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ESTADO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Educagio Diretoria de Gesto da Rede Estadual Edueacionais Geréncia de Modalidades, Programas ¢ Projetos io Circular n° 173/17 Florianépolis, 18 de julho de 2017. Senhor (a) Gerente Senhora Coordenadora Senhor Coordenador Geral do IEE A Secretaria de Estado da Educagdo, por meio da Geréncia de Modalidades, Programas Projetos, encaminha 0 documento intitulado INFORMACOES E ORIENTACOES SOBRE © RECONHECIMENTO INSTITUCIONAL DO NOME SOCIAL E SUA OPERACIONALIZACAO NAS UNIDADES ESCOLARES. Este documento foi elaborado a partir das solicitagées das Unidades Escolares de orientagao perante os marcos legais e as demandas do uso do NOME SOCIAL por estudantes travestis e transexu: Solicitamos o estudo deste documento no ambito das Geréncias Regionais, na Coordenadoria Regional da Grande Florianépolis, no IEE e posterior encaminhemento a todas as unidades escolares e Centros de Educagio de Jovens e Adultos ~ CEJAs, bem como, 0 acompanhamento da implementagdo das orientagdes que neste sfo referidas. Informamos que esse documento estara disponibilizado na pégina da SED, na rea Programas ¢ Projetos, no link da Politica de Educacto, PreveneSo, Atencio e Atendimento as Violéncias na Escola. Atenciosamente, Diretora Geréncias Regionais de Educagtio Coordenadoria Regional da Grande Floriandpolis, Instituto Estadual de Educagio DIGRICORDINerkon ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAGAO ‘Niicleo de Educagio e Prevengio as Violéncias na Escola/NEPRE- Coordenagiio DIPE/GEPEB Coordenagio da Educagio em Direitos Humanos e Diversidade DIGR/GEMPE INFORMAGOES E ORIENTACOES SOBRE 0 RECONHECIMENTO INSTITUCIONAL DO NOME SOCIAL DAS PESSOAS TRAVESTIS E TRANSEXUAIS E SUA OPERACIONALIZACAO NAS UNIDADES. ESCOLARES Em atengio as solicitagdes das Unidades Escolares, a Secretaria de Estado da Educagéio apresenta este material elaborado pelo Niicleo de Educagio, Prevengio, Atengo e Atendimento s Violéncias na Escola - NEPRE/SED e pela Coordenagio da Educagdio em Direitos Humanos e Diversidade — GEMPE/DIGR. Este documento visa 4 garantia do direito a educagio, com acesso e permanéncia as pessoas travestis ¢ transexuais, cuja identidade de género nfo seja reconhecida em diferentes espagos sociais, nos sistemas ¢ instituigdes de ensino. Com uma abordagem voltada & promogdo de uma cultura dos direitos humanos, entendemos que 0 uso ¢ a visibilidade do nome social, na unidade escolar, é 0 exercicio do reconhecimento do respeito & diversidade sexual. So muitas as barreiras que enfientam pessoas travestis e transexuais, no espago escolar “que comprometem a permanéncia e 0 aprendizado, tendo como principais causas, por um lado, a violéncia € a disctiminagdo sisteméticas ¢, por outro, 0 néo reconhecimento titucional de sua identidade de género”. (Nota Técnica n° 15/2015-CGDH/DPEDHUC/SECADI/MEC). Para fundamentar tal discussio, consideramos: * A Constituigao da Reptiblica Federativa do Brasil, de 1988, que estabelece em seu Art, 5° que “Todos sfo iguais perante a lei, sem distingéio de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pais a inviolabilidade do direito A vida, a liberdade, A igualdade, seguranga e a propriedade”. * A Resolugdo CEE/SC n° 48 de 5/07/2016 que “Dispée sobre a inelustio do nome social de travestis e transexuais nos registros escolares intemos e dé outras providéncias”. * A Resolugdo CNE N° 1, de 30/05/2012 que “Estabelece Diretrizes Nacionais para a Educagao em Direitos Humanos”. * A Resolugdo n° 12/CNCD/LGBT, de 16/01/2015 que “estabelece parametros para a garantia de acesso e permanéncia de pessoas travestis e transexuais ¢ a todas aquelas cuja identidade de género ndo seja reconhecida em diferentes espagos sociais, nos sistemas e instituig6es de ensino”, * A Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina: Educagao Infantil, Ensino Fundamental e Médio: Temas Multidisciplinares (1998), documento Educago Sexual. * A Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina (2014) e seu entendimento acerca da Diversidade como Princ{pio Formativo na Educagio Basica. * A Politica de Educac&o, Prevengao, Atengiio e Atendimento as Violéncias na Escola (2011), da SED/SC. Considerando os documentos oficiais acima descritos, entendemos a necessidade de orientar as Unidades Escolares, sobre 0 uso do nome social dos/as estudantes travestis ¢ transexuais. 1. O USO DO NOME SOCIAL. A SED/SC regulamenta 0 uso do NOME SOCIAL! nas suas Unidades Escolares, com as seguintes providéncias: A. campo no SISGESC para a inclusio do nome social de estudantes travestis” ¢ transexuais? concomitantemente ao seu nome civil, nos documentos estudantis de USO INTERNO da escola, de acordo com o que estabelece a Resolugdo CEE/SC N° 048, de 05 de julho de 2016. " Entende-se por Nome Social, como sendo aquele adotado pela pessoa e/ou conhecido ¢ identificado na comunidad (Art. 3° da Resoluso do CEE/SC N° 048, de 05 de julho de 2016). Nome pelo qual as travestis ¢ pessoas transexuais se identifieam e preferem ser identificadas, enquanto o seu registro civil no ¢ adequado a sua identidade e expressdo de género. (Orientagtes sobre a populaZo transgénero: sconceitos ¢ termos / Jaqueline Gomes de Jesus. Brasilia: Autor, 2012). O ENEM vem utilizando desde 2014. _http:/orasil gov br/educacao/2017/05travestis-c-transexuais-ja-podem-solicitar-uso-

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