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TEORIA GERAL DO DIREITO

Professor: Djalma Tavares

V1 Æ 23/04

V2 Æ 11/06

25/06 Æ 2 chamada

Vs Æ 02/07

Freqüência: 6 Æ 18

Programa:

Unidade I – O sistema do Direito

1. O ordenamento Jurídico

2. Unidade do ordenamento

3. A validade da norma como problema de conteúdo e forma

4. Noções de processo legislativo

5. A compreensão dos elementos do sistema

Unidade II – conflitos normativos e insuficiência do sistema

1. Antinomias

2. Lacunas

Unidade III – O sistema e a sua existência e validade

1. Sujeito de direito

2. Personalidade

3. Pessoa natural

4. Pessoa Jurídica

5. Entes personalizados

6. Os fatos jurídicos

7. Relações jurídicas

8. Antijuricidade

9. Licitude

10.Ilicitude

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11.Abuso de direito

12.A invalidade: nulidade e anulidade

13.A validade no tempo e no espaço

14.Questões intertemporais

Bibliografia

I – Bobbio, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. Brasília: UNB, São


Paulo: Polis.

II – Nader, Paulo. Introdução ao estudo do direito. Rio de Janeiro Forense.

Histórico

ORDEM

Caos?

Resumo da explanação do professor

Contexto histórico

Em Roma podemos perceber uma idéia de ordem, existia uma orientação


onde o mais forte do clã era o líder, e ali já começava o direito, e tinha a
vingança privada, ou seja, se a pessoa se sentisse lesada ela tomava o que
considerava seu por sua vontade o código de hamurabi já tinha isso, mas
na Roma e que foi chamado de lei, a lei do talião, onde tínhamos o olho por
olho e dente por dente. A idéia de positivação vem de talião.

Coma criação da agricultura e a fixação da população têm o aumento da


população e a leis surgem, temos a por exemplos as leis hebraicas e os dez
mandamentos. Quando surge a democracia, a chamada a democracia pura,
aquela onde todos votavam hoje nossa democracia é a indireta onde
votamos e elegemos uns representantes. Em Roma foi conhecida a divisão
do direito em público e privado. As normas dos jus publicum tem por
finalidade a ordem pública e a organização da república romana. O juis
privatum diz respeito a utilidade dos particulares é o interesse particular
(âmbito grandemente desenvolvimento). Jus civile ou Jus quiritium é o
direito próprio e peculiar aos cidadãos romanos. É mais antigo, mas restrito
mais rígido. Predominou nos primeiros tempos. Jus Gentium surge mais
tarde, tem um âmbito mais amplo, aparecendo quando Roma estende suas
conquistas e entra em contato com outros povos. É um direito comum a
todos os povos–gente do vastíssimo mundo romano orbis romanus. Direito
natural é aquele que é comum a todos os seres racionais, de cunho jurídico
abrangendo escravos e bárbaros, mesmo fora do mundo romano. Em Roma
tem a origem da organização do estado que da origem ao estado morderno,
onde temos o governo os representantes do povo e a população mas os que

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podiam votar era somente os romanos mesmo. A careira militar também


era assim só tinha mais ascensão na careira que era romano senão não
passava de um determinado ponto. Indo para a idade media nos temos uma
derrocada do direito onde tínhamos o direito baseado em costumes, pois
temos a ascensão do direito canônico, todavia na era medieval quem fazia
as leis eram os nobres e que sabia ler, era poucos ou quase ninguém,
somente duas classes sabiam ler o clero e os nobres (alguns somente) e
tudo que ia de encontro ao que se tinha na época era dito, e sociedade cada
vez mais ignorante e começa a situação das inquisições onde tudo que ia de
encontro as leis canônicas era considerado como herege e era levado a
fogueira, até quando o Luis da França da um basta nesta situação e coloca
o estado como um estado laico e surge então o direito estatal. Surgiu o
ordenamento jurídico. Surge a situação na Inglaterra onde um rei era
alemão e não falava a língua e necessitava de um interprete e esse
interprete era então o primeiro ministro. Depois de algum tempo aparece o
presidencialismo e ele é muito recente assim como o parlamentarismo.
Temos a ordenação filipina que é a base da ordenação brasileira que já é
ultrapassada, tivemos a necessidade de um novo código e o código de 2002
já estava no congresso desde a década de 80, nasceu velho. Já temos
situações novas, por exemplo, como transgênicos.

Vamos falar sobre ordem! A idéia de ordem e entendido pelos filósofos de


forma geral com tudo aquilo agregado a sociedade aceita e se sente
satisfeita com isso. E então surge um ponto importante que é o caos, existe
o caos? Para alguns filósofos o caos não existe, ou seja, o caos seria uma
ordem indesejada para as coisas. Por exemplo, temos o nosso corpo se
temos o vírus da gripe que altera a ordem do nosso corpo. Se todos os
alunos tivessem que vir para a aula de terno, alguns poderiam gostar e
para este, eles entenderiam que estão de acordo com a ordem, e os que
não se adequarem entenderam que isso é o caos. A ordem é um sistema
determinado, lógico em que você se adéqua e o caos também é um sistema
lógico ou ilógico do qual você não gosta não se adéqua.

Conceito de ordenamento

1. Segundo Orlando Almeida Secco

Ordem ou ordem jurídica é o sistema de legalidade do estado. É a


organização e o disciplinamento da sociedade a partir do direito. E parte da
ordem social que estabelece ou restabelece a ordem e a segurança com
equilíbrio das relações intersubjetivas através do direito.

2. Segundo Miguel Reale

Sistema de normas em sua concreta realização, abrangendo tanto as regras


explicitas como as elaboradas para suprir as lacunas do sistema, bem como
as que cobrem os claros, deixadas ao poder discricionário dos indivíduos.

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3. Princípios

São dois os princípios que orientam a estruturação do ordenamento:

a) Entrelaçamento: estabelece a interligação dos elementos que


integram o ordenamento. Esses elementos não se encontram livres e
isolados. O ordenamento deve estabelecer HARMONIA entre seus
elementos.

b) Fundamentação ou derivação: estabelece que as normas se


fundam sempre em outras normas ou dela derivam então há uma
linha de descendentes sucessivos (normas fundadas) , a partir de
uma ascendente comum (norma fundamental)

4. Elementos do ordenamento:

A grosso modo, podemos destacar como elementos : a constituição, as


fontes do direito, os contratos e etc.

5. Princípio da plenitude do ordenamento

Ao ordenamento cabe a obrigação de resolver qualquer conflito existente


nele, para tanto, a afirmação que apenas na lei pode existir lacunas.

6. Divisão do ordenamento

Direito publico e privado

6.1 Princípios do direito Público

i. Superioridade do estado e de sua vontade diante dos particulares.

ii. Garantia dos particulares diante do poder estatal em forma de


direitos fundamentais, que limitam a atuação do estado.

iii. Igualdade nas relações entre os estados soberanos.

iv. Caráter imperativo nas normas jurídicas, cuja aplicação não


depende da vontade das partes envolvidas na relação.

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Direito Público Direito Privado

Interesse Geral Particular

Estado Æ Autoridade
Sujeitos envolvidos Particulares
Sociedade

Relação Submissão Paridade

Participante Forte Fraca

Imperatividade Forte Fraca

6.2 Autonomia da vontade no direito privado

A intervenção direta do Estado na economia gera aquilo que pretendemos


denominar de princípio da autonomia da vontade regrada, que quer
significar, basicamente, a oposição de barreiras, de proibições e limitações
ao exercício pleno do direito de propriedade, na concorrência econômica, na
formulação dos contratos, em especial no razoavelmente novo ramo do
direito, o direito do consumidor.

6.3 Divisão

Externo Æ Direito internacional público

Constitucional

Direito Público interno Administrativo

Tributário

Processual

Penal

Eleitoral

Militar

Civil

Direito Privado Comercial

Internacional Privado

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Trabalho

Direito Difuso Econômico

Previdenciário

Consumidor

Ambiental

7. Fontes Primordiais do direito

1. Formais - são aquelas que dão forma ao direito

a. Lei

b. Doutrina

c. Costume

d. Jurisprudência

e. Equidade

f. Analogia

g. Princípios Gerais do direito(P.G.D.)

Fonte Delegada Æ são as fontes que a lei delegada a função à outras fontes
formais quando a lei é omissa as outras fontes atuam para prevalecer o
bom senso.

Fonte reconhecida Æ a lei reconhece sua atuação sem uma lei escrita
determinada.

2. Materiais – são aquelas que dão conteúdo ao direito, são todos


os acontecimentos históricos e sociais dentro da sociedade além
da ideologia.

Lei

Norma jurídica de poder competente

Legere

Lei – latim Ligare

Características da lei:

1. Escrita - tem que ser acima de tudo escrita.

2. Geral – universal (vale para todos)

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3. Imperativa – obrigatória

4. Abstrata – acaba em outra lei

5. Novidade – a lei sempre trabalha com fatos novos.

Partes da Lei

1. Doutrina: Preceito (é o texto da lei) e sanção (conseqüência de


seguir ou não a lei.)

