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• Unidade de Ensino: Carboidratos

• Competência da Unidade: Ser capaz de entender, integrar e aplicar os conhecimentos


sobre as características funcionais e metabólicas dos carboidratos, assim como
Bioquímica Aplicada à expressar entendimento sobre a obtenção da energia que os organismos vivos

Saúde necessitam, e assim subsidiar a orientação e manejo de pacientes nas práticas da


atuação profissional na área da saúde, seja no contexto público ou privado..

• Resumo: Introdução aos carboidratos; processos metabólicos dos carboidratos;


Carboidratos
bioenergética

• Palavras-chave: carboidratos; polissacarídeos; metabolismo; bioenergética.


Prof. Dr. Carlos Roberto da Silva Júnior
• Título da Teleaula: Carboidratos

• Teleaula nº: 02

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Contextualização Conhecimentos prévios

 O que são carboidratos?  Leitura prévia da Unidade 2: Carboidratos

 Como ocorre a absorção e a digestão dos carboidratos?  Monossacarídeos

 Quais são as vias metabólicas que envolvem os carboidratos?  Dissacarídeos

 Como obtemos a glicose? Quais são as principais fontes dos  Polissacarídeos


carboidratos?  Biossíntese de carboidratos
 Como ocorre o metabolismo energético?  Metabolismo
 O que é bioenergética?  Bioenergética

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Carboidratos

 Compostos orgânicos constituídos por carbono, hidrogênio e oxigênio e


apresentam fórmula geral Cn(H2O)n
Carboidratos:  Funções principais:
Conceitos  Fonte de energia (rápida e armazenada)
Fundamentais  Estrutural (paredes celulares)

 Sinalização e coesão (glicoproteínas e glicolipídios)

 Ácidos nucleicos (ribose e desoxirribose)

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Monossacarídeos Monossacarídeos

 Não pode ser hidrolisado em compostos  Número de carbonos presentes na molécula


mais simples  Trioses – 3 carbonos (ex. gliceraldeído)
 Solúveis em água, sabor doce e formam  Pentoses – 5 carbonos (ex. ribose)
cristais
 Hexoses – 6 carbonos (ex. glicose)
 Classificados pela localização do grupo
carbonila (aldeído ou cetona)
 Aldose – aldeído
 Cetose – cetona

NELSON & COX. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. MARZOCCO, A. Bioquímica básica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

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Dissacarídeos Dissacarídeos – Exemplos:


 São formados a partir da união entre dois monossacarídeos através de
ligações covalentes (ligações glicosídicas do tipo O)

MARZOCCO, A. Bioquímica básica. 4ª ed.


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
BROWN, T. Bioquímica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

 Ligação O-glicosídica  é formado entre pares de


grupos hidroxila, um de cada monossacarídeo, de modo
que existe a possibilidade de uma enorme variabilidade
MARZOCCO, A. Bioquímica básica. 4ª ed
Rio de Jnaeiro: Guanabra Koogan, 2018.

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Polissacarídeos
 Média a alta massa molecular (Mr > 20.000)
 Constituídos de monossacarídeos cíclicos unidos
por ligações glicosídicas (α ou β)
 Diferem-se entre si na identidade das unidades
Polissacarídeos monossacarídicas, no comprimento das cadeias,
nos tipos de ligações unindo essas unidades e no
grau de ramificação
 A estrutura e função são determinadas pelos
monômeros e posições das ligações glicosídicas
 Insolúveis em água

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Polissacarídeos Armazenamento

As cadeias podem ser  AMIDO: homopolissacarídeo formado por unidades de D-glicose:


idênticas formando amilose e amilopectina
HOMOPOLISSACARÍDEOS ou  Amilose é um polímero linear de D-glicose unidos por ligações
mistas dando origem a glicosídicas α(1  4)
HETEROPOLISSACARÍDEOS  Amilopectina é um polímero ramificado de D-glicose unidos por
ligações glicosídicas α(1  4) na cadeia linear e pontos
de ramificação α(1  6) em que as ramificações ocorrem
a cada 24 a 30 unidades da cadeia linear
 Todos os vegetais sintetizam ambos polissacarídeos

NELSON & COX. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.

