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Livro Eletrônico

Aula 02 - Parte II

Contabilidade Avançada e de Custos p/ SEFAZ-CE (Auditor Fiscal)


Com videoaulas - 2019
Gabriel Rabelo, Luciano Rosa
Gabriel Rabelo, Luciano Rosa
Aula 02 - Parte II

1 - APRESENTAÇÃO....................................................................................................................... 2
2 - ATIVO NÃO CIRCULANTE .......................................................................................................... 2
2.1 - INVESTIMENTOS ................................................................................................................................ 2
2.2 - CONCEITO DE COLIGAÇÃO .............................................................................................................. 13
2.3 - CÁLCULO DO MEP: APROFUNDANDO ............................................................................................ 14
2.4 - CONTABILIZAÇÃO DO MEP - COMPLETA ........................................................................................ 15
2.5 - CONTABILIZAÇÃO DOS DIVIDENDOS............................................................................................... 22
2.6 - AQUISIÇÃO DE INVESTIMENTO EM COLIGADAS OU CONTROLADAS CONTABILIZAÇÃO COM
MAIS VALIA E GOODWILL. ............................................................................................................... 27
3 - INVESTIMENTOS PERMANENTES SEGUNDO AS NORMAS INTERNACIONAIS .......................... 33
4 - IMOBILIZADO ...................................................................................................................... 36
4.1 - REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS ............................................................................ 42
5 - ARRENDAMENTO MERCANTIL................................................................................................ 59
5.1 - ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL CONTABILIZAÇÃO NO ARRENDATÁRIO. ........... 59
5.2 - ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO CONTABILIZAÇÃO NO ARRENDATÁRIO. .............. 60
6 - INTANGÍVEL........................................................................................................................... 64
6.1 - FASE DE PESQUISA .......................................................................................................................... 70
6.2 - FASE DE DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................... 71
6.3 - VIDA ÚTIL ......................................................................................................................................... 73
7 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PASSIVO .................................................................................. 76
8 - PROVISÕES, PASSIVO CONTINGENTE E ATIVO CONTINGENTE .................................................. 78
8.1 - DEFINIÇÕES. ..................................................................................................................................... 78
8.2 - OUTROS CONCEITOS IMPORTANTES PARA O ENTENDIMENTO DO CPC 25 .................................. 81
8.3 - VAMOS APROFUNDAR OS CONCEITOS ........................................................................................... 82
9 - DIFERENÇAS ENTRE PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES ................................................ 83
10 - RECONHECIMENTO DAS PROVISÕES .................................................................................... 85
10.1 - LANÇAMENTO PARA CONSTITUIR A PROVISÃO ........................................................................... 85
11 - PASSIVO CONTINGENTE....................................................................................................... 86
12 - REAVALIAÇÃO A CADA EXERCÍCIO........................................................................................ 87
12.1 - LANÇAMENTO PARA REVERTER A PROVISÃO .............................................................................. 87
13 - ATIVO CONTINGENTE .......................................................................................................... 90
14 - RESUMO DOS PONTOS ABORDADOS NESTA AULA ............................................................... 96
15 - MAPAS MENTAIS DESTA AULA (ELABORADOS PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO) ...............101
16 - QUESTÕES COMENTADAS...................................................................................................103
17 - LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ..............................................................136
18 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA.......................................................149

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1 - APRESENTAÇÃO
Olá, meus amigos. Como estão?!
Agradecemos por estarem aqui, em mais um encontro conosco, no curso de
Contabilidade.
Hoje, continuaremos a falar sobre os critérios de avaliação do ativo e do passivo. Se há
uma questão certa de estar no seu próximo certame, essa questão está na aula de hoje.
Portanto, leia com muita, muita, muita atenção.

O fórum de dúvidas está em pleno funcionamento!


Pedimos que as dúvidas sejam encaminhadas preferencialmente ao fórum.
Forte abraço!
Gabriel Rabelo/Luciano Rosa/Julio Cardozo.
Instagram: @contabilidadefacilitada

2 - ATIVO NÃO CIRCULANTE

2.1 - INVESTIMENTOS

Os investimentos ou são de caráter transitório, quando a empresa não tem a intenção


de permanecer com eles no longo prazo, sendo classificados no circulante ou não
circulante realizável a longo prazo, ou, então, são de caráter permanente, quando a
empresa tem a intenção de mantê-los, sendo nesta hipótese classificados no ativo não
circulante investimentos.
Segundo a Lei 6.404/76, há duas formas de avaliar os investimentos permanentes: pelo
método de custo ou pelo método da equivalência patrimonial.
Os investimentos em coligadas e controladas, sociedade do mesmo grupo e
sob controle comum são avaliados pelo método da equivalência patrimonial.
Os outros investimentos, que não sejam em coligadas e controladas, serão
avaliados pelo método de Custo. Vejam que este critério é residual.
Vamos esquematizar?

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Coligadas

Controladas
Investimentos

MEP
Sociedades sob
controle comum

Mesmo grupo

Custo Outros

2.1.1 - Método De Custo

Conforme a Lei 6404/76:

Critérios de avaliação do ativo

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:
III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades,
ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição,
deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor,
quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será
modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de
ações ou quotas bonificadas;
IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão
para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para
redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for
inferior;

Os artigos 248 a 250 referem-se aos investimentos em coligadas e controladas, que


estudaremos a seguir.
Os investimentos do método de custo são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido
de provisão para perdas prováveis, se esta perda for comprovada como permanente.

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Avaliação dos investimentos pelo método de custo


Custo de aquisição
(-) Ajuste para perdas prováveis

Tecnicamente, o nome provisão utilizado no artigo 183, III, está incorreto, já que
provisões são sempre passivos. Todavia, cumpre salientar que a Lei 6.404 é de 1976.
À época não existia essa distinção. Portanto, se cair em prova, aceite normalmente.

Avaliação Custo de aquisição


Investimentos
avaliados pelo custo
(-) Ajuste perdas Se a perda for
prováveis permanente

Portanto, inicialmente, os investimentos são avaliados pelo custo. No final do


exercício, a empresa avalia se há alguma perda que possa ser considerada como
permanente, que não será mais recuperada. Havendo, faz-se o ajuste. Sendo uma
perda temporária, decorrente, por exemplo, de uma variação normal no preço de
mercado, nada há que ser feito.
Como todos nós quando investimos em algo esperamos algum retorno, o retorno do
capital aplicado em empresas geralmente é chamado de dividendos.
Os dividendos distribuídos no método de custo são contabilizados como receita,
quando da distribuição. Vejam. Esse aspecto é relevante! No dividendo avaliado pelo
X
reconheceremos este montante como receita de dividendos.
Entretanto, os dividendos distribuídos no prazo de até 6 meses após a aquisição do
investimento são considerados como uma recuperação de parte do investimento. A
justificativa para esse procedimento é que o valor da compra já incluía o lucro, que
seria posteriormente distribuído.

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Confira o Regulamento do Imposto de Renda:

Art. 380. Os lucros ou dividendos recebidos pela pessoa jurídica, em


decorrência de participação societária avaliada pelo custo de aquisição,
adquirida até seis meses antes da data da respectiva percepção, serão
registrados pelo contribuinte como diminuição do valor do custo e não
influenciarão as contas de resultado (Decreto-Lei nº 2.072, de 1983, art. 2º).

Segundo o Manual de Contabilidade Societária, de Sérgio de Iudícibus e outros, 1ª


edição, 2010, as normas internacionais de contabilidade não aceitam esse
procedimento.

Avaliação:
Se a perda for
Custo de aquisição
permanente
- Perdas prováveis

Inv. Custo
Receita

Dividendos
6 meses:
Redução do custo

Os lançamentos são os seguintes. Exemplo: aquisição de investimento avaliado pelo


método de custo, pelo valor de R$ 1.000,00.
Lançamento na aquisição:

D Investimentos avaliados pelo método de custo (Investimentos) 1.000,00


C Caixa (Ativo Circulante) 1.000,00

Razonetes:
Inv - Custo Caixa
1000 1000

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Dividendos declarados, no valor de R$ 100,00, dentro de 6 meses:

D Dividendos a receber (Ativo circulante) 100,00


C Investimentos avaliados pelo método de custo (Investimentos) 100,00

Razonetes:
Dividendos a rec. Inv - Custo
100 1000 100

Vejam que nesta hipótese houve uma redução do valor do investimento. Você
registrou um direito a receber no ativo (dividendos a receber) e reduziu o valor do
investimento no ativo não circulante - investimentos. É como, se quando você já
tivesse comprado a ação, tivesse pago o valor cheio, que já estava com dividendos.
Não há registro em qualquer conta de resultado, de receita.
Dividendos declarados, no valor de R$ 200,00, após 6 meses:

D Dividendos a receber (Ativo circulante) 200,00


C Receita de dividendos (Outras receitas operacionais Resultado) 200,00

Razonetes:
Dividendos a rec. Receita de divid.
200 200

Notem a diferença. Aqui, da mesma maneira, nós registramos um valor a receber no


ativo (dividendos a receber). Todavia, a contrapartida foi a chamada receita de
dividendos, em outras receitas operacionais.
Perda, no valor de R$ 300,00, considerada como permanente:

D Despesa com perda em investimentos (Resultado) 300,00


C Ajuste para perdas permanentes Invest. Custos (Ret. Ativo) 300,00

Razonetes:
Desp - Perd. Inv. Ajuste Perda Perm.
300 300

Perceba que aqui haverá uma redução do investimento. Contudo, essa redução não é
feita diretamente na conta investimentos, mas em uma conta retificadora, que
podemos chamar de ajuste para perdas permanentes ou provisão para perdas
permanentes.
Vejamos uma questão abordada em 2013, pela FCC, para o concurso de Agente Fiscal
de Rendas do ICMS/SP:

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(FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS/SP /2013) A Cia. Futurista adquiriu 3% das


ações da Cia. Atual, em 20/02/2013, por R$ 4.560,00. As sociedades não são do
mesmo grupo nem estão sob controle comum. O investimento adquirido não
caracteriza controle nem influência significativa sobre a investida, mas a Cia.
Futurista possui a intenção de permanecer com este investimento por vários
exercícios, ou seja, não há intenção de venda. Neste caso, o investimento,
classificado no ativo não circulante da Cia. Futurista, será avaliado pelo
A) custo corrente corrigido.
B) método da equivalência patrimonial.
C) método de custo.
D) método da conciliação.
E) método de crédito unitário projetado.
Comentários:
Como resolver essa questão? Vamos lá! Inicialmente, você deve verificar se o
investimento tem caráter especulativo ou permanente. E a questão deu a dica...
a Cia. Futurista possui a intenção de permanecer com este investimento por
vários exercícios, ou seja, não há intenção de venda
Portanto, classifica-se no ativo não circulante investimentos. A partir daí, já
sabemos que ou será método de custo ou método da equivalência patrimonial.
Inicialmente, você deverá checar se se trata de equivalência (MEP). Caso não se
enquadre, será avaliado pelo custo. O método de custo é residual.
Pois bem, para ser MEP deve ser controlada (maioria das ações com direito a voto
ou poder de eleger maioria dos administradores), coligada (quando há influência
significativa), sociedades do mesmo grupo ou sob controle comum.
E vamos ver o que a questão disse? A Cia. Futurista adquiriu 3% das ações da
Cia. Atual, em 20/02/2013, por R$ 4.560,00. As sociedades não são do mesmo
grupo nem estão sob controle comum. O investimento adquirido não caracteriza
controle nem influência significativa sobre a investida
Veja, nesta hipótese, portanto, resta claro que será avaliado pelo custo, já que
todas as outras hipóteses foram descartadas.
Como a questão menciona que o investimento adquirido não caracteriza
controle nem influência significativa sobre a investida, mas há intenção de
permanecer com o investimento, deverá ser avaliado pelo método de custo.
Gabarito → C

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2.1.2 Método Da Equivalência Patrimonial

A Lei 6.404/76 estabelece o seguinte:

Avaliação do Investimento em Coligadas e Controladas


Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em
coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de
um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo
método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas:
(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será
determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação
levantado, com observância das normas desta Lei, na mesma data, ou até
60 (sessenta) dias, no máximo, antes da data do balanço da companhia; no
valor de patrimônio líquido não serão computados os resultados não
realizados decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras
sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas;
II - o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o
valor de patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem
de participação no capital da coligada ou controlada;
III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o número II,
e o custo de aquisição corrigido monetariamente; somente será registrada
como resultado do exercício:
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou controlada;
b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos;
c) no caso de companhia aberta, com observância das normas expedidas
pela Comissão de Valores Mobiliários.
§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste
artigo, serão computados como parte do custo de aquisição os saldos de
créditos da companhia contra as coligadas e controladas.
§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela companhia, deverá
elaborar e fornecer o balanço ou balancete de verificação previsto no
número I.

O método da equivalência patrimonial funciona basicamente do seguinte modo.


Imagine que você seja sócio de uma empresa muito grande, a Companhia Alfa. A
Companhia Alfa vislumbra uma excelente possibilidade de investimento e decide
adquirir o controle de outra empresa, a Companhia Beta.
Então, você sabe que o capital dos sócios representa o patrimônio líquido, não é
mesmo? Então, quando você está comprando ações de uma entidade, você está

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comprando uma fatia de seu patrimônio líquido. Você passa a se tornar sócio dessa
empresa. Então, o que acontecer com o PL da investida (no caso Beta) vai refletir no
seu investimento. Se ela tiver lucro, vai aumentar o PL, então, bom para você e seu
investimento, que aumentará proporcionalmente a sua fatia no capital próprio da
empresa.
Ao revés, havendo um prejuízo, de igual maneira isso ocorrerá no seu investimento, o
que acarretará uma diminuição no valor do PL da investida e no seu investimento.
Lembre-se de que você é dono de um pedaço da companhia.
Esquematizando:

A Companhia Alfa está adquirindo 80% das ações ordinárias (as que, em regra, dão
direito a voto) de Beta. Então, raciocine, ela está se tornando sócia de Beta. 80% de
suas ações caracterizará controle. Alfa registrará esse valor como Ativo não circulante
- Investimentos/Equivalência patrimonial. O lançamento é o seguinte:

Débito Ativo não circulante investimentos/MEP 800.000,00


Crédito Caixa 800.000,00

Depois disso, todas as variações que ocorrerem no PL de Beta refletirão diretamente


no valor do investimento.
Exemplo: Companhia Beta teve um lucro de R$ 400.000,00. Como isso reflete em Alfa?
Esquematizando:

Vejam que o PL de Beta subiu para R$ 1.400.000,00. Automaticamente, o investimento


societário de Alfa subirá para R$ 1.400.000,00 x 80% = R$ 1.120.000,00. E esses R$
1.120.000,00 podem ser decompostos em R$ 800.000,00 do investimento inicial + R$
320.000,00, correspondentes a R$ 80% do lucro auferido. Afinal, se você tem 80% do
capital, é esperado que tenha direito a 80% do lucro.

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Isso é método da equivalência patrimonial! Agora, suponha que, em vez de prejuízo, a


Companhia Beta tivesse apurado um prejuízo de R$ 400.000,00. Como ficaria? O PL
reduziria de R$ 1.000.000,00 para R$ 600.000,00.
Esquematizando:

Funciona assim! Pode, em um primeiro momento parecer assustador, mas fazemos o


possível para deixar claro para vocês. É claro que não é só isso, mas entender esse
ponto já é um grande começo.

2.1.2.1 - Conceito de controle

Texto do Pronunciamento CPC 18 - Investimento em Coligada e em Controlada:

2. Os termos a seguir são utilizados no presente Pronunciamento com os


seguintes significados:
Controle é o poder de governar as políticas financeiras e operacionais da
entidade de forma a obter benefícios de suas atividades.

A Lei 6404/76 (Lei das SA) apresenta as seguintes definições:

Art. 243 § 2º: Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora,


diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio
que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.

Esquematizando:

Preponderência nas
deliberações sociais
De modo
Controle
permanente
Poder de eleger a maioria
dos administradores

E como se dá a preponderância nas deliberações sociais? Temos de saber um pouco de


direito empresarial aqui! Você tem de saber que as ações de uma sociedade anônima
podem ser ordinárias ou preferenciais.
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As ordinárias são as que dão direito a voto, enquanto que as preferenciais, na maioria
das vezes dão privilégios a seus detentores, como dividendo maior ou prioridade para
reembolso do capital, mas são frustradas do direito a voto.

Ações ordinárias Ações preferenciais

Ações "comuns" Em regra não dão direito a voto


Em regra dão direito a voto Possuem maior dividendo ou
prioridade para reembolsar o
capital

O número máximo de ações preferenciais sem direito a voto é de 50% do


total!

Querem entender como funciona na prática?


Tem uma questão bem interessante.

(FCC/Agente Fiscal de Rendas/ICMS SP/2009) A Cia. Eclipse Supermercados,


dando continuidade à sua estratégia de expansão, no início de 2008, participa da
constituição da Cia. de Varejo Luna, cujo capital social totalmente subscrito e
integralizado, na ocasião, será formado por um total de 2.000.000 de ações,
distribuídas de acordo com limites legais, em ações ordinárias e preferenciais,
todas com valor nominal unitário de R$ 30,00. É política da empresa manter o
controle direto de todas as suas investidas, desembolsando sempre o valor
mínimo necessário. Neste caso, de acordo com a legislação societária, para
manter o controle da Cia. de Varejo Luna, no mínimo, a empresa deverá
integralizar o capital social da investida no valor de
(A) R$ 66.000.000,00
(B) R$ 60.000.000,00
(C) R$ 30.000.030,00
(D) R$ 20.000.300,00
(E) R$ 15.000.030,00
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Comentários:
As sociedades anônimas possuem dois tipos de ações:
1) ordinárias: dão direito a voto;
2) preferenciais: não dão direito a voto, mas têm preferências na distribuição de
dividendos.
O voto é utilizado nas tomadas de decisões sociais, na Assembleia Geral (AG),
órgão máximo deliberativo de uma SA.
Para haver preponderância nas deliberações sociais através da AG faz-se
necessária a propriedade de mais de 50% das ações que dão direito a voto, isto
é, 50% das ações mais 1 ação, o que caracteriza, também, o controle.
Ademais, devemos notar que a questão diz que o capital social é distribuído de
acordo com os limites legais. A lei das SA´s, artigo 15, §2º, estabelece que no
máximo 50% do total das ações emitidas poderá ser preferencial (ou seja, que
não dão direito a voto).
Enfim, extraímos as seguintes conclusões da questão:
1) A empresa Eclipse quer o controle direto na Cia Luna, desembolsando o
mínimo.
2) O controle é caracterizado pela preponderância nas deliberações sociais (nas
SA pela Assembleia Geral).
3) Votam na Assembleia Geral apenas as ações ordinárias (as preferenciais não).
4) A Cia. Eclipse deve, portanto, possuir 50% + 1 ação ordinária da Cia. Luna como
mínimo.
5) Como são 2.000.000 ações distribuídas de acordo com o limite legal, podemos
inferir que 1.000.000 serão ordinárias e 1.000.000 serão preferenciais (LSA, art.
15, §2º).
6) O controle será exercido por 500.001 ações ordinárias (50% + 1 ação), o que
equivale a 15.000.030,00 (500.001 x R$ 30).
Gabarito → E.

O conceito de controle da lei 6.404 está plenamente de acordo com o


conceito de controlada do pronunciamento do CPC.

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2.2 - CONCEITO DE COLIGAÇÃO

Lei 6404/76 Art. 243 § 1º: São coligadas as sociedades nas quais a
investidora tenha influência significativa.
§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora
detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira
ou operacional da investida, sem controlá-la.
§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de
20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem
controlá-la.

Políticas financeiras
Detém poder de
Coligadas

participar nas decisões


Operacional
Influência Significativa
> 20% capital votante
Presumida
Aceita prova em
contrário

Para definir se uma empresa é ou não coligada precisamos verificar a existência da


influência significativa. Esta será a palavra chave!
Esquematizando:

Sim Coligada MEP


Infl.
Significativa
Não Invest. Perm. Custo

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A influência significativa existe quando a investidora detém ou exerce o poder de


participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem
controlá-la. Ela é presumida quando se possui 20% do capital votante (ações
ordinárias). Essa presunção, entretanto, admite prova em contrário! Uma empresa
pode ter mais de 20% e não ter influência significativa e ter menos de 20% e ter
influência significativa.
Nos termos do CPC 18:

Influência significativa
6. Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por exemplo, por meio
de controladas), vinte por cento ou mais do poder de voto da investida,
presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser
claramente demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor
detém, direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo),
menos de vinte por cento do poder de voto da investida, presume-se que
ele não tenha influência significativa, a menos que essa influência possa
ser claramente demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da
investida por outro investidor não necessariamente impede que o
investidor minoritário tenha influência significativa.
7. A existência de influência significativa por investidor geralmente é
evidenciada por um ou mais das seguintes formas:
(a) representação no conselho de administração ou na diretoria da
investida;
(b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em
decisões sobre dividendos e outras distribuições;
(c) operações materiais entre o investidor e a investida;
(d) intercâmbio de diretores ou gerentes; ou
(e) fornecimento de informação técnica essencial. .

2.3 - CÁLCULO DO MEP: APROFUNDANDO

O Método da Equivalência Patrimonial (MEP) consiste em reconhecer o resultado


auferido pela investida na medida em que ocorre, e não apenas quando há
distribuição de dividendos.
Para isso, multiplicamos o percentual de participação da investidora pelo PL da
investida, e comparamos com o valor do investimento da investidora.

Como calcular o Método da Equivalência Patrimonial?


Patrimônio líquido da investida x Percentual de participação da investidora

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2.4 - CONTABILIZAÇÃO DO MEP - COMPLETA

A Cia ABC foi constituída em 31.12.X1, com capital social de R$ 100.000, sendo que a
empresa KLS adquiriu 90% do capital da Cia ABC. Trata-se de uma controlada. Portanto
esse investimento da empresa KLS será avaliado pelo MEP.
A CIA ABC apresentou os seguintes resultados:
- 31.12.X2 prejuízo de 40.000 (lançado integralmente em Prejuízos acumulados)
- 31.12.X3 lucro de 10.000 (usado para abater parte dos prejuízos acumulados)
- 31.12.X4 lucro de 50.000, sem distribuição de dividendos. (usado para abater o restante
dos prejuízos e para constituição de reservas)
- 31.12.X5 lucro de 30.000, com distribuição de dividendos no valor de $20.000 e
constituição de reservas no valor restante.
Na empresa KLS, a contabilização, nos diversos anos, seria a seguinte:
Pela aquisição, em 31.12.X1:

D Investimento avaliado pelo MEP CIA ABC 90.000


C Caixa/bancos 90.000

Razonetes:
Investimento Caixa
90000 90000

Como a Cia ABC acabou de ser constituída, seu balanço patrimonial tem a seguinte
configuração:

A empresa KLS possui 90% do Capital Social da Cia ABC. Desse modo, o valor do seu
investimento é de:

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Em 31.12.X2 a Cia ABC apurou prejuízos de R$ 40.000.


Seu Balanço Patrimonial é o seguinte:

(Obs.: para simplificar, vamos considerar que o Passivo é igual a zero. Como
para o MEP o que interessa é o valor do PL, tal simplificação não fará
diferença).

Valor da participação da Empresa KLS: R$ 60.000 x 90% = R$ 54.000


Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da
empresa KLS:

Há um prejuízo na participação societária, já que o valor do PL da investida diminuiu.


Como dissemos, quando compramos uma participação avaliada pelo MEP, compramos
uma fatia da empresa investida. Logo, se o PL dela diminui, diminui também a nossa
participação.
Contabilização na empresa KLS:

D Perdas com MEP (resultado) 36.000


C - Investimento avaliado pelo MEP CIA ABC 36.000

Razonetes:
Investimento Perda com MEP
90000 36000 36000
54000

Com a contabilização acima, o investimento fica registrado, na empresa KLS, pelo valor
de R$ 54.000, que corresponde a 90% do PL da CIA ABC.

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Outra forma de cálculo do MEP:


Como o resultado da Cia ABC foi um prejuízo de R$ 60.000, o resultado do MEP para a
empresa KLS poderia ser calculado diretamente sobre este resultado:
Prejuízo Cia ABC R$ 40.000 x participação da KLS 90% = R$ 36.000

31.12.X3 Lucro de 10.000 (usado para abater parte dos prejuízos acumulados).
Contabilização na Cia ABC:

D Resultado do Exercício 10.000


C Prejuízos acumulados(PL) 10.000

Razonetes:
Apuração do resul Prejuízos acumulados
10000 10000 40000 10000
Lucro Saldo inicial

O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:

Valor da participação da Empresa KLS: R$ 70.000 x 90% = R$ 63.000


Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da
empresa KLS:

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Contabilização na empresa KLS:

D Investimento avaliado pelo MEP CIA ABC 9.000


C Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC 9.000

Razonetes:
Investimento Ganho com MEP
90000 36000 9000
9000
63000

Outra forma de cálculo do MEP:


Lucro Cia ABC 10.000
x Participação da KLS 90%
Resultado do MEP 9.000
Chamamos a atenção para o fato de que o MEP reflete, na investidora, o que está
ocorrendo com o resultado da investida. Assim, quando a investida apura prejuízo ou
lucro, isso se reflete no resultado da investira, independentemente da distribuição dos
dividendos.
31.12.X4 Lucro de R$ 50.000, sem distribuição de dividendos. (Usado para abater o
restante dos prejuízos e para constituição de reservas).
Contabilização na Cia ABC:

D Resultado do Exercício 50.000


C Prejuízos acumulados (PL) 30.000
C Reservas de Lucro (PL) 20.000

Razonetes:
Apuração do resul Prejuízos acumulados
10000 10000 40000 10000
30000 50000 30000
20000
0 0

Reservas de lucro
20000

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O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:

Valor da participação da Empresa KLS: R$ 120.000 x 90% = R$ 108.000


Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da
empresa KLS:

Contabilização na empresa KLS:

D Investimento avaliado pelo MEP CIA ABC 45.000


C Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC 45.000

Razonetes:
Investimento Ganho com MEP
90000 36000 45000
9000
45000
108000

Outra forma de cálculo do MEP:


Lucro Cia ABC 50.000
x Participação da KLS 90%
Resultado do MEP 45.000

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31.12.X5 Lucro de 30.000, com distribuição de dividendos no valor de R$ 20.000 e


constituição de reservas no valor restante.
Contabilização na Cia ABC:

D Resultado do Exercício 30.000


C Lucros Acumulados (PL) 30.000

Razonetes:
Result. Exercício Lucros acumulados
30000 30000 30000
Lucro
Neste caso, precisamos considerar o PL da Cia ABC antes da distribuição dos
dividendos, para a correta apuração do resultado da Equivalência Patrimonial.
Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:

Vamos comparar esse valor com o valor do investimento registrado no ativo da


empresa KLS:

Contabilização na empresa KLS:

D Investimento avaliado pelo MEP CIA ABC 27.000


C Resultado da Equivalência Patrimonial - CIA ABC 27.000

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Razonetes:
Investimento Ganho com MEP
90000 36000 27000
9000
45000
27000
135000
Quando apuramos o resultado do exercício na investida, jogamos para a conta lucros
acumulados. Ela não pode possuir saldo final, mas continua a existir para receber os
valores da demonstração do resultado de modo transitório.
Só poderá existir no balanço a conta prejuízo acumulado.
A partir da conta Lucros Acumulados, é feita a destinação dos lucros. Todo o lucro
apurado deve ser atribuído como reservas de lucro ou como dividendos.
O enunciado disse que dos lucros acumulados seria R$ 20.000,00 para dividendos e R$
10.000,00 para reservas de lucros.
Então, agora, vamos zerar a conta lucros acumulados.
Contabilização na Cia ABC:

D Lucros Acumulados (PL) 30.000


C Reservas de Lucro (PL) 10.000
C Dividendos a Pagar (Passivo) 20.000

Razonetes:
Lucros acumulados Reserva de lucros Div. a pagar
10000 30000 20000 20000
20000 10000

Observação: Estamos considerando que os dividendos são os dividendos obrigatórios.


A regra de contabilização é a seguinte:
Dividendos obrigatórios → Passivo
Dividendos Adicionais não declarados até a data do balanço → Não são
contabilizados.
Dividendos Adicionais declarados até a data do balanço → são contabilizados no PL,
até serem confirmados pela Assembleia de acionistas. Depois disso, vão para o Passivo.

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O Balanço Patrimonial da Cia ABC fica assim:

2.5 - CONTABILIZAÇÃO DOS DIVIDENDOS

Quando a investida resolveu, de acordo com os seus estatutos, pagar os dividendos, o


valor do PL da Cia ABC passou de R$ 150.000,00 para R$ 130.000,00. Portanto, a
empresa KLS (investidora) deverá contabilizar os dividendos a receber e diminuir o
valor do seu investimento. Assim:

Prestem MUITA atenção e entendam!


