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posterior:
diagnóstico e tratamento
ortopédico precoce
Omar Gabriel da Silva Filho
Tulio Silva Lara
Introdução
Há um consenso universal, entre os ortodontistas, de que a maloclusão não se estabelece na
dentadura permanente. Via de regra, ela evolui com o desenvolvimento da oclusão a partir
da dentadura decídua ou mista, o que justifica sua alta incidência nos três estágios do
desenvolvimento da oclusão, dentaduras decídua, mista e permanente.
Por outro lado, o ortodontista não deve perder de vista que, em regra, a época de tratar não
constitui o único determinante do prognóstico de tratamento, e que para algumas maloclu-
sões, o tratar cedo reverte em mais tratamento.
Esses conceitos abrandam o anseio de tratar cedo todas as maloclusões e apontam para a
necessidade de estabelecer protocolos de tratamento precoce, pensando na relação custo-
benefício a longo prazo. A mordida cruzada posterior merece correção precoce, entre outras
razões, pela influência positiva no desenvolvimento da oclusão.
A mordida cruzada posterior reflete a redução quase sempre simétrica nas dimensões trans-
versais do arco dentário superior, conferindo-lhe uma morfologia mais triangular, sem com-
pensação transversal do arco dentário inferior. A desproporcionalidade entre as dimensões
transversais superior e inferior cria uma relação de mordida dupla, uma em relação cêntrica,
instável e desconfortável, e outra em máxima intercuspidação habitual e confortável.
A meta terapêutica defendida pelos autores visa à expansão da maxila para adequação
morfológica do arco dentário superior, a partir da dentadura decídua.
Objetivos
Após a leitura deste capítulo, o leitor poderá:
conhecer a etiologia e a epidemiologia da mordida cruzada posterior;
Análise oclusal
Sendo morfologista, o ortodontista lança mão de critérios morfológicos para o meticuloso
exercício do diagnóstico em ortodontia. Do ponto de vista clínico, duas referências morfoló-
gicas conduzem o diagnóstico: a análise oclusal e a análise facial.
A análise oclusal compreende a leitura da oclusão pela relação que os dentes guardam entre
si, no mesmo arco (análise intra-arco) e entre os arcos antagônicos (análise interarcos).
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Figura 1 – Três condições caracterizam normalidade oclusal nas dentaduras decídua, mista e permanente. São
elas: relação interarcos de classe I (A, C, F, H, K e M), trespasses horizontal e vertical positivos (B, G e L), arco
dentário superior envolvendo por completo o arco dentário inferior (A, B, C, F, G, H, K, L e M). Consideran-
do a relação intra-arco, os arcos dentários superior e inferior devem manter dimensões compatíveis entre si
e morfologia variando de circular à parabólica (D, E, I, J, N e O). Deve haver compatibilidade entre a massa
dentária e o perímetro do arco alveolar.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Definidos os critérios que norteiam a normalidade da oclusão, fica fácil reconhecer a presença
da maloclusão, visto que a mesma corresponde ao desvio morfológico de uma ou mais dessas
características de normalidade. É fato comprovado na literatura que a maloclusão está presente
em porcentagem considerável desde a dentadura decídua.1-8
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Uma vez diagnosticada a mordida cruzada posterior, sobretudo a unilateral de todo o seg-
mento posterior, o diagnóstico é completado com a análise facial, buscando avaliar a vista
frontal da face. A mordida cruzada posterior, relatada no presente capítulo, refere-se ao
problema transversal localizado na maxila, portanto com simetria facial, e não às mordidas
cruzadas resultantes de assimetrias faciais decorrentes de defeitos congênitos ou crescimento
assimétrico da mandíbula.
As mordidas cruzadas do segmento posterior, que não estão associadas com assimetria facial,
caracterizam-se por uma relação interarcos invertida no sentido transversal, em conseqüência
da atresia do arco dentário superior. Dependendo da magnitude da atresia, a mordida cruza-
da posterior varia desde o cruzamento de um único dente, passando pela mordida cruzada
posterior, unilateral e bilateral, até a mordida cruzada total.
