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Aula 20.09.19
2.9 Ondas em meios elásticos
Quem nunca observou as ondulações produzidas na superfície de um lago quando
uma gota de água cai sobre o mesmo? Se essas ondulações passam por um objeto que
esteja flutuando vemos que este executa um movimento de subida e descida à medida
que as ondulações passam por ele, indicando que as ondulações transportam energia e
momento linear através do espaço, sem transportar matéria.
Para a Física, onda é uma perturbação periódica que se verifica no espaço vazio
ou num meio material sob a forma de transporte de energia e momento linear, alterando
as condições do meio através do qual se propaga. Uma onda é uma oscilação que é
função tanto do espaço como do tempo, ou seja, uma onda é algo que tem uma
extensão no espaço. As ondas podem ser de três tipos:
1. Ondas mecânicas. São as mais familiares porque as encontramos constantemente. Entre
elas estão as ondas do mar, as ondas sonoras e as ondas sísmicas. Todas essas ondas
possuem duas características: são governadas pelas leis de Newton e existem apenas em
um meio material como a água, o ar ou as rochas.
2. Ondas eletromagnéticas. Podem ser menos familiares, mas estão entre as ondas mais
usadas; exemplos importantes: luz visível, luz ultravioleta, ondas de rádio e de televisão,
micro-ondas, raios X, etc. Estas ondas não precisam de um meio material para existir.
Como exemplo, temos as ondas luminosas provenientes das estrelas que atravessam o
vácuo para chegar até nós. É importante lembrar que todas as ondas eletromagnéticas se
propagam no vácuo com a mesma velocidade 𝑐 = 299792458𝑚⁄𝑠.
3. Ondas de matéria. Embora essas ondas sejam usadas nos laboratórios, provavelmente
você não está familiarizado com elas. Estão associadas a elétrons, prótons e outras
partículas subatômicas e mesmo a átomos e moléculas. Elas são chamadas de ondas de
matéria porque normalmente pensamos nessas partículas como elementos básicos da
matéria.
Como visto, o aspecto central das ondas mecânicas é o fato delas necessitarem de
um meio material para se propagarem.
Outro exemplo mostrando que uma onda transmite energia sem o transporte de
matéria é o famoso “efeito dominó”. Se a primeira peça, de uma fileira de peças, é
derrubada (uma perturbação), todas as outras peças irão cair em sequência. A
perturbação causada na primeira peça de dominó chegou à última apesar da primeira
peça não ter saído da sua posição inicial após cair. A energia aplicada à primeira peça de
dominó chegou até a última peça indicando que a onda transportou somente energia
(movimento na forma de perturbação) e não a matéria (peça de dominó).
Uma onda que se propaga em uma corda esticada é a mais simples das ondas
mecânicas. Quando damos uma sacudidela na ponta da uma corda esticada uma onda
com a forma de um pulso se propaga ao longo da corda, como indicado na Figura 11a.
Este pulso e o seu movimento podem ocorrer porque a corda está sob tensão. Quando a
extremidade da corda é puxada para cima ela puxa para cima a parte vizinha da corda
através da tensão que existe entre as duas partes. Quando a parte vizinha se move para
cima puxa para cima a parte seguinte da corda, e assim por diante como no efeito
dominó. Em seguida, a extremidade da corda é puxada para baixo, enquanto as outras
partes da corda que estão se deslocando para cima começam a ser puxadas de volta para
baixo pelas partes vizinhas, que já se encontram em movimento descendente. Como
resultado geral, temos uma distorção (pulso) na forma de onda que se propaga ao longo
da corda com certa velocidade 𝑣⃗, conforme indicado na Figura 11b.
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Figura 11 - (a) Um pulso isolado é produzido em uma corda esticada. Um elemento típico da corda
(assinalado com um ponto) se desloca para cima e depois para baixo quando o pulso passa por ele. Como
o movimento do elemento é perpendicular à direção de propagação da onda, o pulso é uma onda
transversal. (b) Uma onda transversal é produzida na corda. Um elemento típico da corda se move para
cima e para baixo com a passagem da onda. Esta também é uma onda transversal.
Fonte: Halliday et al, 2016, p.276.

