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Editora filiada à
Associação de Editores Cristãos
alvo da lição
Ao estudar esta lição, você conhecerá que elementos devem estar presentes em
um genuíno culto cristão.
“Eu vou ao culto”. Essa é uma expressão muito comum para nós. Significa
ir à igreja e participar da programação. Num sentido genuíno, participar de
um culto significa cantar, orar, ouvir a mensagem bíblica, contribuir e
manter comunhão com os irmãos. No entanto, às vezes, precisamos parar e
pensar no significado mais profundo do culto cristão. Será que qualquer
programação da igreja pode ser chamada de culto? Existe algum parâmetro
bíblico para que determinada reunião possa ser considerada como um
verdadeiro culto cristão? Precisamos, então, definir que elementos devem
compor uma reunião cristã para que ela possa ser considerada um culto
verdadeiro. Vejamos.
I. A palavra de Deus
A palavra de Deus é o elemento essencial e indispensável ao culto cristão.
Sem ela o culto é apenas uma reunião, um encontro qualquer. Sem a leitura
e a meditação bíblica o nosso culto se esvazia de conteúdo e essência,
assemelha-se a um culto não cristão. A palavra de Deus deve ocupar o lugar
central do culto, pois é por meio dela que Ele nos fala. Todo o culto deve ser
motivado pela palavra de Deus.
Que prejuízo espiritual tem uma pessoa que vai a um culto evangélico e não
recebe orientação pela palavra de Deus! Algumas dessas reuniões mais
parecem encontros de auto-ajuda ou reuniões de negócios do que um
verdadeiro culto cristão. Só a verdadeira pregação bíblica poderá causar
impacto positivo e efeito duradouro na vida de quem participa do culto. É
bom que prestemos muita atenção ao apóstolo Paulo quando diz que
devemos pregar a palavra (2Tm 4.2).
II. A oração
Como você se sentiria se passasse uma hora em um culto sem que se fizesse
uma só oração? Se na leitura e meditação das Escrituras Deus fala conosco,
na oração nós falamos com Ele. Ela é a nossa resposta ao que o Senhor tem
falado.
Parece que na igreja primitiva era impossível se reunir sem que houvesse
orações (At 4.23-31). A oração sempre teve primazia na liturgia das igrejas
cristãs.
III. O cântico
Outro elemento básico no culto cristão é a adoração, quase sempre prestada
a Deus por meio da música. Não nos esqueçamos de que todo o culto deve
ser em adoração a Deus. Neste ponto trataremos do louvor cantado. A igreja
cristã sempre cantou. A prova disso é a sua rica hinologia.
1. Agradecimento
(Sl 103.1)
Pela música, agradecemos a Deus Seus benefícios. A adoração ao Senhor é
um ato de obediência e de realização cristã. Paulo fala da diversidade de
nossa adoração quando nos ensina a louvar com salmos, hinos e cânticos
espirituais (Ef 5.19). É importante observar esse aspecto do culto.
2. Conteúdo
O conteúdo do que cantamos é tão importante quanto a forma do
canto. Por conteúdo entende-se a essência do culto, aquela parte que o
homem não vê, mas que agrada profundamente a Deus. É a adoração
sincera, rendida, fruto de uma vida que confessa o nome de Deus no seu dia
a dia (Hb 13.15).
3. Forma de adoração
Devemos tomar cuidado com a forma com que adoramos ao Senhor. Paulo
fala de ordem e decência no culto cristão (1Co 14.40).
IV. A comunhão
Outro objetivo de um grupo de pessoas estar reunido para prestar culto a
Deus é a comunhão. É uma prática que agrada a Deus e favorece os
participantes.
V. Os cerimoniais
O culto cristão só reconhece dois cerimoniais: a ceia e o batismo nas águas.
Eles foram praticados por Jesus (Mt 3.13-17; 26.26-29) e ordenados por Ele
(Mt 28.19; 1Co 11.24). Devemos tomar todo o cuidado para não dar o
mesmo valor litúrgico a qualquer outro cerimonial. As únicas duas
cerimônias aceitas e recomendadas são: a ceia e o batismo nas águas.
Conclusão
Existem outros elementos que compõem o culto cristão. No entanto, estes:
a palavra de Deus, a oração, o cântico, comunhão e os cerimoniais, são
essenciais. São elementos que fazem com que o nosso culto seja “bíblico”.
Há teologia na liturgia, por isso não devemos descuidar das partes essenciais
aqui citadas. Não nos esqueçamos do equilíbrio entre as partes. Algumas
igrejas enfatizam a oração, outras o cântico, outras a pregação e algumas
parecem mais um clube do que uma igreja ao priorizarem a comunhão.
aplicação
Somente quando houver equilíbrio nestas partes essenciais é que o culto poderá ser
edificante para aquele que dele participa. O verdadeiro culto cristão tanto agrada a Deus
como edifica a quem o presta, fazendo de cada reunião um momento especial para
glorificar a Deus, assim como para edificar a igreja.
“Portanto, irmãos, pelas misericórdias de Deus, peço que ofereçam o seu corpo
como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o culto racional de vocês.
E não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os
transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é a
boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
alvo da lição
Vamos estudar cinco épocas nas quais o culto era prestado a Deus, no
Antigo Testamento.
I. Da criação ao êxodo
A recusa do homem em obedecer a Deus incondicionalmente foi a recusa a
uma adoração ao Senhor com base em Sua verdade revelada (Gn 3.1-6).