2. Técnica:

Divisão da lei:

¾ Preâmbulo

¾ Corpo ou texto

¾ Disposições complementares

¾ Disposições complementares

¾ Cláusulas de vigência e de revogação

¾ Fecho

¾ Assinatura

¾ Referendo.

No corpo

Artigo 1º

II inciso

III

a)

b) alínea

c)

§ Æ parágrafo

3. Costume

É a pratica geral, constante, prolongada, obrigatório (idéia)

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Para ULPIANO:

“os costumes são o tácito consenso do povo, inveterado por longo uso”.

Para Cícero:

“Direito consuetudinário é aquilo que a antiguidade aprovou, pela vontade


de todos, sem intervir a lei”.

COVIELLO, citado por Nelci de Oliveira, define:

“e a norma jurídica que resulta de uma pratica geral constante e


prolongada, observada com a convicção de que é juridicamente
obrigatória”.

• Divisões de costume

Em relação a lei legislada, o costume pode classificar-se em:

a) “Praeter legem” Æ é o costume que atua funciona quando a lei


legislada não existe, ou, embora existindo, seja omissa;

b) “Secundum legem” Æ quando o costume é expressamente


autorizado pela lei;

c) “Contra legem”Æ se atua em desacordo com a lei, contrariando-


a.

Exemplo contra legem: cheque pré-datado.

Fatores que levaram ao fim dos costumes

I. O estado como órgão criador do direito (o direito que era


costumeiro era criado pela sociedade, ai nasce o estado e cria seu
direito);

II. A amplitude da lei nas relações (a lei já analisa todos as


situações);

III. Codificação das leis;

IV. Fácil modificação da lei;

V. O aproveitamento que a lei se utiliza da sociedade;

VI. Globalização;

VII. Tecnicismo;

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4. Doutrina

Conjunto de teorias sobre o direito, elaborado pelos juristas. Ela é o produto


da reflexão e do estudo que os juristas desenvolvem sobre o direito.

5. Jurisprudência

Conjunto de decisões reiteradas sobre determinados questões. Ela é


dinâmica, pois a partir das soluções adotadas pelos órgãos judiciais, quando
julgam casos “semelhantes”, é que ela se cria.

6. Princípios Gerais do Direito

Hermes de Lima: são aqueles princípios em que se orienta a legislação


positiva, e embora não se achem formulados em lugar nenhum, formam um
pressuposto lógico e necessário das varias normas desta legislação.

Miguel Reale: enunciações normativas de valor genérico, e condicionam e


orientam a compreensão do ordenamento jurídico, quer para sua aplicação
e integração, quer para elaboração de novas normas.

7. Analogia

É o termo de semelhança entre coisas diferentes, e similitude e não


igualdade.

Uso de comparação, mas usado o direito interno, comparação entre direito


interno

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Direito comparado Æ uso de direito externo internacional, ou uso de códigos


antigos.

Há dois tipos de analogia:

1. Legis Æ analogia legal, usando a lei

2. Juris Æ uso da jurisprudência

8. Equidade (uso do bom senso para atingir a justiça)

É o poder do juiz de moldar a norma rígida e abstrata para que se torne


justa quando aplicada a cada caso particular.

8. Validade da norma

Validade Æ é uma qualidade da norma cuja relação autoridade / sujeito


(cometimento) está imune, por estar ela conformada ao ordenamento,
tanto quanto as condições como quanto aos fins por ele estabelecidos.

Validade Æ é uma qualidade contra fática, isto é, o valor de uma norma não
depende da existência real e concreta das condutas que prescreve, mesmo
descumprida, a norma vale.

Três aspectos de validade:

1. Validade formal ou técnico jurídico (vigência)

É a executoriedade compulsória de uma regra de direito, por haver


preenchido, os registros essenciais à sua feitura ou elaboração. É
necessário que o órgão que a promulgou tenha legitimidade para
fazê-la.

2. Validade social ou eficácia

Há leis que entram em choque com as tradições de um povo e que


não correspondem aos seus valores primordiais, isto não obstante
valem. Há casos de normas legais que, por contrariarem as
tendências dominantes da coletividade, só logram ser cumprida de
maneira compulsória possuindo desse modo, validade formal, mas
não a eficácia espontânea perante a comunidade. Desta forma a
eficácia se refere à aplicação ou execução da norma jurídica enquanto
momento da conduta humana.

Mesmo que a sociedade não a cumpra, a lei vale, cabe aos


legisladores entenderem que esta não tem mais eficácia.

3. Validade ética ou fundamento

Toda regra jurídica necessita de um fundamento, que é o valor ou fim


objetivado pela regra de direito

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Para a norma Jurídica ter validade:

¾ Vigência ¾ Norma

¾ Eficácia ¾ Fato

¾ Fundamento ¾ Valor

Processo Legislativo

Federal – Bicameral

Municipal Unicameral

Estadual

Fases

1º Æ Iniciativa

• Presidente

• Procurador geral

• Deputados e senadores

• STF e tribunais superiores

• Cidadão (iniciativa popular Æ é necessário ser eleitor, e o pedido


ter no mínimo 5 estados e requerido por no mínimo 0,3% da
população de cada estado.

Tipos de iniciativa

a) Concorrentes Æ pertence a todos os citados acima para iniciar um


ação de processo legislativo.

b) Privativas Æ casos em que a lei restringe as pessoas para fazer. Ex: o


presidente pode, sem influência escolher seus ministros (não
vinculado).

2º ÆFase de elaboração

Inicio revisa

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Ex: o processo começa na câmara, o senado vai revisar e vise-versa. Se


houver alguma controversa, volta para a origem.

Nesse vai e vem da câmara e senado é feita a elaboração.

3 º Æ Sanção ou veto

¾ Entra o executivo (presidente)

¾ Tipos de veto

1. Jurídico Æ o presidente analisa e acredita que ha contradição,


ou vai causar problema na aplicação.

2. Político Æ o presidente veta, por achar que vai ter algum


prejuízo social.

4º Æ Promulgação

Transformar o projeto de lei, em lei.

5º Æ Publicação

A partir da promulgação o projeto já é lei, mas só é valido a partir da


publicação.

Mas existe o vacation legis que é o tempo entre a publicação e a sua


verdadeira validade. Ela já é lei, mas esse tempo é para a população se
adequar.

O vacation legis pode ser:

1. Omisso Æ a lei não dar um prazo, ai vale a lei de introdução ao


código civil(LICC) (45 dias)

2. Expresso Æ a lei diz o prazo para vigorar, podendo vigorar


imediatamente.

Existem leis que mesmo omissas não valem pelo prazo da LICC.

Exemplo: a lei eleitoral

05/03/08

Publicação (Cont)

Vacatio Legis

Omisso Æ LICC – 45

Expresso

Vigoração imediata

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Ordenamento no tempo e no espaço

¾ Tempo

Temporalidade

¾ Espaço Æ territorialidade (a lei aplicada sobre os limites daquele


estado)

Territorialidade

Extra territorialidade: Países estrangeiros

A territorialidade de se estender para todas as embarcações,


em embaixadas, ou espaço aérea, desde que a embarcação
esteja registrada no Brasil, usa-se a lei brasileira.

Nacionalidade

¾ Civilmente aplica-se as leis dos pais onde se


esta domiciliado. Usa-se o direito de país onde
estão os bens, se houver separação no
estrangeiro.

Domicilio

¾ É onde a pessoa é encontrada judicialmente,


nem sempre a residência é o domicilio. Em
alguns casos a legislação coloca na falta do
domicilio a residência vem como a outra
opção, vem logo após como local onde a
pessoa pode ser encontrado.

Ato jurídico Perfeito

A lei permitia determinada ação, antes de alguma lei proibir. No momento


em que gerou seus efeitos, a lei não o proíba.

Coisa julgada Técnica Æ quando você entrou com o ultimo recurso


possível. Ou perder o prazo.

Institucional Æ quando você chega ao prazo ultimo


tribunal (STF ou STJ)

Direito adquirido

É o direito que você tem ou terceiros por você, adquiriu e pode exercer.

Exemplo: Pai pensionista e morre, a conjugue pode exercer esse direito,


aposentadoria.

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Expectativa de direito Æ é o direito que você tem a expectativa de exercer.

Antinomia

Antinomia é o conflito entre duas normas, dois princípios ou de um principio


geral do direito em sua aplicação pratica a um caso particular. É presença
de duas normas conflitantes, sem que se possa saber qual delas deverá se
aplicada ao caso singular.

Conflito

Ferraz (autor)

a) Antinomia lógico matemática – entende a antinomia como um


enunciado que é simultaneamente contraditório e demonstrável.

b) Antinomia semântica – contradição que resulta da dedução correta


a partir de premissa coerente. Ela contém algumas incoerências
ocultas na estrutura de níveis do pensamento e da linguagem.

c) Antinomia pragmática – condições de existência:

I – uma fonte com forte relação complementar entre o emissor da


mensagem e o receptor.