Quando a ABC (investida) apurou os seus dividendos, ela diminui o PL (conta lucros
acumulados) e aumenta o passivo (dividendos a pagar). Correto? O que acontece? A
KLS (investidora) vai ter o seu investimento diminuído quando a investida declara os
dividendos. Ora, o PL diminuiu de R$ 150.000,00 para R$ 130.000,00.
Ao mesmo tempo, a KLS vai ter um direito a receber. Que direito é esse? Como sócio,
ela terá direito a receber dividendos. De quanto? De acordo com a sua fração do capital
social. 90% o que foi declarado de dividendo.
Como a ABC declarou R$ 20.000,00 de dividendos, R$ 18.000,00 (90%) será em
benefício da ABC.
Então, esse valor será registrado em uma conta do ativo (dividendos a receber R$
18.000,00). E qual será a contrapartida?
Será exatamente a diminuição do PL. Se o PL da ABC reduziu R$ 20.000,00 ao todo, a
parte que cabe à KLS suportar deste montante é R$ 18.000,00, que representam
exatamente 90% do total.

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Empresa KLS - Contabilização

D Dividendos a receber CIA ABC (20.000 x 90%) 18.000


C - Investimento avaliado pelo MEP CIA ABC 18.000

Com isso, o valor do Investimento na Cia ABC fica contabilizado por:

R$ 135.000 - R$ 18.000 = R$ 117.000.

Razonetes:
Investimento Dividendos a receber
90000 36000 18000
9000 18000
45000
27000
117000

Este total bate com a participação da empresa KLS no PL da CIA ABC, após a distribuição
dos dividendos:

Importante! No método de custo, o valor do investimento não se altera em função dos


lucros ou prejuízos da investida. Só irá se alterar se houver indício de perda
permanente. Os dividendos são contabilizados como receita.
Método de custo contabilização dos dividendos:

D Dividendos a Receber
C Receita de dividendos

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Já no Método da Equivalência Patrimonial, o resultado da investida (lucro ou prejuízo)


reflete-se no balanço e no resultado da Investidora.
E os dividendos diminuem o valor do investimento.
Contabilização MEP:
Pelo MEP:

D Investimento MEP
C Resultado com Equivalência Patrimonial

Contabilização dos dividendos:

D Dividendos a Receber
C - Investimento MEP

Quando os dividendos forem recebidos, isto é, houver o efetivo pagamento por parte
da companhia ABC, basta lançar:
Caixa Dividendos a receber
18000 18000 18000

(FCC/Técnico/Contabilidade/TRF 3/2014) A empresa Investidora S.A. adquiriu,


em 02/01/2010, uma participação societária na empresa Samambaia S.A. . Foram
adquiridas 80% das ações da Samambaia S.A. pelo valor de R$ 10.000.000,00. No
final de 2010, a empresa Samambaia S.A. apurou um lucro líquido de R$
3.000.000,00.
Nas demonstrações contábeis da empresa Investidora S.A. deverão ser
apresentados os seguintes valores na Demonstração do Resultado, do ano de
2010 e no Balanço Patrimonial de 31/12/2010, respectivamente, em R$:
a) Resultado de Participação Societária = 2.400.000,00; Dividendos a Receber =
2.400.000,00.
b) Resultado de Participação Societária = 3.000.000,00; Dividendos a Receber =
3.000.000,00.
c) Resultado de Participação Societária = 2.400.000,00; Investimentos =
12.400.000,00.
d) Resultado de Participação Societária = 3.000.000,00; Investimentos =
13.000.000,00.

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e) Resultado de Participação Societária = 0,00; Investimentos = 10.000.000,00.


Comentários:
Os investimentos da Investidora estarão avaliados em seu balanço pelo valor
inicial de R 10.000.000,00.
Posteriormente, a Samambaia apurou R$ 3.000.000,00 de lucro. Esse valor vai
para a conta lucros acumulados da Samambaia. Do valor que aumentar o PL, 80%
pertence à Investidora, que detém essa fatia do capital social.
Logo, na demonstração contábil da investidora, aumentaremos R$ 3.00.000 x
80% = R$ 2.400.000,00, ficando o balanço com um total de R$ 12.400.000,00. Na
DRE, será registrado um ganho com MEP de R$ 2.400.000,00.
Gabarito → C.
Outra questão...
(CESPE/Auditor/TC DF/2014) Os investimentos mantidos por uma entidade em
suas coligadas ou controladas e em outras entidades devem ser avaliados pelo
método da equivalência patrimonial, com impactos no balanço patrimonial e na
demonstração de resultado do exercício.
Comentários:
Os investimentos em coligadas e controladas são avaliados pelo MEP. Todavia, a
questão generalizou e disse em outras entidades. Essa foi a incorreção da
assertiva.
Gabarito → Errado.
Mais uma...
(CETRO/ISS SP/Auditor Fiscal/2014) A empresa INVESTIDA S/A emitiu 50.000
ações ordinárias e 50.000 ações preferenciais no mercado, sendo que a
empresa INVESTIDORA S/A adquiriu 10.000 ações ordinárias e 30.000 ações
preferenciais da empresa INVESTIDA S/A. Sabe-se que, no final do ano de 2013,
a empresa INVESTIDA S/A apresentou um lucro do exercício de R$155.000,00,
sendo que, desse valor, distribuiu R$50.000,00 a título de dividendos. Com base
nessas informações, é correto afirmar que a
A) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em
31/12/2013, uma receita de equivalência patrimonial de R$62.000,00.
B) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em
31/12/2013, uma receita de equivalência patrimonial de R$31.000,00.
C) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em
31/12/2013, uma receita de dividendos de R$20.000,00.
D) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em
31/12/2013, uma receita de dividendos de R$10.000,00.

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E) empresa INVESTIDORA S/A não precisa fazer qualquer lançamento contábil,


pois não está obrigada ao método da equivalência patrimonial.
Comentários:
Os investimentos devem ser avaliados por equivalência patrimonial quando a
investidora tem influência significativa:
Lei 6404/76 Art. 243 § 1º: São coligadas as sociedades nas quais a investidora
tenha influência significativa.
§ 4º Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou
exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional
da investida, sem controlá-la.
§5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20%
(vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.
O capital votante são as ações ordinárias, que têm direito a voto.
A Investidora comprou 10.000 ações ordinárias, portanto podemos calcular o
percentual: 10.000/50.000 ações ordinárias = 20%.
Muito bem. O investimento deve ser avaliado pelo MEP (método da Equivalência
Patrimonial).
Mas, agora, devemos considerar a participação total da investidora, incluindo
as ações preferenciais:
10.000 ações ordinárias + 30.000 ações preferenciais = 40.000 ações
Participação: 40.000/100.000 = 0,4 ou 40%
Lucro da investida R$$ 155.000,00 x 40% = $62.000
Dividendos R$ 50.000,00 x 40% = R$ 20.000,00
Contabilização na Investidora:
Pelo MEP:
D Investimento em coligadas (Ativo) 62.000,00
C Receita de equivalência Patrimonial (Resultado) 62.000,00
Pela distribuição dos dividendos:
D Dividendos a receber (Ativo) 20.000.00
C Investimento em coligadas (Ativo) 20.000,00
Vamos examinar as alternativas:
A) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em
31/12/2013, uma receita de equivalência patrimonial de R$62.000,00.
Correto. É o gabarito da questão.

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B) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em


31/12/2013, uma receita de equivalência patrimonial de R$31.000,00.
Errado. O examinador acha que o candidato vai calcular usando apenas o
percentual das ações ordinárias (20%): 155.000 x 20% = 31.000.
Não caia nessa! O cálculo é feito levando-se em conta o total das ações. O cálculo
correto é o que demonstramos acima.
C) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em
31/12/2013, uma receita de dividendos de R$20.000,00.
Errado. A Investidora iria contabilizar uma receita de dividendos se usasse o
método de custo. Como tem influência significativa, a Investidora deve avaliar o
investimento pelo método da Equivalência Patrimonial.
D) contabilidade da empresa INVESTIDORA S/A deverá ter registrado, em
31/12/2013, uma receita de dividendos de R$10.000,00.
Errado. Veja a resposta da letra C.
E) empresa INVESTIDORA S/A não precisa fazer qualquer lançamento contábil,
pois não está obrigada ao método da equivalência patrimonial.
Errado. A Investidora deve usar o método da equivalência patrimonial.
Gabarito → A

2.6 - AQUISIÇÃO DE INVESTIMENTO EM COLIGADAS OU CONTROLADAS


CONTABILIZAÇÃO COM MAIS VALIA E GOODWILL.

Quando nós adquirimos uma participação societária, quando compramos a parte de


uma empresa e nos tornamos sócios, não necessariamente compramos pelo valor
nominal. Podemos pagar um valor a mais ou menos do que ele vale. Seja pela
expectativa de lucratividade futura, seja por que esta empresa não vale mais como
outrora.
O ágio (valor pago a maior) na aquisição de investimentos em coligadas e controladas
deve ser classificado em duas parcelas:
1) Mais Valia dos ativos líquidos e
2) Goodwill
Esquematizemos:

Mais valia
Ágio
Investimentos
Goodwill

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Vamos explicar como ficam classificados no balanço individual e no balanço


consolidado.
Na aquisição, os ativos e passivos da adquirida devem ser avaliados pelo valor justo.
A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos líquidos é a Mais Valia

E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o goodwill (também chamado de

Difícil?
Valor justo
(-) Valor contábil
Mais valia
Já...
Valor pago
(-) Valor justo
Goodwill
Um exemplo: A Cia KZ adquiriu 100% da Empresa XYZ por R$ 100.000. O valor justo
do ativo líquido da XYZ é de R$ 80.000 e o valor contábil é de R$ 70.000.
Mais Valia: Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil

Mais Valia: R$ 80.000 R$ 70.000 = R$ 10.000,00

Goodwill: É a diferença entre o valor pago pelo investimento e o valor justo do ativo
líquido.

Goodwill: R$ 100.000 - R$ 80.000 = R$ 20.000,00

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Nas demonstrações individuais da controladora/investidora, a Mais Valia e o


Goodwill ficam classificados em Investimento, controlados em subcontas:

D Investimento controlada XYZ Valor patrimonial 70.000


D Investimento controlada XYZ Mais Valia do ativo líquido 10.000
D Investimento controlada XYZ Goodwill 20.000
C Caixa/bancos 100.000

Observação: no balanço, pode aparecer apenas o valor do investimento, sem as


subcontas:

D - Investimento controlada XYZ 100.000.


C Caixa/bancos 100.000

No balanço consolidado, a mais valia será eliminada contra os ativos e passivos que
lhe deram origem.
E o goodwill será transferido para o Intangível, em conta específica.
A Mais Valia será realizada conforme a realização do ativo e passivo que a originaram.
E o Goodwill não é amortizado (não é realizado), apenas deve ser submetido ao teste
de recuperabilidade.
Se o valor pago for menor que o valor justo, surge a compra vantajosa, que era
D AC V
Resultado do Período.
Na compra vantajosa, você paga pelo investimento menos do que o seu valor de
mercado.
Exemplo: A Cia KZ adquiriu 100% da Empresa XYZ por R$ 78.000. O valor justo do
ativo líquido da XYZ é de R$ 80.000 e o valor contábil é de R$ 70.000.
Cálculo da Mais Valia: Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil
Mais Valia: R$ 80.000 R$ 70.000 = R$ 10.000
Cálculo do Goodwill: É a diferença entre o valor pago pelo investimento e o valor justo
do ativo líquido:
Goodwill: R$ 78.000 - R$ 80.000 = - R$ 2.000.
(Goodwill Negativo = Compra Vantajosa).

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Contabilização na Controladora Cia KLR:

D Investimento controlada XYZ Valor patrimonial 70.000


D Investimento controlada XYZ Mais Valia do ativo líquido 10.000
C Compra Vantajosa Controlada XYZ (resultado). 2.000
C Caixa/bancos 78.000

Então, nosso resumo ficará assim:

Resumo - Critérios de avaliação do ativo e passivo


Contas Critério
Disponibilidade Valor original
Clientes/Duplicatas a receber - CP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP (relevante)
Aplicações mantidas até vencimento Valor original + Juros (Obs.: não há ajuste a valor justo)
Aplicações dest. à negociação imed. Valor original + Juros +/- Ajuste a valor justo (resultado)
Aplicações disponíveis venda futura Valor original + Juros +/- Ajuste de avaliação patrimonial (PL)
Estoque Custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor
Estoque de mercadorias fungíveis Valor de mercado, quando aceito
Clientes/Duplicatas a receber - LP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP
Investimentos avaliados pelo custo Custo de aquisição - provisão para perdas prováveis
Investimentos em coligadas/control. Método da equivalência patrimonial

(FCC/Contabilidade/TRE/PR/2017) O valor contábil do Patrimônio Líquido da


Lavanderia Molhada S.A., em 31 de dezembro de 2015, era R$ 120.000.000,00. A
Lavanderia a Seco S.A. adquiriu, nesta data, 80% das ações com direito a voto da
Lavanderia Molhada S.A. pelo preço de R$ 120.000.000,00 e passou a deter o seu
controle. O valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Lavanderia
Molhada S.A. que foram adquiridos era, nesta data, R$ 135.000.000,00.
Os valores totais reconhecidos nas demonstrações individuais da empresa
Lavanderia a Seco S.A. foram, em reais:
(A) Investimentos = 96.000.000,00 e Intangíveis = 24.000.000,00.
(B) Investimentos = 108.000.000,00 e Intangíveis = 12.000.000,00.
(C) Investimentos = $120.000.000,00, apenas.
(D) Investimentos = 96.000.000,00 e Perda por compra desvantajosa =
24.000.000,00.
(E) Investimentos = 108.000.000,00 e Perda por compra desvantajosa
=12.000.000,00.

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Comentários:
A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos líquidos é a Mais
Valia

E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o goodwill (também chamado

Difícil?
Valor justo
(-) Valor contábil
Mais valia
Já...
Valor pago
(-) Valor justo
Goodwill
Nas demonstrações individuais da controladora/investidora, a Mais Valia e o
Goodwill ficam classificados em Investimento, controlados em subcontas.
Portanto, como estamos falando das demonstrações individuais, fica tudo
avaliado como Investimento.
Valor patrimonial (80%) = 120.000.000 x 80% = 96.000.000
Valor justo = 135.000 x 80% = 108.000.000
Valor pago = 120.000.000
Goodwill = 120.000.000 108.000.000 = 12.000.000
Mais valia = 108.000.000 96.000.000 = 12.000.000
Valor patrimonial = 96.000.000
O lançamento é o seguinte:
D Investimentos valor patrimonial 96.000.000
D Investimentos Mais valia 12.000.000
D Investimentos Goodwill 12.000.000
C Caixa 120.000.000
Ou
D Investimentos 120.000.000
C Caixa 120.000.000
Gabarito → C.
Mais uma...

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(FCC/Julgador Administrativo Tributário/SEFAZ PE/2015) A Cia. Rio Grande


adquiriu, em 31/12/2013, 30% das ações da Cia. Rio Sul por R$ 3.000.000,00 à
vista. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido contábil da Cia. Rio Sul era R$
5.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis dessa Cia.
era R$ 6.000.000,00, sendo a diferença decorrente da variação entre o valor
contabilizado pelo custo e o valor justo de um terreno.
No período de 01/01/2014 a 31/12/2014, a Cia. Rio Sul reconheceu as seguintes
mutações em seu Patrimônio Líquido:
Lucro líquido de 2014: R$ 300.000,00
Pagamento de dividendos: R$ 100.000,00
Com base nestas informações, o valor reconhecido em Investimentos em
Coligadas, no Balanço Patrimonial individual da Cia. Rio Grande, em 31/12/2014,
foi, em reais,
(A) 3.090.000,00.
(B) 1.590.000,00.
(C) 1.890.000,00.
(D) 3.060.000,00.
(E) 1.560.000,00.
Comentários
Temos duas companhias:
Rio Grande → Investidora.
Rio Sul → Investida.
Vejamos a contabilização no momento inicial:
O valor patrimonial da Rio Sul é de R$ 5.000.000.
R$ 5.000.000 x 30% = R$ 1.500.000 = valor patrimonial.
Valor justo do PL da Rio Sul = R$ 6.000.000
R$ 6.000.000 $5.000.000 = R$ 1.000.000 x 30% = $300.000
O valor de R$ 300.000,00 é a mais valia (diferença entra o valor justo e o valor
patrimonial).
Assim, temos:
Valor patrimonial 1.500.000
Mais valia 300.000
Como o valor pago foi R$ 3.000.000, a diferença será o GOODWILL:
R$3.000.000 R$ 1.500.000 R$ 300.000 = R$ 1.200.000

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Investimento da Rio Grande:


Valor patrimonial 1.500.000
Mais valia 300.000
Goodwill 1.200.000
Total 3.000.000
A Cia Rio Sul auferiu lucro de R$ 300.000 e distribuiu dividendos de R$ 100.000,
aumentando o Patrimônio Líquido, portanto, em R$ 200.000.
R$ 200.000 x 30% = $60.000 (aumento do investimento da Rio Grande)
$3.000.000 + $60.000 = $3.060.000,00
Gabarito → D.

3 - INVESTIMENTOS PERMANENTES SEGUNDO AS NORMAS


INTERNACIONAIS
Nós já dissemos que os investimentos permanentes, segundo a Lei 6.404/76, devem
ser avaliados pelo custo ou método da equivalência patrimonial.
Pelo MEP quando se tratar de coligada, controlada, sociedade sob controle comum ou
sociedades do mesmo grupo (Lei 6.404/76, art. 248). Os demais devem ser avaliados
pelo método de custo (Lei 6.404/76, art. 183, III). Todavia, os Pronunciamentos
Contábeis hoje vigentes trazem regras distintas para a avaliação dos investimentos
permanentes.
Com fulcro nestas normas, passam a existir três métodos possíveis para a avaliação de
investimentos permanentes:
1 Método da equivalência patrimonial.
2 Método do valor justo.
3 Método do custo.
Esquematizemos:
MEP
Avaliação
Investimentos
Valor Justo
Permanentes

Custo

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Segundo as normas internacionais, a situação que vige é a seguinte:


INVESTIMENTOS PERMANENTES SEGUNDO OS CPCS
1 - É investimento permanente? Sim!
2 É coligada, controlada, sociedade sob controle comum ou sociedades do
mesmo grupo? Sim! Avaliado pelo MEP!
3 Não! Próximo item.
4 É possível a adoção do valor justo (valor de mercado)? Sim! Então, o valor
justo deverá ser utilizado.
5 Não! Então, utilizaremos o valor de custo.
O valor de custo, de acordo com as normas internacionais, somente será utilizado se o
valor justo não puder ser mensurado. Esse é o entendimento do Manual de
Contabilidade Societária, 3ª edição, de março de 2018.
Vê-se, pois, uma diferença entre a Lei 6.404/76 e as normas internacionais e CPCs.

Lei 6.404 CPC

MEP MEP

Valor
Custo
Justo

Custo

E o que vale para prova?

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Pois bem! Todas as questões de que temos conhecimento até hoje estão cobrando o
assunto conforme a Lei 6.404. Todavia, não surpreenderá se o assunto começar a
aparecer em provas conforme o CPC, já que é cada vez mais maciça a cobrança dessas
normas nas provas de contabilidade.
Fiquem de olho!

Aprofundando um pouco mais, o CPC 48 Instrumentos Financeiros aplica-se a todos


os ativos financeiros, com exceção daqueles previstos em normas próprias, como, por
exemplo, o CPC 18 Investimentos em coligadas, controladas e sociedades em
conjunto.
Assim, quando você está comprando investimento em outra sociedade isso é um
instrumento financeiro. E como os instrumentos financeiros são avaliados? Vamos
para o CPC 48:

B5.2.3 Todos os investimentos em instrumentos patrimoniais e contratos


relativos a esses instrumentos devem ser mensurados ao valor justo.
Contudo, em circunstâncias limitadas, o custo pode ser uma estimativa
apropriada do valor justo. Esse pode ser o caso se não houver informações
suficientes mais recentes disponíveis para mensurar o valor justo, ou se
houver ampla gama de mensurações ao valor justo possíveis e o custo
representar a melhor estimativa do valor justo nessa gama.

Portanto, para o CPC 48, o método de custo é um método residual, enquanto que a Lei
6.404/76 o trata como principal para os investimentos permanentes que não sejam
avaliados pelo MEP.
Assim, por exemplo, se adquirimos uma participação em uma sociedade limitada (esse
tipo societário não negocia ações na bolsa), talvez tenhamos dificuldade para
mensurar o seu valor justo (valor de mercado). Com efeito, não haverá óbice à
avaliação pelo valor de custo.
Agora, se adquirimos uma participação permanente, sem a intenção de alienação de
curto ou longo prazo, em uma grande empresa do ramo do Petróleo, cujas ações são
negociadas em bolsa, podemos facilmente obter o valor de mercado. Destarte, o valor
a ser utilizado para avaliação será o valor justo.

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4 - IMOBILIZADO
Conforme a lei 6404/76:

Critérios de Avaliação do Ativo


Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os
seguintes critérios:
V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição,
deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou
exaustão;
§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e
intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)
a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm
por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso,
ação da natureza ou obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado
na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer
outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto
sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua
exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou
bens aplicados nessa exploração.
§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a
recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de
que sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
I registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão
de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou
quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para
recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
II revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida
útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e
amortização. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu custo, o qual
inclui todos os custos necessários para colocá-lo em condições de uso.
Esquematizemos:

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Posteriormente, o imobilizado é reduzido, em regra, da depreciação e do ajuste ao


valor recuperável de ativos, nos termos do CPC 01.
Mas o que inclui o custo inicial de um ativo imobilizado?
Conforme o Pronunciamento CPC 27 Ativo Imobilizado:

16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende:


(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos
não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos
comerciais e abatimentos;
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e
condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma
pretendida pela administração;
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de
restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos
representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é
adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período
para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.
17. Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:
(a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no
Pronunciamento Técnico CPC 33 Benefícios a Empregados) decorrentes
diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado;
(b) custos de preparação do local;
(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);
(d) custos de instalação e montagem;
(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de
qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição
(tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e
(f) honorários profissionais.
19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:
(a) custos de abertura de nova instalação;
(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo
propaganda e atividades promocionais);
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.

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Custo do ativo imobilizado (CPC 27)


Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação
Descontos comerciais e abatimentos
+ Impostos não recuperáveis
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais
Transferência posterior (novo local)
(engenheiros, arquitetos, por exemplo)
Custos de desmontagem
Custos administrativos
(futuro, traz a valor presente)
Custo de remoção
Outros custos indiretos
(futuro, traz a valor presente)
Outros custos diretamente atribuíveis Remoção, desmontagem de máquinas antigas

O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa


quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela
administração.
Vejamos como caiu em prova:
(FGV/Auditor Tributário Municipal/ISS Recife/2014) Uma entidade comprou,
em 01/07/2011, numerosas máquinas para utilizar em seu negócio, no valor de
R$ 40.000,00. O frete da entrega foi de R$ 400,00, pagos pelo fornecedor.
Adicionalmente, a entidade incorreu em R$ 800,00 para instalar as máquinas, R$
500,00 para desmontar as máquinas que já estavam na fábrica e R$ 200,00 para
um caminhão levar as máquinas antigas até um depósito.
Além disso, uma vez que as máquinas eram novas no mercado, a entidade
contratou um especialista para orientar e treinar os funcionários sobre tal uso
durante o primeiro mês de funcionamento. Os honorários foram de R$ 2.000,00.
Na data da compra, a entidade pretendia utilizar as máquinas por cinco anos e,
depois desses anos, doá-las. É estimado que o valor da remoção das máquinas
seja de R$ 1.400,00.
O valor contábil das máquinas em 31/12/2013 era de
a) R$ 16.880,00.
b) R$ 21.100,00.
c) R$ 21.450,00.
d) R$ 22.100,00.
e) R$ 22.450,00.

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Comentários:
Vamos esmiuçar o CPC 27:

16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende:


(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos
não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos
comerciais e abatimentos;
(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e
condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma
pretendida pela administração;
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de
restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos
representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é
adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período
para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.
17. Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:
(a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no
Pronunciamento Técnico CPC 33 Benefícios a Empregados) decorrentes
diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado;
(b) custos de preparação do local;
(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);
(d) custos de instalação e montagem;
(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de
qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição
(tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e
(f) honorários profissionais.
19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:
(a) custos de abertura de nova instalação;
(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo
propaganda e atividades promocionais);
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.

Agora, vamos resolver a nossa questão:


Cálculo do reconhecimento inicial:

Valor de aquisição: R$ 40.000,00


Instalação das máquinas: R$ 800,00
Remoção das máquinas: R$ 1.400,00
Total do reconhecimento inicial: R$ 42.200,00

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Pontos de atenção!
- Frete de R$ 400,00 → Pago pelo fornecedor (não há ônus para a compradora).
- Gastos com as máquinas antigas, de R$ 500,00 e R$ 200,00 → Não se correlacionam
com a aquisição da nova máquina. Devem ter tratamento próprio. Este ponto gera
muitas dúvidas. Mas você deve saber que os gastos de X são tratados como gastos de
X. Os gastos de Y são tratados como gastos de Y.
- Custos de treinamento de R$ 2.000,00 → A questão tenta confundir o candidato,
falando sobre honorários, tentando induzi-lo a lembrar do item 17, f, do
Pronunciamento. Contudo, trata-se de custo de treinamento, que não integra o
reconhecimento inicial (CPC 27, item 19, c).
- Custos de remoção futuro de R$ 1.400,00 → Este é um ponto que pode gerar dúvidas,
mas vejamos o que diz o CPC 27:

16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende:


(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de
restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos
representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é
adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período
para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

Portanto, são custos futuros de desmontagem e remoção que devem ser estimados no
início da vida útil da máquina, caso seja o caso de retirar a máquina e leva-la para outro
lugar. É um custo ajustado a valor presente.
Continuando a resolução...
A aquisição se deu em 01/07/2011, o método de depreciação é o linear, com taxa de
depreciação de 20% ao ano. Não há valor residual.
A questão pede o valor contábil em 31/12/2013, portanto, foram incorridos 2,5 anos.
Como a vida útil esperada é de 5 anos, temos que já transcorreu metade do período,
ou seja, R$ 21.100,00.

Valor de aquisição: R$ 42.200,00


(-) Depreciação Acumulada: (R$ 21.100,00)
(=) Valor contábil em 31/12/2013: R$ 21.100,00

Mas, se quisermos, é só fazermos o cálculo da depreciação anual:


R$ 42.200,00/5 = R$ 8.440,00 ao ano.
Depreciação de 2,5 anos = R$ 8.440,00 x 2,5 = 21.100
Não é uma questão fácil, mas é assim que cai em provas. Ainda não vimos
depreciação. Teremos um encontro somente para falar do tema.
Gabarito → B.

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Vamos ver mais uma...


(FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2014) Em 01/01/2011, uma entidade adquiriu
móveis para seu escritório no valor de R$ 50.000,00. Os móveis têm vida útil
estimada em seis anos e, ao final do sexto ano, a entidade pretende doá-los.
Na data, são estimados gastos de R$ 2.000,00 (a valor presente) com a remoção.
O frete para a entrega dos móveis é de R$ 500,00, e os custos de montagem, de
R$ 400,00. No entanto, no momento em que a entrega foi feita, o funcionário da
loja arranhou a parede, e a entidade incorreu em gastos de R$ 1.000,00 para
pintá-la novamente. Como pedido de desculpas, o funcionário não cobrou pela
montagem dos móveis. O valor contábil dos móveis, em 31/12/2013, era de:
(A) R$ 25.250,00.
(B) R$ 26.250,00.
(C) R$ 26.950,00.
(D) R$ 26.450,00.
(E) R$ 23.750,00.
Comentários:
Vejamos os cálculos para o imobilizado:

Valor da compra: 50.000,00


Gastos com remoção: 2.000,00
Frete: 500,00
Total 52.500,00

Os móveis têm vida útil de 6 anos. Em 31/12/2013, já terão 3 anos (foram comprados
em 01.01.2011). Assim, em 31.12.2013 os móveis já foram depreciados na metade do
seu valor, e portanto o valor contábil será:

Valor original 52.500,00


(-) Depreciação Acumulada (26.250,00)
= Valor contábil 26.250,00

A pintura da parede será contabilizada como despesa de conservação. E a montagem


(que não foi cobrada) não será contabilizada.
Gabarito → B

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4.1 - REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS

O teste de recuperabilidade (ou impairment test), para ativos imobilizados e


intangíveis, foi uma novidade trazida pela Lei 11.638/2007, que alterou a Lei 6.404/76.
Segundo este diploma legal:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os


seguintes critérios:
§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a
recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de
que sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
I registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão
de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou
quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para
recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
II revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida
útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e
amortização. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Portanto, o artigo 183, parágrafo terceiro, prega que há necessidade de se analisar a


capacidade de recuperação de valores registrados no imobilizado e no intangível.
Em síntese, é requisito para o reconhecimento de um ativo que ele traga benefícios
econômicos futuros. Quando os benefícios econômicos futuros que esse ativo vai
trazer são menores do que o valor pelo qual ele está registrado na contabilidade,
devemos, então, fazer a redução do valor (isso ficará claro a seguir).
Portanto, segundo a Lei 6.404/76:

Uma questão da ESAF indagou o seguinte (item incorreto):


(ESAF/Especialista em Regulação/ANAC/2016) Todos os ativos estão sujeitos ao
impairment test.
O impairment test (ou teste de recuperabilidade) aplica-se basicamente aos ativos
imobilizados e intangíveis.