Um modo de estudar a onda da Figura 11b é examinar a forma de onda, ou seja,


a forma assumida pela corda em um dado instante. Outro modo consiste em observar o
movimento de um elemento da corda enquanto oscilar para cima e para baixo por causa
da passagem da onda. Portanto, um conceito importante das ondas mecânicas está
relacionado ao tipo de vibração do meio ser longitudinal ou transversal. Uma onda
mecânica é transversal quando as partículas do meio vibram numa direção
perpendicular ao sentido de propagação da onda (Figura 12a). Uma onda mecânica é
longitudinal quando as partículas do meio vibram no mesmo sentido de propagação da
onda (Figura 12b).

Figura 12 – Onda mecânica (a) transversal e (b) longitudinal.


2.10 Comprimento de onda, frequência e velocidade
As ondas harmônicas representam o tipo mais básico de ondas periódicas. Assim,
quando uma onda harmônica se propaga através de um meio, cada ponto oscila em um
movimento harmônico simples.
Define-se uma forma de onda transversal numa corda esticada através da relação
𝒚 = 𝒇(𝒙, 𝒕), na qual 𝒚 é o deslocamento transversal no tempo 𝒕, de um elemento da
corda em função da posição 𝒙 daquele elemento ao longo da corda. Para o caso da onda
gerada pelo movimento harmônico simples numa das extremidades de uma corda
esticada, a relação entre o deslocamento 𝒚 de qualquer elemento da corda na posição 𝒙
e no tempo 𝒕 é dada por:
𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝑦𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) (2.34)

Na equação (2.34) 𝑦𝑚 representa o deslocamento transversal máximo (ou amplitude) da


onda, 𝑘 é o número de onda angular e 𝜔 a frequência angular.
Um instantâneo da onda dada pela equação (2.34) pode ser obtido fixando o valor
do tempo, que na Figura 13 foi escolhido como sendo 𝑡 = 0. Definimos o comprimento de
onda 𝜆 de uma onda como sendo a distância entre dois pontos consecutivos de mesma
amplitude e mesma fase, ou seja, quando o padrão da onda (sendo 𝑡 mantido constante)
repete-se completamente.

Figura 13 – Instantâneo da onda senoidal da equação (2.16) quando 𝑡 = 0. Um comprimento de onda 𝜆 é


mostrado, assim como a amplitude 𝑦𝑚 .
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Como a função seno se repete quando o ângulo é acrescido em 2𝜋 radianos, então
fixando o valor 𝑡 = 0 na equação (2.34):
𝑦𝑚 𝑠𝑒𝑛𝑘𝑥 = 𝑦𝑚 𝑠𝑒𝑛𝑘(𝑥 + 𝜆) (2.35)

A igualdade expressa na equação (2.35) será verdadeira se 𝑘𝜆 = 2𝜋, ou seja,


2𝜋
𝑘= (número de onda angular) (2.36)
𝜆
Esta relação dá o sentido físico à quantidade 𝑘 que aparece na equação (2.34). Se 𝑘 for
multiplicado por um comprimento, o resultado será um ângulo em radianos. A unidade
no SI do número de onda angular é o radiano por metro (𝑟𝑎𝑑⁄𝑚) ou 𝑚−1.
Fixando agora num ponto da corda (por exemplo, a origem 𝑥 = 0), seu movimento
para cima e para baixo na direção 𝑦 seria dado por:
𝑦(0, 𝑡) = 𝑦𝑚 𝑠𝑒𝑛(−𝜔𝑡) = −𝑦𝑚 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 (𝑥 = 0) (2.37)

A Figura 14 mostra o deslocamento em função do tempo para a posição fixa 𝑥 = 0.


Definimos o período 𝑇 de uma onda como o intervalo de tempo mais curto durante o
qual o movimento oscilante de um elemento da corda (qualquer posição fixa de 𝑥) se
repete completamente, ou seja, representa o intervalo de tempo entre dois pontos
consecutivos de mesma amplitude e mesma fase. Logo, da equação (2.37):
−𝑦𝑚 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 = −𝑦𝑚 𝑠𝑒𝑛𝜔(𝑡 + 𝑇) (2.38)
Isto só pode ser verdade se 𝜔𝑇 = 2𝜋, ou seja:
2𝜋
𝜔= (frequência anglar) (2.39)
𝑇
o que dá significado físico à quantidade 𝜔. A unidade de frequência angular no SI é o
radiano por segundo (𝑟𝑎𝑑⁄𝑠) ou 𝑠 −1 .

