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FACULDADE ANHANGUERA EAD POLO PORTO SEGURO

LAURINDO XAVIER DA SILVA DA SILVIA NETO


LIDIANE SILVA DOS SANTOS
RAFAELLA OLIVEIRA SANTOS SILVA
SORAIA DE JESUS DIAS

“SOCIEDADE, RACISMO E
DISCRIMINAÇÃO EM TEMPOS ATUAIS”.

Porto Seguro
2019
LAURINDO XAVIER DA SILVA DA SILVIA NETO
LIDIANE SILVA DOS SANTOS
RAFAELLA OLIVEIRA SANTOS SILVA
SORAIA DE JESUS DIAS

“SOCIEDADE, RACISMO E
DISCRIMINAÇÃO EM TEMPOS ATUAIS”.

Trabalho de Produção textual apresentado à


Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção de
média semestral na disciplina de Sociologia; Ética,
Política e Sociedade; Filosofia; Psicologia Social;
Seminário Interdisciplinar II; Educação à Distância; ED –
Interpretação de Texto

Orientador: Altair Ferraz Neto; José Adir Lins Machado; José


Matias dos Santos Filho; Juliana Chueire Lyra; Ana Carolina
Tavares de Mello; Valquíria Aparecida Dias Caprioli

Porto Seguro
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO.......................................................................................4
2.1 MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO DE KARL MARX, SOBRE
QUAIS AS ORIGENS DO RACISMO NO BRASIL......................................................4
2.2 A INCOERÊNCIA INTELECTIVA DO TRATAMENTO DESIGUAL COM
BASE NA DIFERENÇA RACIAL..................................................................................5
2.3 RACISMO INSTITUCIONAL.............................................................................. 6
2.4 A CONSTANTE DESVALORIZAÇÃO DA CULTURA, DOS VALORES E DA
IDENTIDADE DA POPULAÇÃO NEGRA PODE INFLUENCIAR NA SUA
SUBJETIVIDADE..........................................................................................................7
3 CONCLUSÃO.....................................................................................................9
4 REFERÊNCIAS................................................................................................10
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1 INTRODUÇÃO

O assunto discutido nesse presente trabalho tem como objetivo trazer


a opinião pensada á respeito de raça que percorre séculos, permanecendo no
imaginário dos seres humanos e sendo utilizada nas relações entre os indivíduos e
povos a partir de diversos modos de pensar ou propósito. A palavra raça entrou na
língua inglesa no começo do século XVI, sendo que as mudanças no seu uso
refletem a compreensão popular das diversidades físicas e culturais.
Depreender as desigualdades raciais envolve colocar em debate
uma produção de informações sobre cor ou raça, os quais ajudam a iluminar as
desigualdades entre o que se convencionou classificar de brancos, negros, amarelos
e indígenas.
Antes de tudo, raça é um artifício teórico. Reconhecer seus
regulamentos e entender que a noção de raça foi historicamente adotada como
ferramenta de exclusão de povos e culturas, mobilizada por setores da elite para
justificar ações escravistas. Com a emergência dos movimentos sociais, a raça foi
retomada como um apetrecho de luta política. Falar de raça nos tempos atuais não
significa rememorar sua histórica e infeliz definição e sim fazer conhecida sua
importância como notoriedade crítica para iluminar desigualdades, valorizando
identidades, enfrentando o racismo e promovendo transformações na sociedade.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO DE KARL


MARX, SOBRE QUAIS AS ORIGENS DO RACISMO NO BRASIL.

Durante o período de 1818 a 1833 a teoria do materialismo


histórico foi elaborada por Karl Marx e Friedrich Engels. Com essa teoria materialista
da história chega-se a conclusão que os meios de produção de materiais são
primordiais para o vínculo entre as pessoas e, por conseguinte para o
desenvolvimento da sociedade e da história.
A evolução histórica do Brasil é pautada na escravidão, que não só
atingiu a cultura, mas também a psicologia, a economia e a sociedade, no seu
âmbito intrínseco, mas marcou profundamente o desenvolvimento socioeconômico e
cultural do Brasil pós-escravidão.
Marx e Engels acreditavam em seres humanos que se compõem por meio de sua
junção com a natureza e entre si, permeado pelo trabalho e não em uma
humanidade com predileções morais congênitas. Marx usa de intensa ironia o que é
uma característica em toda a sua obra, para examinar o procedimento de
aglomeração de capital e as argumentações desacreditadas dos europeus.
A escravidão e depois as construções dos mitos raciais no Brasil
fazem parte do conjunto da predominância e proveito fortalecido pelo racismo.
Nosso empenho é banalizar essa política e essa manifestação que no fundo não
remetem o racismo como ação do capital, mas apenas fortalecem a ideia de um país
que pode erguer terminantemente o equilíbrio entre as raças e com isso fortificam,
retém e dissimulam a expansão do abuso capitalista.
O crucial para o trabalhador negro não será a guerra contra o
capitalismo e o racismo de forma simultânea, mas a obtenção de avanços das
condições sociais e formação da identidade étnico-racial.
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2.2 A INCOERÊNCIA INTELECTIVA DO TRATAMENTO


