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Técnico em

Enfermagem
Módulo II
FUNDAMENTOS DE
ENFERMAGEM
Coleta de Materiais

➢ Coleta de Materiais para Exames:


• Os exames de laboratórios destinam-se a
complementação diagnóstica e assumem importância
considerável, desde que observadas as normas corretas
da coleta do material. Geralmente cabe à enfermagem, o
preparo do paciente, a obtenção e encaminhamentos de
amostras de urina, fezes e escarro. Em muitos serviços,
apenas a coleta de exsudatos e sangue é feita pelo
pessoal do laboratório.
Coleta de Materiais

➢ Normas gerais:
• Informar o paciente sobre o exame que deverá ser feito, suas
finalidades, métodos de coleta e necessidade de sua
colaboração, minimizando preocupações e ansiedade na
realização dos mesmos;
• Empregar frascos ou recipientes adequados e com tampas
perfeitamente ajustáveis;
• Lavar as mãos antes e após a coleta do material e usar luvas;
• Rotular o frasco com etiqueta, onde deve constar: nome do
paciente, n° do registro geral, número da enfermaria, leito,
exame solicitado, data e hora da coleta, médico requisitante,
pessoa responsável pela coleta do material e caso haja
necessidade de mais amostras, numerar os frascos.
Coleta de Materiais

➢ Normas gerais:
• Manter a parte externa dos frascos limpos e pedir ao
paciente que não os contamine;
• Todo material coletado deve seguir imediatamente para o
laboratório, acompanhado da respectiva requisição;
• Efetuar registro no prontuário do paciente, constando,
horário, tipo de material colhido e exame solicitado.
Coleta de Materiais

➢ Coleta de Urina:
• Urina Tipo I - Amostra ideal para exame de rotina ou
Tipo I de preferência deve ser colhida no laboratório, se
não for possível deve ser levado ao laboratório dentro
de 1 hora. Este tipo de amostra é essencial para evitar
resultados falsos negativos no teste de gravidez e para
avaliar a proteinúria ortostática (deitado). Trata-se de
uma amostra mais concentrada o que garante a
detecção de substâncias que podem estar presentes
nas amostras aleatórias, mais diluídas.
Método de Coleta

➢ Mulheres:
• De preferência no vaso sanitário;
• Fazer assepsia da vagina e destampar o frasco estéril.
• Com uma das mãos afastar os grandes lábios e com a
outra segurar o frasco já destampado.;
• Desprezar o primeiro jato;
• Colher a porção média no frasco estéril, urinando em
jato para que a urina não escorra na região genital;
• Desprezar o restante da micção;
• Tampar o frasco imediatamente;
• Evitar coletar em período menstrual;
• Volume mínimo de 10 ml.
Método de Coleta

➢ Homens:
• Fazer assepsia do pênis;
• Destampar o frasco estéril;
• Retrair o prepúcio com uma das mãos e com a outra
segurar o frasco já destampado;
• Desprezar o primeiro jato de urina;
• Colher a porção média no frasco estéril urinando em
jato para que a urina não escorra na região genital;
• Desprezar o restante da micção;
• Tampar o frasco imediatamente;
• 10 a 20 ml é ideal.
Método de Coleta

➢ Urina de 24 horas
Muitas vezes é necessário medir a quantidade exata de
determinada substância química na urina, ao invés de
registrar apenas sua presença ou ausência.

Deve-se usar uma amostra colhida cronometrada


cuidadosamente para conseguir resultados quantitativos
exatos. Devemos manter o paciente hidratado durante os
períodos de coletas curtas.
Procedimento de Coleta

➢ Para conseguir uma amostra precisamente cronometrada,


é necessário iniciar o período de colheita com a bexiga
vazia. Pegar recipiente devidamente limpo e seco para
coleta, com capacidade de 2.000 ml, já que o volume será
bem maior que o normal.
Procedimento de Coleta

➢ 1º dia – 7 h da manhã: Urinar e descartar a amostra. O


paciente então colhe toda urina nas próximas 24 horas. (As
amostras colhidas devem ser mantidas refrigeradas).

➢ 2º dia – 7 h da manhã: o paciente urina e junta toda esta


urina com aquela previamente colhida. E leva até o
laboratório todo volume que foi recolhido.
Procedimento de Coleta

➢ Enviar toda a urina ou a amostra ao laboratório. Para a


amostra de 24 horas deve- se misturar toda a urina e pegar
uma amostra de uns 10-20 ml, anotando na etiqueta o
volume total de 24h. Se tratando de Clearence de
creatinina, colher a urina de 24h. Pesar e medir a altura do
paciente e anotar na requisição.
Exame Simples

➢ Instruir o paciente sobre o exame, fazê-lo urinar em


recipiente limpo e seco previamente rotulado e enviar ao
laboratório com a requisição.

• TIG (Teste Imunológico de Gravidez) - Colher a primeira


urina da manhã. Seguir método de coleta para o exame
simples.

• Glicosúria - É a eliminação de glicose pela urina. Quando o


sangue é filtrado pelos rins, as substâncias que são
desnecessárias são eliminadas na urina, enquanto as
necessárias, como a glicose, são reabsorvidas e reenviadas
ao sangue. Nos indivíduos sadios praticamente toda glicose
é reabsorvida.
Método de Coleta

➢ Entregar ao paciente a comadre limpa e seca e pedir que


avise assim que urinar;
➢ Calçar as luvas;
➢ Retirar (cortar) 1 cm de GLICOFITA.
➢ Mergulhar por um minuto a ponta da fita na urina e
comparar a cor da fita com a cor padrão;
➢ Tirar as luvas, lavar as mãos e registrar o resultado no
relatório;
➢ Tomar as medidas previstas caso o paciente deva receber
insulina, de acordo com a glicosúria apresentada.
Método de Coleta

➢ Coleta Estéril
Jato médio para realizar urocultura - É útil para realização
de cultura em urinas suspeitas de infecção bacteriana.
Seguir a mesma técnica de coleta de Urina tipo I, só que
empregando pote (frasco) estéril. De preferência o
paciente deve urinar diretamente no frasco.
Coleta de Fezes

➢ Parasitológico
• O exame parasitológico de fezes é utilizado para
identificação de diversas infestações parasitárias, ovos ou
larvas de helmintos e de cistos de protozoários;
• Instruir o paciente sobre o exame;
• Preparar recipiente limpo, rotular e tampar;
• Pedir a paciente que evacue em comadre limpa;
• Calçar as luvas;
• Colher pequena quantidade de fezes com uma espátula;
• Em pessoas incapaz de evacuar na comadre, colher as fezes
em fralda ou pano;
• Enviar ao laboratório com a requisição.
Coleta de Fezes

➢ Pesquisa de Sangue oculto nas Fezes

Orientar o paciente que durante 3 dias antes da coleta,


evite a ingestão de: produtos com corantes, alimentos
vermelhos (beterraba, tomate), carne vermelha, vegetais
clorofilados (verdes), medicamentos à base de ferro e
outros como: aspirina, AAS, anti-inflamatório não
esteroides, anticoagulantes, colchicina, reserpina, vitamina
C, iodo, sulfato ferroso e corante radiológico. Evitar
bebidas alcoólicas por 3 dias antes da coleta. Coletar a
amostra no 4° dia, logo após a dieta
Coleta de Fezes

➢ ATENÇÃO - O material não deve ser colhido no período


menstrual. Deve-se ter todo cuidado ao escovar os dentes
para evitar sangramentos em gengivas.

