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SUMÁRIO
4 LÍNGUA PORTUGUESA
203 MATEMÁTICA
321 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Língua Portuguesa
Interpretação de texto
O hábito da leitura é fundamental durante a preparação para qualquer concurso público.
Mas para uma disciplina específica é ponto chave para que os candidatos consigam o maior
número de acertos.
A interpretação de textos, tão comum em provas de Português, sempre foi um tópico de grande
dificuldade para os candidatos a concursos públicos ou vestibulares.
As pessoas têm pouca disposição de mergulhar no texto, conseguem lê-lo, mas não aprofundam
a leitura, não extraem dele aquelas informações que uma leitura superficial, apressada, não
permite.
Ao tentar resolver o problema, as pessoas buscam os materiais que julgam poder ajudá-las.
Caem, então, no velho vício de ler teoria em excesso, estudar coisas que nem sempre dizem
respeito à compreensão e interpretação dos textos e no final, cansadas, não fazem o essencial:
ler uma grande quantidade de textos — e tentar interpretá-los.
Interpretar um texto é penetrá-lo em sua essência, observar qual é a ideia principal, quais os
argumentos que comprovam a ideia, como o texto está escrito e outras nuanças. Em suma,
procurar interpretar corretamente um texto é ampliar seus horizontes existenciais.
Compreensão
A base conceitual da interpretação de texto é a compreensão. A etimologia, ainda que não seja
um recurso confiável para estabelecer o significado das palavras, pode ser útil aqui, para mostrar
a diferença entre compreender e interpretar. “Compreender” vem de duas palavras latinas:
“cum”, que significa “junto” e “prehendere” que significa “pegar”.
Essa ideia de juntar é óbvia em uma das principais acepções do verbo compreender: ser
composto de dois ou mais elementos, ou seja, abarcar, envolver, abranger, incluir.
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Erros de Leitura
Extrapolar
Trata-se de um erro muito comum. Ocorre quando saímos do contexto, acrescentando-lhe ideias
que não estão presentes no texto. A interpretação fica comprometida, pois passamos a criar
sobre aquilo que foi lido. Frequentemente, relacionamos fatos que conhecemos, mas que eram
realidade em outros contextos e não naquele que está sendo analisado.
Reduzir
Trata-se de um erro oposto à extrapolação. Ocorre quando damos atenção apenas a uma parte
ou aspecto do texto, esquecendo a totalidade do contexto. Privilegiamos, desse modo, apenas
um fato ou uma relação que podem ser verdadeiros, porém insuficientes se levarmos em
consideração o conjunto das ideias.
Contradizer
É o mais comum dos erros. Ocorre quando chegamos a uma conclusão que se opõe ao texto.
Associamos ideias que, embora no texto, não se relacionam entre si.
Nas provas de concursos públicos, o candidato deve ter o hábito de fazer leituras diárias, pois é
através dela que o indivíduo terá um vocabulário mais amplo e um conhecimento aprimorado
da língua portuguesa. Praticar a leitura, faz com que a interpretação seja mais aguçada e o
concurseiro possa entender os enunciados de outras questões no decorrer de sua prova. Ao
estudar, se houverem palavras não entendidas, procure no dicionário. Ele será seu companheiro
na hora das dúvidas.
Em questões que cobram a interpretação de textos como, por exemplo, aquelas que existem
textos de autores famosos ou de notícias, procure entender bem o enunciado e verificar o que
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está sendo cobrado, pois é preciso responder o que exatamente está sendo cobrado no texto e
não aquilo que o candidato pensa.
Ao ler um texto procure atingir dois níveis de leitura: leitura informativa e de reconhecimento e
leitura interpretativa.
No primeiro caso, deve-se ter uma primeira noção do tema, extraindo informações importantes
e verificando a mensagem do escritor.
Geralmente, um texto é organizado de acordo com seus parágrafos, cada um seguindo uma
linha de raciocínio diferente e de acordo com os tipos de texto, que podem ser narrativo,
descritivo e dissertativo. Cada tipo desses, possui uma forma diferente de organização do
conteúdo.
Tipos de textos
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Conta à lenda que um velho funcionário público de Veneza noite e dia, dia e noite rezava e
implorava para o seu Santo que o fizesse ganhar sozinho na loteria cujo valor do premio o faria
realizar todos seus desejos e vontades. Assim passavam os dias, as semanas, os meses e anos.E
nada acontecia. Até que no dia do Santo, de tanto que seu fiel devoto chorava e implorava, o
Santo surgiu do nada e numa voz de desespero e raiva gritou:
Descritivo
“A árvore é grande, com tronco grosso e galhos longos”. É cheia de cores, pois tem o marrom, o
verde, o vermelho das flores e até um ninho de passarinhos. O rio espesso com suas águas
barrentas desliza lento por entre pedras polidas pelos ventos e gastas pelo tempo.
Dissertativo
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto
dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente ao texto de apresentação
científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo
não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo,
portanto, um texto informativo.
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Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o
ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também
persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-
argumentativo. O texto dissertativo argumentativo tem uma estrutura convencional, formada
por três partes essenciais.
Introdução (1o parágrafo): Apresenta a ideia principal da dissertação, podendo conter uma
citação, uma ou mais perguntas (contanto que sejam respondidas durante o texto), comparação,
pensamento filosófico, afirmação histórica, etc.
Desenvolvimento (2o aos penúltimos parágrafos): Argumentação e desenvolvimento do tema,
na qual o autor dá a sua opinião e tenta persuadir o leitor, sem nunca usar a primeira pessoa
(invés de “eu sei”, use “nós sabemos” ou “se sabe”).
Conclusão (último parágrafo): Resumo do que foi dito no texto e/ou uma proposta de solução
para os problemas nele tratados.
Exemplo de texto dissertativo:
Nunca foi tão importante no País uma cruzada pela moralidade. As denúncias que se sucedem,
os escândalos que se multiplicam, os casos ilícitos que ocorrem em diversos níveis da
administração pública exibem, de forma veemente, a profunda crise moral por que passa o País.
O povo se afasta cada vez mais dos políticos, como se estes fossem símbolos de todos os males.
As instituições normativas, que fundamentam o sistema democrático, caem em descrédito. Os
governantes, eleitos pela expressão do voto, também engrossam a caldeira da descrença e,
frágeis, acabam comprometendo seus programas de gestão.
Para complicar, ainda estamos no meio de uma recessão que tem jogado milhares de
trabalhadores na rua, ampliando os bolsões de insatisfação e amargura.
Não é de estranhar que parcelas imensas do eleitorado, em protesto contra o que vêem e
sentem, procurem manifestar sua posição com o voto nulo, a abstenção ou o voto em branco.
Convenhamos, nenhuma democracia floresce dessa maneira.
A atitude de inércia e apatia dos homens que têm responsabilidade pública os condenará ao
castigo da história. É possível fazer-se algo, de imediato, que possa acender uma pequena
chama de esperança.
O Brasil dos grandes valores, das grandes ideias, da fé e da crença, da esperança e do futuro
necessita, urgentemente da ação solidária, tanto das autoridades quanto do cidadão comum,
para instaurar uma nova ordem na ética e na moral.
Lembre-se
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Questões de Concursos
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir: “A crase não existe
para humilhar ninguém". Entenda-se: há normas gramaticais cuja razão de ser é emprestar
clareza ao discurso escrito, valendo como ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura
ou depreciação de alguém.
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-se: “A arte não existe para humilhar
ninguém", entendendo-se com isso que os artistas existem para estimular e desenvolver nossa
sensibilidade e inteligência do mundo, e não para produzir obras que separem e hierarquizem as
pessoas. Para ficarmos no terreno da música: penso que todos devem escolher ouvir o que
gostam, não aquilo que alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a pena
discutir: estamos mesmo em
condições de escolher livremente as músicas de que gostamos?
Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um carro passa com o
som altíssimo de graves repetidos praticamente sem variação, num ritmo mecânico e hipnótico,
é o caso de se perguntar: houve aí uma escolha? Quem alardeia os infernais decibéis de seu som
motorizado
pela cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhece muitos outros
ritmos, as canções de outros países, os compositores de outras épocas, as tendências da música
brasileira, os incontáveis estilos musicais já inventados e frequentados? Ou se limita a comprar
no mercado o que está vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e
enganoso do “vende porque é bom, é bom porque vende"?
Não digo que A é melhor que B, ou que X é superior a todas as letras do alfabeto; digo que
é importante buscar conhecer todas as letras para escolher. Nada contra quem escolhe um
“batidão" se já ouviu música clássica, desde que tenha tido realmente a oportunidade de ouvir e
escolher compositores clássicos que lhe digam algo. Não acho que é preciso escolher, por
exemplo, entre os grandes Pixinguinha e Bach, entre Tom Jobim e Beethoven, entre um forró e a
música eletrônica das baladas, entre a música dançante e a que convida a uma audição mais
serena; acho apenas que temos o direito de ouvir tudo isso antes de escolher. A boa música, a
boa arte, esteja onde estiver, também não existe para humilhar ninguém.
• a) representa uma riqueza cultural para quem foi contemplado com uma inata e especial
sensibilidade.
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• c) não interessa ao gosto popular, que costuma cultivar as exigências artísticas mais
revolucionárias.
• d) constitui uma vantagem para quem se habilita a escolher de acordo com o próprio
gosto.
• e) cria uma impossibilidade de opções reais, razão pela qual cada um de nós aprimora
seu gosto pessoal.
• a) É comum que nos sintamos humilhados quando não conseguimos extrair prazer de
todos os níveis de cultura que se oferecem ao nosso desfrute.
• b) Costumamos ter vergonha daquilo que nos causa prazer, pois nossas escolhas
culturais são feitas sem qualquer critério ou disciplina.
• d) Tanto o emprego da crase como a audição de música clássica são reveladores do mau
gosto de quem desconsidera o prazer verdadeiro dos outros.
• a) II e III.
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• b) III.
• c) II.
• d) I e III.
• e) I.
• a) clássicos que lhe digam algo (4º parágrafo) = eruditos que lhe transmitam alguma
coisa.
Pátrio poder
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À pergunta O investimento faz sentido? o próprio autor responde: “provavelmente sim”. Essa
resposta se justifica, porque
• b) a escola particular, mesmo sendo cara, acaba por desenvolver nos alunos uma
subcultura crítica em relação ao ensino.
• c) a escola, ao contrário do que se imagina, tem efeitos tão poderosos quanto os que
decorrem da convivência familiar.
• d) as influências dos pares de um educando numa escola pública são menos nocivas do
que os exemplos de seus pais.
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• a) I e III.
• b) I.
• c) III.
• d) II e III.
• e) I e II.
Texto 1 – “A história está repleta de erros memoráveis. Muitos foram cometidos por pessoas
bem-intencionadas que simplesmente tomaram decisões equivocadas e acabaram sendo
responsáveis por grandes tragédias. Outros, gerados por indivíduos motivados por ganância e
poder, resultaram de escolhas egoístas e provocaram catástrofes igualmente terríveis.” (As piores
decisões da história, Stephen Weir)
• a) aborda o tema de “erros memoráveis”, que são enumerados nos períodos seguintes;
• d) denuncia a história como uma sequência de erros cometidos por razões explicitadas a
seguir;
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GABARITO
FONOLOGIA
Fonética e Grafema
A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono ( "som, voz") e log, logia ( "estudo",
"conhecimento") . Significa literalmente " estudo dos sons" ou "estudo dos sons da voz".
O homem, ao falar, emite sons. Cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar esses sons
no ato da fala. Essas particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de
significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a
distinção entre os pares de palavras:
amor - ator
morro - corro
vento - cento
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a
imagem acústica que você, como falante de português, guarda de cada um deles. É essa
imagem acústica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas
formam os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparecem representados entre
barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
Fonema e Letra
1) O fonema não deve ser confundido com a letra. Na língua escrita, representamos os fonemas
por meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a representação gráfica do fonema. Na
palavra sapo, por exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a
letra s representa o fonema /z/ (lê-se zê).
2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o
caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x:
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Exemplos:
zebra
casamento
exílio
3) Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por exemplo,
pode representar:
Exemplos:
compra
conta
Veja ainda:
Exemplos:
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1) Vogais
Por Exemplo:
/a/, /e/, /i/, /o/, /u/.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
até, bola
Por Exemplo:
até, bola
Abertas
Exemplos:
pé, lata, pó
Fechadas
Exemplos:
Exemplos:
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Exemplos:
é, ê, i
Exemplos:
ó, ô, u
Por Exemplo:
2) Semivogais
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal,
formando com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Nesse caso, esses fonemas são
chamados de semivogais. A diferença fundamental entre vogais e semivogais está no fato de
que estas últimas não desempenham o papel de núcleo silábico.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa-pai. Na última sílaba, o fonema
vocálico que se destaca é o a. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico i não é tão forte quanto
ele. É a semivogal.
Outros exemplos:
Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por" e", "o" ou "m".
Veja:
3) Consoantes
Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos
ao passar pela cavidade bucal. Isso faz com que as consoantes sejam verdadeiros "ruídos",
incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém justamente desse fato, pois, em
português, sempre consoam ("soam com") as vogais.
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Responda
• b) Mestre Marçal, o saudoso percussionista, entrou num avião e pôs a cuíca no colo.
• c) Em Londres, muito brazuca ficou retido nos aeroportos sem um tostão no bolso.
• d) Um grupo de brasileiros que mora em Milão tem cobrado 300 euros por noite para
abrigar compatriotas.
• e) Os EUA, sede da Copa de 1994, já cabalam votos para voltar a abrigar a competição.
GABARITO
Letra C - A grafia correta é BRASUCA, e não brazuca. A confusão decorre do fato de terem o
mesmo fonema (som). O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), da Academia
Brasileira de Letras, registra apenas brasuca, com s. Lembrem-se: a palavra é derivada de Brasil,
brasileiro.
Sílaba
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Divisão Silábica
Encontros Vocálicos
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1) Ditongo
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
pai, série
mãe
2) Tritongo
É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem,
numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal.
Exemplos:
3) Hiato
É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez
que nunca há mais de uma vogal numa sílaba.
Por Exemplo:
saída (sa-í-da)
poesia (po-e-si-a)
Encontros Consonantais
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Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso,
inseparáveis: pneu, gno-mo,psi-có-lo-go...
Dígrafos
De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra.
Por Exemplo:
Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras.
Por Exemplo:
Na palavra acima, para representar o fonema | xe| foram utilizadas duas letras: o c e o h.
Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di =
dois + grafo = letra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém
conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos.
Dígrafos Consonantais
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Observação:
"Gu" e "qu" são dígrafos somente quando, seguidos de "e" ou "i", representam os fonemas /g/
e /k/:guitarra, aquilo. Nesses casos, a letra "u" não corresponde a nenhum fonema. Em algumas
palavras, no entanto, o "u" representa um fonema semivogal ou vogal (aguentar, linguiça,
aquífero...) Nesse caso, "gu" e"qu" não são dígrafos. Também não há dígrafos quando são
seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo).
Ortografia
A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa escrita
está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto
fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante compreender que a ortografia é
fruto de uma convenção. A forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que
envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a
ortografia é ler, escrever e consultar o dicionário sempre que houver dúvida.
A nova ortografia
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Alfabeto
O alfabeto, que antes se compunha de 23 letras, agora se compõe de 26 letras. Há muito
tempo as letras “k”, “w” e “y” faziam parte do nosso idioma, isto não é nenhuma novidade. Elas já
apareciam em unidades de medidas, nomes próprios e palavras importadas do idioma inglês,
como:
km – quilômetro,
kg – quilograma
Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros.
O alfabeto, graficamente, se apresenta:
A–B–C–D–E–F–G–H–I–J–K–L–M–N–O–P–Q–R–S–T–U–V–W–X–Y
–Z
Trema
Não se usa mais o trema em palavras do português. Ele só vai permanecer em nomes próprios e
seus derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bundchen não vai deixar de usar o
trema em seu nome, pois é de origem alemã. (neste caso, o “u” lê-se “i”)
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As gramáticas costumam ainda classificar os monossílabos (palavras com apenas uma sílaba) em
dois tipos:
•Monossílabo átono: palavras de uma sílaba fraca, ou seja, pronunciada sem ênfase. Estes
podem ser:
Artigos: o, a, um...
•Monossílabo tônico: palavras de uma sílaba tônica, ou seja, pronunciadas com ênfase,
que podem ser:
Verbos: li, vi, ter, ser, dê...
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A letra “H” é uma letra sem personalidade, sem som. Em “Helena”, não tem som; em
"Hollywood”, tem som de “R”. Portanto, não deve aparecer encostado em prefixos:
•pré-história
•anti-higiênico
•sub-hepático
•super-homem
•
Então, letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA.
Anti-inflamatório neoliberalismo
Supra-auricular extraoficial
Arqui-inimigo semicírculo
sub-bibliotecário superintendente
Quanto ao "R" e o "S", se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá ser dobrada:
suprarrenal (supra+renal) ultrassonografia (ultra+sonografia)
minissaia antisséptico
contrarregra megassaia
Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito nenhum.
•Sub-reino
•ab-rogar
•sob-roda
ATENÇÃO!
Quando dois “R” ou “S” se encontrarem, permanece a regra geral: letras iguais, SEPARA.
super-requintado super-realista
inter-resistente
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ATENÇÃO!
Não se usa o hífen diante de “CO-, RE-, PRE” (SEM ACENTO)
Coordenar reedição preestabelecer
Coordenação refazer preexistir
Coordenador reescrever prever
Coobrigar relembrar
Cooperação reutilização
Cooperativa reelaborar
O ideal para memorizar essas regras, lembre-se, é conhecer e usar pelo menos uma palavra de
cada prefixo. Quando bater a dúvida numa palavra, compare-a à palavra que você já sabe e
escreva-a duas vezes: numa você usa o hífen, na outra não. Qual a certa? Confie na sua
memória! Uma delas vai te parecer mais familiar.
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Emprego de X e Ch
Emprega-se o X:
1) Após um ditongo.
Exceção: mecha
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo,
vexame, xadrez,xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc.
bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, cochilo, debochar,
fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.
Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia considerada correta é aquela que ocorre
de acordo com a origem da palavra. Veja os exemplos:
Emprega-se o G:
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Exceção: pajem
algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege,
megera, monge, rabugento, vagem.
Emprega-se o J:
Exemplos:
Exemplos:
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Emprega-se o Z:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão,
cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.
Exemplos:
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Emprega-se o S:
Exemplos:
Emprega-se Ç:
Exemplos:
Emprega-se o X:
Exemplos:
Emprega-se Sc:
Exemplos:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Emprega-se Sç:
Exemplos:
Emprega-se Ss:
Exemplos:
Emprega-se o Xc e o Xs:
Exemplos:
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Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / pode não ser nítida. Observe:
Emprega-se o E:
Exemplos:
Emprega-se o I :
Exemplos:
cair- cai
doer- dói
influir- influi
Exemplos:
Anticristo, antitetânico
Emprega-se o O/U:
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Emprego da letra H
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. Conservou-se apenas como
símbolo, por força da etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se
desta forma devido a sua origem na forma latina hodie.
Emprega-se o H:
Observações:
1) No substantivo Bahia, o "h" sobrevive por tradição. Note que nos substantivos
derivados como baiano, baianada ou baianinha ele não é utilizado.
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra "h" na sua composição. No
entanto, seus derivados eruditos sempre são grafados com h. Veja:
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Exemplos:
Disse o Padre Antonio Vieira: "Estar com Cristo em qualquer lugar, ainda que seja
no inferno, é estar no Paraíso."
Observações
- No início dos versos que não abrem período, é facultativo o uso da letra maiúscula.
Por Exemplo:
- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra minúscula.
Por Exemplo:
"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel
Bandeira)
Exemplos:
Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote.
Exemplos:
Rio de Janeiro, Rússia, Macondo.
Exemplos:
Dionísio, Netuno.
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Exemplos:
Natal, Páscoa, Ramadã.
Exemplos:
ONU, Sr., V. Ex.ª.
Exemplos:
Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, União, etc.
Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula quando são empregados em
sentido geral ou indeterminado.
Exemplo:
Todos amam sua pátria.
Exemplos:
Rua da Liberdade ou rua da Liberdade
Igreja do Rosário ou igreja do Rosário
Exemplos:
carro, flor, boneca, menino, porta, etc.
Exemplos:
janeiro, julho, dezembro, etc.
segunda, sexta, domingo, etc.
primavera, verão, outono, inverno
Exemplos:
Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.
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Exemplos:
Nordeste (região do Brasil)
Ocidente (europeu)
Oriente (asiático)
Exemplos:
Crime e Castigo ou Crime e castigo
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido
Exemplos:
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor
Exemplos:
Português ou português
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas modernas
História do Brasil ou história do Brasil
Arquitetura ou arquitetura
Acentuação gráfica
Na Língua Portuguesa, todas as palavras possuem uma sílaba tônica que recebe a maior inflexão
de voz. Nem todas, porém, são marcadas pelo acento gráfico.
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1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, "ÊM", "ÉM", "ÊNS", seguidas ou não de
“S”, inclusive as formas verbais quando seguidas de “LO(s)” ou “LA(s)”. Também recebem acento
as oxítonas terminadas em ditongos abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S”
Exemplo:
vatapá pontapés só
guardá-la Fé compô-los
Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que seja um caso de hiato. Por
exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-lo” são acentuadas porque as vogais “i” e “u”
estão tônicas nestas palavras.
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Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisântemo, público, pároco,
proparoxítona.
IMPORTANTE
Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”, se todos são “i” e “u”
tônicas, portanto hiatos?
Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos de “ruim”, “cair” e
“Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente. Essas consoantes já soam forte por
natureza, tornando naturalmente a sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso.
5. Trema
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai permanecer em nomes
próprios e seus derivados, de origem estrangeira, como Bundchen, Muller, mulleriano (neste
caso, o “u” lê-se “i”)
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
6. Acento Diferencial
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do verbo está no singular ou
plural:
SINGULAR PLURAL
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como: conter, manter, intervir,
deter, sobrevir, reter, etc.
Questões de Concursos
Existe no Oceano Pacífico uma ilha feita de duas montanhas. É como se alguém tivesse colado
dois grandes montes de terra no meio do mar. A maior chama-se Tristeza e a menor, Alegria.
Dizem que há muitos anos atrás a Alegria era maior e mais alta que a Tristeza. Dizem também
que, por causa de um terremoto, parte da Alegria caiu no mar e afundou, deixando a montanha
do jeito que está hoje.
Ninguém sabe se isso é mesmo verdade. Verdade é que ao pé desses dois cumes, exatamente
onde eles se encontram, moram uma menina chamada Aleteia e sua avó.
Aleteia e a avó são como as montanhas: duas pessoas que estão sempre juntas.
Hoje Aleteia é menor, mais baixa que sua avó; acontece que daqui a algum tempo, ninguém
sabe quando, Aleteia vai acordar e estará mais alta que a avó. Aleteia vai crescer e eu acho que,
40
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quando esse dia chegar, elas ainda estarão juntas. Igual às montanhas da ilha.
Um dia Aleteia perguntou: “Vovó, quem fez o mundo?”, e sua avó respondeu: “Deus”.
