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Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Esportes

EMPREENDEDORISMO;  
PENSE NISSO

PARTE 2

MÓDULO VI

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Competências Básicas para o Trabalho

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Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Esportes

Plano de Curso

Competência:

Os participantes desenvolverão a consciência sobre o perfil do empreendedor e


vivenciarão a criação de um empreendimento.

Conteúdos Técnicas Recursos Duração

 Revisão do dia Exposição dialogada Folha de Flip chart 10min.


anterior

 Apresentação do Exposição oral 05min.


encontro

 Relação de Dinâmica do guarda- CD - Música 30min.


confiança costas

- Vídeo: Um impulso
 Os desafios do Discussão em grupo 60min.
para as águias.
empreendedor
- Cartilha:
Empreendedorismo
páginas 12 a 20.

Exposição dialogada Flip chart 10 min.

Intervalo 15 min.

 Sensibilização para Dinâmica dos nove 10min.


o tema pontos

 O caminho do Estudo em subgrupos Cartilha: 30min.


empreendedor Empreendedorismo
páginas 21 a 27.

 Vivenciando uma Dinâmica: Simulação Lápis de cor, 60min.


ação tesoura, revistas,
empreendedora cola, sucatas em
geral, régua

 Encerramento Exposição oral Avaliação 10min.

Filmes e músicas indicados poderão ser substituídos por um outro título, desde que
respaldem o alcance do objetivo proposto na atividade.

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Competências Básicas para o Trabalho

Carta Descritiva

1. Introdução

1.1. Revisão do Dia Anterior

 Perguntar ao grupo o que chamou mais a atenção e qual foi o


aprendizado. Falar, de forma objetiva, sobre a importância de se estar
sintonizado com o mercado e com as pessoas.

1.2. Apresentação do Encontro

 Informar ao grupo sobre a continuidade do assunto “Empreendedorismo”,


que foi iniciado no dia anterior.
 Informar que o objetivo do módulo será:
- identificar características pessoais;
- aprender como sistematizar uma ação empreendedora e
- realizar uma oficina.

2. Empreendedorismo, um Exercício de Confiança

Dinâmica: O Guarda-Costas

Objetivo:

 Refletir sobre a importância da confiança nas relações com as pessoas.

Tempo: 30 minutos, aproximadamente.

Material:
CD com música suave
1º momento: Música “Deixa a vida me levar”- Zeca Pagodinho
2º momento: Música: “Tocando em frente” – Almir Sater

Procedimentos:
 Solicitar que os participantes fiquem de pé.
 Informar que participarão de uma caminhada que acontecerá em três
momentos. É importante que, durante a vivência, todos permaneçam em
silêncio. O tempo de duração será determinado pela música.

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1º momento: (Música do Zeca Pagodinho)


 Colocar uma música que favoreça o exercício de independência. Pedir
para cada um ouvir a música e caminhar livremente pela sala. Abrir os
braços amplamente, balançar o corpo, sentir a música e dançar.
 Após 5 minutos, parar a música e perguntar como se sentiram. Qual a
sensação? Provavelmente, será uma sensação de liberdade e de
independência. Não existe ninguém impedindo os movimentos. O máximo
que acontece é um esbarrar no outro, sem grandes problemas.
 Fazer a seguinte pergunta: Na vida conseguimos agir com tanta
independência? “Provavelmente, a resposta será não. Porque vivemos
em uma sociedade e somos seres que necessitamos dos outros”.
 Ir para o segundo momento.

2º momento:
 Colocar a música “Tocando em frente”.
Instruções:
- Orientar o grupo a caminhar ao ritmo da música e ao parar, pedir que
formem duplas.
- Os componentes de cada dupla ficarão de costas um para o outro. O
objetivo será caminhar juntos, sempre de costas.
- Cada dupla definirá quem será o primeiro a caminhar.
- Quem iniciar, andará para frente e o colega o seguirá andando de
costas sem se separarem.
- Ao som da música, dar o sinal para o início. Após 5 min parar a
música.

3º momento
 Colocar a música “Tocando em frente”.
Instruções:
- O objetivo será caminhar juntos, continuando de costas, mas neste
momento, trocarão de condutor.
- Quem iniciar, neste momento, será conduzido pelo parceiro, ou seja,
andará para frente e o colega o seguirá andando de costas, sem se
separarem.
- Ao som da música, dar o sinal para o início. Após 5 min, parar a
música.
- Ao som da música, dar o sinal para o início. Agora, irão caminhar sem
definir quem estará conduzindo. Deverá haver uma sinergia de forma
que cada um perceba em que momento um direciona o outro e que os
fazem caminhar juntos.