➢ Método - Colher as fezes em recipientes apropriados,


seguindo normas do laboratório. Manter material à
temperatura ambiente até 30 minutos da coleta. Após isso,
manter o material refrigerado.
Coleta de Fezes

➢ Coleta de Exsudato (feridas, cavidades naturais):

• Orientar o paciente a respeito do exame;


• Após lavar as mãos, calçar luvas esterilizadas;
• Passar o cotonete, estilete ou “Swab” na região indicada,
colhendo uma amostra significativa do material solicitado;
• Recolocar o instrumento de coleta no frasco ou tubo e
tampá-lo devidamente;
• Enviar ao laboratório com a requisição;
• Tirar as luvas e lavar as mãos;
• Anotar o cuidado.

Atenção: se tratando de coleta de pus de uma ferida, o procedimento


antecederá à realização do curativo.
Coleta de Sangue

Do ponto de vista da sua constituição, o sangue é considerado


como um sistema complexo e relativamente constante, constituído
de elementos sólidos (células sanguíneas), substância líquida (soro
ou plasma) e elementos gasosos (O e CO). Para obtê-lo, o
procedimento é conhecido como punção venosa, flebotomia.

Para alguns exames é necessário jejum de 12 horas, como por


exemplo, dosagem de hormônios, de proteínas totais, colesterol e
triglicerídeos, albuminas e ácido úrico e alguns exames de sorologia
e imunologia, especialmente o da rubéola. Outros exigem que o
sangue seja colhido com anticoagulante (EDTA- ácido tetra acético
etileno diamino) como coagulograma, hemograma e gasometria. Já
os exames para hepatite, sífilis, HIV e outros, não se faz necessário
jejum, nem anticoagulante.
Coleta de Sangue

➢ Material

• Seringa de 5 ou 10 ml ou tubo vacutainer;


• Álcool a 70%;
• Agulha 25 x 8;
• Luvas de procedimento;
• Frascos ou tubos rotulados;
• Garrote;
• Algodão;
• Requisição;
• Saco plástico para resíduos.
Coleta de Sangue

➢ Método de Coleta:

• Instruir o paciente sobre o exame;


• Preparar o ambiente providenciando boa iluminação;
• Lavar as mãos;
• Colocar o material na mesa de cabeceira;
• Posicionar o paciente, se possível sentado ou em decúbito
dorsal; O braço do paciente deve ser posicionado em uma
linha reta do ombro ao punho, de maneira que as veias
fiquem mais acessíveis e o paciente o mais confortável
possível. O cotovelo não deve estar dobrado e a palma da
mão voltada para cima;
• Calçar as luvas;
Coleta de Sangue

➢ Método de Coleta:

• Palpar e selecionar a veia a ser puncionada; A regra básica


para uma punção bem sucedida é examinar
cuidadosamente o braço do paciente. As características
individuais de cada um poderão ser reconhecidas através
de exame visual e/ou palpação das veias. Deve-se sempre
que for realizar uma punção, escolher as veias do braço
para a mão, pois neste sentido encontram-se as veias de
maior calibre e em locais menos sensíveis a dor.
Coleta de Sangue

➢ Método de Coleta:

• Garrotear. O garrote é utilizado durante a coleta de sangue


para facilitar a localização das veias, tornando-as
proeminentes. O garrote deve ser colocado no braço do
paciente próximo ao local da punção (4 a 5 dedos ou 10 cm
acima do local de punção), sendo que o fluxo arterial não
poderá ser interrompido. Para tal, basta verificar a pulsação
do paciente. Mesmo garroteado, o pulso deverá continuar
palpável. O garrote não deve ser deixado no braço do
paciente por mais de um minuto. Deve-se retirar ou afrouxar
o garrote logo após a punção, pois o garroteamento
prolongado pode acarretar alterações nas análises.
Coleta de Sangue

➢ Método de Coleta:

• Fazer a antissepsia da área com algodão embebido em


álcool, no sentido do retorno venoso, para estimular o
aparecimento das veias.
• Deixar o algodão na bandeja ou segurá-lo com o dedo
mínimo.
• Com o polegar da mão não dominante fixar a veia,
esticando a pele abaixo do ponto da punção.
Coleta de Sangue

➢ Método de Coleta:

• Segurar a seringa horizontalmente, com a mão dominante,


mantendo o indicador sobre o canhão da agulha.
• Introduzir a agulha com o bisel e a graduação da seringa
voltados para cima. A agulha deve penetrar na veia
aproximadamente 1cm e ser mantida num ângulo de 15°.
• Aspirar a seringa com a mão que fixava a veia. Isto evitará
movimentos desnecessários e deslocamento da agulha. Se usar
vacutainer, aguardar seu enchimento.
• Após a coleta do sangue necessário, pedir para o paciente abrir
a mão, desprender o garrote e remover a agulha, com
movimento único e suave, apoiando o local com algodão
embebido em álcool.
Coleta de Sangue

➢ Método de Coleta:

• Para facilitar a hemostasia, fazer leve pressão no local da


punção com o algodão.
• Fazer com que a amostra de sangue escorra
vagarosamente pela parede do tubo, evitando a hemólise.
Se o frasco tiver anticoagulante, agitá-lo levemente, para
misturar bem com o conteúdo.
• Deixar o ambiente em ordem e o paciente confortável.
• Enviar o material ao laboratório com a requisição.
• Anotar o cuidado descrevendo as observações.
Coleta de Sangue

➢ Método de Coleta:

Vacutainer
Verificação de Sinais Vitais

➢ As alterações da função corporal geralmente se refletem na


temperatura do corpo, na pulsação, na respiração e na
pressão arterial, podendo indicar enfermidade. Por essa
razão são chamados sinais vitais e pela importância de cada
um deles, sua verificação e anotações devem ser exatas.
Os sinais vitais referem-se a:

• Temperatura (T);
• Pulso ou Batimentos Cardíacos (P);
• Respiração (R);
• Pressão Arterial (PA).
Verificação de Sinais Vitais

➢ Materiais necessários para aferição dos Sinais Vitais:

• Esfigmomanômetro;
• Estetoscópio;
• Termômetro;
• Recipiente com algodão (umedecer com álcool só o
necessário para uso imediato);
• Recipiente com álcool a 70%;
• Relógio com ponteiros de segundos;
• Papel ou bloco de anotações (sugestão: escrever
previamente no papel o nome e o número do leito de cada
cliente para organizar as anotações).
Verificação da temperatura

➢ Valores normais no adulto:

• Temperatura axilar: 35,5° a 37°C, contraindicado em casos de


queimaduras no tórax e em pacientes muito magros.
• Temperatura bucal: 36° a 37,4°C, contra indicado em
pacientes inconscientes, agitados, com queimaduras de face
e cirurgias na boca.
• Temperatura retal: 36° a 37,5°C, mais fidedigna que a axilar e
bucal. Contra indicado em pacientes com cirurgias do reto,
diarreia e em pacientes propensos a bradicardia (estímulo
vagal do ânus).
• Temperatura timpânica: 36 a 38,2°C.
Verificação da temperatura

➢ Terminologias Específicas:

• Normotermia: temperatura corporal normal.