II – nos quadros desta relação, é dada uma instrução que deve ser
obedecida, mas que também não deve ser obedecida para ser
obedecida.

III – o receptor, que ocupa a posição inferior, fica numa situação


insustentável, pois não pode agir sem a complementariedade e não tem
meios para sair da situação.

Classificação das antinomias

Real – Não possui solução

Aparente –possui solução

Própria – decorre de motivos formais

Imprópria – possui cunho material

Critérios de solução

Hierárquico – a lei superior revoga a lei inferior

Cronológico – a lei nova revoga a lei velha

Especialidade - a lei especifica revoga a lei geral

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Meta-conflitos

¾ Lei geral nova X lei especifica antiga

Especifica X Cronologia = Cronologia

¾ Lei superior Antiga X inferior nova

Hierarquia X cronologia = Hierarquia

¾ Lei superior Geral X inferior especifica

Hierárquica X Especifica = ?

Hierárquica X Cronológica X Específica = ?

O que é melhor para a sociedade?

Usa-se o bom senso.

Lacunas

É insuficiência de disciplinamento (falta de lei para determinado assunto).


Omissão da lei, em caso de omissão utiliza as fontes formais do direito.

Exemplo: entorpecentes (portarias sobre entorpecentes)

Lacuna voluntária – existe devido à falta de conhecimento dos tramites


legais e fica a cargo do judiciário.

VT – (integrada)

Antigona – 7 grupos com 9 pessoas

¾ TGD

¾ Histologia do sit. Jurídico

¾ TGE

¾ Filosofia (nosso grupo)

¾ Psicologia

¾ TEP

6 sexto grupo fazer em relação grupo constituição federal / direitos


humanos

7 sétimo grupo fazer em relação ao livro do Norberto Bobbio

Entrega e apresentação no dia 02/04

Componentes do grupo

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1. Cristian

2. Cláudia

3. Kleber

4. Keila

5. Amanda

6. Adriano

7. Letícia

8. Leonardo

9. Marcio

Prova oral 16/04

12/03/08

Irretroatividade das leis

Irretroatividade da lei significa que ela só terá vigência a partir da sua


promulgação, não atingirá fatos ocorridos antes da sua entrada em vigor.
Mas, como toda regra tem exceção, há um princípio do direito que permite
que a lei retroaja para beneficiar o réu

¾ Temporárias – termo inicial / final

¾ Excepcionais – acontecimentos

Repristinação

Conceito

Fenômeno pelo qual a revogação de uma lei que por sua vez havia
revogado outra lei, importa na revigoração desta.

Exemplo: Lei A existe e vem uma lei B que revoga a lei A e depois vem a
lei C que revoga a lei B sem tratar de matéria. Com isso a lei A volta a
vigorar.

No Brasil a repristinação quase não ocorre, pois o direito brasileiro e


positivista, ou seja, tudo tem que estar escrito para valer, para vigorar.

Interpretação das leis

Idéia

Classificação

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Os critérios de classificação são:

¾ Quanto às fontes

Autêntica Jurisprudencial Doutrinária

Interpretada pelo
Realizada pelos
mesmo poder que Realizada pelos juristas
tribunais
elaborou a lei

¾ Quanto aos meios de interpretação

1. Gramatical Æ examina-se cada tempo isolado e sintaticamente.


Leva-nos a fazer uma relação à fonte do direito Æ NORMA

2. Lógica Æ é examinada em seu conjunto, combinando e


confrontando períodos. Leva-nos a fazer uma relação à fonte do
direito Æ FATO

3. Histórica Æ busca-se a intenção do legislador por ocasião da


elaboração da lei. Leva-nos a fazer uma relação à fonte do direito
Æ VALOR

4. Sistemática Æ compra a lei com a anterior, e com outros textos.


Leva-nos a fazer uma relação às fontes do direito Æ FATO,
VALOR e NORMA.

¾ Quanto aos resultados

1. Declarativa Æ é feita uma analise literal da lei, a lei é


demonstração precisa do legislador

2. Extensiva Æ é quando a lei fala menos que o necessário, isso


obriga o juiz a interpretá-la extensivamente.

3. Restritiva Æ é quando a lei fala mais que o necessário, isso


obriga o juiz a interpretá-la restritivamente.

SUJEITO DE DIREITO

Pessoa Æ ser humano

Personae (mascara) Æ personagem

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Acepções:

¾ Papel do ator

¾ Papel da pessoa no mundo jurídico

¾ Próprio individuo

Vulgar Æ ser humano, pessoa.

Filosófica Æ Ente que realiza seu fim moral, emprega sua atividade de modo
consciente.

Jurídica Æ ente físico e moral suscetível de direito e obrigações.

19/03/08

CAPACIDADE

Aptidão de adquirir direitos e exercer, por si ou por outrem, atos da vida


civil (exprime poderes)

Gozo / Direito X Exercício / Fato

Gozo / Direito Exercício / Fato

• Ínsita a todo ente humano • Simples aptidão de exercitar

• Não há privações ou • Pode ser retirada ou


limitações restringida

• O exercício do direito
pressupõe:

9 Vontade

9 Consciência (sem consciência,


sem noção, consciência plena)

• Limitada

Todo sujeito tem direito de gozo e é ilimitado.

Exercício Æ Capacidade de exercer seus direitos.

Capacidade Civil X Penal

Personalidade

Conceito Æ conjunto dos poderes que uma pessoa possui (resulta dos
poderes)

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¾ Inicio da personalidade

o Teorias:

ƒ Nascimento

ƒ Concepção

ƒ Nasce com vida e remonta a concepção

Principio – não há discriminação para se entender a pessoa. Não importa


idade, cor, sexo, raça, estado civil, estado de saúde e nacionalidade.

Não são Pessoas

¾ Animais

¾ Bens e coisas

¾ Entidades meta físicas

Classificação das pessoas

Absoluta

Incapazes Relativamente

Capazes

Pessoas absolutamente incapazes – art. 3º c.c.

¾ Menores de 16 anos

¾ Falta de discernimento

¾ Falta de vontade

Pessoas relativamente incapazes – art 4º c.c.

¾ Maiores de 16 anos e menores de 18 anos

¾ Ébrios habituais

¾ Viciados em tóxicos

¾ Discernimento reduzido

¾ Excepcionais – desenvolvimento mental incompleto

¾ Pródigo

Pessoas capazes art. 5 c.c.

¾ Maiores de 18 anos (fim da menoridade)

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¾ Emancipados (civilmente)

o Natural Æ 18

o Convencional/voluntária

o Legal

o Judicial

Representação, assistência e interdição

26/03/09

Fim da personalidade

Morte real

Aparente Presumida

Civil

Individualização da Personalidade

a) Nome

b) Estado

c) Domicílio

Nome Æ Sinal exterior pelo qual se designa a pessoa do seio da família e


da sociedade.

Prenome

Sobrenome

Agnome

Exemplo: Djalma Tavares de Gouveia Neto

Prenome Sobrenome Agnome

Estado Æ é a soma das qualificações da pessoa, permitindo sua


apresentação à sociedade, em dada situação jurídica, para que possa
usufruir das vantagens e sofrer os ônus dela decorrentes.

Ocorrem três situações:

1. Individual

2. Familiar

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3. Político

Características das três situações:

1. Indivibilidade

2. Indisponibilidade

3. Imprescritibilidade

Domicílio Æ sede jurídica da pessoa, onde ela se presume presente para


efeitos jurídicos

Tipos de domicílio

Necessário / Legal Æ O artigo 76 do Código civil descreve

Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o


militar, o marítimo e o preso.

Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou


assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer
permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo
da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver
matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

Voluntário Æ decorre do ato de livre vontade do sujeito, que fixa


residência em um determinado local, com ânimo definitivo.

DIREITOS DA PERSONALIDADE

É necessário rever os valores jurídicos:

1. Liberdade

2. Igualdade

3. Bem comum

4. Segurança coletiva

5. Direito humano

6. Justiça

Liberdade:

A liberdade é a ausência de submissão, de servidão e de


determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano.
Ela designa a autonomia e a espontaniedade de um sujeito racional.

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Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos


humanos voluntários.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberdade

Igualdade:

É a inexistência de diferenças entre dois elementos comparados,


sejam objetos, indivíduos, idéias, conceitos ou quaisquer coisas que
se comparem. Especificamente em Política, o conceito de Igualdade
descreve a ausência de diferenças de direitos e deveres entre os
membros de uma sociedade.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Igualdade

Bem comum:

Bem comum é o fim a ser atingido pela sociedade humana. O bem


comum consiste no conjunto de todas as condições de vida social que
consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade
humana.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bem_comum

Segurança Coletiva:

Estado de confiança, individual ou coletiva, baseado no conhecimento


e no emprego de normas de proteção e na convicção de que os riscos
de desastres foram reduzidos, em virtude de terem sido adotadas
medias minimizadoras.