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Segundo o CPC 01 Pronunciamento Técnico destinado estritamente e este assunto:

1. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer procedimentos


que a entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam
registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de
recuperação. Um ativo está registrado contabilmente por valor que excede
seu valor de recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser
recuperado pelo uso ou pela venda do ativo. Se esse for o caso, o ativo é
caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas, e o
Pronunciamento Técnico requer que a entidade reconheça um ajuste para
perdas por desvalorização. O Pronunciamento Técnico também especifica
quando a entidade deve reverter um ajuste para perdas por desvalorização
e estabelece as divulgações requeridas.

O teste de recuperabilidade tem como finalidade principal apresentar o valor real pelo
qual um ativo será realizado. Essa realização poderá ser feita tanto pela venda do bem,
quanto pela sua utilização nas atividades empresariais. Vejam que a norma fala em:
assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não
exceda seus valores de recuperação.
Vamos exemplificar. É simples!

Dissemos que o ativo não pode ficar registrado por valores superiores
ao de recuperação. A recuperação dos valores de um ativo pode se dar se nós
decidirmos vender esse ativo ou então se produzirmos mercadorias, por exemplo, e
vendermos. Então, é só comparar o valor contábil com o maior desses valores (esse
será o chamado valor recuperável).
Esquematizemos:

Dissemos que o teste de recuperabilidade, que está previsto no CPC 01, é muito
cobrado, aplicando-se aos imobilizados e intangíveis. Todavia, há ativos aos quais, por
disposição expressa do próprio CPC, não se submetem ao CPC 01. As bancas gostam
muito de explorar estes temas em prova. Vamos dar uma olhada?

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Alcance
Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de ajuste
para perdas por desvalorização de todos os ativos, exceto:
(a) estoques (ver Pronunciamento Técnico CPC 16(R1) Estoques);
(b) ativos de contrato e ativos resultantes de custos para obter ou cumprir
contratos que devem ser reconhecidos de acordo com o CPC 47 Receita
de Contrato com Cliente (Alterada pela Revisão CPC 12);
(Alterada pela Revisão CPC 12) (c) ativos fiscais diferidos (ver
Pronunciamento Técnico CPC 32 Tributos sobre o Lucro);
(d) ativos advindos de planos de benefícios a empregados (ver
Pronunciamento Técnico CPC 33 Benefícios a Empregados);
(e) ativos financeiros que estejam dentro do alcance dos Pronunciamentos
Técnicos do CPC que disciplinam instrumentos financeiros;
(f) propriedade para investimento que seja mensurada ao valor justo (ver
Pronunciamento Técnico CPC 28 Propriedade para Investimento);
(g) ativos biológicos relacionados à atividade agrícola dentro do alcance do
Pronunciamento Técnico CPC 29 Ativo Biológico e Produto Agrícola que
sejam mensurados ao valor justo líquido de despesas de vender; (Alterada
pela Revisão CPC 08)
(h) custos de aquisição diferidos e ativos intangíveis advindos de direitos
contratuais de companhia de seguros contidos em contrato de seguro
dentro do alcance do Pronunciamento Técnico CPC 11 Contratos de
Seguro; e
(i) ativos não circulantes (ou grupos de ativos disponíveis para venda)
classificados como mantidos para venda em consonância com o
Pronunciamento Técnico CPC 31 Ativo Não Circulante Mantido para Venda
e Operação Descontinuada.

Portanto, infelizmente, é necessário que vocês saibam o seguinte: o CPC 01 não se


aplica a:

CPC 01 - Não se aplica a:


Estoques
Receita de contrato com cliente
Ativos fiscais diferidos
Benefícios a empregados
Instrumentos financeiros
Propriedade para investimento mensurada ao valor justo
Ativos biológicos ao valor justo
Contratos de seguro
Ativos não circulantes mantido para venda

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(ESAF/Especialista em Regulação/ANAC/2016) O Teste de Recuperabilidade ou


impairment test tem por objetivo principal assegurar que os Ativos da companhia
estejam registrados contabilmente por um valor que não exceda os seus valores
recuperáveis. Avalie as proposições a seguir, acerca do impairment test.
I. Ativos Fiscais Diferidos não estão sujeitos ao impairment test.
II. Todos os ativos estão sujeitos ao impairment test.
III. O ativo intangível decorrente do direito de outorga da concessão de um
aeroporto não está sujeito ao impairment test.
Assinale a opção correta.
a) Apenas a proposição I está correta.
b) Apenas a proposição II está correta.
c) As proposições II e III estão corretas.
d) Todas as proposições estão corretas.
e) Nenhuma proposição está correta.
Comentários:
I. Ativos Fiscais Diferidos não estão sujeitos ao impairment test.
Item correto. Segundo o CPC 01, item 2, c:
2. Este Pronunciamento Técnico deve ser aplicado na contabilização de ajuste
para perdas por desvalorização de todos os ativos, exceto:
(c) ativos fiscais diferidos (ver Pronunciamento Técnico CPC 32 Tributos sobre
o Lucro);
II. Todos os ativos estão sujeitos ao impairment test.
O item está incorreto. O teste de recuperabilidade é realizado para bens do
imobilizado e do intangível. E não para todos os ativos.
III. O ativo intangível decorrente do direito de outorga da concessão de um
aeroporto não está sujeito ao impairment test.
O item está incorreto. Trata-se de um ativo intangível, portanto, sujeito ao teste
de recuperabilidade.
Gabarito → A.

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4.1.1 Definições importantes sobre teste de recuperabilidade

Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior (repita-


se: maior) valor entre o valor justo líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.
É simples! Inicialmente faremos alguns cálculos e análises para achar o valor líquido de
venda de um ativo e, também, o seu valor em uso. Após, o maior, dentre esses dois
valores, será utilizado como valor recuperável.
Esquematizemos:

Valor justo líquido de


Maior
despesa de venda
Valor recuperável

Valor em uso

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir
de um ativo ou de unidade geradora de caixa.
Para achar o valor em uso, temos de conhecer as receitas que serão esperadas pela
utilização do ativo. Desse valor subtraímos todos os custos que estejam relacionados
às receitas.
Por exemplo, uma máquina gerará, em sua vida útil, receitas de R$ 1.000.000,00, com
custos esperados de R$ 400.000,00. O seu valor em uso será, grosso modo, no
montante de R$ 600.000,00 (1 milhão 400.000,00).
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela
transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do
mercado na data de mensuração. (Ver CPC 46 Mensuração do Valor Justo). (Alterada
pela Revisão CPC 03)
Em suma: é o valor acertado pelas partes para a negociação do bem. Para fins de teste
de recuperabilidade, o valor justo deve ser diminuído de gastos como frete,
montagem, etc.
Como exemplo, se a mesma máquina citada acima pudesse ser vendida pelo valor de
R$ 600.000,00, com despesas de venda no valor de R$ 200.000,00. O valor líquido de
venda seria neste caso de R$ 400.000,00 (600.000 200.000).
Voltando ao conceito de valor recuperável, podemos dizer que, após realizado os
passos acima, devemos proceder da seguinte forma para encontrá-lo:
1) Qual o valor de uso? R$ 600.000,00.
2) Qual o valor líquido de venda? R$ 400.000,00.
3) Conhecidos os dois dados indagamos: Qual o valor recuperável? Exato! R$
600.000,00, que é o maior entre o valor de uso e o valor líquido de venda.

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Entenderam? Esses conceitos são importantíssimos para a prova.


Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de
uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.
Veja que o conceito diz que o valor contábil excede o valor recuperável. Valor Contábil
é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda
respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e provisão para perdas.
Podemos inferir dessa leitura que temos de comparar os dois valores, o contábil e o
recuperável, para achar a perda. No exemplo acima, se o valor contábil do bem fosse
R$ 800.000,00, qual seria a perda por desvalorização? Basta subtrairmos dos R$
800.000,00 o valor recuperável, de R$ 600.000,00. Achamos o valor de R$ 200.000,00.
É essa a nossa perda!
Essa perda será registrada da seguinte forma:

D Despesa com perda com desvalorização de ativo 200.000,00


C Ajuste ao valor recuperável 200.000,00

No balanço, fica assim:

Balanço patrimonial:
Ativo imobilizado 800.000,00
(-) Ajuste ao valor recuperável (200.000,00)
Valor contábil 600.000,00

Do contrário, se o valor de realização do ativo é maior que o seu valor contábil, nenhum
registro há que ser feito.
Esquematizemos:

Valor contábil maior que


Registra perda
recuperável
Teste de recuperabilidade
Valor contábil menor que
Nada se faz (prudência)
valor recuperável

(FUNDATEC/Auditor Fiscal/SEFAZ/RS/2014) Para fins de identificação de um


ativo que pode estar desvalorizado, devemos considerar seu valor
a) de uso excedente ao seu valor contábil.
b) reavaliado excedente ao seu valor recuperável.

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c) contábil excedente ao seu valor reavaliado.


d) recuperável excedente ao seu valor contábil.
e) contábil excedente ao seu valor recuperável.
Gabarito → E.

4.1.2 - Passos Detalhados Para o Cálculo da Valor Recuperável

Vamos ver a maneira como deve ser feito o teste de recuperabilidade?


1) Encontramos o valor contábil na data em que será feita a comparação.
O valor contábil será encontrado do seguinte modo:
a) Pegamos o valor de aquisição
b) Retiramos a depreciação, amortização, exaustão existentes
c) Subtraímos de (a) o valor de (b)
2) Encontramos o valor recuperável: maior entre valor justo e valor em uso.
2.1) Valor justo líquido de despesa de venda: Encontramos o valor pelo qual o ativo
poderia ser vendido no mercado e retiramos as despesas de venda.
2.2) Valor em uso: Pegamos o valor que podemos obter com a venda de produtos
oriundos deste ativo, trazendo a valor presente (a questão dará uma taxa de desconto).
Somamos a isso o valor pelo qual podemos vender o ativo no final do período.
V R E

Pegadinha! Pessoal, precisamos ter um cuidado especial quando se tratar do cálculo


do valor em uso.
Dissemos que o valor pelo qual o ativo pode ser vendido no final de sua vida útil deve
ser incluído no cálculo do valor em uso.
Contudo, se a questão disser o seguinte:

- Valor de venda do ativo ao final da vida útil (31.12.X1): 20.000,00


- Valor em uso em 31.12.X1 100.000,00

Neste caso, o valor de venda do ativo já está incluído no valor em uso e não precisamos
incluir novamente. Você utilizará diretamente o dado do valor em uso. Repetimos,
nesta hipótese, o valor em uso será de R$ 100.000,00, e não de R$ 120.000,00 (100.000
+ 20.000). Fiquem de olho!

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3) Comparamos o valor recuperável com o valor contábil:


3.1) Valor contábil maior que valor recuperável: fazemos a redução do valor.
3.2) Valor contábil menor que valor recuperável: nada há que ser feito, em
homenagem ao princípio da prudência.

(FCC/Contabilidade/TRE/PR/2017) Uma empresa adquiriu o direito de


concessão para explorar uma atividade controlada por um órgão regulador
público pelo prazo de 30 anos, após o que a concessão se encerra e a atividade
volta para o domínio do órgão regulador.
O preço pago para a aquisição do direito de exploração foi R$ 60.000.000,00 e a
aquisição ocorreu em 31/12/2012.
No final do ano de 2015 a empresa realizou o teste de redução ao valor
s sobre o
direito de concessão:
Valor em uso esperado para o direito: R$ 50.000.000,00.
Valor justo: não há valor justo porque o direito não pode ser negociado.
Na apuração do resultado do ano de 2015 a empresa deveria
(A) reconhecer uma despesa de amortização no valor de R$ 2.000.000,00, apenas.
(B) reconhecer uma despesa de amortização no valor de R$ 2.000.000,00 e uma
perda por desvalorização no valor de R$ 54.000.000,00.
(C) reconhecer uma despesa de amortização no valor de R$ 6.000.000,00, apenas.
(D) reconhecer uma despesa de amortização no valor de R$ 2.000.000,00 e uma
perda por desvalorização no valor de R$ 4.000.000,00.
(E) não deve reconhecer nenhuma despesa porque continua com o direito de
exploração.
Comentário:
Vamos calcular:
1) Encontramos o valor contábil na data em que será feita a comparação.
Depreciação anual: $60.000.000 / 30 anos = $2.000.000 por ano.
Até o final de 2015, temos 3 anos.
3 x $ 2.000.000 = $6.000.000 de amortização acumulada
Valor contábil no final de 2015:

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$60.000.000 - $6.000.000 = $54.000.000


2) Encontramos o valor recuperável: maior entre valor justo e valor em uso.
Valor em uso esperado para o direito: R$ 50.000.000,00.
Valor justo: não há valor justo porque o direito não pode ser negociado.
3) Comparamos o valore recuperável com o valor contábil:
3.1) Valor contábil maior que valor recuperável: fazemos a redução do valor.
3.2) Valor contábil menor que valor recuperável: nada há que ser feito, em
homenagem ao princípio da prudência.
Como o valor recuperável é de $50.000.000, a empresa, em 2015, deve
reconhecer uma amortização de $2.000.000 e uma perda por desvalorização de
R$ 4.000.000.
Gabarito → D
Mais uma...
(FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ PI/2015) Em 30/09/2012, uma empresa adquiriu
veículos pelo valor de R$ 180.000,00. Todos os veículos têm vida útil econômica
de 5 anos para a empresa e o valor residual estimado para todos os veículos, em
conjunto, no final do 5º ano é R$ 30.000,00. A empresa adota o método das
quotas constantes para o cálculo da despesa mensal de depreciação. No final de
impairment
para os bens do ativo imobilizado e identificou os valores disponíveis, conforme
a tabela a seguir, referentes aos veículos adquiridos em 30/09/2012:
Data Valor Justo Valor em uso
31/12/2012 R$ 155.000,00 R$ 170.000,00
O valor contábil dos veículos, considerados em conjunto, evidenciado no Balanço
Patrimonial de 31/12/2012 foi, em reais:
a) 172.500,00
b) 180.000,00
c) 155.000,00
d) 170.000,00
e) 171.000,00
Comentário:
1) Encontramos o valor contábil na data em que será feita a comparação.
Vamos calcular a depreciação acumulada e depois o valor contábil dos veículos,
para comparar com o valor recuperável.
Vamos aos cálculos:

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Valor original R$ 180.000,00


(-) Valor residual -R$ 30.000,00
= Valor depreciável R$ 150.000,00
A vida útil é de 5 anos, ou seja, 60 meses. A depreciação mensal é de:
$150.000,00 / 60 meses = $ 2.500,00 por mês.
A depreciação acumulada será de 3 meses (de 30/09/2012 ao final de 2012):
Depreciação acumulada = $2.500 x 3 meses = $7.500,00
Valor original R$ 180.000,00
(-) Depreciação Acumulada -R$ 7.500,00
= Valor contábil R$ 172.500,00
2) Encontramos o valor recuperável: maior entre valor justo e valor em uso.
O valor recuperável é o maior entre o valor em uso e o valor justo líquido
realizável de venda.
E
3) Comparamos o valor recuperável com o valor contábil:
3.1) Valor contábil maior que valor recuperável: fazemos a redução do valor.
3.2) Valor contábil menor que valor recuperável: nada há que ser feito, em
homenagem ao princípio da prudência.
Agora é só comparar:
Valor contábil = $172.500,00
Valor Recuperável = $ 170.000,00
Como o Valor Recuperável é menor, a empresa contabiliza um Ajuste para perdas
com Impairment:
D Perdas com teste de Recuperabilidade (resultado) 2.500,00
C Ajuste para perda com Recuperabilidade (Ret. Ativo) 2.500,00
E o valor contábil (que é o valor evidenciado no Balanço Patrimonial) fica assim:
Valor original R$ 180.000,00
(-) Depreciação Acumulada -R$ 7.500,00
(-) Ajuste para perda com recuperabilidade -R$ 2.500,00
=Valor contábil R$ 170.000,00
Gabarito → D

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4.1.3 - Periodicidade De Realização Do Impairment Test

9. A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte se há alguma


indicação de que um ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver
alguma indicação, a entidade deve estimar o valor recuperável do ativo.

Em síntese, funciona assim: Para os ativos em geral (como os imobilizados), a empresa


deve verificar se há indícios de desvalorização no final do período de reporte (exercício
social). Havendo indícios, a empresa faz uma estimativa formal da recuperabilidade.
Não havendo, esta estimativa formal está dispensada.
Portanto, no final do exercício, vamos e damos uma olhada: há indício de
desvalorização? Sim! Teste de recuperabilidade. Não? Então, o teste está dispensado.
Todavia, existem três ativos que devem ser avaliados formalmente, ainda que não haja
indícios de perda. São eles:
- Goodwill
- Intangível com vida indefinida
- Intangível que ainda não está em uso.

Final do exercício
(período de
reporte)

Há indícios de Sim! Teste de recuperabilidade


desvalorização? Não! Teste dispensado

Independente de Goodwill (Combinação de negócios)


indício deve Intangível com vida útil indefinida
testar: Intangível não disponível para uso

Mas, professores, por que essas exceções à regra? A explicação é simples.


Os ativos em geral, como os imobilizados, por exemplo, têm reduções em seus valores
ao longo do tempo (depreciação, amortização, exaustão). Então, mesmo que um ativo
imobilizado esteja avaliado contabilmente por um valor superior ao seu valor
recuperável, a redução em seu valor com o decurso de sua vida útil, gerada, por

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exemplo, pela depreciação, vai acabar por diminuir o seu valor contábil, o que atenua
esse registro contábil por valor superior ao recuperável.
Ao revés, o goodwill, o intangível com vida útil indefinida e o ativo intangível são
ativos que têm a característica comum de não sofrer amortização. Isto é, os seus
valores não diminuem com o curso do tempo, como ocorre com os outros ativos que
têm amortização, depreciação, exaustão, etc.
Com efeito, caso o registro destes três tipos de ativos estejam por valores superiores
aos seus valores recuperáveis, permaneceriam assim caso nenhuma providência fosse
tomada.
Por este motivo o CPC dispensou atenção maior a estes ativos, dispondo:

10. Independentemente de existir, ou não, qualquer indicação de redução


ao valor recuperável, a entidade deve:
(a) testar, no mínimo anualmente, a redução ao valor recuperável de um
ativo intangível com vida útil indefinida ou de um ativo intangível ainda não
disponível para uso, comparando o seu valor contábil com seu valor
recuperável. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado
a qualquer momento no período de um ano, desde que seja executado,
todo ano, no mesmo período. Ativos intangíveis diferentes podem ter o
valor recuperável testado em períodos diferentes. Entretanto, se tais ativos
intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano corrente, devem
ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente; e
(b) testar, anualmente, o ágio pago por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill) em combinação de negócios, de acordo com os itens 80 a 99.

Esta aula não visa a tratar sobre intangíveis, porém, faz-se necessária uma breve
abordagem sobre o tema. São ativos intangíveis os direitos que tenham por objeto
bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa
finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Para que uma entidade reconheça
um ativo intangível ele deve atender conjuntamente a três critérios:
1) Ser separável;
2) Ser proveniente de direitos contratuais ou legais;
3) Ter o seu valor determinado com segurança. Atendendo-se aos critérios de
reconhecimento pode-se passar a mensuração do ativo intangível.
Existem dois métodos distintos para a mensuração do ativo intangível trazidos pelo
CPC 04, Método de Custo e Método de Reavaliação, a saber:
Método de Custo: Posteriormente ao reconhecimento inicial o ativo intangível deve
ser apresentado ao custo, menos a amortização acumulada e a perda acumulada (se
houver).

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Método de reavaliação: Após o reconhecimento, se permitido legalmente, um ativo


intangível pode ser apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente ao valor
justo na data da reavaliação.
Apesar do CPC 04 trazer as duas definições, ressaltamos que a contabilização pela
reavaliação não mais existe no ordenamento pátrio, portanto, não deve ser aplicada
nas demonstrações contábeis.
Após a mensuração, a Cia deverá avaliar se se trata de um ativo intangível de vida útil
indefinida ou definida. Para os ativos intangíveis de vida útil indefinida a amortização
torna-se proibida, afinal, não temos um prazo para calcular, não saberemos apurar a
amortização senão de forma arbitrária (como utilizamos para achar o valor de
depreciação no imobilizado, exemplo: 10 anos de depreciação sem valor residual = 10%
ao ano).
Contudo, falar que um ativo intangível tem vida útil indefinida não significa dizer que
ele tenha vida útil infinita, eterna. Esses ativos estarão sujeitos à análise de
impairment anual.
Já para os intangíveis de vida útil determinada mantém-se a prática de alocar seu custo
de aquisição ao resultado com base no período determinado e se houver meios de
determinar o valor residual para fins de amortização este deverá ser utilizado. Além da
sujeição ao teste de recuperabilidade (ao final do período de reporte, havendo indícios
de desvalorização).
Vamos praticar?

(CESPE/Contabilidade/ANATEL/2014) Acerca dos ativos intangíveis e do teste de


impairment, julgue o item a seguir.
Caso determinado ativo intangível tenha vida útil finita delimitada com precisão,
é dispensável o teste de impairment
Comentários:
Para os ativos intangíveis com vida útil definida, é dispensável o teste de
recuperabilidade, caso não haja indício de desvalorização.
Gabarito → Correto.
Mais uma...
(FCC/Auditor de Controle Externo/TCM GO/2015) A Cia. PAR possuía, em
31/12/2013, um ativo imobilizado para o qual as seguintes informações, após o
reconhecimento da despesa de depreciação para o ano de 2013, eram
conhecidas:

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Custo de aquisição R$ 700.000,00


D -R$ 300.000,00
(=) Valor contábil do ativo R$400.000,00
Nesta mesma data (31/12/2013) a Cia. realizou o Teste de Recuperabilidade do
Ativo (teste de impairment) e obteve as seguintes informações:
Valor em uso do ativo R$ 380.000,00
Valor justo líquido das despesas de venda R$ 350.000,00
Ao elaborar as Demonstrações Contábeis referentes ao ano de 2013, o valor
contábil deste ativo que a Cia. PAR evidenciou em seu Balanço Patrimonial de
31/12/2013 foi, em reais,
a) 400.000,00.
b) 380.000,00.
c) 350.000,00.
d) 700.000,00.
e) 370.000,00.
Comentários:
Valor contábil = $ 400.000
Valor Recuperável = o maior entre o Valor em uso e o Valor justo líquido das
despesas de vendas = $380.000
Como o valor recuperável é menor que o valor contábil, a empresa reconhece
uma perda e o ativo ficará evidenciado, no Balanço Patrimonial, pelo valor
recuperável de $380.000.
Gabarito → B
Então,

Resumo - Critérios de avaliação do ativo e passivo


Contas Critério
Disponibilidade Valor original
Clientes/Duplicatas a receber - CP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP (relevante)
Aplicações mantidas até vencimento Valor original + Juros (Obs.: não há ajuste a valor justo)
Aplicações dest. à negociação imed. Valor original + Juros +/- Ajuste a valor justo (resultado)
Aplicações disponíveis venda futura Valor original + Juros +/- Ajuste de avaliação patrimonial (PL)
Estoque Custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor
Estoque de mercadorias fungíveis Valor de mercado, quando aceito
Clientes/Duplicatas a receber - LP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP
Investimentos avaliados pelo custo Custo de aquisição - provisão para perdas prováveis
Investimentos em coligadas/control. Método da equivalência patrimonial
Ativo imobilizado Custo de aquisição - deprec/amort/exaustão - red. valor recupe.

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4.1.4 - Amortização

Segundo a Lei das S.A.s (Lei 6404/76)

§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e


intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado
na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer
outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto
sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;

A amortização refere-se geralmente aos itens classificados no Intangível. Mas pode


ocorrer também com itens do Imobilizado, como no caso de Benfeitoria em
Propriedades de Terceiros, que pode ser depreciada ou amortizada.
Esquematizemos:

Regra Intangível

Amortização
Ativo Imobilizado
Exceção
(Benfeitoria imóv. 3os)

A amortização baseia-se na vida útil do Intangível.


O Pronunciamento CPC 04 Ativo Intangível - define vida útil como o período de tempo
no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou o número de unidades de produção ou
de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo.
Se o item a ser amortizado tiver um valor residual, o mesmo deve ser abatido do valor
que será amortizado.
A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo intangível com
vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um ativo intangível com vida útil
indefinida não deve ser amortizado.
Esquematizemos:

Cálculo da amortização
Valor histórico XX
(-) Valor residual (Y)
(=)Valor amortizável ZZ

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Conforme o Pronunciamento CPC 04 Ativo Intangível:

97. O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser
apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. A
amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver
disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições
necessários para que possa funcionar da maneira pretendida pela
administração.
A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como
mantido para venda ou incluído em um grupo de ativos classificado como
mantido para venda, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31
Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada, ou,
ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro.
O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela
entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar
esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método linear. A
despesa de amortização para cada período deve ser reconhecida no
resultado, a não ser que outra norma ou pronunciamento contábil permita
ou exija a sua inclusão no valor contábil de outro ativo.
98. Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de
forma sistemática o valor amortizável de um ativo ao longo da sua vida
útil. Tais métodos incluem o método linear, também conhecido como
método de linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de
unidades produzidas. A seleção do método deve obedecer ao padrão de
consumo dos benefícios econômicos futuros esperados, incorporados ao
ativo, e aplicado consistentemente entre períodos, a não ser que exista
alteração nesse padrão.
99. A amortização deve normalmente ser reconhecida no resultado. No
entanto, por vezes os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo
são absorvidos para a produção de outros ativos. Nesses casos, a
amortização faz parte do custo de outro ativo, devendo ser incluída no seu
valor contábil. Por exemplo, a amortização de ativos intangíveis utilizados
em processo de produção faz parte do valor contábil dos estoques (ver
Pronunciamento Técnico CPC 16 Estoques).

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1) Vida útil é:
a) o período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou
b) o número de unidades de produção.
2) Intangível com vida útil definida: deve ser amortizado.
Com vida útil indefinida: não deve ser amortizado.
3) A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver
disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições necessários
para que possa funcionar da maneira pretendida pela administração.
4) A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para
venda ou na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro.
5) O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade dos
benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão com
confiabilidade, deve ser utilizado o método linear.
6) Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de forma
sistemática o valor amortizável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos
incluem o método linear, também conhecido como método de linha reta, o método
dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas.
7) A amortização deve normalmente ser reconhecida no resultado, mas pode também
ser incluída no custo de outros ativos.
Exemplo: A empresa KLS adquiriu um ativo intangível, no valor de $ 120.000,00, com
valor residual de $30.000,00 e vida útil de 5 anos.
Calcule o valor da amortização mensal.
Valor amortizável: $ 120.000 - $ 30.000 = $ 90.000
Prazo: 5 anos = 60 meses
Amortização mensal: $90.000 / 60 meses = $ 1.500 por mês.

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4.1.5 - Exaustão

De acordo com a Lei 6404/76 (Lei das SA):

§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e


intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada
pela Lei nº 11.941, de 2009)
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua
exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais,
ou bens aplicados nessa exploração.

A exaustão é utilizada para recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa


exploração.
Normalmente, a exaustão é calculada com base na possança do recurso mineral ou
florestal. Mas, se o prazo de exploração for insuficiente para esgotar os recursos, a
exaustão deve ser calculada em função do prazo de concessão.

5 - ARRENDAMENTO MERCANTIL
O Arrendamento Mercantil Financeiro é, na verdade, uma compra de um ativo.
Portanto, deve ser contabilizado no Imobilizado ou no Intangível, conforme a natureza
do bem adquirido.

5.1 - ARRENDAMENTO MERCANTIL OPERACIONAL CONTABILIZAÇÃO NO


ARRENDATÁRIO.