• Afebril: ausência da elevação da temperatura.
• Febrícula: temperatura corporal (axilar) entre 37,1 e 37,5° C.
• Hipertermia: quando a temperatura corporal encontra-se
acima do valor normal.
• Hiportermia: temperatura corporal abaixo do valor normal.
Verificação da temperatura

➢ Procedimentos:

• Explicar o procedimento ao paciente.


• Realizar a desinfecção do termômetro com algodão
embebido em álcool a 70%.
• Em casos de termômetros digitais zera-lo; em caso de
termômetros de mercúrio sacudi-lo cuidadosamente até que
a coluna de mercúrio desça abaixo de 35°C.

Observação - As três etapas descritas acima devem ser


realizadas antes da aferição da temperatura axilar, bucal, retal e
timpânica.
Verificação da temperatura

➢ Temperatura Axilar:

• Enxugar a axila do paciente (a umidade pode abaixar a


temperatura real do corpo).
• Colocar o termômetro com o bulbo em contato direto com a
pele na região axilar.
• Pedir ao paciente para comprimir o braço com a mão ao
ombro oposto.
• Retirar após 3 a 5 minutos.
• Verificar o valor e registrar.
• Comunicar e registrar alterações.
• Realizar desinfecção do termômetro.
Verificação da temperatura

➢ Temperatura Bucal:

• Colocar o termômetro sob a língua do paciente.


• Pedir ao paciente para comprimir o braço com a mão ao
ombro oposto.
• Retirar após 3 a 5 minutos.
• Verificar o valor e registrar.
• Comunicar e registrar alterações.
• Realizar desinfecção do termômetro.
Verificação da temperatura

➢ Temperatura Retal:

• Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento.


• Colocar o paciente em decúbito lateral.
• Lubrificar o termômetro com vaselina e introduza-lo dois
centímetros pelo ânus.
• Retirar após 3 a 5 minutos.
• Verificar o valor e registrar.
• Lavar o termômetro com água e sabão.
• Retirar as luvas e lavar as mãos.
• Anotar a temperatura, usando um “R” para indicar a região
onde foi verificada.
Verificação da temperatura

➢ Temperatura Retal:

Observação - Este procedimento é mais utilizado nas


maternidades e serviços de pediatria. Neste caso, o
termômetro é individual, de tipo apropriado, isto é, com o
bulbo de mercúrio curto, arredondado e de vidro mais
grosso. É indicado também para adultos em estado grave ou
inconscientes.
Verificação do pulso

➢ Radial (pulso).
➢ Braquial (região interna do braço).
➢ Carótida (próximo à laringe).
➢ Poplítea (atrás do joelho).
➢ Pediosa (dorso do pé).
Verificação do pulso

➢ Terminologias básicas:

• Pulso normocárdico: batimento cardíaco normal.


• Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais.
• Pulso arrítmico: intervalos entre os batimentos desiguais.
• Taquisfigmia ou taquicardia: pulso acelerado, acima do
valor normal.
• Bradisfigmia ou bradicardia: frequência cardíaca abaixo do
valor normal.
• Pulso filiforme: fraco, quase que imperceptível.
Verificação do pulso

➢ Método de verificação do pulso:

• Explicar o procedimento ao paciente.


• Manter o paciente confortável (deitado ou sentado), com
o braço apoiado.
• Colocar os dedos indicador e médio sobre a artéria,
fazendo leve pressão (o suficiente para sentir a pulsação).
• Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem.
• Contar batimentos em período de um minuto.
• Repetir contagem, em casos de dúvidas.
• Anotar o valor e comunicar alterações.
Verificação do pulso

➢ Método de verificação do pulso:

Observações - Não usar o polegar para verificação do pulso,


pois a própria pulsação pode ser confundida com a pulsação
do paciente. Aquecer as mãos. Não fazer pressão forte sobre
a artéria, pois isso pode impedir de sentir os batimentos.
Verificação da Respiração

➢ A respiração é o ato de inspirar e expirar, promovendo a


troca de gases entre o organismo e o ambiente. A frequência
respiratória normal no adulto varia entre 12 a 20 respirações
por minuto (rpm).

➢ Terminologias Básicas

• Eupneia: respiração normal.


• Taquipneia: respiração acelerada (mais que 20 rpm).
• Bradipneia: diminuição dos movimentos respiratórios (menos
que 16 rpm).
• Apneia: ausência de movimentos respiratórios.
• Dispneia: dor ou dificuldade ao respirar.
Verificação da Respiração

➢ Método de Verificação:

• Lavar as mãos
• Deixar o tórax do paciente visível (pode estar sentado ou deitado).
• Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax. Os
dois movimentos (inspiração e expiração) somam um movimento
respiratório.
• Colocar a mão no pulso do paciente a fim de disfarçar a observação.
• Contar os movimentos respiratórios durante um minuto.
• Anotar o valor.
• Comunicar e registrar anormalidades.

Observações - Pedir que o paciente não fale durante o procedimento.


Não contar respiração após esforços físicos
Verificação da Pressão Arterial (PA)

➢ A pressão arterial é a força com que o sangue bate na parede dos


vasos sanguíneos. É determinada pelo volume de sangue que sai
do coração e pela resistência que ele encontra.

➢ Ao medir a pressão arterial, consideramos a pressão máxima


(sistólica) e a pressão mais baixa (diastólica). A pulsação
ventricular ocorre em intervalos regulares. A P.A. é medida em
milímetros de mercúrio (mmHg).

➢ A posição recomendada para a medida da pressão arterial (PA) é


a sentada. Entretanto, a medida na posição ortostática (de pé)
deve ser feita pelo menos na primeira avaliação, especialmente
em idosos, diabéticos, alcoólicos e pacientes em uso de
medicação anti-hipertensiva.
Verificação da Pressão Arterial (PA)

➢ Recomendações para a verificação de pressão arterial

• Explicar o procedimento ao paciente, orientando que não fale


e descanse por 5-10 minutos em ambiente calmo, com
temperatura agradável. Promover relaxamento, para atenuar o
efeito do avental branco (elevação da pressão arterial pela
tensão provocada pela simples presença do profissional de
saúde, particularmente do médico).