Fonte:
http://www.defesacivil.se.gov.br/modules/wfdownloads/visit.php?cid
=1&lid=18

Direitos humanos:

Os direitos humanos são aos direitos e liberdades básicos que devem


gozar todos os seres humanos. Normalmente o conceito de direitos
humanos pressupõe também a liberdade de pensamento e de
expressão e a igualdade perante a lei.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_humanos

Justiça:

É o principio básico de um acordo que objetiva manter a ordem social


através da preservação dos direitos em sua forma legal
(constitucionalidade das leis) ou na sua aplicação a casos específicos
(litígio).

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TEORIA GERAL DO DIREITO Página 23 de 53

É boa doutrina democrática manter independentes as decisões


legislativas das decisões judiciais, e vice-versa, como uma das formas
de evitar o despotismo.

Segundo Aristóteles, o termo justiça denota, ao mesmo tempo,


legalidade e igualdade. Assim, justo é tanto aquele que cumpre a lei
(justiça em sentido universal) quanto aquele que realiza a igualdade
(justiça em sentido estrito).

Justiça também é uma das 4 Virtudes cardinais

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Justi%C3%A7a

DIREITOS DA PERSONALIDADE (cont.)

1) Direito ao nome

2) Direito ao corpo vivo ou morto

Artigo 11 do código civil

Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da


personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o
seu exercício sofrer limitação voluntária.

3) Direito de imagem

4) Direito da intimidade e privacidade

Matéria para V2

09/04/08

Pessoa jurídica

1. Conceito

É a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios que visa a consecução


de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direito e
obrigações.

2. Classificação

Quanto à nacionalidade - Nacional

- Estrangeira

Quanto à estrutura interna - Coorporações

- Fundações

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TEORIA GERAL DO DIREITO Página 24 de 53

Quanto à função e capacidade - Pessoas Jurídicas de Direito Público

- Pessoas Jurídicas de Direito Privado

Pessoas Jurídicas de Direito Público - externa - nações estrangeiras

- Santa sé

- Organismos internacionais

- Interna

Interna Administração direta - União

- Estado

- Município

Administração indireta - Autarquias

- Fundações

Pessoas Jurídicas de Direito Privado - Fundações Particulares

- Associações

- Sociedade simples

- Sociedade Empresária

3. Início e Fim

Pessoa Jurídica de Direito Público

Tem seu inicio com fatos históricos, criação constitucional, lei especial e
tratados internacionais.

Termina pela ocorrência de fato histórico, norma constitucional, lei especial


ou tratado internacional.

Pessoa Jurídica de Direito Privado

Inicio

1. Ato constitutivo

2. Registro público

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TEORIA GERAL DO DIREITO Página 25 de 53

Fim

1. Dissolução

2. Liquidação Æ liquidar as dividas, transformar o patrimônio em pecúlio

30/04/08

Responsabilidade

a) Contratual

A pessoa jurídica de direito publico e privado, no que se refere à realização


de um negocio jurídico dentro do poder autorizado pela lei ou pelo o
estatuto, deliberado pelo órgão competente, é responsável, devendo
cumprir o disposto no contrato, respondendo com os seu bens pelo
inadimplemento.

b) Extra contratual

P.J.D. Público

Pela teoria do risco integral, devem indenizar todos os danos que seus
funcionários, nesta qualidade, por atos comissivos, causam aos direitos de
particulares, tendo ação regressiva contra eles, nos casos de culpa ou dolo.

P.J.D. Privado

Respondem pelos atos ilícitos praticados por seus representantes desde que
haja responsabilidade in eligendo e in vigilando.

c) Delitual

P.J. responde penalmente pelos atos ilícitos na pessoa de seu


representante.

Direitos Subjetivos

¾ Patrimonial

¾ Personalidade

¾ Industrial

¾ Obrigação

¾ A Sucessão

¾ Limitações - artigos da C.F. 190, 176 ,222

• Natureza

• Lei

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TEORIA GERAL DO DIREITO Página 26 de 53

Art. 190. A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrendamento de


propriedade rural por pessoa física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os
casos que dependerão de autorização do Congresso Nacional.

Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os


potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo,
para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União,
garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.

Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e


de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais
de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e
que tenham sede no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
36, de 2002)

Domicílio de pessoa jurídica

Sede da pessoa jurídica, onde os credores poderão demandar contra ela


perante obrigações. Onde se localiza: governo, administração, a direção, ou
ainda o local determinado por ato constitutivo.

Entes despersonalizados

Não são pessoas

Tem capacidade postulatória (ser autor ou réu de um processo)

São entes despersonalizados:

1. Família

2. Espólio

3. Massa falida

4. Condomínio

Despersonalização das pessoas jurídicas – descaracterização

Ocorre quando uma pessoa por Malversação ou improbidade responde por o ato
com os seus bens pessoais.

Bens

Coisa + direitos = bens

Cosia – tudo aquilo que é passível de ser propriedade do ser humano

Conceito de bens – tudo aquilo que proporciona bem estar e satisfação para
ser humano. Os bens englobam as coisas e os direitos.

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TEORIA GERAL DO DIREITO Página 27 de 53

Corpóreos e incorpóreos

Os corpóreos são os que podem ser tocados (tangíveis) e os incorpóreos os


que não se pode tocar (intangíveis). Ex: corpóreos (cadeira, bola);
incorpóreos (vida, liberdade);

Moveis e Imóveis

Imóveis – agregado ao solo

Móvel – passível de locomoção, sem perder sua qualidade e estrutura

Divisíveis e indivisíveis

Divisíveis – perde a quantidade, mas não a qualidade

Indivisíveis – caso seja dividido perde a qualidade

Fungíveis e infungíveis

Fungíveis – substituíveis – animal para arado

Infungíveis - insubstituíveis – animal reprodutor / camisa autografada.

Consumíveis e inconsumíveis

Consumível – consome e perde a utilidade; são bens móveis cujo uso


importa na destruição da substância.

Inconsumível – sendo consumido não ha utilidade; são os cujo uso não


importa na destruição da substância.

07/05/08

LIAME, BILATERALIDADE E LIDE

Liame é relação ou vinculo que gera os efeitos no mundo jurídico.

Bilateralidade Æ em toda relação jurídica há a existência de no mínimo 2


partes.

Partes

1) Ativo

2) Passivo

Diferente de sinalagmático

1) Bilateral da vontade de ambas as partes responsabilidade

2) Obrigação mutua ambos são credores e devedores

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TEORIA GERAL DO DIREITO Página 28 de 53

Lide Æ conflito de interesses no mundo jurídico – em um conflito busca-se a


justiça, provocação jurídica

Negocio Jurídico

1. Fato Jurídico

É o acontecimento, previsto em norma jurídica, em razão da qual


nascem, se modificam, subsistem e se extinguem as relações

Classificação

a. Fato natural (stricto senso)

É o que advêm, em regra de fenômeno natural, sem a


intervenção da vontade humana, que produz efeito jurídico.

¾ Ordinário – exemplo: ocorre corriqueiramente, morte


natural, maioridade

¾ Extraordinário – acontece independente da vontade, é


esporádico

• Caso fortuito – acontece imprevisto, se o sujeito


soubesse anteriormente teria oportunidade para impedir

• Força maior – não tem como impedir, ex: furacão, raio,


terremoto.

b. Fato humano

É o acontecimento que depende da vontade humana.

¾ Voluntario

¾ Involuntário

2. Conceito de negocio jurídico

É o poder de auto-regulação dos interesses que contem a enunciação


de um preceito, independente de um querer interno.

a) Classificação

i. Quanto às vantagens que produz

a. Gratuito – só uma parte tem vontade; são


aqueles que a vantagem e benefícios são
conferidas apenas a uma das partes
(doação pura), ou seja, outorgam
vantagens sem impor a obrigação ao
benefíciado de favorecer o equivalente. Só

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TEORIA GERAL DO DIREITO Página 29 de 53

existe o sacrifício para uma das partes,


sendo a outra beneficiada.

b. Oneroso – ambas as partes possui


vantagens; ambos os contratantes são
beneficiados. Existe uma reciprocidade de
prestações entre as partes (compra e
venda, locação etc.).

ii. Quanto à formalidade

a. Solenes - quando obedece a uma forma


especial, prescrita em lei, ou seja, são
aqueles que em decorrência de sua
natureza, exigem o cumprimento de
determinadas formalidades para figurarem
como perfeitos. Existe uma condição pré
estabelecido para que esse negócio tenha
validade. (Casamento)

b. Não solenes - são os negócios que


independem de forma especial prescrita em
lei, ou seja, não seguem nenhum requisito
para que tenha validade, são de forma
livre. (Compra e Venda de Imóveis).

iii. Quanto ao conteúdo

a. Patrimonial – patrimônio monetário

b. Extrapatrimonial - exe: casamento, direito


moral

iv. Quanto a manifestação da vontade

a. Unilateral – faz-se necessário que a


declaração de vontade emane só de uma
pessoa, ou, que, o ato volitivo provenha de
um ou mais sujeitos que objetivam
determinado fim em comum (testamento,
codicilo, renúncia, etc.).

b. Bilateral – exe: ambas as partes indicam


vontade; são aqueles cujo a declaração de
vontade se faz mediante concurso de duas
ou mais pessoas, mas em sentido oposto,
havendo, portanto, um consentimento
mútuo ou acordo de vontades.