- Todo ele?
- Sim, todo.
- Sozinho?
- Sim, sozinho.
Aleteia saiu da sala com aquela conversa na cabeça. Não estava convencida. Pensou muito a
respeito do assunto. Para raciocinar melhor, saiu para caminhar e caminhou muito pela ilha.
Pensava sozinha, pensava em voz alta e começou a dividir seus pensamentos com as coisas que
lhe apareciam pelo caminho: folhas, árvores, pedras, formigas, grilos, etc. Deus tinha criado o
mundo sozinho?
(KOMATSU, Henrique. A menina que viu Deus. p.3-6, formato eletrônico, fragmento.)
No trecho “Existe no Oceano Pacífico uma ilha feita de duas montanhas.”, a palavra grifada segue
a mesma regra de acentuação que:
• a) árvores.
• b) vovó.
• c) também.
• d) estará.
Qual das alternativas contém a frase em que todas as palavras estão corretamente acentuadas?
TEXTO
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• e) "...mas neste século, os pais deixaram de lado a educação dos filhos..." - a tonicidade
recai na penúltima sílaba.
Os povos indígenas que hoje habitam a faixa de terras que vai do Amapá ao norte do Pará
possuem uma história comum de relações comerciais, políticas, matrimoniais e rituais que
remonta a pelo menos três séculos. Essas relações até hoje não deixaram de existir nem se
deixaram restringir aos limites das fronteiras nacionais, estendendo-se à Guiana-Francesa e ao
Suriname.
Essa amplitude das redes de relações regionais faz da história desses povos uma história rica
em ganhos e não em perdas culturais, como muitas vezes divulgam os livros didáticos que
retratam a história dos índios no Brasil. No caso específico desta região do Amapá e norte do
Pará, são séculos de acúmulo de experiências de contato entre si que redundaram em inúmeros
processos, ora de separação, ora de fusão grupal, ora de substituição, ora de aquisição de novos
itens culturais. Processos estes que se somam às diferentes experiências de contato vividas pelos
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distintos grupos indígenas com cada um dos agentes e agências que entre eles chegaram, dos
quais existem registros a partir do século XVII.
É assim que, enquanto pressupomos que nós descobrimos os índios e achamos que, por esse
motivo, eles dependem de nosso apoio para sobreviver, com um pouco mais de conhecimento
sobre a história da região podemos constatar que os povos indígenas dessa parte da Amazônia
nunca viveram isolados entre si. E, também, que o avanço de frentes de colonização em suas
terras não resulta necessariamente num processo de submissão crescente aos novos
conhecimentos, tecnologias e bens a que passaram a ter acesso, como à primeira vista pode nos
parecer. Ao contrário disso, tudo o que esses povos aprenderam e adquiriram em suas novas
experiências de relacionamento com os não-índios insere-se num processo de ampliação de
suas redes de intercâmbio, que não apaga - apenas redefine - a importância das relações que
esses povos mantêm entre si, há muitos séculos, “apesar” de nossa interferência.
(Adaptado de: GALLOIS, Dominique Tilkin; GRUPIONI, Denise Fajardo. Povos indígenas no
Amapá e Norte do Pará: quem são, onde estão, quantos são, como vivem e o que pensam? São
Paulo: Iepé, 2003, p.8-9)
Verão de 2015. As filas para pegar água se espalham por vários bairros. Famílias carregam baldes
e aguardam a chegada dos caminhões-pipa. Nos canos e nas torneiras, nem uma gota. O rodízio
no abastecimento força lugares com grandes aglomerações, como shopping centers e
faculdades, a fechar. As chuvas abundantes da estação não vieram, as obras em andamento
tardarão a ter efeito e o desperdício continuou alto. Por isso, São Paulo e várias cidades vizinhas,
que formam a maior região metropolitana do país, entram na mais grave crise de falta d’água da
história. (Época, 16/06/2014)
A correção na acentuação gráfica faz parte do cuidado com a norma culta na redação de um
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texto; a opção que apresenta um vocábulo do texto 3 que é acentuado graficamente por razão
distinta das demais é:
• a) famílias;
• b) país;
• c) rodízio;
• d) água;
• e) desperdício.
• b) O estacionamento é gratuíto.
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III. As palavras “só”, “já” e “três” recebem acento com base na mesma regra de acentuação
gráfica.
• a) I, apenas.
• b) I e II, apenas.
• c) II e III, apenas.
• d) I e III, apenas.
II. De acordo com as regras de acentuação, o seguinte grupo de palavras foi acentuado pela
mesma razão: “amiúde”; “cafeína”; “graúdo”; “sanduíche”.
• a) I, apenas.
• b) I e II, apenas.
• c) II, apenas.
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• d) II e III, apenas.
GABARITO
escol-a
escol-ar
escol-arização
escol-arizar
sub-escol-arização
Observando-as, percebemos que há um elemento comum a todas elas: a forma escol-. Além
disso, em todas há elementos destacáveis, responsáveis por algum detalhe de significação.
Compare, por exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se escolar pelo acréscimo
do elemento destacável -ar.
Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas palavras que selecionamos, podemos
depreender a existência de diferentes elementos formadores. Cada um desses elementos
formadores é uma unidade mínima de significação, um elemento significativo indecomponível, a
que damos o nome de morfema.
Radical
Há um morfema comum a todas as palavras que estamos analisando: escol-. É esse morfema
comum – o radical – que faz com que as consideremos palavras de uma mesma família de
significação – os cognatos. O radical é a parte da palavra responsável por sua significação
principal.
Afixos
Como vimos, o acréscimo do morfema –ar cria uma nova palavra a partir de escola. De maneira
semelhante, o acréscimo dos morfemas sub- e –arização à forma escol-
criou subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de afixos.
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Quando são colocados antes do radical, como acontece com sub-, os afixos recebem o nome
deprefixos. Quando, como –arização, surgem depois do radical os afixos são chamados
de sufixos. Prefixos e sufixos, além de operar mudança de classe gramatical, são capazes de
introduzir modificações de significado no radical a que são acrescentados.
Desinências
Quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos,
amáveis, amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo vai sendo flexionado em
número (singular e plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se
modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara, amasse, por exemplo).
Podemos concluir, assim, que existem morfemas que indicam as flexões das palavras. Esses
morfemas sempre surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de desinências. Há
desinências nominais e desinências verbais.
• Desinências nominais: indicam o gênero e o número dos nomes. Para a indicação de gênero, o
português costuma opor as desinências -o/-a:
garoto/garota; menino/menina
Para a indicação de número, costuma-se utilizar o morfema –s, que indica o plural em oposição
à ausência de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/garotas; menino/meninos;
menina/meninas.
No caso dos nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assume a forma -es:
mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.
• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências verbais pertencem a dois tipos distintos.
Há aqueles que indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e aquelas que
indicam o número e a pessoa dos verbos (desinência número-pessoais):
cant-á-va-mos cant-á-sse-is
cant:
cant: radical
radical
-á-: vogal temática -á-: vogal temática
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Vogal temática
Observe que, entre o radical cant- e as desinências verbais, surge sempre o morfema –a.
Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado de vogal temática. Sua função é
ligar-se ao radical, constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal temática) que se
acrescentam as desinências. Tanto os verbos como os nomes apresentam vogais temáticas.
• Vogais temáticas nominais: São -a, -e, e -o, quando átonas finais, como em mesa, artista,
busca, perda, escola, triste, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que essas
terminações são desinências indicadoras de gênero, pois a mesa, escola, por exemplo, não
sofrem esse tipo de flexão. É a essas vogais temáticas que se liga a desinência indicadora de
plural: mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais tônicas (sofá, café, cipó,
caqui, por exemplo) não apresentam vogal temática.
• Vogais temáticas verbais: São -a, -e e -i, que caracterizam três grupos de verbos a que se dá o
nome de conjugações. Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira
conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à segunda conjugação e os que têm
vogal temática -i pertencem à terceira conjugação.
As vogais ou consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja,
para facilitar ou mesmo possibilitar a leitura de uma determinada palavra. Temos um exemplo de
vogal de ligação na palavra escolaridade: o -i- entre os sufixos -ar- e -dade facilita a emissão
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Derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de
outra já existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:
Primitiva Derivada
mar marítimo, marinheiro, marujo
terra enterrar, terreiro, aterrar
Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário,
possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e
terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas.
Tipos de Derivação
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os
exemplos:
crer- descrer
ler- reler
capaz- incapaz
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou
mudança de classe gramatical.
Por Exemplo:
alfabetização
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No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua
vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar.
Por Exemplo:
papel - papelaria
riso - risonho
Por Exemplo:
atual - atualizar
Por Exemplo:
feliz – felizmente
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra
primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos.
Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer através da junção
simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". A presença de apenas um desses afixos não é
suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras "entriste",
nem "tristecer".
Exemplos:
Palavra Inicial
Prefixo Radical Sufixo Palavra Formada
Derivação Regressiva
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas
por redução.
Exemplos:
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Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, logo, são
palavras derivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste
caso, um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar.
Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso,
recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os
exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. Veja:
Ou ainda:
Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou
supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
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Por Exemplo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Composição
Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais
radicais. Existem dois tipos:
Exemplos:
52
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Observação: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente para
manter inalterada a sonoridade da palavra.
Exemplos:
Redução
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe:
Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas também as siglas,
muito frequentes na comunicação atual. (Se desejar, veja mais sobre siglas na seção "Extras" ->
Abreviaturas e Siglas)
Hibridismo
Por Exemplo:
Onomatopeia
Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar
as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem
aproximadamente os sons e as vozes dos seres.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplos:
Prefixos
Os prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-
lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical.
a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
prosélito, prosódia
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
benefício, bendito
en-, em-, in- : Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma,
revestimento. Exemplos:
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internacional, interplanetário
justapor, justalinear
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos:
supercílio, supérfluo
trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para além, movimento através. Exemplos:
PREFIXOS
PREFIXOSGREGOS SIGNIFICADO EXEMPLOS
LATINOS
a, an des, in privação, negação anarquia, desigual,
inativo
anti contra oposição, ação contrária antibiótico,
contraditório
anfi ambi duplicidade, de um e anfiteatro, ambivalente
outro lado, em torno
apo ab afastamento, separação apogeu, abstrair
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Sufixos
Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências que indicam
as flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos
extremamente importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes
de ação e os que formam nomes de agente.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
budismo
-ismo kantismo
comunismo
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) de verbos
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
SUFIXOS ADVERBIAIS
Na Língua Portuguesa, existe apenas um único sufixo adverbial: É o sufixo "-mente", derivado do
substantivo feminino latino mens, mentis que pode significar "a mente, o espírito, o intento".Este
sufixo juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstâncias, especialmente a de
modo.
Exemplos:
Exemplos:
SUFIXOS VERBAIS
Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao radical de substantivos e adjetivos para formar
novos verbos.
Exemplos:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Observações:
Radicais Gregos
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Radicais Latinos
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Questões de Concursos
Qual das palavras abaixo foi formada pelo mesmo processo de formação da
palavra divertido (linha 07)?
• a) Incapaz
• b) Realizado.
• c) Amaciar.
• d) Pesca.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
• e) Envergonhada.
Pássaros e humanos estão bem distantes na história evolutiva, mas compartilham uma
habilidade rara entre outros animais: a linguagem falada. Não, você não leu errado. Para muitos
cientistas, inclusive o neurobiólogo Erich Jarvis, da Universidade Duke (Estados Unidos), não
existe diferença biológica entre o canto de alguns pássaros e a fala humana.
Jarvis estuda as bases biológicas da linguagem há 20 anos. Na maior parte de suas pesquisas,
examina o comportamento e o cérebro desses dois pássaros e de papagaios – os três têm em
comum a capacidade de aprender a vocalizar sons (sejam eles típicos da espécie ou não).
Segundo o pesquisador, o que acontece no cérebro dessas aves quando cantam é muito similar
ao que ocorre
em nosso cérebro quando falamos.
Os resultados do estudo anunciado durante a conferência ainda não foram publicados, mas
depois de analisar moléculas geradas por genes ativos em mais de 4.700 amostras de tecido
cerebral de mandarins-diamante e beija-flores – alguns do Brasil – e compará-las às do
cérebro humano, Jarvis está seguro de suas conclusões.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
“As definições de fala e linguagem falada são diferentes para a neurologia e a linguística ou
psicologia comportamental”, explica. “Quando se trata de cérebro, linguagem e fala são a
mesma coisa. O que diferencia os humanos e esses pássaros dos demais animais é a habilidade
de imitar sons. A capacidade de entender a linguagem não é única dos humanos; cães e até
galinhas podem entender a linguagem e te obedecer quando você diz 'senta'."
Werker aponta que enquanto a maioria das espécies, inclusive as estudadas por Jarvis, usa sons
para atrair parceiros para o acasalamento, somente os humanos usam a
linguagem majoritariamente para a comunicação.
“É possível que no início da nossa história evolutiva usássemos, assim como esses pássaros, a
fala e o canto como atrativos sexuais e depois passamos a usar como forma de comunicação
também”, sugere. “O interessante é tentar descobrir como se deu essa mudança.”
Após a leitura das assertivas em que se analisa o processo de formação de algumas palavras
empregadas no texto, assinale V para verdadeiro e F para falso. Em seguida, assinale a alternativa
que contenha a ordem correta de cima para baixo:
( ) A palavra ”vocalizar” (3º parágrafo) é escrita com ‘z’, pois verbos formados a partir de palavras
que não têm ‘s’ na última sílaba são escritos com ‘z’ (- izar).
( ) A palavra “acasalamento” (penúltimo parágrafo) é um exemplo de derivação parassintética,
pois foram agregados radical e prefixo à palavra inicial.
( ) O plural do nome do pássaro: “mandarins- diamante” também estaria correto sob a forma:
mandarins-diamantes.
( ) Na palavra “independentemente” (6º parágrafo), o prefixo ‘im-’ assume a forma ‘in-‘ por estar
diante de uma palavra começada por ‘d
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A ordem correta é:
• a) F – V – F – F
• b) V – V – V – F
• c) V – F – V – F
• d) F – F – F – V
Assinale a única opção em que todos os verbos apresentam variação no radical quando
conjugados:
• a) Reconstrução
• b) Idealizadas
• c) Diariamente
• d) Heroicizadas
O processo de licenciamento de Angra III foi mais uma demonstração de como estamos
despreparados para conceber uma sociedade que, efetivamente, seja a base para a preservação
do planeta. Falas de autoridades públicas, de editoriais e até de alguns ambientalistas
defenderam esse tipo de energia com argumentos de que se trata de uma energia limpa, já que
não agrava o efeito estufa, e que o Brasil precisa reforçar sua matriz energét ica para se
desenvolver a taxas cada vez maiores. Sem contar o absurdo de chamar de energia limpa a
70
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
fissão nuclear e o seu perigoso lixo atômico, fica evidente que poucos se perguntam sobre as
consequências ambientais de se defender cada vez mais o desenvolvimento. Para frear o drama
ambiental planetário que se avizinha, precisamos é de menos desenvolvimento e de menos
consumo de energia e de recursos naturais.
Entrou na moda a expressão desenvolvimento sustentável. Empresários verdes,
ambientalistas, setores sociais variados agora adoram usar esse termo ecológico. Mas a
realidade é que qualquer desenvolvimento, por menor que seja, não é sustentável. A não ser que
sejam estancados o crescimento populacional planetário e essa busca desesperada para
atingirmos o modelo consumista predatório da natureza das naçõesmais ricas.
De que maneira participamos do ciclo perverso que começa na extração dos recursos
naturais, passa pela produção e distribuição e chega até ao consumidor? Conhecer a cadeia que
rege o consumo fica muito claro em vídeo, que circula pela internet, realizado pela ativista Annie
Leonard, o original Story Of Stuff. Essa animação bem construída explica a desastrosa cadeia que
começa devastando o meio ambiente até chegar ao inconsequente consumidor.
Já se foi o tempo em que se alimentar e vestir era algo complementar à vida do indivíduo.
Hoje em dia, esses hábitos se tornaram uma corrida insana para quem quer que seja se sentir
alguém. Os manipuladores da indústria da moda não se cansam de alternar tendências, para que
a cada estação tenhamos que renovar o guarda-roupa da cabeça aos pés . Com os
eletrodomésticos e eletrônicos em geral, a coisa fica mais cabeluda. Mal aprendemos a utilizar
um novo laptop- e já explode no mercado outro mais repleto de possibilidades! Para resistir à
pressão do mercado, é preciso muita força de vontade. E como nem todo mundo tem, aí eles
fazem a festa! Dessa forma, subvertemos a lei natural e o ser humano passa a valer menos que o
sistema por ele criado. Carros, sapatos, computadores descartáveis, uma corrida desenfreada em
busca do último modelo para alimentar a cadeia de
objetos descartáveis para pessoas descartáveis.
Mas o que fazer e como fazer para parar esse movimento destrutivo? Conhecer os
ensinamentos de grandes filósofos como Platão, Buda, Jesus, Gandhi e tantos outros que
dedicaram suas vidas para mostrar que a verdadeira realidade se encontra no interior do ser
humano. O grande vazio é que nos faz comer demais, comprar demais, amar demais sem
conseguir suprir a fome existencial. Para esses líderes espirituais, uma maior consciência do
nosso Eu Superior se refletirá num contato mais próximo com a natureza, produzindo uma
sociedade mais consistente e feliz. E sem dúvida faz parte dessa busca sermos capazes de viver
uma vida mais frugal.
Com relação ao comentário sobre o significado do sufixo destacado nas palavras, há evidente
equívoco em:
71
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
GABARITO
Classes de Palavras
A parte da gramática que estuda as classes de palavras é a MORFOLOGIA (morfo = forma, logia
= estudo), ou seja, o estudo da forma. Na morfologia, portanto, não estudamos as relações
entre as palavras, o contexto em que são empregadas, ou outros fatores que podem influenciá-
la, mas somente a forma da palavra.
Colômbia, bola, medo, trovão, paixão, etc. Essas palavras estão dando nome a lugar, objeto,
sensação física, fenômenos da natureza, emoções, enfim as coisas em geral. Esses nomes são
chamados SUBSTANTIVOS.
Assim, podemos dizer que substantivo é a palavra que dá nome aos seres. Eles podem ser
classificados da seguinte forma:
Concretos
Quando tratam de coisas reais, ou tidas como reais.
homem, menino, lobisomem, fada.
Abstratos
Quando tratam de estados e qualidades, sentimentos e ações.
vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (ação).
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Simples
Quando formados por um só radical.
flor, tempo, chuva...
Compostos
Quando possuem mais de um radical.
couve-flor, passatempo, guarda-chuva...
Primitivos
Quando não derivam de outra palavra da língua portuguesa.
pedra, ferro, porta...
Derivados
Quando derivam de outra palavra da língua portuguesa.
pedreira, pedreiro, ferreiro, portaria...
Comuns
Quando se referem a seres da mesma espécie, sem especificá-los.
país, cidade, pessoa...
Próprios
Quando se referem a seres, pessoas, entidades determinados. São escritos sempre com inicial
maiúscula.
Brasil, Santos, João, Deus...
Coletivos
Quando se referem a um conjunto de seres da mesma espécie.
álbum (fotografias, selos), biblioteca (livros), código (leis)...
Flexionam-se em gênero para indicar o sexo dos seres vivos. (quanto aos seres inanimados a
classificação é convencional).
Masculino
Quando podem ser precedidos dos artigos o ou os.
Feminino
Quando podem ser precedidos dos artigos a ou as.
Existem ainda substantivos que são uniformes em gênero:
Epicenos
Quando um só gênero se refere a animais macho e fêmea.
jacaré (macho ou fêmea)...
Sobrecomuns
Quando um só gênero se refere a homem ou mulher.
a criança (tanto menino quanto menina)
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Singular
Quando se refere a um único ser ou grupo de seres.
homem, povo, flor...
Plural
Quando se refere a mais de um ser ou grupo de seres.
homens, povos, flores...
Existem ainda substantivos que só se empregam no plural.
férias, pêsames, núpcias...
Flexionam-se em grau para se referir ao tamanho e também emprestar significado pejorativo,
afetivo, etc.
Normal: gente, povo...
Aumentativo: gentalha, povão (com sentido pejorativo)
Diminutivo: gentinha, povinho (com sentido pejorativo)
Adjetivos
Adjetivos são palavras que caracterizam o substantivo atribuindo-lhes qualidades, estados,
aparência, etc.
Quanto à classificação podem ser:
-Simples
Quando formados por apenas um radical.
claro, escuro...
- Compostos
Quando formados por dois ou mais radicais.
amarelo-claro, azul-escuro...
-Primitivos
Quando não derivados de outra palavra em língua portuguesa.
bom, feliz...
-Derivados
Quando derivados de outros substantivos ou verbos.
bondoso, amado...
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
- Uniformes
Quando uma única forma é usada tanto para concordar com substantivos masculinos quanto
com femininos.
menino feliz, menina feliz...
-Biformes
Quando se flexionam para concordar com o substantivo que qualificam.
menino bonito, menina bonita...
Quanto ao número, podem ser singular ou plural para acompanhar o substantivo que
qualificam.
relativo de superioridade
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Pronomes
Pronome é a classe de palavras que substitui uma frase nominal. Inclui palavras como ela, eles e
algo. Os pronomes são reconhecidos como uma parte do discurso distinta das demais desde
épocas antigas. Essencialmente, um pronome é uma única palavra (ou raramente uma forma
mais longa), com pouco ou nenhum sentido próprio, que funciona como um sintagma nominal
completo.
O pronome é a palavra que acompanha ou substitui o substantivo, relacionando-o com uma das
pessoas do discurso.
PRONOMES PESSOAIS são termos que substituem ou acompanham o substantivo. Servem para
representar os nomes dos seres e determinar as pessoas do discurso, que são:
Eu aprecio tua dedicação aos estudos. Será que ela aprecia também?
Os pronomes pessoais classificam-se em retos e oblíquos:
São pronomes oblíquos, quando atuam como complemento (objeto direto ou indireto).
Quanto à acentuação, classificam-se em oblíquos átonos (acompanham formas verbais) e
oblíquos tônicos ( acompanhados de preposição):
Pronomes oblíquos átonos: me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes.
Desejo-te boa sorte...
Faça-me o favor...
Em verbos terminados em -r, -s ou -z, elimina-se a terminação e os pronomes o(s), a(s) se
tornam lo(s), la(s).Em verbos terminados em -am, -em, -ão e -õe os pronomes se tornam no(s),
na(s).
Pronomes oblíquos tônicos: mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, eles, elas.
A mim pouco importa o que dizem...
Os pronomes de tratamento tem a função de pronome pessoal e serve para designar as pessoas
do discurso.
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PRONOMES POSSESSIVOS - Indicam posse. Estabelece relação da pessoa do discurso com algo
que lhe pertence.
Singular Plural
1ª pessoa meu(s), minha(s) nosso(s), nossa(s)
2ª pessoa teu(s), tua(s) vosso(s), vossa(s)
3ª pessoa seu(s), sua(s) dele(s), dela(s)
PRONOMES RELATIVOS – São os que relacionam uma oração a um substantivo que representa.