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Figura 3 – A, B, C, D, E, F e G)) Mordida cruzada posterior restrita aos primeiros molares permanentes. H, I,
J, K e L) Mordida cruzada posterior unilateral. M, N, O, P e Q) Mordida cruzada posterior bilateral. R, S, T, U
e V) Mordida cruzada posterior associada à mordida cruzada anterior.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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Embora a telerradiografia póstero-anterior possa ser utilizada para esse fim, prefere-se fazer o
diagnóstico estrutural da atresia a partir da análise intra-arco superior. Parece óbvio que,
para a elaboração de um planejamento lógico, faz-se necessário diferenciar se o problema é
dentoalveolar ou esquelético.
Na mordida cruzada posterior, é mais comum que o arco dentário inferior se apresente com as
dimensões transversais normais. Por isso funciona como referência de normalidade, o que facilita
o diagnóstico, bem como quantifica o tratamento para correção do arco dentário superior.
Na mordida cruzada posterior, a meta terapêutica consiste em alargar o arco dentário superior,
podendo ser realizado nos três estágios do desenvolvimento da oclusão (dentadura decídua,
mista e permanente), a partir dos cinco anos de idade. A adequação morfológica do arco
dentário superior tem como objetivo o ajuste do arco dentário superior ao arco dentário
inferior.
Nessa circunstância, o arco dentário inferior constitui referência de normalidade para o diag-
nóstico e quantificação do tratamento do problema transversal superior. Esse preceito implica
que o ortodontista, ao planejar o tratamento da mordida cruzada posterior, deve ter a disciplina
de não mexer no que está normal, ou seja, deve respeitar o arco dentário inferior.
A mecânica transversal superior e inferior para correção da atresia, em ambos os arcos den-
tários, está indicada a partir da dentadura mista quando houver apinhamento de caráter
ambiental, como descrito no capítulo “Apinhamento: diagnóstico e tratamento na dentadura
mista”, no módulo 3 do ciclo 1 do programa PRO-ODONTO/ORTODONTIA.
Nesse tipo de apinhamento, ocorre uma discrepância entre a massa dentária e a morfologia
do arco alveolar e, por isso, os arcos devem ser expandidos (Figuras 5A, B, C, D, E, F, G, H,
I, J, K L e M).
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Resposta no final do capítulo
8. De acordo com a magnitude da atresia do arco superior, explique como pode ser a mor-
dida cruzada posterior.
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Resposta no final do capítulo
Etiologia
A etiologia da atresia maxilar é variável e nem sempre de fácil identificação. Pode ser congê-
nita, com participação da hereditariedade, mas, provavelmente, guarda vínculo forte com os
hábitos bucais infantis (Figura 6 e Figuras 7A, B, C, D, E, F, G, H, I e J),10,11 pressionamento
lingual atípico, além da respiração bucal.12-15
A estatística resumida no gráfico da Figura 6 faz alusão à forte influência dos hábitos bucais
deletérios nas dimensões transversais do arco dentário superior. Os hábitos de sucção foram
associados com distância intercaninos inferiores aumentada, distância intercaninos superiores
reduzida e aumento da incidência de mordida cruzada posterior.16
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Resposta no final do capítulo
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Resposta no final do capítulo
lado esquerdo;
mordida aberta anterior associada à mordida cruzada posterior (6,99%);
11. Qual(is) o(s) fator(es) etiológico(s) que pode(m) estar relacionado(s) à atresia maxilar?
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Resposta no final do capítulo
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Quando em MIH, de um lado tem-se uma relação transversal normal e do outro uma relação
transversal invertida, com desvio da linha média inferior para o lado da mordida cruzada20,22 e
com possibilidade de manifestação de uma relação de classe II do lado da mordida cruzada.29
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Essa relação interarcos não tem estabilidade do ponto de vista oclusal, pois o que dá estabilidade
e conforto oclusal são os pontos de contato posteriores. Esse tipo de maloclusão é considerado
pelos ortodontistas como uma maloclusão funcional, pois apresenta-se com um desvio lateral
da mandíbula e, por isso, recebe, na literatura, a denominação de mordida cruzada posterior
unilateral funcional. Isso significa que a mordida cruzada posterior manifesta-se unilateralmente
em máxima intercuspidação, como reflexo de uma atresia simétrica do arco dentário superior.