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TEORIA GERAL DO DIREITO Página 30 de 53

v. Quanto ao tempo que produzem seus efeitos

a. Inter vivos – exe: compra e venda, as


pessoas devem estar vivas; tem por
objetivo, produzir efeitos durante a vida
dos interessados (promessa de venda e
compra).

b. Causa morte – ex: herança, só acontece


com morte; são os negócios onde a
declaração de vontade é emitida para
produzir efeitos após a morte do agente ou
declarante (testamento).

vi. Quanto aos efeitos

a. Declarativos – ex: declarar um filho;


eqüivale aos Negócios jurídicos cuja eficácia
é ex tunc, ou seja, efetiva-se a partir do
momento em que opera-se o fato
vinculante a declaração de vontade (divisão
do condomínio ).

b. Constitutivos – ex: integrar uma pessoa


para receber herança, direito; corresponde
aos Negócios Jurídicos, cuja eficácia opera
ex nunc, ou seja, é válido a partir do
momento da conclusão (adoção).

vii. Quanto à existência

a. Principal – ex: dívida; são aqueles


negócios que tem existência própria e não
dependem da existência de qualquer outro
(compra e venda, locação etc.).

b. Acessória – ex: quando se paga antes do


prazo tem-se o desconto, o desconto é
acessório; são aqueles que têm sua
existência dependente do contrato principal
(cláusula penal, fiança etc.).

viii. Quanto ao exercício de direito

a. De disposição -

b. Mera administração

ELEMENTOS

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TEORIA GERAL DO DIREITO Página 31 de 53

1. Essenciais

a. Agente capaz

b. Objeto licito, possível, determinado ou determinável

c. Forma prescrita ou não defesa em lei (situação particular)

d. Consentimento

2. Acidentais

a. Modo – encargo Æ obrigação extra, exemplo a doação de um


lote, mas terá que construir uma escola

b. Condição Æ circunstancia imposta, exemplo a doação de um


lote, se construir uma escola

c. Termo Æ é o momento que pode ser inicial ou final, exemplo


contrato de prazo determinado

14/05/08

Vícios do negocio jurídico

Consentimento:

Erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo

Sociais:

Simulação e a fraude contra credores

Erro: é noção inexata de alguma coisa, objeto ou pessoa, que influencia a


formação da vontade. Também chamado de ignorância, falta de
conhecimento.

Elementos do erro (requisitos):

Substancial (em cima da qualidade), escusável (desculpável), e real


(casou um dano ou prejuízo, não percebido anteriormente)

Dolo: é o emprego de um artifício ou expediente astucioso, usado para


induzir à pratica de um ato que prejudica e aproveita ao autor ou terceiro.

É o momento que a pessoa utiliza a lábia, para conseguir a vantagem, pode


ser em cima de terceiro.

Coação: pressão física ou moral exercida sobre a pessoa, os bens e a honra


de um contraente para obrigá-lo ou induzi-lo a efetivar um negocio jurídico,
sendo que só a coação moral é, na verdade vicio de consentimento.

Requisitos da coação:

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TEORIA GERAL DO DIREITO Página 32 de 53

1. Deve ser causa determinante do negocio;

2. Deve incutir na vitima um termo justificável;

3. O temor deve dizer respeito a um dano iminente;

4. O dano deve ser considerável, ou pelo menos igual ao receável ao


ato extorquido;

Situações onde não existe a coação:

1. O exército legal do direito

a. Exemplo: o não pagamento de aluguel

2. Simples temor reverencial

a. Exemplo:Temor ao pais

Lesão: é o prejuízo que uma das partes sofre na conclusão do negocio,


decorrente da desproporção existente entre as prestações, em razão da sua
premente necessidade ou inexperiência, sem que haja dolo de
aproveitamento do beneficiado. É uma desproporção entre o valor integral e
as prestações.

Estado de perigo: temor de grave dano, que compele o declarante a


concluir ato negocial, para salvar-se ou socorrer alguém de sua família que,
em outra circunstância, não celebraria. (é anulável o contrato!)

Não pode ser confundido com a coação, porque não foi uma pessoa que
gerou

Simulação: Intencional desacordo entre a vontade interna e a declarada no


sentido de criar aparentemente um negocio jurídico que, de fato não existe,
ou então oculta, sobre determinada aparência, o negocio realmente
pretendido.

Fraude contra credores: E a prática maliciosa, pelo devedor, de atos que


desfalcam o seu patrimônio, com o escopo (objetivo) de colocá-lo a salvo de
uma execução por dívidas em detrimento dos direitos creditórios de
terceiros (Alheios).

21/05/08

Vícios do negocio jurídico – aula passada

¾ Nulidade – status quo ante

9 Absoluta (nula) ext tunc

9 Relativa (anulável) (anulabilidade) ex nunc

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TEORIA GERAL DO DIREITO Página 33 de 53

™ Nulidade (Nul. Absoluta)

• Essencial

o Capacidade

¾ Trabalha com efeito de ordem pública

¾ Erga omnes

9 Juiz pode julgar de oficio (ex offício)

9 Qualquer pessoa pode alegar

9 Não existe ratificação, correção ou supressão

9 A qualquer tempo

9 Aproveita para todos

9 A nulidade parcial não afeta a parte válida

o A parte acessória acompanha a principal

™ Anulabilidade (Nul. Relativa)

¾ Trabalha com efeito de ordem privada

Refere-se a negócios inquinados de vicio capaz de lhes determinar a


ineficácia, mas que poderá ser eliminado, restabelecendo-se a sua
normalidade. Logo, a declaração judicial de sua ineficácia opera ex nunc.
Serão anuláveis os atos: praticado por pessoa relativamente incapaz sem a
devida assistência; viciados por erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão
e fraude e quando a lei assim declarar.

• Relativamente incapaz

• Vícios

• Casos que a lei especifica

A anulabilidade trabalha com a Ordem privada, o juiz não pode julgar de


oficio, só valendo pra quem alegou, só podendo alegar as parte envolvidas,
existindo o tempo de prescrição, podendo ser ratificação, correção ou
supressão. A nulidade parcial não afeta a parte válida, a parte acessória
acompanha a principal.

ATO ILÍCITO

É o ato praticado em desacordo com a ordem jurídica, violando direito


subjetivo individual, causando dano a outrem, criando o dever de reparar
tal prejuízo. Art 186 do código civil.

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TEORIA GERAL DO DIREITO Página 34 de 53

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.

¾ Elementos do ato ilícito

1. Conduta (ação)

2. Prejuízo ou dano

3. Nexo causal

Divisões da conduta:

9 Omissiva (falta da ação) ou comissiva (ação em si,


não deveria fazer, mas fez exemplo: vender mercadoria
roubada)

9 Dolo ou culpa – dolo é quando você realiza a ação


querendo o efeito final exemplo assalto a banco, a culpa
é quando você realiza a ação, mas o resultado não era
pretendido, podendo ocorrer em três situações:
imprudência (exemplo: atravessar o sinal), imperícia
(falta de conhecimento técnico, exemplo da tesoura
dentro da mulher), negligência (falta de cuidado,
exemplo do pai que deixou o filho dentro do carro)

Classificação de culpa

¾ Quanto à natureza

ƒ Contratual – situação que você determinou


com outra pessoa

ƒ Extracontratual - não determinada e esta


na lei

¾ Quanto à graduação

ƒ Levíssima – qualquer um poderia cair


nessa situação, exemplo menino alérgico
que taca pedra em marimbondo em um
acampamento

ƒ Leve - situação corriqueira, que um pouco


mais de cuidado poderia ser evitada,
exemplo nadar em rio.

ƒ Grave – qualquer um perceberia a situação.

™ Prejuízo ou dano

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TEORIA GERAL DO DIREITO Página 35 de 53

¾ Tipos de danos:

• Moral – prejuízo particular, situação de doença

• Patrimonial – prejuízo material, exemplo o modelo que


sofreu espancamento

¾ Divisões do dano:

• Lucro cessante – é o que vai deixar de ganhar pelo ato.

• Dano emergente – é o prejuízo causado no momento


do ato, dano que aconteceu.

™ Nexo causal – existe relação do resultado com a conduta.