Também se classificam em variáveis e invariáveis.
Variáveis: o(a) qual, os(as) quais, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s).
Invariáveis:que, quem, onde.
Conseguiu o emprego que tanto queria.
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Verbos
Verbo é a palavra que exprime um fato (geralmente uma ação, estado ou fenômeno da
natureza) e localiza-o no tempo, usados também para ligar o sujeito ao predicado. Mas o verbo
é identificado principalmente por ser a classe de palavras que mais admitem flexões em número,
pessoa, modo, tempo e voz.
Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os seguintes elementos:
Por exemplo:
b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo.
Por exemplo:
fala-r
Por exemplo:
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
Por exemplo:
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)
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Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados ( compor, repor, depor, etc.), pertencem à
2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal "e", apesar de haver
desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
Classificam-se em:
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja flexão
não provoca alterações no radical.
Por exemplo:
b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências.
Por exemplo:
Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira pessoa do
singular. Os principais verbos impessoais são:
Por exemplo:
Por exemplo:
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Por exemplo:
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. Ex.: Já passa das seis.
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência.
Ex.: Basta detolices. Chega de blasfêmias.
3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim,
Não fica bem, Fica mal, sem referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos,
ainda, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos,
então, pessoais.
4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de "ser possível". Por
exemplo:
Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, se conjugam apenas nas terceiras pessoas, do
singular e do plural.
Por exemplo:
A fruta amadureceu.
As frutas amadureceram.
Observação: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem
figurada:
Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais; eis alguns:
bramar: tigre
bramir: crocodilo
cacarejar: galinha
coaxar: sapo
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cricrilar: grilo
1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.).
Observe os exemplos:
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Observe os exemplos:
Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar.)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo
Cláudia)
Por exemplo:
verbo falir
Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do
verbo falar - o que provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.
Por exemplo:
verbo computar
Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa -
formas de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas
vezes não impedem o uso efetivo de formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo
disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a popularização da
informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.
d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente,
esse fenômeno costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas
em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
Observe:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por exemplo:
f) Auxiliares
São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo
principal, quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas
nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Por exemplo:
Vou espantar as moscas.
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Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
g) Pronominais
São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se,
na mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas
reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja:
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos,
vos, se. São poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos
verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita no radical do verbo.
Por exemplo:
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento)
que recai sobre ela mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome
oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é
conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva
expressa pelo radical do próprio verbo.
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Eles se arrependem
2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai
sobre o objeto representado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito
faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos
diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se
chama voz reflexiva.
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A reflexibilidade se diz acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra
pessoa.
Observações:
1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais
não possuem função sintática.
2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são
essencialmente pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes,
apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas.
Por exemplo:
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. Em
Português, existem três modos:
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: Eu sempre estudo.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo: Talvez eu estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exemplo: Estuda agora, menino.
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes
(substantivo, adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:
a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter
valor e função de substantivo.
Por exemplo:
Por exemplo:
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Por exemplo:
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma ação
concluída.
Por exemplo:
d) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica
geralmente o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau.
Por exemplo:
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume
verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo verbal).
Por exemplo:
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode
ocorrer em diversos tempos. Veja:
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1. Tempos do Indicativo
Por exemplo:
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não
foi completamente terminado.
Por exemplo:
Por exemplo:
Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve início no passado e que
pode se prolongar até o momento atual.
Por exemplo:
Por exemplo:
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo
vindouro com relação ao momento atual.
Por exemplo:
Por exemplo:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por exemplo:
Por exemplo:
2. Tempos do Subjuntivo
Por exemplo:
Por exemplo:
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia
de condição ou desejo.
Por exemplo:
Por exemplo:
Por exemplo:
Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala de exames.
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em
relação ao atual.
Por exemplo:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por exemplo:
Primitivos:
presente do indicativo
pretérito perfeito do indicativo
infinitivo impessoal
Tempos Compostos
São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como
principal, qualquer verbo no particípio. São eles:
Por exemplo:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por exemplo:
Por exemplo:
Por exemplo:
Obs.: perceba que todas as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. A
frase Se eu estudasse, aprenderia é completamente diferente de Se eu tivesse estudado,
teria aprendido.
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do
Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do
Indicativo.
Por exemplo:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do
Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Pretérito simples do
Indicativo.
Por exemplo:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e
o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo simples.
Por exemplo:
Veja os exemplos:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o
principal no particípio, indicando ação passada em relação ao momento da fala.
Por exemplo:
Locuções Verbais
A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir
por meio delas os mais variados matizes de significado. Ser (estar, em algumas construções) é
usado nas locuções verbais que exprimem a voz passiva analítica do verbo. Poder e dever são
auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado processo se
realize ou não. Veja:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por exemplo:
Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar
a, pôr-se a, ir, vire estar, todos ligados à noção de aspecto verbal.
Aspecto Verbal
No que se refere ao estudo de valor e emprego dos tempos verbais, é possível perceber
diferenças entre o pretérito perfeito e o pretérito imperfeito do indicativo. A diferença entre
esses tempos é uma diferença deaspecto, pois está ligada à duração do processo verbal.
Observe:
O aspecto é imperfeito, pois o processo não tem limites claros, prolongando-se por período
impreciso de tempo.
- Quando atingimos o topo da montanha, encontramos a bandeira que ele fincara (ou havia
fincado) dois dias antes.
Outra informação aspectual que a oposição entre o perfeito e imperfeito pode fornecer diz
respeito à localização do processo no tempo. Os tempos perfeitos podem ser usados para
exprimir processos localizados num ponto preciso do tempo:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Esse tempo, conhecido como pretérito perfeito composto do indicativo, indica um processo
repetido ou frequente, que se prolonga até o presente.
- Estou almoçando.
A forma composta pelo auxiliar estar seguido do gerúndio do verbo principal indica um
processo que se prolonga. É largamente empregada na linguagem cotidiana, não só no
presente, mas também em outros tempos (estava almoçando, estive almoçando, estarei
almoçando, etc.).
Nas duas locuções destacadas, mais duas noções ligadas ao aspecto verbal: a indicação do
término e do início do processo verbal.
Infinitivo Impessoal
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso significa que ele apresenta
sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável.
Assim, considera-se apenas o processo verbal.
Por exemplo:
Amar é sofrer.
Veja:
Eu
falar -es Tu
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
vender Ele
partir -mos Nós
-des Vós
-em Eles
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª pessoas do singular (cujas formas são
iguais às do infinitivo impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas do
discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase).
Por exemplo:
Note: as regras que orientam o emprego da forma variável ou invariável do infinitivo não são
todas perfeitamente definidas. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago, e o infinitivo
pessoal mais preciso e determinado, recomenda-se usar este último sempre que for necessário
dar à frase maior clareza ou ênfase.
Observações importantes:
1. Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado;
Por exemplo:
Querer é poder.
Fumar prejudica a saúde.
É proibido colar cartazes neste muro.
Por exemplo:
Por exemplo:
No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", "tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo
(verbo auxiliar) deve ser flexionado.
Por exemplo:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por exemplo:
Por exemplo:
Por exemplo:
6. Com os verbos causativos "deixar", "mandar"e "fazer" e seus sinônimos que não
formam locução verbal com o infinitivo que os segue;
Por exemplo:
7. Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e sinônimos, deve-se também deixar o
infinitivo sem flexão.
Por exemplo:
Observações:
a) É inadequado o emprego da preposição "para" antes dos objetos diretos de verbos como
"pedir", "dizer", "falar" e sinônimos;
94
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) Quando a preposição "para" estiver regendo um verbo, como na oração "Este trabalho é para
eu fazer", pede-se o emprego do pronome pessoal "eu", que se revela, neste caso, como sujeito.
Outros exemplos:
Atenção:
Em orações como "Esta carta é para mim!", a preposição está ligada somente ao pronome, que
deve se apresentar oblíquo tônico.
Infinitivo Pessoal
Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso significa que ele atribui um agente
ao processo verbal, flexionando-se.
Por exemplo:
Por exemplo:
O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos estudarem bastante para a
prova.
Perdoo-te por me traíres.
O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade.
Por exemplo:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por exemplo:
Nota: como se pode observar, a escolha do Infinitivo Flexionado é feita sempre que se quer
enfatizar o agente (sujeito) da ação expressa pelo verbo.
DICAS:
a) Se o infinitivo de um verbo for escrito com "j", esse "j" aparecerá em todas as outras formas.
Por exemplo:
b) Quando o verbo tem o infinitivo com "g", como em "dirigir" e "agir" este "g" deverá ser
trocado por um "j" apenas na primeira pessoa do presente do indicativo.
Por exemplo:
eu dirijo/ eu ajo
- Elas parece mentirem - Neste exemplo ocorre, na verdade, um período composto. "Parece" é o
verbo de uma oração principal cujo sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva
reduzida de infinitivo "elas mentirem". Como desdobramento dessa reduzida, podemos ter a
oração "Parece que elas mentem."
Vozes do Verbo
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou
paciente da ação. São três as vozes verbais:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo.
Por exemplo:
Por exemplo:
Por exemplo:
O menino feriu-se.
Por exemplo:
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
Por exemplo:
Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a
construção com a preposição de.
Por exemplo:
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por exemplo:
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a
transformação das frases seguintes:
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem
eventualmente funcionar como auxiliares.
Por exemplo:
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome
apassivador SE.
Por exemplo:
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase.
Por exemplo:
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da
passiva e overbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Observe mais
exemplos:
- Eu o acompanharei.
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente
na passiva.
Por exemplo:
- Prejudicaram-me.
Fui prejudicado.
Saiba que:
1) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos, são chamados neutros.
Por exemplo:
O vinho é bom.
Aqui chove muito.
Por exemplo:
Por exemplo:
Por exemplo:
Chamo-me Luís.
Batizei-me na Igreja do Carmo.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Operou-se de hérnia.
Vacinaram-se contra a gripe.
Advérbios
Advérbio é a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro
advérbio. Raramente modifica um substantivo. É a palavra invariável que indica as circunstâncias
em que ocorre a ação verbal.
Tipos de Advérbios
DE MODO: Ex.:Sei muito BEM que ninguém deve passar atestado da virtude alheia.
Bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde,devagar, ás pressas, às claras, às
cegas, à toa, à vontade, às escondas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em
geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em
-mente:calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente,
docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente
DE EXCLUSÃO:
Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
DE INCLUSÃO:
Ex.: Emocionalmente o indivíduo TAMBÉM amadurece durante a adolescência. Ainda, até,
mesmo, inclusivamente, também
DE ORDEM:
Depois, primeiramente, ultimamente
DE DESIGNAÇÃO: Eis
DE INTERROGAÇÃO:
Ex.: E então?QUANDO é que embarca?
onde?(lugar), como?(modo), quando?(tempo), porque?(causa), quanto?(preço e intensidade),
para que?(finalidade
Palavras Denotativas
Há, na língua portuguesa, uma série de palavras que se assemelham a advérbios. A
Nomenclatura Gramatical Brasileira não faz nenhuma classificação especial para essas palavras,
por isso elas são chamadas simplesmente de palavras denotativas.
APROXIMAÇÃO:
quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
comparativo de igualdade:
Ex.; Chegarei tão cedo quanto você.
comparativo de superioridade:
Ex.: Chegarei mais cedo que você.
comparativo de inferioridade:
Ex.: Chegaremos menos cedo que você.
Numeral
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
CARDINAL
Indica quantidade, serve para fazer a contagem.
ORDINAL
Expressa ordem.
MULTIPLICATIVO
Indica multiplicação.
FRACIONÁRIO
Expressa divisão, fração e partes.
COLETIVO
Indica um conjunto. Exemplo: centena, dúzia, dezena, década e milheiro.
*Observação: "zero" e "ambos" são considerados como numerais.
Diferença entre um artigo e o um numeral, um artigo indica indefinição do substantivo e o um
numeral indica quantidade do substantivo.
Flexão dos numerais:
Alguns variam em gênero e número.
Dois – duas
segundo – segunda
Com funções adjetivas são variáveis.
- Ficou em coma por tomar doses triplas de veneno.
Números fracionários.
É meio-dia e meia (hora).
103
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Preposição
Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o
segundo ao primeiro, ou seja, o regente e o regido. Isso significa que a preposição é o termo
que liga substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a
substantivo, advérbio a substantivo, etc. Junto com as posposições e as
raríssimas circumposições, as preposições formam o grupo das adposições.
Tipos de Preposição
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como
preposições.
Como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, segundo, senão, visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a
última palavra é uma delas.
Abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo
de, em frente a, ao redor de, graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás
de.
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim
estabelecer concordância em gênero ou em número.
Ex: por + o = pelo
por + a = pela
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da preposição e sim das palavras a que
se ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir de dois
processos:
1. Combinação: A preposição não sofre alteração.
preposição a + artigos definidos o, os
a + o = ao
preposição a + advérbio onde
a + onde = aonde
105
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por + o = pelo(s)
Por + a = pela(s)
Preposição + Pronomes
De + ele(s) = dele(s)
De + ela(s) = dela(s)
De + este(s) = deste(s)
De + esta(s) = desta(s)
De + esse(s) = desse(s)
De + essa(s) = dessa(s)
De + aquele(s) = daquele(s)
De + aquela(s) = daquela(s)
De + isto = disto
De + isso = disso
De + aquilo = daquilo
De + aqui = daqui
De + aí = daí
De + ali = dali
De + outro = doutro(s)
De + outra = doutra(s)
Em + este(s) = neste(s)
Em + esta(s) = nesta(s)
Em + esse(s) = nesse(s)
Em + aquele(s) = naquele(s)
Em + aquela(s) = naquela(s)
Em + isto = nisto
Em + isso = nisso
Em + aquilo = naquilo
A + aquele(s) = àquele(s)
A + aquela(s) = àquela(s)
A + aquilo = àquilo
O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los?
- Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo. Ele servirá para determiná-lo
como um substantivo singular e feminino.
- A dona da casa não quis nos atender.
- Como posso fazer a Joana concordar comigo?
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos e estabelece relação de
subordinação entre eles.
- Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
- Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar um tratamento adequado.
- Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou a função de um substantivo.
- Temos Maria como parte da família. / A temos como parte da família
- Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / Creio que a conhecemos melhor que
ninguém.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Origem
Nós somos do Nordeste, e você?
Conteúdo
Quebrei dois frascos de perfume.
Oposição
Esse movimento é contra o que eu penso.
Preço
Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
Conjunção
Conjunção é uma das classes de palavras definidas pela gramática general. As conjunções
são palavras invariáveis que servem para conectar orações ou dois termos de mesma função
sintática, estabelecendo entre eles uma relação de dependência ou de simples coordenação.
CLASSIFICAÇÃO
- Conjunções Coordenativas
- Conjunções Subordinativas
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
Dividem-se em:
Observe os exemplos:
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também, não só...como também.
- ADVERSATIVAS
Expressam ideias contrárias, de oposição, de compensação. Exemplos:
ALTERNATIVAS
Expressam ideia de alternância.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
CONCLUSIVAS
Servem para dar conclusões às orações. Exemplos:
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do verbo), portanto, por
conseguinte, assim.
EXPLICATIVAS
Explicam, dão um motivo ou razão:
COMPARATIVAS
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como, mais...do que, menos...do que.
CONCESSIVAS
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo que, apesar de, se bem que.
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado.Traz em si uma ideia de
“apesar de”.
CONFORMATIVAS
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
CONSECUTIVAS
Expressam uma ideia de consequência.
FINAIS
Expressam ideia de finalidade, objetivo.
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (=para que),
PROPORCIONAIS
Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto mais, ao passo que, à proporção que.
TEMPORAIS
Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que.
O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chama-se locução conjuntiva.
Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que.
Observe os exemplos:
- Correram tanto, que ficaram cansados.
“Que ficaram cansados” aconteceu depois deles terem corrido, logo é uma consequência.
Ficaram cansados porque correram muito.
“Porque correram muito” aconteceu antes deles ficarem cansados, logo é uma causa.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Artigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de
maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
número dos substantivos.
Por exemplo:
Eu matei o animal.
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas.
Por exemplo:
Eu matei um animal.
É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este
quadro apresenta a forma assumida por essas combinações:
Preposições Artigos
o, os a, as um, uns uma, umas
a ao, aos à, às - -
de do, dos da, das dum, duns duma, dumas
em no, nos na, nas num, nuns numa, numas
por (per) pelo, pelos pela, pelas - -
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais
idênticas é conhecida por crase.
- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinação dos artigos definidos com a forma per,
equivalente a por.
Interjeição
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que
procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso,
seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo:
No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa palavra:
Droga!
111
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Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra. Ele
empregou a interjeição Droga!
As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe que estrutura
seus elementos e os distribui em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro
lado, são uma espécie de "palavra-frase", ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou
um conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma
sentença. Veja os exemplos:
1.Bravo! Bis!
ai: interjeição
Exemplos:
O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Desse modo, o
tom da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de enunciação.
Exemplos:
1.Psiu!
2.Psiu!
puxa: interjeição
112
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puxa: interjeição
Por exemplo:
Por exemplo:
A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da entonação com que é pronunciada;
por isso, pode ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido.
Por exemplo:
Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!, Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
113
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Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!, Fora!, Abaixo!, Francamente!,
Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
Desculpa: Perdão!
Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!, Eh!
Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!,
Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, Putz!
Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó,
Psiu!, Socorro!, Valha-me, Deus!
Locução Interjetiva
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão com sentido de interjeição.
Por exemplo :
Observações:
Por exemplo:
2) Além do contexto, o que caracteriza a interejeição é o seu tom exclamativo; por isso, palavras
de outras classes gramaticais podem aparecer como interjeições.
Por exemplo:
114
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3) A interjeição pode ser considerada uma "palavra-frase" porque sozinha pode constituir uma
mensagem.
Por exemplo:
Socorro!
Ajudem-me!
Silêncio!
Fique quieto!
Por exemplo:
5) Não se deve confundir a interjeição de apelo "ó" com a sua homônima "oh!", que exprime
admiração, alegria, tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do" oh!" exclamativo e não a fazemos
depois do "ó" vocativo.
Por exemplo:
Por exemplo:
Sintaxe
A Sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no
discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. Ao emitir uma mensagem verbal, o
emissor procura transmitir um significado completo e compreensível. Para isso, as palavras são
relacionadas e combinadas entre si. A sintaxe é um instrumento essencial para o manuseio
satisfatório das múltiplas possibilidades que existem para combinar palavras e orações.
115
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Frase
Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por
várias, podendo ter verbos ou não. A frase exprime, através da fala ou da escrita:
A frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de, num
intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada.
Exemplos:
Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que indica nitidamente seu início e seu
fim. A entoação pode vir acompanhada por gestos, expressões do rosto, do olhar, além de ser
complementada pela situação em que o falante se encontra. Esses fatos contribuem para que
frequentemente surjam frases muito simples, formadas por apenas uma palavra. Observe:
Rua!
Ai!
Estrutura da Frase
116
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As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos
essenciais: sujeito e predicado. Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser
formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por exemplo, há um sujeito
implícito na terminação do verbo: nós.
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É normalmente o
"ser de quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar".
O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Normalmente,
ele se refere ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. É sempre muito
importante analisar qual é o núcleo significativo da declaração: se o núcleo da declaração estiver
no verbo, teremos um predicado verbal(ocorre nas frases verbais); se o núcleo da declaração
estiver em algum nome, teremos um predicado nominal(ocorre nas frases nominais que
possuem verbo de ligação).
Observe:
O amor é eterno.
O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor". A declaração referente a "o amor",
ou seja, o predicado, é "é eterno". É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é o
nome "eterno". Já na frase:
O sujeito é "Os rapazes", que identificamos por ser o termo que concorda em número e pessoa
com o verbo"jogam". O predicado é "jogam futebol", cujo núcleo significativo é o
verbo "jogam". Temos, assim, um predicado verbal.
Oração
Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário:
Por Exemplo:
Período
Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido
completo. O período pode ser simples ou composto.
Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração
absoluta.
117
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Exemplos:
O amor é eterno.
As plantas necessitam de cuidados especiais.
Quero aquelas rosas.
O tempo é o melhor remédio.
Exemplos:
Tipos de Frases
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser integralmente captados se
atentarmos para o contexto em que são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em
que se explora a ironia.
Pense, por exemplo, na frase "Que educação!", usada quando se vê alguém invadindo, com seu
carro, a faixa de pedestres.
A entoação é um elemento muito importante da frase falada, pois nos dá uma ampla
possibilidade de expressão. Dependendo de como é dita, uma frase simples como "É ela." pode
indicar constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc. Na língua escrita, os sinais de
pontuação podem agir como definidores do sentido das frases.
Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo com
o sentido que transmitem. São elas:
a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da mensagem. São
empregadas quando se deseja obter alguma informação. A interrogação pode ser direta ou
indireta.
118
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c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo. Apresentam
entoação ligeiramente prolongada.
Por Exemplo:
d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor constata um fato. Esse tipo de frase informa
ou declara alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas.
Por Exemplo:
Deus te acompanhe!
Bons ventos o levem!
Exemplos:
Fogo!
Cuidado!
Belo serviço o seu!
Trabalho digno desse feirante.
Por Exemplo:
Termos da oração
119
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São os termos necessários para a formação das orações. Confira quais são os termos essenciais:
Esses termos integram (completam) o significado dos termos essenciais (sujeito e predicado). Os
três termos integrantes da oração são:
Diferentemente dos termos essenciais, os termos acessórios são necessários em apenas alguns
contextos. As funções desses termos são qualificar um ser, exprimir alguma circunstância e
determinar os substantivos. A seguir listaremos os termos acessórios:
As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos
essenciais: sujeito e predicado. Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser
formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por exemplo, há um sujeito
implícito na terminação do verbo: nós.
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É normalmente o
"ser de quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar".
120
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O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Normalmente,
ele se refere ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. É sempre muito
importante analisar qual é o núcleo significativo da declaração: se o núcleo da declaração estiver
no verbo, teremos um predicado verbal(ocorre nas frases verbais); se o núcleo da declaração
estiver em algum nome, teremos um predicado nominal(ocorre nas frases nominais que
possuem verbo de ligação).
Observe:
O amor é eterno.
O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor". A declaração referente a "o amor",
ou seja, o predicado, é "é eterno". É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é o
nome "eterno". Já na frase:
O sujeito é "Os rapazes", que identificamos por ser o termo que concorda em número e pessoa
com o verbo"jogam". O predicado é "jogam futebol", cujo núcleo significativo é o
verbo "jogam". Temos, assim, um predicado verbal.
Oração
Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário:
Por Exemplo:
Obs.: Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto
harmônico: elas são os termos ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da oração
desempenha uma função sintática.
Período
Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido
completo. O período pode ser simples ou composto.
Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração
absoluta.
Exemplos:
O amor é eterno.
As plantas necessitam de cuidados especiais.
121
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Exemplos:
Análise Sintática
A análise sintática tem como objetivo examinar a estrutura de um período e das orações que
compõem um período.
