de vida em uma localidade distante da qual o produto é
consumido, mesmo tendo total consciência das externalidades causadas os
consumidores do produto não são directamente afectados por estas e não alteram seu
padrão de consumo.

Papel do Estado

As externalidades podem surgir entre produtores, entre consumidores ou entre


consumidores e produtores. As externalidades podem ser negativas quando a acção de
uma parte impõe custos a outra, ou positivas quando a acção de uma parte beneficia
outra.

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A poluição é denominada externalidade porque impõe custos às pessoas que são
"externas" ao produtor e consumidor do produto poluente. (Barry Commoner)
comentou sobre os custos das externalidades:

Claramente, compilamos um registo de falhas graves em recentes encontros


tecnológicos com o meio ambiente. Em cada caso, a nova tecnologia foi colocada em
uso antes que os perigos finais fossem conhecidos. Temos sido rápidos em colher os
benefícios e lentos em compreender os custos.Muitas externalidades negativas estão
relacionadas às consequências ambientais da produção e do uso. O artigo sobre
economia ambiental também aborda as externalidades e como elas podem ser tratadas
no contexto das questões ambientais.

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CONCLUSÃO

Este trabalho procurou estudar os mecanismos e instrumentos de internalização de


externalidades ambientais, mais utilizados actualmente dentro da óptica da Economia do
meio ambiente.

Foi colocado em pauta o problema do desenvolvimento e crescimento económico versus


a degradação ambiental e que não pode mais passar por despercebido a falta de controle
a internalização dos custos gerados por tal ocorrência para a sociedade (geralmente a
principal receptora de externalidade negativa), sem uma actuação dos poderes públicos
e privados.

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