28/05/08

Conseqüência do ilícito

CIVIL Violação do direito

Prejuízo Æ indenização (reparação, restituição)

PENAL Violação da Lei

Prejuízo Æ Sanção

Rol de Excludentes de imputabilidade

1. Menoridade

Em caso de indenização, caso os pais ou responsáveis não tem


como ressarci a pessoa infligida, o menor paga com seus bens,
art. 928.

2. Incapacidade mental

Sem o representante o negócio jurídico é anulado. No caso do


ébrio se ele se embriagar para ter coragem de fazer ato, ele
responderá mas o negocio não vale

3. Anuência direta ou indireta da vitima

A vítima facilitou direta ou indiretamente para que a situação


ocorrer.

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TEORIA GERAL DO DIREITO Página 36 de 53

4. Estado de necessidade

Acontecimento que coloque o seu direito em risco, e você fere


o direito de outro para se proteger. Não tem ninguém que
gerou a situação, não precisa ser determinado por situação
própria (morrer para salvar o filho), pode ser imaginário.

5. Exercício regular de direito

Quando você retira o inquilino por não pagamento de aluguel,


tudo já estava definido em contrato.

6. Estrito cumprimento do poder dever legal

O bombeiro arrebenta a porta para salvar as pessoas dentro de


uma casa em chamas.

7. Legitima defesa

É um acontecimento onde você sofre inicialmente uma


agressão e reage para se proteger, deve evitar o excesso.
Existe a legitima defesa putativa pode ocorrer um exemplo em
que a pessoa vem sendo ameaçada e numa situação
aparentemente demonstra que vai atacar, a pessoa reage
alegando a legitima defesa putativa.

8. Abuso de direito Æ quando ele nasce ele cai no ato ilícito

Ele tem três vertentes básicas:

9 Abuso de direito Æ sempre ocorre quando tem excesso de


um direito.

9 Abuso de poder Æ ocorre quando existe uma hierarquia,


relação patrão e empregado (ameaça de demissão)

9 Abuso de autoridade Æ a famosa carteirada, para entrar em


qualquer lugar e em qualquer ocasião.

04/06/08

Questionário

1. Explique as fontes do ordenamento jurídico

Formais - são aquelas que dão forma ao direito

Lei

Doutrina

Costume

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Jurisprudência

Equidade

Analogia

Princípios Gerais do direito(P.G.D.)

Fonte Delegada Æ são as fontes que a lei delegada a função à outras


fontes formais quando a lei é omissa as outras fontes atuam para
prevalecer o bom senso.

Fonte reconhecida Æ a lei reconhece sua atuação sem uma lei escrita
determinada.

Materiais – são aquelas que dão conteúdo ao direito, são todos os


acontecimentos históricos e sociais dentro da sociedade além da
ideologia.

2. Comente os fatores que levaram a não utilização dos costumes

Fatores que levaram ao fim dos costumes

I. O estado como órgão criador do direito (o direito que era


costumeiro era criado pela sociedade, ai nasce o estado e cria seu
direito);

II. A amplitude da lei nas relações (a lei já analisa todos as


situações);

III. Codificação das leis;

IV. Fácil modificação da lei;

V. O aproveitamento que a lei se utiliza da sociedade;

VI. Globalização;

VII. Tecnicismo;

3. Diferencie heterointegração de autointegração

heterointegração ocorre quando, presente uma lacuna normativa, ela


é suprida por outro ordenamento, como o direito natural, ou outra
fonte, como os costumes, direito judiciário ou doutrina.
Autointegração, por sua vez, ocorre quando são utilizados o mesmo
ordenamento e a mesma fonte para suprir lacuna, podendo ser
analogia ou princípios gerais do direito.

4. Explique a represtinação

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Fenômeno pelo qual a revogação de uma lei que por sua vez havia
revogado outra lei, importa na revigoração desta.

Exemplo: Lei A existe e vem uma lei B que revoga a lei A e depois vem
a lei C que revoga a lei B sem tratar de matéria. Com isso a lei A volta a
vigorar.

5. O que é validade da norma? Como ele se sobredivide? Como é


a relação entre a validade e a tridimensionalidade do direito?
Explique.

Validade Æ é uma qualidade da norma cuja relação autoridade /


sujeito (cometimento) está imune, por estar ela conformada ao
ordenamento, tanto quanto as condições como quanto aos fins por
ele estabelecidos.

Validade Æ é uma qualidade contra fática, isto é, o valor de uma


norma não depende da existência real e concreta das condutas que
prescreve, mesmo descumprida, a norma vale.

Validade formal ou técnico jurídico (vigência)

É a executoriedade compulsória de uma regra de direito, por haver


preenchido, os registros essenciais à sua feitura ou elaboração. É
necessário que o órgão que a promulgou tenha legitimidade para
fazê-la.

Validade social ou eficácia

Há leis que entram em choque com as tradições de um povo e que


não correspondem aos seus valores primordiais, isto não obstante
valem. Há casos de normas legais que, por contrariarem as
tendências dominantes da coletividade, só logram ser cumprida de
maneira compulsória possuindo desse modo, validade formal, mas
não a eficácia espontânea perante a comunidade. Desta forma a
eficácia se refere à aplicação ou execução da norma jurídica enquanto
momento da conduta humana.

Mesmo que a sociedade não a cumpra, a lei vale, cabe aos


legisladores entenderem que esta não tem mais eficácia.

Validade ética ou fundamento

Toda regra jurídica necessita de um fundamento, que é o valor ou fim


objetivado pela regra de direito

Para a norma Jurídica ter validade:

¾ Vigência ¾ Norma

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¾ Eficácia ¾ Fato

¾ Fundamento ¾ Valor

6. O que se entende por vacatio legis?

O vacation legis que é o tempo entre a publicação da lei e a sua


verdadeira validade. Ela já é lei, mas esse tempo é para a população se
adequar.

O vacation legis pode ser:

1. Omisso Æ a lei não dar um prazo, ai vale a lei de introdução ao


código civil(LICC) (45 dias)

2. Expresso Æ a lei diz o prazo para vigorar, podendo vigorar


imediatamente.

Existem leis que mesmo omissas não valem pelo prazo da LICC.

Exemplo: a lei eleitoral

7. Explique as formas de iniciativa de projeto de lei

Concorrentes Æ pertence a todos os citados acima para iniciar um ação


de processo legislativo.

Privativas Æ casos em que a lei restringe as pessoas para fazer. Ex: o


presidente pode, sem influência escolher seus ministros (não vinculado).

8. Explique o que é o ato de publicação da lei

A partir da promulgação o projeto já é lei, mas só é valido a partir da


publicação.

9. Explique a antinomia e suas soluções

Antinomia é o conflito entre duas normas, dois princípios ou de um


principio geral do direito em sua aplicação pratica a um caso
particular. É presença de duas normas conflitantes, sem que se possa
saber qual delas deverá se aplicada ao caso singular.

Critérios de solução

Hierárquico – a lei superior revoga a lei inferior

Cronológico – a lei nova revoga a lei velha

Especialidade - a lei especifica revoga a lei geral

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10. Explique a lacuna e suas soluções

É insuficiência de disciplinamento (falta de lei para determinado


assunto). Omissão da lei, em caso de omissão utiliza as fontes formais
do direito.

11. O que se entende por personalidade jurídica

Conjunto dos poderes que uma pessoa possui (resulta dos poderes)

12. Explique os tipos de capacidade

Aptidão de adquirir direitos e exercer, por si ou por outrem, atos da vida


civil (exprime poderes)

Pessoas absolutamente incapazes – art. 3º c.c.

¾ Menores de 16 anos

¾ Falta de discernimento

¾ Falta de vontade

Pessoas relativamente incapazes – art 4º c.c.

¾ Maiores de 16 anos e menores de 18 anos

¾ Ébrios habituais

¾ Viciados em tóxicos

¾ Discernimento reduzido

¾ Excepcionais – desenvolvimento mental incompleto

¾ Pródigo

Pessoas capazes art. 5 c.c.

¾ Maiores de 18 anos (fim da menoridade)

¾ Emancipados (civilmente)

o Natural Æ 18

o Convencional/voluntária

o Legal

o Judicial

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13. Diferencie, explicando, representação de assistência

Representação Æ ato de representar um indivíduo absolutamente


incapaz, pois ele é interditado e não pode exercer nenhum ato de
vida civil.

Assistência Æ ato de acompanhar ou assistir o indivíduo


relativamente incapaz, pois ele só pode exercer parte dos atos de sua
vida civil.

14. Quais os elementos que compõem o nome? Quando ele


pode ser alterado?

Nome Æ Sinal exterior pelo qual se designa a pessoa do seio da família


e da sociedade.

Prenome

Sobrenome

Agnome

Exemplo: Djalma Tavares de Gouveia Neto

Prenome Sobrenome Agnome

A lei assegura ao indivíduo que tenha 18 anos o direito de trocar o seu


nome, desde que haja um motivo para tal (lei 6.015/73 – art 56). Esse
prerrogativa se estende por um ano após a pessoa atingir a maior idade
civil.