Estrutura de um Período
Observe:
Termos da Oração
No período "Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando", existem seis palavras. Cada
uma delas exerce uma determinada função nas orações. Em análise sintática, cada palavra da
oração é chamada de termoda oração. Termo é a palavra considerada de acordo com a função
sintática que exerce na oração.
1) Essenciais
2) Integrantes
3) Acessórios
122
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adjunto adnominal;
adjunto adverbial;
aposto.
Obs.:
O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: não pertence à estrutura da oração.
Sujeito e Predicado
Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos
essenciais. A oração possui dois termos essenciais, o sujeito e o predicado.
Por Exemplo:
Sujeito
Por Exemplo:
Predicado
Por Exemplo:
Sujeito Predicado
123
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Predicado Sujeito
Classificação do Sujeito
O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado. Existem
ainda as orações sem sujeito.
1 - Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar com precisão a partir da concordância
verbal. Pode ser:
a) Simples
Por Exemplo:
Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular. Diz-se que o
sujeito é simples quando o verbo da oração se refere a apenas um elemento, seja ele um
substantivo (singular ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração subjetiva.
Por Exemplo:
b) Composto
c) Implícito
Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado na oração, mas pode ser
identificado.
Por Exemplo:
Nessa oração, o sujeito é implícito e determinado, pois está indicado pela desinência
verbal -mos.
124
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2 - Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo
contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de
indeterminar o sujeito de uma oração:
O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo
identificado anteriormente (nem em outra oração):
Por Exemplo:
O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação
do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto
(verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na
terceira pessoa do singular.
Exemplos:
Por Exemplo:
Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos explícitos em
orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado.
Por Exemplo:
Nesse caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos). Ocorre sujeito oculto.
3 - Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo
impessoal. Observe a estrutura destas orações:
Sujeito Predicado
125
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É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura
e absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a
nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os casos mais comuns de
orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com:
Por Exemplo:
Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito
determinado.
Por Exemplo:
b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia
de tempo ou fenômenos meteorológicos:
Ser:
Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o
acompanha. (É uma hora/ São nove horas)
Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra
dia, ou então irá para o plural, concordando com o número de dias.
Estar:
Fazer:
Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Fez 39° C ontem. (Temperatura)
Haver:
Predicado
126
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
compraram roupas
As mulheres
novas.
Predicado
Durante o desistem do
muitos alunos
ano, curso.
Predicado Predicado
A natureza é bela.
Predicado
Predicação Verbal
Chama-se predicação verbal o resultado da ligação que se estabelece entre o sujeito e o verbo
e entre os verbos e os complementos. Quanto à predicação, os verbos podem
ser intransitivos, transitivos ou de ligação.
1) Verbo Intransitivo
É aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem necessitar, portanto, de um outro
termo para completar o seu sentido. Sua ação não transita.
Por Exemplo:
O avião caiu.
Essas informações ampliam o significado do verbo, mas não são necessárias para que se
compreenda a informação básica.
2) Verbo Transitivo
127
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
É o verbo que vem acompanhado por complemento: quem sente, sente algo; quem
revela, revela algo a alguém. O sentido desse verbo transita, isto é, segue adiante,
integrando-se aos complementos, para adquirir sentido completo. Veja:
S. Simples Predicado
1 2
1= Verbo Transitivo
2= Complemento Verbal (Objeto)
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Eu gosto de sorvete.
de= preposição
Por Exemplo:
a= preposição
3) Verbo de Ligação
É aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito, estabelecendo entre eles
(sujeito e características) certos tipos de relações.
128
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por Exemplo:
Sandra é alegre.
Sandra vive alegre.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Observação: a classificação do verbo quanto à predicação deve ser feita de acordo com o
contexto e não isoladamente. Um mesmo verbo pode aparecer ora como intransitivo, ora como
de ligação. Veja:
Classificação do Predicado
Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu núcleo significativo está num nome ou
num verbo. Além disso, devemos considerar se as palavras que formam o predicado referem-se
apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. Veja o exemplo abaixo:
129
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Sujeito Predicado
O predicado, apesar de ser formado por muitas palavras, apresenta apenas uma que se refere ao
sujeito:necessitam. As demais palavras ligam-se direta ou indiretamente ao verbo (necessitar é,
no caso, de algo), que assume, assim, o papel de núcleo significativo do predicado. Já em:
A natureza é bela.
Sujeito Predicado
No exemplo acima, o nome bela se refere, por intermédio do verbo, ao sujeito da oração. O
verbo agora atua como elemento de ligação entre sujeito e a palavra a ele relacionada. O núcleo
do predicado é bela. Veja o próximo exemplo:
amanheceu
O dia
ensolarado.
Sujeito Predicado
Percebemos que as duas palavras que formam o predicado estão diretamente relacionadas ao
sujeito:amanheceu (verbo significativo) e ensolarado (nome que se refere ao sujeito). O
predicado apresenta, portanto, dois núcleos: amanheceu e ensolarado.
Tomando por base o núcleo do que está sendo declarado, podemos reconhecer três tipos de
predicado: verbal,nominal e verbo-nominal.
Predicado Verbal
c) Indica ação.
Por exemplo:
Predicado Verbal
Para ser núcleo do predicado verbal, é necessário que o verbo seja significativo, isto é, que traga
uma ideia de ação. Veja os exemplos abaixo:
Chove muito nos estados do sul do país. (núcleo do predicado verbal = Chove)
130
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Obs.: no último exemplo há uma locução verbal de voz passiva, o que não impede o
verbo demolir de ser o núcleo do predicado.
Predicado Nominal
Por Exemplo:
Leonardo é competente.
Predicado Nominal
Predicativo do Sujeito
É o termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. Todo predicado
construído com verbo de ligação necessita de predicativo do sujeito. Pode ser representado por:
Por Exemplo:
131
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por Exemplo:
c) Pronome Substantivo:
Por Exemplo:
d) Numeral:
Por Exemplo:
Predicado Verbo-Nominal
Por Exemplo:
Predicado Verbo-
Nominal
O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um verbo (saíram - verbo intransitivo),
que indica uma ação praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito (alegres), que indica o
estado do sujeito no momento em que se desenvolve o processo verbal. É importante observar
que o predicado dessa oração poderia ser desdobrado em dois outros, um verbal e um nominal.
Veja:
Por Exemplo:
132
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Intransitivo Sujeito
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Verbo Predicativo do
Sujeito Objeto Direto
Transitivo Sujeito
Saiba que:
Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo,
basta passar a oração para voz passiva. Veja:
Voz Ativa:
Verbo Objeto
Sujeito Predicativo do Objeto
Significativo Direto
Voz Passiva:
Verbo Predicativo do
Significativo Objeto
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa
relação se evidencia quando passamos a oração para a voz passiva.
Por Exemplo:
133
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Certos verbos ou nomes presentes numa oração não possuem sentido completo em si mesmos.
Sua significação só se completa com a presença de outros termos, chamados integrantes. São
eles:
complemento nominal;
agente da passiva.
Complementos Verbais
1) Objeto Direto
É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio
necessário da preposição.
Por Exemplo:
Objeto
Direto
Exemplos:
b) Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos.
Exemplos:
Por Exemplo:
Atenção:
Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de preposição facultativa. Isso pode
ocorrer:
134
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Obs.: caso o objeto direto não viesse preposicionado, o sentido da oração ficaria ambíguo, pois
não poderíamos apontar com precisão o sujeito (o nosso colega).
2) Objeto Indireto
É o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Vem sempre regido de
preposição clara ou subentendida. Atuam como objeto indireto os pronomes: lhe, lhes, me te, se,
nos, vos.
Exemplos:
Objeto
Indireto
Objeto Indireto
Objeto
Indireto
Obs.: muitas vezes o objeto indireto inicia-se com crase (à, àquele, àquela, àquilo). Isso
ocorre quando o verbo exige a preposição "a", que acaba se contraindo com a palavra
seguinte.
Por Exemplo:
Entregaram à mãe o presente. (à = "a" preposição + "a" artigo definido)
Observações Gerais:
a) Pode ocorrer ainda o (objeto direto ou indireto) pleonástico, que consiste na retomada do objeto
por um pronome pessoal, geralmente com a intenção de colocá-lo em destaque.
135
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) Os pronomes oblíquos o, a, os, as (e as variantes lo, la, los, las, no, na, nos, nas) são sempre
objeto direto. Os pronomes lhe, lhes são sempre objeto indireto.
Exemplos:
Eu a encontrei no quarto. (OD)
Vou avisá-lo.(OD)
Eu lhe pagarei um sorvete.(OI)
c) Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem ser objeto direto ou indireto. Para determinar
sua função sintática, podemos substituir esses pronomes por um substantivo: se o uso da
preposição for obrigatório, então se trata de um objeto indireto; caso contrário, de objeto direto.
Por Exemplo:
Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se: "Roberto viu o
amigo na escola." Veja que a preposição não foi usada. Portanto, "me" é objeto direto.
João me telefonou.(OI)
Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se: "João telefonou
ao amigo". A preposição foi usada. Portanto, "me" é objeto indireto.
3) Complemento Nominal
É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo. Assim, pode referir-se
a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre por meio de preposição.
Exemplos:
Saiba que:
136
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
4) Agente da Passiva
É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na voz
passiva. Vem regido comumente da preposição "por" e eventualmente da preposição "de".
Por Exemplo:
Ao passar a frase da voz passiva para a voz ativa, o agente da passiva recebe o nome de
sujeito. Veja:
Voz Ativa
Outros exemplos:
Observações:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para
a compreensão do enunciado. Ao acrescentar informações novas, esses termos:
137
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
- caracterizam o ser;
- determinam os substantivos;
- exprimem circunstância.
Anoiteceu.
No exemplo acima, temos uma oração de predicado verbal formado por um verbo impessoal.
Trata-se de uma oração sem sujeito. O verbo anoiteceu é suficiente para transmitir a mensagem
enunciada. Poderíamos, no entanto, ampliar a gama de informações contidas nessa frase:
Por Exemplo:
A ideia central continua contida no verbo da oração. Temos, agora, duas noções acessórias,
circunstanciais, ligadas ao processo verbal: o modo como anoiteceu (suavemente) e o lugar
onde anoiteceu (na cidade). A esses termos acessórios que indicam circunstâncias relativas ao
processo verbal damos o nome de adjuntos adverbiais.
Por Exemplo:
Agora, além do núcleo do sujeito (Fernando Pessoa) há um termo que explica, que enfatiza esse
núcleo: o criador de poetas. Esse termo é chamado de aposto.
Adjunto Adverbial
138
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa,
finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de
um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo:
Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso, intensifica a
forma verbalrespeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica
o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na terceira
oração, muito intensifica o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de modo.
Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se relaciona com a circunstância por ele
expressa, os termos acima podem ser classificados, respectivamente em: adjunto adverbial de
tempo, adjunto adverbial de meio eadjunto adverbial de lugar.
Observação: nem sempre é possível apontar com precisão a circunstância expressa por um
adjunto adverbial. Em alguns casos, as diferentes possibilidades de interpretação dão origem a
orações sugestivas.
Por Exemplo:
Adjunto Adnominal
139
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Núcleo do
Sujeito Objeto Direto Objeto Indireto
Predicado Verbal
o artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução adjetiva de infância são adjuntos
adnominais deamigo.
Por Exemplo:
As palavras "o", notável e português tiveram de acompanhar o substantivo poeta, por se tratar
de adjuntos adnominais. O mesmo aconteceria se substituíssemos o substantivo obra pelo
pronome a. Veja:
Aposto
Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou
especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou
travessão.
Por Exemplo:
140
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Aprecio todos os tipos de música: MPB, rock, blues, chorinho, samba, etc.
Objeto Direto
Obs.: o termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática (inclusive a
de aposto).
Por Exemplo:
Classificação do Aposto
De acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere, o aposto pode ser
classificado em:
a) Explicativo:
A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com o meio em
que vivem,adquiriu grande destaque no mundo atual.
b) Enumerativo:
c) Resumidor ou Recapitulativo:
Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está na base de um
país melhor.
d) Comparativo:
Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida.
e) Distributivo:
141
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este na
prosa.
f) Aposto de Oração:
Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais
de pontuação (vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo individualiza um substantivo de
sentido genérico, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma preposição, sem que
haja pausa na entonação da frase:
Por Exemplo:
Vocativo
Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não
pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar
ou interpelar um ouvinte real ou hipotético. Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda
pessoa do discurso. Veja os exemplos:
Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam o interlocutor a que se
está dirigindo a palavra.
Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, tais como ó, olá, eh!, etc.
Por Exemplo:
142
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
143
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Obs.: qualquer oração (coordenada ou subordinada) será ao mesmo tempo principal, se houver
outra que dela dependa.
Por Exemplo:
Agora observe:
As luzes apagam-se;
abrem-se as cortinas;
e começa o espetáculo.
A conexão entre as duas primeiras é feita exclusivamente por uma pausa, representada na
escrita por uma vírgula. Entre a segunda e a terceira, é feita pelo uso da conjunção "e". As
orações coordenadas que se ligam umas às outras apenas por uma pausa, sem conjunção, são
chamadas assindéticas. É o caso de "As luzes apagam-se" e "abrem-se as cortinas". As orações
coordenadas introduzidas por uma conjunção são chamadas sindéticas. No exemplo acima, a
oração "e começa o espetáculo" é coordenada sindética, pois é introduzida pela conjunção
coordenativa "e".
144
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
a) Aditivas
Por Exemplo:
As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só... mas
(também), tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas quando se
pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração. Veja:
Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem.
Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de
reestruturação social do país.
Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se na língua culta a
forma "enem" para introduzir orações aditivas.
Por Exemplo:
b) Adversativas
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior,
estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. Além dela,
empregam-se: porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante,
nada obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas.
Veja os exemplos:
"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar)
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria.
Tens razão, contudo controle-se.
Renata gostava de cantar, todavia não agradava.
O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.
c) Alternativas
Exemplos:
145
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Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas orações que, na
verdade, expressam concessão em relação a "Estarei lá". É como disséssemos: "Embora você não
permita, estarei lá".
d) Conclusivas
Exemplos:
e) Explicativas
Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior.
As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao
verbo). Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas.
Exemplos:
Atenção:
Por Exemplo:
A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser
a causa de sua doença.)
146
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Por Exemplo:
Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da
tristeza de Henrique.)
Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e
que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
As orações subordinadas dividem-se em três grupos, de acordo com a função sintática que
desempenham e a classe de palavras a que equivalem. Podem ser substantivas,
adjetivas ou adverbiais. Para notar as diferenças que existem entre esses três tipos de orações,
tome como base a análise do período abaixo:
Nessa oração, o sujeito é "eu", implícito na terminação verbal da palavra "percebi". "A
profundidade das palavras dele" é objeto direto da forma verbal "percebi". O núcleo do objeto
direto é "profundidade".Subordinam-se ao núcleo desse objeto os adjuntos
adnominais "a" e "das palavras dele ". No adjunto adnominal "das palavras dele", o núcleo é o
substantivo "palavras", ao qual se prendem os adjuntos adnominais "as" e "dele". "Só depois
disso" é adjunto adverbial de tempo.
É possível transformar a expressão "a profundidade das palavras dele", objeto direto, em
oração. Observe:
Nesse período, o adjunto adnominal de "profundidade" passa a ser a oração "que as palavras
dele continham". O adjunto adnominal é uma função adjetiva da oração, ou seja, é função
exercida por adjetivos, locuções adjetivas e outras palavras de valor adjetivo. É por isso que são
147
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
chamadas de subordinadas adjetivasas orações que, nos períodos compostos por subordinação,
atuam como adjuntos adnominais de termos das orações principais.
Outra modificação que podemos fazer no período simples original é a transformação do adjunto
adverbial de tempo em uma oração. Observe:
Nesse período composto, "Só quando caí em mim" é uma oração que atua como adjunto
adverbial de tempo do verbo da outra oração. O adjunto adverbial é uma função adverbial da
oração, ou seja, é função exercida por advérbios e locuções adverbiais. Portanto, são chamadas
de subordinadas adverbiais as orações que, num período composto por subordinação, atuam
como adjuntos adverbiais do verbo da oração principal.
Observe que na Oração Subordinada temos o verbo "existe", que está conjugado na terceira
pessoa do singular do presente do indicativo. As orações subordinadas que apresentam verbo
em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo), são
chamadas de orações desenvolvidas ouexplícitas.
Observe que a análise das orações continua sendo a mesma: "Eu sinto" é a oração principal, cujo
objeto direto é a oração subordinada "existir em meu gesto o teu gesto". Note que a oração
subordinada apresenta agora verbo no infinitivo. Além disso, a conjunção que, conectivo que
unia as duas orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge numa das formas
nominais (infinitivo - flexionado ou não - , gerúndio ou particípio) chamamos orações
reduzidas ou implícitas.
A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, geralmente, por
conjunção integrante (que, se).
Por Exemplo:
148
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
De acordo com a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. Observe:
Sujeito
Atenção:
Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome " isso".
Assim, temos um período simples:
149
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente - Está
comprovado
Por Exemplo:
Por Exemplo:
3- Verbos como:
Por Exemplo:
b) Objetiva Direta
A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do verbo da
oração principal.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
150
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nas
interrogações indiretas:
Por Exemplo:
3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas
interrogações indiretas:
Por Exemplo:
c) Objetiva Indireta
A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do verbo da
oração principal. Vem precedida de preposição.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
d) Completiva Nominal
Por Exemplo:
e) Predicativa
151
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por Exemplo:
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.)
Oração Subordinada Substantiva Predicativa
Veja o exemplo:
f) Apositiva
A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo da oração
principal.
Por Exemplo:
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ou seja, que a
ele equivale. As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto
adnominal do antecedente. Observe o exemplo:
Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é
possível formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja:
Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que
ela modifica é feita pelo pronome relativo que. Além de conectar (ou relacionar) duas orações,
152
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração subordinada: ocupa o papel
que seria exercido pelo termo que o antecede.
Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou
subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem
as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo
(podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais
(infinitivo, gerúndio ou particípio).
Por Exemplo:
Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas
podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido
do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa,
sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações que realçam um
detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido,
as quais denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo 1:
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento.
Oração Subordinada
Adjetiva Restritiva
Exemplo 2:
Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra
"homem": na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no
conceito de "homem".
153
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplo 1:
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no
mínimo, dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão",
no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é preciso restringir seu universo. Para isso, usa-
se uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Exemplo 2:
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem
apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é
uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador, diferenciador, e sim um detalhe
que se quer realçar.
Observações:
Por Exemplo:
e = conjunção
Por Exemplo:
o = antecedente
O estudo das orações subordinadas adjetivas está profundamente ligado ao emprego dos
pronomes relativos. Por isso, vamos aprofundar nosso conhecimento acerca desses pronomes.
154
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O pronome relativo "que" é chamado relativo universal, pois seu emprego é extremamente
amplo. Esse pronome pode ser usado para substituir pessoa ou coisa, que estejam no singular
ou no plural. Sintaticamente, o relativo "que" pode desempenhar várias funções:
•Eis os artistas.
Sujeito
•Trouxe o documento
Objeto Direto
•Eis o caderno.
Objeto Indireto
Complemento nominal
•Você é o professor.
Predicativo do Sujeito
155
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
•Este é o animal.
Agente da Passiva
g) Adjunto Adverbial: O acidente ocorreu no dia em que eles chegaram. (adjunto adverbial de
tempo).
Observação
Pelos exemplos citados, percebe-se que o pronome relativo deve ser precedido
de preposição apropriada de acordo com a função que exerce. Na língua escrita formal,
é sempre recomendável esse cuidado.
d) Agente da Passiva: O médico por quem fomos assistidos é um dos mais renomados
especialistas.
"Cujo" e sua flexões equivalem a "de que", "do qual" (ou suas flexões "da qual", "dos quais", "das
quais"), "de quem". Estabelecem normalmente relação de posse entre o antecedente e o termo
que especificam, atuando na maior parte das vezes como adjunto adnominal e em algumas
construções como complemento nominal. Veja:
156
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
a) Adjunto Adnominal:
Não consigo conviver com pessoas cujas aspirações sejam essencialmente materiais.
(Não consigo conviver com pessoas / As aspirações dessas pessoas são essencialmente
materiais).
b) Complemento Nominal:
O livro, cuja leitura agradou muito aos alunos, trata dos tristes anos da ditadura. (cuja
leitura = a leitura do livro)
"O qual"," a qual"," os quais" e "as quais" são usados com referência a pessoa ou coisa.
Desempenham as mesmas funções que o pronome "que"; seu uso, entretanto, é bem menos
frequente e tem se limitado aos casos em que é necessário para evitar ambiguidade.
Por Exemplo:
O uso de às quais permite deixar claro que nos estamos referindo apenas às noites. Se
usássemos a que, não poderíamos impor essa restrição. Observe esses dois exemplos:
a) Sujeito:
Nesse caso, o relativo a qual também evita ambiguidade. Se fosse usado o relativo que, não
seria possível determinar quem trabalha na Alemanha.
b) Adjunto Adverbial:
Não deixo de cuidar da grama, sobre a qual às vezes gosto de um bom cochilo.
A preposição sobre, dissilábica, tende a exigir o relativo sob as formas " o / a qual", "os / as
quais", rejeitando a forma "que".
O pronome relativo "onde" aparece apenas no período composto, para substituir um termo da
oração principal numa oração subordinada. Por essa razão, em um período como "Onde você
nasceu?", por exemplo, não é possível pensar em pronome relativo: o período é simples, e nesse
caso, "onde" é advérbio interrogativo.
Na língua culta, escrita ou falada, "onde" deve ser limitado aos casos em que há indicação
de lugar físico, espacial. Quando não houver essa indicação, deve-se preferir o uso de em
que, no qual (e suas flexões na qual, nos quais, nas quais) e nos casos da ideia de causa /
efeito ou de conclusão.
Por Exemplo:
157
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Quero uma cidade tranquila, onde possa passar alguns dias em paz.
Vivemos uma época muito difícil, em que (na qual) a violência gratuita impera.
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce a função de adjunto adverbial do
verbo da oração principal. Dessa forma, pode exprimir circunstância
de tempo, modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida por
uma das conjunções subordinativas (com exclusão das integrantes). Classifica-se de acordo com
a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz. Observe os exemplos abaixo:
A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma das formas nominais do verbo ("ver" no
infinitivo) e não é introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma preposição
("a", combinada com o artigo "o").
158
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
a) Causa
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um determinado fato,
ao motivo do que se declara na oração principal. "É aquilo ou aquele que determina um
acontecimento".
Outras conjunções e locuções causais: como (sempre introduzido na oração anteposta à oração
principal), pois, pois que, já que, uma vez que, visto que.
Exemplos:
b) Consequência
Principal conjunção subordinativa consecutiva: QUE (precedido de tal, tanto, tão, tamanho)
Exemplos:
c) Condição
Condição é aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não de um fato. As
orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer para que se
realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal.
Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser
que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo).
Exemplos:
159
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
d) Concessão
Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda quando, mesmo que,
se bem que, posto que, apesar de que.
A oração acima expressa uma condição: o fato de "eu" ir só se realizará caso essa condição for
satisfeita.