• Certificar-se de que o paciente não está com a bexiga cheia;


não praticou exercícios físicos há 60-90 minutos; não ingeriu
bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 minutos
antes; e não está com as pernas cruzadas.
Verificação da Pressão Arterial (PA)

➢ Recomendações para a verificação de pressão arterial

• Manter o braço do paciente na altura do coração, livre de


roupas, com a palma da mão voltada para cima e cotovelo
ligeiramente fletido.

• Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou


do mostrador do manômetro aneroide.

• Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu


desaparecimento, para a estimativa do nível a pressão sistólica;
desinflar rapidamente e aguardar um minuto antes de inflar
novamente.
Verificação da Pressão Arterial (PA)

➢ Recomendações para a verificação de pressão arterial

• Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a


artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão
excessiva.

• Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar de 20


a 30 mmHg, o nível estimado da pressão sistólica. Proceder a
deflação (desinflando o manguito), com velocidade constante
inicial de 2 a 4 mmHg por segundo. Após identificação do som
que determinou a pressão sistólica, aumentar a velocidade
para 5 a 6 mmHg para evitar congestão venosa e desconforto
para o paciente.
Verificação da Pressão Arterial (PA)

➢ Recomendações para a verificação de pressão arterial

• Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento


do primeiro som, seguido de batidas regulares que se
intensificam com o aumento da velocidade de deflação.
Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som.

• Auscultar cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som para


confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação
rápida e completa. Quando os batimentos persistirem até o
nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos
sons.
Verificação da Pressão Arterial (PA)

➢ Recomendações para a verificação de pressão arterial

• Registrar os valores das pressões sistólicas e diastólica.


Não arredondar os valores de pressão arterial para dígitos
terminados em zero ou cinco.

• Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas.


Verificação da Pressão Arterial (PA)

➢ Hipertensão Arterial

• Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial


sistólica maior ou igual a 140 mmHg e uma pressão arterial
diastólica maior ou igual a 90 mmHg, em indivíduos que não
estão fazendo uso de medicação anti-hipertensiva. É preciso
ter cautela antes de rotular alguém como hipertenso, tanto
pelo risco de um diagnóstico falso-positivo, como pela
repercussão na própria saúde do indivíduo e o custo social
resultante. O Quadro 1 apresenta a classificação da pressão
arterial para adultos com mais de 18 anos.
Verificação da Pressão Arterial (PA)

➢ Hipertensão Arterial
Pressão Arterial Sistólica Pressão Arterial Diastólica
Classificação
(mmHg) (mmHg)
Normal Menor que 120 Menor que 80

Pré-hipertensão 120-139 80-89


Estágio 1 :
HIPERTENSÃO 90-99
140 -159
Estágio 2 : Maior ou
Maior ou igual a 100
igual a 160

Classificação da pressão arterial

Observação - Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em


categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação do estágio.
Movimentação e Transporte do Paciente

➢ Movimentação de Paciente:

• Deixar os pés afastados e totalmente apoiados no chão;


• Trabalhar com segurança e com calma;
• Manter as costas eretas;
• Usar o peso corporal como um contrapeso ao do paciente;
• Flexionar os joelhos em vez de curvar a coluna;
• Abaixar a cabeceira da cama ao mover um paciente para cima;
• Utilizar movimentos sincrônicos;
• Trabalhar o mais próximo possível do corpo do cliente, que
deverá ser erguido ou movido;
• Realizar a manipulação de pacientes com a ajuda de, pelo
menos, duas pessoas.
Movimentação e Transporte do Paciente

➢ Movimentação de Paciente:

• Mecânica corporal: é o esforço coordenado dos sistemas


musculoesquelético e nervoso para se manter o equilíbrio, a
posição e o alinhamento corporal ao sentar-se, mover-se,
curvar-se e realizar as atividades da vida diária.
Movimentação e Transporte do Paciente

➢ Mudanças de Decúbito:

Lembrar que o paciente deve ser estimulado a movimentar-


se de uma forma independente, sempre que não existir
contraindicações nesse sentido.

A seguir conheceremos as mudanças de posição mais


frequentes.
Movimentação e Transporte do Paciente

➢ 1 - Trazer o cliente para um dos lados da cama:

A movimentação no leito deve ser realizada,


preferencialmente, por duas pessoas, seguindo-se os
seguintes passos:

• As duas pessoas devem ficar do mesmo lado da cama, de


frente para o paciente;
• Permanecer com uma das pernas em frente da outra, com
os joelhos e quadris fletidos, trazendo os braços ao nível
da cama: a primeira pessoa coloca um dos braços sob a
cabeça e, o outro, na região lombar;
Movimentação e Transporte do Paciente

➢ 1 - Trazer o cliente para um dos lados da cama:

• A segunda pessoa coloca um dos braços também sob a


região lombar e, o outro, na região posterior da coxa.
• Trazer o paciente, de um modo coordenado, para este lado
da cama. Se for necessário mover o paciente sem ajuda,
deve-se fazê-lo em etapas, utilizando-se o peso do corpo
como um contrapeso e plásticos facilitadores de
movimentos.
Movimentação e Transporte do Paciente

2 - Colocar o cliente em decúbito lateral


Quando o paciente não é obeso, pode-se seguir as seguintes
fases:

• Permanecer do lado para o qual você vai virar a pessoa;


• Cruzar seu braço e sua perna no sentido em que ele vai ser
virado, flexionando o joelho.
• Observar o posicionamento do outro braço e fazer o
paciente virar a cabeça em sua direção;
• Rolar a pessoa gentilmente, utilizando seu ombro e joelho
como alavancas.
Movimentação e Transporte do Paciente

3 - Movimentar o cliente, em posição supina, para a


cabeceira da cama:

• Se o paciente tem condições físicas, ele pode mover-se


sozinho, com a ajuda de um trapézio.
• O cliente flexiona os joelhos e dá um impulso, tendo como
apoio um plástico antiderrapante sob seus pés ou uma
pessoa segurando-os;
• Pode-se também colocar um plástico deslizante sob as
costas e a cabeça do paciente.
Transporte de Pacientes

1 - Auxiliar o cliente a levantar de cadeira ou poltrona:

• Colocar o cliente para a frente da cadeira, puxando-o


alternadamente pelo quadril;
• Permanecer ao lado da cadeira, olhando do mesmo lado que o
paciente;
• O cliente deve colocar uma mão no braço mais distante da
cadeira e a outra é apoiada pela mão do trabalhador de
enfermagem. Com o outro braço, o trabalhador circunda a
cintura do paciente, segurando no cinto de transferência;
• Levantar de uma forma coordenada, com movimentos de
balanço.
• Dependendo das condições do cliente, pode ser necessária a
participação de outra pessoa, do outro lado da cadeira.
Transporte de Pacientes

2 - Auxiliar o cliente a deambular:

É importante fazer uma avaliação cuidadosa para verificar se


o cliente tem condições de deambular. A pessoa deve
permanecer bem próxima do paciente, do lado em que ele
apresenta alguma deficiência, colocando um braço em volta
da cintura e o outro apoiando a mão. O ideal, nestes casos, é
utilizar um cinto especial, colocado na cintura do paciente.
Transporte de Pacientes

3 - Transferir o cliente do leito para uma poltrona ou cadeira


de rodas:

O paciente pode executar essa transferência de uma forma


independente ou com uma pequena ajuda, utilizando uma
tábua de transferência, da seguinte maneira:
• Posicionar a cadeira próxima à cama. Elas devem ter a
mesma altura;
• Travar a cadeira e o leito, remover o braço da cadeira e
elevar o apoio dos pés;
• Posicionar a tábua apoiada seguramente entre a cama e a
cadeira.
Transporte de Pacientes

4 - Transferir o paciente do leito para uma maca:

Não existe maneira segura para realizar uma transferência


manual do leito para uma maca. Existem equipamentos que
devem ser utilizados, como as pranchas e os plásticos resistentes
de transferências nesse caso, o paciente deve ser virado para que
se acomode o material sob ele.

Volta-se o paciente para a posição supina, puxando-o para a maca


com a ajuda do material ou do lençol. Devem participar desse
procedimento quantas pessoas forem necessárias, dependendo
das condições e do peso do cliente. Nunca esquecer de travar
as rodas da cama e do leito e de ajustar sua altura.
Transporte de Pacientes

4 - Transferir o paciente do leito para uma maca:

Transporte de paciente
Contenção no Leito

➢ A contenção deve satisfazer os seguintes objetivos:

• Reduzir o risco de lesão por queda;


• Evitar interrupção da terapia (tração, infusão, alimentação
por sondas, etc.);
• Evitar que cliente confuso ou agressivo remova o
equipamento de suporte de vida;
• Reduzir risco de lesão para outros clientes.
Contenção no Leito

➢ Procedimentos - Proceder a restrição no leito dos


segmentos corporais na seguinte ordem:

• Ombros: lençol em diagonal pelas costas, axilas e ombros,


cruzando-as na região cervical;
• Tornozelos e pulsos: proteger com algodão ortopédico, com
a atadura de crepe fazer movimento circular, amarrar;
• Quadril: colocar um lençol dobrado sobre o quadril e outro
sob a região lombar, torcer as pontas, amarrar;
• Joelhos: com 02 lençóis. Passar a ponta D* sobre o joelho D e
sob o E* e a ponta do lado E sobre o joelho E e sob o D. (*D:
direito **E: esquerdo).
Contenção no Leito

➢ ATENÇÃO!

• Não utilizar ataduras de crepe (faixas) menor do que 10


cm; pois podem causar garroteamento no membro
imobilizado;
• Evitar garroteamento dos membros;
• Afrouxar a restrição em casos de edema, lesão e palidez;
• Retirar a restrição uma vez ao dia (banho);
• Proceder limpeza e massagem de conforto no local.
Úlceras por Pressão

➢ É uma lesão com tendência a necrose dos tecidos. É


causada pela irrigação sanguínea deficiente, ocasionada
por pressão demorada e consequente falta de nutrição
dos tecidos.

➢ Ocorre frequentemente em pacientes com afecções


graves do sistema nervoso, sobretudo nos hemiplégicos
e paraplégicos, em pacientes em estado de coma ou
politraumatizados incapacitados de mover-se na cama.

➢ A úlcera de pressão caracteriza-se por uma crosta


enegrecida, formada de tecido mortificado, com
tendência a eliminar-se.
Úlceras por Pressão

➢ Classificação da úlcera de pressão:

Esta classificação verifica o comprometimento tecidual:

• Estágio I: comprometimento da epiderme;


• Estágio II: comprometimento até a derme;
• Estágio III: comprometimento até o subcutâneo;
• Estágio IV: comprometimento do músculo e tecido adjacente.
Úlceras por Pressão

➢ Classificação da úlcera de pressão:

Causas imediatas:

• Pressão (longas horas na mesma posição);


• Fricção (rugas e migalhas na roupa de cama, defeitos do
colchão);
• Umidade (paciente molhado por suor, urina e fezes);
• Falta de asseio corporal;
• Aplicação imprópria de aparelhos de gesso ou restrição;
• Excesso de calor e frio.
Úlceras por Pressão

➢ Medidas de Prevenção:

1 - Mudança de decúbito – Mudança de decúbito (mudança de


posição) do paciente acamado ou debilitados de 2/2horas, ou
conforme prescrição de enfermagem, e sempre evitar deixar o
paciente em atrito com a área lesada.

Para as mudanças de decúbito devem ser considerados os


déficits neurológicos, lesão musculoesqueléticas ou áreas
particulares da pele com risco elevado de formação de úlceras.
Lembrando sempre que o paciente nunca deve ficar
posicionado diretamente sobre a úlcera, e se isto for impossível,
ele deve estar sobre uma superfície redutora de pressão.
Úlceras por Pressão

➢ Medidas de Prevenção:

2 - Cuidados com os pontos de apoio – Para evitar lesão


causada pelo contato das proeminências ósseas umas com as
outras, deve-se usar travesseiros, cunha de espuma ou outros
dispositivos para manter os joelhos e os tornozelos separados.

Qualquer pessoa com mobilidade comprometida que esteja


restrita ao leito deve ter um dispositivo que alivie totalmente
a pressão sobre os calcanhares fora do leito.
Úlceras por Pressão

➢ Medidas de Prevenção:

Isto pode ser feito simplesmente colocando-se travesseiros sob


as pernas ou pode incluir dispositivos mais complexos,
almofadas em forma de rosca nunca devem ser usadas pelo
paciente com risco de desenvolver úlceras de pressão.

Importante – Não deve-se utilizar luvas de látex, nos


calcanhares do paciente, pois este procedimento pode
ocasionar mais ainda no aparecimento de úlceras de pressão.
Úlceras por Pressão

➢ Medidas de Prevenção:

3- Colchonetes especiais – Colchonetes especiais contendo ar,


espuma, gel ou água, a profundidade recomendada para os com
o gel é de 13 cm, e 7,5 cm para colchonetes com água. O
colchão casca de ovo é muito utilizado na prevenção das úlceras
por pressão.