Em artigo recente,37 não foi encontrada correlação significativa entre a mordida cruzada
posterior unilateral e o deslocamento do disco articular com redução, levando a concluir que
a mordida cruzada posterior unilateral não constitui fator de risco para a articulação tempo-
romandibular (ATM), pelo menos em adolescentes.
Nos desvios laterais, o côndilo desloca-se em direção lateral, anterior e inferior no lado normal
e medial, posterior e superior no lado da mordida cruzada. Isso passaria a ser uma das justifi-
cativas para o tratamento precoce da mordida cruzada posterior. O tratamento da atresia do
arco dentário superior devolve ao paciente uma oclusão cêntrica e a concentricidade condilar
nas fossas articulares. A posição concêntrica dos côndilos nas fossas articulares passa a ser
uma meta terapêutica.27,34-36,38,39
Em regra, as assimetrias faciais são atribuídas aos desvios de crescimento mandibular, não
sendo causadas por interferências oclusais. A assimetria facial costuma vir acompanhada de
mordida cruzada posterior, mas, nesse caso, o problema não está no arco superior; mas na
assimetria mandibular causada pelo crescimento condilar assimétrico.
14. Como pode ser feito o diagnóstico de uma mordida cruzada posterior unilateral funcio-
nal?
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Resposta no final do capítulo
16. A mordida cruzada posterior funcional pode levar a uma assimetria facial perceptível
clinicamente? Justifique.
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Resposta no final do capítulo
Abordagem terapêutica
A mordida cruzada posterior comporta-se como as demais maloclusões, ou seja, não se au-
tocorrige. Manifesta-se precocemente, quase sempre desde a dentadura decídua. Os dentes
posteriores mantém a relação interarcos invertida ao longo do desenvolvimento da oclusão,
quando a mordida cruzada posterior não é tratada.
A literatura reúne inúmeros aparelhos e condutas com intenção de corrigir a mordida cruzada
posterior. Menciona-se, até mesmo, a correção da mordida cruzada posterior unilateral fun-
O desgaste seletivo (ajuste oclusal) na cúspide dos caninos decíduos suprime a interferência em
cêntrica, eliminando o desvio funcional da mandíbula. Menciona-se na literatura que a elimina-
ção das interferências oclusais em cêntrica (ajuste oclusal) pode ter impacto quando realizada
até os cinco anos de idade, com percentual de sucesso que varia entre 27 a 64%.9,20,42
A filosofia adotada neste capítulo, e que comunga com a filosofia do curso de ortodontia
preventiva e interceptiva da PROFIS, em Bauru-SP, não admite o desgaste de dentes decí-
duos na dentadura decídua e mista. Acredita-se que o ajuste oclusal dos caninos decíduos
corrige a conseqüência da atresia do arco dentário superior, mas não retifica a morfologia
do arco. A conduta defendida no presente capítulo consiste na correção da morfologia do
arco dentário superior, ou seja, tratar a origem e não a conseqüência do problema (Figuras
11A, B, C e D).
A B C
Na correção da mordida cruzada posterior, duas variáveis importantes têm relação direta com
a efetividade do tratamento. São elas:
a retenção do aparelho na boca, se fixo ou removível;
relho ortopédico).
A posição vestibulolingual dos dentes posteriores define a forma de tratar o problema trans-
versal: inclinando dentes para vestibular ou mantendo a inclinação vestibulolingual original
(Figuras 12A, B, C e D).
17. Explique o esquema ilustrado na Figura 12, tendo em vista a inclinação vestibulolingual
dos dentes posteriores como determinante da abordagem terapêutica.