Podemos entender, pelos textos bíblicos, que o culto ao Senhor era familiar,
centralizado no altar. Ali, Deus e a família se encontravam e havia:
A fé possibilitou a Abel ter sua oferta aceita pelo Senhor (Hb 11.4). Caim
não obedeceu às instruções que estão subentendidas em Gênesis 4.7, daí ter
tido sua oferta rejeitada por Deus.
Examinar as intenções e avaliar as ações devem ser exercícios constantes na
vida dos que cultuam a Deus (Sl 66.18; 131.1-3). Deus só aprova o culto
sincero.
IV. No exílio
Desse período em diante, as informações são mais escassas. Todavia,
sabemos que não havia templo, não havia sacrifício, não havia sacerdócio.
Em meio ao caos, à desesperança e ao temor, Deus enviou profetas como
Ezequiel para encorajar Seu povo a se voltar para Ele e cultuá-Lo, pois era o
Deus fiel à aliança.
O grupo de israelitas que se reunia no exílio começou o que depois ficou
conhecido como “sinagoga”.
V. A era pós-exílica
É o período de Esdras e Neemias. O povo de Israel voltou do exílio
babilônico. Houve um retorno à Lei de Deus (Torah), que começou a ser
lida perante o povo. O templo foi restaurado, os sacerdotes voltaram à
atividade, os sacrifícios e as ofertas tornaram a ser feitos.
Conforme o prof. Marcos Alexandre Faria (Faculdade Teológica Batista de
Brasília), estas são algumas influências do exílio babilônico:
1. a figura do rei desaparece;
2. o cativeiro se torna um meio de purificação e ressurgimento da religião
dos judeus;
3. as profecias de Jeremias tiveram grande influência;
4. finda a idolatria (estavam no meio de uma nação extremamente idólatra);
5. acaba a monarquia (fica na esperança do Messias - o descendente de Davi
virá!);
6. o sumo sacerdote, auxiliado pelos escribas, assume a liderança do povo;
7. Esdras, o sacerdote, convida o povo a voltar para a Palavra (Ed 7.10);
8. o povo gira em torno da Lei: viver de acordo com a Lei passa a ser um
estilo de vida;
9. começa o que seria mais tarde a sinagoga - o que se tornou modelo para as
igrejas no NT.
É o início do chamado “Judaísmo”, ou seja, o ambiente social, cultural,
político e religioso do povo hebreu, formado a partir da volta do exílio
babilônico (538 a.C.), e no qual se formou o cristianismo (Dic. Aurélio).
Nesse período, três ênfases básicas são: o sábado, a circuncisão e as leis
alimentares.
1. Adoração
(Gn 8.20; 35.11, 14; Êx 3.18; 5.1; 2Cr 7.3; Ne 8.6)
O culto era centralizado em Deus, que reivindica e espera isso de Seu povo.
Honramos ao Senhor quando O adoramos pelo que Ele é. Deus não está
limitado a experiências humanas, as quais não podem determinar ou
governar o tipo de liturgia do culto prestado ao Senhor. O Salmo 93 diz que
Ele está revestido de majestade. Deus é glorioso, é sublime, é belo na Sua
santidade. Devemos adorá-Lo no Seu esplendor e na Sua beleza. É com essa
concepção que devemos adorar ao Senhor.
O culto no AT é a resposta da criatura:
a. à glória do Criador revelada (Sl 19). Deus é o Altíssimo (Sl 83.18), o
Deus que vê (Gn 16.13), escudo (Sl 84.11);
b. aos atos salvíficos de Deus (Êx 15; Sl 105);
c. à ação bondosa de seu Criador (Mq 6.8; Is 1.13-17; Lv 10.1-2).
2. Oração e confissão
(Jó 1.5; Lv 16.15-16; 1Cr 16.39-40;2Cr 6.21-31; Ed 9.1-3)
O pecado tinha que ser coberto, a expiação, a propiciação foi feita por
Cristo, em nosso favor. Os sacrifícios do Antigo Testamento apontavam
para aquilo que Cristo iria fazer. No Antigo Testamento, não havia culto
nem adoração sem sacrifícios; não havia culto sem altar. Para nós, não há
culto sem o significado da cruz, não há culto sem Jesus Cristo, o que foi
imolado e que agora reina. Além disso, a adoração devia também incluir
ofertas, e os sacrifícios deviam expressar gratidão, devoção, desejo de
comunhão e meditação, prontidão, e voluntariedade para compartilhar
coisas materiais com os sacerdotes, os levitas, os pobres e as viúvas. Não
havia lugar para a mesquinhez no culto.
3. Instrução
(Gn 4.7; Dt 31.9-13; 2Cr 34.30; Ne 8.8)
Este é o meio pelo qual Deus revela Sua vontade. A pregação não pode ser
relegada aos momentos finais do culto. Ela não é matéria para ser apenas
descrita ou comentada, mas deve ser explicada (Ne 8.3,7-8,12). Deus fala, o
homem se cala, medita e responde. Com a pregação fiel e revestida de
autoridade da Palavra, Deus é honrado e glorificado, os descrentes são
desafiados, os crentes são edificados, e a igreja é fortalecida. A adoração
genuína também deve ser fruto de correto entendimento da lei, justiça e
misericórdia de Deus, reconhecendo-O assim como Ele Se revela nas
Escrituras. Sem a Palavra não há adoração e não importa quão emocionantes
sejam os demais atos do culto.