4- Massagem de conforto – Massagem de conforto com ácido


graxos essencial, pode trazer um alívio da dor, e auxiliar na
circulação sanguínea, evitando o aparecimento das úlceras de
pressão.
Mudança de Decúbito

➢ Medidas de Prevenção:

A mudança de decúbito consiste em fazer variar a posição do


paciente acamado, a fim de proporcionar maior conforto e
evitar as complicações devido à imobilidade prolongada,
como as contrações musculares e úlceras de pressão.
Deve-se realizar o procedimento de mudança de decúbito
e o posicionamento adequado em pacientes acamados.
Mudança de Decúbito

➢ Procedimentos:

• Retirar travesseiros e coxins que possam estar com o paciente;


• Movimentar o paciente pelo lençol, em bloco, coordenando o
movimento do esforço;
• Após mobilização, utilizar coxins ou travesseiros para auxiliar o
posicionamento.
• Inspecionar as condições da pele do paciente, os pontos mais
sensíveis para o surgimento de úlceras, que merecem cuidadosa
inspeção em pacientes acamados ou restritos à cadeira;
• Proteger os pontos de apoio com os materiais disponíveis,
conforme prescrição de enfermagem;
• Manter lençóis esticados, evitando rugas sob o paciente.
Mudança de Decúbito

➢ Posições no Leito:

Há diferentes formas de se posicionar o paciente no leito com


a finalidade de proporcionar conforto, realizar exames,
tratamentos e cirurgias. A enfermagem deve conhecê-las
para ajudar o paciente a adotar posições específicas.
Mudança de Decúbito

1 - Decúbito dorsal, horizontal ou supina:

O paciente se deita de costas no colchão, com extremidades


inferiores apoiadas em coxim e superiores sobre o abdome. Sob
a cabeça coloca-se um travesseiro. Cobre- se o paciente com
lençol. Esta posição é muito utilizada para exame físico.

Decúbito dorsal
Mudança de Decúbito

2 - Posição de Fowler:

Posição em que o paciente fica semissentado, com apoio sob


os joelhos. É indicada para descanso, para pacientes com
dificuldades respiratórias.

Posição de Fowler
Mudança de Decúbito

3 - Decúbito ventral ou de prona:

É a posição em que o paciente fica deitado sobre o abdome,


com a cabeça lateralizada. É indicada para exames da coluna
vertebral e região cervical.

Decúbito Ventral
Mudança de Decúbito

4 - Decúbito lateral ou Sims:

O paciente assume posição lateral esquerda ou direita. O


membro inferior que está sob o corpo deve permanecer
esticado e o membro inferior acima deve permanecer
flexionado. Essa posição é utilizada para enemas, repouso.

Decúbito lateral
Mudança de Decúbito

5 - Genupeitoral:

O paciente se mantém ajoelhado sobre o colchão com o tórax na


cama. Os membros superiores ficam flexionados nos cotovelos,
repousam sobre a cama, auxiliando a amparar o paciente. Esta
posição é utilizada para exames vaginais e retais.

Posição Genupeitoral
Mudança de Decúbito

6 - Ginecológica:

O paciente fica deitada de costas, com as pernas flexionadas sobre


as coxas, a planta dos pés sobre o colchão e os joelhos bem
afastados um do outro. Existem mesas apropriadas para exame
ginecológico - as pernas ficam apoiadas em suportes, as perneiras.
Cobre-se a paciente com lençol em diagonal. Esta posição é utilizada
para cirurgias por vias baixas e exames ginecológicos.

Posição Ginecológica
Mudança de Decúbito

7 - Litotômica:

É considerada uma modificação da ginecológica. A paciente é


colocada em decúbito dorsal, com ombros e cabeça ligeiramente
elevados. As coxas, bem afastadas uma da outra são flexionadas
sobre o abdome. Essa posição é utilizada para partos normais,
cirurgias ou exame do períneo, vagina, bexiga e reto.

Posição Litotômica
Mudança de Decúbito

8 - Trendelemburg:

Posição em que o corpo fica inclinado, com a cabeça em plano


mais baixo que o restante do corpo. É indicada para facilitar
drenagem de secreções brônquicas e para melhorar o retorno
venoso.

Posição de Trendelemburg
Arrumação da Cama Hospitalar

O preparo da cama hospitalar consiste em arrumá-la, de


acordo com as características do paciente que vai ocupá-la.
É importante ressaltar que um leito confortável, devidamente
preparado e biologicamente seguro, favorece o repouso e
sono adequado ao paciente.

➢ Tipos de preparo:

Os tipos de preparo podem ser cama fechada, cama aberta e


cama para operado, as quais serão descritas a seguir.
Arrumação da Cama Hospitalar

1 - Cama fechada: é aquela que está desocupada,


aguardando chegada (admissão) do paciente, caso em que
deve ser submetida à prévia limpeza terminal.

➢ Material:
• 2 lençóis (de cima e de baixo);
• 1 toalha de rosto;
• 1 toalha de banho;
• 1 fronha;
• 1 cobertor;
• 1 colcha.
Arrumação da Cama Hospitalar

➢ Método de Dobradura (Cama fechada):


• Usar movimentos amplos, segurando a ponta superior
e o lado mais próximo do lençol.
• Dobrar duas vezes no sentido da largura (ponta com
ponta).
• Dobrar uma vez no sentido de comprimento e colocar
no espaldar da cadeira.
Arrumação da Cama Hospitalar

➢ Ordem na qual a roupa deverá ser colocada no espaldar


da cadeira (Cama fechada):
• Toalhas;
• Fronha;
• Colcha;
• Cobertor;
• Lençol de cima;
• Lençol de baixo.
Arrumação da Cama Hospitalar

➢ Método (Cama fechada):


• Reunir o material necessário e levá-lo ao quarto.
• Afastar a mesa de cabeceira.
• Colocar a cadeira aos pés da cama e sobre ela, o
travesseiro e o cobertor.
• Colocar a roupa na espaldar da cadeira, empregando a
técnica de dobradura, observando ordem de uso.
• Pegar o lençol sobre o centro do colchão.
• Ajeitar o primeiro lençol, prendendo-o por baixo
fazendo a dobra ao cobrir o canto.
• Estender o lençol de cima, colocando a bainha rente ao
colchão, deixando-o solto.
Arrumação da Cama Hospitalar

➢ Método (Cama fechada):


• Colocar o cobertor na mesma técnica e também deixa-
lo solto.
• Colocar a colcha utilizando técnica anterior, prendendo
o lençol de cima, o cobertor e colcha (todos juntos),
realizando a dobradura nos pés da cama.
• Na cabeceira superior dobrar as três peças juntamente
(lembrar da estética).
• Cobrir o travesseiro com a fronha, deixando-o em pé
na cabeceira superior.
• Ajeitar as toalhas na cabeceira inferior da cama.
Arrumação da Cama Hospitalar

2 - Cama aberta: é aquela que está sendo ocupada por um


paciente que pode deambular.