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Resposta no final do capítulo
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Figura 13 – L e M) O diastema entre os incisivos centrais superiores que se abre durante a fase ativa da ex-
pansão, fecha-se, espontaneamente, durante a fase de contenção do processo. N e O) O efeito esperado é a
abertura da sutura palatina mediana, o que foi confirmado nas imagens de tomografia computadorizada pré- e
pós-expansão imediata. P, Q, R, S, T, U e V) Na fase de contenção, a sutura palatina mediana se restabelece,
e a coroa dos incisivos centrais superiores retorna à sua posição pré-expansão. A mudança da morfologia do
arco dentário superior para uma conformação mais parabólica, compatível com a morfologia do arco dentário
inferior, permite um ajuste correto na relação interarcos.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Figura – 14 a 57) Correção da mordida cruzada posterior unilateral na dentadura mista (primeiro período transitório)
usando mecânica ortopédica transversal com o aparelho expansor fixo tipo Haas (ancoragem dentomucossuportada).
É possível diagnosticar o efeito da expansão maxilar na relação intra-arco e interarcos nos momentos: pré-expansão,
fase ativa da expansão rápida da maxila, fase passiva da expansão rápida da maxila, fase de contenção pós-expansão
rápida da maxila com uma placa palatina removível. No segundo período transitório da dentadura mista, já sem a
contenção removível, as características de normalidade resgatadas com a expansão maxilar estão sendo mantidas.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
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18. Qual foi o aparelho utilizado nos três casos clínicos para a correção da atresia do arco
dentário superior? E no que consiste sua ancoragem?
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Resposta no final do capítulo
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Resposta no final do capítulo
20. Qual o principal efeito esperado dessa abordagem terapêutica e até qual idade dentária
pode ser instituída?
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Resposta no final do capítulo
21. Descreva a questão básica para o planejamento do tratamento da atresia do arco dentário
superior.
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22. Quais são as variáveis que apresentam relação direta com a efetividade do tratamento
da mordida cruzada posterior unilateral?
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Resposta no final do capítulo
É flagrante e convincente o efeito causado pela expansão rápida da maxila na sutura pa-
latina mediana, na série de radiografias oclusais de maxila ilustradas nas Figuras 60A, B,
C, D, E e F.
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Figura 60 – A) As radiografias oclusais de maxila revelam o que acontece com a sutura palatina mediana ao
longo do procedimento de expansão rápida da maxila: pré-expansão. B) Pós-expansão imediata com ruptura da
sutura. C, D, E e F) Neoformação óssea na fase de contenção, com o aparelho expansor mantido em posição
e sutura reorganizada na época de remoção do aparelho expansor.
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
Mas é inevitável destacar que foi a partir do início da década de 1960, que o emprego da
expansão rápida da maxila popularizou-se quando o ortodontista americano Haas,53,54 em suas
publicações clássicas, reafirmou que a sutura palatina mediana pode ser aberta em magnitude
suficiente para causar o aumento nas dimensões transversas do arco dentário superior e da
cavidade nasal, sem iatrogenias irreversíveis.53-57
A expansão ortopédica promove rotação em cunha das metades maxilares, tanto na vista
frontal como transversal, repercutindo em uma maior amplitude de expansão na região anterior
e inferior. Em norma frontal, as metades maxilares são separadas de forma triangular, com
abertura máxima ao nível do próstio e dimensões progressivamente decrescentes em direção
à espinha nasal anterior e à cavidade nasal.58 No sentido transversal, as metades maxilares
também são separadas de forma triangular e com maior abertura na espinha nasal anterior
(Figuras 61A, B, C, D, E, F e G).59
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Embora a maxila se articule com a base do crânio, o efeito ortopédico da expansão rápida
da maxila é previsível, pelo menos até o final da adolescência. Os ossos maxilares afastam-
se com a ruptura da sutura palatina mediana, promovendo uma movimentação lateral das
metades maxilares. A conseqüência é o aumento da base óssea maxilar que muda as relações
intra-arco e interarcos.
O aparelho expansor fixo tipo Haas representa o aparelho expansor com ancoragem
máxima. O epíteto dentomucossuportado encaixa-se à perfeição no apoio do aparelho
(em dentes e na mucosa palatina). Possui uma estrutura metálica soldada nas bandas
e que se apóia em dentes, com fio de aço de 1,2mm de espessura e uma estrutura
de resina acrílica justaposta à mucosa palatina (Figuras 62A, B, C, D, E e F).