Relato dos Sentimentos:


 Perguntar ao grupo quais os sentimentos vivenciados enquanto realizavam
a técnica.
 Quais os fatores que interferiram?
 Quais as dificuldades?
 Qual a associação desse exercício com o nosso dia-a-dia?

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Generalização
 O empreendedorismo requer uma atitude de confiança em si próprio e no
outro. Caminhar junto é um exercício que requer equilíbrio, determinação, foco
e paciência para respeitar os limites. Quando atuamos sozinhos, a sensação é
de liberdade, mas percebemos que juntos nos tornamos mais fortes.
 Pegar três palitos de picolé e mostrar que apenas um palito pode ser quebrado
com facilidade, mas com os três juntos torna-se mais difícil.

3. Os Desafios do Empreendedor

3.1. Discussão em Grupo

Iniciar falando que o processo de mudança requer uma nova forma de pensar e que
é necessário orientar a nossa vida para vencer os obstáculos, que são muitos.
Existem desafios no mercado de trabalho, mas o maior é o pessoal.

Contar, para o grupo, uma estória que vem da África:

Era uma vez um político, também educador popular, chamado James Aggrey.
Ele era natural de Gana, pequeno país da África Ocidental. Ele contou uma
estória tão bonita, que circulou no mundo inteiro. Gana era uma cidade muito
rica, pois tinha muito ouro. No século XVI foi feita colônia de Portugal que
exportava o seu povo como escravo para o Brasil. A pretexto de combater a
exportação de escravos para as Américas, a Inglaterra se apoderou desta
colônia portuguesa. Os colonizadores ingleses tratavam o povo com
descrença e humilhações. Estes se consideravam inferiores. Então, James
Aggrey contou a seguinte estória:

“Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro
para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia.
Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Embora a águia fosse o
rei/rainha de todos os pássaros”.
Depois de cinco anos, este homem recebeu a visita de um naturalista.
Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:

- Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.


- De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não
é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das
asas de quase três metros de extensão.
- Não - retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um
coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, não - insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como
águia.

Então, decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem
alto e desafiando-a disse:

- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra,
então abra suas asas e voe!

A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava


distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou
para junto delas.

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O camponês comentou:

- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!


- Não - tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será
sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.

No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia até o alto da montanha. O


sol nascente dourava os picos das montanhas. Sussurrou-lhe:
- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não
voou. Então o naturalista segurou-a em direção ao sol, para que seus olhos
pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte. Nesse
momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou e ergueu-se. E começou a
voar, a voar para o alto, a voar cada vez mais alto. Voou... Voou... até
confundir-se com o azul do firmamento...”.
James terminou conclamando:
- Meus compatriotas! Durante a nossa vida muitas pessoas nos fizeram
pensar como galinhas. E muitos de nós ainda achamos que somos galinhas.
Mas nós somos águias. Por isso, abramos as asas e voemos. Voemos como
as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que jogarem aos pés para
ciscar.

 Perguntar quais as conclusões que tiraram a partir dessa estória.


Incentivá-los a não se acomodarem, a acreditarem neles e a se
fortalecerem.

3.2. Análise do Filme: Um Impulso para as Águias

Procedimentos:
 Projetar o vídeo. Pedir que fiquem atentos, pois após o vídeo irão discuti-lo
em subgrupos.
 Orientar o grupo quanto aos aspectos a serem observados. Dar ênfase às
características de uma pessoa investida de poder.
 Após o filme, deverão se organizar em subgrupos, de cinco componentes
cada, discutir o tema e apresentar em plenária.
- Quais são as características das pessoas investidas de poder?
Resposta: auto-estima, propósito, visão, compromisso e contribuição.

3.3. Estudo da Cartilha

 Dividir os participantes em subgrupos e solicitar que leiam e discutam o


conteúdo das páginas 12 a 20 da Cartilha de Empreendedorismo.
(distribuir um tópico para cada grupo).
 Cada subgrupo escolherá um representante para apresentar a conclusão
do tópico discutido
 Concluir a atividade ressaltando os principais pontos abordados.

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Intervalo (15 min.)

