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Brasil Colônia

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Brasil
Colônia do Brasil

Colônia de Portugal

1500 – 1815  →

Bandeira Brasão

Continente América do Sul


Capital Salvador, depois Rio de
Janeiro

Língua oficial Português

Religião Catolicismo

Governo Monarquia absoluta


História
 • 22 de Abril de1500 Chegada dos Portugueses ao
Brasil
 • 1707 - 1709 Guerra dos Emboabas
 • 1789 Inconfidência Mineira
 • 1794 Conjuração Carioca
 • 1815 Criação do Reino Unido

Moeda Réis

Denomina-se Brasil Colônia período da história entre a chegada dos primeiros


portugueses em 1500, e a independência, em 1822, quando o Brasilestava sob domínio
socioeconômico e político de Portugal. Todavia, a rigor, o período colonial já havia
terminado em 1815, quando Dom João VIelevou a condição do Brasil de colônia para a
de Reino Unido, juntamente com Portugal e Algarves.

Eventualmente França e Holanda conquistaram o domínio de regiões estratégicas como,


por exemplo, a ilha de São Luís do Maranhão (França Equinocial), a cidade de São
Sebastião do Rio de Janeiro (França Antártica) a cidade de Recife e parte dos atuais
estados de Pernambuco, Paraíbae Rio Grande do Norte (Nova Holanda).

A despeito destas ocupações, manteve-se, no período colonial, a unidade linguística e


cultural do Brasil.

O período colonial pode ser subdividido nas seguintes categorias:

1. Período pré-povoamento (do descobrimento até 1530)


2. Ciclo da cana de açúcar
3. Ciclo do ouro.

A economia do período é caracterizada pelo tripé monocultura, latifúndio e mão de obra


escrava.
Índice

 [esconder]

1 História da colonização do Brasil

o 1.1 O período pré-colonial: a fase do pau-brasil (1500 a

1531)

o 1.2 A fase do açúcar e as capitanias hereditárias - séculos

XVI e XVII

 1.2.1 Administração colonial

 1.2.2 A economia açucareira

 1.2.3 A sociedade colonial

 1.2.4 Alimentação no Brasil colônia

 1.2.5 Invasões francesas do Brasil

 1.2.6 Invasões holandesas do Brasil

 1.2.7 Expansão territorial: bandeiras e

bandeirantes

o 1.3 O século do ouro: século XVIII

o 1.4 Identidade e nacionalidade

 1.4.1 Revoltas coloniais e conflitos

2 Arte Colonial
3 Ver também

4 Referências

[editar]História da colonização do Brasil

De 1500 a 1530, quando o território ainda era chamado Terra de Santa Cruz,
a colonização limitou-se a expedições rápidas para coleta e transporte de pau-brasil. É a
partir de 1530, pela expedição de Martim Afonso de Sousa, que a nova colônia passará a
ser povoada. Em 1532 é fundada a vila de São Vicente.

Prevendo a possível invasão do território por potências rivais, a Coroa Portuguesa lança
mão de um instituto já utilizado na ilha da Madeira: acapitania.

As capitanias foram, erroneamente, comparadas por alguns historiadores


aos feudos medievais. Nada mais equivocado. As relações políticas e econômicas entre
donatários de capitanias e a coroa portuguesa em nada se equivaliam às relações de
suserania e vassalagem feudais.

A instalação das primeiras capitanias no litoral nordeste brasileiro traz consigo uma
consequência trágica: os conflitos com os índios do litoral que - se até então foram aliados
de trabalho, neste momento passam a ser um entrave, uma vez que disputavam com os
recém chegados o acesso às melhores terras. Destes conflitos entre portugueses e índios
o saldo é a mortandade indígena causada por conflitos armados ou por epidemias
diversas.