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Esgotada a fase de ativação do parafuso expansor, tem início a chamada fase passiva, que
compreende a contenção da expansão com o próprio aparelho expansor. Essa fase dura até
a completa ossificação da sutura palatina mediana (ver Figuras 60A- F) na dentadura decídua
e mista, em torno de seis meses, a depender da variação individual.
Depois de removido o aparelho expansor, ainda é prudente a instalação de uma placa pala-
tina removível de contenção com grampos de retenção, por mais seis meses, para garantir a
estabilidade da expansão conseguida (ver Figuras 14 a 57).
procura para eliminação dos prováveis fatores etiológicos relacionados com a atresia
Quando utilizado na dentadura decídua, os dentes de escolha para a cimentação das bandas
são os segundos molares, como pôde ser visualizado nas Figuras 13A-V. Nos primeiros molares
e caninos, as barras de conexão do aparelho são coladas com resina composta ou cimento
ionomérico. A porção de acrílico fica em contato com a mucosa palatina.
Na dentadura mista, as bandas são adaptadas e cimentadas nos segundos molares decíduos,
e uma barra de extensão soldada por palatino inclui, também, os primeiros molares perma-
nentes na mecânica (ver Figuras 14 a 57 e Figuras 62A-F).
Na dentadura permanente, somente os primeiros molares podem ser bandados ou, prefe-
rencialmente, também os pré-molares, garantindo uma maior retenção do aparelho e maior
ancoragem (Figuras 64A e B).
A B
Figura 64 – Aparelho expansor fixo tipo Haas instalado em dois pacientes na dentadura permanente jovem,
com bandas somente nos primeiros molares (A) e nos primeiros molares e primeiros pré-molares (B).
Fonte: Arquivo de imagens dos autores.
A imagem da sutura palatina mediana é comprometida pelo limite sagital do filme radiográ-
fico, que não permite sua visualização em toda sua extensão. Existe, ainda, o limite imposto
Nesse sentido, a tomografia computadorizada trouxe vantagens sobre as radiografias, uma vez
que permite a visualização nítida de toda a extensão da sutura, sem a sobreposição de estruturas.
Em um estudo utilizando esse meio diagnóstico, constatou-se que, após um período médio de oito
a nove meses de contenção com o aparelho expansor, a sutura palatina mediana mostrou-se com-
pletamente ossificada, desde a região da espinha nasal anterior até a espinha nasal posterior.59
Hoje, não resta dúvida sobre o que acontece com a sutura palatina mediana no processo de
expansão rápida da maxila. A separação dos processos maxilares inferida, inicialmente, pelo
precursor do processo, o dentista americano Angell,51 com base no diastema que se abriu
entre os incisivos centrais superiores, agora pode ser constatada em imagens tridimensionais
da sutura palatina mediana por meio da tomografia (Figuras 65A, B, C e D).
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Figura 66 – Comportamento da sutura palatina mediana nas fases de pré-expansão (A e B), pós-expansão
(C e D) e após o período de contenção (F e G), ilustrando o comportamento da sutura palatina mediana.
Fonte: Silva Filho e colaboradores (2007).
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26. No tratamento da mordida cruzada, qual é o critério para a remoção do aparelho expansor
fixo tipo Haas?
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28. O aparelho tipo Haas pode ser utilizado no tratamento da mordida cruzada anterior das
dentaduras decídua, mista e permanente jovem. Relacione as colunas de acordo com os
dentes de escolha para a cimentação das bandas nas diferentes dentições.
Conclusão
A mordida cruzada posterior pode estar presente nas dentaduras decídua, mista e permanente,
manifestando-se mais comumente como uma mordida cruzada posterior unilateral funcional.
O problema está na atresia do arco dentário superior, com envolvimento dentoalveolar ou
esquelético.
Ao final do tratamento, o arco dentário superior apresenta-se mais largo, com uma relação
interarcos correta e os côndilos centrados em suas respectivas fossas articulares.