15. Explique o direito de imagem

Direito à imagem é a projeção da personalidade física (traços


fisionômicos, corpo, atitudes, gestos, sorrisos, indumentárias, etc.) ou
moral (aura, fama, reputação, etc.) do indivíduo (homens, mulheres,
crianças ou bebê) no mundo exterior. O direito de imagem é inalienável
e intransmissível, uma vez que não há como dissociá-lo de seu titular.
Caracteriza-se pela possibilidade de dispor ou não da própria imagem
para que outras a utilizem para diversos fins.

16. Conceitue pessoa jurídica e suas classificações

É a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios que visa a consecução


de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direito e
obrigações.

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Classificação

Quanto à nacionalidade - Nacional

- Estrangeira

Quanto à estrutura interna - Coorporações

- Fundações

Quanto à função e capacidade - Pessoas Jurídicas de Direito Público

- Pessoas Jurídicas de Direito Privado

Pessoas Jurídicas de Direito Público - externa - nações estrangeiras

- Santa sé

- Organismos internacionais

- Interna

Interna Administração direta - União

- Estado

- Município

Administração indireta - Autarquias

- Fundações

Pessoas Jurídicas de Direito Privado - Fundações Particulares

- Associações

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Início e Fim

Pessoa Jurídica de Direito Público

Tem seu inicio com fatos históricos, criação constitucional, lei especial e
tratados internacionais.

Aluno: Márcio de Souza Barbosa Professor: Djalma Tavares


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Termina pela ocorrência de fato histórico, norma constitucional, lei especial


ou tratado internacional.

Pessoa Jurídica de Direito Privado

Inicio

1. Ato constitutivo

2. Registro público

Fim

1. Dissolução

2. Liquidação Æ liquidar as dividas, transformar o patrimônio em pecúlio

17. Explique sobre as pessoas naturais, conceito e tipos

Pessoa natural Æ Ser humano considerado como sujeito de direitos e


obrigações. Toda pessoa é capaz de direitos e de deveres na ordem civil
(Art. 1º do Novo Código Civil).

Tipos:

Vulgar Æ ser humano, pessoa

Filosófico Æ ente que realiza seu fim moral, emprega sua atividade de
modo consciente.

Jurídica Æ ente físico e moral suscetível de direito e obrigações.

18. Comente sobre os requisitos e formas de emancipação

Aquisição da capacidade plena antes dos 18 anos (art 5 c.c) entre os 16


e 18 anos. A emancipação é possível por: concessão dos pais por
instrumento público, sentença judicial, casamento, exercício de emprego
público efetivo, colação de grau de ensino superior, estabelecimento civil
ou comercial, tendo economia própria.

19. Como se inicia e termina a personalidade das pessoas?

Conjunto dos poderes que uma pessoa possui (resulta dos poderes)

Inicio da personalidade

o Teorias:

ƒ Nascimento

ƒ Concepção

ƒ Nasce com vida e remonta a concepção

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Fim da personalidade

real Æ óbito comprovado

Morte Aparente Æ indivíduo que desaparece do domicilio por 2 anos


sem deixar noticias.

Presumida Æ A morte presumida ou legal é aquela que a lei


impõe, por uma presunção, nos casos de ausência, para que os
herdeiros do ausente se declarem definitivos. A própria lei
estabelece o prazo para que a morte se presuma. É interessante
observar o art. 88 da Lei de Registros Públicos - nº 6015 de
31/12/73.

Civil Æ relegada do direito atual, é a morte fictícia. Era uma pena


imposta a seus direitos de cidadão, pois a pessoa era considerada
falecida, perdia a cidadania e todos os seus bens transmitiam-se
a seus herdeiros; era comumente usada pelos romanos quando
um indivíduo tinha dívidas e não cumpria com a sua obrigação de
pagá-las.

20. Conceitue e classifique, explicando, o negocio jurídico

É o poder de auto-regulação dos interesses que contem a enunciação


de um preceito, independente de um querer interno.

b) Classificação

ix. Quanto às vantagens que produz

a. Gratuito – só uma parte tem vontade; são


aqueles que a vantagem e benefícios são
conferidas apenas a uma das partes
(doação pura), ou seja, outorgam
vantagens sem impor a obrigação ao
benefíciado de favorecer o equivalente. Só
existe o sacrifício para uma das partes,
sendo a outra beneficiada.

b. Oneroso – ambas as partes possui


vantagens; ambos os contratantes são
beneficiados. Existe uma reciprocidade de
prestações entre as partes (compra e
venda, locação etc.).

x. Quanto à formalidade

a. Solenes - quando obedece a uma forma


especial, prescrita em lei, ou seja, são

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aqueles que em decorrência de sua


natureza, exigem o cumprimento de
determinadas formalidades para figurarem
como perfeitos. Existe uma condição pré
estabelecido para que esse negócio tenha
validade. (Casamento)

b. Não solenes - são os negócios que


independem de forma especial prescrita em
lei, ou seja, não seguem nenhum requisito
para que tenha validade, são de forma
livre. (Compra e Venda de Imóveis).

xi. Quanto ao conteúdo

a. Patrimonial – patrimônio monetário

b. Extrapatrimonial - exe: casamento, direito


moral

xii. Quanto a manifestação da vontade

a. Unilateral – faz-se necessário que a


declaração de vontade emane só de uma
pessoa, ou, que, o ato volitivo provenha de
um ou mais sujeitos que objetivam
determinado fim em comum (testamento,
codicilo, renúncia, etc.).

b. Bilateral – exe: ambas as partes indicam


vontade; são aqueles cujo a declaração de
vontade se faz mediante concurso de duas
ou mais pessoas, mas em sentido oposto,
havendo, portanto, um consentimento
mútuo ou acordo de vontades.

xiii. Quanto ao tempo que produzem seus efeitos

a. Inter vivos – exe: compra e venda, as


pessoas devem estar vivas; tem por
objetivo, produzir efeitos durante a vida
dos interessados (promessa de venda e
compra).

b. Causa morte – ex: herança, só acontece


com morte; são os negócios onde a
declaração de vontade é emitida para
produzir efeitos após a morte do agente ou
declarante (testamento).

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xiv. Quanto aos efeitos

a. Declarativos – ex: declarar um filho;


eqüivale aos Negócios jurídicos cuja eficácia
é ex tunc, ou seja, efetiva-se a partir do
momento em que opera-se o fato
vinculante a declaração de vontade (divisão
do condomínio ).

b. Constitutivos – ex: integrar uma pessoa


para receber herança, direito; corresponde
aos Negócios Jurídicos, cuja eficácia opera
ex nunc, ou seja, é válido a partir do
momento da conclusão (adoção).

xv. Quanto à existência

a. Principal – ex: dívida; são aqueles


negócios que tem existência própria e não
dependem da existência de qualquer outro
(compra e venda, locação etc.).

b. Acessória – ex: quando se paga antes do


prazo tem-se o desconto, o desconto é
acessório; são aqueles que têm sua
existência dependente do contrato principal
(cláusula penal, fiança etc.).

xvi. Quanto ao exercício de direito

a. De disposição -

b. Mera administração

ELEMENTOS

3. Essenciais

a. Agente capaz

b. Objeto licito, possível, determinado ou determinável

c. Forma prescrita ou não defesa em lei (situação particular)

d. Consentimento

4. Acidentais

a. Modo – encargo Æ obrigação extra, exemplo a doação de um


lote, mas terá que construir uma escola

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b. Condição Æ circunstancia imposta, exemplo a doação de um


lote, se construir uma escola

c. Termo Æ é o momento que pode ser inicial ou final, exemplo


contrato de prazo determinado

21. Explique:

a) Dolo

Dolo: é o emprego de um artifício ou expediente astucioso, usado para


induzir à pratica de um ato que prejudica e aproveita ao autor ou terceiro.

É o momento que a pessoa utiliza a lábia, para conseguir a vantagem, pode


ser em cima de terceiro.

b) Erro

Erro: é noção inexata de alguma coisa, objeto ou pessoa, que influencia a


formação da vontade. Também chamado de ignorância, falta de
conhecimento.

c) Lesão

Lesão: é o prejuízo que uma das partes sofre na conclusão do negocio,


decorrente da desproporção existente entre as prestações, em razão da sua
premente necessidade ou inexperiência, sem que haja dolo de
aproveitamento do beneficiado. É uma desproporção entre o valor integral e
as prestações.

d) Estado de perigo

Estado de perigo: temor de grave dano, que compele o declarante a


concluir ato negocial, para salvar-se ou socorrer alguém de sua família que,
em outra circunstância, não celebraria. (é anulável o contrato!)