Conclusão
John H. Armstrong acusa grande parte da adoração moderna de
ser McAdoração, ou seja, ele a compara a um “lanche popular”, algo
produzido em escala industrial para satisfazer a alguns consumidores.
A perspectiva do AT não vê o culto público como focalizado na esperteza ou
criatividade humana, mas na santidade de Deus.
aplicação
Somos uma geração centralizada no homem, mas a igreja não pode tornar-se
antropocêntrica. A distração e o entretenimento da nossa era tecnológica não podem
tornar-se o centro. Nosso desejo por santidade deve ser maior que nosso desejo por
felicidade. O culto pode e deve, sim, ser agradável às pessoas, mas com base na
instrução bíblica apresentada e não no grau de satisfação pessoal alcançado. Que
possamos dizer: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória” (Sl 115.1).
3
O culto no
Novo Testamento
Pr. Silas Arbolato da Cunha
“Portanto, irmãos, pelas misericórdias de Deus, peço que ofereçam o seu corpo
como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o culto racional de vocês.
E não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os
transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é a
boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
alvo da lição
I. O culto pessoal
Culto não é ritual, melodia, formas, estética, beleza, palavras, cânticos,
dogmas, símbolos, ofertas ou qualquer outro detalhe que lhe possamos
atribuir. Culto, antes de tudo, é vida em ação. Culto é um ato de resposta à
ação bondosa de Deus, que nos chamou com finalidade bem clara: “Por meio
de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios
que confessam o seu nome” (Hb 13.15). Por isso, aquele que se relaciona com
Deus deve lembrar que o culto a Deus é o fruto natural (no sentido de
normal) da comunhão com Jesus Cristo.
2. Oração
(Ef 5.20; 1Tm 2.8; At 2.42)
As orações podem ser de adoração, invocação, confissão, petição,
agradecimento, intercessão, e devem ser dirigidas a Deus.
4. Serviço mútuo
(At 2.45; Cl 3.16)
Essencialmente, na Bíblia, culto é serviço, algo que fazemos para outros.
Primeiramente, o culto cristão é um ato divino. Respondemos ao favor de
Deus concedido a nós, Seus filhos. Ele veio ao nosso encontro, chamou-nos,
aceitou-nos, deu-nos o Seu perdão e nos trouxe à Sua presença. À medida
que, corretamente motivados, servimos o nosso próximo, estamos servindo
a Deus.
Conclusão
Nós, que em resposta à ação bondosa de Deus amamos a Cristo e cremos na
suficiência da Sua Palavra, não podemos moldar nossa adoração aos estilos e
preferências de um mundo escravo do pecado e de suas paixões. Nosso
objetivo principal deve ser adorar em espírito e em verdade. Para isto, as
Escrituras precisam regular o nosso culto, a nossa adoração. Tudo em
nossos cultos deve conduzir o adorador a um conhecimento mais profundo
de Deus.
aplicação
“Onde brilha o Sol da Justiça, não há lugar para o brilho de outras estrelas.”
4
A teologia
do culto
Pr. José Humberto de Oliveira
alvo da lição
Ao estudar esta lição, como adorador, você vai aprender a refletir sobre a
pessoa de Deus. Ao fazer assim, o culto oferecido terá teologia bíblica e
verdadeira.
I. O culto é necessário
A teologia do culto aponta para a necessidade do culto. Por que devemos
cultuar a Deus? Baseados no texto de Allmen, sete fatores mostram por que
o culto é necessário.
2. Deus é espírito
(Jo 4.24; 1.18; 1Tm 1.17; 6.16)
Isto é, em Sua substância nada há que seja matéria – é puro espírito. Espírito
é realidade, mas invisível e imaterial. Dizer-se que Deus é espírito é o
mesmo que dizer que Deus, em Sua essência, é incorpóreo e invisível. O fato
de Deus ser espírito não O impede de manifestar-Se em forma visível (Jo
1.32; Hb 1.7; ver Êx 11.27; Hb 11.27).
3. Deus é luz
(1Jo 1.5)
O ensino básico é o de santidade e integridade absoluta (Sl 27.1; 84.11; Is
60.20; Mq 7.8; Ap 22.5; Jo 8.12).
4. Deus é amor
(1Jo 4.7)
Ele é a fonte de todo amor verdadeiro (Dt 7.7-8; Jo 3.16; Rm 5.8).
5. Deus é único
(1Tm 2.5)
Há um só Deus. Essa é a verdade que recebe maior destaque em toda a
Bíblia. E Jesus a confirmou em Marcos 12.29 (Dt 6.4-5; Is 44.6; 45.22; Jo
17.3; 1Co 8.4-6; Ef 4.6).
6. Deus é pessoa
O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26). O homem
tem personalidade e Quem o criou também tem. Em Gênesis, encontramos
Deus e o homem na mais estreita comunhão. Para que haja comunhão é
essencial haver de ambos os lados personalidade independente. O homem
não pode manter comunhão com mera influência ou força impessoal. A
personalidade é caracterizada por: conhecimento próprio, sentimento,
vontade e inteligência. Deus tem essas características (Êx 3.14; Jr 29.11; Sl
33.5; 115.3). Devemos notar a diferença:o homem tem essas características
em grau finito, Deus as tem em grau infinito.