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Glicogênio
Polímero de resíduos de glicose
ligados por ligações α (1→4), com
ligações α (1→6) nas ramificações.
Glicogênio  é mais ramificado (em
média a cada 8 a 12 resíduos) e mais
compacto do que o amido

MARZOCCO, A. Bioquímica básica. 4ª ed


BROWN, T. Bioquímica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. Rio de Jnaeiro: Guanabra Koogan, 2018.

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Celulose

 Homopolissacarídeo linear e não ramificado, consistindo de 10.000 a


15.000 unidades de D-glicose

 IMPORTANTE DIFERENÇA: na celulose, os resíduos de D-glicose


têm a configuração β ao passo que, na amilose, a glicose está em
configuração α

 Celulose  ligações glicosídicas β (1→4), ao contrário


das ligações α (1→4) da amilose

 A configuração β garante a formação da fibra


BROWN, T. Bioquímica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

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Metabolismo
 Conjunto das reações químicas que ocorrem nos seres vivos, porém essas
reações químicas estão encadeadas, sendo que o produto de uma reação
será o substrato de outra reação química  as reações químicas que
Digestão e absorção de ocorrem nos organismos são interdependentes e coordenadas

carboidratos

Fonte: <https://bit.ly/3nous9t>

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Vias metabólicas Principais vias de utilização da glicose


 Vias catabólicas ou catabolismo: envolvem as reações químicas
que decompõem moléculas complexas em moléculas mais simples
(digestão dos carboidratos e a oxidação da glicose)
 Reações catabólicas  importantes para a produção de energia

 Vias anabólicas ou anabolismo: envolvem as reações


que sintetizam moléculas mais complexas a partir de
moléculas mais simples, com utilização de energia no
processo (síntese de peptídeos e proteínas a partir dos
aminoácidos)

NELSON & COX. Princíios de Bioquímica de Lehninger. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.

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Absorção Absorção

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 Carboidratos  alimentação  glicosidases  trato gastrintestinal
 Digestão  glicogênio e amido  monossacarídeos que são absorvidos pela
mucosa duodenal
 Glicogênio, amido e celulose  glicose  alfa 1 – 4 e beta 1 – 4
Aplicações da digestão  Celulose  resiste à digestão enzimática e não libera as suas unidades de
dos carboidratos na glicose nos seres humanos
 Glicogênio e o amido  sob a ação enzimática  glicose
área da saúde  Consultor de uma empresa de treinamento e reciclagem
de profissionais da saúde
 Você poderia formular uma solução a essa questão?
 Se a celulose não é digerida, qual é a importância dela
para o organismo humano?

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 Outra situação  digestão e absorção de carboidratos  deficiência de  Alfa-amilases salivar e pancreática  catalisam a hidrólise das ligações
glicosidases glicosídicas do tipo alfa 1 – 4 (glicogênio e no amido)  glicose  absorção
 Intolerância à lactose  atingindo até 70% da população adulta no mundo pela mucosa duodenal
 Enzima lactase tem a sua atividade reduzida, prejudicando a digestão da  Celulose  as unidades de glicose estão unidas entre si por ligações
lactose glicosídicas do tipo beta 1 – 4  seres humanos não possuem enzimas
 Quais são as consequências da digestão reduzida da lactose para o específicas que reconhecem as ligações tipo beta 1 – 4  incapazes de
organismo? romper as ligações glicosídicas da celulose
 Celulose  fibra  contribuem para o aumento do
 Como você explica essas consequências?
volume da massa fecal, o que estimula o peristaltismo
intestinal e melhora a motilidade intestinal, por isso a
importância da ingestão de fibras na alimentação

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 Reduzida atividade  lactase  menor digestão da lactose


 Ação da lactase  rompe a ligação glicosídica
 Lactose não digerida  intestino grosso  sofre a ação do metabolismo das
bactérias da microbiota intestinal  aumento da osmolaridade no lúmen do
intestino grosso  aumento do volume da massa fecal Exercícios de fixação
 Consequência  estímulo do peristaltismo intestinal  aumento da
motilidade intestinal com risco de diarreia
 Metabolismo da lactose  microbiota intestinal  Dúvidas
produção do gás carbônico e do gás hidrogênio 
flatulência, distensão abdominal e meteorismo

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Mecanismo de secreção da insulina

Metabolismo de
carboidratos

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Fosforilação da glicose Glicogênese