Atividade 3
Resposta C
Comentário: Na dentadura decídua, a normalidade não é definida pela relação intra-arco e
sim pela relação interarcos. Nessa fase do desenvolvimento oclusal, diastemas, contatos justos
ou até mesmo o apinhamento não apresentam importância no diagnóstico imediato.
Atividade 4
Resposta: A mordida cruzada posterior pode ser definida como a maloclusão que se manifesta
em conseqüência da redução nas dimensões transversais do arco dentário superior, sem a
compensação do arco inferior. As larguras reduzidas comprometem a morfologia do arco
dentário superior, conferindo-lhe uma forma mais triangular quanto à relação interarcos. Por
ser mais atrésico, o arco dentário superior não consegue abraçar o arco dentário inferior por
completo.
Atividade 6
Resposta B
Comentário: A atresia do arco dentário superior reflete-se em um desvio da mandíbula para
obtenção de contatos estáveis, criando uma mordida cruzada posterior funcional. Essa maloclu
são não traz assimetria facial perceptível clinicamente, pois a quantidade de desvio lateral não
tem magnitude para causar impacto na face.
Atividade7
Resposta: D
Comentário: A afirmativa de que a época de tratar define o prognóstico de tratamento não é
válida para todas as maloclusões. Por exemplo, a abordagem ortopédica para o Padrão II deve
ser instituída, preferencialmente, durante a adolescência, no surto de crescimento. Já o Padrão
III, com mordida cruzada posterior, pode ser tratado desde a dentadura decídua, mas sem
previsibilidade de manutenção dos resultados a longo prazo. Para essa maloclusão, o padrão
de crescimento do paciente é o fator mais importante no prognóstico de tratamento.
Atividade 8
Resposta: De acordo com a magnitude ou gravidade da mordida cruzada posterior, ela pode
envolver um único dente, podendo ser unilateral quando envolver um grupo de dentes de
um quadrante, bilateral ou total.
Atividade 9
Resposta: Trata-se de uma mordida cruzada posterior unilateral do lado esquerdo e mordida
aberta anterior na dentadura mista. Na relação intra-arco, observa-se uma atresia do arco
dentário superior refletindo em um arco mais triangular.
Atividade 11
Resposta: A etiologia da atresia maxilar é variável e nem sempre de fácil identificação. Pode
ser congênita, com participação da hereditariedade, mas, provavelmente, guarda vínculo forte
com os hábitos bucais infantis, além da respiração bucal.
Atividade 13
Resposta: A
Comentário: Toda criança que apresenta mordida cruzada posterior unilateral funcional
apresenta uma mordida dupla. Em MIH, ela mostra a mordida cruzada posterior; em RC, ela
exibe uma mordida de topo com contato nas cúspides de canino. Isso devido a uma atresia
simétrica do arco dentário superior. Como a relação interarcos apresentada em RC não tem
estabilidade do ponto de vista oclusal, a criança busca uma relação mais estável, desviando
a mandíbula para um dos lados, levando à mordida cruzada posterior. Isso significa que a
mordida cruzada posterior manifesta-se unilateralmente, em máxima intercuspidação, como
reflexo de uma atresia simétrica do arco dentário superior.
Atividade 14
Resposta: O diagnóstico da mordida cruzada posterior unilateral funcional é feito manipulando-
se o paciente para uma relação de RC. O paciente com mordida cruzada posterior unilateral
funcional apresentará uma mordida dupla, uma em MIH, com a mordida cruzada posterior e
uma em RC, de topo, com contato nas cúspides dos caninos.
Atividade 15
Resposta: D
Comentário: Em um levantamento realizado por Silva Filho e colaboradores (1989), em Bau-
ru, 91% das mordidas cruzadas unilaterais encontradas eram funcionais, ou seja, o paciente
apresentava uma mordida dupla, uma em RC e outra em MIH. Nos desvios laterais, o côndilo
desloca-se em direção lateral, anterior e inferior no lado normal, e medial, posterior e superior
no lado da mordida cruzada. O tratamento da atresia do arco dentário superior devolve ao
paciente uma oclusão cêntrica e a concentricidade condilar nas fossas articulares, sendo essa
uma justificativa para o tratamento precoce da mordida cruzada posterior.