1. Vida pessoal
(Jo 4.19)
O verdadeiro adorador sabe que sua vida pessoal é conhecida por Deus. A
mulher samaritana teve sua vida conjugal revelada pela onisciência do
Messias (Jo 4.16-18).
Sua surpresa a levou a uma confissão: “Agora eu sei que o senhor é um profeta!”.
Que relação existe entre a vida do adorador e a adoração?
2. Local de adoração
(Jo 4.20-21)
O verdadeiro adorador sabe que o local da adoração pode, muitas vezes, ser
de pouca importância.
Há pessoas que não conseguem conversar sobre religião com outras de
convicções diferentes sem tocar nos pontos em que diferem. Quando um
judeu e um samaritano conversavam sobre religião, um dos principais
pontos em questão entre as duas comunidades tinha de ser ventilado: Que
lugar o Deus de Israel havia escolhido entre Suas tribos para que ali
habitasse o Seu nome? O texto decisivo era Deuteronômio 12.5. O texto,
todavia, não especifica que lugar Deus havia escolhido. Ele precisa ser
descoberto. Judeus e samaritanos tiraram conclusões diferentes. Os judeus o
fixaram em Jerusalém; os samaritanos, no monte Gerizim, que domina
Siquém - para o qual podiam olhar enquanto conversavam no poço.
O tempo da discussão sobre a preferência do monte Gerizim ou Sião havia
terminado. Uma nova ordem estava sendo iniciada, para a qual não é onde
as pessoas adoram a Deus que importa, mas como O adoram.
aplicação
Será que ainda hoje os filhos de Deus discutem sobre o melhor lugar para adoração?
O que dizer dos grupos que se acham “donos” da verdadeira música evangélica no
Brasil?
O que dizer daqueles que pensam deter o único e verdadeiro estilo de louvor que Deus
pode receber?
3. Adoração e conhecimento
(Jo 4.22)
O verdadeiro adorador sabe que a adoração deve ser feita com o
conhecimento que vem somente por meio da salvação em Jesus.
Somente aqueles que passaram pelo verdadeiro processo do novo
nascimento, que tiveram os olhos de seu coração iluminados pelo evangelho
de Jesus Cristo podem produzir uma verdadeira adoração. Às vezes, há tanta
música chamada evangélica, que não apresenta o mínimo do evangelho puro
e autêntico. Até que ponto temos de usar a linguagem do mundo para
alcançar as pessoas? Martyn Lloyd-Jones escreveu: “A glória do Evangelho é
que, quando a Igreja é absolutamente diferente do mundo, ela
invariavelmente o atrai. É então que o mundo se sente inclinado a ouvir a
mensagem, embora talvez no princípio a odeie”.
A influência dos cristãos na sociedade depende da sua diferença e não da
identidade.
Conclusão
Jesus afirmou que o Pai procura adoradores que O adorem em espírito e em
verdade (Jo 4.23). Isso se deve a dois fatores: primeiro, o fato de termos
sido criados para o louvor da glória de Deus; segundo, a própria natureza do
Deus a quem adoramos (“santo, santo, santo”) exige que assim O adoremos.
aplicação
“Se você sair da igreja com sua fé mais forte, a sua esperança mais acesa, o seu amor
mais profundo, a sua compaixão mais ampla, o seu coração mais puro, e a sua vontade
mais firme na vontade de Deus, então você realmente está cultuando.” (Tony Gray)
5
A organização
do culto
Pr. Luiz César Nunes de Araújo
alvo da lição
1. Ambiente
Providencie para que o ambiente do culto esteja em ordem. Os responsáveis
pelo culto devem observar se os lugares para sentar estão confortáveis e
limpos, se a iluminação é suficiente, se a sonorização está adequada e se os
instrumentos estão prontos. Enfim, se tudo está em ordem. Se o culto é no
lar, deve-se lembrar das crianças: providenciar pessoas para ficarem com os
pequenos, a fim de que tenham um tempo adequado para eles.
2. Programação
Prepare o programa do culto com antecedência. Confirme se as músicas,
recepcionistas e conselheiros estão preparados. Se possível, imprima o
programa e distribua a cada participante. Cuide, porém, para que o culto
não se torne previsível e pouco atraente. Nos lares, certamente o ambiente
estará mais descontraído, contudo a mesma orientação descrita para o culto
na igreja é útil. Que nada seja feito de qualquer maneira (Jr 48.10).
3. Liderança
O líder (pastor ou não) deve estar no local um bom tempo antes do culto.
Só assim ele poderá se preparar para os imprevistos, conversar sem correria
sobre os últimos detalhes do culto. O tempo antes e depois do culto são
importantes para que o líder tenha um contato mais próximo com as
pessoas, sejam suas ovelhas ou não (convidados, não cristãos). Jesus nos dá
exemplo da importância de dar atenção às pessoas (Lc 18.35-40).
4. Música
Escolha uma música animada e empolgante para começar o culto. São
diversos os tipos e pessoas que vão a um culto; e cada uma tem uma
necessidade, uma expectativa. Certamente, ninguém vai para se entristecer.
Então, inicie o culto animada, descontraída e atraentemente, demonstrando
a alegria que é ser cristão. A música é excelente instrumento para isso.