A contabilização, neste tipo de arrendamento, é feita apenas pela utilização do bem,


por competência. Não gera contabilização no ativo.
Exemplo: Uma empresa contratou, em 01.01.X1, um arrendamento mercantil
operacional de uma máquina, para pagamento em 60 parcelas de R$ 5.000,00, a ser
efetivado no dia 5 do mês seguinte.
Contabilização na contratação: Nenhuma
Contabilização no dia 31.01.X1:

D Despesa arrendamento operacional (resultado) R$ 5.000,00


C Arrendamento operacional a pagar (passivo) R$ 5.000,00

No dia 05.02.X1 (pelo pagamento):

D - Arrendamento operacional a pagar (passivo) R$ 5.000,00


C - Caixa/bancos R$ 5.000,00

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5.2 - ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO CONTABILIZAÇÃO NO


ARRENDATÁRIO.

Nas operações de arrendamento mercantil financeiro (também chamada de leasing

com a opção de compra do bem ao final do contrato, geralmente por um valor


pequeno.
Por exemplo: Leasing de um veículo, com valor de R$ 30.000, a ser pago em 60
prestações de R$ 520, e com opção de compra ao final do contrato por R$ 2.000.
Este tipo de operação é uma compra parcelada do bem. Portanto, pela aplicação do
princípio de primazia da essência sobre a forma, deve ser contabilizado da seguinte
maneira:

D Veículo (Ativo Imobilizado) 30.000


D Juros a transcorrer (Retificadora do Passivo) 3.200
C Leasing a pagar (Passivo) 33.200 [(520x60) + 2000]

Observação: No Passivo, a contabilização deve observar o prazo de


pagamento das prestações, dividindo-se em Passivo Circulante e Passivo
Não Circulante, com as respectivas contas retificadoras. Não efetuamos tal
divisão, na contabilização acima, facilitar o entendimento da contabilização
como um todo.

Vamos apresentar, abaixo, as determinações do Pronunciamento Técnico CPC 06 sobre


a contabilização inicial do arrendamento mercantil financeiro no arrendatário:

20. No começo do prazo de arrendamento mercantil, os arrendatários


devem reconhecer, em contas específicas, os arrendamentos mercantis
financeiros como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao
valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos
pagamentos mínimos do arrendamento mercantil, cada um determinado
no início do arrendamento mercantil.

No reconhecimento inicial, usamos o valor justo, que é o valor de mercado do ativo.


Mas se o valor presente dos pagamentos for inferior, usamos o valor presente.

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Exemplo: Arrendamento mercantil de um veículo, com valor justo de 20.000, o qual


será pago em 4 prestações anuais de 6.000, sem valor residual.
Se a taxa de juros for de 7% ao ano, o valor presente das prestações será de 20.323.
Como o valor justo (20.000) é menor, o ativo ficará registrado por 20.000.

Como chegamos ao valor de R$ 20.323,00?


Divida a primeira prestação por 1,07
Divida a segunda prestação por 1,07 x 1,07 (um virgula zero sete elevado ao quadrado).
Divida a terceira prestação por 1,07 x 1,07 x 1,07
E assim por diante, com todas as prestações. Depois, some os diversos valores.
6.000 1,0700 5.607,48
6.000 1,1449 5.240,63
6.000 1,2250 4.897,79
6.000 1,3108 4.577,37
20.323,27
Nesse caso, a contabilização inicial seria:

D Veículos 20.000
D Juros a transcorrer 4.000
C Arrendamento mercantil a pagar (Passivo) 24.000

Se a taxa for de 12% ao ano, o valor presente dos pagamentos é de R$ 18.224. Como o
valor presente dos pagamentos é menor que o valor justo, a contabilização inicial
ficaria assim:

D Veículos 18.224
D Juros a transcorrer 5.776
C Arrendamento mercantil a pagar (Passivo) 24.000

Reconhecimento inicial: dos dois o menor


1) valor justo da propriedade arrendada, OU
2) valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil

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Vamos praticar?

(FCC/Analista/TCE/RS/2014) Em 31/12/2012, a empresa Serviços & Cia. adquiriu


um caminhão por meio de um contrato de arrendamento mercantil financeiro,
para ser pago em 6 parcelas anuais e consecutivas no valor de R$ 100.000,00
cada, vencendo a primeira em 31/12/2013. Sabe-se que o valor presente das
prestações, na data de início do contrato, era R$ 462.000,00 e que se a empresa
Serviços & Cia. tivesse adquirido o caminhão à vista, teria pagado R$ 470.000,00
(valor justo).
Nesse caso, a empresa Serviços & Cia. reconheceu
a) um ativo no valor de R$ 470.000,00 na data da aquisição.
b) um passivo no valor de R$ 600.000,00 na data da aquisição.
c) uma despesa financeira no valor de R$ 100.000,00 no ano de 2013.
d) um passivo no valor de R$ 462.000,00 na data da aquisição.
e) um ativo no valor de R$ 470.000,00 e um ganho no valor de R$ 8.000,00 na
data da aquisição.
Comentários:
Segundo o CPC 06:
20. No começo do prazo de arrendamento mercantil, os arrendatários devem
reconhecer, em contas específicas, os arrendamentos mercantis financeiros
como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da
propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos
mínimos do arrendamento mercantil, cada um determinado no início do
arrendamento mercantil.
Portanto, o reconhecimento inicial será feito pelo valor presente.
Lançamento na aquisição:
D Ativo imobilizado (ativo não circulante) 462.000,00
D Encargos financeiros a transcorrer (retif. passivo) 138.000,00
C Arrendamento mercantil a pagar (passivo) 600.000,00
Portanto, o reconhecimento do passivo é de R$ 462.000,00 na data da aquisição
(600.000 138.000).
Gabarito → D.
Mais uma...

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(FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ PE/2015) Em 31/12/2013, a Cia. Transportadora


adquiriu um caminhão por meio de um contrato de arrendamento mercantil
financeiro. O contrato será pago em 5 parcelas anuais, iguais e consecutivas de
R$ 80.000,00, vencendo a primeira parcela em 31/12/2014. Sabe-se que o valor
presente das prestações, na data de início do contrato de arrendamento, era R$
288.000,00 e que, se a Cia. Transportadora tivesse adquirido o caminhão à vista,
teria pagado R$ 300.000,00 (valor justo). A vida útil do caminhão é 5 anos, o valor
residual esperado no final deste prazo será zero e a empresa utiliza o método das
cotas constantes para cálculo da depreciação.
Com base nestas informações, a Cia. Transportadora reconheceu
a) um ativo no valor de R$ 300.000,00 em 31/12/2013.
b) um passivo no valor de R$ 400.000,00 em 31/12/2013.
c) um ativo no valor de R$ 288.000,00 em 31/12/2013.
d) despesa no valor de R$ 80.000,00 em 2014.
e) receita financeira no valor de R$ 12.000,00 em 31/12/2013.
Comentários:
Parcelas: 5 x 80.000 = 400.000,00
Valor presente das prestações = 288.000,00
Valor justo = 300.000,00
Vida útil = 5 anos
Valor residual = 0
Reconhecimento inicial (pelo valor presente, que é menor).
D Ativo imobilizado 288.000,00
D Encargos financeiros a transcorrer (ret. passivo) 112.000,00
C Financiamentos a pagar (passivo) 400.000,00
Nosso gabarito, portanto, é a letra c, reconhecendo um ativo no valor de R$
288.000,00, em 31.12.2013.
A despesa de depreciação será de 20% x 288.000,00 = 57.600,00 (valor da
despesa em 2014).
Gabarito → C.

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6 - INTANGÍVEL
Vamos relembrar o que diz a lei 6404/76 sobre a avaliação do Intangível:

Critérios de Avaliação do Ativo


Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os
seguintes critérios:
VII os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição
deduzido do saldo da respectiva conta de amortização; (Incluído pela Lei nº
11.638,de 2007)
§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a
recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de
que sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
I registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão
de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou
quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para
recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)
II revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida
útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e
amortização. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Os direitos classificados no Intangível são avaliados pelo custo de aquisição,


deduzido da amortização acumulada, e devem ser submetidos ao teste de
recuperabilidade.
Ativo intangível
Valor de aquisição
(-) Amortização acumulada
(-) Ajuste ao valor recuperável
Valor contábil
Segundo o CPC 04,

4. Alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que


possuem substância física, como um disco (como no caso de software),
documentação jurídica (no caso de licença ou patente) ou em um filme. Para
saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser
tratado como ativo imobilizado ou como ativo intangível a entidade avalia

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qual elemento é mais significativo. Por exemplo, um software de uma


máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona sem
esse software específico é parte integrante do referido equipamento,
devendo ser tratado como ativo imobilizado. O mesmo se aplica ao sistema
operacional de um computador. Quando o software não é parte integrante
do respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível.

Computador que só funciona com software específico

R$ 100.000,00 Ativo imobilizado


R$ 130.000,00

R$ 30.000,00
PC só funciona com software

Computador que funciona sem software específico

R$ 100.000,00 Ativo imobilizado R$ 100.000,00


Ativo intangivel R$ 30.000,00

R$ 30.000,00
Funciona sem o hardware

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(FEPESE/Auditor Fiscal/ISS Florianópolis/2014) A Empresa de Transportes


Manezinhos S/A adquiriu equipamentos de informática e softwares aplicativos
de gestão no valor total de R$ 100.000.
Sabendo-se que 60% do valor total refere-se ao aplicativo citado, 10% ao
software específico para funcionamento dos equipamentos e 30% aos
equipamentos, assinale a alternativa correta do registro contábil dessa aquisição.
a) Intangível=R$ 100.000.
b) Imobilizado = R$100.000.
c) Imobilizado = R$40.000; Intangível = R$ 60.000.
d) Imobilizado=R$70.000; Intangível= R$ 30.000.
e) Imobilizado = R$30.000; Intangível = R$ 60.000; Despesas = R$ 10.000.
Comentários:
Aqui valem as observações feitas acima.
1) Equipamentos (30.000,00) + Software específico (10.000,00) = 40.000,00
(Ativo imobilizado)
2) Software que funciona sem o equipamento (60.000,00) = 60.000,00 (Ativo
intangível)
O nosso gabarito é, portanto, letra c.
Gabarito → C.
Outra questão...
(FUNCAB/Analista Contábil/PRODAM/2014) Os ativos que estejam contidos em
elementos que possuem substância física, como um disco (como no caso de
software), nunca serão tratados como intangíveis.
Comentários:
Item incorreto.
Serão tratados como intangíveis, se atenderem os critérios estabelecidos pelo
CPC 04 e não forem essenciais para o funcionamento do ativo imobilizado.
Gabarito → Errado.
Mais uma...

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(FUNCAB/Analista Contábil/PRODAM/2014) Um software de uma


máquina/ferramenta controlada por computador que não funciona sem esse
software específico é parte integrante do referido equipamento, será tratado
como ativo intangível.
Comentários:
Item incorreto.
“ CPC -ferramenta
controlada por computador que não funciona sem esse software específico é
parte integrante do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo
imobilizado. O mesmo se aplica ao sistema operacional de um computador.
Quando o software não é parte integrante do respectivo hardware, ele deve ser

Gabarito → Errado

Bom, vamos acordar, pois o tópico a seguir é extremamente importante para provas!
Um intangível será reconhecido se, cumulativamente, atender aos seguintes
critérios:
- Atender ao conceito de intangível, ou seja, ser não monetário identificável
sem substância física;
- Ser identificável, controlável e gerar benefícios futuros.

Importantíssimo: um ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente ao custo.

Continuando...

O custo de ativo intangível adquirido separadamente inclui:


(a) seu preço de compra + impostos de importação + impostos não
recuperáveis sobre compra descontos comerciais e abatimentos.
(b) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo para a
finalidade proposta.

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Esquematizemos:

Custo de ativo intangível adquirido:


Preço de compra
Impostos de importação
Impostos não recuperáveis
(-) Descontos comerciais e abatimentos
Qualquer custo diretamente atribuível
(testes, benefícios a empregados, honorários profissionais)

Todavia, na aquisição de ativos adquiridos separadamente, alguns custos não fazem


parte do valor a ser registrado na contabilidade, como exemplos de gastos que não
fazem parte do custo de ativo intangível: custos com propaganda, atividades de
promoção, treinamento, custos administrativos e outros custos indiretos relacionados
ao ativo.
Esquematizemos:

Não entram no custo do ativo intangível


Custos com propaganda
Promoção
Treinamento
Custos administrativos e outros custos indiretos

(FCC/Analista Contábil/TRE/RO/2013) No reconhecimento inicial, o custo de


ativo intangível adquirido separadamente inclui
a) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando adequadamente.
b) custos de transferência da atividade para nova categoria de clientes.
c) custos administrativos.
d) impostos recuperáveis sobre compra.
e) custos na introdução de novo produto ou serviço.
Gabarito → A.

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O reconhecimento dos custos no valor contábil de ativo intangível cessa quando esse
ativo está nas condições operacionais pretendidas pela administração. Vejam o
exemplo da compra deum software. Compramos o programa! Os gastos que o
comprador tiver até que este software esteja em uso serão contabilizados como custo
do intangível comprado. Eventual gasto com reinstalação, uso ou transferência deste
software, por exemplo, deverá ser lançado diretamente no resultado do exercício
(despesa).

Custo do ativo intangível Despesa na DRE

Disponível para uso

Esse tipo de ativo intangível é o ativo intangível adquirido. Todavia, algumas vezes,
pode acontecer de o ativo intangível gerado internamente ser classificado como
intangível. Contudo, alguns requisitos devem ser satisfeitos. Vejam só...
Por vezes é difícil avaliar se um ativo intangível gerado internamente se qualifica para
reconhecimento, devido às dificuldades para, por exemplo, avaliar se o ativo gerará
benefícios futuros, ou para determinar seu custo com segurança. Ou pode ser difícil
separar o ativo intangível do ágio por expectativa de rentabilidade futura ou das
operações normais da entidade (dia-a-dia).
O item 21 do CPC 04 prega que:

21. Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se:


(a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis
ao ativo serão gerados em favor da entidade; e
(b) o custo do ativo possa ser mensurado com segurança.

Assim, para que um intangível gerado internamente seja registrado, alguns requisitos
devem ser atendidos (controlável, identificável, gerador de benefícios futuros, seu
custo deve ser estimado com segurança), além disso, outros requisitos específicos para
ativos gerados internamente também devem ser atendidos.
Existem duas fases para a geração de ativo intangível interno:
1) fase de pesquisa; e
2) fase de desenvolvimento.

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Geração de ativo intangível gerado internamente

Fase de pesquisa

Fase de desenvolvimento

Bom, caso não seja possível diferenciar, na entidade, a fase de pesquisa da de


desenvolvimento, deveremos considerar todas as despesas como incorridas na fase de
pesquisa.

6.1 - FASE DE PESQUISA

54. Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa (ou da fase de


pesquisa de projeto interno) deve ser reconhecido. Os gastos com pesquisa
(ou da fase de pesquisa de projeto interno) devem ser reconhecidos como
despesa quando incorridos.

Gasto com Despesa quando


pesquisa incorrido

55. Durante a fase de pesquisa de projeto interno, a entidade não está apta
a demonstrar a existência de ativo intangível que gerará prováveis
benefícios econômicos futuros. Portanto, tais gastos são reconhecidos
como despesa quando incorridos.

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São exemplos de atividades de pesquisa:


a) atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento;
b) busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou
serviços;
c) busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de pesquisa ou outros
conhecimentos; e
d) formulação, projeto, avaliação e seleção final de alternativas possíveis para
materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou
aperfeiçoados.

6.2 - FASE DE DESENVOLVIMENTO

Importante: Nesta fase podemos reconhecer um ativo intangível gerado


internamente, na fase de pesquisa não podemos!

57. Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de


desenvolvimento de projeto interno) deve ser reconhecido somente se a
entidade puder demonstrar todos os aspectos a seguir enumerados:
(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja
disponibilizado para uso ou venda;
(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;
(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros.
(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos
adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo
intangível; e
(f) capacidade de mensurar com segurança os gastos atribuíveis ao ativo
intangível durante seu desenvolvimento.

Esquematizemos:

Requisitos para reconhecer um ativo na fase de desenvolvimento


Viabilidade técnica para concluir o ativo
Intenção de concluir o ativo para uso ou venda
Capacidade para usar ou vender o ativo
Forma como o ativo gera benefícios econômicos futuros
Disponibilidade de recursos para concluir o desenvolvimento
Capacidade de mensurar os gastos

Portanto, todos os aspectos listados acima devem ser atendidos!

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Aula 02 - Parte II

Vamos exemplificar. Empresa KLS tem a intenção de lançar uma nova marca.
- Em 2010, temos um projeto inicial de pesquisa.
- Em 2011, inicia-se a fase de desenvolvimento, mas não há condições de identificar se
o ativo vai ou não gerar benefícios futuros.
- Em 2012, a empresa demonstra viabilidade técnica para conclusão, mas não consegue
mensurar se há mercado para tornar o produto viável economicamente.
- Em 2013, consegue demonstrar a viabilidade e conclui o projeto.
- Em 2014, começará a vender o produto em larga escala.
A empresa conseguiu demonstrar que o produto é economicamente viável e concluiu
o projeto no início de 2013. Portanto, apenas o gasto do ano de 2013 será reconhecido
(contabilizado) no Intangível.
Os valores gastos nos anos anteriores vão para o resultado do exercício, como despesa.
Exemplos de atividades de desenvolvimento: projeto, construção e teste de protótipos
e modelos pré-produção ou pré-utilização; projeto de ferramentas, gabaritos, moldes
e matrizes que envolvam nova tecnologia.
Atenção: Marcas, títulos de publicações, listas de clientes e outros itens similares,
gerados internamente, não devem ser reconhecidos como ativos intangíveis.

64. Os gastos incorridos com marcas, títulos de publicações, listas de


clientes e outros itens similares não podem ser separados dos custos
relacionados ao desenvolvimento do negócio como um todo. Dessa forma,
esses itens não são reconhecidos como ativos intangíveis.

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Aula 02 - Parte II

6.3 - VIDA ÚTIL

A entidade deve avaliar se a vida útil de ativo intangível é definida ou indefinida e, no


primeiro caso, a duração ou o volume de produção ou unidades semelhantes que
formam essa vida útil.
A entidade deve atribuir vida útil indefinida a um ativo intangível quando, com base na
análise de todos os fatores relevantes, não existe um limite previsível para o período
durante o qual o ativo deverá gerar fluxos de caixa líquidos positivos para a entidade.

Importante: A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil.


Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a
de um ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.

Definida Amortização
Ativo
Vida útil
intangível
Indefinida Não amortiza

94. A vida útil de ativo intangível resultante de direitos contratuais ou outros


direitos legais não deve exceder a vigência desses direitos, podendo ser
menor dependendo do período durante o qual a entidade espera utilizar o
ativo. Caso os direitos contratuais ou outros direitos legais sejam
outorgados por um prazo limitado renovável, a vida útil do ativo intangível
só deve incluir o prazo de renovação, se existirem evidências que
suportem a renovação pela entidade sem custo significativo.
95. Podem existir tanto fatores econômicos como legais influenciando a
vida útil de ativo intangível. Os fatores econômicos determinam o período
durante o qual a entidade receberá benefícios econômicos futuros,
enquanto os fatores legais podem restringir o período durante o qual a
entidade controla o acesso a esses benefícios.

A vida útil a ser considerada deve ser o menor dos períodos determinados por esses
fatores.

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(FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2014) Em 01/01/2013, uma empresa adquiriu os


direitos para uso de uma marca por cinco anos. O contrato é renovável a cada
cinco anos a custo insignificante, e a empresa pretende renová-lo por mais quinze
anos, acreditando que, após este período, a marca não terá mais retorno. A vida
útil a ser estabelecida pelo direito de utilização da marca, em 01/01/2013, é
(A) de cinco anos.
(B) de dez anos.
(C) de quinze anos.
(D) de vinte anos.
(E) indefinida.
Comentários:
Conforme o Pronunciamento CPC
94. A vida útil de ativo intangível resultante de direitos contratuais ou outros
direitos legais não deve exceder a vigência desses direitos, podendo ser menor
dependendo do período durante o qual a entidade espera utilizar o ativo. Caso
os direitos contratuais ou outros direitos legais sejam outorgados por um prazo
limitado renovável, a vida útil do ativo intangível só deve incluir o prazo de
renovação, se existirem evidências que suportem a renovação pela entidade sem
custo significativo.
Assim, como a empresa pretende renovar o contrato por mais 15 anos, e o custo
da renovação é insignificante, o prazo de vida útil deve incluir o período de
renovação, totalizando 20 anos (5 do contrato original mais 15 anos de
renovação).
Gabarito → D
Mais uma...
(FCC/TRF 3ª Região/Contabilidade/2014) A Empresa Fin S.A. adquiriu uma Marca
por R$ 80.000,00 à vista, cuja vida útil econômica foi estimada em 20 anos. Com
base nestas informações, este ativo é mensurado ao.
A) custo e não sofre amortização.
B) valor justo e está sujeito ao teste de redução ao valor recuperável.
C) custo e não está sujeito ao teste de redução ao valor recuperável.
D) valor justo, sofre amortização e está sujeito ao teste de redução ao valor
recuperável.
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E) custo, sofre amortização e está sujeito ao teste de redução ao valor


recuperável
Comentários:
Conforme o CPC 04 Ativo Intangível:
24. Um ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente ao custo.
74. Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado
ao custo, menos a eventual amortização acumulada e a perda acumulada.
P B D V J C
A letra A está errada, pois sofre amortização.
E o erro da letra C é mencionar que não está sujeito ao teste de redução ao valor
recuperável.
A alternativa correta é a E.
Gabarito → E

Então,

Resumo - Critérios de avaliação do ativo e passivo


Contas Critério
Disponibilidade Valor original
Clientes/Duplicatas a receber - CP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP (relevante)
Aplicações mantidas até vencimento Valor original + Juros (Obs.: não há ajuste a valor justo)
Aplicações dest. à negociação imed. Valor original + Juros +/- Ajuste a valor justo (resultado)
Aplicações disponíveis venda futura Valor original + Juros +/- Ajuste de avaliação patrimonial (PL)
Estoque Custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor
Estoque de mercadorias fungíveis Valor de mercado, quando aceito
Clientes/Duplicatas a receber - LP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP
Investimentos avaliados pelo custo Custo de aquisição - provisão para perdas prováveis
Investimentos em coligadas/control. Método da equivalência patrimonial
Ativo imobilizado Custo de aquisição - deprec/amort/exaustão - red. valor recupe.
Ativo intangível Custo de aquisição - amortização acumulada - red. valor. recupe.

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7 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PASSIVO


A lei 6404/76 estabelece os seguintes critérios para a avaliação do Passivo:

Critérios de Avaliação do Passivo


Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo
com os seguintes critérios:
I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive
Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão
computados pelo valor atualizado até a data do balanço;
II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial,
serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do
balanço;
III as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não
circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados
quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

As obrigações do passivo não circulante também devem ser ajustadas a valor presente.
Vamos supor que a empresa A compre uma máquina a prazo, no valor de R$ 60.000,
com pagamento em 5 parcelas anuais de R$ 12.000. A taxa de juros nessa operação é
de 10% ao ano. A empresa A deve contabilizar tal operação como segue:

D Máquinas (pelo valor presente, no Imobilizado) 45.489


D Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do passivo) 14.511
C Financiamentos (Passivo) 60.000

(Os valores do Passivo e de Encargos a transcorrer devem ser divididos em circulante


e não circulante, conforme o prazo de vencimento. Contabilizamos sem essa divisão
para fins didáticos).

Como encontramos o valor de R$ 45.849,00?


Divida a primeira parcela por 1,1
Divida a segunda parcela por 1,1 x 1,1
Divida a terceira parcela por 1,1 x 1,1 x 1,1
E assim por diante, depois some as cinco parcelas trazidas a valor presente.
Fica assim:
12.000 1,1000 10.909,09
12.000 1,2100 9.917,36
12.000 1,3310 9.015,78
12.000 1,4641 8.196,16
12.000 1,6105 7.451,06
TOTAL 45.489,44

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Isso é matemática financeira. Inclusive, tem uma fórmula para calcular o


valor presente de uma série de pagamentos uniforme, como aqui, mas
damos uma dica mais rápida, que é fazer assim:
Divida 12000 por 1,1. Some 12.000. Divida novamente por 1,1. Some
12.000. Divida por 1,1, até acabar as cinco parcelas. Você deve chegar em
45.489 (salvo alguma diferença de arredondamento).

Repare que a máquina foi registrado no ativo pelo valor presente, sem a inclusão dos
encargos financeiros.
A conta Encargos a Transcorrer deve ser apropriada ao resultado, como despesa
financeira, por competência.
A planilha de controle fica assim:
Ano Valor Juros 10% Pagamento Total
1 45.489 4.549 - 12.000 38.038
2 38.038 3.804 - 12.000 29.842
3 29.842 2.984 - 12.000 20.826
4 20.826 2.083 - 12.000 10.908
5 10.908 1.091 - 12.000 -1

O valor final, de -1, refere-se a arredondamento de centavos

Então,

Resumo - Critérios de avaliação do ativo e passivo


Contas Critério
Disponibilidade Valor original
Clientes/Duplicatas a receber - CP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP (relevante)
Aplicações mantidas até vencimento Valor original + Juros (Obs.: não há ajuste a valor justo)
Aplicações dest. à negociação imed. Valor original + Juros +/- Ajuste a valor justo (resultado)
Aplicações disponíveis venda futura Valor original + Juros +/- Ajuste de avaliação patrimonial (PL)
Estoque Custo ou valor realizável líquido, dos dois o menor
Estoque de mercadorias fungíveis Valor de mercado, quando aceito
Clientes/Duplicatas a receber - LP Valor original - Perdas ao valor de realização - AVP
Investimentos avaliados pelo custo Custo de aquisição - provisão para perdas prováveis
Investimentos em coligadas/control. Método da equivalência patrimonial
Ativo imobilizado Custo de aquisição - deprec/amort/exaustão - red. valor recupe.
Ativo intangível Custo de aquisição - amortização acumulada - red. valor. recupe.
Obrigações, encargos e riscos Valor atualizado até a data do balanço
Obrigações do PNC Valor original - Ajuste a valor presente

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8 - PROVISÕES, PASSIVO CONTINGENTE E ATIVO CONTINGENTE


O assunto é tratado pelo CPC 25, cujo teor será objeto do estudo a seguir.
Quatro são os itens objeto de estudo nesta norma e que, ao final desta aula, devem
estar claros na sua mente:
1) Os passivos propriamente ditos;
2) As provisões;
3) Os passivos contingentes;
4) Os ativos contingentes.
Todos são extremamente cobrados em provas de concurso.

8.1 - DEFINIÇÕES.

O CPC 25 traz algumas definições importantes para concursos, devemos conhecê-las:

8.1.1 - Conceito de provisão

Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.

Esquematizemos:
Provisão
Prazo OU Valor
Incerto

Um exemplo clássico aqui é o seguinte. Imagine que você passe em um concurso para
Auditor Fiscal e receba uma ordem de fiscalização em desfavor de determinado
contribuinte.
Formada a sua convicção, você lavra um auto de infração de muitos milhões. O sujeito
passivo recebe. Consulta, assim, o seu setor jurídico, que decide recorrer.
O setor jurídico, portanto, vai olhar e dizer: ora, é provável (mais pra sim do que para
não) que nós percamos esta lide.
Todavia, não sabemos qual o valor exato, que pode ou não ser aquele do auto, nem
quando será efetuado o desembolso, já que essa pendenga pode durar anos a fio.
Assim, estamos diante do caso de constituir uma provisão: prazo ou valor incerto.
Entendido? Por enquanto, grave apenas isso.

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8.1.2 - Conceito de p

Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já


ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da
entidade capazes de gerar benefícios econômicos.

Esquematizemos:

Obrigação presente

Derivada de eventos
Passivo
passados

Liquidação vai tirar


recursos da entidade

Aqui é simples. Contraímos uma dívida com determinado fornecedor no montante de


R$ 100.000,00. Essa dívida é líquida e certa. Ela terá de ser paga na data estipulada.
É uma obrigação presente, pois foi firmada em um contrato ou em algum título de
crédito. É derivada de eventos passados, qual seja, a compra da mercadoria.
Também quando liquidarmos, tiraremos recursos (dinheiro) da entidade. Esses
recursos, se fossem mantidos poderiam ser aplicados em outros tipos de
investimentos.
Esse é um passivo

(CESPE/TCE-RO/Ciências Contábeis/2013) É denominado passivo o componente


patrimonial que constitui uma obrigação presente da entidade, derivada de
eventos passados. Espera-se que a liquidação dessa obrigação resulte na saída de
recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
Gabarito → Correto.
Mais uma...
(CESPE/MTE/AFT/2013) A existência de uma obrigação futura é requisito
essencial para a contabilização de um passivo.
Comentários:
A obrigação deve ser presente.
Gabarito → Errado.