Atividade 17
Resposta: A inclinação vestibulolingual dos dentes posteriores apresenta relação com a moda-
lidade terapêutica escolhida para o tratamento da mordida cruzada posterior. Se a inclinação
dos dentes está correta, significa que a mordida cruzada é em função de uma atresia real da
maxila. O osso apresenta a largura diminuída. Nesse caso, o tratamento é ortopédico, com
ruptura da sutura palatina mediana com o mínimo de alterações na inclinação dos dentes.
Já se a maxila apresenta dimensões transversais normais e dentes inclinados para lingual, a
correção será ortodôntica, com inclinação vestibular dos dentes. É importante comentar que,
via de regra, na mordida cruzada posterior unilateral, os dentes apresentam-se com inclinação
vestibulolingual normal e, por isso, o tratamento ortopédico é o mais indicado.
Atividade 18
Resposta: O aparelho utilizado foi o expansor fixo tipo Haas, de ancoragem dentomucos-
suportada. O aparelho consiste de uma estrutura metálica confeccionada de fio de aço, de
1,2mm de espessura, soldada às bandas ortodônticas, que se apóia em dentes e botões de
acrílico sobre a mucosa palatina.
Atividade 19
Resposta: Na dentadura decídua, as bandas são cimentadas nos segundos molares decíduos
com barras de conexão coladas nos primeiros molares e caninos decíduos. Na dentadura
mista, as bandas são cimentadas nos segundos molares decíduos, e uma barra de extensão
soldada por palatino inclui, também, os primeiros molares permanentes na mecânica. Já na
dentadura permanente, os primeiros molares são bandados e, preferencialmente, também
os primeiros pré-molares. A porção acrílica do aparelho é a mesma para as três dentaduras e
repousa sobre a mucosa palatina.
Atividade 20
Resposta: O efeito esperado com a utilização desse aparelho é ortopédico, com abertura da
sutura palatina mediana e distanciamento das metades maxilares, aumentando a largura trans-
versal e perímetro do arco dentário. O aparelho expansor fixo tipo Haas pode ser utilizado nas
dentaduras decídua, mista e permanente jovem. Seu efeito ortopédico é bastante previsível
nas dentaduras decídua e mista, mas pode ser tentado até a dentadura permanente.
Atividade 23
Resposta: B
Comentário: Os aparelhos Hyrax e Haas apresentam o mesmo princípio de tratamento: cor-
reção ortopédica da atresia maxilar pela abertura da sutura palatina mediana. A diferença
básica entre esses dois aparelhos é o tipo de ancoragem. O Hyrax apresenta ancoragem
dentossuportada, ou seja, é apoiado somente em dentes. Já o Haas apresenta uma ancora-
gem dentomucossuportada; seu desenho apresenta uma estrutura metálica que apóia-se em
dentes e uma estrutura de acrílico que fica justaposta ao palato. A ação principal de ambos
os aparelhos é a correção ortopédica (e não-ortodôntica) da atresia da maxila. Por indepen-
der da variável cooperação, os aparelhos fixos são superiores aos removíveis na correção do
problema transversal.
Atividade 25
Resposta A
Comentário: O protocolo de expansão ortopédica prevê duas fases com o aparelho expansor
fixo: a primeira compreende a fase ativa da expansão, quando o parafuso é acionado uma
volta completa por dia, sendo 2/4 pela manhã e 2/4 à noite, até completar a expansão pre-
tendida.
Atividade 28
Resposta A
Comentário: Quando utilizado na dentadura decídua, os dentes de escolha para a cimentação
da bandas são os segundos molares. Nos primeiros molares e caninos, as barras de conexão
do aparelho são coladas com resina composta ou cimento ionomérico. A porção de acrílico
fica em contato com a mucosa palatina. Na dentadura mista, as bandas são adaptadas e
cimentadas nos segundos molares decíduos, e uma barra de extensão soldada por palatino
inclui, também, os primeiros molares permanentes na mecânica. Na dentadura permanente,
somente os primeiros molares podem ser bandados ou, preferencialmente, também os pré-
molares, garantindo uma maior retenção do aparelho e maior ancoragem.
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