DESIGUAL COM BASE NA DIFERENÇA RACIAL

O racismo e a discriminação é uma ferida aberta na sociedade


humana. Mesmo depois de mais de um século da abolição a população negra ainda
permanece na extremidade quando o assunto é prestigio.
Ainda existe um vinculo de exclusão baseado na cor da pele muito
presente no ambiente de trabalho, no cotidiano, nas universidades e escolas.
Entender como o racismo e a discriminação atua na sociedade e como superá-lo é,
acarear uma chaga que ainda marca o país.
Mesmo com a lei conferindo liberdade jurídica aos escravos, estes
nunca foram incorporados na economia. No inicio do século XX a mestiçagem da
população criou raízes profundas na sociedade brasileira. E com isso os negros
abandonaram a sua cultura substituindo por valores brancos, os que o fazem vitimas
do racismo e da discriminação.
A discriminação acontece quando há um comportamento que se
opõe diante de uma específica característica. Essa discriminação pode ser por conta
de sua raça, do seu gênero, de uma orientação sexual, nacionalidade, religião ou até
mesmo situação social. Mas a discriminação ocorre com maior frequência contra a
raça negra e com mais precisão relacionado aos negros pobres e tornando-se uma
agravante contra mulheres, criança e idosos.
Sabemos que existe uma totalidade das leis que combatem a
discriminação e o racismo. Faz necessário aquele que são discriminados que
tenham consciência da discriminação que sofrerá e reajam de forma coerente contra
aqueles que os discriminaram, denunciando-os a justiça.
Nesse dispositivo constitucional está inserido o princípio da isonomia
que significa que todos (brasileiros e estrangeiros, brancos e negros, adultos, idosos
e crianças, homens e mulheres, ricos e pobres,) são iguais perante a Lei, sem
qualquer distinção.

“Compreendemos agora que a variação empírica da cultura é contínua, e


não pode ser claramente dividida em conjuntos integrados e separáveis. Em
qualquer 41 população observável, a cultura está em fluxo, em contradição
e incoerência, além de diferencialmente distribuída por pessoas em
posições variadas. [...] Assim para saber o que é uma identidade étnica
particular, o antropólogo deve atentar para as experiências através das
quais ela se forma – não é suficiente, como se pensava com um conceito
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mais simples de cultura, fazer um inventário homogeneizante de suas


manifestações”. (Barth 1994:14)

2.3 RACISMO INSTITUCIONAL

Não podemos confundir racismo institucional com injúria racial ou


preconceito racial. Um ato silencioso que distingui as raças, é principalmente o trato
atípico entre raças interna em organizações, grupos, empresas. Popularmente
falando, e conhecendo o problema existente entre brancos e negros, é discorrer o
branco de uma forma e o negro de outra. É fazer uma opção pelo prejuízo do outro,
ou preferir oferecer tratamentos diferenciados onde seja privilegiado um grupo
determinado do outro, sem respaldo legal.
O Brasil progrediu em muitas áreas do conhecimento, todavia, o
preconceito ainda é tão presente nas relações cotidianas o que não contribui para
uma convivência justa e harmoniosa construindo uma subdivisão dentro da
sociedade. Neste âmbito, a discriminação se revela ainda mais evidente quando a
mulher em questão é negra e ainda pode ter como agravante a aparência feia e
descuidada, considerado com que o padrão de beleza mais aceito no Brasil é o
europeu.
Neste contexto, o racismo e o preconceito são problemas reais no
país. Sem falar na remuneração dessas mulheres que tem um diferencial de valores.
São tratadas como invisíveis socialmente e consideradas como incapazes de
praticar atividades que exijam algum grau de intelectualidade nas instituições.
De forma propícia é possível afirmar que a noção de preconceito se
refere a um julgamento prévio, injusto e negativo em relação a um grupo ou a
determinada pessoa sem, muitas vezes, nem ao menos conhecê-la ou oportunizar
experiências que revelem potencialidades. A discriminação é uma atitude de
segregar baseada no preconceito. Tanto o preconceito quanto a discriminação são
práticas reiteradas sobre a mulher.
Se ao mesmo tempo que o racismo institucional é a prova
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incontestável do prejulgamento disseminado, também o seu confronto é o caminho


de acesso a uma igualdade entre raças: não aquela simplesmente formal, mas com
negros e brancos dividindo o mesmo espaço sem nenhuma condecoração.