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Glicólise Gliconeogênese

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Bioenergética
 Aborda a transferência e a utilização da energia pelas células
 Energia  capacidade de realizar trabalho durante uma reação química
ou fenômeno físico  é capaz de deslocar algo ou se opor às forças
contrárias
Bioenergética
 Energia  Manutenção da composição dos meios
intracelular e extracelular, a movimentação do sistema
biológico, as vias de biossíntese, o movimento de
moléculas e íons por meio da membrana plasmática e
tantas outras funções biológicas

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Termodinâmica Termodinâmica
 Energia interna (U)  corresponde ao conteúdo total de energia do  A energia interna de um sistema isolado é constante
sistema  a soma das energias cinética e potencial das moléculas  Um processo físico ou químico é espontâneo quando ocorre sem a
constituintes do sistema necessidade de ser induzido por fatores externos
 Entalpia (H)  é o parâmetro que mede a quantidade de energia de
um sistema que pode ser transformada em calor à pressão constante
 Energia livre de Gibbs ou apenas energia livre 
 Variação de entalpia  diferença entre as entalpias corresponde à quantidade de energia de um sistema
final e inicial de um sistema, reflete a energia liberada e capaz de realizar trabalho durante uma reação química
absorvida de um sistema em pressão constante à temperatura e pressão constantes
 Processo exotérmico
 Processo endotérmico

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Estrutura do ATP e a reação de hidrólise do ATP


para liberar energia

Vias metabólicas

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Vias metabólicas Mecanismo de funcionamento da cadeia respiratória

 As principais fontes de energia livre para regeneração do ATP são:


glicólise, ciclo do ácido cítrico, oxidação do ácido graxo e fosforilação
oxidativa
 As reações de oxirredução (ou redox) estão presentes em muitas vias
metabólicas, em especial as relacionadas com a produção de energia

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Redução da molécula de oxigênio Via das pentoses-fosfato

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 Projeto de pesquisas sobre o funcionamento da cadeia respiratória e o


mecanismo da fosforilação oxidativa
 Para o trabalho  inibidores específicos dos complexos proteicos da cadeia
respiratória para determinar o papel deles na fosforilação oxidativa
 Rotenona (inibidor do Complexo I) e o Cianeto (inibidor do Complexo IV)
Inibidores da  Primeiro ensaio  rotenona  houve a inibição do Complexo I, o que
resultou em reduções do consumo de O2 e de síntese de ATP
fosforilação oxidativa  Segundo ensaio  cianeto  houve a inibição do
Complexo IV, o que resultou nas interrupções do
consumo de O2 e da síntese de ATP
 Como você explicaria esses resultados?

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 Rotenona  inibe o Complexo I impedindo a transferência de elétrons de  Como os Complexos III e IV possuem atividade de bomba de prótons,
NADH, porém o Complexo II ainda continua recebendo os elétrons de FADH2
tivemos a formação do gradiente eletroquímico de prótons por meio da
 os elétrons do Complexo II podem ser transferidos para o Complexo III
pela ubiquinona ou coenzima Q membrana interna da mitocôndria  o fluxo de prótons para a matriz
mitocondrial
 Em seguida  os elétrons são transferidos do Complexo III para o Complexo  A energia do fluxo de prótons foi utilizada pela enzima ATP sintase para
IV pelo citocromo c  o Complexo IV transfere os
elétrons para o O2 síntese de ATP  houve o consumo de O2 e a síntese
de ATP no primeiro ensaio, mesmo que reduzidos

 Essa redução ocorreu devido à interrupção da


transferência de elétrons de NADH para o Complexo I

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 Segundo ensaio  o cianeto inibiu o Complexo IV  O2 não pôde ser


reduzido  os Complexos I, II e III mantiveram-se reduzidos, pois não
conseguiam transferir os seus elétrons para o Complexo IV  o consumo de
O2 foi interrompido
Exercícios de fixação
 Os complexos proteicos não conseguem bombear prótons  não há
formação de um gradiente eletroquímico de prótons por
meio da membrana interna da mitocôndria
Dúvidas
 Sem esse gradiente eletroquímico, não há fluxo de
prótons  não há como a enzima ATP sintase
produzir ATP

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Recapitulando...

 Carboidratos

 Polissacarídeos

 Amido, glicogênio e celulose


Recapitulando...  Metabolismo de carboidratos

 Glicogênese, glicólise e gliconeogênese

 Bioenergética

 Via das pentoses-fosfato

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