4. Sensibilização para o Tema

4.1. Dinâmica dos Nove Pontos

Objetivo: refletir sobre a importância da definição de um objetivo para sairmos


do nosso aquário.

Procedimento:
 Desenhar no quadro nove pontos (conforme modelo)

Instruções:
1. Ligar os 09 pontos, com 04 linhas retas sem tirar o lápis do papel e sem
repassar o lápis em uma linha já criada.
2. Não pode fazer curvas - linhas retas.
3. Após algumas tentativas, lance a dica:
- Mude o seu referencial
- Saia dos limites, saia do aquário

DESENHO: SAIA DO AQUÁRIO

RESPOSTA:

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Processamento:
 Como foi realizar a tarefa?
 O que sentiram?
 O que significa mudar o referencial?
 O que significa sair do aquário?

Generalização
Mudar o referencial significa rever algumas crenças que limitam as nossas ações
(como vimos ontem). Ter coragem para arriscar é um mecanismo que nos faz
sair da acomodação.

5. O Caminho do Empreendedor

5.1. Estudo da Cartilha

Objetivo:
 Adquirir conhecimentos para serem vivenciados na próxima etapa.

Duração: 30 min

Procedimentos:
 Divida o grupo em cinco grupos.
 Solicitar que abram a cartilha “Empreendedorismo. Pense nisso!”, páginas
21 a 27.
 Cada grupo deverá responder às seguintes perguntas: (duração 20 min)
- O que significa para vocês autoconhecimento e formação?
- Dê exemplo de alguém que tenha traçado um objetivo e tenha
conseguido alcançá-lo.
- Por que é importante estabelecer uma rede de relacionamento?
- Defina oportunidade.
- Como começar um trabalho coletivo?
- Quais valores devem ser cultivados?
 Solicitar que os grupos façam uma apresentação das conclusões em relação
às perguntas.

Generalização:

Efetuar uma síntese tendo como referencial a apresentação dos participantes.

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6. Vivenciando uma Ação Empreendedora

6.1. Dinâmica: Simulação

Objetivos:
 Vivenciar uma ação empreendedora (seguindo as etapas discriminadas na
Cartilha).

Tempo: 60 minutos

Material : Revista, tesoura, cola, régua, lápis de cor, sucatas.

Procedimentos:
 Dividir os participantes em dois grupos.
 Dar um nome para cada grupo: grupo sol e grupo lua
 Cada grupo irá desenvolver um negócio. O produto será desenvolvido na
sala.
Ex.: O grupo irá montar uma locadora de revistas. Então, deverão preparar
a locadora com tudo o que for necessário.
 Informar que terão 40 minutos para a montagem do negócio e
apresentação do produto.

Processamento: Duração 10 minutos


 Como foi desenvolvido o negócio? O que facilitou? O que dificultou?
 O que é mais significativo para montar um negócio?

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Generalização
Ensinar que empreendedorismo evoca, de imediato, novas formas de
aprendizado e relacionamento. Por quê? Porque os fundamentos do
empreendedorismo não se incluem no conceito tradicional do que se aprende na
escola. Ser empreendedor não é somente uma questão de acúmulo de
conhecimento, mas a introjeção de valores, atitudes, comportamentos, formas de
percepção do mundo e de si mesmo voltados para atividades em que o risco, a
capacidade de inovar, perseverar e de conviver com a incerteza são elementos
indispensáveis.

Como foi visto ontem e hoje, empreendedor é alguém capaz de desenvolver uma
visão, mas não só deve saber persuadir terceiros, sócios, colaboradores,
investidores, como convencê-los de que sua visão poderá levar todos a uma
situação confortável no futuro. Além de energia e perseverança, uma grande
dose de paixão é necessária para construir algo a partir do nada e continuar em
frente, apesar dos obstáculos, das armadilhas e da solidão. O empreendedor é
alguém que acredita que pode colocar a sorte a seu favor, por entender que ela
é produto do árduo trabalho e que se dispõe para o domínio do conhecimento na
área em que deseja atuar.

Encerramento do Encontro (15 minutos)

Solicitar que os participantes registrem as principais idéias do encontro em seu


material.

Perguntar ao grupo: O que chamou mais atenção no encontro?

Convocá-los para o próximo encontro no horário estabelecido. Solicitar que realizem


pesquisa, entre o seu grupo de amigos, sobre qual o maior desafio do jovem nos dias
de hoje.

Com um gesto irão expressar como foi o encontro.

Agradecer e despedir-se.

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