Quantos salmos Davi cantou alegrando-se no Senhor! (Sl 40.3; 144.9)
6. Tema
Planeje o culto em volta de um tema. Ter um tema explícito facilita a
organização do culto, seja onde for. Assim, todas as ações serão realizadas
visando o mesmo objetivo, favorecendo os adoradores.
7. Avisos
Reduza o número de avisos no culto. Os avisos podem ser expostos em
projetor multimídia após o culto, ou impressos, de acordo com a cultura da
igreja. Destaques, programações especiais podem ser enfatizados e depois
diga estas palavras mágicas: “Todos os outros avisos estão no boletim”. Nos
cultos nos lares, os horários dos serviços na igreja devem ser dados para
informar aos amigos visitantes. Muitas pessoas chegam à igreja após terem
ido a um culto no lar de um amigo ou parente.
8. Ofertas
Cuidado com as ofertas no culto realizado na igreja. Klaus Douglass orienta
que devemos ser muito discretos nessa questão. Conquanto ofertar também
seja culto (2Co 9.7), devemos cuidar para que o momento não seja
constrangedor para convidados e visitantes.
9. Encerrando o culto
Incentive cada pessoa a procurar alguém que não conhece ainda e o
cumprimente, estabeleça contato, converse. Os cristãos devem mostrar
receptividade aos visitantes e não crentes (estejam reunidos onde estiverem:
na igreja ou nos lares).
10. Recepção
Todos devem sentir que foram bem recebidos. Os crentes devem estar
preparados para lidar com os visitantes e desconhecidos. É papel da igreja
instruir seus membros sobre a maneira de agir nesses momentos. Assim, se
comportarão naturalmente, seja em culto na igreja ou no lar, atraindo outros
a Cristo (At 2.47). Proporcione uma oportunidade antes, durante ou após o
culto, para que as pessoas que quiserem deem um abraço fraternal no
próximo. Seja sensível e deixe isso à vontade dos presentes, já que pode
haver aqueles que se sintam constrangidos.
Conclusão
Nosso Senhor é perfeito, e tudo que fazemos para Ele deve buscar a
perfeição
(Ef 5.1). O culto a Deus tem de agradar a Ele, primeiramente. É um
momento também de apresentarmos aos ainda não alcançados a alegria que
é ter Jesus como Senhor de nossa vida. O culto é para Deus, mas, por meio
dele, muitas almas podem ser sensibilizadas à voz do Espírito Santo.
aplicação
Que nossos cultos sejam reverentes, realizados com ordem e decência, mas que sejam
alegres, atraentes, revelando o verdadeiro espírito cristão!
6
Os participantes do culto
Pr. João Batista Cavalcante
alvo da lição
Ao estudar esta lição, você, como adorador, refletirá sobre sua identidade e será
encorajado a uma atitude de humildade, reverência e gratidão diante do
privilégio que o culto cristão representa para ele.
Conclusão
Finalmente, os participantes do culto são pessoas que aguardam o dia
especial da vinda de Cristo (Hb 10.25) e anseiam participar nos céus da
mais perfeita expressão de culto que se pode imaginar (Ap 5.6-14). Aqui
vemos a participação em um grande culto com “milhões de milhões e milhares de
milhares” – “toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o
mar... dizendo: ‘Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro sejam o louvor, a
honra, a glória e o domínio para todo o sempre’... Também os anciãos se prostraram e
adoraram”(Ap 5.11-14). Além disso, a adoração verdadeira inclui
integralmente a pessoa do adorador. Essa inclusão significa que a mente
(inteligência, razão), os sentimentos (emoções) e ação (força) tomam parte
do culto cristão.
Não há justificativa para o fato de alguém separar o culto como se fossem
duas ou três igrejas cultuando separadamente (ver Ef 2.11-22; 4.1-6).
alvo da lição
Ao estudar esta lição, você será alertado para a importância do papel dos
dirigentes do culto, orientando esses irmãos e irmãs para que exerçam sua
função com conhecimento e zelo.
Conclusão
Seria difícil imaginar uma tarefa mais grandiosa e honrosa do que aquela que
é confiada aos dirigentes do culto. Do ponto de vista da igreja, trata-se de
uma enorme confiança depositada na pessoa que a lidera perante o Senhor.
É a igreja quem concede autoridade ao crente, num ato de confiança naquilo
que vai falar ou fazer. Do ponto de vista do dirigente, trata-se de uma tarefa
extremamente solene de comparecer diante do Senhor, com temor e tremor,
desejando agradar e honrar a Deus.
aplicação
alvo da lição
aplicação
Será que tenho o coração aberto para ouvir a mensagem de Deus quando vou ao culto?
Meus pensamentos estão completamente concentrados na pregação?
aplicação
Reconheço o poder que a oração tem sobre a pregação? Estou disposto a orar e até a
jejuar para que o púlpito da igreja na qual congrego seja um lugar onde o próprio Deus
fale com o Seu povo, e converta o coração dos pecadores?
aplicação
alvo da lição
I. Que é música
Segundo a Enciclopédia Britânica Barsa, “Música é a arte de coordenar
fenômenos acústicos para produzir efeitos estéticos”. Mas essa arte, que é
patrimônio da
humanidade, não produz o mesmo efeito estético em todos. Isso porque as
culturas, assim com as experiências, são diferentes. Um exemplo clássico
pode ser notado na reação dos ocidentais escutando música oriental e vice-
versa. Embora músicas de países como China, Índia, Países Árabes possam
nos parecer tecnicamente interessantes, podem nos parecer
incompreensíveis esteticamente ou não nos trazer prazer pleno. Contudo,
elas são significativas para os membros das culturas daqueles países.