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei de qualquer maneira,
independentemente de sua ida. A oração destacada é, portanto, subordinada adverbial
concessiva.
e) Comparação
Por Exemplo:
160
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Utilizam-se com muita frequência as seguintes estruturas que formam o grau comparativo dos
adjetivos e dos advérbios: tão... como (quanto), mais (do) que, menos (do) que. Veja os
exemplos:
f) Conformidade
Outras conjunções conformativas: como, consoante e segundo (todas com o mesmo valor
de conforme).
Exemplos:
g) Finalidade
Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a locução conjuntiva para que.
Por Exemplo:
h) Proporção
161
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplos:
Lembre-se:
À medida que é uma conjunção que expressa ideia de proporção; portanto, pode ser
substituída por "à proporção que".
Na medida em que exprime uma ideia de causa e equivale a "tendo em vista que" e só nesse
sentido deve ser usada.
Por Exemplo:
Na medida em que não há provas contra esse homem, ele deve ser solto.
i) Tempo
Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal e locuções conjuntivas: assim que,
logo que, todas as vezes que, antes que, depois que, sempre que, desde que, etc.
Exemplos:
Por Exemplo:
162
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2ª Oração: Oração Coordenada Sindética Aditiva (em relação à 1ª oração) e Oração Principal
(em relação à 3ª oração).
Responda
Mariana Sgarioni
Daniel Blair tem 4 aninhos e achou que seu cachorrinho de apenas uma semana de vida estava
muito sujo. O melhor jeito encontrado para um banho rápido foi atirar o animal na água do vaso
sanitário – e dar descarga. Por sorte, a mãe descobriu a tempo, e bombeiros resgataram o
animalzinho ainda vivo no esgoto. O caso aconteceu no início de junho, na Inglaterra, e chamou
a atenção das câmeras do mundo inteiro. Muitos perguntaram: será que Daniel seria um
psicopata divertindo-se com o sofrimento do bicho?
“Nesses casos, o que pode existir é um transtorno de conduta”; esse segmento do texto
apresenta:
163
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Eficiência militar
(Historieta Chinesa)
LI-HU ANG-PÔ, vice-rei de Cantão, Império da China, Celeste Império, Império do Meio, nome
que lhe vai a calhar, notava que o seu exército provincial não apresentava nem garbo marcial,
nem tampouco, nas últimas manobras, tinha demonstrado grandes aptidões guerreiras.
Como toda a gente sabe, o vice-rei da província de Cantão, na China, tem atribuições quase
soberanas. Ele governa a província como reino seu que houvesse herdado de seus pais, tendo
unicamente por lei a sua vontade.
Convém não esquecer que isto se passou, durante o antigo regime chinês, na vigência do qual,
esse vice-rei tinha todos os poderes de monarca absoluto, obrigando-se unicamente a contribuir
com um avultado tributo anual, para o Erário do Filho do Céu, que vivia refestelado em Pequim,
na misteriosa cidade imperial, invisível para o grosso do seu povo e cercado por dezenas de
mulheres e centenas de concubinas. Bem.
Verificado esse estado miserável do seu exército, o vice- rei Li-Huang-Pô começou a meditar nos
remédios que devia aplicar para levantar-lhe o moral e tirar de sua força armada maior
rendimento militar. Mandou dobrar a ração de arroz e carne de cachorro, que os soldados
venciam. Isto, entretanto, aumentou em muito a despesa feita com a força militar do vice-
reinado; e, no intuito de fazer face a esse aumento, ele se lembrou, ou alguém lhe lembrou, o
simples alvitre de duplicar os impostos que pagavam os pescadores, os fabricantes de porcelana
e os carregadores de adubo humano - tipo dos mais característicos daquela babilônica cidade
de Cantão.
Ao fim de alguns meses, ele tratou de verificar os resultados do remédio que havia aplicado nos
seus fiéis soldados, a fim de dar-lhes garbo, entusiasmo e vigor marcial.
Determinou que se realizassem manobras gerais, na próxima primavera, por ocasião de florirem
as cerejeiras, e elas tivessem lugar na planície de Chu-Wei-Hu - o que quer dizer na nossa língua:
“planície dos dias felizes”. As suas ordens foram obedecidas e cerca de cinqüenta mil chineses,
soldados das três armas, acamparam em Chu-Wei-Hu, debaixo de barracas de seda. Na China,
seda é como metim aqui.
Comandava em chefe esse portentoso exército, o general Fu-Shi-Tô que tinha começado a sua
164
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
carreira militar como puxador de tílburi* em Hong-Kong. Fizera-se tão destro nesse mister que o
governador inglês o tomara para o seu serviço exclusivo.
Este fato deu-lhe um excepcional prestígio entre os seus patrícios, porque, embora os chineses
detestem os estrangeiros, em geral, sobretudo os ingleses, não deixam, entretanto, de ter um
respeito temeroso por eles, de sentir o prestígio sobre humano dos “diabos vermelhos”, como os
chinas chamam os europeus e os de raça europeia.
Deixando a famulagem do governador britânico de Hong- Kong,Fu-Shi-Tô não podia ter outro
cargo, na sua própria pátria, senão o de general no exército do vice-rei de Cantão. E assim foi ele
feito, mostrando-se desde logo um inovador, introduzindo melhoramentos na tropa e no
material bélico, merecendo por isso ser condecorado, com o dragão imperial de ouro maciço.
Foi ele quem substituiu, na força armada cantonesa, os canhões de papelão, pelos do Krupp; e,
com isto, ganhou de comissão alguns bilhões de taels* que repartiu com o vice-rei. Os franceses
do Canet queriam lhe dar um pouco menos, por isso ele julgou mais perfeitos os canhões do
Krupp, em comparação com os do Canet. Entendia, a fundo, de artilharia, o ex-fâmulo do
governador de Hong-Kong.
O exército de Li-Huang-Pô estava acampado havia um mês, nas “planícies dos dias felizes”,
quando ele se resolveu a ir assistir-lhe as manobras, antes de passar-lhe a revista final.
O vice-rei, acompanhado do seu séquito, do qual fazia parte o seu exímio cabeleireiro Pi-Nu, lá
foi para a linda planície, esperando assistir a manobras de um verdadeiro exército germânico.
Antegozava isso como uma vítima sua e, também, como constituindo o penhor de sua
eternidade no lugar rendoso de quase rei da rica província de Cantão. Com um forte exército à
mão, ninguém se atreveria a demiti-lo dele. Foi.
Assistiu às evoluções com curiosidade e atenção. A seu lado, Fu-Shi-Pô explicava os temas e os
detalhes do respectivo desenvolvimento, com a abundância e o saber de quem havia estudado
Arte da Guerra entre os varais de um cabriolet*.
O vice-rei, porém, não parecia satisfeito. Notava hesitações, falta de élan na tropa, rapidez e
exatidão nas evoluções e pouca obediência ao comando em chefe e aos comandados
particulares; enfim, pouca eficiência militar naquele exército que devia ser uma ameaça à China
inteira, caso quisessem retirá-lo do cômodo e rendoso lugar de vice-rei de Cantão. Comunicou
isto ao general, que lhe respondeu:
165
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Li-Huang-Pô pôs-se a pensar, recordando a sua estadia em Berlim, as festas que os grandes
dignatários da corte de Potsdam lhe fizeram, o acolhimento do Kaiser e, sobretudo, os taels que
recebeu de sociedade com o seu general Fu-ShiPô... Seria uma ingratidão; mas... Pensou ainda
um pouco; e, por fim, num repente, disse peremptoriamente:
- Mudemos o uniforme; e já!
(Lima Barreto)
O trecho abaixo transcrito revela a insatisfação de LI-HU ANG-PÔ, vice-rei de Cantão, com o seu
exército.
“O vice-rei, porém, não parecia satisfeito. Notava hesitações, falta de élan na tropa, rapidez e
exatidão nas evoluções e pouca obediência ao comando em chefe e aos comandados
particulares; enfim, pouca eficiência militar naquele exército que devia ser uma ameaça à China
inteira, caso quisessem retirá-lo do cômodo e rendoso lugar de vice-rei de Cantão.
A oração “que lhe respondeu” tem sua correta classificação sintática indicada em:
Todos desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a
felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns
aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as
nossas necessidades.
166
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos deixamos extraviar. A cobiça
envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito
marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas
nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado
em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e
cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de
humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a
vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio nos aproximou. A própria natureza dessas coisas são um apelo eloquente à
bondade do homem, um apelo à fraternidade universal, a união de todos nós. Neste mesmo
instante, a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora. Milhões de desesperados:
homens, mulheres, criancinhas, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera
inocentes. Aos que podem me ouvir eu digo: não desespereis! A desgraça que tem caído sobre
nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura de homens que temem o
avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbirão
e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. Sei que os homens morrem, mas a
liberdade não perecerá jamais.
(Charles Chaplin)
Assinale a opção que indica a frase em que a conjunção e mostra valor adversativo.
GABARITO
167
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Concordância é o mecanismo pelo qual as palavras alteram sua terminação para se adequarem
harmonicamente na frase.
CONCORDÂNCIA VERBAL
Sujeito simples: antecedendo ou não o seu sujeito simples, o verbo concorda com ele em
número e pessoa (E o vento forte quebra as telhas e vidraças – verbo e sujeito no singular);
Sujeito composto anteposto ao verbo: o verbo pode ir para o plural, estar no singular ou no
plural (com palavras sinônimas, ou caso os núcleos do sujeito expressem uma gradação), ou
permanecer no singular (caso os núcleos do sujeito estejam se referindo à mesma pessoa ou
coisa, ou caso os núcleos do sujeito estejam resumidos por tudo, nada, ninguém);
Sujeito composto posposto ao verbo: o verbo irá para o plural (Explodem, como granadas, os
arrozais e as águas.), é admissível também a concordância do verbo com o núcleo mais próximo
(Só cabe no poema o homem sem estômago);
Sujeito composto de pessoas diferentes: o verbo vai para o plural na pessoa que prevalecer (O
trabalhador e eu plantamos muita mandioca por esse mundão);
Sujeito representado por um coletivo: o verbo concorda com o coletivo (A manada de touros
tomava a paisagem em largura);
Sujeito constituído de pronomes de tratamento: o verbo não concorda com a segunda pessoa:
vai para a terceira pessoa (Vossa Excelência se enganou).
CONCORDÂNCIA NOMINAL
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Concordância do predicado com o sujeito: predicado e sujeito simples (Lindas sombras ficaram
opacas na madrugada) ou predicado e sujeito composto (O ódio e o amor pareciam idênticos);
Chama-se regente o termo que exige complemento e regido o termo complementar (Ninguém
assistiu – termo regente – ao formidável enterro – termo regido).
Na regência nominal, alguns nomes (substantivo, adjetivo, advérbio) podem apresentar mais de
uma regência, como acontece com os verbos (Estava ansioso para ouvi-lo./ Estava ansioso por
ouvi-lo./ Estava ansioso de ouvi-lo.).
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Substantivos
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Advérbios
Longe de
Perto de
170
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
- Transitivo direto
- Transitivo indireto
- Transitivo direto e indireto
- Intransitivo
Verbos que requerem uma ligação direta do complemento. São os VTD, que dispensam auxílio
de preposição (Ver filmes. Parecer cansado.);
Verbos que requerem complemento sempre com a mesma preposição. São os VTI (Depender do
carro. Incorrer em erro.);
Verbos cujo complemento pode variar de preposição, sem alterar o sentido. São também VTI
(Contentar-se de ser feliz – Contentar-se com ser feliz);
Verbos cujo sentido varia conforme o complemento – com ou sem preposição (Aspirar ao cargo
– Desejar o cargo / Aspirar o pó – Sugar o pó).
ASPIRAR
Transitivo indireto: quando significa “pretender”, “desejar”, “almejar” e exige complemento com a
preposição “a”.
171
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Obs: Quando é transitivo indireto não admite a substituição pelos pronomes lhe(s). Devemos
substituir por “a ele(s)”, “a ela(s)”.
ASSISTIR
Transitivo direto: quando significa “socorrer”, “ajudar” e exige complemento sem preposição.
Obs: Nesse caso o verbo “assistir” pode ser usado com a preposição “a”.
- Assistir ao paciente.
CHAMAR
É transitivo direto quando significa “convocar”, “fazer vir” e exige complemento sem preposição.
Com o sentido de “apelidar” pode exigir ou não a preposição, ou seja, pode ser transitivo direto
ou transitivo indireto.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
VISAR
Pode ser transitivo direto (sem preposição) ou transitivo indireto (com preposição).
Quando significa “dar visto” e “mirar” é transitivo direto.
Quando significa “desejar”, “almejar”, “pretender”, “ter em vista” é transitivo indireto e exige a
preposição “a”.
Nesse caso não admite o pronome lhe(s) e deverá ser substituído por a ele(s), a ela(s). Ou seja,
não se diz: viso-lhe.
Obs: Quando o verbo “visar” é seguido por um infinitivo, a preposição é geralmente omitida.
ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)
No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja exigem complemento sem preposição.
No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição
“de”. São, portanto, transitivos indiretos.
Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o
verbo sofre leve alteração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea ,
porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado de
Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e indireto (lembrar alguma coisa a alguém
ou alguém de alguma coisa).
PREFERIR
É transitivo direto e indireto, ou seja, possui um objeto direto (complemento sem preposição) e
um objeto indireto (complemento com preposição)
SIMPATIZAR
QUERER
Pode ser transitivo direto (no sentido de “desejar”) ou transitivo indireto ( no sentido de “ter
afeto”, “estimar”).
NAMORAR
É transitivo direto, ou seja, não admite preposição.
OBEDECER
É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a preposição “a” (obedecer a).
Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode ser usado na voz passiva.
VER
174
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Sintaxe de Colocação
Nos exemplos acima, observe que o pronome "te" foi expresso em lugares distintos: antes e
depois do verbo. Isso ocorre porque os pronomes átonos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, lhes,
os, as) podem assumir três posições diferentes numa oração: antes do verbo, depois do verbo e
no interior do verbo. Essas três colocações chamam-se, respectivamente: próclise,
ênclise e mesóclise.
1) Próclise
Exemplos:
Ninguém o apoia.
Nunca se esqueça de mim.
Não me fale sobre este assunto.
b) Nas orações em que haja advérbios e pronomes indefinidos, sem que exista pausa.
Exemplos:
Por Exemplo:
Aqui, vive-se.
Exemplos:
175
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
d) Nas orações iniciadas por palavras exclamativas e nas optativas (que exprimem desejo).
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
g) Com a palavra "só" (no sentido de "apenas", "somente") e com as conjunções coordenativas
alternativas.
Exemplos:
Exemplos:
2) Mesóclise
Exemplos:
Observações:
176
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por Exemplo:
Tudo lhe emprestarei, pois confio em seus cuidados. (O pronome "tudo" exige o uso de
próclise.)
b) Com esses tempos verbais (futuro do presente e futuro do pretérito) jamais ocorre a ênclise.
3) Ênclise
A ênclise pode ser considerada a colocação básica do pronome, pois obedece à sequência
verbo-complemento. Assim, o pronome surge depois do verbo. Emprega-se geralmente:
a) Nos períodos iniciados por verbos (desde que não estejam no tempo futuro), pois, na língua
culta, não se abre frase com pronome oblíquo.
Exemplos:
Exemplos:
c) Nas orações reduzidas de gerúndio (desde que não venham precedidas de preposição "em".)
Exemplos:
Exemplos:
Observações:
177
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
2) A tendência para a próclise na língua falada atual é predominante, mas iniciar frases com
pronomes átonos não é lícito numa conversação formal. Por Exemplo:
3) Se o verbo não estiver no início da frase, nem conjugado nos tempos Futuro do Presente ou
Futuro do Pretérito, é possível usar tanto a próclise como a ênclise.
Exemplos:
Eu me machuquei no jogo.
Eu machuquei-me no jogo.
As crianças se esforçam para acordar cedo.
As crianças esforçam-se para acordar cedo.
Por Exemplo:
Exemplos:
Observações:
1) Quando houver preposição entre o verbo auxiliar e o infinitivo, a colocação do pronome será
facultativa.
Por Exemplo:
2) Com a preposição "a" e o pronome oblíquo "o" (e variações) o pronome deverá ser colocado
depois do infinitivo.
178
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Por Exemplo:
Estando o verbo principal no particípio, o pronome oblíquo átono não poderá vir depois dele.
Por Exemplo:
a) Se não houver fator que justifique a próclise, o pronome ficará depois do verbo auxiliar.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Uso do QUE
O “que” pode fazer a vez de substantivo, pronome adjetivo, pronome interrogativo, pronome
relativo, preposição, advérbio de modo e de intensidade, partícula expletiva e interativa,
interjeição, conjunção coordenativa e subordinada. Veja abaixo exemplos de cada uma de
suas funções.
Substantivo
Para que seja empregado como substantivo a palavra “que” necessita do acompanhamento de
um artigo indefinido (um) ou de uma preposição (de) além de receber a acentuação. Ela terá o
sentido de “qualquer coisa” ou “alguma coisa”. Confira no exemplo:
179
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Pronome Adjetivo
Neste caso o “que” poderá ser empregado como indefinido, interrogativo ou exclamativo.
Confira os exemplos:
Pronome Relativo
Quando a palavra “que” puder ser substituída por “o qual”, “a qual”, “os quais” ou “as quais” ela
terá a função de pronome relativo. Veja o exemplo:
Preposição
Sempre que o “que” for equivalente ao “de” terá a função de preposição, em locuções adverbiais
como auxiliar de ‘”ter” ou “haver”. Veja o exemplo abaixo:
Como advérbio de modo o “que” pode ser substituído por “como”. Exemplo:
Que prato mal feito era aquele! (Como aquele prato era mal feito!)
Como advérbio de intensidade a palavra pode ser substituída por “quão” ou “muito”. Exemplo:
Que feias eram aquelas ruas! (Quão feias eram aquelas ruas!)
Como partícula expletiva não possui função na oração, serve apenas para ressaltar algo citado.
Confira o exemplo:
Como partícula interativa o “que” sofre a repetição para dar ênfase à frase. Exemplo:
Conjunção Coordenativa
180
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
– Aditiva
– Alternativa
– Adversativa
– Explicativa
Conjunção Subordinativa
– Integrante
Aparecendo sempre no início de uma oração subordinada substantiva e sem função sintática.
– Comparativa
– Causal
– Concessiva
Neste caso o “que” expressa uma concessão, ou seja, uma exceção às regras.
– Consecutiva
Uso do SE
181
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse caso, não exerce função sintática. Como
conjunção, a palavra se pode ser:
* conjunção subordinativa condicional: inicia uma oração adverbial condicional (equivale a caso).
Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase sem prejuízo algum para o sentido.
Nesse caso, a palavra se não exerce função sintática. Como o próprio nome indica, é usada
apenas para dar realce.
Parte integrante do verbo: faz parte integrante dos verbos pronominais. Nesse caso, o se não
exerce função sintática.
Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede objeto direto, caracteriza as orações que estão
na voz passiva sintética. É também chamada de pronome apassivador. Nesse caso, não exerce
função sintática, seu papel é apenas apassivar o verbo.
Vendem-se casas.
Aluga-se carro.
Compram-se joias.
Índice de indeterminação do sujeito: vem ligando a um verbo que não é transitivo direto,
tornando o sujeito indeterminado. Não exerce propriamente uma função sintática, seu papel é o
de indeterminar o sujeito. Lembre-se de que, nesse caso, o verbo deverá estar na terceira pessoa
do singular.
182
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Trabalha-se de dia.
Precisa-se de vendedores.
Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome pessoal, ela deverá estar sempre na mesma
pessoa do sujeito da oração de que faz parte. Por isso o pronome oblíquo se sempre será
reflexivo (equivalendo a a si mesmo), podendo assumir as seguintes funções sintáticas:
* objeto direto
* objeto indireto
* sujeito de um infinitivo
Pontuação
Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem escrita. Embora não
consigam reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral, eles estruturam os textos e
procuram estabelecer as pausas e as entonações da fala. Basicamente, têm como finalidade:
Vírgula (,)
É usada para:
183
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
a) separar termos que possuem mesma função sintática na oração: O menino berrou, chorou,
esperneou e, enfim, dormiu.
1. Uma vontade indescritível de beber água, eu senti quando olhei para aquele copo suado!
(antecipação de complemento verbal)
2. Nada se fez, naquele momento, para que pudéssemos sair! (antecipação de adjunto adverbial)
e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por exemplo, além
disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.
g) isolar orações adjetivas explicativas: O filme, que você indicou para mim, é muito mais do que
esperava.
Ponto-final (.)
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O quê? não acredito que você tenha feito isso! (atitude de indignação)
Não esperava que fosse receber tantos elogios! Será que mereço tudo isso? (surpresa)
Qual será a minha colocação no resultado do concurso? Será a mesma que imagino?
(expectativa)
a) Depois de frases que expressem sentimentos distintos, tais como: entusiasmo, surpresa,
súplica, ordem, horror, espanto:
185
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
* Quando se deseja intensificar ainda mais a admiração ou qualquer outro sentimento, não há
problema algum em repetir o ponto de exclamação ou interrogação. Note:
É usado para:
- geometria;
- álgebra;
- trigonometria;
- financeira.
b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Ele não disse nada, apenas olhou
ao longe, sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com seu cão.
Dois-pontos (:)
É usado quando:
Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não brigue com seus
colegas e não responda à professora.
Aspas (“”)
a) citação de alguém: “A ordem para fechar a prisão de Guantánamo mostra um início firme.
Ainda na edição, os 25 anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares do Oportunity no
exterior” (Carta Capital on-line)
186
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Reticências (...)
São usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção ou dar ideia de continuidade ao
que se estava falando:
Parênteses ( )
São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples indicações.
Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece repetido e, por isso, há o
predomínio de vírgulas).
Travessão (–)
- Não importa, o fato é que assim você estará contribuindo para a elaboração deste projeto.
Precisamos acreditar sempre – disse o aluno confiante – que tudo irá dar certo.
Não aja dessa forma – falou a mãe irritada – pois pode ser arriscado.
187
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O prêmio foi destinado ao melhor aluno da classe – uma pessoa bastante esforçada.
O uso do hífen
A letra “H” é uma letra sem personalidade, sem som. Em “Helena”, não tem som; em
"Hollywood”, tem som de “R”. Portanto, não deve aparecer encostado em prefixos:
•pré-história
•anti-higiênico
•sub-hepático
•super-homem
Então, letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA.
Anti-inflamatório neoliberalismo
Supra-auricular extraoficial
Arqui-inimigo semicírculo
sub-bibliotecário superintendente
Quanto ao "R" e o "S", se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá ser dobrada:
minissaia antisséptico
contrarregra megassaia
•Sub-reino
•ab-rogar
•sob-roda
ATENÇÃO!
Quando dois “R” ou “S” se encontrarem, permanece a regra geral: letras iguais, SEPARA.
super-requintado super-realista
188
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
inter-resistente
Pan-americano, circum-escola
ATENÇÃO!