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8.1.3 - Conceito de passivo contingente

Passivo contingente é:
(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais
eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade; ou
(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não
é reconhecida porque:
(i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou
(ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente
confiabilidade.

Voltamos ao exemplo do auto de infração que você lavrou contra o contribuinte X,


dado logo ali em cima. Naquela situação, era muito provável que a empresa, em
determinado momento e por determinado valor, tivesse de desembolsar a quantia ao
fisco. A possibilidade de perda era provável.
Aqui não! No passivo contingente, a possibilidade de perda é possível, mas é mais para
não do que para sim.
V não é provável P tanto, diferentemente das provisões,
os passivos contingentes não são contabilizados.

Essa não contabilização se dá:


- Porque a saída de recursos é somente possível.
- Pois você não consegue estimar com confiabilidade o valor desta obrigação.

8.1.4 - Conceito de ativo contingente

Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e


cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou
mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade.

Outro conceito importantíssimo e que, vez ou outra, assola as provas de concursos e


exames.
É simples. Imagine agora que, em vez ser autuado, você descobriu que pagou um valor
maior ao Fisco! Sim, se você pagou um tributo a maior, você tem direito à restituição
(também conhecida por repetição do indébito).

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Você peticionou e está esperando uma resposta do Governo. Todavia, no decurso


deste processo, você descobre que há uma série de restrições para que você pode se
aproveitar deste valor e avalia que a possibilidade de receber este montante é somente
sim.
Esta é uma clara hipótese de ativo contingente: a existência do direito será confirmada
pela decisão do fisco, que não está sob controle da empresa, a quem só cabe aguardar.

Os ativos contingentes não são contabilizados.

8.2 - OUTROS CONCEITOS IMPORTANTES PARA O ENTENDIMENTO DO CPC 25

Evento que cria obrigação é um evento que cria uma obrigação legal ou não
formalizada que faça com que a entidade não tenha nenhuma alternativa
realista senão liquidar essa obrigação.

A A
de uma obrigação, correto? Seja um processo judicial, administrativo, uma lei que está
para ser publicada, etc. Essa obrigação pode surgir através de duas sortes de eventos:

Obrigação legal é uma obrigação que deriva de:


(a) contrato (por meio de termos explícitos ou implícitos);
(b) legislação; ou
(c) outra ação da lei.
Obrigação não formalizada é uma obrigação que decorre das ações da
entidade em que:
(a) por via de padrão estabelecido de práticas passadas, de políticas
publicadas ou de declaração atual suficientemente específica, a entidade
tenha indicado a outras partes que aceitará certas responsabilidades; e
(b) em consequência, a entidade cria uma expectativa válida nessas outras
partes de que cumprirá com essas responsabilidades.

Esquematizemos:

Contrato
Obrigação

Legal
Lei

A entidade se
compromete
Não formalizada
Cria expectativas
válidas

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Assim, uma provisão pode surgir, por exemplo, de uma lei que exija determinada
conduta da entidade ou de um contato firmado pela empresa.
Todavia, pode surgir também de uma obrigação não formalizada, quando a entidade
resolve que irá cortar 50% de seus diretores e anuncia amplamente a medida,
comunica os diretores e pessoas envolvidas, gerando expectativas válidas.
Por que estamos falando isso? Pois é cobrado em provas.

8.3 - VAMOS APROFUNDAR OS CONCEITOS

Exemplo de passivo contingente e provisão.


Uma entidade do setor de petróleo causa contaminação, mas efetua a limpeza apenas
quando é requerida a fazê-la nos termos da legislação de um país em particular no qual
ela opera.
O país no qual ela opera não possui legislação requerendo a limpeza, e a entidade vem
contaminando o terreno nesse país há diversos anos. Na metade do ano de 20X0 é
possível que um projeto de lei requerendo a limpeza do terreno já contaminado será
aprovado após o final do ano.
Deverá a empresa, portanto, divulgar o fato em nota explicativa, pois se trata de uma
obrigação possível no futuro.
Ademais, o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade
e trata-se de uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência
será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos
não totalmente sob controle da entidade.
Contudo, se fosse praticamente certo que a lei seria aprovada rapidamente haveria
necessidade de se fazer o reconhecimento de uma provisão pela melhor estimativa
dos custos de limpeza.
A iminência da publicação da lei transforma o passivo contingente em provisão, o que
leva ao reconhecimento. A obrigação passa de possível (passivo contingente) para
provável (provisão).
Esquematizemos:
Aprovação da lei

Possível que Divulga nas notas


Passivo contigente
aconteça explicativas

Contabiliza no
Praticamente certo Provisão
passivo

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9 - DIFERENÇAS ENTRE PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES


Provisões: São reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa ser feita uma
estimativa confiável) porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de
recursos que incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a
obrigação
Passivos contingentes que não são reconhecidos como passivo porque são:
1) obrigações possíveis, visto que ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não
uma obrigação presente que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam
benefícios econômicos, ou
2) obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento deste
Pronunciamento Técnico (porque não é provável que seja necessária uma saída de
recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar a obrigação, ou não
pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável do valor da obrigação).
Vejam: passivo contingente não é reconhecido, pois a saída de recursos é somente
possível. Na provisão, a saída de recursos é provável.
Há, portanto, uma diferença fundamental entre Provisão e Passivo Contingente: As
provisões são contabilizadas, e os passivos contingentes não são.

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Os passivos contingentes não são contabilizados, pois:


1) Ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma obrigação presente;
2) Ou existe a obrigação presente, mas não é provável que seja necessária uma saída
de recursos para liquidá-la;
3) Ou não pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável do valor da
obrigação.
Então, imagine-se que há um processo judicial de natureza trabalhista para o qual não
há indícios suficientes se a entidade terá ou não de desembolsar um valor. Não é
provável, por enquanto, que haja um desembolso, pois não há uma estimativa
confiável. É somente possível um desembolso. Nesta hipótese, teremos um passivo
contingente,
Vamos pratica?

(CESPE/CADE/2014) Um passivo contingente deve ser reconhecido quando for


decorrente de obrigação presente que resulte de eventos passados devendo as
informações desse passivo ser detalhadas em nota explicativa às demonstrações
contábeis.
Comentários:
Os passivos contingentes não são reconhecidos (contabilizados).
Gabarito → Errado.

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10 - RECONHECIMENTO DAS PROVISÕES


Vamos em frente. Segundo o pronunciamento CPC 25:

14. Uma provisão deve ser reconhecida quando:


(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada)
como resultado de evento passado;
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam
benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser
reconhecida.

Esquematizemos:

Provisão reconhecida quando


Obrigação Estimativa Provável
presente confiável saída de recurso

Uma questão sobre o assunto:


(CESPE/FUB/Contabilidade/2015) Não é possível o reconhecimento de provisão
caso não possa ser feita estimativa confiável do valor da obrigação.
Gabarito → Certo

10.1 - LANÇAMENTO PARA CONSTITUIR A PROVISÃO

Continuando aquele exemplo do auto de infração lavrado por uma autoridade fiscal,
vamos supor que o valor da multa foi de R$ 10.000.000,00.
A empresa fará o lançamento da seguinte maneira:

D Despesa com provisão tributária (despesa) 10.000.000,00


C Provisões tributárias (passivo) 10.000.000,00

Razonetes:
Despesa com prov. Prov. Tributária
10000000 10000000

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11 - PASSIVO CONTINGENTE
A entidade não deve reconhecer um passivo contingente. Ou seja, o passivo
contingente não é contabilizado.
O passivo contingente caracteriza-se por ser uma saída de recursos possível, mas não
provável (probabilidade do não é maior que a do sim).
Passivos contingentes não são reconhecidos no balanço patrimonial. Sua divulgação
será feita tão-somente em notas explicativas.
E mais, se essa possibilidade de saída de recursos for remota, dispensada está a
entidade da divulgação em notas explicativas.
Possibilidade de saída de

Contabilizada no
Provável Provisão
Passivo
recursos

Possível Passivo contingente Não contabiliza Divulga em NE

Divulgação
Remota Passivo contingente Não contabiliza
dispensada

Vamos pratica?

(CESPE/TRT10/Contabilidade/2013) Deve-se reconhecer uma provisão para


passivo contingente, caso a entidade preveja a necessidade, ainda que remota,
de uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar
determinada obrigação.
Comentários:
Apenas quando a possibilidade de saída de recursos seja provável.
Gabarito → Errado.

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12 - REAVALIAÇÃO A CADA EXERCÍCIO


Segundo o CPC 25:

59. As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas


para refletir a melhor estimativa corrente. Se já não for mais provável que
seja necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios
econômicos futuros para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida.

Portanto, ao término do exercício social, você deve fazer uma reavaliação das
provisões e dos passivos contingentes.
Vamos exemplificar:
X1: Provisão constituída R$ 10.000.000,00.
Todavia, ao reavaliar, a empresa percebeu que a probabilidade de perda agora é
somente possível, no valor de R$ 4.000.000,00. Portanto, a provisão se tornou um
passivo contingente. Veja, você não deve reverter somente a diferença, mas sim todo
o valor.
Atenção!
Você não tem mais uma provisão, portanto, nesta hipótese, nada é contabilizado.
Reverte tudo.
X1: Passivo contingente R$ 5.000.000,00. Não há nada contabilizado, portanto.
Todavia, ao reavaliar, a empresa percebeu que a probabilidade de perda agora é
provável, no valor de R$ 6.000.000,00. Uma provisão será constituída neste valor.

12.1 - LANÇAMENTO PARA REVERTER A PROVISÃO

Caso seja a hipótese de reverter uma provisão, devemos fazer o lançamento seguinte:
Reversão - Prov. Prov. Tributária
1.000.000 1.000.000 1.000.000

Agora uma questão de cálculo, a FCC adora:

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(FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ/MA/2016) O Balanço Patrimonial de uma empresa,


em 31/12/2014, apresentou o saldo de R$ 1.200.000,00 na conta representativa
das provisões que era composta dos seguintes valores:

Para a elaboração do Balanço Patrimonial de 31/12/2015, as informações obtidas


pela empresa sobre os processos existentes em 31/12/2014 e sobre outros que
surgiram durante o ano de 2015 são apresentadas na tabela a seguir:

O efeito líquido causado na Demonstração do Resultado de 2015 da empresa


relacionado com as provisões foi, em reais:
(A) aumento de 350.000,00.
(B) aumento de 450.000,00.
(C) redução de 850.000,00.
(D) aumento de 650.000,00.
(E) redução de 550.000,00.
Comentários:
Segundo o CPC 25:
59. As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para
refletir a melhor estimativa corrente. Se já não for mais provável que seja
necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos futuros
para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida.
Portanto,
Trabalhista: Reverte R$ 100.000,00 (receita).
Tributário: Reverte R$ 700.000,00 (receita).
Por que reverte tudo?
Passou de provisão para passivo contingente.
Cível: Não faz nada, já que é passivo contingente.
Ambiental: Provisão de R$ 150.000,00 (despesa)

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Portanto: - 150.000 + 700.000 + 100.000 = 650.000,00 (receita)


Outra forma de resolver:
A empresa tem as seguintes provisões em 31/12/2014:
Tipo de processo Valor (R$)
Trabalhista 500.000,00
Tributário 700.000,00
Total 1.200.000,00
Em 2015, deve contabilizar as seguintes provisões (que apresentam possibilidade

Tipo de processo Valor (R$)


Trabalhista 400.000,00
Ambiental 150.000,00
Total 550.000,00
Assim, o valor da provisão deve diminuir de $1.200.000 para $550.000, o que
representa um ganho (um aumento do resultado) no valor de $ 650.000
($1.200.000 - $550.000).
Gabarito → D.

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13 - ATIVO CONTINGENTE
Segundo o CPC, item 31, a entidade não deve reconhecer um ativo contingente.
Devem, sim, ser evidenciado em notas explicativas.
Então, se, por exemplo, você entrou na justiça para reaver um tributo pago a maior, e
esse processo está para ser analisado, mas é somente possível que o desfecho seja
favorável, então, nesta hipótese estamos frente a um ativo contingente, que, como tal,
não é contabilizado. Veja, é possível que você ganhe e tenha o direito a receber, mas
não é praticamente certo, tampouco provável.
Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou de outros
não esperados que dão origem à possibilidade de entrada de benefícios econômicos
para a entidade. Um exemplo é uma reivindicação que a entidade esteja reclamando
por meio de processos legais, em que o desfecho seja incerto.
Portanto, ativos contingentes surgem da possibilidade da entrada de benefícios
econômicos não esperados ou não planejados.

Grave-se: ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis


até que a realização de ganho seja praticamente certa, hipótese na qual deixaremos
de caracterizá-lo como contingente.
É bem parecido com o caso do passivo!

ATIVO CONTINGENTE

Praticamente certo
Contabiliza e divulga

Provável
Não contabiliza e divulga

Remoto
Não contabiliza, nem divulga

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Quanto à ótica da entrada de benefícios econômicos na entidade, fica assim:


1) Praticamente certa: Nesse caso, não é um ativo contingente. A Empresa contabiliza
o ativo.
2) Provável, mas não praticamente certa: não contabiliza, mas divulga.
3) A entrada não é provável (é possível ou remota): Não contabiliza e nem divulga.

Como o assunto é cobrado:

(FBC/Exame de Suficiência/2013/2º) A respeito do Ativo Contingente, conforme


a NBC TG 25 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, assinale a
opção incorreta.
A) A entidade não deve reconhecer um ativo contingente.
B) O ativo contingente é divulgado em notas explicativas quando for provável a
entrada de benefícios econômicos.
C) Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis,
uma vez que pode tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado. Porém,
quando a realização do ganho é praticamente certa, então o ativo relacionado
não é um ativo contingente e o seu reconhecimento é adequado.
D) Os ativos contingentes surgem normalmente de evento planejado ou de
outros esperados que deem origem à probabilidade de entrada de benefícios
econômicos para a entidade.
Comentários:
Todas estão corretas, exceto a letra D:
O ros
esperados que deem origem à probabilidade de entrada de benefícios

Errado. Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado


ou de outros não esperados (...)
Gabarito → D

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(FCC/Contabilidade/TRE/PR/2017) O Balanço Patrimonial da empresa Grandes


Riscos S.A. publicado em 31/12/2015 evidenciava o saldo de R$ 1.120.000,00 na
conta passiva de provisões, que era composta por dois grupos de processos:

A empresa reavaliou a situação destes processos no final de 2016 e identificou


dois novos processos judiciais surgidos neste ano. As informações sobre os
diversos processos, em 31/12/2016, são as seguintes:

O efeito líquido causado na Demonstração do Resultado da empresa Grandes


Riscos S.A., no ano de 2016, relacionado às provisões necessárias foi, em reais,
(A) 640.000,00, positivos.
(B) 1.080.000,00, negativos.
(C) 480.000,00, negativos.
(D) zero.
(E) 800.000,00, positivos.
Comentários:
Tributário: Era provisão, continua provisão. Todavia, reverte a diferença:
720.000 320.000 = 400.000 (receita)
Trabalhista: Era provisão, virou passivo contingente. Por quê? Pois era provável
e virou possível. Reverte tudo.
Receita: 400.000,00
Cível: É possível. Passivo contingente. Não contabiliza.
Ambiental: É provável. Logo, é provisão. Contabiliza no passivo.
Despesa: 160.000,00
O impacto no resultado será 400.000 + 400.000 160.000 = 640.000,00 positivo.

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Gabarito → A.
Outra questão...
(FCC/Julgador Administrativo Tributário/SEFAZ PE/2015) A empresa Processos
& Cia. S.A. estava respondendo a alguns processos judiciais, cujas informações
estão apresentadas a seguir:

Com base nestas informações, a empresa Processos & Cia. S.A. reconheceu, na
Demonstração do Resultado de 2014,
(A) despesa com provisão no valor de R$ 40.000,00.
(B) despesa com provisão no valor de R$ 120.000,00.
(C) ganho líquido com provisão no valor de R$ 160.000,00.
(D) ganho líquido com provisão no valor de R$ 80.000,00.
(E) despesa com provisão no valor de R$ 20.000,00.
Comentários
Temos três possíveis situações:
Se a saída futura de recursos for provável, deve ser contabilizado e divulgado em
nota explicativa - Provisão.
Se a saída for possível (mas não provável), não deve ser contabilizado, mas deve
ser divulgado em nota explicativa Passivo contingente divulgado.
Se a possibilidade de saída de recursos for remota, não deve ser nem
contabilizado e nem divulgado Passivo contingente não divulgado.
A grande dificuldade reside na avaliação da possibilidade de saída de recursos.
Uma vez estabelecido que a saída é provável, possível ou remota, fica simples
estabelecer o correto tratamento contábil.
Para gravar:
Se a saída de recursos for:
Provável: contabiliza e divulga.
Possível: não contabiliza, mas divulga.
Remota: não contabiliza e nem divulga.
Feitas essas considerações, vamos resolver a nossa questão.

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Segundo o CPC 25:


59. As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para
refletir a melhor estimativa corrente. Se já não for mais provável que seja
necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos futuros
para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida.
Quando a probabilidade de perda for:
Provável: contabiliza um passivo e divulga em nota explicativa.
Possível: Não contabiliza, mas divulga. (É um passivo contingente).
Remota: Não contabiliza e nem divulga.

Portanto:
- Trabalhista 1: continua provisionando, diminui R$ 20.000,00 (reversão)
- Tributário 1: era provisão, virou passivo contingente. Reverte os R$ 180.000,00.
- Tributário 2: passivo contingente, não contabiliza.
- Ambiental 1: constitui nova provisão, no valor de R$ 40.000,00.
Saldo: + 20.000,00 + 180.000,00 40.000,00 = 160.000,00 (receita, ganho líquido)
Gabarito → C.
Mais uma...
(FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ PI/2015) O departamento jurídico da Empresa
Arriscada S.A. apresentou as informações, constantes no quadro abaixo, relativas
a diversos processos movidos contra a empresa. Estas informações serão
utilizadas para a elaboração do Balanço Patrimonial em 31/12/2013:

Sabendo-se que todos os valores estimados são confiáveis e com base nas
informações apresentadas, o valor a ser evidenciado como provisão no passivo,
no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 é, em reais,

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a) 9.300.000,00.
b) 8.300.000,00.
c) 4.000.000,00.
d) 1.000.000,00.
e) 4.300.000,00.
Comentários:
Questão tranquila! Dissemos na aula que:
Se a saída de recursos for:
Provável: contabiliza e divulga.
Possível: não contabiliza, mas divulga.
Remota: não contabiliza e nem divulga.
Portanto, contabilizaremos os valores de 1.500.000,00 + 2.800.000,00 =
4.300.000,00.
Gabarito → E.

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14 - RESUMO DOS PONTOS ABORDADOS NESTA AULA

1 - Os investimentos em coligadas e controladas, sociedade do mesmo grupo e sob


controle comum são avaliados pelo método da equivalência patrimonial.
Os outros investimentos, que não sejam em coligadas e controladas, serão avaliados
pelo método de Custo. Vejam que este critério é residual.
2 - Os investimentos do método de custo são avaliados pelo custo de aquisição,
deduzido de provisão para perdas prováveis, se esta perda for comprovada como
permanente.

Avaliação dos investimentos pelo método de custo


Custo de aquisição
(-) Ajuste para perdas prováveis

3 - Os dividendos distribuídos no método de custo são contabilizados como receita,


quando da distribuição.
Entretanto, os dividendos distribuídos no prazo de até 6 meses após a aquisição do
investimento são considerados como uma recuperação de parte do investimento. A
justificativa para esse procedimento é que o valor da compra já incluía o lucro, que
seria posteriormente distribuído.
4 - Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou
através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de
modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a
maioria dos administradores.
5 As ações ordinárias são as que dão direito a voto. As preferenciais recebem
dividendos maiores ou com alguma preferência, em regra. O número máximo de ações
preferenciais sem direito a voto é de 50% do total!
6 - São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa.
7 - Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce
o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida,
sem controlá-la.
8 - É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte
por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.

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9 - O Método da Equivalência Patrimonial (MEP) consiste em reconhecer o resultado


auferido pela investida na medida em que ocorre, e não apenas quando há distribuição
de dividendos.
Para isso, multiplicamos o percentual de participação da investidora pelo PL da
investida, e comparamos com o valor do investimento da investidora.
Como calcular o Método da Equivalência Patrimonial?
Patrimônio líquido da investida x Percentual de participação da investidora
10 - Quando apuramos o resultado do exercício na investida, jogamos para a conta
lucros acumulados. Ela não pode possuir saldo final, mas continua a existir para receber
os valores da demonstração do resultado de modo transitório. Só poderá existir no
balanço a conta prejuízo acumulado.
A partir da conta Lucros Acumulados, é feita a destinação dos lucros. Todo o lucro
apurado deve ser atribuído como reservas de lucro ou como dividendos.
11 - Quando a investida os seus dividendos, ela diminui o PL (conta lucros acumulados)
e aumenta o passivo (dividendos a pagar). A investidora vai ter o seu investimento
diminuído quando a investida declara os dividendos, pois o PL diminui.
Ao mesmo tempo, a investidora vai ter um direito a receber. Que direito é esse? Como
sócio, ela terá direito a receber dividendos. De quanto? De acordo com a sua fração do
capital social.
12 - Contabilização MEP:
Pelo MEP:

D Investimento MEP
C Resultado com Equivalência Patrimonial

Contabilização dos dividendos:

D Dividendos a Receber
C - Investimento MEP

13 - A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos líquidos é a Mais Valia

14 - E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o goodwill (também chamado de

15 - Nas demonstrações individuais da controladora/investidora, a Mais Valia e o


Goodwill ficam classificados em Investimento, controlados em subcontas.
16 - No balanço consolidado, a mais valia será eliminada contra os ativos e passivos
que lhe deram origem.
E o goodwill será transferido para o Intangível, em conta específica.

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17 - Se o valor pago for menor que o valor justo, surge a compra vantajosa, que era
D AC V conhecida (contabilizada) no
Resultado do Período.
18 - Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu custo, o qual
inclui todos os custos necessários para colocá-lo em condições de uso.
19
Custo do ativo imobilizado (CPC 27)
Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação
Descontos comerciais e abatimentos
+ Impostos não recuperáveis
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais
Transferência posterior (novo local)
(engenheiros, arquitetos, por exemplo)
Custos de desmontagem
Custos administrativos
(futuro, traz a valor presente)
Custo de remoção
Outros custos indiretos
(futuro, traz a valor presente)
Remoção, desmontagem de máquinas
Outros custos diretamente atribuíveis
antigas

20 Teste de recuperabilidade:

21 - O teste de recuperabilidade tem como finalidade principal apresentar o valor real


pelo qual um ativo será realizado. Essa realização poderá ser feita tanto pela venda do
bem, quanto pela sua utilização nas atividades empresariais.
22 O teste de recuperabilidade funciona assim:

Valor contábil maior que


Registra perda
recuperável
Teste de recuperabilidade
Valor contábil menor que
Nada se faz (prudência)
valor recuperável

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23 Passos para o cálculo do teste de recuperabilidade:


1) Encontramos o valor contábil na data em que será feita a comparação.
2) Encontramos o valor recuperável: maior entre valor justo e valor em uso.
2.1) Valor justo líquido de despesa de venda: Encontramos o valor pelo qual o ativo
poderia ser vendido no mercado e retiramos as despesas de venda.
2.2) Valor em uso: Pegamos o valor que podemos obter com a venda de produtos
oriundos deste ativo, trazendo a valor presente (a questão dará uma taxa de desconto).
Somamos a isso o valor pelo qual podemos vender o ativo no final do período.

V R E

24 - A amortização refere-se geralmente aos itens classificados no Intangível. Mas pode


ocorrer também com itens do Imobilizado, como no caso de Benfeitoria em
Propriedades de Terceiros, que pode ser depreciada ou amortizada.
25 - No reconhecimento inicial, usamos o valor justo, que é o valor de mercado do
ativo. Mas se o valor presente dos pagamentos for inferior, usamos o valor presente.
26 - Os direitos classificados no Intangível são avaliados pelo custo de aquisição,
deduzido da amortização acumulada, e devem ser submetidos ao teste de
recuperabilidade.
27 - Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.
Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja
liquidação se espera que resulte em saída de recursos da entidade capazes de gerar
benefícios econômicos.
Passivo contingente é:
(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será
confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não
totalmente sob controle da entidade; ou
(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é
reconhecida porque:
(i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos
seja exigida para liquidar a obrigação; ou
(ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.

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15 - MAPAS MENTAIS DESTA AULA (ELABORADOS PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO)

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16 - QUESTÕES COMENTADAS
1. (FCC/Analista/DPE AM/2018)
Em 31/12/2016 a Cia. Calacrada adquiriu 60% das ações da Cia. Topa Tudo por R$ 9.000.000,00
à vista. Na data da aquisição o Patrimônio Líquido contábil da Cia. Topa Tudo era R$
14.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis dessa Cia. era R$
18.000.000,00, sendo que a diferença era decorrente da avaliação a valor justo de um terreno
que a Cia. Topa Tudo havia adquirido dois anos antes.
No período de 01/01/2017 a 31/12/2017 a Cia. Topa Tudo reconheceu as seguintes mutações
em seu Patrimônio Líquido:
Lucro líquido: R$ 500.000,00
Distribuição de dividendos: R$ 100.000,00
Ajustes acumulados de conversão de investida no exterior: R$ 100.000,00 (valor negativo)
O valor reconhecido no Balanço Patrimonial individual da Cia. Calacrada, na conta
Investimentos em Controladas, em 31/12/2016 e 31/12/2017 foram, respectivamente,
a) R$ 10.800.000,00 e R$ 10.980.000,00.
b) R$ 9.000.000,00 e R$ 9.180.000,00.
c) R$ 10.800.000,00 e R$ 11.040.000,00.
d) R$ 9.000.000,00 e R$ 9.240.000,00.
e) R$ 8.400.000,00 e R$ 8.700.000,00.
Comentários:
O valor contábil da participação é de 14.000 x 0,6 = 8.400,00.

A diferença entre o valor justo e o valor contábil é a mais valia.

(18.000 x 0,6) 8.400 = 2.400


O valor até aqui é de 8400 + 2400 = 10800, mas foi pago 9.000, portanto, temos um ganho por
compra vantajosa de 1.800 (receita).
Contabilização:

D - Investimento mais valia 2400


D - Investimento Participação 8400
C - Caixa 9000
C - Ganho por compra vantajosa 1800

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Vamos efetuar as contabilizações:


Lucro líquido: R$ 500.000,00
Para a equivalência patrimonial: 500.000 x 0,6

D Investimento 300.000
C - Receita de Equivalência Patrimonial 300.000

Distribuição de dividendos: R$ 100.000,00


Para a equivalência patrimonial: 100.000 x 0,6

D - Dividendos a pagar/BCM 60.000


C - Investimento 60.000

Ajustes acumulados de conversão de demonstrações contábeis de investidas no exterior:


R$ 100.000,00 (devedor)
Para a equivalência patrimonial:100.000 x 0,6

D - Ajustes acumulados de conversão - Outros resultados abrangentes (conta reflexa) 60.000


C - Investimentos 60.000

Valor investimento em 31/12/2017: 10.800.000 + 300.000 60.000 60.000 = 10.980.000,00


Gabarito → D

2. (FCC/Analista/TRF 5ª/2017)
A Cia. de Eletrodomésticos efetua suas vendas somente à vista e concede aos seus
compradores uma garantia contra defeitos de fabricação por um prazo de um ano após a data
da compra. Em 31/12/2016, a Cia. vendeu um total de R$ 2.000.000,00 e estimou, com a
utilização de um modelo estatístico validado e com alto grau de confiabilidade, que os gastos
para reparar os eventuais defeitos correspondiam a 4% do volume total de vendas. Os valores
apresentados nas demonstrações contábeis de 2016, da Cia. de Eletrodomésticos, referentes
a esta operação foram, em reais,
(A) Receita de Vendas (em 2016) no valor de R$ 2.000.000,00; Caixa e Equivalentes de Caixa
(31/12/2016) no valor de R$ 2.000.000,00; Despesa com Provisão (em 2016) no valor de R$
80.000,00; Provisão para Garantia (31/12/2016) no valor de R$ 80.000,00.
(B) Receita de Vendas (em 2016) no valor de R$ 2.000.000,00; Duplicatas a Receber
(31/12/2016) no valor de R$ 2.000.000,00.
(C) Receita de Vendas (em 2016) no valor de R$ 2.000.000,00; Caixa e Equivalentes de Caixa
(31/12/2016) no valor de R$ 1.920.000,00; Despesa com Provisão (em 2016) no valor de R$
80.000,00.