Figura 14 – Deslocamento transversal de um elemento da corda em função do tempo.


A frequência da onda é definida simplesmente como o número de períodos (ou
vibrações) na unidade de tempo e está relacionada à frequência angular 𝜔 por:
1 𝜔
𝑓= = (frequência) (2.40)
𝑇 2𝜋
A unidade no SI da frequência é o ℎ𝑒𝑟𝑡𝑧, onde:
1ℎ𝑒𝑟𝑡𝑧 = 1𝐻𝑧 = 1 vibração⁄segundo = 1 𝑠 −1 (2.41)

A Figura 15 mostra dois “instantâneos” da onda, expressa pela equação (2.34),


separados por um pequeno intervalo de tempo Δ𝑡. A onda está caminhando em direção
crescente de 𝑥 (para a direita na Figura 15) com uma configuração completa da onda
deslocando-se numa distância Δ𝑥 naquela direção durante o intervalo Δ𝑡.

Figura 15 – “Instantâneo” da onda progressiva da equação (2.16) para 𝑡 = 0 e também para um tempo
após, 𝑡 = 𝛥𝑡. Durante este intervalo, a curva inteira desloca-se de uma distância Δ𝑥 para a direita. Fonte:
Halliday et al., 2016, p.283.
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Sabemos que a razão Δ𝑥⁄Δ𝑡 (ou, em forma diferencial, 𝑑𝑥⁄𝑑𝑡) define a velocidade
da onda. Mas como podemos encontrar seu valor? Para isto, vamos nos concentrar numa
parte específica da configuração da onda, talvez num ponto de deslocamento máximo.
Da equação (2.34) podemos definir qualquer deslocamento 𝑦 atribuindo um valor fixo
para a quantidade dentro dos parênteses, que é denominada de fase da onda. Assim, o
termo:
𝑘𝑥 − 𝜔𝑡 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 (2.42)

define um deslocamento transversal constante 𝑦 = 𝑦(𝑥, 𝑡) = const. em (2.34).


Derivando a equação (2.34) em relação ao tempo obtemos:
𝑑𝑥
𝑘 −𝜔 =0
𝑑𝑡
Ou:
𝑑𝑥 𝜔
𝑣= =+ (2.43)
𝑑𝑡 𝑘
para a velocidade de onda. Esta quantidade positiva indica que a onda está viajando na
direção crescente de 𝑥, isto é, para a direita na Figura 15.
Lembrando que 𝑘 = 2𝜋⁄𝜆 e 𝜔 = 2𝜋⁄𝑇, podemos escrever para a velocidade da
onda:
𝜔 2𝜋⁄𝑇 𝜆
𝑣= = = =𝜆∙𝑓 (2.44)
𝑘 2𝜋⁄𝜆 𝑇
Esta equação faz sentido: ela nos diz que a onda se move através de um comprimento de
onda em um período de oscilação.
Quando uma onda mecânica se propaga através de um meio, como a água, o ar,
ou mesmo numa corda esticada, ela necessariamente coloca as partículas daquele meio
em oscilação ao passar. Para que isto aconteça, o meio precisa possuir inércia (de forma
a permitir o armazenamento de energia cinética) e elasticidade (para que a energia
potencial possa ser acumulada).
Para o caso de uma onda transversal numa corda esticada, a velocidade da onda
pode ser calculada pela expressão:
𝜏 (2.45)
𝑣=√
𝜇

onde 𝜇 = 𝑚⁄ℓ é a massa específica linear (ou densidade linear) e representa a inércia
característica de uma corda esticada e 𝜏, representando a elasticidade, é a intensidade
(ou módulo) da força que estica a corda.
A equação (2.45) pode ser obtida a partir das leis de Newton considerando um único
pulso simétrico como o da Figura 16, propagando-se em uma corda da esquerda para
direita com velocidade 𝑣. Por conveniência, escolhemos um referencial no qual o pulso
permanece estacionário, ou seja, move-se juntamente com o pulso, de modo que a
corda parece passar movendo-se da direita para a esquerda com velocidade 𝑣.