[editar]O período pré-colonial: a fase do pau-brasil (1500 a 1531)

A expressão "descobrimento" do Brasil está carregada de eurocentrismo por


desconsiderar a existência dos índios na terra antes da chegada dos portugueses.
Portanto, será mais correcto o termo "chegada" dos portugueses ao Brasil. Outros autores
preferem dizer "achamento" do Brasil. A data em que ocorreu, 22 de abril de 1500,
inaugura a fase pré-colonial. Neste período não houve colonização, pois os portugueses
não se fixaram na terra.

Após os primeiros contatos com os indígenas, muito bem relatados na carta de Caminha,


os portugueses começaram a explorar o pau-
História do Brasil
brasil da mata Atlântica. O pau-brasil tinha grande
valor no mercado europeu, pois sua seiva
avermelhada era muito utilizada para tingir tecidos e
fabricação de móveis e embarcações.
Pré-cabralina (antes de 1500)[Expandir]
Inicialmente os próprios portugueses cortavam as Colônia (1500–1822)[Expandir]
Império (1822–1889)[Expandir]
árvores, mas devido ao fato destas não estarem República (1889–atual)[Expandir]
concentradas em uma região, mas espalhadas pela Constituições[Expandir]
Listagens[Expandir]
Temáticas[Expandir]
Eleições
Regionais
Generalidades
mata, aqueles passaram a utilizar mão-de-obra indígena para o corte. Os índios não eram
escravizados, eram pagos em forma de escambo, ou seja, simples troca. Apitos,
chocalhos, espelhos e outros objetos utilitários foram oferecidos aos nativos em troca de
seu trabalho (cortar o pau-brasil e carregá-lo até às caravelas). Os portugueses
continuaram a exploração da madeira, erguendo toscas feitorias no litoral, apenas
armazéns e postos de trocas com os indígenas.

Apesar do pau-brasil ter o seu valor, o comércio de especiarias com as Índias ainda era
muito mais lucrativo. Neste período Portugal sofria de escassez de mão-de-obra e
recursos, de forma que investir na extração de pau-brasil significava deixar de ganhar
dinheiro nas Índias. Assim a Coroa reservou aos principais nobres os privilégios de
explorarem as Índias, e à nobreza do "segundo escalão" as concessões para a exploração
de pau-brasil sob sistema de estanco (o pau-brasil, considerado monopólio da Coroa
portuguesa, era concedido para exploração a particulares mediante o pagamento de
impostos).

Durante 30 anos, a costa foi também explorada por holandeses, ingleses e


principalmente franceses. Embora essas nações não figurassem no Tratado de
Tordesilhas (acordo entre Portugal e Espanha que dividiu em 1494, terras recém
descobertas) enviavam ao Brasil navios empenhados em explorar o Atlântico e recolher a
preciosa madeira, pois consideravam que tinha direito à posse das terras o país que as
ocupasse.

A costa brasileira era terra aberta para os navios do corso (os «corsários»), pois inexistiam
povoações ou "guarda costeira" que a defendesse. Para tentar evitar estes
ataques, Portugal organizou e enviou ao Brasil as chamadas expedições guarda-costas,
com poucos resultados.

De qualquer forma, os franceses se incomodaram com as expedições de Cristóvão


Jacques, encarregado das expedições guarda-costas, achando-se prejudicados; e sem
que suas reclamações fossem atendidas, Francisco I (1515-1547), então Rei da França,
deu a Jean Ango, um corsário, uma carta de marca que o autorizava a atacar navios
portugueses para se indenizar dos prejuízos sofridos. Isso fez com que D. João III, rei de
Portugal, enviasse a ParisAntônio de Ataíde, o conselheiro de estado, para obter a
revogação da carta, o que foi feito, segundo muitos autores, à custa de presentes e
subornos.

Logo recomeçaram as expedições francesas. O rei francês, em guerra contra Carlos V, rei


do Sacro Império Romano, praticamente atual Alemanha, não podia moderar os súditos,
pois sua burguesia tinha interesses no comércio clandestino e porque o governo dele se
beneficiava indiretamente, já que os bens apreendidos pelos corsários eram vendidos por
conta da Coroa. As boas relações continuariam entre França e Portugal, e da missão
de Rui Fernandes em 1535 resultou a criação de um tribunal de presas franco-português
na cidade de Baiona, embora de curta duração, suspenso pelas divergências nele
verificadas.