➢ Material:
• 2 lençóis (de cima e de baixo);
• Fronha;
• Cobertor;
• Colcha;
• Luvas de procedimentos.
Arrumação da Cama Hospitalar

➢ Método (Cama aberta):


• Segue o procedimento da cama fechada.
• Neste método, o travesseiro permanece abaixado na
cabeceira superior e abre-se o lado que o paciente vai
entrar e deitar na cama.
• Não esquecer de fazer a limpeza concorrente do
colchão e cabeceiras.
Arrumação da Cama Hospitalar

3 - Cama para operado : É realizada para receber o paciente


que está na sala de cirurgia sob anestesia ou submetido a
procedimentos diagnósticos ou terapêuticos sob anestesia
tem a finalidade de proporcionar conforto e segurança ao
paciente, facilitar colocação do paciente no leito e prevenir
infecção.
Arrumação da Cama Hospitalar

➢ Materiais (Cama para operado):


• Dois lençóis (de cima e de baixo).
• Um lençol móvel (dependendo da cirurgia).
• Um cobertor.
• Uma colcha.
• Um forro de cabeceira.
• Comadre ou papagaio.
• Suporte para soro.
Arrumação da Cama Hospitalar

➢ Método (Cama para operado):


• Reunir o material necessário.
• Retirar toda a roupa da cama enrolando-as com
cuidado e colocando-as no hamper.
• Dobrar a roupa e colocá-la no espaldar da cadeira em
ordem de uso.
• Realizar a limpeza concorrente do colchão e cabeceira.
• Estender o lençol de baixo na mesma técnica das
camas anteriores.
• Colocar o lençol móvel no centro da cama.
Arrumação da Cama Hospitalar

➢ Método (Cama para operado):


• Colocar o lençol móvel no centro da cama.
• Colocar as demais roupas sem prender os cantos.
• Nos pés, dobrar as roupas até o meio do colchão.
• Na cabeceira, dobrar as roupas até o meio do colchão.
• Realizar dobradura (envelope) e enrolar.
• Dobrar o forro de cabeceira em leque.
• Não colocar travesseiro.
Cuidados de Higiene Corporal

A higiene do paciente é uma atividade atribuída à equipe de


enfermagem e tem um fator importante na recuperação do
paciente. Os cuidados no momento de se fazer a troca de
roupas e arrumação do leito tem o objetivo de evitar doenças
infecciosas. Seguindo como sequência da cabeça aos pés.
Higiene oral

A higiene oral frequente reduz a colonização local, sendo


importante para prevenir e controlar infecções, diminuir a
incidência de cáries dentárias, manter a integridade da mucosa
bucal, evitar ou reduzir a halitose (mau hálito), além de
proporcionar conforto ao paciente.

Em nosso meio, a maioria das pessoas está habituada a escovar


os dentes - pela manhã, após as refeições e antes de deitar e
quando isso não é feito geralmente experimenta a sensação de
desconforto.

Avaliar a possibilidade de o paciente realizar a própria higiene,


sendo possível, colocar o material ao seu alcance e auxiliá-lo no
que for necessário.
Higiene oral

Caso contrário, com o material e o ambiente devidamente


preparados, auxiliar o paciente a posicionar-se, elevar a
cabeceira da cama, se não houver contraindicação, e proteger o
tórax do mesmo com a toalha, para que não se molhe durante o
procedimento.

Em pacientes inconscientes ou impossibilitados de realizar a


higiene bucal, compete ao profissional de enfermagem lavar os
dentes, gengivas, bochechas, língua e lábios do paciente, com o
auxílio de uma espátula envolvida em gaze umedecida em
solução dentifrícia ou solução bicarbonatada, a qual deve ser
trocada sempre que necessário.
Higiene oral

➢ Materiais:
• Pasta de dente ou antisséptico bucal;
• Escova de dente ou material preparado com abaixador
de língua e gazes;
• Copo com água;
• Cuba Rim.
Higiene oral

➢ Procedimento:
• Determinar a habilidade do paciente a segurar a
escova de dentes;
• Explicar o procedimento.

➢ Se o paciente não for debilitado:


• Colocar a pasta de dente na escova;
• Molhar a escova;
• Segurar a cuba rim e copo com água e auxilia-lo na
escovação.
Higiene oral

➢ Se o paciente for dependente:


• Colocar antisséptico oral no copo descartável;
• Molhar o abaixador de língua;
• Molhar crostas e placas presentes nos lábios;
• Cuidadosamente higienizar: bochechas internas,
palato, língua e lábios;
• Enxugar lábios;
• Trocar os abaixadores de língua quantas vezes forem
necessárias.

Atenção: retirar placas cuidadosamente para evitar


sangramentos. Não enxaguar em casos de antissépticos
antibacterianos.
Higiene Corporal

Os hábitos relacionados ao banho, como frequência, horário


e temperatura da água, variam de pessoa para pessoa. Sua
finalidade precípua, no entanto, é a higiene e limpeza da
pele, momento em que são removidos células mortas,
sujidades e microrganismos aderidos à pele.

Os movimentos e a fricção exercidos durante o banho


estimulam as terminações nervosas periféricas e a circulação
sanguínea. Após um banho morno, é comum a pessoa sentir-
se confortável e relaxada. A higiene corporal pode ser
realizada sob aspersão (chuveiro), imersão (banheira) ou
ablução (com jarro, banho de leito).
Higiene Corporal

➢ Banho de aspersão (chuveiro):

• Providenciar todos os produtos de higiene e roupas


requisitadas pelo paciente;
• Colocá-los ao alcance do chuveiro;
• Auxiliar o paciente no banheiro;
• Abrir o chuveiro e equilibrar a temperatura da água,
demonstrando ao paciente para saber se está a gosto;
• Instruir o paciente para não trancar a porta do
banheiro;
Higiene Corporal

➢ Banho de aspersão (chuveiro):

• Não sair do quarto. Devemos manter atenção.


Enquanto o paciente realiza seu banho, preparar cama
aberta conversando com o mesmo a fim de detectar
anormalidades;
• Auxiliar o paciente a sair do chuveiro, se necessário
auxiliá-lo a se enxugar;
• Auxiliar o paciente a se vestir e calçar os chinelos;
• Auxiliar o paciente a ir para o leito e deitar se
necessário;
• Deixar o quarto do paciente em ordem e realizar a
limpeza concorrente.
Higiene Corporal

➢ Banho de ablução (no leito):

Para os pacientes acamados, o banho é dado no leito, pelo


pessoal de enfermagem. Convém ressaltar que a grande
maioria deles considera essa situação bastante
constrangedora, pois a incapacidade de realizar os próprios
cuidados desperta um sentimento de impotência e vergonha,
sobretudo porque a intimidade é invadida.

O banho no leito, como qualquer outro procedimento, requer


prévio planejamento e organização dos materiais e roupas da
unidade considerando as especificidades do paciente.
Higiene Corporal

➢ Banho de ablução (no leito):

Inicialmente, retirar o cobertor do leito do paciente, dobrá-lo e


inseri-lo entre os lençóis e colcha limpos, devidamente organizados
na ordem de utilização.