Precisamos entender que música é simplesmente uma sequência de notas
em determinado ritmo e que em si ela é neutra, nem boa nem má.
Conclusão
Aprendemos nesta lição que a Bíblia apresenta diversas passagens que
mostram a importância da música na adoração a Deus. Aquele que tem a
responsabilidade de escolher a música nos eventos realizados na igreja (ou
fora dela, mas com o mesmo intuito) deve estar preparado para analisar as
letras e verificar a coerência das músicas escolhidas com a mensagem que
será pregada, tendo em vista a influência que ela tem sobre todos que
participarão do culto e a quem ele é dirigido: o único Deus, Santo e Todo-
Poderoso.
10
A oração no culto
Pr. Jessé Ferreira Bispo
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar, me buscar e
se converter dos seus maus caminhos, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus
pecados e sararei a sua terra.”
alvo da lição
aplicação
Que valor dou à oração quando me reúno com o povo de Deus para cultuá-Lo? Tenho
gratidão ou confiança em Seu poder? Consigo listar outros benefícios?
Deus disse a Salomão: “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar,
orar, me buscar e se converter dos seus maus caminhos, eu ouvirei dos céus, perdoarei os
seus pecados e sararei a sua terra.” (2Cr 7.14)
Fica claro nesse recado de Deus que Ele espera reverência por parte de Seu
povo. Moisés, quando O viu na sarça, foi orientado a tirar as sandálias dos
pés. Josué recebeu a mesma orientação.
Todas as partes do culto devem ser oferecidas com profunda reverência, e
entre elas está a oração. Devemos ter, no momento da oração, o mesmo
temor que Isaías teve quando viu o Senhor. Se não for a Sua misericórdia,
seremos consumidos diante da Sua glória. Por isto fechamos os olhos: para
que nos concentremos exclusivamente em Deus.
aplicação
Tenho consciência de que os olhos de Deus estão atentos à minha oração, reverência e
temor a Ele? Meu comportamento ao orar alegra Seu coração? O que espero de Deus
neste momento, que atente aos meus desejos ou que faça a vontade Dele, ainda que
seja contrária à minha própria?
1. Em um culto missionário
A oração deve nos ajudar a clamar pela salvação dos povos sem Cristo e pelo
despertamento dos crentes para que se envolvam na obra missionária.
2. Em um culto evangelístico
Ela deve buscar a salvação dos participantes que ainda não foram alcançados
por Cristo.
3. Em um culto comemorativo
Ela deve agradecer a Deus as bênçãos que motivaram esta festividade.
4. Em um culto de oração
Ela deve apresentar a Deus as diversas necessidades, como a cura de alguém
enfermo, a restauração de um casamento, o suprimento de emprego para um
amigo, a paz em países em conflito, a orientação para decisões da igreja, e
assim por diante. Vale a pena destacar a necessidade que a igreja
contemporânea tem de dedicar
culto a Deus.
Conclusão
Jesus disse que onde dois ou três se reunirem em nome Dele, ali promete
estar (Mt 18.20). Tiago ensina que muito vale, por sua eficácia, a súplica do
justo (Tg 5.16). Veja como uma igreja pode ganhar quando não somente
um, mas muitos que confiam em Cristo entendem o poder que existe na
oração.
aplicação
Consigo listar num papel algumas experiências que marcaram tanto minha vida material
quanto a espiritual como resultado de momentos em oração com outros irmãos nestas
últimas semanas?
11
A comunhão
no culto
Pr. Esli Pereira Faustino
alvo da lição
Ao estudar esta lição, você vai refletir a respeito da comunhão como expressão
de culto ao Senhor e como condição para um testemunho cristão eficiente.
1. A doutrina correta
Temos duas fontes de informação a respeito da doutrina ou ensino para a
igreja: o que Jesus fez e ensinou (At 1.1), cujo registro se acha nos
Evangelhos, e os mandamentos dados pelo Espírito Santo, por meio dos
apóstolos (At 1.2), declarações que confirmam o fundamento apostólico da
igreja (Ef 2.19-22). Dessa forma, a doutrina ensinada pelos apóstolos torna-
se padrão para o comportamento ético e cúltico da comunidade cristã. Não
há comunhão verdadeira quando a doutrina é discordante, estranha ou
antibíblica. A igreja verdadeira possui uma doutrina bíblica saudável,
chamada por Paulo de “sã doutrina” (Rm 6.17; 16.17-18; Ef 4.14; 1Tm 6.3-
5).
aplicação
Como ter comunhão com pessoas que vivem na imoralidade, praticam a idolatria ou
vivem de forma
desordenada?
Conclusão
Segundo Martin-Achard, o termo hebraico para culto designa trabalho,
serviço e não há nenhuma divisão estanque no pensamento bíblico entre
fainas diárias e adoração a Deus, uma vez que as Escrituras unem o trabalho
manual e o serviço do Criador. Entretanto, atualmente, houve um
estreitamento do sentido de culto, visto que passou a designar apenas uma
parcela do serviço extenso que Deus espera do Seu povo. Todavia qualquer
serviço prestado ao próximo, com o coração tocado pelo Senhor, torna as
atividades comuns da vida uma expressão de culto e adoração a Deus (2Co
16.15-18).
aplicação
O culto pode ter momentos de muita comunhão entre os irmãos, tanto antes quanto
durante e depois da liturgia. Em muitas igrejas, o culto é o único momento da semana
em que os irmãos se encontram. Assim, é preciso que sejam criadas oportunidades de
comunhão entre eles.