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(D) Receita de Vendas (em 2016) no valor de R$ 1.920.000,00; Caixa e Equivalentes de Caixa
(31/12/2016) no valor de R$ 1.920.000,00; Despesa com Provisão (em 2016) no valor de R$
80.000,00; Provisão para Garantia (31/12/2016) no valor de R$ 80.000,00.
(E) Receita de Vendas (em 2016) no valor de R$ 1.920.000,00; Caixa e Equivalentes de Caixa
(31/12/2016) no valor de R$ 2.000.000,00; Provisão para Garantia (31/12/2016) no valor de R$
80.000,00.
Comentários:
Questão muito interessante! As vendas são somente à vista. Portanto, o valor de R$ 2.000.000,00
ingressará no caixa.

D Caixa (Ativo) 2.000.000,00


C Receita de vendas (Resultado) 2.000.000,00

Por outro lado, o que ela dá de garantia é considerado como uma provisão!

D Despesa com provisão (Resultado) 80.000,00


C Provisão para garantias (Passivo) 80.000,00

Gabarito → A.

3. (FCC/Analista/TRF 5ª/2017)
A empresa Papel & Cia. S.A. adquiriu, em 31/12/2015, 30% de participação na empresa Rocha
& Cia. S.A. O Patrimônio Líquido da empresa Rocha & Cia S.A. era composto apenas pelo Capital
Social, o qual era formado por 4.000 ações ordinárias.
Sabendo que a empresa Rocha & Cia. S.A. obteve, em 2016, lucro líquido de R$ 300.000,00 e
distribuiu dividendos no valor de R$ 80.000,00, a empresa Papel & Cia. S.A., em 2016,
reconheceu Receita de
(A) Equivalência Patrimonial no valor de R$ 66.000,00 e Receita de Dividendos no valor de R$
24.000,00, em função de avaliar a empresa Rocha & Cia. S.A. pelo método da equivalência
patrimonial.
(B) Equivalência Patrimonial no valor de R$ 90.000,00, em função de avaliar a empresa Rocha
& Cia. S.A. pelo método da equivalência patrimonial.
(C) Dividendos no valor de R$ 24.000,00, em função de avaliar a empresa Rocha & Cia. S.A. pelo
método da equivalência patrimonial.
(D) Equivalência Patrimonial no valor de R$ 66.000,00, em função de avaliar a empresa Rocha
& Cia. S.A. pelo método da equivalência patrimonial.
(E) Equivalência Patrimonial no valor de R$ 90.000,00 e Receita de Dividendos no valor de R$
24.000,00, em função de avaliar a empresa Rocha & Cia. S.A. pelo método da equivalência
patrimonial.

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Comentários:
Papel → 30% → Rocha (4.000 ações ordinárias)
Ou seja, a Papel comprou 1.200 ações ordinárias.
Como ela tem 30% do capital votante, presume-se, no mínimo, que se trata de uma coligada, e,
portanto, será avaliado pelo MEP.
No MEP, reconhecemos a receita de equivalência patrimonial quando a empresa apurar o lucro.
Nesta hipótese, como o lucro foi de R$ 300.000,00, nossa fatia (30%) será de R$ 90.000,00 (receita
de equivalência patrimonial).

D Investimentos (Ativo) 90.000,00


C Receita de MEP (Resultado) 90.000,00

Quando ela distribuiu dividendos, essa divisão diminui o PL da investida, o que acarreta uma redução
proporcional do nosso investimento e um aumento dos dividendos.

D Dividendos a receber (Ativo) 24.000,00


C Investimentos (Ativo) 24.000,00

Cuidado com a assertiva e, pois os R$ 24.000,00 não se trata de receita! A receita ocorre com o
resultado da equivalência patrimonial, e não com a distribuição dos dividendos!
Gabarito → B.

4. (FCC/Analista/TRF 5ª/2017)
A Cia. Recursos Limitados é uma companhia de capital aberto e, em 01/01/2016, adquiriu uma
máquina por meio de arrendamento mercantil financeiro, para ser paga em 5 prestações
anuais de R$ 68.951,48 cada, vencendo a primeira em 31/12/2016. Se a Cia. tivesse adquirido
a máquina à vista teria pago R$ 327.000,00. Sabendo que o valor presente das prestações é de
R$ 325.000,00 e que a taxa efetiva de juros é de 2% ao ano, no exercício social de 2016 a Cia.
Recursos Limitados reconheceu um
(A) passivo financeiro de R$ 325.000,00 e despesa financeira de R$ 19.757,40.
(B) ativo imobilizado de R$ 327.000,00, apenas.
(C) passivo financeiro de R$ 344.757,40, apenas.
(D) ativo imobilizado de R$ 325.000,00 e despesa financeira de R$ 6.500,00.
(E) ativo imobilizado de R$ 327.000,00 e despesa financeira de R$ 6.540,00.
Comentários:
Questão que combina ensinamentos do CPC 06 Arrendamento Mercantil Financeiro e CPC 12
Ajuste a Valor Presente. Vale lembrar que essa questão é marca registrada da FCC, pois esse formato
já foi cobrado pela banca em diversos concursos.

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Poderíamos resolver a questão rapidamente se lembrássemos do CPC 06, que afirma que o bem
objeto de arrendamento mercantil deverá ser registrado pelo menor valor dentre o valor presente
das prestações a pagar e o valor justo. A questão informa que o valor presente das prestações é de
325.000 e valor justo é de 327.000.
Valor presente 325.000,00
Valor justo 327.000,00
Portanto, o bem será registrado por 325.000.
Vamos iremos fazer a contabilização completa e vamos analisar o erro de cada alternativa.
Arrendamento Mercantil a pagar = 5 x 68.951,48 = R$ 344.757,40.
Valor presente das prestações = 325.000.
Portanto, temos encargos financeiros a transcorrer de R$ 344.757,40 325.000 = R$ 19.757,40.
Contabilização:

D Ativo Imobilizado (Ativo) R$ 325.000


D Encargos a transcorrer (Retificadora Passivo) R$ 19.757,40
C - Arrendamento mercantil a pagar R$ 344.757,40

Razonetes:
Ativo Imobilizado Arre. a pagar Encargos a trans.
325000 344757,4 19757,4

Pois bem, agora, temos de lembrar de um fator importante, que é a linha do tempo. A questão tem
início em 01.01.2016 e termina em 31.12.2016 (fim do exercício social
Esquematizemos:

Ao final de 2016, teremos uma despesa de juros de R$ 325.000,00 x 2% = R$ 6.500,00.


Portanto, ao término do exercício, faremos o seguinte lançamento:

D Despesa financeira (Resultado) R$ 6.500,00


C Encargos a transcorrer (Retificadora Passivo) R$ 6.500,00

Ademais, devemos dar baixa em uma prestação do arrendamento:

D Arrendamento mercantil a pagar (Passivo) R$ 68.951,48


C Caixa (Ativo) R$ 68.951,48

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Portanto, teremos como saldo:

Ativo Imobilizado Arre. a pagar Encargos a trans.


325000 68951,48 344757,4 19757,4 6500
275805,9 13257,4

Desp. Juros Caixa


6500 68951,48

O nosso gabarito, portanto, é a letra d. O ativo imobilizado foi registrado pelo valor de R$ 325.000,00
e tivemos uma despesa financeira de R$ 6.500,00.
Gabarito → D.

5. (FCC/Esp. Regulação/ARTESP/2017)
A empresa Potiguar S.A. adquiriu, em 31/12/2014, 40% de participação na empresa
Pernambucana S.A. por R$ 400.000,00, passando a ter influência na administração desta. O
Patrimônio Líquido da empresa Pernambucana S.A. era composto apenas pelo Capital Social, o
qual era formado apenas por ações ordinárias. Sabendo-se que a empresa Pernambucana S.A.
obteve lucro líquido de R$ 50.000,00 durante 2016 e distribuiu dividendos no valor de R$
10.000,00, a empresa Potiguar S.A., em 2016, reconheceu
(A) Receita de Equivalência Patrimonial no valor de R$ 20.000,00, em função de avaliar a
empresa Pernambucana S.A. pelo método de custo.
(B) Receita de Dividendos no valor de R$ 4.000,00, em função de avaliar a empresa
Pernambucana S.A. pelo método de custo.
(C) Receita de Equivalência Patrimonial no valor de R$ 16.000,00 e Receita de Dividendos no
valor de R$ 4.000,00, em função de avaliar a empresa Pernambucana S.A. pelo método da
equivalência patrimonial.
(D) Receita de Equivalência Patrimonial no valor de R$ 20.000,00, em função de avaliar a
empresa Pernambucana S.A. pelo método da equivalência patrimonial.
(E) Receita de Dividendos no valor de R$ 4.000,00, em função de avaliar a empresa
Pernambucana S.A. pelo método da equivalência patrimonial.
Comentários:
A questão fala que ao adquirir a participação de 40% no Patrimônio Líquido da empresa
Pernambucana S.A., a investidora passa a ter influência na administração desta, portanto, o
investimento será avaliado pelo Método da Avaliação Patrimonial (MEP). Na aquisição do
investimento fora feita a seguinte contabilização:

D Investimentos - Empresa Pernambucana S.A. R$ 400.000,00


C Bancos R$ 400.000,00

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Pelo reconhecimento da receita de MEP (50.000 x 40% = 20.000)

D Investimentos - Empresa Pernambucana S.A. R$ 20.000,00


C Receita de Equivalência Patrimonial R$ 20.000,00

Recebimento dos dividendos

D Bancos R$ 4.000
C - Investimentos - Empresa Pernambucana S.A. R$ 4.000

Se o investimento fosse avaliado pelo Método de Custo, o recebimento de dividendos seria


contabilizado com receita, mas pelo MEP registramos a entrada de recursos no ativo e a
contrapartida será como redução do valor do investimento. A distribuição dos dividendos afeta
diretamente o Patrimônio Líquido de uma empresa, portanto, o efeito deve ser contabilizado
também na investidora, quando da utilização do Método da Equivalência Patrimonial.
Gabarito → D.

6. (ESAF/STN/Analista Contábil/2013)
Enunciado para a questão.
Em 31/12/x10, a Cia. LUA adquire 60% do Patrimônio Líquido da Cia. SOL assumindo o controle
da mesma, pagando a vista na operação R$ 1,8 milhões. Na mesma data, o Balanço Patrimonial
da empresa adquirida era composto pelos seguintes elementos patrimoniais:

Na mesma data, a avaliação a valor justo dos itens patrimoniais apontavam os valores a seguir:

Com base nas informações fornecidas, pode-se afirmar que a realização da operação gerou:
A) compra vantajosa para a investidora de R$ 60.000.

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B) apuração de ativo líquido no valor de R$ 3.600.000.


C) deságio no valor de R$ 600.000.
D) ágio por rentabilidade futura de R$ 360.000.
E) perda de capital no valor de R$ 360.000.
Comentários:
Vamos calcular:
Valor do PL = 2.500.000 x 60% = 1.500.000 Valor patrimonial
Ajuste a valor justo:
Valor contábil Valor Justo Mais valia
Estoque 100.000 150.000 50.000
Veículos 600.000 800.000 200.000
Terrenos 1.700.000 2.050.000 350.000
Total 2.400.000 3.000.000 600.000
Mais valia 600.000 x 60% = 360.000
Avaliação a valor justo: 1.500.000 + 360.000 = 1.860.000
Como a CIA Lua pagou 1.800.000, houve compra vantajosa de 60.000 (a empresa pagou 1.800.000
por uma participação avaliada a valor justo por 1.860.000)
Gabarito → A

7. (ESAF/STN/Analista Contábil/2013)
Com base nos dados fornecidos, ao efetuar o registro da participação societária permanente
da Cia. Sol, a empresa investidora deve lançar a débito da conta de investimento um valor total
de:
A) R$ 3.600.000.
B) R$ 2.300.000.
C) R$ 1.860.000.
D) R$ 1.500.000.
E) R$ 600.000.
Comentários:
Já calculamos na questão anterior. A contabilização fica assim:

D Investimento Valor patrimonial (Ativo) 1.500.000


D Investimento Mais Valia (Ativo) 360.000
C Caixa/bancos (Ativo) 1.800.000
C Compra vantajosa (Resultado) 60.000

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A conta de investimento fica registrada pelo valor total (1.860.000), mas deve ser desdobrada entre
valor patrimonial e mais valia.
Gabarito → C.

8. (ESAF/STN/Analista Contábil/2013)
A Cia. Iluminada participa com 4% do capital ordinário da Cia. Hércules. Nessa participação
societária permanente, a investidora não possuía influência significativa. Na ocasião da
aprovação das contas e distribuição do resultado da Cia. Hércules, também foi aprovada a
distribuição de R$ 500.000 a título de dividendos aos seus acionistas. A empresa investidora,
ante esse fato, deve registrar um débito:
A) em Resultado com Investimentos a crédito de Ganhos com Participações Societárias
Permanentes.
B) em Participações Societárias Permanentes a crédito de Receitas não Correntes -
Investimentos.
C) de Dividendos a Receber a crédito de Outras Receitas Operacionais - Dividendos e
Rendimentos de Outros Investimentos.
D) de Disponibilidades a crédito de Ganhos e Perdas com Participações Permanentes em
Outras Sociedades.
E) de Conta de Resultado a crédito de Resultados com Investimentos Permanentes em outras
Sociedades Coligadas.
Comentários:
Se não existe influência significativa, então o investimento é avaliado pelo método de custo. Nesse
caso, o recebimento de dividendos será reconhecido como uma receita, na Demonstração do
Resultado:

D Dividendos a receber (ativo)


C Receita de dividendos (outras receitas operacionais resultado)

Gabarito → C

9. (ESAF/Receita Federal/Auditor/2009)
Em fevereiro de 2008 a empresa Calcedônia Minerais S.A. investiu R$ 350.000,00 em ações de
outras companhias, contabilizando a transação em seu ativo permanente. Desse investimento,
R$ 200.000,00 deverão ser avaliados por "Equivalência Patrimonial" e R$ 150.000,00, pelo
Método do Custo. Durante o exercício em questão, as empresas investidas obtiveram lucros
que elevaram seus patrimônios líquidos em 4%, tendo elas distribuído dividendos de tal ordem
que coube à Calcedônia o montante de R$ 6.000,00, sendo metade para os investimentos
avaliados por Equivalência Patrimonial e metade para os investimentos avaliados pelo método
do custo. Com base nessas informações, podemos afirmar que, no balanço patrimonial da

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empresa Calcedônia Minerais S.A. relativo ao exercício de 2008, deverá constar contabilizado
um investimento no valor de
A) R$ 350.000,00.
B) R$ 355.000,00.
C) R$ 358.000,00.
D) R$ 361.000,00.
E) R$ 364.000,00.
Comentários:
A empresa Calcedônia aplicou $150.000 em investimentos avaliados ao custo e $200.000 em
investimentos avaliados pelo MEP (Método da Equivalência Patrimonial).
O valor do investimento avaliado ao custo não se altera, a não ser que haja perda no teste de
recuperabilidade. A questão não informa nada sobre eventual perda, pelo contrário, as investidas
conseguiram aumentar em 4% o seu PL.
Assim, o investimento avaliado ao custo continua registrado por $150.000.
Lembramos que os dividendos, para este tipo de investimento, são contabilizados diretamente em
Receita (resultado), não afetando o valor do investimento.
Agora, vamos examinar o investimento avaliado pelo MEP.

Valor inicial 200.000


+ Aumento 4% 8.000
- Dividendos (3.000)
Valor investimento pelo MEP 205.000

Valor do investimento na Cia Caledônia: 205.000 + 150.000 = 355.000


Gabarito → B.

10. (ESAF/STN/Analista Finanças e Controle/2008)


A empresa Alfa Beta S/A comprou 10 mil ações de Delta Ômega S/A ao custo unitário de R$
14,00, quando o valor patrimonial dessas ações era avaliado em apenas R$ 10,00. Entretanto,
em 31 de dezembro de 2007, a empresa Delta Ômega mostrou sua capacidade de negócios
apresentando um lucro líquido da ordem de 70% do capital, tendo dele distribuído, como
dividendos aos acionistas, o equivalente a 20% do capital social. As operações, na empresa Alfa
Beta, são avaliadas e contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial. Em 15 de janeiro
de 2008, ao vender essas ações a R$ 15,00 por unidade, Alfa Beta terá computado um lucro
efetivo de
A) R$ 70.000,00.
B) R$ 50.000,00.

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C) R$ 30.000,00.
D) R$ 10.000,00.
E) R$ 0,00.
Comentários:
Lucro efetivo para a ESAF é o lucro da operação, ainda que seja referente a dois exercícios sociais.
A forma mais rápida de resolver é a seguinte: a empresa pagou $14,00 por cada ação e vendeu por
$15,00, auferindo um lucro de $1,00 por ação.
Além disso, recebeu R$ 2,00 (20% do valor patrimonial) de dividendos, também por cada ação.
Assim, o lucro efetivo foi R$ 1,00 + R$ 2,00 = R$ 3,00 por ação.
Lucro total: R$ 3,00 x 10.000 ações = R$ 30.000,00
Gabarito → C

11. (ESAF/SEFAZ-MG/Auditor Fiscal Receita Estadual/2005)


Duas empresas coligadas avaliam seus investimentos pelo método da equivalência
patrimonial.
A primeira empresa tem
Ativo Não Circulante de R$ 500.000,00
Patrimônio Líquido de R$ 300.000,00
Capital Social de R$ 100.000,00
A segunda empresa tem
Ativo Não Circulante de R$ 350.000,00
Patrimônio Líquido de R$ 300.000,00
Capital Social de R$ 150.000,00
A primeira empresa possui 25% do capital social da segunda. A segunda companhia teve lucro
de R$ 50.000,00 e distribuiu dividendos no valor de R$ 30.000,00.
Em consequência dos resultados e respectiva distribuição, ocorridos na segunda companhia, a
primeira empresa deverá contabilizar o aumento de
A) R$ 7.500,00 em receitas do período.
B) R$ 7.500,00 no ativo circulante.
C) R$ 7.500,00 no Ativo Não Circulante.
D) R$ 12.500,00 no ativo circulante.
E) R$ 12.500,00 no Ativo Não Circulante.

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Comentários:
Precisamos apenas identificar a contabilização na primeira empresa.
A segunda empresa tem PL de 300.000. A participação da primeira na segunda é de 25%.
A segunda teve lucro de R$ 50.000 e distribuiu R$ 30.000 de dividendos.
Contabilização na primeira:
Pelo lucro (R$ 50.000 x 25% = $12.500)

D Investimento na segunda MEP (Ativo - Investimentos) 12.500


C Resultado da Equivalência Patrimonial (Resultado) 12.500

Pela distribuição dos dividendos (R$ 30.000 x 25% = R$ 7.500):

D Caixa ou Dividendos a receber (Ativo circulante) 7.500


C Investimento na segunda MEP (Ativo - Investimentos) 7.500

Vamos analisar as alternativas:


A) R$ 7.500,00 em receitas do período.
Errada, as receitas foram de 12.500.
B) R$ 7.500,00 no ativo circulante.
Correta. É o gabarito da questão.
C) R$ 7.500,00 no ativo não circulante.
Errada. O valor contabilizado em Investimento foi 12500 7500 = 5.000.
D) R$ 12.500,00 no ativo circulante.
Errada. Foi contabilizado 7.500 no circulante
E) R$ 12.500,00 no ativo não circulante.
Errada. Veja comentário da letra C.
Gabarito → B

12. (ESAF/SFR/Auditor Receita Federal/2003)


A Cia. ABC adquire 2% do total de ações da Cia. Lavandisca. Na ocasião da operação, o preço
acordado envolvia o valor das ações e dividendos adquiridos, relativos a saldos, de Reservas e
Lucros Acumulados, pré-existentes e ainda não distribuídos. No momento em que ocorrer o
efetivo pagamento dos dividendos referentes a esses itens, o tratamento contábil dado a esse
evento deverá ser:
A) creditar o valor correspondente a esse dividendo em conta de receita não operacional em
contrapartida do registro do ingresso do recurso no caixa.

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B) ajustar o resultado do exercício e creditar o valor correspondente a esse dividendo em conta


de deságio em aquisição de investimentos permanentes em contrapartida do registro do
ingresso do recurso no caixa.
C) lançar o valor correspondente a esse dividendo a crédito da conta participação societária
em contrapartida do registro do ingresso do recurso no caixa.
D) registrar os dividendos recebidos como receita operacional em contrapartida ao lançamento
de débito na conta caixa.
E) considerar o valor recebido como receita não operacional e debitando em contrapartida da
conta ágio em investimentos societários.
Comentários:
Como a Cia ABC adquiriu apenas 2% do total de ações da investida, devemos usar o método de custo.
Assim, os dividendos distribuídos são contabilizados como receita, quando da distribuição.
Entretanto, os dividendos distribuídos no prazo de até 6 meses após a aquisição do investimento
são considerados como uma recuperação de parte do investimento. A justificativa para esse
procedimento é que o valor da compra já incluía o lucro, que seria posteriormente distribuído.
Confira o Regulamento do Imposto de Renda:

Art. 380. Os lucros ou dividendos recebidos pela pessoa jurídica, em decorrência de


participação societária avaliada pelo custo de aquisição, adquirida até seis meses antes
da data da respectiva percepção, serão registrados pelo contribuinte como diminuição do
valor do custo e não influenciarão as contas de resultado (Decreto-Lei nº 2.072, de 1983,
art. 2º).

A questão informa que, na ocasião da operação, o preço acordado envolvia o valor das ações e
dividendos adquiridos, relativos a saldos, de Reservas e Lucros Acumulados, pré-existentes e ainda
não distribuídos. Portanto, quando da distribuição de tais dividendos, a investidora deverá creditar
a conta de investimentos, considerando que os dividendos são uma recuperação do custo de
aquisição das ações. A opção correta é a letra C. Com respeito às outras alternativas, lembramos que
atualmente não há mais, na contabilidade, a separação entre receita operacional e não operacional.
Essa terminologia atualmente se aplica apenas à legislação do Imposto de Renda.
Gabarito → C

13. (ESAF/MDIC/Analista Comércio Exterior/2002 - adaptada)


A empresa Investmuito S/A é possuidora do seguinte investimento em ações:
- 1.000 ações emitidas pela empresa Alfa;
- 20.000 ações emitidas pela empresa Beta;
- 10.000 ações emitidas pela empresa Celta.
As ações foram adquiridas indistintamente a R$ 10,00 cada uma, sendo que as emitidas por
Alfa são investimentos temporários para revender; as de Beta caracterizam coligação acionária

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avaliada por equivalência patrimonial; e as de Celta são investimentos permanentes, mas não
são relevantes.
No encerramento do exercício social as apurações dão conta de que as ações possuídas por
Investmuito S/A mantêm, igualmente, o valor de cotação de R$ 8,00 por ação e o valor
patrimonial unitário de R$ 12,00.
Com base nas informações acima, podemos dizer que, no balanço patrimonial de fim de
exercício, o valor contábil do investimento citado deverá ser de:
A) R$ 372.000,00
B) R$ 348.000,00
C) R$ 310.000,00
D) R$ 308.000,00
E) R$ 248.000,00
Comentários:
Temos três tipos de investimentos:
Cia Alfa: ações para revender. Avaliação: valor justo (no caso, a cotação das ações)
Cia Beta: Coligação acionária. Avaliação: MEP (Método Equivalência Patrimonial)
Cia Celta: Investimento permanente, não relevante. Avaliação: método de custo.
O valor de cada investimento fica assim:
Empresas Quant. Ações Valor unitário Total
Cia Alfa 1.000 8,00 8.000
Cia Beta 20.000 12,00 240.000
Cia Celta 10.000 10,00 100.000
TOTAL 348.000
Gabarito → B

14. (ESAF/Auditor/SEFAZ/PI/2001/Adaptada)
A C A C B
ordinárias. O investimento fora adquirido por $ 5.000. O capital social e o patrimônio líquido
A e o patrimônio líquido de
B C C A
C B A
A) $ 10.000
B) $ 8.000
C) $ 6.000
D) $ 5.000
E) $ 3.000

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Comentários:
Como há influência significativa, o investimento será avaliado pelo MEP.

Patrimônio Liquido de B 30.000


Participação % de A x 20%
Valor do investimento 6.000

Gabarito → C.

15. (ESAF/Niterói/Contador/1999)
Quando os investimentos de participação societária são avaliados pelo método da equivalência
patrimonial, os dividendos declarados pela investida serão considerados na investidora como
A) redução do investimento (ativo permanente)
B) aumento do resultado operacional
C) aumento do investimento (ativo permanente)
D) redução do resultado operacional
E) aumento do resultado não operacional
Comentários:
Os dividendos dos investimentos avaliados pelo MEP são contabilizados a crédito do investimento.
Ou seja, reduzem o investimento.
Contabilização dos dividendos de investimento avaliado pelo MEP;

D Caixa/bancos/dividendos a receber
C Investimentos avaliados pelo MEP

A resposta correta, portanto, é a letra AJá no caso de investimentos avaliados pelo custo, a
contabilização dos dividendos é a seguinte:

D Caixa/Bancos/dividendos a receber
C Receita de dividendos (resultado)

Gabarito → A

16. (FCC/Contabilidade/TRE/PR/2017)
O valor contábil do Patrimônio Líquido da Lavanderia Molhada S.A., em 31 de dezembro de
2015, era R$ 120.000.000,00. A Lavanderia a Seco S.A. adquiriu, nesta data, 80% das ações com
direito a voto da Lavanderia Molhada S.A. pelo preço de R$ 120.000.000,00 e passou a deter o
seu controle. O valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Lavanderia Molhada

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S.A. que foram adquiridos era, nesta data, R$ 135.000.000,00. Os valores totais reconhecidos
nas demonstrações individuais da empresa Lavanderia a Seco S.A. foram, em reais:
(A) Investimentos = 96.000.000,00 e Intangíveis = 24.000.000,00.
(B) Investimentos = 108.000.000,00 e Intangíveis = 12.000.000,00.
(C) Investimentos = $120.000.000,00, apenas.
(D) Investimentos = 96.000.000,00 e Perda por compra desvantajosa = 24.000.000,00.
(E) Investimentos = 108.000.000,00 e Perda por compra desvantajosa =12.000.000,00.
Comentários:
Quando nós adquirimos uma participação societária, quando compramos a parte de uma empresa
e nos tornamos sócios, não necessariamente compramos pelo valor nominal. Podemos pagar um
valor a mais ou menos do que ele vale. Seja pela expectativa de lucratividade futura, seja por que
esta empresa não vale mais como outrora.
O ágio (valor pago a maior) na aquisição de investimentos em coligadas e controladas deve ser
classificado em duas parcelas:
1) Mais Valia dos ativos líquidos e
2) Goodwill.
Esquematizemos:

Mais valia
Ágio
Investimentos
Goodwill

Vamos explicar como ficam classificados no balanço individual e no balanço consolidado.


Na aquisição, os ativos e passivos da adquirida devem ser avaliados pelo valor justo.
A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos líquidos é a Mais Valia (antigamente

E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o goodwill

Difícil?
Valor justo
(-) Valor contábil
Mais valia
Já...

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Valor pago
(-) Valor justo
Goodwill
Nas demonstrações individuais da controladora/investidora, a Mais Valia e o Goodwill ficam
classificados em Investimento, controlados em subcontas:

D Investimento controlada XYZ Valor patrimonial


D Investimento controlada XYZ Mais Valia do ativo líquido
D Investimento controlada XYZ Goodwill
C Caixa/bancos

Observação: no balanço, pode aparecer apenas o valor do investimento, sem as subcontas:

D - Investimento controlada XYZ


C Caixa/bancos

Portanto, como estamos falando das demonstrações individuais, fica tudo avaliado como
Investimento.

Valor patrimonial (80%) = 120.000.000 x 80% = 96.000.000


Valor justo = 135.000 x 80% = 108.000.000
Valor pago = 120.000.000
Goodwill = 120.000.000 108.000.000 = 12.000.000
Mais valia = 108.000.000 96.000.000 = 12.000.000
Valor patrimonial = 96.000.000

D Investimentos valor patrimonial 96.000.000


D Investimentos Mais valia 12.000.000
D Investimentos Goodwill 12.000.000
C Caixa 120.000.000

Ou

D Investimentos 120.000.000
C Caixa 120.000.000

Gabarito → C.

17. (ESAF/Especialista em Regulação/ANAC/2016)


Avalie as seguintes proposições.
I. Ativos Intangíveis com vida útil indefinida estão sujeitos ao teste de recuperabilidade
(impairment test).