Henrique II, atual rei da França, filho de Francisco I, iria proibir em 1543 expedições a
domínios de Portugal. Até que se deixassem outra vez tentar e tenham pensado
numa França Antártica, uma colônia tentada no Rio de Janeiro, em 1555 ou numa França
Equinocial.

A falta de segurança da terra é a origem direta da expedição de Martim Afonso de Sousa,


nobre militar lusitano, e a posterior cessão dos direitos régios a doze donatários. Em
1530, D. João IIImandou organizar a primeira expedição com objetivos de colonização.
Esta tinha como objetivos: povoar o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o
cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.

[editar]A fase do açúcar e as capitanias hereditárias - séculos XVI e XVII

Fundação de São Vicente, porBenedito Calixto.

O açúcar era um produto de grande aceitação na Europa onde alcançava grande valor.

Após as experiências positivas de cultivo na Região Nordeste do Brasil, já que a cana se


adaptou bem ao clima e ao solo, teve início o plantio em larga escala. Seria uma forma de
Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de começar o povoamento do Brasil.

Para melhor organizar a colônia, o rei resolveu dividir o Brasil em capitanias hereditárias.
O território foi dividido em 15(quinze) faixas de terras doadas aos donatários. Estes
podiam explorar os recursos da terra, mas ficavam encarregados de povoar, proteger e
estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar.

Ver artigo principal: Capitanias do Brasil

Em geral, o sistema fracassou, em função da grande distância da Metrópole, da falta


de recursos e dos ataques de indígenas e piratas. As capitanias de São
Vicente e Pernambuco, que focaram no cultivo da cana-de-açúcar, foram as únicas
que apresentaram resultados, graças aos investimentos do rei e de empresários.

[editar]Administração colonial

Ver artigo principal: Estado do Brasil


Ver artigo principal: Estado do Maranhão
Após a tentativa fracassada de estabelecer as capitanias hereditárias, a coroa portuguesa
estabeleceu no Brasil um Governo-Geral como forma de centralizar a administração, tendo
mais controle da colônia. As capitanias hereditárias fracassadas foram transformadas em
capitanias gerais.

O primeiro governador-geral foi Tomé de Sousa, que recebeu a missão de combater os


indígenas rebeldes, aumentar a produção agrícola no Brasil, defender o território e
procurar jazidas de ouro eprata.

Também começavam a existir câmaras municipais, órgãos políticos compostos pelos


"homens-bons". Estes eram os ricos proprietários que definiam os rumos políticos das vilas
e cidades. O povo não podia participar da vida pública nesta fase.

As instituições municipais eram compostas por um alcaide que tinha funções


administrativas e judiciais, juizes ordinários, vereadores, almotacés e os homens bons.

As juntas do povo decidiam sobre diversos assuntos da Capitania

A capital do Brasil neste período foi Salvador, pois a região Nordeste era a mais
desenvolvida e rica do país. Além disso, Salvador como cidade litorânea, exercia grande
papel na facilitação de envio dos produtos canavieiros à Europa, via Navios.

[editar]A economia açucareira

Ver artigo principal: Ciclo da cana-de-açúcar

Um engenho de cana-de-açúcar emPernambuco colonial, pelo pintor neerlandêsFrans Post (século XVII).

A base da economia colonial era o engenho de açúcar. O senhor de engenho era um


fazendeiro proprietário da unidade de produção de açúcar. Utilizava a mão-de-
obra africana escrava e tinha como objetivo principal a venda do açúcar para o mercado
europeu. Além do açúcar destacou-se também a produção de tabaco e algodão.

As plantações ocorriam no sistema de plantation, ou seja, eram grandes fazendas


produtoras de um único produto, utilizando mão-de-obra escrava e visando o comércio
exterior.
O Brasil se tornou o maior produtor de açúcar nos séculos XVI e XVII. As principais
regiões açucareiras eram a Bahia, Pernambuco, parte do Rio de Janeiro e São Vicente
(São Paulo).