12
A evangelização
no culto
Pr. Esli Pereira Faustino
alvo da lição
Ao estudar esta lição, você aprenderá como a igreja pode criar um culto especial
dedicado à evangelização.
Conclusão
Segundo Martin-Achard, as Escrituras em conjunto não intentam substituir
as práticas religiosas por um código de regras éticas para o culto: isso seria
correr o risco de cair rapidamente no moralismo e no legalismo. É muito
fácil aos crentes renderem culto a si mesmos e repudiar a Deus, tanto por
obras meritórias como por práticas religiosas. Portanto, devemos entender o
culto como um lugar venturoso de encontro dos fiéis com Seu Deus
enquanto esperam a vinda de Seu reino, ou o lugar de encontro com Aquele
que exige total obediência e reclama submissão absoluta ao Seu senhorio
(Rm 10.9-10).
“Assim, todo o Israel levou a arca da aliança do Senhor, com júbilo e ao som de
clarins, trombetas e címbalos, fazendo ressoar harpas e liras.”
alvo da lição
Ao estudar esta lição, você aprenderá que os atos do culto exigem preparo
espiritual e organização, pois o objetivo é agradar a Deus, louvando e
engrandecendo Seu nome.
A arca da aliança era o símbolo material de que Deus estava com Seu
povo, Israel. Ela era levada adiante do povo como sinal de que Deus os
guiava e os protegia (Nm 10.33; Js 3.3). Foi a arca usada no milagre da
travessia do Jordão (Js 3.8). Certa vez, quando os filisteus roubaram a arca
do Senhor, tiveram muitos problemas e resolveram devolvê-la ao povo de
Israel (1Sm 6). Depois da morte de Moisés até o reinado de Saul, o
tabernáculo de Deus permaneceu descuidado, e os utensílios ficaram
espalhados por todo o país. Cada governante tratava de colocar a arca numa
cidade importante para seu governo.
Depois que Davi se tornou rei de Israel, decidiu construir uma nova tenda
para a arca da aliança e a levou para Jerusalém.
Para esse dia, o rei preparou um culto muito especial. Houve muitos
cantores, instrumentistas e várias participações. Vamos estudar o capítulo
que relata o preparo espiritual e organizacional desse culto.
I. Um preparo espiritual
O texto, logo no início, mostra-nos a preocupação principal do rei Davi, que
era o organizador do culto.
aplicação
Conclusão
A conclusão tanto do capítulo 15 quanto do capítulo 16 foi o alcance do
objetivo do rei ao promover o culto ao Senhor. Veja 1Crônicas
15.28: “Assim, todo o Israel levou a arca da aliança do Senhor, com júbilo e ao som de
clarins, trombetas e címbalos, fazendo ressoar harpas e liras.”. Em outras palavras,
todo o povo participou do culto ao Senhor pela volta da arca a Jerusalém.
A junção do preparo espiritual e organizacional é o melhor caminho para
que se atinjam os objetivos das apresentações no culto e também do próprio
culto: louvar e engrandecer o nome do Senhor, do modo que O agrada.
1. Resultados dessa combinação
a. Todos que apresentam devem ter um alvo em comum: a glória do
Senhor.
b. A comunicação da mensagem é clara.
c. Evitam-se erros à medida que se diminui o improviso.
d. O ambiente se torna agradável e o programa variado à medida que a
ordem das coisas foi pensada e pré-estabelecida.
e. Gente preparada pode preparar outros para a continuação do ministério.
aplicação
Organização não significa deixar a espiritualidade - Deus - de lado, nem tem seu alvo
em si própria. Lembremo-nos de que nosso Deus não é de confusão, que fez e faz
todas as coisas com ordem. O culto apresentado ao Senhor deve ser preparado com
oração e sob a direção de Deus.
14
O batismo e
a ceia no culto
Pr. André de Souza Lima
alvo da lição
Batismo e ceia são ordenanças que Jesus deixou. Por causa da natureza
delas são motivos de alegria mas também de introspecção.
Não podemos estudar sobre o batismo e a ceia no culto sem antes relembrar
o que significam para a vida dos crentes e, consequentemente, para a igreja.
1. O significado
O batismo demonstra nossa união com Cristo, por meio de Sua morte e
ressurreição (Rm 6.3-4). É o rito que marca a entrada no corpo de Cristo - o
testemunho público da vida entregue ao Cristo ressurreto. Paulo reafirma o
significado do batismo
(Cl 2.11-12), expondo o fato como ponto de partida e de motivação para
uma vida santa, uma vez que agora temos o privilégio de estar unidos com
Cristo.
Outro significado que encontramos no batismo é o perdão e a purificação
dos pecados, pois o crente é lavado pelo sangue de Cristo (Tt 3.5; At 22.6).