Figura 16 – Um pulso simétrico visto a partir de um


referencial no qual o pulso está estacionário e a corda
parece se mover da direita para a esquerda com
velocidade 𝑣. Fonte: Halliday et al., 2016, p.290.
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Considerando um pequeno elemento da corda de comprimento ∆ℓ na região do
pulso, um elemento que forma um arco de círculo de raio 𝑅 e subtende um ângulo 2𝜃 no
centro desse círculo. Uma força 𝜏⃗ de módulo igual à tensão da corda puxa
tangencialmente este elemento nas duas extremidades. As componentes horizontais
dessas forças se cancelam, mas as componentes verticais se somam para produzir uma
força restauradora radial 𝐹⃗ , cuja intensidade é:
∆ℓ
𝐹 = 2(𝜏𝑠𝑒𝑛𝜃) ≅ 𝜏(2𝜃) ≅ 𝜏 (2.46)
𝑅
onde foi utilizada a aproximação 𝑠𝑒𝑛𝜃 ≅ 𝜃 para pequenos ângulos 𝜃 (em radianos) na
Figura 16. A massa desse elemento de corda é dada por ∆𝑚 = 𝜇∆ℓ.
No instante indicado na Figura 16 o elemento de corda de comprimento ∆ℓ está se
movendo em um arco de círculo. Assim, ele possui uma aceleração em direção do centro
do círculo dada por:
𝑣2
𝑎= (2.47)
𝑅
Como:
∆ℓ 𝑣2
𝐹 = ∆𝑚𝑎 ⇒ 𝜏 = 𝜇∆ℓ ( )
𝑅 𝑅
Ou seja, explicitando a velocidade obtém-se a equação (2.45):
𝜏
𝑣=√
𝜇
Exercício 2.20
Uma onda senoidal de 500𝐻𝑧 se propaga em uma corda a 350𝑚 ⁄𝑠. (a) Qual é a
distância entre dois pontos da corda cuja diferença de fase é 𝜋⁄3 𝑟𝑎𝑑? (b) Qual é a
diferença de fase entre dois deslocamentos de um ponto da corda que acontecem com
intervalos de 1,00𝑚𝑠? Respostas: (a) ∆𝑥 ≅ 117𝑚𝑚; (b) ∆𝜙 = 𝜋 𝑟𝑎𝑑.
Solução:
Como 𝑣 = 𝜆 ∙ 𝑓, temos que o comprimento dessa onda é:
𝑣 350𝑚⁄𝑠
𝜆= = ⇒ 𝜆 = 0,700𝑚
𝑓 500𝐻𝑧
O período das oscilações dessa onda é de:
1 1
𝑇= = ⇒ 𝑇 = 2,00𝑚𝑠
𝑓 500𝐻𝑧
(a) Como um ciclo de uma onda senoidal corresponde a 2𝜋 𝑟𝑎𝑑, uma diferença de
fase de (𝜋⁄3)𝑟𝑎𝑑 corresponde a:
(𝜋⁄3)𝑟𝑎𝑑 1
=
2𝜋 𝑟𝑎𝑑 6
Logo, a distância entre dois pontos da corda cuja diferença de fase é 𝜋⁄3 𝑟𝑎𝑑 é:
𝜆 0,700𝑚
∆𝑥 = = ⇒ ∆𝑥 ≅ 0,117𝑚 ≅ 117𝑚𝑚
6 6
(b) Se a diferença de fase entre dois deslocamentos de um ponto da corda acontecem
com intervalos de 1,00𝑚𝑠, ou seja, 𝑇⁄2, então:
1
∆𝜙 = (2𝜋 𝑟𝑎𝑑) = 𝜋 𝑟𝑎𝑑
2
6
Exercício 2.21