Não se usa o hífen após os prefixos “CO-, RE-, PRE” (SEM ACENTO)
Coobrigar relembrar
Cooperação reutilização
Cooperativa reelaborar
O ideal para memorizar essas regras, lembre-se, é conhecer e usar pelo menos uma palavra de
cada prefixo. Quando bater a dúvida numa palavra, compare-a à palavra que você já sabe e
escreva-a duas vezes: numa você usa o hífen, na outra não. Qual a certa? Confie na sua
memória! Uma delas vai te parecer mais familiar.
O “R” e o “S”, quando estão perto das vogais, são dobrados. Mas não se juntam com consoantes.
189
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Crase
Na língua portuguesa, crase é a fusão de duas vogais idênticas, mas essa denominação visa a
especificar principalmente a contração ou fusão da preposição a com os artigos definidos
femininos a, as ou com os pronomes demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo.
a+a=à
a + as = às
a + aquele(s) = àquele(s)
a + aquela(s) = àquela(s)
a + aquilo = àquilo
Para saber se ocorre ou não a crase, basta seguir três regras básicas:
01) Só ocorre crase diante de palavras femininas, portanto nunca use o acento grave indicativo
de crase diante de palavras que não sejam femininas.
- O sol estava a pino. Sem crase, pois pino não é palavra feminina.
- Ela recorreu a mim. Sem crase, pois mim não é palavra feminina. Pode até refereir-se a uma
mulher, mas a palavra em si não é feminina.
- Estou disposto a ajudar você. Sem crase, pois ajudar não é palavra feminina; é verbo.
02) Se a preposição a for exigida por um verbo que indica destino (ir, vir, voltar, chegar, cair,
comparecer, dirigir-se...), troque este verbo por outro que indique procedência (vir, voltar,
chegar...); se, diante do que indicar procedência, surgir da, diante do que indicar destino,
ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá crase. Essa substituição serve para demonstrar a
existência da preposição e do artigo, cuja junção exige o acento indicador de crase.
venho de = vou a
venho da = vou à
190
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
03) Se não houver verbo indicando destino, troca-se a palavra feminina por outra masculina; se,
diante da masculina, surgir ao, diante da feminina, ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá
crase. Essa substituição serve para demonstrar a existência da preposição e do artigo, cuja
junção exige o acento indicador de crase.
Casos especiais:
01) Nas expressões adverbiais à moda de e à maneira de, mesmo que as palavras moda e
maneira fiquem subentendidas, ocorre crase.
02) Nos adjuntos adverbiais de modo, lugar e tempo femininos, ocorre crase.
191
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
à maneira de, à moda de, às custas de, à procura de, à espera de, à medida que, à proporção
que...
04) Diante da palavra distância, só ocorrerá crase, se houver a formação de locução prepositiva
(à distância de) apesar de, modernamente, muitos cursos a distância escreverem tal expressão
com crase.
- Reconheci-o a distância.
05) Diante do pronome relativo que ou da preposição de, quando for fusão da preposição a com
o pronome demonstrativo a, as, que pode ser substituído por aquela, aquelas, esta, estas
06) Diante dos pronomes relativos a qual, as quais, quando o verbo da oração subordinada
adjetiva (o que vem logo depois de a qual, as quais) exigir a preposição a, ocorre crase.
07) Quando o a estiver no singular, diante de uma palavra no plural, não ocorre crase, pois falta-
lhe o artigo.
08) Nos adjuntos adverbiais de meio ou de instrumento, a não ser que cause ambiguidade.
192
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Nota: Modernamente, alguns gramáticos admitem crase diante de adjuntos adverbias de meio,
mesmo não ocorrendo ambiguidade. É o que tem ocorrido, por exemplo, com o adjunto
adverbial de meio (pagar) a vista.
Observação: Caso o pronome possessivo não acompanhe substantivo, mas o substitua, o artigo
será obrigatório; se, então, houver a preposição a, o acento indicador de crase também será
obrigatório.
10) Após a preposição até, é facultativo o uso da preposição a, quando esta for necessária ao
elemento anterior ao até, portanto, caso haja substantivo feminino à frente, a ocorrência de
crase será facultativa.
- Fui até a secretaria ou Fui até à secretaria, pois quem vai, vai a algum lugar.
193
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A palavra casa só terá artigo, se estiver especificada, portanto só ocorrerá crase diante da
palavra casa nesse caso.
- Significando chão firme, solo, só tem artigo, quando estiver especificada, portanto só nesse
caso poderá ocorrer a crase.
ESTILÍSTICA
Figuras de Linguagem
Figuras de Linguagem são recursos que tornam as mensagens que emitimos mais expressivas.
Subdividem-se em figuras de som, figuras de palavras, figuras de pensamento e figuras de
construção.
Observe:
1) Fernanda acordou às sete horas, Renata às nove horas, Paula às dez e meia.
2) "Quando Deus fecha uma porta, abre uma janela."
3) Seus olhos eram luzes brilhantes.
194
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplo 3: a força expressiva da frase está na associação entre os elementos olhos e luzes
brilhantes. Essa associação nos permite uma transferência de significados a ponto de
usarmos "olhos" por "luzes brilhantes". Temos, então, uma figura de palavra.
Figura de Palavra
METÁFORA
Exemplo:
COMPARAÇÃO
Exemplo:
195
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
PROSOPOPÉIA
É uma figura de linguagem que atribui características humanas a seres inanimados. Também
podemos chamá-la de PERSONIFICAÇÃO.
Exemplo:
SINESTESIA
Exemplo:
CATACRESE
É uma metáfora desgastada, tão usual que já não percebemos. Assim, a catacrese é o emprego
de uma palavra no sentido figurado por falta de um termo próprio.
Exemplo:
METONÍMIA
É a substituição de uma palavra por outra, quando existe uma relação lógica, uma proximidade
de sentidos que permite essa troca. Ocorre metonímia quando empregamos:
196
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
PERÍFRASE
Exemplo:
A Cidade Maravilhosa está tomada pela violência. (Cidade Maravilhosa = Rio de Janeiro)
ANTÍTESE
Exemplo:
EUFEMISMO
Exemplo:
HIPÉRBOLE
Exemplo:
IRONIA
Exemplo:
197
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
ONOMATOPÉIA
Exemplo:
ALITERAÇÃO
Exemplo:
ELIPSE
Exemplo:
ZEUGMA
Exemplo:
PLEONASMO
Exemplo:
POLISSÍNDETO
198
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplo:
ASSÍNDETO
Exemplo:
ANACOLUTO
Exemplo:
Nota: o anacoluto ocorre com frequência na linguagem falada, quando o falante interrompe a
frase, abandonando o que havia dito para reconstruí-la novamente.
ANAFÓRA
Consiste na repetição de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido, contribuindo para
uma maior expressividade.
Exemplo:
SILEPSE
Ocorre quando a concordância é realizada com a ideia e não sua forma gramatical. Existem três
tipos de silepse: gênero, número e pessoa.
De gênero.
Exemplo:
199
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Vossa excelência está preocupado com as notícias. (a palavra vossa excelência é feminina quanto
à forma, mas nesse exemplo a concordância se deu com a pessoa a que se refere o pronome de
tratamento e não com o sujeito).
De número.
Exemplo:
A boiada ficou furiosa com o peão e derrubaram a cerca. (nesse caso a concordância se deu com
a ideia de plural da palavra boiada).
De pessoa
Exemplo:
As mulheres decidimos não votar em determinado partido até prestarem conta ao povo. (nesse
tipo de silepse, o falante se inclui mentalmente entre os participantes de um sujeito em 3ª
pessoa).
Vícios de Linguagem
Ao contrário das figuras de linguagem, que representam realce e beleza às mensagens emitidas,
os vícios de linguagem são palavras ou construções que vão de encontro às normas gramaticais.
Os vícios de linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das
regras por parte do emissor. Observe:
Exemplos:
Barbarismo
200
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
1) Pronúncia
Exemplos:
2) Morfologia
Exemplos:
3) Semântica
4) Estrangeirismos
Exemplos:
Solecismo
1) Concordância
2) Regência
3) Colocação
Por Exemplo: Dancei tanto na festa que não aguentei-me em pé. (não me aguentei em pé)
201
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Ambiguidade ou Anfibologia
Exemplos:
Ana disse à amiga que seu namorado havia chegado. (O namorado é de Ana ou da amiga?)
O pai falou com o filho caído no chão. (Quem estava caído no chão? Pai ou filho?)
Cacofonia
Ocorre quando a junção de duas ou mais palavras na frase provoca som desagradável ou
palavra inconveniente.
Exemplos:
Eco
Hiato
Exemplos:
Eu a amo.
Ou eu ou a outra ganhará o concurso.
Colisão
202
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Matemática
Os números inteiros são números reais e representamos pela letra Z, escrevemos assim:
É importante ressaltar que os números inteiros são “fechados”, para as operações de adição,
multiplicação e subtração, ou seja, a soma, produto e diferença de dois números inteiros ainda é
um número inteiro.
Há subconjuntos de Z:
•Z* = Z-{0}
•Z- = conjunto dos inteiros não positivos = {... -5, -4, -3, -2, -1, 0}
Adição
Subtração
A ordem dos termos pode alterar o resultado de uma subtração: a - b ≠ b - a (sempre que a ≠ b)
203
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
M-S=R↔R+S=M
M+S+R=2×M
Valor absoluto
O Valor absoluto de um número inteiro indica a distância deste número até o zero quando
consideramos a representação dele na reta numérica.
Atenção: O valor absoluto de um número nunca é negativo, pois representa uma distância.
Números simétricos
Exemplos:
O oposto de 5 é -5.
O simétrico de 6 é -6.
204
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Qualquer adição, subtração ou multiplicação de dois números inteiros sempre resulta também
um número inteiro. Dizemos então que estas três operações estão bem definidas em Z ou,
equivalentemente, que o conjunto Z é fechado para qualquer uma destas três operações.
As divisõs, as potenciações e as radiciações entre dois números inteiros nem sempre têm
resultado inteiro. Assim, dizemos que estas três operações não estão bem definidas no conjunto
Z ou, equivalentemente, que Z não é fechado para qualquer uma destas três operações.
Existe um processo que simplifica o cálculo de adições e subtrações com números inteiros.
Observe os exemplos seguintes:
Exemplo1:
10 - 7 - 9 + 15 - 3 + 4
Solução:
Atenção: É preciso dar sermpre ao resultado o sinal do número que tiver o maior valor absoluto!
205
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplo2:
(+): +4 + 3 = +7
2º passo: Calcular a diferença dando a ela o sinal do total que tiver o maior módulo:
-27 + 7 = - 20
Multiplicação
O primeiro fator também pode ser chamado multiplicando enquanto o segundo fator pode ser
chamado multiplicador.
Se multiplicarmos um dos fatores por uma constante k, o produto será multiplicado por k: a × b
= c ↔ (a × k) × b = k × c
Divisão inteira
206
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplos:
8 × 7 + 4 = 60 e 0 ≤ 4 < |7|
Quando a divisão de N por D for exata diremos que N é divisível por D e D é divisor de N ou,
equivalentemente, que N é múltiplo de D e D é fator de N.
Se multiplicarmos o dividendo (N) e o divisor (D) de uma divisão por uma constante k ≠ 0, o
quociente (Q) não será alterado mas o resto (R) ficará multiplicado por k, se R × k < D, ou será
igual ao resto da divisão de R × k por D, se R × k ≥ D.
Nas multiplicações e divisões de dois números inteiros é preciso observar os sinais dos dois
termos da operação:
Exemplos:
(+) × (+) = +
(+) × (-) = -
(-) × (-) = +
(-) × (+) = -
(+) ÷ (+) = +
207
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
(+) ÷ (-) = -
(-) ÷ (-) = +
(-) ÷ (+) = -
Radiciação
Uma raiz nada mais é que uma operação inversa à potenciação, sendo assim, ela é utilizada para
representar, de maneira diferente, uma potência com expoente fracionário.
Exemplos
Propriedades
208
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplo
Equação do 2º grau
Exemplo:
209
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A resolução de uma equação do segundo grau consiste em obtermos os possíveis valores reais
para a incógnita, que torne a sentença matemática uma equação verdadeira. Tais valores são
a raiz da equação.
Para a resolução de uma equação do segundo grau completa ou incompleta, podemos recorrer
à fórmula geral de resolução:
210
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Portanto para equações do tipo ax2 + bx = 0, onde c = 0, uma das raízes sempre será igual a
zero e a outra será dada pela fórmula
Podemos notar que ao contrário dos dois casos anteriores, neste caso temos apenas uma única
raiz real, que será sempre igual a zero.
O cálculo do valor do discriminante é muito importante, pois através deste valor podemos
determinar o número de raízes de uma equação do segundo grau.
211
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
212
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
213
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Equação do 1º Grau
Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relação de igualdade. A palavra
equação tem o prefixo equa, que em latim quer dizer "igual". Exemplos:
2x + 8 = 0
5x - 4 = 6x + 8
3a - b - c = 0
214
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Termo da Equação
215
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Primeiramente vamos lembrar que o oposto de um número real é igual a este mesmo número
com o sinal trocado. O oposto de 2 é igual a -2. Obviamente o oposto de -2 voltará ao
número 2 inicial. Note ainda que a soma de um número pelo seu oposto sempre resultará em 0.
Precisamos também lembrar o que vem a ser o inverso de um número real diferente de zero. De
antemão sabemos que um número real diferente de zero multiplicado pelo seu inverso resultará
sempre em 1.
Simplificando, se a for um número real inteiro e diferente zero, o seu inverso será 1/a. No caso
de frações, o inverso multiplicativo da fração a/b será b/a, com a e b diferentes de zero.
Vejamos:
Para passarmos o número 10 no primeiro membro, para o segundo membro, iremos recorrer ao
princípio aditivo da igualdade. Vamos subtrair 10 dos dois membros da equação:
216
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Que é equivalente a:
217
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Depois de adquirido tais conhecimentos, podemos ver uma forma mais simples de
solucionarmos este tipo de equação. Vejamos:
A ideia agora é passar o termo 10 do primeiro para o segundo membro. Como ele está sendo
somado, passará para o outro lado sendo subtraído, já que a subtração é a operação inversa da
adição:
Que se resume a:
Passamos agora o coeficiente 2 para o segundo membro. Como ele está multiplicando, do outro
lado ele estará dividindo. Isto porque a divisão é a operação inversa da multiplicação:
218
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Apenas a título de verificação, vamos substituir a incógnita x por 45 para confirmarmos que este
valor torna a equação verdadeira:
Considere a equação: 2x - 6 = 5 - 3y
Trata-se de uma equação com duas variáveis, x e y, pode ser transformada numa
equação equivalente mais simples. Assim:
2x + 3y = 5 + 6
Na equação ax + by = c, denominamos:
Exemplos:
x + y = 30 -3x - 7y = -48
2x + 3y = 15 2x- 3y = 0
x - 4y = 10 x-y=8
219
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
x = 6, y = 1
x - 2y = 4
6-2.1=4
6-2=4
4 = 4 (V)
x = 8, y = 2
x - 2y = 4
8-2.2=4
8-4=4
4 = 4 (V)
x = -2, y = -3
x - 2y = 4
-2 - 2 . (-3) = 4
-2 + 6 = 4
4 = 4 (V)
Assim, os pares (6, 1); (8, 2); (-2, -3) são algumas das soluções dessa equação.
Uma equação do 1º grau com duas variáveis tem infinitas soluções - infinitos (x, y) - , sendo,
portanto, seu conjunto universo
Podemos determinar essas soluções, atribuindo-se valores quaisquer para uma das variáveis,
calculando a seguir o valor da outra.
Exemplo:
220
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
3x - y = 8
3 . (1) - y = 8
3-y=8
y = -5
V = {(1, -5)}
Sabemos que uma equação do 1º grau com duas variáveis possui infinitas soluções.
Cada uma dessas soluções pode ser representada por um par ordenado (x, y).
1º par: A (4, 0)
2º par: B (0, 4)
221
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Funções
Função do 1º grau
222
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f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3
f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7
f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0
Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a 0, é uma reta oblíqua aos
eixos Ox e Oy.
Exemplo:
Marcamos os pontos (0, -1) e no plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta.
x y
0 -1
223
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Chama-se zero ou raiz da função polinomial do 1º grau f(x) = ax + b, a 0, o número real x tal
que f(x) = 0.
Temos:
Crescimento e decrescimento
224
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Regra geral:
Justificativa:
•para a > 0: se x1 < x2, então ax1 < ax2. Daí, ax1 + b < ax2 + b, de onde vem f(x1) <
f(x2).
•para a < 0: se x1 < x2, então ax1 > ax2. Daí, ax1 + b > ax2 + b, de onde vem f(x1) >
f(x2).
Sinal
Estudar o sinal de uma qualquer y = f(x) é determinar os valor de x para os quais y é positivo,
os valores de x para os quais y é zero e os valores de x para os quais y é negativo.
Consideremos uma função afim y = f(x) = ax + b vamos estudar seu sinal. Já vimos que essa
Conclusão: y é positivo
para valores de x maiores
que a raiz; y é negativo para
valores de x menores que a raiz
225
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Conclusão: y é positivo para valores de x menores que a raiz; y é negativo para valores de x
maiores que a raiz.
Função do 2º grau
Chama-se função
quadrática, ou função
polinomial do 2º grau, qualquer função f de IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax2 + bx
+ c, onde a, b e c são números reais e a 0.
Vejamos alguns exemplos de função quadráticas:
Gráfico
Exemplo:
226
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x y
-3 6
-2 2
-1 0
0 0
1 2
2 6
Observação:
Então as raízes da função f(x) = ax2 + bx + c são as soluções da equação do 2º grau ax2 + bx
+ c = 0, as quais são dadas pela chamada fórmula de Bhaskara:
Temos:
Observação
A quantidade de raízes reais de uma função quadrática depende do valor obtido para o
227
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•quando é zero, há só uma raiz real (para ser mais preciso, há duas raízes iguais);
Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo V;
quando a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V.
Veja os gráficos:
Imagem
O conjunto-
imagem Im da função y
= ax2 + bx + c, a 0, é
o conjunto dos valores
que y pode assumir. Há
duas possibilidades:
1ª - quando a > 0,
2ª quando a < 0,
228
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Construção da Parábola
É possível construir o
gráfico de uma função
do 2º grau sem montar
a tabela de pares (x, y),
mas seguindo apenas o
roteiro de observação
seguinte:
1.O valor do
coeficiente a def
ine a
concavidade da parábola;
3.O vértice V indica o ponto de mínimo (se a > 0), ou máximo (se a< 0);
4.A reta que passa por V e é paralela ao eixo dos y é o eixo de simetria da parábola;
Sinal
1º - >0
Nesse caso a função quadrática admite dois zeros reais distintos (x1 x2). a parábola
intercepta o eixo Ox em dois pontos e o sinal da função é o indicado nos gráficos abaixo:
229
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
2º - =0
3º - <0
Função exponencial
Função exponencial é
toda função
Se teríamos uma função constante e não exponencial, pois 1 elevado a qualquer x real
sempre resultaria em1. Neste caso
230
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
No caso de não devemos nos esquecer de que não existe a raiz real de um radicando
Para
representarmos graficamente uma função exponencial, podemos fazê-lo da mesma forma que
fizemos com a função quadrática, ou seja, arbitrarmos alguns valores para x, montarmos uma
tabela com os respectivos valores de f(x), localizarmos os pontos no plano cartesiano e
traçarmos a curva do gráfico.
x y = 1,8x
-6 y = 1,8-6 = 0.03
-3 y = 1,8-3 = 0.17
-1 y = 1,8-1 = 0.56
0 y = 1,80 = 1
1 y = 1,81 = 1.8
2 y = 1,82 = 3.24
Abaixo temos o gráfico desta função exponencial, onde localizamos cada um dos pontos
obtidos da tabela e os interligamos através da curva da função:
231
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Assim como no caso das funções afim, as funções exponenciais também podem ser classificadas
como função crescente ou função decrescente.
Isto se dará em função da base a ser maior ou menor que 1. Lembre-se que segundo a definição
da função exponencial
Se temos uma função exponencial crescente, qualquer que seja o valor real de x.
No gráfico da função ao lado podemos observar que à medida que x aumenta, também
aumenta f(x) ou y. Graficamente vemos que a curva da função é crescente.
Função
Exponencial
Decrescente
Se te
mos uma função
exponencial
decrescente em todo o domínio da função.
Neste outro gráfico podemos observar que à medida que x aumenta, y diminui. Graficamente
observamos que a curva da função é decrescente.
232
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Logarítmicas
Toda função definida pela lei de formação f(x) = logax, com a ≠ 1 e a > 0 é denominada função
logarítmica de base a. Nesse tipo de função o domínio é representado pelo conjunto dos
números reais maiores que zero e o contradomínio, o conjunto dos reais.
f(x) = log2x
f(x) = log3x
f(x) = log1/2x
f(x) = log10x
f(x) = log1/3x
f(x) = log4x
f(x) = log2(x – 1)
f(x) = log0,5x
Realizando a intersecção das restrições 1, 2 e 3, temos o seguinte resultado: 2 < x < 3 e 3 < x <
4.
Para a construção do gráfico da função logarítmica devemos estar atentos a duas situações:
?a>1
233
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?0<a<1
Função crescente
Características do gráfico
da função logarítmica y =
logax
Note que y assume todos as soluções reais, por isso dizemos que a Im(imagem) = R.
Através dos estudos das funções logarítmicas, chegamos à conclusão de que ela é uma função
inversa da exponencial. Observe o gráfico comparativo a seguir:
234
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Podemos notar que (x,y) está no gráfico da função logarítmica se o seu inverso (y,x) está na
função exponencial de mesma base.
Trigonométricas
Função Seno
Dado um ângulo cuja medida é dada em radianos é x, chamamos de função seno à função que
associa a cada x ∈ R o número (senx) ∈ R. Indicamos essa função por:
f(x) = sen(x)
O gráfico da função seno, no plano cartesiano, será uma curva denominada senóide. Atribuindo
valores ao arco x, pode-se chegar ao gráfico.
Propriedades:
- Domínio:
- Imagem: [-1;1]
- Período: 2πrad
Função Co-seno
Dado um ângulo
cuja medida é dada em radianos é x, chamamos de função co-seno à função que associa a cada
x ∈ R o número (cosx) ∈ R. Indicamos essa função por:
235
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
f(x) = cos(x)
O gráfico da funcão co-seno, no cartesiano, será uma curva denominada co- senóide. Atribuindo
valores ao arco x, pode-se chegar ao gráfico.
Propriedades:
- Domínio:
- Imagem: [-
1;1]
- Período:
2πrad
Função
Tangente
Dado um
ângulo cuja medida é dada em radianos é x, chamamos de função tangente à função que
associa a cada x ∈ R/x ≠ π/2+kπ o número (tg x) ∈ R. Indicamos essa função por:
f(x) = tg(x)
Razão
O conceito de razão é a forma mais comum e prática de fazer a comparação relativa entre duas
grandezas. Ao dividir uma grandeza por outra, estamos comparando a primeira com a segunda,
que passa a ser a base da comparação. Por exemplo, se a área de um retângulo mede 300 cm² e
a área de um outro retângulo mede 210 cm², ao fazermos a razão das áreas, temos:
236
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Dados dois números reais a e b, com b diferente de zero, chamamos de razão entre a e b ao
quociente
Exemplo
Uma escola tem 1200 m² de área construída e 3000 m² de área livre. A razão da área construída
para a área livre é:
a) 6/5
b) 3/5
c) 4/5
d) 1/10
e) 2/5
Solução: razão =
Isso significa que a área construída representa =0,4,ou 40%, da área livre.