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II. Ativos Intangíveis com vida útil definida estão sujeitos ao teste de recuperabilidade
(impairment test).
III. O "Goodwill" (ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura) gerado internamente
não deve ser reconhecido como um ativo.
Assinale a opção correta.
a) I e III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) Todas as proposições estão corretas.
e) Nenhuma proposição está correta.
Comentários:
Comentemos item a item...
I. Ativos Intangíveis com vida útil indefinida estão sujeitos ao teste de recuperabilidade
(impairment test).
II. Ativos Intangíveis com vida útil definida estão sujeitos ao teste de recuperabilidade
(impairment test).
Existem dois métodos distintos para a mensuração do ativo intangível trazidos pelo CPC 04, Método
de Custo e Método de Reavaliação, a saber:
Método de Custo: Posteriormente ao reconhecimento inicial o ativo intangível deve ser apresentado
ao custo, menos a amortização acumulada e a perda acumulada (se houver).
Método de reavaliação: Após o reconhecimento, se permitido legalmente, um ativo intangível pode
ser apresentado pelo seu valor reavaliado, correspondente ao valor justo na data da reavaliação.
Apesar do CPC 04 trazer as duas definições, ressaltamos que a contabilização pela reavaliação não
mais existe no ordenamento pátrio, portanto, não deve ser aplicada nas demonstrações contábeis.
Após a mensuração, a companhia deverá avaliar se se trata de um ativo intangível de vida útil
indefinida ou definida. Para os ativos intangíveis de vida útil indefinida a amortização torna-se
proibida, afinal, não temos um prazo para calcular, não saberemos apurar a amortização senão de
forma arbitrária (como utilizamos para achar o valor de depreciação no imobilizado, exemplo: 10
anos de depreciação sem valor residual = 10% ao ano).
Contudo, falar que um ativo intangível tem vida útil indefinida não significa dizer que ele tenha vida
útil infinita, eterna. Esses ativos estarão sujeitos à análise de impairment anual.
Já para os intangíveis de vida útil determinada mantém-se a prática de alocar seu custo de aquisição
ao resultado com base no período determinado e se houver meios de determinar o valor residual
para fins de amortização este deverá ser utilizado. Além disso, há sujeição também ao teste de
recuperabilidade, como previsto no CPC 01. Portanto, os dois itens estão corretos.

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III. O "Goodwill" (ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura) gerado internamente não
deve ser reconhecido como um ativo.
Segundo o CPC 04:

O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente


não deve ser reconhecido como ativo (item 48). Em alguns casos incorre-se em gastos
para gerar benefícios econômicos futuros, mas que não resultam na criação de um ativo
intangível que se enquadre nos critérios de reconhecimento estabelecidos. Esses gastos
costumam ser descritos como contribuições para o ágio (goodwill) gerado internamente,
o qual não é reconhecido como ativo porque não é um recurso identificável (ou seja, não
é separável nem advém de direitos contratuais ou outros direitos legais) controlado pela
entidade que pode ser mensurado com segurança ao custo.

Gabarito → D.

18. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014)


Com relação à Redução ao Valor Recuperável de Ativos, pode-se afirmar que:
A) a esta técnica estão sujeitos à aplicação desse processo todos os ativos sem qualquer tipo
de exceção.
B) é esse tipo de procedimento aplicável somente aos ativos intangíveis e aos ativos resultantes
de Contratos de Construção.
C) apenas aos ativos resultantes de Contratos de Construção e aqueles sujeitos à aplicação do
valor justo como os ativos biológicos são passíveis da aplicação dessa redução.
D) tem como objetivo assegurar que os ativos não estejam registrados contabilmente por valor
maior do que o passível de ser recuperado por uso ou venda.
E) não é aplicada aos imobilizados em razão dos mesmos já estarem sujeitos à depreciação,
amortização ou a exaustão que cobrem possíveis divergências no valor de custo do ativo e o
seu valor recuperável.
Comentário:
Vamos analisar as alternativas:
A) ERRADA. Conforme o Pronunciamento CPC 01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos:

3. Este Pronunciamento Técnico não se aplica a estoques, ativos advindos de contratos


de construção, ativos fiscais diferidos, ativos advindos de planos de benefícios a
empregados ou ativos classificados como mantidos para venda (ou incluídos em grupo de
ativos que seja classificado como disponível para venda) em decorrência de os
Pronunciamentos Técnicos do CPC vigentes aplicáveis a esses ativos conterem
disposições orientadoras para reconhecimento e mensuração desses ativos.

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B) ERRADA. Não se aplica a ativos resultantes de contratos de construção.


C) ERRADA. Conforme o item 3 transcrito acima, não se aplica a contratos de construção e nem a
ativos sujeitos à aplicação do valor justo, como os ativos biológicos.
D) CERTA. Conforme o Pronunciamento CPC 01:

1. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer procedimentos que a entidade


deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor
que não exceda seus valores de recuperação. Um ativo está registrado contabilmente por
valor que excede seu valor de recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a
ser recuperado pelo uso ou pela venda do ativo.

E) ERRADA. O Teste de Recuperabilidade deve ser aplicado aos ativos imobilizados. Confira a Lei
6404/76:

§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos


valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:
I registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de
interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando
comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse
valor; ou
II revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica
estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.

Gabarito → D

19. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012)


A empresa Highlith S.A. implantou nova unidade no norte do país. Os investimentos na unidade
foram de R$ 1.000.000,00, registrados no ativo imobilizado. No primeiro ano, a empresa
contabilizou um ajuste de perda de valor recuperável de R$ 15.000,00. No segundo ano, o valor
da unidade, caso fosse vendida para o concorrente e único interessado na aquisição, seria de
R$ 950.000,00. Ao analisar o valor do fluxo de caixa descontado da unidade, apurou-se um
valor de R$ 980.000,00. Dessa forma, deve o contador da empresa:
a) manter o valor do investimento, visto não haver perda de valor recuperável.
b) reconhecer um complemento de perda de valor recuperável de R$ 5.000,00.
c) reverter parte da perda de valor recuperável no valor de R$ 25.000,00.
d) registrar um complemento de perda de valor recuperável de R$ 15.000,00.
e) estornar o total da perda de valor recuperável de R$ 50.000,00.

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Comentários:
O ativo imobilizado, após o reconhecimento da primeira perda por teste de recuperabilidade, estava
assim apresentado:

Ativo imobilizado 1.000.000,00


(-) Ajuste ao valor recuperável (15.000,00)
= Valor contábil 985.000,00

No segundo ano, ao realizar o teste de recuperabilidade, encontramos:


Valor de uso: 980.000,00
Valor de venda: 950.000,00
Logo, o valor recuperável é de R$ 980.000,00.
Como o ativo está avaliado pelo valor de R$ 985.000,00 podemos dizer que não recuperaremos
deste montante o total de R$ 5.000,00 (985.000 980.000), sendo este, pois, o valor que devemos
lançar no resultado como perda por redução ao valor recuperável.
O ativo imobilizado, após o registro, ficará assim:

Ativo imobilizado 1.000.000,00


(-) Ajuste ao valor recuperável (20.000,00)
= Valor contábil 980.000,00

Gabarito → B.

20. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2013)


Não é um gasto atribuível ao custo do intangível gerado internamente:
a) materiais e serviços consumidos pelo ativo intangível.
b) gastos com treinamento de pessoal para operar o ativo intangível.
c) custos de benefícios a empregados, relacionado ao ativo intangível.
d) amortização de licenças utilizadas na geração do ativo intangível.
e) taxas de registro de direito legal.
Comentários:
Conforme o Pronunciamento CPC 04 (R1) Ativo Intangível:

Custo de ativo intangível gerado internamente


66. O custo de ativo intangível gerado internamente inclui todos os gastos diretamente
atribuíveis, necessários à criação, produção e preparação do ativo para ser capaz de
funcionar da forma pretendida pela administração. Exemplos de custos diretamente
atribuíveis:

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(a) gastos com materiais e serviços consumidos ou utilizados na geração do ativo


intangível;
(b) custos de benefícios a empregados (conforme definido no Pronunciamento Técnico
CPC 33 Benefícios a Empregados) relacionados à geração do ativo intangível;
(c) taxas de registro de direito legal; e
(d) amortização de patentes e licenças utilizadas na geração do ativo intangível.
O Pronunciamento Técnico CPC 20 Custos de Empréstimos especifica critérios para o
reconhecimento dos juros como um elemento do custo de um ativo intangível gerado
internamente.
67. Os seguintes itens não são componentes do custo de ativo intangível gerado
internamente:
(a) gastos com vendas, administrativos e outros gastos indiretos, exceto se tais gastos
puderem ser atribuídos diretamente à preparação do ativo para uso;
(b) ineficiências identificadas e prejuízos operacionais iniciais incorridos antes do ativo
atingir o desempenho planejado; e
(c) gastos com o treinamento de pessoal para operar o ativo.

Gabarito → B

21. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2013)


O valor desembolsado para o registro de uma nova patente deve ser reconhecido:
a) em despesas antecipadas.
b) como um intangível.
c) no ativo imobilizado.
d) em gasto de investimento.
e) na conta de outra despesa operacional.
Comentários:
Conforme o Pronunciamento CPC 04 (R1) Ativo Intangível:

Custo de ativo intangível gerado internamente


66. O custo de ativo intangível gerado internamente inclui todos os gastos diretamente
atribuíveis, necessários à criação, produção e preparação do ativo para ser capaz de
funcionar da forma pretendida pela administração. Exemplos de custos diretamente
atribuíveis:
(a) gastos com materiais e serviços consumidos ou utilizados na geração do ativo
intangível;
(b) custos de benefícios a empregados (conforme definido no Pronunciamento Técnico
CPC 33 Benefícios a Empregados) relacionados à geração do ativo intangível;
(c) taxas de registro de direito legal; e
(d) amortização de patentes e licenças utilizadas na geração do ativo intangível.

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Gabarito → B

22. (FGV/Câmara de Caruaru/Analista Contabilidade /2015)


Em 01/01/2011, um banco comprou, por R$ 180.000,00, o direito de processar a folha de
pagamentos de uma empresa por seis anos. Em 31/12/2012, o banco constatou que os
funcionários da empresa não estavam utilizando os serviços do banco e verificou que poderia
ter retorno total de R$ 100.000,00 com a folha de pagamento nos anos remanescentes. Já em
31/12/2013, o banco realizou um novo estudo e verificou que, nos anos seguintes, poderia
obter retorno total de R$ 80.000,00. Em 31/12/2014, o valor contábil do direito era de
(A) R$ 50.000,00.
(B) R$ 53.333,00.
(C) R$ 60.000,00.
(D) R$ 75.000,00.
(E) R$ 83.333,00
Comentários:
Nesse tipo de questão, podemos resolver do modo mais demorado:
Valor original =180.000
Prazo = 6 anos
Amortização anual = 30.000 por ano.
Em 31/12/2012, a empresa já amortizou dois anos, no valor total de 60.000.
Valor contábil em 31/12/2012 = 180.000 60.000 = 120.000.
Mas o banco constatou que poderia ter retorno de 100.000, nos próximos 4 anos que faltavam para
encerrar o prazo. Assim, deve reconhecer uma perda de recuperabilidade no valor de 20.000,
ficando com o valor contábil de 100.000.
Amortização de 2013 = 100.000 / 4 anos = 25.000.
Valor contábil em 31/12/2013 = 100.000 25.000 = 75.000
Como o valor recuperável aumentou para 80.000, a empresa reverte parcialmente a perda. Assim,
valor contábil passa para 80.000, para os 3 anos restantes.
Amortização: 80.000,00 / 3 anos = 26.667
Valor contábil em 31/12/2014 = 80.000 26.667 = 53.333

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Compare o valor contábil sem reconhecer nenhuma perda, até 31/12/2013, com o valor
recuperável de 80.000:
Valor original 180.000
Amortização anual = 180.000/ 6 = 30.000 por ano.

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Amortização acumulada até 31/12/2013 = 30.000 x 3 anos = 90.000


Valor contábil em 31.12.2013 = 180.000 90.000 = 90.000
Como o valor recuperável é menor, o ativo fica com o valor de 80.000, e com 3 anos de
prazo.
Amortização em 2014: 80.000 / 3 anos = 26.667
Valor contábil em 31/12/2014 = 80.000 26.667 = 53.333

Gabarito → B

23. (FGV/Analista Contábil/DPE/RO/2015)


A empresa de softwares Marcosoft S.A. adquiriu, pelo valor de $ 7.600.000,00, todos os
sistemas desenvolvidos por sua concorrente Sopa Ltda. O valor justo dos sistemas é de $
6.100.000,00. Nas demonstrações financeiras da Sopa era possível identificar que o custo para
desenvolver os sistemas correspondia ao valor líquido de $ 3.000.000,00.
Considerando as informações acima, a Marcosoft deve classificar essa aquisição da seguinte
forma:
a) $ 6.100.000,00 como investimento e $ 1.500.000,00 como goodwill;
b) $ 3.000.000,00 como intangível e $ 4.600.000,00 como goodwill;
c) $ 6.100.000,00 como investimento e $ 1.500.000,00 como despesa;
d) $ 3.000.000,00 como investimento e $ 4.600.000,00 como intangível;
e) $ 7.600.000,00 como intangível.
Comentários:
Trata-se de aquisição de Ativo Intangível. A questão tenta confundir, induzindo o candidato a pensar
que estamos adquirindo investimento. Mas não! Estamos adquirindo um ativo intangível.
Segundo o pronunciamento CPC 04 (R1) Ativo Intangível:

24. Um ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente ao custo.


Aquisição separada
25. Normalmente, o preço que a entidade paga para adquirir separadamente um ativo
intangível reflete sua expectativa sobre a probabilidade de os benefícios econômicos
futuros esperados, incorporados no ativo, serem gerados a seu favor. Em outras palavras,
a entidade espera que haverá benefícios econômicos a seu favor, mesmo que haja
incerteza em relação à época e ao valor desses benefícios econômicos. Portanto, a
condição de probabilidade a que se refere o item 21(a) é sempre considerada atendida
para ativos intangíveis adquiridos separadamente.
26. Além disso, o custo de ativo intangível adquirido em separado pode normalmente ser
mensurado com confiabilidade, sobretudo quando o valor é pago em dinheiro ou com
outros ativos monetários.

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O item 21 do pronunciamento CPC 04 - Ativo Intangível estabelece que um ativo intangível deve
ser reconhecido apenas se:
(a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados
em favor da entidade; e
(b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade.
A condição (a) é sempre considerada atendida para os ativos intangíveis adquiridos separadamente.
Afinal, nenhuma empresa iria adquirir Intangível se não tivesse a firme expectativa de obter
benefícios econômicos com eles.
E o item (b) também é atendido, pois o custo de aquisição do ativo intangível pode normalmente ser
medido com confiabilidade.
Portanto, a alternativa correta é a letra E, que indica a contabilização de $ 7.600.000,00 como
intangível.
Vejamos agora o erro das demais alternativas:
a) $ 6.100.000,00 como investimento e $ 1.500.000,00 como goodwill;
Errado. Se fosse aquisição de Investimento, no balanço individual da investidora ficaria contabilizado
em Investimento pelo valor total de $7.600.000, dividido entre Valor Patrimonial de $ 6.100.000,00
e Goodwill de $ 1.500.000,00. Mas, como se trata de aquisição de Ativo Intangível, tal contabilização
não se aplica.
b) $ 3.000.000,00 como intangível e $ 4.600.000,00 como goodwill;
Errado. O custo registrado na contabilidade da empresa vendedora não será contabilizado na
empresa compradora.
c) $ 6.100.000,00 como investimento e $ 1.500.000,00 como despesa;
Errado. Não é caso de aquisição de investimento; mas, mesmo na hipótese de aquisição de
investimento, o valor de $1.500.000 seria contabilizado em Investimento, como Goodwill, e não
como despesa.
d) $ 3.000.000,00 como investimento e $ 4.600.000,00 como intangível;
Errado. O custo registrado na contabilidade da empresa vendedora não será contabilizado na
empresa compradora.
Gabarito → E.

24. (FCC/TRT 19/Contabilidade/2014)


Determinada empresa iniciou um projeto de pesquisa e desenvolvimento de um novo
medicamento. Os gastos incorridos com a pesquisa e desenvolvimento deste novo produto,
nos anos de 2010 a 2013, são:

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Ano Valor (R$)


2010 35.000
2011 50.000
2012 40.000
2013 70.000
Em 2010, o projeto estava na fase inicial de pesquisa. Em 2011, a empresa iniciou a fase de
desenvolvimento, mas ainda não conseguiu demonstrar como o ativo iria gerar benefícios
econômicos futuros para a empresa. Em 2012, a empresa conseguiu demonstrar que havia
viabilidade técnica para concluir o projeto, mas ainda não conseguiu demonstrar que haveria
demanda para tornar o produto economicamente viável. No início de 2013, a empresa
conseguiu demonstrar que o produto é economicamente viável e concluiu o projeto, o qual
começará a ser produzido em larga escala em 2014.
Com base nestas informações, o valor do ativo apresentado no Balanço Patrimonial da
empresa em 2013, é, em reais, de
A) 195.000,00.
B) 160.000,00.
C) 110.000,00.
D) 70.000,00.
E) 125.000,00.
Comentários:
Conforme o Pronunciamento CPC 04 Ativo Intangível:

Fase de desenvolvimento
57. Um ativo intangível resultante de desenvolvimento (ou da fase de desenvolvimento
de projeto interno) deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar
todos os aspectos a seguir enumerados:
(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja
disponibilizado para uso ou venda;
(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;
(c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros.
Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de mercado para os
produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao
uso interno, a sua utilidade;
(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para
concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e
(f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível
durante seu desenvolvimento.
58. Na fase de desenvolvimento de projeto interno, a entidade pode, em alguns casos,
identificar um ativo intangível e demonstrar que este gerará prováveis benefícios

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econômicos futuros, uma vez que a fase de desenvolvimento de um projeto é mais


avançada do que a fase de pesquisa.
59. São exemplos de atividades de desenvolvimento:
(a) projeto, construção e teste de protótipos e modelos pré-produção ou pré-utilização;
(b) projeto de ferramentas, gabaritos, moldes e matrizes que envolvam nova tecnologia;
(c) projeto, construção e operação de fábrica-piloto, desde que já não esteja em escala
economicamente viável para produção comercial; e
(d) projeto, construção e teste da alternativa escolhida de materiais, dispositivos,
produtos, processos, sistemas e serviços novos ou aperfeiçoados.

A empresa conseguiu demonstrar que o produto é economicamente viável e concluiu o projeto no


início de 2013. Portanto, apenas o gasto do ano de 2013 será reconhecido (contabilizado) no
Intangível.
Os valores gastos nos anos anteriores vão para o Resultado do Exercício, como Despesa.
Gabarito → D

25. (FCC/Auditor de Controle Externo/TCM GO/2015)


A Cia. PAR possuía, em 31/12/2013, um ativo imobilizado para o qual as seguintes informações,
após o reconhecimento da despesa de depreciação para o ano de 2013, eram conhecidas:
Custo de aquisição R$ 700.000,00
D -R$ 300.000,00
(=) Valor contábil do ativo R$ 400.000,00
Nesta mesma data (31/12/2013) a Cia. realizou o Teste de Recuperabilidade do Ativo (teste
de impairment) e obteve as seguintes informações:
Valor em uso do ativo R$ 380.000,00
Valor justo líquido das despesas de venda R$ 350.000,00
Ao elaborar as Demonstrações Contábeis referentes ao ano de 2013, o valor contábil deste
ativo que a Cia. PAR evidenciou em seu Balanço Patrimonial de 31/12/2013 foi, em reais,
a) 400.000,00.
b) 380.000,00.
c) 350.000,00.
d) 700.000,00.
e) 370.000,00.
Comentários:
Essa é para resolver de cabeça. Veja as informações da questão:
Valor contábil = $ 400.000

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Valor Recuperável = o maior entre o Valor em uso e o Valor justo líquido das despesas de vendas
Valor Recuperável = $380.000
Como o valor recuperável é menor que o valor contábil, a empresa reconhece uma perda e o ativo
ficará evidenciado, no Balanço Patrimonial, pelo valor recuperável de $380.000.
Gabarito → B

26. (FCC/CNMP/Controle Interno/2015)


Um equipamento foi adquirido por uma empresa pelo valor de R$ 1.000.000,00 e o pagamento
foi realizado à vista. A aquisição ocorreu em 30/06/2013, a empresa definiu sua vida útil em 5
anos e o valor líquido de venda do equipamento no final do 5º ano foi estimado em R$
400.000,00. A empresa adota o método das quotas constantes para o cálculo da despesa
mensal de depreciação, tendo em vista que o equipamento é utilizado 24 horas por dia,
ininterruptamente. Sabe-se, ainda, que para fins fiscais a vida útil é definida em 10 anos. No
final de 2013 a empresa realizou o teste de recuperabilidade do custo (impairment) para o
equipamento, utilizando-se dos seguintes valores disponíveis em 31/12/2013:
Valor justo líquido das despesas de venda = R$ 930.000,00
Valor em uso = R$ 945.000,00
O valor contábil do equipamento evidenciado no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 foi, em
reais,
a) 950.000,00.
b) 940.000,00.
c) 945.000,00.
d) 930.000,00.
e) 970.000,00.
Comentários:
A questão tenta confundir, citando aspectos que devem ser considerados exclusivamente para o
I R
Não caia nessa.
P
Vamos aos cálculos contábeis:

Valor original R$ 1.000.000,00


(-) Valor residual -R$ 400.000,00
= valor depreciável R$ 600.000,00

Depreciação mensal = $600.000,00 / 60 meses = $10.000 por mês.


Depreciação acumulada = $ 10.000 x 6 meses = $ 60.000.

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Valor original R$ 1.000.000,00


(-) Depreciação Acumulada -R$ 60.000,00
=Valor contábil R$ 940.000,00

Vamos comparar o Valor Contábil com o Valor Recuperável


O Valor recuperável é o maior entre os dois valores abaixo:

Valor justo líquido das despesas de venda R$ 930.000,00


Valor em uso R$ 945.000,00

Assim, o Valor Recuperável é $945.000,00. Como o Valor Contábil é menor ($ 940.000) não há perda
por Impairment (não há perda com teste de recuperabilidade).
Nesse caso, o valor evidenciado no Balanço Patrimonial é o Valor Contábil de $ 940.000,00.
Gabarito → B

27. (FCC/TCE CE/Auditor/2015)


Em 10/10/2009, uma empresa adquiriu uma marca pelo valor de R$ 14.000.000,00. Em
31/12/2011, registrou para esta marca no valor
de R$ 4.000.000,00. Em 31//12/2014, a empresa realizou novamente o teste de
recuperabilidade para a mesma marca e obteve as seguintes informações:
Valor em uso da marca: R$ 10.800.000,00.
Valor justo líquido das despesas de venda da marca: R$ 9.400.000,00.
Como a marca apresenta naturalmente uma vida útil indefinida, a empresa, nas
Demonstrações Contábeis do ano de 2014, deveria
A) reconhecer, no resultado do ano de 2014, um ganho no valor de R$ 800.000,00 decorrente
da reversão da perda por desvalorização.
B) manter o valor contábil de R$ 10.000.000,00 no balanço patrimonial de 31/12/2014.
C) reconhecer uma perda por desvalorização no valor de R$ 600.000,00 no resultado do ano
de 2014.
D) reconhecer, no resultado do ano de 2014, um ganho no valor de R$ 4.000.000,00 decorrente
da reversão da perda por desvalorização.
E) reconhecer, no resultado do ano de 2014, uma perda por desvalorização no valor de R$
3.200.000,00.
Comentários:
O ativo intangível de vida útil indefinida não é amortizado.
O valor contábil da marca em 31/12/2014 era

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$14.000.000 perda de $4.000.000 = $10.000.000


O valor recuperável é o maior entre o valor em uso e o valor justo líquido das despesas de venda:
Valor em uso da marca: R$ 10.800.000,00.
Valor justo líquido das despesas de venda: R$ 9.400.000,00.
Assim, o valor recuperável é $ 10.800.000. Como é maior que o valor contábil e a empresa
reconheceu uma perda por impairment de $4.000.000, a empresa deve reverter parcialmente a
perda reconhecida, no valor de $800.000.
A reversão da perda anterior é contabilizada como uma receita na Demonstração do Resultado do
Exercício (DRE).
Com isso, a marca fica avaliada pelo valor recuperável, de $10.800.000.
Gabarito → A

28. (FGV/Contador/Caruaru/2015)
Em 01 de janeiro de 2012, um restaurante adquiriu uma moto, no valor de R$ 22.000,00, para
otimizar o serviço de entregas.
O restaurante pretendia utilizar a moto durante cinco anos e depois vendê-la por R$ 2.000,00.
No momento da compra, o sócio do restaurante estimava que, por meio das entregas, a moto
poderia trazer retorno de R$ 4.500,00 (a valor presente) em cada ano de uso.
Em 31 de dezembro de 2012, o restaurante refez suas projeções, estimando que, em cada um
dos anos seguintes, os retornos trazidos pela moto seriam de R$ 2.750,00. Além disso, o valor
da moto no mercado era de R$ 9.000,00. Após os anos de uso, o restaurante não mais
pretendia ter retorno com a moto.
Considerando que, em 31 de dezembro de 2013, não havia indícios de perdas adicionais, o
valor contábil da moto era de:
a) R$ 7.000,00.
b) R$ 8.250,00.
c) R$ 11.250,00.
d) R$ 14.000,00.
e) R$ 15.250,00.
Comentários:
No momento da aquisição (01 de janeiro de 2012):
- Aquisição: 22.000,00.
- Vida útil: 5 anos.
- Valor residual: 2.000,00.

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- Valor em uso: 4.500,00 x 5 = 22.500,00


- Valor depreciável: 22.000,00 2.000,00 = 20.000,00
- Depreciação anual = 20.000,00/5 = 4.000,00 por ano.
Em 31 de dezembro de 2012:
- Vida útil restante: 4 anos.
- Valor contábil atual: 22.000,00 4.000,00 = 18.000,00.
- Valor em uso: 2.750 x 4 = 11.000,00
- Valor justo líquido de despesa de venda = 9.000,00
Portanto, deveremos fazer uma redução ao valor recuperável. O valor recuperável é o maior entre
11.000,00 e 9.000,00, ou seja, 11.000,00.
Portanto, teremos um novo valor contábil.
Refazendo os cálculos após a redução ao valor recuperável:
- Novo valor contábil: 11.000,00
- Valor residual: 0,00 (o restaurante não mais pretendia ter retorno com a moto).
- Depreciação nova: 11.000,00/4 = 2.750,00.
Portanto, em 31.12.2013, o valor contábil será de 11.000,00 - 2.750,00 = 8.250,00.
Gabarito → B.

29. (FCC/Esp. Regulação/ARTESP/2017)


A empresa Encrenca & Cia. possuía alguns processos judiciais em andamento, cujas
informações estão apresentadas abaixo:

A empresa Encrenca & Cia. apresentou no Balanço Patrimonial de 31/12/2016, como Provisão,
em reais, de
(A) 270.000,00.
(B) 590.000,00.
(C) 500.000,00.
(D) 670.000,00.

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(E) 320.000,00.
Comentários:
Temos três possíveis situações:
- Se a saída futura de recursos for provável, deve ser contabilizado e divulgado em nota explicativa
- Provisão.
- Se a saída for possível (mas não provável), não deve ser contabilizado, mas deve ser divulgado em
nota explicativa Passivo contingente divulgado.
- Se a possibilidade de saída de recursos for remota, não deve ser nem contabilizado e nem divulgado
Passivo contingente não divulgado.
A grande dificuldade reside na avaliação da possibilidade de saída de recursos. Uma vez estabelecido
que a saída é provável, possível ou remota, fica simples estabelecer o correto tratamento contábil.
Para gravar: Se a saída de recursos for:

Provável: contabiliza e divulga.


Possível: não contabiliza, mas divulga.
Remota: não contabiliza e nem divulga.

Feitas essas considerações, vamos resolver a nossa questão.


Segundo o CPC 25:

59. As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para refletir
a melhor estimativa corrente. Se já não for mais provável que seja necessária uma saída
de recursos que incorporam benefícios econômicos futuros para liquidar a obrigação, a
provisão deve ser revertida.

Quando a probabilidade de perda for:

Provável: contabiliza um passivo e divulga em nota explicativa.


Possível: Não contabiliza, mas divulga. (É um passivo contingente).
Remota: Não contabiliza e nem divulga.

Portanto:
- Tributário 1: continua provisionando, diminui R$ 50.000,00 (reversão). Saldo: R$ 150.000,00.