A equação de uma onda transversal que se propaga em uma corda muito longa é
𝑦(𝑥, 𝑡) = (6,0𝑐𝑚)𝑠𝑒𝑛[(0,020𝜋𝑐𝑚−1 )𝑥 + (4,0𝜋𝑠 −1 )𝑡]. Determine: (a) a amplitude, (b) o
comprimento de onda, (c) a frequência, (d) a velocidade, (e) o sentido de propagação e
(f) a máxima velocidade transversal de uma partícula da corda. (g) Qual é o
deslocamento transversal em 𝑥 = 3,5𝑐𝑚 para 𝑡 = 0,26𝑠? Respostas: (a) 𝑦𝑚 = 6,0𝑐𝑚; (b)
𝜆 = 1,00𝑚; (c) 𝑓 = 2,0𝐻𝑧; (d) 𝑣 = 2,00𝑚⁄𝑠; (e) Sentido negativo do eixo 𝑥; (f) 𝑢𝑚 ≅
75𝑐𝑚⁄𝑠; (g) 𝑦(3,5𝑐𝑚; 0,26𝑠) ≅ −2,0𝑐𝑚.
Solução:
(a) A equação geral onda transversal progressiva que se propaga em uma corda muito
longa é 𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝑦𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡 + 𝜙0 ). Assim, a amplitude dessa onda transversal
é:
𝑦𝑚 = 6,0𝑐𝑚
(b) Como 𝑘 = 2𝜋⁄𝜆, temos que o comprimento de onda é:
2𝜋 2𝜋
𝜆= = ⇒ 𝜆 = 100𝑐𝑚 = 1,00𝑚
𝑘 0,020𝜋𝑐𝑚−1
(c) Como 𝜔 = 2𝜋𝑓, temos que a frequência é:
𝜔 4,0𝜋𝑠 −1
𝑓= = = 2,0𝐻𝑧
2𝜋 2𝜋
(d) Sendo 𝑣 = 𝜆𝑓, temos que a velocidade dessa onda transversal é:
𝑣 = 𝜆𝑓 = (1,00𝑚)(2,0𝑠 −1 ) ⇒ 𝑣 = 2,00𝑚⁄𝑠
(e) Como a onda transversal é dada pela equação do tipo 𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝑦𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 + 𝜔𝑡),
temos que esta onda se propaga no sentido negativo do eixo 𝑥.
(f) A velocidade transversal de uma partícula da corda é dada por:
𝜕𝑦(𝑥, 𝑡)
𝑢= ⇒ 𝑢 = (4,0𝜋𝑠 −1 )(6,0𝑐𝑚)𝑐𝑜𝑠[(0,020𝜋𝑐𝑚−1 )𝑥 + (4,0𝜋𝑠 −1 )𝑡]
𝜕𝑡
𝑢 = (24𝜋𝑐𝑚 ⁄𝑠)𝑐𝑜𝑠[(0,020𝜋𝑐𝑚−1 )𝑥 + (4,0𝜋𝑠 −1 )𝑡]
Portanto, a máxima velocidade transversal de uma partícula da corda é:
𝑢𝑚 = 24𝜋𝑐𝑚 ⁄𝑠 ≅ 75𝑐𝑚⁄𝑠
(g) O deslocamento transversal em 𝑥 = 3,5𝑐𝑚 para 𝑡 = 0,26𝑠 de uma partícula da
corda é:
𝑦(3,5𝑐𝑚; 0,26𝑠) = (6,0𝑐𝑚)𝑠𝑒𝑛[(0,020𝜋𝑐𝑚−1 )(3,5𝑐𝑚) + (4,0𝜋𝑠 −1 )(0,26𝑠)]
𝑦(3,5𝑐𝑚; 0,26𝑠) ≅ −2,0𝑐𝑚
Exercício 2.22
Uma onda senoidal transversal se propaga em uma corda no sentido positivo de
um eixo 𝑥 com uma velocidade de 80,0𝑚⁄𝑠. Em 𝑡 = 0 uma partícula da corda situada em
𝑥 = 0 tem um deslocamento transversal de 4,00𝑐𝑚 em relação à posição de equilíbrio, e
não está se movendo. A velocidade transversal máxima da partícula situada em 𝑥 = 0 é