Responda
237
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• a) 2/9
• b) 3/7
• c) 4/9
• d) 5/7
• e) 7/9
Nessas condições, é correto afirmar que a razão entre a área do 3.º quadrado e a área do 2.º
quadrado, nessa ordem, é
• a) 1⁄4
• b) 1⁄12
• c) 1⁄10
• d) 1⁄8
• e) 1⁄2
GABARITO
238
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1-D 2-A
Proporção
O número k é o que chamamos de constante da proporção (Lê-se “a1 está para b1 assim
como a2 está para b2).
extremos: .
Nesse caso, toda vez que trocarmos os termos teremos uma nova proporção.
3. Numa proporção, a soma (ou diferença) dos antecedentes está para a soma (ou diferença) dos
consequentes assim como cada antecedente está para seu respectivo consequente:
239
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Ex: as sequências {3, 6, 9, 12, 15} e {2, 4 , 6 , 8, 10} são diretamente proporcionais, porque quando
escritas na forma de razão teremos sempre valores proporcionais
= constante
Sequências Inversamente Proporcionais são aquelas na qual o produto formado pelos termos
correspondentes é constante.
Ex: as sequências {1, 2, 3, 5, 6} e {60, 30, 20, 12, 10} são inversamente proporcionais porque o
produto formado pelos seus termos correspondentes é sempre o mesmo.
Esse número será dividido em três partes que chamaremos de A , B e C, e a soma das partes
deverá ser igual a 360: A + B + C = 360
Usando a propriedade 3:
240
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Esse número será dividido em três partes que chamaremos de A , B e C, e a soma das partes
deverá ser igual a 496:
Responda
Qual será a economia diária de água obtida por meio da substituição de uma bacia sanitária não
ecológica, que gasta cerca de 60 litros por dia com a descarga, por uma bacia sanitária
ecológica?
a) 24 litros
241
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b) 36 litros
c) 40 litros
d) 42 litros
e) 50 litros
GABARITO
1–B
Grandeza é todo valor que, ao ser relacionado a um outro de tal forma, quando há variação de
um, como consequência o outro varia também.
Em nosso dia a dia quase tudo se associa a duas ou mais grandezas. Quando falamos em
velocidade, tempo, peso, espaço, etc., estamos lidando diretamente com grandezas que estão
relacionadas entre si.
Exemplo: Uma moto percorre um determinado espaço físico em um tempo maior ou menor
dependendo da velocidade que ela poder chegar ou imprimir em seu percurso realizado.
Duas grandezas são diretamente proporcionais quando ao aumentarmos o valor de uma delas
um certo número de vezes, o respectivo valor da outra grandeza igualmente aumenta o mesmo
número de vezes. Quando diminuímos o valor de uma delas, proporcionalmente o respectivo
valor da outra também diminui.
242
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Vamos analisar a tabela abaixo que representa os primeiros dez segundos do balde sob a
torneira completamente aberta:
Conceitualmente a razão de dois valores quaisquer da primeira coluna é igual a razão dos
respectivos valores da segunda coluna, assim temos:
Cada uma das igualdades acima são exemplos de uma proporção. Estas proporções são
formadas pela igualdade de duas razões. A primeira é a razão de dois valores da primeira
grandeza e a segunda é a razão dos respectivos valores da segunda grandeza.
Você deve ter percebido o óbvio. Quanto mais torneiras se têm, mais rapidamente se enche o
balde.
Duas grandezas são inversamente proporcionais quando ao aumentarmos o valor de uma
delas um certo número de vezes, o respectivo valor da outra grandeza diminui o mesmo número
de vezes. Quando diminuímos o valor de uma delas, proporcionalmente o respectivo valor da
243
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
outra aumenta.
Vejamos as seguintes proporções obtidas a partir da tabela acima:
Cada uma
destas proporções é formada pela igualdade da razão de dois valores da primeira grandeza com
o inverso da razão dos respectivos valores da segunda grandeza. Repare que os termos da
segunda razão estão invertidos em relação aos termos da primeira.
Responda
A viagem de ônibus entre duas cidades a uma velocidade média de 90 km/h dura 6 horas — a
velocidade média de um objeto é igual à razão entre a distância percorrida por esse objeto e o
tempo gasto no percurso. Pretende-se instalar nos próximos anos um trem-bala ligando essas
duas cidades. O trem-bala percorrerá a mesma distância entre as duas cidades, porém a uma
velocidade média de 360 km/h. A respeito dessa situação, julgue os itens seguintes.
• ( ) Certo ( ) Errado
Para uma prova, 150 candidatos deveriam ser acomodados nas salas A, B, C e D de um colégio,
com capacidade para receber 60, 50, 40 e 30 candidatos, respectivamente. A organização decidiu
preencher inicialmente todos os lugares da sala menor, e os candidatos restantes foram
repartidos entre as demais salas de forma diretamente proporcional à capacidade de cada uma.
• a) 8
• b) 10
• c) 12
• d) 14
244
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
• e) 16
GABARITO
1-C 2-C
Quando, em uma relação entre duas grandezas, conhecemos três valores de um problema e
desconhecemos apenas um, poderemos chegar a sua solução utilizando os princípios da regra
de três simples. Para isso, basta que multipliquemos os meios entre si e os extremos também
entre si. Acompanhe:
245
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•As flechas no mesmo sentido indicam que as grandezas são diretamente proporcionais.
•Como as grandezas são inversamente proporcionais, devemos inverter uma das frações;
246
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Conclusão: se reduzirmos o número de pedreiro a dois, teremos a obra concluída em 180 dias.
Vamos à solução dos problemas (3) e (4) propostos no início deste trabalho.
(3) Se 8 homens levam 12 dias montando 16 máquinas, então, nas mesmas condições, 15
homens levarão quantos dias para montar 50 máquinas?
Analisemos as
grandezas a fim de
saber se são direta ou
inversamente
proporcionais entre si.
247
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
(4) Trabalhando 6 dias, 5 operários produzem 400 peças. Quantas peças desse mesmo tipo
serão produzidas por 7 operários em 9 dias de trabalho?
•Portando esses dados, deveremos escrever a devida proporção de acordo com a tabela
acima;
Porcentagem
A porcentagem serve para representar de uma maneira prática o "quanto" de um "todo" se está
referenciando.
Por exemplo, se temos 100 caixas, sendo que 40 delas estão cheias de areia, dizemos que 40%
("40 partes de 100", ou seja, 40 partes de 100 caixas, logo são 40 caixas) estão cheias, e que as
restantes estão vazias (60 caixas, ou 60% nesse caso).
248
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Se tivéssemos 200 caixas, e 50 delas estivessem com areia, qual seria a porcentagem de
caixas vazias?
Fazendo a subtração, descobrimos que 150 estão vazias. Aplicando a regra de três para
descobrir a porcentagem:
200x = 15000
2x = 150
x = 75
x = 75%
Ou seja, 75% das caixas estão vazias (que representam 150 caixas)
Por exemplo:
Segundos os cálculos
realizados acima, percebemos que embora a população da cidade A seja muito maior que a
outra, o aumento percentual das duas populações foi o mesmo.
Veja também que a razão da população atual para a população de 10 anos atrás, de ambas as
cidades é a mesma, uma outra prova de que o crescimento foi proporcionalmente o mesmo:
249
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Responda
Quatro pessoas têm direito à participação de 20% na renda de um evento, sendo que a primeira
pessoa tem direito ao dobro de participação de cada uma das outras três, que têm a mesma
participação. Qual é a participação da primeira pessoa na renda do evento?
• a) 2%
• b) 4%
• c) 5%
• d) 6%
• e) 8%
GABARITO
1-E
Juros Simples
250
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O regime de juros será simples quando o percentual de juros incidir apenas sobre o valor
principal. Sobre os juros gerados a cada período não incidirão novos juros. Valor Principal ou
simplesmente principal é o valor inicial emprestado ou aplicado, antes de somarmos os juros.
Transformando em fórmula temos:
J=P.i.n
Onde:
J = juros
P = principal (capital)
i = taxa de juros
n = número de
períodos
Exemplo: Temos uma dívida de R$ 1000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime
de juros simples e devemos pagá-la em 2 meses. Os juros que pagarei serão:
M=P.(1+(i.n))
SOLUÇÃO:
M = P . ( 1 + (i.n) )
M = 70000 [1 + (10,5/100).(145/360)] = R$72.960,42
Observe que expressamos a taxa i e o período n, na mesma unidade de tempo, ou seja, anos.
Daí ter dividido 145 dias por 360, para obter o valor equivalente em anos, já que um ano
comercial possui 360 dias.
251
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Mais Exemplos:
Determine o valor do capital que aplicado durante 14 meses, a uma taxa de 6%, rendeu juros de
R$ 2.688,00.
J=C*i*t
2688 = C * 0,06 * 14
2688 = C * 0,84
C = 2688 / 0,84
C = 3200
Qual o capital que, aplicado a juros simples de 1,5% ao mês, rende R$ 3.000,00 de juros em 45
dias?
J = 3000
i = 1,5% = 1,5/100 = 0,015
t = 45 dias = 45/30 = 1,5
J=C*i*t
3000 = C * 0,015 * 1,5
3000 = C * 0,0225
C = 3000 / 0,0225
C = 133.333,33
O capital é de R$ 133.333,33.
Qual o valor do montante produzido por um capital de R$ 1.200,00, aplicado no regime de juros
simples a uma taxa mensal de 2%, durante 10 meses?
Capital: 1200
i = 2% = 2/100 = 0,02 ao mês (a.m.)
t = 10 meses
J=C*i*t
J = 1200 * 0,02 * 10
J = 240
M=C+j
M = 1200 + 240
252
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
M = 1440
Juros Compostos
O regime de juros compostos é o mais comum no sistema financeiro e portanto, o mais útil para
cálculos de problemas do dia a dia. Os juros gerados a cada período são incorporados ao
principal para o cálculo dos juros do período seguinte.
1º mês: M =P.(1 + i)
2º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i)
3º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M = P x (1 + i) x (1 + i) x (1 + i)
M = P . (1 + i)n
Importante: a taxa i tem que ser expressa na mesma medida de tempo de n, ou seja, taxa de
juros ao mês para n meses.
Para calcularmos apenas os juros basta diminuir o principal do montante ao final do período:
J=M-P
Exemplo:
Resolução:
P = R$6.000,00
t = 1 ano = 12 meses
253
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
log x = log 1,03512 => log x = 12 log 1,035 => log x = 0,1788 => x = 1,509
Qual o montante produzido por um capital de R$ 7.000,00 aplicados a uma taxa de juros
mensais de 1,5% durante um ano?
C: R$ 7.000,00
i: 1,5% ao mês = 1,5/100 = 0,015
t: 1 ano = 12 meses
M = C * (1 + i)t
M = 7000 * (1 + 0,015)12
M = 7000 * (1,015)12
M = 7000 * 1,195618
M = 8369,33
O montante será de R$ 8.369,33.
Calcule o valor do capital que, aplicado a uma taxa de 2% ao mês, rendeu em 10 meses a
quantia de R$ 15.237,43?
M: R$ 15.237,43
t: 10
i: 2% a.m. = 2/100 = 0,02
M = C * (1 + i)t
15237,43 = C * (1 + 0,02)10
15237,43 = C * (1,02)10
254
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
15237,43 = C * 1,218994
C = 15237,43 / 1,218994
C = 12500,00
O capital é de R$ 12.500,00.
Números Reais
Números a direita de o
(zero), são chamados números positivos e os números a esquerda de 0 são chamados números
negativos.
Observação
255
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Expressão Numérica
Uma expressão numérica é composta de alguns elementos que deverão ser observados
atentamente antes do início de sua resolução. É importante também, antes de explorarmos os
elementos em debate, chamar atenção para a ordem das operações matemáticas dispostas na
expressão, ou seja, deveremos sempre resolver os produtos e os quocientes, para somente após
operar com as adições e subtrações.
Resolvendo expressões
27 (Resultado Final)
256
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
10 x 18 → resolveremos a multiplicação.
- 81 (Resultado Final)
A) Adição e Subtração
Para adicionar ou subtrair expressões algébricas, basta adicionar ou subtrair os coeficientes
(números) dos termos semelhantes (termos que possuem exatamente a mesma parte literal) e
conservar a parte literal (letras).
Exemplo 1:
257
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
(10x2-4x+7)+(6x2-2x- 3) =
(eliminando os parênteses)
= 10x2-4x+7+6x2-2x-3 =
(agrupando os termos semelhantes)
= 10x2+6x2- 4x-2x+7-3 =
(reduzindo os termos semelhantes
= 16x2-6x+4
Exemplo 2:
(7x2-5x+9)-(3x2-6x- 2) =
(eliminando os parênteses)
= 7x2-5x+9-3x2+6x+2 =
(agrupando os termos semelhantes)
= 7x2-3x2-5x+6x+9+2 =
(reduzindo os termos semelhantes
= 4x2+x+11
B) Multiplicação
Para multiplicar expressões algébricas, multiplica-se cada termo de uma expressão por todos os
termos da outra.
Observe que, para multiplicar dois termos algébricos, multiplicam-se os coeficientes e a parte
literal separadamente.
Exemplo:
(3x+5)·(4x+2) = 3x·(4x+2)+5·(4x+2) =
= 12x2+6x+20x+10
= 12x2+26x+10
C) Divisão
1º) Divisão de expressões algébricas por monômios
Para dividir uma expressão algébrica por um monômio, basta dividir cada termo da expressão
pelo monômio, dividindo separadamente os coeficientes e as partes literais.
Exemplo:
258
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplo:
5x3 + 0x2 – 3x + 4
Faça o mesmo com o divisor (no caso ele já se encontra nessa forma). Agora, disponha as
expressões como em uma divisão de números:
Divida 5x3 (primeira parcela do dividendo) por x 2 (primeira parcela do divisor) para obter 5x
(primeira parcela do quociente):
Depois multiplique 5 pelo divisor, mudando o sinal, para obter –5x 2 +5x – 5, escreva este
polinômio abaixo do dividendo para somar com ele:
259
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Observe que...
... paramos a divisão quando o expoente do polinômio do resto for menor que o expoente do
divisor.
... a divisão é um processo, isto é, enquanto der para dividir, utilizaremos o método aplicado
anteriormente.
Sempre que a palavra “algébrica” for utilizada para uma expressão numérica, significa que essa
expressão possui pelo menos uma incógnita, isto é, uma letra ou símbolo utilizado para
representar um número desconhecido. Desse modo, uma fração algébrica, por sua vez, nada
mais é do que uma fração que possui pelo menos uma incógnita no denominador (parte de
baixo da fração). Portanto, a simplificação de frações algébricas segue o mesmo fundamento da
simplificação de frações numéricas.
1)
2x
4y
2)
4y2 – 9x2
2y + 3x
Simplificando frações algébricas
Simplificar uma fração algébrica segue o mesmo fundamento de simplificar uma fração
numérica. É preciso dividir numerador e denominador por um mesmo número. Observe um
exemplo de simplificação de fração:
30 = 15 = 5 = 1
60 30 10 2
260
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A fração acima foi simplificada por 2, depois por 3 e depois por 5. Para fundamentar o
procedimento de simplificação de frações algébricas, reescreveremos a primeira fração acima em
sua forma fatorada:
30 = 2·3·5
60 2·2·3·5
Perceba que os números 2, 3 e 5 repetem-se no numerador e no denominador e que eles foram
exatamente os mesmos números pelos quais a fração foi simplificada. No contexto das frações
algébricas, o procedimento é parecido, pois é necessário fatorar os polinômios presentes no
numerador e no denominador. Após isso, devemos avaliar se é possível simplificar alguns deles.
Exemplos
1) Simplifique a fração algébrica seguinte:
4x2y3
16xy6
Fatore cada uma das incógnitas e números presentes na fração:
4x2y3
16xy6
2·2·x·x·y·y·y
2·2·2·2·x·y·y·y·y·y·y
Agora realize as divisões que forem possíveis, conforme feito anteriormente para a fração
numérica: Os números que aparecem tanto no numerador quanto no denominador
desaparecem, isto é, são “cortados”. Também é possível escrever que o resultado de cada uma
dessas simplificações é 1. Observe:
2·2·x·x·y·y·y
2·2·2·2·x·y·y·y·y·y·y
x
2·2·y·y·y
x
4y3
2) Simplifique a fração algébrica seguinte:
4y2 – 9x2
2y + 3x
Observe que o numerador dessa fração algébrica enquadra-se em um dos casos de produtos
notáveis, isto é, a diferença de dois quadrados. Para fatorá-lo, basta reescrevê-lo em sua forma
fatorada. Após isso, é possível “cortar” os termos que aparecem tanto no denominador quanto
no numerador assim como no exemplo anterior. Observe:
4y2 – 9x2
2y + 3x
= (2y + 3x)(2y – 3x)
2y + 3x
261
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
= 1·(2y – 3x)
= 2y + 3x
a2(y2 – 16x2)
ay + 4ax
Como feito anteriormente, fatore os polinômios presentes no numerador e no denominador.
Após isso, realize as divisões que forem possíveis.
a2(y2 – 16x2)
ay + 4ax
= a·a·(y + 4x)(y – 4x)
a·(y + 4x)
Observe que o numerador foi fatorado por meio da diferença de dois quadrados e o
denominador foi fatorado por meio do fator comum. Além disso, o termo a2pode ser escrito
como o produto a·a. Para finalizar, realize as divisões que forem possíveis. A saber, a por a e (y +
4x) por (y + 4x):
a·a·(y + 4x)(y – 4x)
a·(y + 4x)
= 1·1·(y – 4x)
= y – 4x
Os casos de fatoração são de suma importância para simplificar frações algébricas. Abaixo estão
listados os casos mais importantes e algumas páginas onde podem ser encontrados com mais
detalhes.
1 – Fator comum
Caso todos os termos do polinômio possuam incógnita ou algum número comum, é possível
colocá-los em evidência. Por exemplo, no polinômio 4x2 + 2x podemos colocar 2x em evidência.
O resultado será:
4x2 + 2x = 2x(2x + 1)
Observe que, ao realizar a multiplicação indicada no segundo membro (lado direito da
igualdade), o resultado será justamente o primeiro membro (lado esquerdo da igualdade), em
virtude da propriedade distributiva da multiplicação.
2 – Agrupamento
262
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Tendo em vista o caso anterior, um polinômio que possui quatro termos pode ser fatorado por
agrupamento, unindo os termos comuns dois a dois, e, posteriormente, ser fatorado novamente
caso os resultados deixem essa possibilidade. O polinômio 2x + bx + 2y + by, por exemplo, pode
ser fatorado da seguinte maneria:
2x + bx + 2y + by
x(2 + b) + y(2 + b)
x(2 + b) + y(2 + b)
(2 + b)(x + y)
x2 + 2xa + a2 = (x + a)(x + a)
x2 – 2xa + a2 = (x – a)(x – a)
x2 – a2 = (x + a)(x – a)
O lado direito é a forma fatorada do polinômio, que pode ser utilizada para a simplificação de
fração algébrica.
4 – Soma ou diferença de dois cubos
Sempre que o polinômio estiver na forma seguinte ou puder ser escrito nela, ele será uma soma
de dois cubos.
Progressão Aritmética - PA
Denomina-se progressão aritmética (PA) a sequência em que cada termo, a partir do segundo,
é obtido adicionando-se uma constante r ao termo anterior. Essa constante r chama-se razão da
progressão aritmética.
263
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
a1 = 2
a2 = 2+5 = 7
a3 = 7 +5 = 12
a4 = 12 + 5= 17
Termo geral da PA
A partir da definição, podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an ) da seguinte forma:
a1 = a1
a2 = a1 + r
a3 = a2 + r = a1 + 2r
an = a1+(n-1)r
Propriedades de uma PA
- Qualquer termo de uma PA, a partir do segundo, é a média aritmética entre o anterior e o
posterior.
Observe a propriedade na PA
(2,5,8,11)
- A soma de dois termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.
264
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Na PA
(1,3,5,7,9,11,13,15,17,19,21,23), temos:
3+21 = 1+23 = 24
5+19 = 1+23 = 24
7+17 = 1+23 = 24
9+15 = 1+23 = 24
11+13 = 1+23 = 24
Se ocorrer que uma PA tenha número de termos ímpar, existirá um termo central que será a
média aritmética dos extremos desta PA.
Veja por exemplo que na PA (1,4,7,10,13,16,19) tem 7 termos e que o termo central é 10 logo:
Sabendo que o 1º termo de uma PA é igual a 2 e que a razão equivale a 5, determine o valor do
18º termo dessa sequência numérica.
a18 = 2 + (18 – 1) * 5
a18 = 2 + 17 * 5
a18 = 2 + 85
a18 = 87
265
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
UFBA - Um relógio que bate de hora em hora o número de vezes correspondente a cada hora,
baterá , de zero às 12 horas x vezes. Calcule o dobro da terça parte de x.
Teremos que:
0 hora o relógio baterá 12 vezes. (Você não acha que bateria 0 vezes, não é?).
1 hora o relógio baterá 1 vez
2 horas o relógio baterá 2 vezes
3 horas o relógio baterá 3 vezes
....................................................
....................................................
12 horas o relógio baterá 12 vezes.
A partir do segundo termo da sequência acima, temos uma PA de 12 termos, cujo primeiro
termo é igual a 1, a razão é 1 e o último termo é 12.
A soma procurada será igual ao resultado anterior (a PA em vermelho acima) mais as 12 batidas
da zero hora. Logo, o número x será igual a x = 78 + 12 = 90.
Logo, o dobro da terça parte de x será: 2. (90/3) = 2.30 = 60, que é a resposta do problema
proposto.
Progressão Geométrica - PG
Podemos definir progressão geométrica, ou simplesmente P.G., como uma sucessão de números
reais obtida, com exceção do primeiro, multiplicando o número anterior por uma quantidade
fixa q, chamada razão.
Podemos calcular a razão da progressão, caso ela não esteja suficientemente evidente, dividindo
entre si dois termos consecutivos.
Numa progressão geométrica de razão q, os termos são obtidos, por definição, a partir do
primeiro, da seguinte maneira:
266
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Assim, podemos deduzir a seguinte expressão do termo geral, também chamado enésimo
termo, para qualquer progressão geométrica.
an = a1 x qn-1
an = 2 x (1/2)n-1
Observe que, quando uma progressão aritmética tem a razão positiva, isto é, r > 0, cada termo
seu é maior que o anterior. Portanto, trata-se de uma progressão crescente. Ao contrário, se
tivermos uma progressão aritmética com razão negativa, r < 0, seu comportamento será
decrescente.
Observe, também, a rapidez com que a progressão cresce ou diminui. Isto é conseqüência direta
do valor absoluto da razão, |r|. Assim, quanto maior for r, em valor absoluto, maior será a
velocidade de crescimento e vice-versa.