Para facilitar a tarefa, solicitar ou trazer o paciente o mais próximo


da borda da cama. Antes de iniciar o banho, elevar um pouco a
cabeceira da cama, para evitar que o paciente aspire líquido.
Higiene Corporal

➢ Banho de ablução (no leito):

Tradicionalmente, costuma-se lavar primeiro o rosto, braços,


região ventral, membros inferiores, dorso e genitais. A higiene
deve ser realizada da região mais limpa para a mais suja,
evitando-se levar sujidade e
contaminação às áreas
limpas.
Ao se posicionar o paciente
de lado, para lavar o dorso,
habitualmente se realiza
uma massagem de conforto
para ativar a circulação local. Banho no Leito
Higiene Corporal

➢ Materiais:

• Lençóis (de cima e de baixo);


• 1 lençol móvel;
• 1 cobertor; 1 colcha; 1 fronha;
• 1 toalha de banho;
• Compressas (esfregão);
• Sabão (de preferência líquido);
• 1 jarro;
• 1 bacia;
• 1 camisola;
• Biombo;
• Luvas de procedimentos
Higiene Corporal

➢ Procedimentos:

• Explicar o procedimento ao paciente;


• Preparar as roupas de cama em ordem de uso, colocar
biombo;
• Oferecer comadre ou papagaio ao paciente;
• Lavar as mãos;
• Abaixar grades laterais da cama se houverem, acomodar
o paciente em alinhamento corporal adequado;
• Retirar as roupas de cima e colocá-las no hamper, com
exceção do lençol;
Higiene Corporal

➢ Procedimentos:

• Retirar a camisola do paciente. Se o paciente estiver com


venóclise, retirar primeiramente do membro superior
sem punção;
• Cobri-lo, levantar as grades;
• Encher o jarro com a água morna;
• Retirar o travesseiro se permitido;
• Dobrar o esfregão. Molhá-lo e torcê-lo;
• Lavar os olhos do paciente com água morna (sem sabão).
Usar diferentes áreas do esfregão para cada olho. Lavar
os olhos da comissura palpebral externa para a interna;
• Lavar região frontal, face, nariz, pescoço e orelhas;
Higiene Corporal

➢ Procedimentos:

• Lavar o braço do paciente com água e sabão, fazendo


movimentos longos e firmes, partindo da área distal para
a proximal e axila;
• Imergir a mão do paciente na bacia com água e lavá-la
não esquecendo as unhas;
• Com o esfregão molhado com água e sabão, lavar tórax
com movimentos longos e uniformes, trocando as áreas
do esfregão;
• Em casos de mulheres pode ser necessário erguer as
mamas;
• Lavar abdome, dando atenção especial ao umbigo;
Higiene Corporal

➢ Procedimentos:

• Cobrir peito e abdome. Expor pernas, cobrindo períneo;


• Flexione as pernas do paciente, imergir pé dentro da bacia
com água, lavar do tornozelo ao joelho e do joelho a coxa;
• Esfregar o pé, as interdigitais, unhas, retirar bacia;
• Lavar períneo (técnicas seguintes);
• Auxiliar o paciente a assumir posição lateral, lavar pescoço,
tórax posterior, região lombar, como movimentos firmes e
longos. Por último, dobras da pele das nádegas e ânus;
• Trocar o leito de acordo a técnica, colocando roupas sujas
no hamper sem balançá-las;
Higiene Corporal

➢ Procedimentos:

• Hidratar e massagear pele do paciente;


• Colocar camisola sem dar nós ou laços;
• Pentear os cabelos;
• Colocar desodorante nas axilas;
• Realizar limpeza concorrente nos móveis do paciente;
• Auxiliá-lo no desjejum e higiene oral (técnicas seguintes);
• Elevar grades;
• Lavar as mãos manter material em ordem.
Higiene Corporal

➢ Observação:

• Os procedimentos devem ser repetidos do outro lado;


• Trocar água se necessário;
• Cobrir o paciente, não deixá-lo exposto;
• Se necessário realizar higiene dos cabelo (técnica
seguinte), que deverá ser realizada primeiramente logo
após lavagem do rosto;
• Cortar unhas se necessário.
Cuidados perineais

➢ Higiene perineal feminino:

• Colocar a comadre sob a paciente;


• Não deixar áreas do corpo expostas desnecessariamente;
• Auxiliar a paciente a flexionar os joelhos e afastá-los;
• Molhar a genitália, lavar cuidadosamente as pregas da
pele. Com a mão não dominante afastar grandes lábios.
Com a mão dominante lavar a região com o esfregão com
água e sabão, em direção anterior para a posterior,
trocando as áreas do esfregão;
Cuidados perineais

➢ Higiene perineal feminino:

• Separar os pequenos lábios e expor o meato urinário e


introito vaginal. Repetir o procedimento da região anterior
para a posterior mudando áreas do esfregão.
• Se necessário utilizar mais de um esfregão;
• Enxaguar;
• Retirar comadre, enxugar a região.

Observação: se houver presença de fezes, retirá-las primeiro


com papel higiênico antes de iniciar o procedimento.
Cuidados perineais

➢ Higiene perineal masculina:

• Explicar o procedimento ao paciente;


• Colocar a comadre;
• Levantar o pênis. Segurá-lo com a mão dominante;
• Afastar cuidadosamente o prepúcio;
• Lavar a glande, meato urinário, em movimentos circulares,
trocando áreas do esfregão (retirar todo o esmégma);
• Com movimentos firmes e delicados lavar o corpo do pênis;
• Lavar cuidadosamente o escroto, levantá-lo e lavar o
períneo, enxaguar;
• Retirar comadre e secar a região
Cuidados perineais

➢ Cuidado com os cabelos

A lavagem dos cabelos e do couro cabeludo visa proporcionar


higiene, conforto e estimular a circulação do couro cabeludo.
Quando o paciente não puder ser conduzido até o chuveiro,
esta tarefa deve ser realizada no leito. A aparência e sensação
de bem estar em uma pessoa, geralmente, dependem da
aparência e da impressão dos cabelos.

Uma doença ou incapacidade pode impedir que o paciente


cuide bem dos cabelos. Os cabelos de um paciente imobilizado
rapidamente tornam-se emaranhados. Escovar, pentear e lavar
são as medidas básicas de higiene para todos os pacientes.
Cuidados perineais

➢ Lavagem dos cabelos no leito:

• Explicar o procedimento ao paciente;


• Arrumar materiais em local conveniente;
• Colocar a bacia sob a cabeça do paciente;
• Com o jarro derramar água cuidadosamente aos cabelos;
• Realizar espuma, massageando bem o couro cabeludo,
para estimular a circulação.
• Enxaguar, até que os cabelos fiquem sem sabão;
• Repetir o processo sempre que necessário;
• Aplicar condicionador nas pontas se necessário;
• Enrolar a cabeça do paciente na toalha.
Cuidados perineais

➢ Lavagem dos cabelos no leito:

Lavagem dos cabelos


Cuidados perineais

Observações: após o banho, trocar a roupa de cama; por


último pentear os cabelos a fim de remover emaranhados e
secar bem.

Antes de iniciar a lavagem dos cabelos, determine se existe


qualquer risco que possa contra indicar o procedimento,
como nos casos de pacientes graves, submetidos a cirurgias
de cabeça e pescoço ou com traumatismo raquimedular.

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