16,0𝑚⁄𝑠. (a) Qual é a frequência da onda? (b) Qual é o comprimento de onda? Se a
equação de onda transversal é da forma 𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝑦𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 ± 𝜔𝑡 + 𝜙), determine (c) 𝑦𝑚 ,
(d) 𝑘, (e) 𝜔, (f) 𝜙 e (g) o sinal que precede 𝜔.
Respostas: (a) 𝑓 ≅ 63,7𝐻𝑧; (b) 𝜆 ≅ 1,26𝑚; (c) 𝑦𝑚 = 4,00𝑐𝑚; (d) 𝑘 ≅ 4,99 𝑟𝑎𝑑⁄𝑚; (e)
𝜔 = 400𝑟𝑎𝑑 ⁄𝑠; (f) 𝜙 = 𝜋⁄2; (g) Negativo.
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Solução:
(a) Como a velocidade transversal de uma partícula da corda é dada por:
𝜕𝑦(𝑥, 𝑡)
𝑢= = ±𝜔𝑦𝑚 𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥 ± 𝜔𝑡 + 𝜙) = ±𝑢𝑚 𝑐𝑜𝑠(𝑘𝑥 ± 𝜔𝑡 + 𝜙)
𝜕𝑡
Então, se a velocidade transversal máxima da partícula situada em 𝑥 = 0 é 𝑢𝑚 = 16𝑚⁄𝑠:
𝑢𝑚
𝑢𝑚 = 𝜔𝑦𝑚 ⇒ 𝜔 =
𝑦𝑚
Substituindo os valores:
𝑢𝑚 16𝑚⁄𝑠
𝜔= = ⇒ 𝜔 = 400𝑟𝑎𝑑 ⁄𝑠
𝑦𝑚 4,0 × 10−2 𝑚
Como 𝜔 = 2𝜋𝑓 temos que a frequência da onda é:
𝜔 400𝑟𝑎𝑑 ⁄𝑠
𝑓= = ⇒ 𝑓 ≅ 63,7𝐻𝑧
2𝜋 2𝜋
(b) O comprimento de onda é:
𝑣 80𝑚⁄𝑠
𝜆= = ⇒ 𝜆 ≅ 1,26𝑚
𝑓 63,7𝐻𝑧
(c) Como em 𝑡 = 0 uma partícula da corda situada em 𝑥 = 0 tem um deslocamento
transversal de 4,0𝑐𝑚 em relação à posição de equilíbrio, e não está se movendo,
temos que:
𝑦𝑚 = 4,00𝑐𝑚
(d) Sendo 𝑘 = 2𝜋⁄𝜆, temos que:
2𝜋
𝑘= ⇒ 𝑘 ≅ 4,99 𝑟𝑎𝑑 ⁄𝑚
1,26𝑚
(e) A frequência angular já foi calculada e vale 𝜔 = 400𝑟𝑎𝑑 ⁄𝑠.
(f) Como a equação de onda transversal é da forma 𝑦(𝑥, 𝑡) = 𝑦𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 ± 𝜔𝑡 + 𝜙),
temos que:
𝑦(𝑥, 𝑡) = (4,00𝑐𝑚)𝑠𝑒𝑛[(4,99 𝑟𝑎𝑑 ⁄𝑚)𝑥 − (400𝑟𝑎𝑑 ⁄𝑠)𝑡 + 𝜙]
pois a onda senoidal transversal se propaga em uma corda no sentido positivo de um eixo
𝑥. Além disso, em 𝑡 = 0 uma partícula da corda situada em 𝑥 = 0 tem um deslocamento
transversal de 4,00𝑐𝑚 em relação à posição de equilíbrio, e não está se movendo, de
modo que:
𝜋
𝑦(0,0) = (4,00𝑐𝑚)𝑠𝑒𝑛𝜙 = 4,00𝑐𝑚 ⇒ 𝑠𝑒𝑛𝜙 = 1 ⇒ 𝜙 =
2
Ou seja, a equação dessa onda senoidal transversal se propaga em uma corda no sentido
positivo de um eixo 𝑥 é:
𝑦(𝑥, 𝑡) = (4,00𝑐𝑚)𝑠𝑒𝑛[(4,99 𝑟𝑎𝑑 ⁄𝑚)𝑥 − (400𝑟𝑎𝑑 ⁄𝑠)𝑡 + 𝜋⁄2]
(g) Como a onda senoidal transversal se propaga em uma corda no sentido positivo de
um eixo 𝑥, o sinal que precede 𝜔 é negativo.

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