Não pode ser confundido com a coação, porque não foi uma pessoa que
gerou

e) Fraude

Fraude contra credores: E a prática maliciosa, pelo devedor, de atos que


desfalcam o seu patrimônio, com o escopo (objetivo) de colocá-lo a salvo de
uma execução por dívidas em detrimento dos direitos creditórios de
terceiros (Alheios).

f) Simulação

Simulação: Intencional desacordo entre a vontade interna e a declarada no


sentido de criar aparentemente um negocio jurídico que, de fato não existe,

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ou então oculta, sobre determinada aparência, o negocio realmente


pretendido.

g) Coação

Coação: pressão física ou moral exercida sobre a pessoa, os bens e a honra


de um contraente para obrigá-lo ou induzi-lo a efetivar um negocio jurídico,
sendo que só a coação moral é, na verdade vicio de consentimento.

22. Explique as diferenças entre nulidade absoluta e relativa

™ Nulidade (Nul. Absoluta) Æ com sua declaração, o negócio não


produz qualquer efeito por ofender gravemente princípios da ordem
pública, operando ex tunc, ou seja, são nulos todos os atos desde a
data de celebração do negócio.

• Essencial

o Capacidade

¾ Trabalha com efeito de ordem pública

¾ Erga omnes

9 Juiz pode julgar de oficio (ex offício)

9 Qualquer pessoa pode alegar

9 Não existe ratificação, correção ou supressão

9 A qualquer tempo

9 Aproveita para todos

9 A nulidade parcial não afeta a parte válida

o A parte acessória acompanha a principal

™ Anulabilidade (Nul. Relativa)

¾ Trabalha com efeito de ordem privada

Refere-se a negócios inquinados de vicio capaz de lhes determinar a


ineficácia, mas que poderá ser eliminado, restabelecendo-se a sua
normalidade. Logo, a declaração judicial de sua ineficácia opera ex nunc, ou
seja a declaração de anulabilidade não retroage. Anulado o ato os efeitos
operam a partir da decisão. Serão anuláveis os atos: praticado por pessoa
relativamente incapaz sem a devida assistência; viciados por erro, dolo,
coação, estado de perigo, lesão e fraude e quando a lei assim declarar.

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23. Quais situações levam a nulidade e a anulabilidade do


negócio

Que levam a nulidade

Ato praticado por absolutamente incapaz, sem a devida representação

Abjeto ilícito ou impossível

Quando não se revestir o ato da forma prescrita em lei.

Quando houver simulação

Que levam a anulabilidade

Praticado por relativamente incapaz, sem assistência

Por vicio resultante de erro, dolo, coação, lesão

Por falta de legitimação

Se a lei assim o declarar

24. Explique os elementos de negócio jurídico

Essenciais

a. Agente capaz – o agente tem que ter conhecimento do que


esta fazendo

b. Objeto licito, possível, determinado ou determinável

c. Forma prescrita ou não defesa em lei (situação particular)

d. Consentimento – vontade pórpria

Acidentais

e. Modo – encargo Æ obrigação extra, exemplo a doação de um


lote, mas terá que construir uma escola

f. Condição Æ circunstancia imposta, exemplo a doação de um


lote, se construir uma escola

g. Termo Æ é o momento que pode ser inicial ou final, exemplo


contrato de prazo determinado

25. Explique:

a) Liame

Liame é relação ou vinculo que gera os efeitos no mundo jurídico.

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b) Antijuridicidade

A antijuridicidade ou ilicitude é a relação de contrariedade que se estabelece


entre uma conduta e o ordenamento jurídico, ou seja, dá-se o nome de
antijuridicidade quando é praticada pelo agente uma conduta contrária ao
que está estabelecido em lei. Veja a seguir o que alguns autores afirmam
neste respeito.

c) Dever

Obrigação que a lei da a um indivíduo, outorgando o dever de fazê-lo.


Dentro dos limites legais.

d) Responsabilidade

A pessoa jurídica de direito público ou privado, no que se refere a realização


de um negócio jurídico dentro do poder autorizado pela lei ou pelo estatuto,
deliberado pelo órgão competente, é responsável, devendo cumprir sob
pena de inadimplência.

e) Vicio de negócio

Problema ocorrido no negocio jurídico que de alguma forma ou por algum


motivo uma das partes sai desfavorecida da negociação. Exemplo: erro,
dolo, coação, lesão, estado de perigo, etc.

f) Domicilio

Sede jurídica da pessoa, onde ela se presume presente para efeitos


jurídicos.

É onde a pessoa é encontrada judicialmente, nem sempre a residência é o


domicilio. Em alguns casos a legislação coloca na falta do domicilio a
residência vem como a outra opção, vem logo após como local onde a
pessoa pode ser encontrada.

g) Territorialidade

A lei, em princípio, tem seu campo de aplicação limitada no espaço pelas


fronteiras do estado que a promulgou.

h) Irretroatividade

Significa que a lei só terá vigência a partir da sua promulgação, não atingirá
fatos ocorridos antes da sua entrada em vigor. Exceção: a lei penal retroage
para beneficiar o réu. (art 2 C.P.)

26. Explique os elementos do ato ilícito

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É o ato praticado em desacordo com a ordem jurídica, violando direito


subjetivo individual, causando dano a outrem, criando o dever de reparar
tal prejuízo. Art 186 do código civil.

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.

¾ Elementos do ato ilícito

4. Conduta (ação)

5. Prejuízo ou dano

6. Nexo causal

Divisões da conduta:

9 Omissiva (falta da ação) ou comissiva (ação em si,


não deveria fazer, mas fez exemplo: vender mercadoria
roubada)

9 Dolo ou culpa – dolo é quando você realiza a ação


querendo o efeito final exemplo assalto a banco, a culpa
é quando você realiza a ação, mas o resultado não era
pretendido, podendo ocorrer em três situações:
imprudência (exemplo: atravessar o sinal), imperícia
(falta de conhecimento técnico, exemplo da tesoura
dentro da mulher), negligência (falta de cuidado,
exemplo do pai que deixou o filho dentro do carro)

Classificação de culpa

¾ Quanto à natureza

ƒ Contratual – situação que você determinou


com outra pessoa

ƒ Extracontratual - não determinada e esta


na lei

¾ Quanto à graduação

ƒ Levíssima – qualquer um poderia cair


nessa situação, exemplo menino alérgico
que taca pedra em marimbondo em um
acampamento

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ƒ Leve - situação corriqueira, que um pouco


mais de cuidado poderia ser evitada,
exemplo nadar em rio.

ƒ Grave – qualquer um perceberia a situação.

™ Prejuízo ou dano

¾ Tipos de danos:

• Moral – prejuízo particular, situação de doença

• Patrimonial – prejuízo material, exemplo o modelo que


sofreu espancamento

¾ Divisões do dano:

• Lucro cessante – é o que vai deixar de ganhar pelo ato.

• Dano emergente – é o prejuízo causado no momento


do ato, dano que aconteceu.

™ Nexo causal – existe relação do resultado com a conduta. A


responsabilidade civil não pode existir sem a relação de causalidade
entre o dano e a conduta ilícita do agente.

27. Explique os atos lesivos que não são ilícitos

Não constitui atos ilícitos:

Em legítima defesa ou exercício regular de um direito:

• A fim de remover perigo iminente;

• Ausência de nexo de causalidade;

• Culpa exclusiva da vitima;

• Caso fortuito ou força maior;

28. Comente sobre o abuso de direito

Quando o indivíduo estrapola no cumprimento do dever legal, para ganhar


algum tipo de benefício, comete abuso de dereito

29. Diferencie as responsabilidade contratual da extra


contratual das pessoas jurídicas

A pessoa jurídica de direito publico e privado, no que se refere à


realização de um negocio jurídico dentro do poder autorizado pela lei ou
pelo o estatuto, deliberado pelo órgão competente, é responsável,

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devendo cumprir o disposto no contrato, respondendo com os seu bens


pelo inadimplemento.

d) Extra contratual

P.J.D. Público

Pela teoria do risco integral, devem indenizar todos os danos que seus
funcionários, nesta qualidade, por atos comissivos, causam aos direitos de
particulares, tendo ação regressiva contra eles, nos casos de culpa ou dolo.

P.J.D. Privado

Respondem pelos atos ilícitos praticados por seus representantes desde que
haja responsabilidade in eligendo e in vigilando.

e) Delitual

P.J. responde penalmente pelos atos ilícitos na pessoa de seu


representante.

30. Explique a diferença entre domicílio voluntário e


necessário para as pessoas

Domicílio Æ sede jurídica da pessoa, onde ela se presume presente


para efeitos jurídicos

Tipos de domicílio

Necessário / Legal Æ O artigo 76 do Código civil descreve

Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar,


o marítimo e o preso.

Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou


assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer
permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da
Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar
imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver
matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

Voluntário Æ decorre do ato de livre vontade do sujeito, que fixa


residência em um determinado local, com ânimo definitivo.

Domicílio de pessoa jurídica

Sede da pessoa jurídica, onde os credores poderão demandar contra ela


perante obrigações. Onde se localiza: governo, administração, a direção,
ou ainda o local determinado por ato constitutivo.

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