2.4 A CONSTANTE DESVALORIZAÇÃO DA CULTURA, DOS


VALORES E DA IDENTIDADE DA POPULAÇÃO NEGRA PODE INFLUENCIAR
NA SUA SUBJETIVIDADE.

Alguns estudos apontam que o preconceito racial está ligado há


algumas doenças, como de ser uma das causas da depressão, de ansiedade e de
outros problemas de saúde conectados também a doenças cardiovasculares em
pessoas vítimas de racismos. Além dos diversos problemas sociais.
Esse pensamento ideológico do racismo, da discriminação nos
instila em desumanizar, perder a essência do privilégio do outro. Este modelo de
ideologia manifesta-se no negro com relação no que forma o seu sujeito sua
imagem, o que é de acordo com regras e normas desvalorizadas.
O indivíduo branco foi definido com forma padrão do povo brasileiro.
O arquétipo do embranquecimento conserva-se na imaginação dos brasileiros, que
produz variadas consequências à construção do próprio indivíduo. As pessoas que
são descendentes de negros, esse ideal de branqueamento se apresenta de várias
formas. Na falsificação da realidade da estética, na dita “boa aparência”.
Os brancos buscam reforçar seu padrão de beleza alicerçados no
padrão de beleza europeu ( nariz afilado, olhos claros, cabelos lisos e claros etc.).
tudo está retratado na Europa e nos Estados Unidos, a medida que a África é
apresentada como extremamente pobre; sem recursos financeiros, dinheiro ou bens
materiais, miserável. E é nessa oposição que o racismo vai se introduzir.
O negro é associado ao primitivismo, à superstição e a desprovisão
de regras. Foi-se solidificando então a ideia de que ser branco é ser “bom”, é ser
“humano”, e ser negro é ser “ruim”, é ser “inferior”. Parece, portanto, “natural” que os
brancos dominem os negros, segundo a lógica de que os “mais fortes dominam os
mais fracos”. Essas afrontas e desonras do cotidiano produzem marcas no negro,
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com essa negação de sistema do brasileiro relacionado ao racismo, esse indivíduo


tem sofrido algumas modificações em sua forma de ver a situação real se
questionando se tudo o que ele vive relacionado ao preconceito é realidade ou
imaginação.

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3 CONCLUSÃO

Em vista dos argumentos apresentados é fato de que os desafios


são grandes, e que a desconstrução da ideologia racista é um ofício que atravessa
muitas gerações. Por isso, não podemos adiar, mas sim, explorar as oportunidades
que nos permitem o combater o racismo e a discriminação.
Consideramos que a consciência é construída historicamente, ou
seja, que a visão de si e de mundo que cada homem possui é elaborada por meio
das circunstâncias concretas de sua vida cotidiana (MARX e ENGELS, 2006).
No Brasil, o racismo é manifesto, por exemplo, por meio de atitudes
externamente afetuosas. Sabemos que o combate ao racismo não é tarefa fácil,
sobretudo, porque envolve elementos complexos, como a sua própria negação, por
meio da afirmação de que vivemos numa sociedade harmoniosa, incitando nos
indivíduos uma certa designação comum a várias psicoses. A mudança de ajuste do
negro inferior para o negro como indivíduo histórico requer que, além da criação de
leis e ações em vários âmbitos, exista, portanto um trabalho psíquico e ações
palpáveis de toda a sociedade. Todas essas práticas de discriminação contra negros
e pardos estão alicerçadas no passado de escravidão. Que não mais a raça seja
adotada como uma ferramenta de exclusão de povos, mas sim de se fazer
conhecida a sua importância como uma crítica tornando claro suas desigualdades,
valorizando a sua identidade e promovendo transformações na sociedade.

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4 REFERÊNCIAS

DIAS, Hertz (2010). Teoria marxista e ideologia da negritude: encontros e


desencontros. Universidade e Sociedade, n. 46, Brasília, ANDES-SN.

Resgatando a minha bisavó: discriminação racial no trabalho e resistência na voz


dos trabalhadores negros. Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade
Católica. São Paulo: 1992,

LEFEBVRE, Henri. MARXISMO. Rio de Janeiro: L&PM, 2016.

TELLES, Edward. Racismo à brasileira: uma nova perspectiva sociológica. Rio de


Janeiro: Relume Dumará, 2003.

THOMAZ, Keith. O homem e o mundo natural. São Paulo: Companhia das Letras:
1988

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