O Pacto Colonial imposto por Portugal estabelecia que o Brasil (Colônia) só podia fazer
comércio com a Metrópole, não devendo concorrer com produtos produzidos lá. Logo, o
Brasil não podia produzir nada que a Metrópole produzisse.

O monopólio comercial foi, de certa forma, imposto pelo governo da Inglaterra a Portugal,
com o objetivo de garantir mercado aos comerciantes ingleses. A Inglaterra havia feito
uma aliança com Portugal, oferecendo apoio militar em meio a uma guerra pela sucessão
da Coroa Espanhola e ajuda diplomática a Portugal, em troca, os portugueses abriam seus
portos a manufaturas britânicas, já que Portugal não tinha grandes indústrias. Nessa
época, Portugal e suas colônias, inclusive o Brasil, foram abastecidas com tais produtos.
Portugal se beneficiava do monopólio, mas o país era dependente comercialmente
da Inglaterra. O Tratado de Methuen foi uma das alianças luso-britânicas.

A colônia vendia metais, produtos tropicais e subtropicais a preços baixos, estabelecidos


pela metrópole, e comprava dela produtos manufaturados e escravos a preços bem mais
altos, garantindo assim o lucro de Portugal em qualquer das transações.

[editar]A sociedade colonial

A sociedade no período do açúcar era marcada pela grande diferenciação social. No topo
da sociedade, com poderes políticos e econômicos, estavam os senhores de engenho.
Abaixo, aparecia uma camada média formada por pessoas livres (feitores, capatazes,
padres, militares, comerciantes e artesãos) e funcionários públicos. E na base da
sociedade estavam os escravos, de origem africana, tratados como simples mercadorias e
responsáveis por quase todo trabalho desenvolvido na colônia.

Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder social.
As mulheres tinham poucos poderes e nenhuma participação política, deviam apenas
cuidar do lar e dos filhos.

A casa-grande era a residência da família do senhor de engenho. Nela moravam, além da


família, alguns agregados. O conforto da casa grande contrastava com a miséria e
péssimas condições de higiene das senzalas (habitações dos escravos).

[editar]Alimentação no Brasil colônia

Os portugueses que vieram para o Brasil tiveram que alterar seus hábitos alimentares.
O trigo, por exemplo, foi substituído pela farinha de mandioca, o mais importante alimento
da colônia. A mandioca, de origem indígena, foi adotada no Brasil por africanos e
portugueses, sendo usada para fazer bolos, sopas, beijus ou simplesmente para se comer
misturada ao açúcar. Além da farinha, no engenho também se consumiam: carne-
seca, milho, rapadura, arroz, feijão e condimentos como pimenta e azeite de dendê. As
verduras, as frutas, a manteiga e os queijos eram raros e só entravam na alimentação dos
ricos. Mas não faltavam doces, que eram consumidos em grande quantidade, tanto no
campo como nas cidades.

[editar]Invasões francesas do Brasil

Ver artigo principal: Invasões francesas do Brasil

Os franceses, liderados por Napoleão Bonaparte invadiram Portugal, fazendo com que a


Coroa Portuguesa viesse para o Brasil. Quando D. João VI chegou no Brasil, trouxe
diversas melhorias ao país, causando a revolta do Porto. A revolta na cidade do Porto
(Portugal) queria tirar o poder de D. João VI, transferir esse poder para uma assembleia de
representantes eleitos pelo povo (corte), escrever uma constituição e anular as medidas de
D. João VI em relação ao Brasil.

[editar]Invasões holandesas do Brasil

Ver artigo principal: Invasões holandesas do Brasil

Entre os anos de 1630 e 1654, o Nordeste brasileiro foi alvo de ataques e fixação


de holandeses. Interessados no comércio de açúcar, os holandeses implantaram um
governo no território. Sob o comando de Maurício de Nassau, permaneceram lá até serem
expulsos em 1654. Nassau desenvolveu diversos trabalhos em Recife, modernizando a
cidade.