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- Tributário 2: virou passivo contingente, não contabiliza, reverte R$ 350.000,00, saldo: R$ 0,00.
- Trabalhista 1: passivo contingente, não contabiliza, saldo zero.
- Cível 1: constitui nova provisão, no valor de R$ 120.000,00, saldo de R$ 120.000,00.
- Ambiental : não contabiliza e não divulga, saldo zero.
Assim sendo, a empresa Encrenca & Cia. apresentou no Balanço Patrimonial de 31/12/2016, como
Provisão: 150.000+120.000 = R$ 270.000,00.
Gabarito → A

30. (FCC/Esp. Regulação/ARTESP/2017)


A empresa Encrenca & Cia. reconheceu, na Demonstração de Resultado de 2016, referente às
Provisões, um impacto
(A) positivo no valor de R$ 50.000,00.
(B) positivo no valor de R$ 280.000,00.
(C) negativo no valor de R$ 120.000,00.
(D) negativo no valor de R$ 40.000,00.
(E) negativo no valor de R$ 70.000,00.
Comentários:
Após as contabilizações apresentadas, o efeito líquido no resultado foi + 50.000,00 + 350.000 -
120.000,00 = 280.000 (positivo no valor de R$ 280.000,00)
Gabarito→B

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17 - LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA


1. FCC/Analista/DPE AM/2018)
Em 31/12/2016 a Cia. Calacrada adquiriu 60% das ações da Cia. Topa Tudo por R$ 9.000.000,00
à vista. Na data da aquisição o Patrimônio Líquido contábil da Cia. Topa Tudo era R$
14.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis dessa Cia. era R$
18.000.000,00, sendo que a diferença era decorrente da avaliação a valor justo de um terreno
que a Cia. Topa Tudo havia adquirido dois anos antes.
No período de 01/01/2017 a 31/12/2017 a Cia. Topa Tudo reconheceu as seguintes mutações
em seu Patrimônio Líquido:
Lucro líquido: R$ 500.000,00
Distribuição de dividendos: R$ 100.000,00
Ajustes acumulados de conversão de investida no exterior: R$ 100.000,00 (valor negativo)
O valor reconhecido no Balanço Patrimonial individual da Cia. Calacrada, na conta
Investimentos em Controladas, em 31/12/2016 e 31/12/2017 foram, respectivamente,
a) R$ 10.800.000,00 e R$ 10.980.000,00.
b) R$ 9.000.000,00 e R$ 9.180.000,00.
c) R$ 10.800.000,00 e R$ 11.040.000,00.
d) R$ 9.000.000,00 e R$ 9.240.000,00.
e) R$ 8.400.000,00 e R$ 8.700.000,00.
2. (FCC/Analista/TRF 5ª/2017)
A Cia. de Eletrodomésticos efetua suas vendas somente à vista e concede aos seus
compradores uma garantia contra defeitos de fabricação por um prazo de um ano após a data
da compra. Em 31/12/2016, a Cia. vendeu um total de R$ 2.000.000,00 e estimou, com a
utilização de um modelo estatístico validado e com alto grau de confiabilidade, que os gastos
para reparar os eventuais defeitos correspondiam a 4% do volume total de vendas. Os valores
apresentados nas demonstrações contábeis de 2016, da Cia. de Eletrodomésticos, referentes
a esta operação foram, em reais,
(A) Receita de Vendas (em 2016) no valor de R$ 2.000.000,00; Caixa e Equivalentes de Caixa
(31/12/2016) no valor de R$ 2.000.000,00; Despesa com Provisão (em 2016) no valor de R$
80.000,00; Provisão para Garantia (31/12/2016) no valor de R$ 80.000,00.
(B) Receita de Vendas (em 2016) no valor de R$ 2.000.000,00; Duplicatas a Receber
(31/12/2016) no valor de R$ 2.000.000,00.
(C) Receita de Vendas (em 2016) no valor de R$ 2.000.000,00; Caixa e Equivalentes de Caixa
(31/12/2016) no valor de R$ 1.920.000,00; Despesa com Provisão (em 2016) no valor de R$
80.000,00.

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(D) Receita de Vendas (em 2016) no valor de R$ 1.920.000,00; Caixa e Equivalentes de Caixa
(31/12/2016) no valor de R$ 1.920.000,00; Despesa com Provisão (em 2016) no valor de R$
80.000,00; Provisão para Garantia (31/12/2016) no valor de R$ 80.000,00.
(E) Receita de Vendas (em 2016) no valor de R$ 1.920.000,00; Caixa e Equivalentes de Caixa
(31/12/2016) no valor de R$ 2.000.000,00; Provisão para Garantia (31/12/2016) no valor de R$
80.000,00.
3. (FCC/Analista/TRF 5ª/2017)
A empresa Papel & Cia. S.A. adquiriu, em 31/12/2015, 30% de participação na empresa Rocha
& Cia. S.A. O Patrimônio Líquido da empresa Rocha & Cia S.A. era composto apenas pelo Capital
Social, o qual era formado por 4.000 ações ordinárias.
Sabendo que a empresa Rocha & Cia. S.A. obteve, em 2016, lucro líquido de R$ 300.000,00 e
distribuiu dividendos no valor de R$ 80.000,00, a empresa Papel & Cia. S.A., em 2016,
reconheceu Receita de
(A) Equivalência Patrimonial no valor de R$ 66.000,00 e Receita de Dividendos no valor de R$
24.000,00, em função de avaliar a empresa Rocha & Cia. S.A. pelo método da equivalência
patrimonial.
(B) Equivalência Patrimonial no valor de R$ 90.000,00, em função de avaliar a empresa Rocha
& Cia. S.A. pelo método da equivalência patrimonial.
(C) Dividendos no valor de R$ 24.000,00, em função de avaliar a empresa Rocha & Cia. S.A. pelo
método da equivalência patrimonial.
(D) Equivalência Patrimonial no valor de R$ 66.000,00, em função de avaliar a empresa Rocha
& Cia. S.A. pelo método da equivalência patrimonial.
(E) Equivalência Patrimonial no valor de R$ 90.000,00 e Receita de Dividendos no valor de R$
24.000,00, em função de avaliar a empresa Rocha & Cia. S.A. pelo método da equivalência
patrimonial.
4. (FCC/Analista/TRF 5ª/2017)
A Cia. Recursos Limitados é uma companhia de capital aberto e, em 01/01/2016, adquiriu uma
máquina por meio de arrendamento mercantil financeiro, para ser paga em 5 prestações
anuais de R$ 68.951,48 cada, vencendo a primeira em 31/12/2016. Se a Cia. tivesse adquirido
a máquina à vista teria pago R$ 327.000,00. Sabendo que o valor presente das prestações é de
R$ 325.000,00 e que a taxa efetiva de juros é de 2% ao ano, no exercício social de 2016 a Cia.
Recursos Limitados reconheceu um
(A) passivo financeiro de R$ 325.000,00 e despesa financeira de R$ 19.757,40.
(B) ativo imobilizado de R$ 327.000,00, apenas.
(C) passivo financeiro de R$ 344.757,40, apenas.
(D) ativo imobilizado de R$ 325.000,00 e despesa financeira de R$ 6.500,00.
(E) ativo imobilizado de R$ 327.000,00 e despesa financeira de R$ 6.540,00.

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5. (FCC/Esp. Regulação/ARTESP/2017)
A empresa Potiguar S.A. adquiriu, em 31/12/2014, 40% de participação na empresa
Pernambucana S.A. por R$ 400.000,00, passando a ter influência na administração desta. O
Patrimônio Líquido da empresa Pernambucana S.A. era composto apenas pelo Capital Social, o
qual era formado apenas por ações ordinárias. Sabendo-se que a empresa Pernambucana S.A.
obteve lucro líquido de R$ 50.000,00 durante 2016 e distribuiu dividendos no valor de R$
10.000,00, a empresa Potiguar S.A., em 2016, reconheceu
(A) Receita de Equivalência Patrimonial no valor de R$ 20.000,00, em função de avaliar a
empresa Pernambucana S.A. pelo método de custo.
(B) Receita de Dividendos no valor de R$ 4.000,00, em função de avaliar a empresa
Pernambucana S.A. pelo método de custo.
(C) Receita de Equivalência Patrimonial no valor de R$ 16.000,00 e Receita de Dividendos no
valor de R$ 4.000,00, em função de avaliar a empresa Pernambucana S.A. pelo método da
equivalência patrimonial.
(D) Receita de Equivalência Patrimonial no valor de R$ 20.000,00, em função de avaliar a
empresa Pernambucana S.A. pelo método da equivalência patrimonial.
(E) Receita de Dividendos no valor de R$ 4.000,00, em função de avaliar a empresa
Pernambucana S.A. pelo método da equivalência patrimonial.
6. (ESAF/STN/Analista Contábil/2013)
Enunciado para a questão.
Em 31/12/x10, a Cia. LUA adquire 60% do Patrimônio Líquido da Cia. SOL assumindo o controle
da mesma, pagando a vista na operação R$ 1,8 milhões. Na mesma data, o Balanço Patrimonial
da empresa adquirida era composto pelos seguintes elementos patrimoniais:

Na mesma data, a avaliação a valor justo dos itens patrimoniais apontavam os valores a seguir:

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Com base nas informações fornecidas, pode-se afirmar que a realização da operação gerou:
A) compra vantajosa para a investidora de R$ 60.000.
B) apuração de ativo líquido no valor de R$ 3.600.000.
C) deságio no valor de R$ 600.000.
D) ágio por rentabilidade futura de R$ 360.000.
E) perda de capital no valor de R$ 360.000.
7. (ESAF/STN/Analista Contábil/2013)
Com base nos dados fornecidos, ao efetuar o registro da participação societária permanente
da Cia. Sol, a empresa investidora deve lançar a débito da conta de investimento um valor total
de:
A) R$ 3.600.000.
B) R$ 2.300.000.
C) R$ 1.860.000.
D) R$ 1.500.000.
E) R$ 600.000.
8. (ESAF/STN/Analista Contábil/2013)
A Cia. Iluminada participa com 4% do capital ordinário da Cia. Hércules. Nessa participação
societária permanente, a investidora não possuía influência significativa. Na ocasião da
aprovação das contas e distribuição do resultado da Cia. Hércules, também foi aprovada a
distribuição de R$ 500.000 a título de dividendos aos seus acionistas. A empresa investidora,
ante esse fato, deve registrar um débito:
A) em Resultado com Investimentos a crédito de Ganhos com Participações Societárias
Permanentes.
B) em Participações Societárias Permanentes a crédito de Receitas não Correntes -
Investimentos.
C) de Dividendos a Receber a crédito de Outras Receitas Operacionais - Dividendos e
Rendimentos de Outros Investimentos.
D) de Disponibilidades a crédito de Ganhos e Perdas com Participações Permanentes em
Outras Sociedades.
E) de Conta de Resultado a crédito de Resultados com Investimentos Permanentes em outras
Sociedades Coligadas.

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9. (ESAF/Receita Federal/Auditor/2009)
Em fevereiro de 2008 a empresa Calcedônia Minerais S.A. investiu R$ 350.000,00 em ações de
outras companhias, contabilizando a transação em seu ativo permanente. Desse investimento,
R$ 200.000,00 deverão ser avaliados por "Equivalência Patrimonial" e R$ 150.000,00, pelo
Método do Custo. Durante o exercício em questão, as empresas investidas obtiveram lucros
que elevaram seus patrimônios líquidos em 4%, tendo elas distribuído dividendos de tal ordem
que coube à Calcedônia o montante de R$ 6.000,00, sendo metade para os investimentos
avaliados por Equivalência Patrimonial e metade para os investimentos avaliados pelo método
do custo. Com base nessas informações, podemos afirmar que, no balanço patrimonial da
empresa Calcedônia Minerais S.A. relativo ao exercício de 2008, deverá constar contabilizado
um investimento no valor de
A) R$ 350.000,00.
B) R$ 355.000,00.
C) R$ 358.000,00.
D) R$ 361.000,00.
E) R$ 364.000,00.
10. (ESAF/STN/Analista Finanças e Controle/2008)
A empresa Alfa Beta S/A comprou 10 mil ações de Delta Ômega S/A ao custo unitário de R$
14,00, quando o valor patrimonial dessas ações era avaliado em apenas R$ 10,00. Entretanto,
em 31 de dezembro de 2007, a empresa Delta Ômega mostrou sua capacidade de negócios
apresentando um lucro líquido da ordem de 70% do capital, tendo dele distribuído, como
dividendos aos acionistas, o equivalente a 20% do capital social. As operações, na empresa Alfa
Beta, são avaliadas e contabilizadas pelo método da equivalência patrimonial. Em 15 de janeiro
de 2008, ao vender essas ações a R$ 15,00 por unidade, Alfa Beta terá computado um lucro
efetivo de
A) R$ 70.000,00.
B) R$ 50.000,00.
C) R$ 30.000,00.
D) R$ 10.000,00.
E) R$ 0,00.
11. (ESAF/SEFAZ-MG/Auditor Fiscal Receita Estadual/2005)
Duas empresas coligadas avaliam seus investimentos pelo método da equivalência patrimonial.
A primeira empresa tem
Ativo Não Circulante de R$ 500.000,00
Patrimônio Líquido de R$ 300.000,00

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Capital Social de R$ 100.000,00


A segunda empresa tem
Ativo Não Circulante de R$ 350.000,00
Patrimônio Líquido de R$ 300.000,00
Capital Social de R$ 150.000,00
A primeira empresa possui 25% do capital social da segunda. A segunda companhia teve lucro
de R$ 50.000,00 e distribuiu dividendos no valor de R$ 30.000,00.
Em consequência dos resultados e respectiva distribuição, ocorridos na segunda companhia, a
primeira empresa deverá contabilizar o aumento de
A) R$ 7.500,00 em receitas do período.
B) R$ 7.500,00 no ativo circulante.
C) R$ 7.500,00 no Ativo Não Circulante.
D) R$ 12.500,00 no ativo circulante.
E) R$ 12.500,00 no Ativo Não Circulante
12. (ESAF/SFR/Auditor Receita Federal/2003)
A Cia. ABC adquire 2% do total de ações da Cia. Lavandisca. Na ocasião da operação, o preço
acordado envolvia o valor das ações e dividendos adquiridos, relativos a saldos, de Reservas e
Lucros Acumulados, pré-existentes e ainda não distribuídos. No momento em que ocorrer o
efetivo pagamento dos dividendos referentes a esses itens, o tratamento contábil dado a esse
evento deverá ser:
A) creditar o valor correspondente a esse dividendo em conta de receita não operacional em
contrapartida do registro do ingresso do recurso no caixa.
B) ajustar o resultado do exercício e creditar o valor correspondente a esse dividendo em conta
de deságio em aquisição de investimentos permanentes em contrapartida do registro do
ingresso do recurso no caixa.
C) lançar o valor correspondente a esse dividendo a crédito da conta participação societária
em contrapartida do registro do ingresso do recurso no caixa.
D) registrar os dividendos recebidos como receita operacional em contrapartida ao lançamento
de débito na conta caixa.
E) considerar o valor recebido como receita não operacional e debitando em contrapartida da
conta ágio em investimentos societários.
13. (ESAF/MDIC/Analista Comércio Exterior/2002 - adaptada)
A empresa Investmuito S/A é possuidora do seguinte investimento em ações:
- 1.000 ações emitidas pela empresa Alfa;

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- 20.000 ações emitidas pela empresa Beta;


- 10.000 ações emitidas pela empresa Celta.
As ações foram adquiridas indistintamente a R$ 10,00 cada uma, sendo que as emitidas por
Alfa são investimentos temporários para revender; as de Beta caracterizam coligação acionária
avaliada por equivalência patrimonial; e as de Celta são investimentos permanentes, mas não
são relevantes.
No encerramento do exercício social as apurações dão conta de que as ações possuídas por
Investmuito S/A mantêm, igualmente, o valor de cotação de R$ 8,00 por ação e o valor
patrimonial unitário de R$ 12,00.
Com base nas informações acima, podemos dizer que, no balanço patrimonial de fim de
exercício, o valor contábil do investimento citado deverá ser de:
A) R$ 372.000,00
B) R$ 348.000,00
C) R$ 310.000,00
D) R$ 308.000,00
E) R$ 248.000,00
14. (ESAF/Auditor/SEFAZ/PI/2001/Adaptada)
A C A C B
ordinárias. O investimento fora adquirido por $ 5.000. O capital social e o patrimônio líquido
A $ 40.000 e $ 50.000; o capital social e o patrimônio líquido de
B C C A
C B A
A) $ 10.000
B) $ 8.000
C) $ 6.000
D) $ 5.000
E) $ 3.000
15. (ESAF/Niterói/Contador/1999)
Quando os investimentos de participação societária são avaliados pelo método da equivalência
patrimonial, os dividendos declarados pela investida serão considerados na investidora como
A) redução do investimento (ativo permanente)
B) aumento do resultado operacional
C) aumento do investimento (ativo permanente)
D) redução do resultado operacional

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E) aumento do resultado não operacional


16. (FCC/Contabilidade/TRE/PR/2017)
O valor contábil do Patrimônio Líquido da Lavanderia Molhada S.A., em 31 de dezembro de
2015, era R$ 120.000.000,00. A Lavanderia a Seco S.A. adquiriu, nesta data, 80% das ações com
direito a voto da Lavanderia Molhada S.A. pelo preço de R$ 120.000.000,00 e passou a deter o
seu controle. O valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis da Lavanderia Molhada
S.A. que foram adquiridos era, nesta data, R$ 135.000.000,00.
Os valores totais reconhecidos nas demonstrações individuais da empresa Lavanderia a Seco
S.A. foram, em reais:
(A) Investimentos = 96.000.000,00 e Intangíveis = 24.000.000,00.
(B) Investimentos = 108.000.000,00 e Intangíveis = 12.000.000,00.
(C) Investimentos = $120.000.000,00, apenas.
(D) Investimentos = 96.000.000,00 e Perda por compra desvantajosa = 24.000.000,00.
(E) Investimentos = 108.000.000,00 e Perda por compra desvantajosa =12.000.000,00.
17. (ESAF/Especialista em Regulação/ANAC/2016)
Avalie as seguintes proposições.
I. Ativos Intangíveis com vida útil indefinida estão sujeitos ao teste de recuperabilidade
(impairment test).
II. Ativos Intangíveis com vida útil definida estão sujeitos ao teste de recuperabilidade
(impairment test).
III. O "Goodwill" (ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura) gerado internamente
não deve ser reconhecido como um ativo.
Assinale a opção correta.
a) I e III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) Todas as proposições estão corretas.
e) Nenhuma proposição está correta.
18. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2014)
Com relação à Redução ao Valor Recuperável de Ativos, pode-se afirmar que:
A) a esta técnica estão sujeitos à aplicação desse processo todos os ativos sem qualquer tipo
de exceção.
B) é esse tipo de procedimento aplicável somente aos ativos intangíveis e aos ativos resultantes
de Contratos de Construção.

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C) apenas aos ativos resultantes de Contratos de Construção e aqueles sujeitos à aplicação do


valor justo como os ativos biológicos são passíveis da aplicação dessa redução.
D) tem como objetivo assegurar que os ativos não estejam registrados contabilmente por valor
maior do que o passível de ser recuperado por uso ou venda.
E) não é aplicada aos imobilizados em razão dos mesmos já estarem sujeitos à depreciação,
amortização ou a exaustão que cobrem possíveis divergências no valor de custo do ativo e o
seu valor recuperável.
19. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal/2012)
A empresa Highlith S.A. implantou nova unidade no norte do país. Os investimentos na
unidade foram de R$ 1.000.000,00, registrados no ativo imobilizado. No primeiro ano, a
empresa contabilizou um ajuste de perda de valor recuperável de R$ 15.000,00. No segundo
ano, o valor da unidade, caso fosse vendida para o concorrente e único interessado na
aquisição, seria de R$ 950.000,00. Ao analisar o valor do fluxo de caixa descontado da unidade,
apurou-se um valor de R$ 980.000,00. Dessa forma, deve o contador da empresa:
a) manter o valor do investimento, visto não haver perda de valor recuperável.
b) reconhecer um complemento de perda de valor recuperável de R$ 5.000,00.
c) reverter parte da perda de valor recuperável no valor de R$ 25.000,00.
d) registrar um complemento de perda de valor recuperável de R$ 15.000,00.
e) estornar o total da perda de valor recuperável de R$ 50.000,00.
20. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2013)
Não é um gasto atribuível ao custo do intangível gerado internamente:
a) materiais e serviços consumidos pelo ativo intangível.
b) gastos com treinamento de pessoal para operar o ativo intangível.
c) custos de benefícios a empregados, relacionado ao ativo intangível.
d) amortização de licenças utilizadas na geração do ativo intangível.
e) taxas de registro de direito legal.
21. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/STN/2013)
O valor desembolsado para o registro de uma nova patente deve ser reconhecido:
a) em despesas antecipadas.
b) como um intangível.
c) no ativo imobilizado.
d) em gasto de investimento.
e) na conta de outra despesa operacional.

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22. (FGV/Câmara de Caruaru/Analista Contabilidade /2015)


Em 01/01/2011, um banco comprou, por R$ 180.000,00, o direito de processar a folha de
pagamentos de uma empresa por seis anos. Em 31/12/2012, o banco constatou que os
funcionários da empresa não estavam utilizando os serviços do banco e verificou que poderia
ter retorno total de R$ 100.000,00 com a folha de pagamento nos anos remanescentes. Já em
31/12/2013, o banco realizou um novo estudo e verificou que, nos anos seguintes, poderia
obter retorno total de R$ 80.000,00. Em 31/12/2014, o valor contábil do direito era de
(A) R$ 50.000,00.
(B) R$ 53.333,00.
(C) R$ 60.000,00.
(D) R$ 75.000,00.
(E) R$ 83.333,00
23. (FGV/Analista Contábil/DPE/RO/2015)
A empresa de softwares Marcosoft S.A. adquiriu, pelo valor de $ 7.600.000,00, todos os
sistemas desenvolvidos por sua concorrente Sopa Ltda. O valor justo dos sistemas é de $
6.100.000,00. Nas demonstrações financeiras da Sopa era possível identificar que o custo para
desenvolver os sistemas correspondia ao valor líquido de $ 3.000.000,00.
Considerando as informações acima, a Marcosoft deve classificar essa aquisição da seguinte
forma:
a) $ 6.100.000,00 como investimento e $ 1.500.000,00 como goodwill;
b) $ 3.000.000,00 como intangível e $ 4.600.000,00 como goodwill;
c) $ 6.100.000,00 como investimento e $ 1.500.000,00 como despesa;
d) $ 3.000.000,00 como investimento e $ 4.600.000,00 como intangível;
e) $ 7.600.000,00 como intangível.
24. (FCC/TRT 19/Contabilidade/2014)
Determinada empresa iniciou um projeto de pesquisa e desenvolvimento de um novo
medicamento. Os gastos incorridos com a pesquisa e desenvolvimento deste novo produto,
nos anos de 2010 a 2013, são:
Ano Valor (R$)
2010 35.000
2011 50.000
2012 40.000
2013 70.000
Em 2010, o projeto estava na fase inicial de pesquisa. Em 2011, a empresa iniciou a fase de
desenvolvimento, mas ainda não conseguiu demonstrar como o ativo iria gerar benefícios

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econômicos futuros para a empresa. Em 2012, a empresa conseguiu demonstrar que havia
viabilidade técnica para concluir o projeto, mas ainda não conseguiu demonstrar que haveria
demanda para tornar o produto economicamente viável. No início de 2013, a empresa
conseguiu demonstrar que o produto é economicamente viável e concluiu o projeto, o qual
começará a ser produzido em larga escala em 2014.
Com base nestas informações, o valor do ativo apresentado no Balanço Patrimonial da empresa
em 2013, é, em reais, de
A) 195.000,00.
B) 160.000,00.
C) 110.000,00.
D) 70.000,00.
E) 125.000,00.
25. (FCC/Auditor de Controle Externo/TCM GO/2015)
A Cia. PAR possuía, em 31/12/2013, um ativo imobilizado para o qual as seguintes informações,
após o reconhecimento da despesa de depreciação para o ano de 2013, eram conhecidas:
Custo de aquisição R$ 700.000,00
D -R$ 300.000,00
(=) Valor contábil do ativo R$ 400.000,00
Nesta mesma data (31/12/2013) a Cia. realizou o Teste de Recuperabilidade do Ativo (teste
de impairment) e obteve as seguintes informações:
Valor em uso do ativo R$ 380.000,00
Valor justo líquido das despesas de venda R$ 350.000,00
Ao elaborar as Demonstrações Contábeis referentes ao ano de 2013, o valor contábil deste
ativo que a Cia. PAR evidenciou em seu Balanço Patrimonial de 31/12/2013 foi, em reais,
a) 400.000,00.
b) 380.000,00.
c) 350.000,00.
d) 700.000,00.
e) 370.000,00.
26. (FCC/CNMP/Controle Interno/2015)
Um equipamento foi adquirido por uma empresa pelo valor de R$ 1.000.000,00 e o pagamento
foi realizado à vista. A aquisição ocorreu em 30/06/2013, a empresa definiu sua vida útil em 5
anos e o valor líquido de venda do equipamento no final do 5º ano foi estimado em R$
400.000,00. A empresa adota o método das quotas constantes para o cálculo da despesa
mensal de depreciação, tendo em vista que o equipamento é utilizado 24 horas por dia,
ininterruptamente. Sabe-se, ainda, que para fins fiscais a vida útil é definida em 10 anos. No

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final de 2013 a empresa realizou o teste de recuperabilidade do custo (impairment) para o


equipamento, utilizando-se dos seguintes valores disponíveis em 31/12/2013:
Valor justo líquido das despesas de venda = R$ 930.000,00
Valor em uso = R$ 945.000,00
O valor contábil do equipamento evidenciado no Balanço Patrimonial de 31/12/2013 foi, em
reais,
a) 950.000,00.
b) 940.000,00.
c) 945.000,00.
d) 930.000,00.
e) 970.000,00.
27. (FCC/TCE CE/Auditor/2015)
Em 10/10/2009, uma empresa adquiriu uma marca pelo valor de R$ 14.000.000,00. Em
no valor
de R$ 4.000.000,00. Em 31//12/2014, a empresa realizou novamente o teste de
recuperabilidade para a mesma marca e obteve as seguintes informações:
Valor em uso da marca: R$ 10.800.000,00.
Valor justo líquido das despesas de venda da marca: R$ 9.400.000,00.
Como a marca apresenta naturalmente uma vida útil indefinida, a empresa, nas
Demonstrações Contábeis do ano de 2014, deveria
A) reconhecer, no resultado do ano de 2014, um ganho no valor de R$ 800.000,00 decorrente
da reversão da perda por desvalorização.
B) manter o valor contábil de R$ 10.000.000,00 no balanço patrimonial de 31/12/2014.
C) reconhecer uma perda por desvalorização no valor de R$ 600.000,00 no resultado do ano
de 2014.
D) reconhecer, no resultado do ano de 2014, um ganho no valor de R$ 4.000.000,00 decorrente
da reversão da perda por desvalorização.
E) reconhecer, no resultado do ano de 2014, uma perda por desvalorização no valor de R$
3.200.000,00.
28. (FGV/Contador/Caruaru/2015)
Em 01 de janeiro de 2012, um restaurante adquiriu uma moto, no valor de R$ 22.000,00, para
otimizar o serviço de entregas.
O restaurante pretendia utilizar a moto durante cinco anos e depois vendê-la por R$ 2.000,00.
No momento da compra, o sócio do restaurante estimava que, por meio das entregas, a moto
poderia trazer retorno de R$ 4.500,00 (a valor presente) em cada ano de uso.

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Em 31 de dezembro de 2012, o restaurante refez suas projeções, estimando que, em cada um


dos anos seguintes, os retornos trazidos pela moto seriam de R$ 2.750,00. Além disso, o valor
da moto no mercado era de R$ 9.000,00. Após os anos de uso, o restaurante não mais
pretendia ter retorno com a moto.
Considerando que, em 31 de dezembro de 2013, não havia indícios de perdas adicionais, o
valor contábil da moto era de:
a) R$ 7.000,00.
b) R$ 8.250,00.
c) R$ 11.250,00.
d) R$ 14.000,00.
e) R$ 15.250,00.
29. (FCC/Esp. Regulação/ARTESP/2017)
A empresa Encrenca & Cia. possuía alguns processos judiciais em andamento, cujas
informações estão apresentadas abaixo:

A empresa Encrenca & Cia. apresentou no Balanço Patrimonial de 31/12/2016, como Provisão,
em reais, de
(A) 270.000,00.
(B) 590.000,00.
(C) 500.000,00.
(D) 670.000,00.
(E) 320.000,00.
30. (FCC/Esp. Regulação/ARTESP/2017)
A empresa Encrenca & Cia. reconheceu, na Demonstração de Resultado de 2016, referente às
Provisões, um impacto
(A) positivo no valor de R$ 50.000,00.
(B) positivo no valor de R$ 280.000,00.
(C) negativo no valor de R$ 120.000,00.
(D) negativo no valor de R$ 40.000,00.
(E) negativo no valor de R$ 70.000,00.

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18 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO


1 D 16 C
2 A 17 D
3 B 18 D
4 D 19 B
5 D 20 B
6 A 21 B
7 C 22 B
8 C 23 E
9 B 24 D
10 C 25 B
11 B 26 B
12 C 27 A
13 B 28 B
14 C 29 A
15 A 30 E

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