1. O significado
Assim como o batismo, a ceia é rica em seu simbolismo.
a. Os elementos simbolizam o corpo e o sangue de Jesus. Paulo ensina que a
celebração da ceia é um anúncio da morte do Senhor (1Co 11.26).
b. Ao participarmos da ceia devemos nos lembrar de que ela simboliza a
nossa apropriação dos benefícios que a morte de Cristo nos trouxe. Ao
tomarmos os elementos da ceia, louvamos a Deus pelos benefícios que
recebemos.
c. Jesus é o pão da vida. A ceia também nos lembra de Cristo como fonte de
alimento e força espiritual (Jo 6.53-57). É momento de comunhão com
Cristo!
d. Além da comunhão, a ceia nos lembra da comunhão da igreja que
participa do corpo de Cristo (1Co 10.17). É o momento de perdoar assim
como fomos perdoados e manter o relacionamento em dia.
aplicação
Conclusão
Batismo e ceia têm pelo menos três coisas em comum: são ordenanças,
símbolos e
expressões de nossa teologia.
Quando programamos um culto para praticar batismo ou ceia, devemos ser
cuidadosos e fazer com que nossa liturgia reflita a mensagem cristocêntrica
que eles trazem.
15
Cultos especiais
Pr. Evaldo Alencar de Lima
”Em tudo, deem graças, porque esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo
Jesus.”
alvo da lição
Ao estudar esta lição, você entenderá que o culto especial precisa ser planejado
minuciosa e antecipadamente para que cada parte se harmonize com o todo e
cumpra o objetivo a que ele se propõe.
aplicação
A música no culto especial deve estar em harmonia com o que ele se propõe a realizar.
alvo da lição
Por que deve haver cultos nos lares? Qual a importância da igreja local
incentivar a formação de pequenos grupos? Deus criou o homem e disse que
não era bom que ele permanecesse só. Assim deveria ir acontecendo (Gn
2.24) na construção de novas células na sociedade.
Conclusão
Incentivar a criação de grupos pequenos não é moda teológica. Foi, é e
sempre será uma necessidade dentro da igreja local. Até que tudo funcione
com naturalidade, certamente há um árduo caminho a ser percorrido. Todos
os esforços dedicados no sentido de realizar cultos nos lares periodicamente
encontrarão recompensa. A igreja que investe neste ministério verá, na vida
de seus membros, resultados positivos, o que será refletido nela própria.
aplicação
“Ensinem essas palavras aos seus filhos, falando delas quando estiverem
sentados em casa, andando pelo caminho, quando se deitarem e quando se
levantarem.”
alvo da lição
Ao estudar esta lição, você vai aprender que ensinar a palavra de Deus,
registrada na Bíblia, é o melhor meio para manter sua família nos caminhos do
Senhor.
I. O remédio: a Bíblia
(Dt 6.4-9)
O remédio divino para impedir o desvio espiritual dos membros de nossa
família consiste de fato de doses substanciais da palavra de Deus.
Contudo, nesse texto, a receita pede bem mais que “um versículo por dia
para espantar a apostasia”. Deus espera que Suas palavras e Seus feitos de tal
forma dominem a vida dos crentes que os pensamentos e as palavras deles
naturalmente se voltem para o Senhor o dia inteiro.
1. Espontaneidade e criatividade
Exige-se mais do que mero ritualismo religioso doméstico. Não adianta
apenas obrigar os filhos a irem à igreja, orar antes das refeições ou até
mesmo leituras diárias da Bíblia. Tudo isso é bom e deve ser praticado,
porém, não são em si suficientes para deter a imensa pressão que os nossos
filhos sofrem no mundo para abandonarem a fé.
A Bíblia exige criatividade, além da disciplina de usar os momentos formais
do dia a dia para exercitar os filhos na piedade. Como disse certo indivíduo:
Deuteronômio 6.4-9 exige “qualquer coisa, todas as coisas, em qualquer
lugar, em todos os lugares.”
2. Palavras e feitos
O versículo 4, que é a afirmação central da fé israelita, estabelece o alicerce
do texto.Essa verdade tão facilmente proclamada não é fácil aplicar. Os
versículos seguintes nos ensinam a pôr em ação a fé que afirmamos no
versículo citado.
a. Minha decisão: amar a Deus (v.5)
b. Minha ação: guardar Sua Palavra no coração (v.6)
c. Minha responsabilidade como pai:
• ensinar aos meus filhos (v.7):
• falando dela todo o dia (v.7);
• atando-a como lembrete (v.8);
• transcrevendo-a nos umbrais e nas portas (v.9).
4. Método de ensino
O método pelo qual Deus treina homens e mulheres piedosos começa no
seminário do lar.
A escola bíblica, os clubes bíblicos, as escolas evangélicas e outros
programas podem suplementar o treinamento doméstico, mas não substituí-
lo. É importante lembrar que Deus dá aos pais a responsabilidade primária
de passar adiante o legado da fé cristã.
5. Envolvimento familiar
A família precisa estar envolvida com Deus o dia inteiro.
Conclusão
Os israelitas tinham muitos memoriais, lembranças e tradições que lhes
ofereciam oportunidades de devocionais espontâneos. As orientações dadas
por Deus eram para que não fossem momentos limitados nem monótonos,
mas para que ocorressem naturalmente, quando as pessoas se sentavam em
suas casas, andavam pelo caminho, se deitavam e se levantavam (Dt 6.7).
aplicação
Os pais devem procurar meios para realizar devocionais que sejam momentos
agradáveis e interessantes para a família, em que todos tenham oportunidade de
participar de alguma forma, despertando o desejo de aprender sempre mais sobre Deus
e Sua vontade para cada vida.