[editar]Expansão territorial: bandeiras e bandeirantes

Foram os bandeirantes os responsáveis pela ampliação do território brasileiro além


do Tratado de Tordesilhas. Os bandeirantes penetravam no território brasileiro, procurando
índios para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foram os bandeirantes que
encontraram as primeiras minas de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato
Grosso.

Evolução territorial do Brasil Colônia:


1534

Capitanias hereditárias

 

1573

Dois estados

 

1709

Expansão além doTratado de Tordesilhas

 

1789

No momento daInconfidência Mineira

[editar]O século do ouro: século XVIII

Após a descoberta das primeiras minas de ouro, o rei de Portugal tratou de organizar sua
extração. Interessado nesta nova fonte de lucros, já que o comércio de açúcar passava por
uma fase de declínio, ele começou a cobrar o quinto. O quinto era o imposto cobrado pela
Coroa Portuguesa equivalente a um quinto (20%) de todo o ouro que fosse encontrado no
Brasil, esse imposto era cobrado nas casas de fundição, responsáveis por fundir o ouro,
dessa forma, a cobrança dos impostos era mais rigorosa.

A descoberta de ouro e o início da exploração das minas nas regiões auríferas (Minas
Gerais, Mato Grosso e Goiás) provocaram uma verdadeira "corrida do ouro" para estas
regiões. Procurando trabalho na região, desempregados de várias regiões do país partiram
em busca do sonho de ficar rico da noite para o dia.
Cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito
nestas regiões. Foi neste contexto que apareceu um dos mais importantes artistas
plásticos do Brasil: oAleijadinho.

Vários empregos surgiram nestas regiões, diversificando o mercado de trabalho na região


aurífera.

Para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste, a capital do país foi transferida


para o Rio de Janeiro.

[editar]Identidade e nacionalidade

Os naturais do Brasil eram portugueses; diferenciavam-se dos ameríndios e dos escravos


que não tinham direitos de cidadania. Nesta época o vocábulo "brasileiro" designava
apenas o nome dos comerciantes de pau brasil. Só depois da independência do Brasil se
pode diferenciar brasileiros e portugueses, visto que é um anacronismo chamar brasileiro a
quem morreu português antes da independência. Distinguia-se o cidadão português
natural do Brasil dos outros portugueses da metrópole e províncias
ultramarinas (português de Angola, português de Macau, português de Goa, etc)
designando-o de Português do Brasil, Luso Americano ou pelo nome da cidade de
nascimento. A partir do século XVII o termo "reinóis" era usado popularmente no Brasil
para designar os portugueses nascidos em Portugal e os distinguir daqueles nascidos no
Brasil. Dentro do Brasil podiam-se diferenciar os cidadãos em nível regional, por exemplo
os pernambucanos dos baianos, no entanto a nível nacional e a nível internacional eram
todos conhecidos como portugueses. Os escravos davam o nome de "mazombo" aos
filhos de portugueses nascidos no Brasil, e mais tarde a qualquer europeu.

[editar]Revoltas coloniais e conflitos

Em função da exploração exagerada da metrópole, ocorreram várias revoltas e conflitos


neste período:

