Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O Acordo de Cotonu tem como principais objectivos a redução da pobreza e, a prazo, a sua
erradicação e a integração progressiva dos Estados de África, das Caraíbas e do Pacífico (ACP)
na economia mundial, em consonância com os objectivos de desenvolvimento sustentável.
ACTO
SÍNTESE
Quadro geral
O acordo de Cotonu gere as relações de cooperação da União Europeia (UE) com vista ao
desenvolvimento económico, social e cultural dos países de África, das Caraíbas e do Pacífico
(ACP).
Dimensão política
O diálogo político é conduzido de uma forma flexível, num quadro formal ou informal, e ao
nível territorial mais adequado. Os organismos regionais e os parlamentos nacionais podem
participar nesse diálogo.
O acordo prevê que os intervenientes não estatais desempenhem um papel importante tanto
na concepção como na execução das estratégias e programas de desenvolvimento. Trata-se,
em especial, das autoridades locais e das organizações da sociedade civil e do sector privado,
que têm acesso a financiamento específico da parceria.
O acordo é baseado numa abordagem integrada que inclui acções a favor do desenvolvimento
económico, social e humano, bem como da integração regional. As prioridades da intervenção
são estabelecidas para cada país, tendo em conta o princípio da diferenciação.
ao desenvolvimento cultural.
A integração e a cooperação regionais têm por objectivo facilitar o desenvolvimento em todos
os sectores. A cooperação apoia igualmente os projectos e as iniciativas de cooperação inter-
regionais e intra-ACP, incluindo os que envolvem países em desenvolvimento não ACP. A
integração e a cooperação regionais procuram, nomeadamente:
Os países ACP menos avançados, sem litoral e insulares beneficiam de um tratamento especial,
bem como os que se encontram em situação pós-conflito. É-lhes concedida particular atenção
em alguns domínios, em especial em matéria de segurança alimentar, de cooperação regional,
de infra-estruturas dos transportes e de comunicações.
Instituições comuns
O Conselho de Ministros reúne-se uma vez por ano e é composto por membros do Conselho
da UE, da Comissão e por um membro do governo do cada país ACP. A Presidência é exercida
alternadamente por um membro do Conselho da UE e por um membro do governo de um
Estado ACP.
O Conselho de Ministros conduz o diálogo político e zela pela boa execução do acordo. Pode
adoptar decisões vinculativas para as Partes, formular resoluções, recomendações e pareceres.
Pode igualmente delegar competências no Comité de Embaixadores. Apresenta um relatório
anual sobre a execução do acordo à Assembleia Parlamentar comum.
O acordo prevê medidas em caso de não respeito dos elementos essenciais do acordo, isto é, o
respeito dos direitos humanos, dos princípios democráticos e do Estado de Direito.
O acordo prevê um procedimento preliminar de consulta; todavia, caso não se chegue a uma
solução aceitável, poderão ser tomadas medidas suplementares, incluindo a suspensão do
acordo.
Contexto
O acordo de Cotonu representa uma nova fase na cooperação entre os países ACP e a UE. Para
alguns países ACP, a cooperação teve início com a assinatura do Tratado de Roma, em 1957.
Essa cooperação desenvolveu-se com as duas convenções de Yaoundé e as quatro convenções
de Lomé.
REFERÊNCIAS
Prazo de
Acto Entrada em vigor transposição nos Jornal Oficial
Estados-Membros
Prazo de
Acto(s) Entrada em vigor transposição nos Jornal Oficial
Estados-Membros
ACTOS RELACIONADOS
Regime comercial
Proposta de decisão do Conselho de 30 Setembro de 2008 relativa à assinatura e à aplicação
a título provisório do acordo que estabelece um quadro para um Acordo de Parceria
Económica entre a Comunidade Europeia e os seus Estados-Membros, por um lado, e os
Estados Parceiros da Comunidade da África Oriental, por outro [COM(2008) 521 final – Não
publicada no Jornal Oficial].
O regime comercial previsto pelo Acordo de Cotonu e a derrogação concedida a este regime
pela OMC expiraram em Dezembro de 2007. Assim, o estabelecimento de um Quadro para um
Acordo de Parceria Económica (QAPE) entre a UE e os Estados Parceiros da Comunidade da
África Oriental permitirá manter as relações comerciais existentes e servir de base para a
negociação de um Acordo de Parceria Económica global até ao fim de 2009.
Com efeito, o QAPE prevê as medidas necessárias para a implantação de uma zona de
comércio livre, bem como as disposições específicas das regras originais, das medidas não
pautais, das medidas de defesa comercial da prevenção de conflitos, da pesca, da cooperação
administrativa e institucional.
Regulamento (CE) n.º 1528/2007 do Conselho de 20 de Dezembro de 2007 que aplica às
mercadorias originárias de determinados Estados pertencentes ao Grupo de Estados de
África, das Caraíbas e do Pacífico (ACP) os regimes previstos em acordos que estabelecem ou
conduzem ao estabelecimento de Acordos de Parceria Económica [Jornal Oficial L 348 de
31.12.2007].
O presente regulamento estabelece a lista de Estados que beneficiam de um Acordo de
Parceria Económica (APE). Prevê uma aplicação deste regime comercial a partir de 1 de Janeiro
de 2008.
Disposições específicas