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CONJUGAL
Desde os tempos antes de Cristo a mulher foi vista apenas como um ser
reprodutivo, que sua única obrigação era não deixar de perpetuar a espécie.
A mulher nunca foi tratada de igual como os homens, sido considerada um ser
inferior por muitos anos. Hoje num mundo um pouco mais moderno, que vivemos,
poder afirmar que hoje homens e mulheres são igualmente respeitados, tratados,
considerados e etc.
Mas podemos sim festejar algumas mudanças que são bem visíveis, como o
direito ao voto, a citação da mulher pela lei em igualdade com o homem, dentre seus
Um passo dos muitos que sofreu a legislação civil foi a da atual legislação que
enquadrando a lei dentro do artigo 5º, I, e artigo 226, § 5º, da Constituição Federal, para
PODER FAMILIAR.
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Com a mudança da legislação no ano de 2002 o legislador acertadamente
alterou os dispositivos legais, ao passo de incluir a mulher como participante das ações
vinculada à família.
Com o evoluir dos costumes, o rigor da jurisdição paterna foi pouco a pouco
arrefecendo.
Caio Mário Pereira da Silva, fixa o conceito no direito moderno como sendo
um complexo de direitos e deveres quanto à pessoa e bens do filho, exercido pelos pais,
Constituição Federal.
como colaboradora e juntamente com seu marido, o pátrio poder, mas não possuía
autonomia para conduzir sozinha o “pátrio poder” era submissa de certa forma as
vontades do homem/pai.
direitos e deveres dos pais, em relação aos filhos menores (não emancipados) e seus
bens.
Surge então uma nova nomenclatura para o “pátrio poder”, agora conceituado
pela legislação que tende a deixar o “machismo” de lado, e surge então o PODER
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Os ensinamentos de Caio Mário Pereira da Silva, sobre a relação do Poder
os pais não sejam impedidos pela suspensão ou destituição do poder familiar, ou deixem
de exercê-lo.
Isto porque, houve o tempo em que o pai podia dispor de seu próprio filho,
comum era a venda dos filhos, hoje a sociedade não mais permite tal abuso, e legalizou
tal instituto.
Outra lei que veio a aflorar a mulher o direito de igualdade na sociedade é a lei
Maria da Penha (lei 11.340/2006), que não permite mais que a mulher seja alvo da
violência doméstica.
Como nos ensina Maria Berenice Dias à lei veio para coibir e prevenir a
contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte,
A lei Maria da Penha trouxe muitas novidades, que facilitam que a vítima seja
protegida com mais urgência e sem tanta burocracia, pois, o juiz age de ofício, e a
vítima no primeiro momento não precisa mais estar acompanhada por advogado para
fazer a representação.
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Criaram os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher –
JVDFM – que terá competência cível e criminal, com servidores capacitados, contudo, a
juizado especial criminal, nas comarcas onde ainda não foram implantados os JVDFM
as ações por infração a lei Maria da Penha, correrá nas varas criminais.
mudanças não vieram a beneficiar somente a mulher, mas também os filhos havidos
fora do casamento.
Civil. Incumbindo aos companheiros algumas regras antes vistas pela sociedade como
parcial, mas abre margem para que os companheiros possam contratar diverso da lei,
1988, como entidade familiar e como tal, regulada pelo Direito de Família. E conclui:
termos que têm de ser arquivados, assim porque quis o constituinte que seja a união
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estável entre o homem e a mulher considerada como entidade familiar. Como
conseqüência, o tratamento de todas as questões relativas à união estável deve ser nas
varas especializadas de família, não mais nas varas cíveis. Com isso, também, estão
se o esforço comum.
RECORRENTE: J B
RECORRIDO: I G DE A
EMENTA
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União estável. Partilha de bens. Art. 5° da Lei nº. 9.728/96. Alimentos:
ausência de violação dos artigos 128, 460, 512 e 515 do Código de Processo Civil.
violação dos artigos 128, 460, 512 e 515 do Código de Processo Civil no julgado que
afasta os alimentos.
ACÓRDÃO
voto do Senhor Ministro Relator. Os Srs. Ministros Nancy Andrighi, Castro Filho,
Humberto Gomes de Barros e Ari Pargendler votaram com o Senhor Ministro Relator.
Relator
perdurando o direito até que venha o alimentado credor contrair casamento, nova união
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Quanto ao reconhecimento dos filhos, nossa legislação civil inicialmente
pessoas não casadas eram designados de ilegítimos, o que não mais se permite.
por manifestação expressa e direta perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja
capacidade para testar, ou seja, pelo maior de 16 anos que esteja em seu perfeito juízo.
Entendimento do STJ:
Processo
Ementa
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PODE O PAI LEVAR A REGISTRO, NA CONSTANCIA DO VINCULO
Acórdão
Resumo Estruturado
CONCLUSÃO
importante na sociedade, não ficando mais as margens da proteção legal, mas sim, em
homem e mulher, o dia em que não se faça mais necessário que a lei ampare as relações
Para concluir o trabalho quero compartilhar uma bela norma portuguesa que
relata de forma brilhante o que se tem por igualdade social, abrangendo não só respeito
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Constituição da República Portuguesa de 2 de Abril de 1976, Art. 13º:
Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
condição social.
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BIBLIOGRAFIA
PEREIRA, Caio Mário da Silva, op.cit., p. 245 -247. in REIS, Luis Eduardo
http://www.pailegal.net/textoimprime.asp?rvTextoId=1081864118, acesso em 23 de
fevereiro de 2008.
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. São Paulo. Revista
DIAS, Maria Berenice. Direito de Família e o Novo Código Civil. São Paulo.
década de 1990: novos aspectos. São Paulo. Revista dos Tribunais, 1992. p. 136.
2007.
www.stj.gov.br.
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