 Entrincheiramento de Iguape: A força portuguesa,


liderados por Pero de Góis, ao desembarcar na barra de Icapara, em Iguape, foram
recebidos sob o fogo da artilharia, sendo desbaratada. Na retirada, os sobreviventes foram
surpreendidos pelas forças espanholas emboscadas na foz da barra do Icapara, onde os
remanescentes pereceram, sendo gravemente ferido o seu capitão Pero de Góis, por um
tiro de arcabuz.
 Guerra dos Emboabas: os bandeirantes paulistas queriam exclusividade na
exploração do ouro nas minas que encontraram; Entraram em choque com os imigrantes
portugueses que estavam explorando o ouro das minas.
 Guerra de Iguape: Ocorreu entre os anos de 1534 e 1536, na região de São
Vicente, São Paulo. Ruy Garcia de Moschera e o "Bacharel de Cananéia", aliados aos
espanhóis, embarcaram em um navio francês, capturado em Cananeia e atacaram a vila
de São Vicente, que saquearam e incendiaram, deixando-a praticamente destruída,
matando dois terços dos seus habitantes.
 Guerra dos Mascates : que se registrou de 1710 a 1711 na então Capitania de
Pernambuco.
 Guerras Guaraníticas: espanhóis e portugueses (apoiados pelos ingleses) entram
em conflito com os índios guaranis catequizados pelos jesuítas, de 1751 a 1758.
 Revolta de Felipe dos Santos: ocorrida em Vila Rica, representou a insatisfação
dos donos de minas de ouro com a cobrança do quinto e das Casas de Fundição. O
líder Felipe dos Santos Freirefoi preso e condenado à morte pela coroa portuguesa.
 Revolta de Beckman: Ocorreu em fevereiro de 1684, no estado do Maranhão,
liderado pelos irmãos Manuel e Tomas Beckman, apenas reivindicando melhorias na
administração colonial, o governo português reprimiu violentamente o movimento.
 Inconfidência Mineira (1789): liderada por Tiradentes, os inconfidentes mineiros
queriam a independência da região de Minas Gerais mais o Rio de Janeiro de Portugal. O
movimento foi descoberto pelo rei de Portugal e os líderes condenados.
 Conjuração Baiana (1798): Também conhecida como "Revolta dos Alfaiates".
Revolta de caráter emancipacionista ocorrida na então Capitania da Bahia. Foi punida
duramente pela Coroa de Portugal.
 Ciclo da cana-de-açúcar
 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 Um engenho de cana-de-açúcar em Pernambuco colonial, pelo pintor neerlandês Frans Post (século XVII).

 O ciclo da cana-de-açúcar, a primeira grande riqueza agrícola do Brasil, teve início quando foi simultaneamente introduzida

nas suas três capitanias: Pernambuco, Bahia e São Paulo. Em 1549, Pernambuco já possuía trinta engenhos de banguê, a

Bahia, dezoito, e São Vicente, dois. A lavoura da cana-de-açúcar era próspera e, meio século depois, a distribuição

dos engenhos perfazia um total de 256.[1]

 O ciclo da cana-de-açúcar representou um dos momentos de maior desenvolvimento econômico do Brasil Colônia. Foi,

durante muito tempo a base da economia colonial. O senhor de engenho era um fazendeiro proprietário da unidade de

produção de açúcar. Utilizava a mão-de-obraescrava indígena e/ou africana e tinha como objetivo principal a venda do

açúcar para o mercado europeu. Além do açúcar destacou-se também a produção de tabaco e algodão.

 As plantações ocorriam no sistema de plantation, ou seja, eram grandes fazendas produtoras de um único produto,

utilizando mão-de-obra escrava e visando o comércio exterior.

 [editar]História

 O Brasil se tornou o maior produtor de açúcar nos séculos XVI e XVII. As principais regiões açucareiras eram

a Bahia, Pernambuco, parte doRio de Janeiro e Capitania de São Vicente (São Paulo).


 O Pacto Colonial imposto por Portugal estabelecia que o Brasil (Colônia) só podia fazer comércio com a Metrópole, não

devendo concorrer com produtos produzidos lá. Logo, o Brasil não podia produzir nada que a Metrópole produzisse.

 Desta forma foi estabelecido um monopólio comercial. O monopólio foi de certa forma imposto pelo governo da Inglaterra a

Portugal, com o objetivo de garantir mercado aos comerciantes ingleses. Portugal nunca chegou a ter uma indústria

significativa e desta forma dependia das manufaturas inglesas. Portugal se beneficiava do monopólio, mas o país era

dependente da Inglaterra.

 A colônia vendia metais, produtos tropicais e subtropicais a preços baixos, estabelecidos pela metrópole, e comprava dela

produtos manufaturados e escravos a preços bem mais altos, garantindo assim o lucro de Portugal em qualquer uma das

transações.

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