267
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Seja a PG (a1, a2, a3, a4, ... , an , ...) . Para o cálculo da soma dos n primeiros termos Sn, vamos
considerar o que segue:
Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an-1 + an
Se substituirmos an = a1 . qn-1 ,
obteremos uma nova apresentação para a fórmula da soma, ou seja:
Exemplo:
268
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplo:
Resolva a equação: x + x/2 + x/4 + x/8 + x/16 + ... =100
O primeiro membro é uma PG de primeiro termo x e razão 1/2. Logo, substituindo na fórmula,
vem:
Sistemas lineares
De maneira geral, um Sistema de Equações Lineares pode ser definido como um conjunto
de m equações, sendo m ≥ 1, com n incógnitas x1, x2, x3, ... xn, de forma que:
...
Sendo que: a1, ..., an e b são números reais. Os números aij são os coeficientes angulares e bi é
o termo independente e quando este é nulo a equação linear é chamada homogênea.
Exemplo:
269
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O sistema linear acima possui três equações, três incógnitas (x, y, z) e os termos independentes,
que são – 7, 3 e 0. Além disso, no sistema acima há uma equação homogênea (4x + y + z = 0).
Um sistema linear também pode ser escrito em forma matricial. A seguir, a função apresentada
no exemplo anterior será exposta em forma de matriz:
Percebe-se que a forma matricial de um sistema linear é igual ao produto matricial entre
a matriz formada pelos coeficientes angulares e a matriz formada pelas incógnitas, cujo
resultado é a matriz formada pelos termos independentes.
A solução de um sistema linear é um conjunto de valores que satisfaz ao mesmo tempo todas as
equações de um sistema linear, ou seja, a ênupla ordenada (sequência ordenada
de n elementos) é solução de um sistema linear S, se for solução de todas as equações de S.
Exemplo:
270
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Os valores que satisfazem as duas equações são x = 2 e y = 1, logo, a solução do sistema é o par
ordenado (2,1), como mostra a representação gráfica do sistema linear apresentado como
exemplo.
Quando um ocorre um Sistema Linear Homogêneo, aquele que possui todas as equações com
termos independentes nulos, ele admite uma solução nula (0, 0, ... , 0) chamada de solução
trivial. Mas, um sistema linear homogêneo pode ter outras soluções além da trivial.
O sistema linear acima é homogêneo, portanto, a priori, já temos a solução trivial dada pelo
conjunto (0, 0, 0). Contudo, também se admite como solução desse sistema o conjunto (0, 1, –
1).
A partir de agora, serão apresentados dois métodos para a obtenção do conjunto verdade de
um sistema: a Regra de Cramer e o Escalonamento.
Regra de Cramer
271
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplo:
Escalonamento
Um sistema está escalonado quando de equação para equação, no sentido de cima para baixo,
houver aumento dos coeficientes nulos situados antes dos coeficientes não nulos. Exemplo:
272
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O sistema acima está escalonado e substituindo as incógnitas das equações pelos seus
respectivos é possível encontrarmos o conjunto solução (1,1,1).
Para escalonar um sistema é necessário que se coloque como primeira equação aquela que
tenha o coeficiente de valor 1 na primeira incógnita. Caso não haja nenhuma equação assim,
será necessário dividir membro a membro aquela que está como primeira equação pelo
coeficiente da primeira incógnita. Nas demais equações, é necessário que se obtenha zero como
coeficiente da primeira incógnita, somando cada uma delas com o produto da primeira equação
pelo oposto do coeficiente dessa incógnita, até que se possam verificar os valores de cada uma
das incógnitas e, por fim, encontrar o conjunto solução.
Responda
Sabendo-se que o sistema tem solução única para r ≠ 0 e r ≠ 1, então o valor de x é igual a
• a) 2⁄r.
• b) -2⁄r
• c) 1⁄r
• d) -1⁄r
• e) 2r.
GABARITO
1-D
273
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Números Complexos
O conjunto dos números complexos é representado por IC, e definido como o conjunto dos
pares ordenados compostos por números reais, onde são definidas a adição e a multiplicação e
a igualdade.
• Adição: ( a, b) + ( c, d ) = ( a + c, b + d ).
• Multiplicação: ( a, b) . ( c, d ) = ( ac - bd, ad + bc ).
• Igualdade: ( a, b) = ( c, d ) , onde a = c, b = d.
Deve-se considerar que o conjunto IR está contido no conjunto IC. Sendo que, por exemplo,
o número real a possui como parte complexa 0.
Unidade imaginária é indicada pela letra i , sendo que seu valor é ( 0, 1),
onde se realizarmos i2 teremos i.i = ( 0, 1). ( 0, 1) = ( 0.0 – 1.1, 0.1 + 1.0 ) = (–1,0).
Para esta nova notação, definiremos as operações novamente, de maneira mais usual.
274
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Assim temos, z = a + bi , = a – bi e z1 = c + di
que
Onde substituindo em z = a + bi
encontraremos a forma trigonométrica de um
número complexo.
Sendo que
Onde
275
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Responda
• a) -7+i
2
• b) -7- i
2
• c) 7+i
2
• d) 7- i
2
• a) -1
• b) 1
276
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
• c) 2
• d) 6
• e) 8
GABARITO
1-B 2-D
Análise combinatória
O estudo da análise combinatória nos permite descobrir quais são as diferentes possibilidades
de uma combinação de variáveis.
Então, supondo que um restaurante "À la carte" tenha disponível 2 tipos de bifes, 2 tipos de
arroz, 2 tipos de feijão e 3 tipos de bebidas.
O dono do restaurante queira servir pratos contendo 1 elemento de cada tipo de comida.
Nomeando os tipos de comida da forma "bife 1, arroz 1, arroz 2 ... bebida 1, bebida 2, etc",
montamos o esquema:
277
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
278
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Se formos seguir os caminhos descritos pelas linhas, encontraremos 24 caminhos, que são o
total de possibilidades de pratos diferentes. Perceba que quanto mais opções de comidas, maior
e mais complexo fica o esquema. Então, imagine como seria descobrir as possibilidades das
placas de carro no sistema brasileiro? (três letras, 4 algarismos).
Trigonometria
As relações trigonométricas existentes no triângulo retângulo admitem três casos: seno, cosseno
e tangente.
O cosseno de um ângulo no
triângulo retângulo é a razão entre o cateto adjacente e a hipotenusa.
A tangente de um ângulo no
triângulo retângulo é a razão entre o cateto oposto e o cateto adjacente.
senoB = b/a
cossenoB = c/a
tangenteB = b/c
senoC = c/a
279
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
cossenoC = b/a
tangenteC = c/b
Exemplo
A rua Tenório Quadros e a avenida Teófilo Silva, ambas retilíneas, cruzam-se conforme um
ângulo de 30º. O posto de gasolina Estrela do Sul encontra-se na avenida Teófilo Silva a 4 000
m do citado cruzamento. Portanto, determine em quilômetros, a distância entre o posto de
gasolina Estrela do Sul e a rua Tenório Quadros?
Geometria Analítica
Ponto: o ponto pode ser algo localizado no espaço, como um furo, uma estrela no céu, o centro
do campo de futebol, etc.
Reta: podemos dizer que a reta é formada por infinitos pontos, como uma caneta, uma corda
esticada, lados de um campo de futebol, as traves do gol, os raios solares, etc.
280
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O encontro dos eixos é chamado de origem. Cada ponto do plano cartesiano é formado por um
par ordenado (x , y ), onde x: abscissa e y: ordenada.
281
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Dados os pontos A(3,6), B(2,3), C(-1,2), D(-5,-3), E(2,-4), F(3,0), G(0,5), represente-os no plano
cartesiano.
Prismas
Consideremos o prisma como um sólido geométrico formado pelos seguintes elementos: base,
altura, vértices, arestas e faces laterais. Os prismas podem apresentar diversas formas, mas
algumas características básicas definem esse sólido geométrico. Por exemplo, o número de faces
do prisma será exatamente igual ao número de lados do polígono que constitui suas bases
282
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
(superior e inferior), dessa forma, sua classificação quanto ao número de lados pode ser:
Os prismas também podem ser classificados como retos ou oblíquos. Os prismas retos são
aqueles em que a aresta lateral forma com a base um ângulo de 90º, os oblíquos são aqueles
em que as arestas formam ângulos diferentes de 90º.
283
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
At = Al + 2.Ab,
284
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Pirâmides
Dada uma região poligonal de n vértices e um ponto V fora da região (outro plano), ao
traçarmos segmentos de retas entre os vértices da região poligonal e o ponto V, construímos
uma pirâmide que será classificada de acordo com o número de lados do polígono da base.
285
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Base é um triângulo
Nome: pirâmide triangular
Número de faces: três faces laterais mais face da base, portanto, quatro faces.
Base é um quadrado
Nome: pirâmide quadrangular
Número de faces: quatro faces laterais mais face da base, portanto, cinco faces.
Base é um pentágono
Nome: pirâmide pentagonal
Número de faces: cinco faces laterais mais face da base, portanto, seis faces.
Base é um hexágono
Nome: pirâmide de base hexagonal
Número de faces: seis faces laterais mais face da base, portanto, sete faces.
h: altura da pirâmide
m’: apótema da pirâmide
m: apótema da base
Área da base
286
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A área da base de uma pirâmide depende da área do polígono em questão, sendo calculada
pela expressão:
Área lateral
É a soma de todas as áreas laterais.
Área total
Soma da área lateral com a área da base.
At = Al + Ab
Volume
Cilindros
Sejam α e β dois planos paralelos distintos, uma reta s secante a esses planos e um círculo C de
centro O contido em α. Consideremos todos os segmentos de reta, paralelos a s, de modo que
cada um deles tenha um extremo pertencente ao círculo C e o outro extremo pertencente a β.
287
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
No cilindro circular reto a geratriz forma com o plano da base um ângulo de 90º. No cilindro
circular reto a medida h de uma geratriz é a altura do cilindro.
Cilindro equilátero
288
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A área do
retângulo
equivalente à
superfície lateral
do cilindro é a área
lateral Aℓ do
cilindro, ou seja:
Aℓ = 2*π*r*h
A área total At do cilindro é igual à soma da área lateral Aℓ com as áreas das duas bases, ou seja:
V = π*r2*h
Cones
Dado um círculo de centro O e raio R no plano B, e um ponto P fora do plano. O cone será
formado por segmentos de reta unindo o ponto P aos pontos do círculo.
289
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Outra forma de construir o cone é através da revolução do triângulo retângulo sobre um eixo
vertical.
Elementos do cone
Classificação do cone
No cone reto podemos aplicar a relação de Pitágoras para o cálculo da geratriz (g), do raio da
base (r) e da altura (h), pois vimos que o cone pode ser formado através da revolução do
triângulo retângulo. Comparando os elementos do cone aos do triângulo retângulo temos:
Áreas no cone
290
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Área da base
Por ser uma circunferência, a área da base de um cone é dada pela seguinte expressão:
Área da lateral
A área lateral do cone é dada pela seguinte expressão:
Área total
É dada somando-se a área lateral e a área da base.
At = Al + Ab
At = Πr(g+r)
Volume do cone
O volume do cone é dado pelo produto da área da base pela altura divido por três.
V = (Πr²h)/3
Planificação
Superfície esférica,
esfera e partes da
esfera
291
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Polos
Equador
Paralelo
Meridiano
O plano intersecciona a esfera formando duas partes, se o plano corta a esfera passando pelo
centro temos duas partes de tamanhos iguais.
Volume
292
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Os cálculos matemáticos, envolvendo área e volume de uma esfera, abrangem a medida do raio
que é a distância entre o centro da esfera e sua extremidade e o valor constante do número
irracional π (pi), dado por aproximadamente 3,14. Veja a esfera e seus elementos:
Exemplo:
Outro exemplo
Conhecer sobre área é conhecer sobre o espaço que podemos preencher em regiões poligonais
convexas – qualquer segmento de reta com extremidades na região só terá pontos pertencentes
a esta.
293
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O quadrado
O quadrado é
uma figura geométrica plana regular em que todos os seus lados e ângulos são iguais. Veja um
exemplo de quadrado na figura a seguir:
Exemplo 1
Para pavimentar a sala de sua casa D. Carmem comprou 26 m2 de piso.
Sabendo que a sala tem o formato quadrangular e que um dos lados mede 5
m, diga se o piso comprado por D. Carmem será suficiente para pavimentar a
sua sala.
•A área do quadrado é A = l 2.
O retângulo
O retângulo é uma figura geométrica plana cujos lados opostos são paralelos e iguais e todos os
ângulos medem 90º. Confira o retângulo abaixo:
294
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Para calcular a área do retângulo, basta que se multipliquem seu comprimento c pela largura l.
Exemplo 2
O triângulo
O triângulo é uma figura geométrica plana formada por três lados e três ângulos. A soma dos
seus ângulos internos é igual 180º.
Para calcular a
área do
triângulo
multiplica-se a base b pela altura h e divide o resultado por 2 (metade da área do retângulo).
Exemplo 3
Encontre a área de um
triângulo cuja base mede
8,2 cm e a altura 3,6 cm.
295
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
296
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O trapézio
O trapézio é
uma figura
plana com
um par de
lados
paralelos (bases) e um par de lados concorrentes.
Para calcular a
área do
trapézio adiciona-se a base maior c à base menor a, ao resultado da soma multiplica-se a altura,
e por fim, divide-se o resultado final por 2.
Exemplo 4
Um fazendeiro quer saber a área de um lote de terra que acabara de comprar. O lote tem o
formato de um trapézio. Sabendo que a frente mede 1020 m, o fundo, 815 m e a distância da
frente ao fundo é de 510 m. Determine a área do lote.
297
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Números inteiros
Os números inteiros são números reais e representamos pela letra Z, escrevemos assim:
É importante ressaltar que os números inteiros são “fechados”, para as operações de adição,
multiplicação e subtração, ou seja, a soma, produto e diferença de dois números inteiros ainda é
um número inteiro.
Há subconjuntos de Z:
•Z* = Z-{0}
•Z- = conjunto dos inteiros não positivos = {... -5, -4, -3, -2, -1, 0}
Adição
Subtração
A ordem dos termos pode alterar o resultado de uma subtração: a - b ≠ b - a (sempre que a ≠ b)
298
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
M-S=R↔R+S=M
M+S+R=2×M
Valor absoluto
O Valor absoluto de um número inteiro indica a distância deste número até o zero quando
consideramos a representação dele na reta numérica.
Atenção: O valor absoluto de um número nunca é negativo, pois representa uma distância.
Números simétricos
Exemplos:
O oposto de 5 é -5.
O simétrico de 6 é -6.
299
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Qualquer adição, subtração ou multiplicação de dois números inteiros sempre resulta também
um número inteiro. Dizemos então que estas três operações estão bem definidas em Z ou,
equivalentemente, que o conjunto Z é fechado para qualquer uma destas três operações.
As divisõs, as potenciações e as radiciações entre dois números inteiros nem sempre têm
resultado inteiro. Assim, dizemos que estas três operações não estão bem definidas no conjunto
Z ou, equivalentemente, que Z não é fechado para qualquer uma destas três operações.
Existe um processo que simplifica o cálculo de adições e subtrações com números inteiros.
Observe os exemplos seguintes:
Exemplo1:
10 - 7 - 9 + 15 - 3 + 4
Solução:
Atenção: É preciso dar sermpre ao resultado o sinal do número que tiver o maior valor absoluto!
Exemplo2:
300
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
(+): +4 + 3 = +7
2º passo: Calcular a diferença dando a ela o sinal do total que tiver o maior módulo:
-27 + 7 = - 20
Multiplicação
O primeiro fator também pode ser chamado multiplicando enquanto o segundo fator pode ser
chamado multiplicador.
Se multiplicarmos um dos fatores por uma constante k, o produto será multiplicado por k: a × b
= c ↔ (a × k) × b = k × c
Divisão inteira
301
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplos:
8 × 7 + 4 = 60 e 0 ≤ 4 < |7|
Quando a divisão de N por D for exata diremos que N é divisível por D e D é divisor de N ou,
equivalentemente, que N é múltiplo de D e D é fator de N.
Se multiplicarmos o dividendo (N) e o divisor (D) de uma divisão por uma constante k ≠ 0, o
quociente (Q) não será alterado mas o resto (R) ficará multiplicado por k, se R × k < D, ou será
igual ao resto da divisão de R × k por D, se R × k ≥ D.
Nas multiplicações e divisões de dois números inteiros é preciso observar os sinais dos dois
termos da operação:
Exemplos:
(+) × (+) = +
(+) × (-) = -
(-) × (-) = +
(-) × (+) = -
(+) ÷ (+) = +
(+) ÷ (-) = -
(-) ÷ (-) = +
(-) ÷ (+) = -
302
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Números fracionários
Uma ida a pizzaria por exemplo nos permite perceber como é dividida uma pizza, em partes
iguais, ou seja, a pizza que é a parte inteira é dividida em outras partes denominadas partes
fracionadas.
Comumente a pizza é dividida em 8 partes iguais, sendo que cada parte é denominada 1/8 (um
oitavo); nós não temos o costume de chegar a pizzaria e falar com alguém que está a mesa "me
dê 3/8 (três oitavos) de pizza".
Na verdade todos nós pedimos 3 pedaços de pizza, e nem chegamos a dizer "me dê 8/8(oito
oitavos) da pizza", pedimos logo a pizza inteira pois 8/8 quer dizer uma parte inteira.
Como é que você representaria a quantidade referente ao número 1 que foi dividida em 8 partes
iguais?
303
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Apesar de matematicamente a forma correta de representação de uma fração ser , por motivos
técnicos em função das limitações da linguagem de texto, geralmente utilizamos a
representação a/b.
Números fracionários
Seria possível substituir a letra X por um número natural que torne a sentença abaixo
verdadeira?
5.X=1
Substituindo X, temos:
1. Para resolver esse problema temos que criar novos números. Assim, surgem os números
fracionários.
Portanto, uma fração (n diferente de zero) e todas frações equivalentes a ela representam
Para somar frações com denominadores iguais, basta somar os numeradores e conservar o
denominador.
304
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Observe os exemplos:
(10:5).4 = 8 (10:2).5 = 25
Na divisão de números
fracionários, devemos
multiplicar a primeira
fração pelo inverso da
segunda, como é mostrado no exemplo abaixo:
Potenciação e radiciação de
números fracionários
305
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Dois números naturais sempre têm divisores comuns. Por exemplo: os divisores comuns de 12 e
18 são 1,2,3 e 6. Dentre eles, 6 é o maior. Então chamamos o 6 de máximo divisor comum de
12 e 18 e indicamos m.d.c.(12,18) = 6.
O maior divisor comum de dois ou mais números é chamado de máximo divisor comum
desses números. Usamos a abreviação m.d.c.
Exemplos:
mdc (6,12) = 6
mdc (12,20) = 4
mdc (20,24) = 4
mdc (12,20,24) = 4
mdc (6,12,15) = 3
306
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O m.d.c. de dois ou mais números, quando fatorados, é o produto dos fatores comuns a eles,
cada um elevado ao menor expoente.
Nesse processo efetuamos várias divisões até chegar a uma divisão exata.
Regra prática:
2º) dividimos o divisor 30, que é divisor da divisão anterior, por 18, que é o resto da divisão
anterior, e assim sucessivamente;
30 / 18 = 1 (com resto 12)
18 / 12 = 1 (com resto 6)
307
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Exemplos:
Os números 35 e 24 são números primos entre si, pois mdc (35,24) = 1.
Os números 35 e 21 não são números primos entre si, pois mdc (35,21) = 7.
PROPRIEDADE DO M.D.C.
Dentre os números 6, 18 e 30, o número 6 é divisor dos outros dois. Neste caso, 6 é o m.d.c.
(6,18,30). Observe:
6=2x3
18 = 2 x 32
30 = 2 x 3 x 5
Portanto m.d.c.(6,18,30) = 6
Se um número é divisível por outro, diferente de zero, então dizemos que ele é
múltiplo desse outro.
308
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Observações importantes:
1) Um número tem infinitos múltiplos
2) Zero é múltiplo de qualquer número natural
O menor múltiplo comum de dois ou mais números, diferente de zero, é chamado de mínimo
múltiplo comum desses números. Usamos a abreviação m.m.c.
12 = 2 x 2 x 3
30 = 2 x 3 x 5
m.m.c (12,30) = 2 x 2 x 3 x 5
309
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Entre os números 3, 6 e 30, o número 30 é múltiplo dos outros dois. Neste caso, 30 é o m.m.c.
(3,6,30). Observe:
m.m.c.(3,6,30) = 2 x 3 x 5 = 30
Considerando os números 4 e 15, que são primos entre si. O m.m.c.(4,15) é igual a 60, que é o
produto de 4 por 15. Observe:
310
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
m.m.c.(4,15) = 2 x 2 x 3 x 5 = 60
Dados dois números primos entre si, o m.m.c. deles é o produto desses números.
Raiz quadrada
Determinar a raiz quadrada consiste em calcular o número que, elevado ao quadrado, gera o
valor desejado. Por exemplo, a raiz quadrada do número 25 corresponde ao número 5, pois 5² é
igual a 25. Em algumas situações, descobrir esse número por tentativa pode ser muito cansativo
e bastante complicado. Para resolver tal situação, devemos utilizar uma técnica denominada
decomposição de números em fatores primos, isto é, utilizar a fatoração.
Para determinarmos a raiz quadrada do número 196 precisamos primeiramente fatorar e unir os
termos semelhantes, dois a dois.
A raiz quadrada do número 196 corresponde ao número 14. Caso queira tirar a prova real, basta
multiplicar o número por ele mesmo, 14 * 14 = 196.
311
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Sistema monetário é o conjunto de moedas utilizadas num país por imposição de curso legal,
isto é, obrigatoriedade de aceitação em pagamento de mercadorias, débitos ou
serviços. Constitui-se de uma moeda fundamental (moeda padrão), que serve de unidade de
valor (padrão de medida de valores) e de moedas auxiliares, cujos valores são múltiplos ou
submúltiplos daquela.
Glossário Básico
MOEDA: (do latim "moneta") - deriva do nome da deusa JUNO MONETA, templo que
manufaturavam as moedas romanas. É qualquer objeto que sirva como meio de troca em um
sistema econômico;
MOEDA FIDUCIÁRIA: Moeda que tem curso obrigatório, por Lei, em um país. No Brasil a
Moeda Fiduciária é o Real - R$.
MOEDA METÁLICA: Cunhagem da moeda em metais preciosos, trazendo seu peso impresso.
Hoje trazem impressos os seus valores;
312
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
MOEDA-ESCRITURAL: Foi criada pelo sistema bancário. Emprestavam os valores acima do lastro
do sistema bancário.
As moedas metálicas
Por muito tempo, os objetos de metal foram mercadorias muito apreciadas. Como sua produção
exigia, além do domínio das técnicas de fundição, o conhecimento dos locais onde o metal
poderia ser encontrado, essa tarefa, naturalmente, não estava ao alcance de todas as pessoas.
A valorização, cada vez maior, destes instrumentos levou à sua utilização como moeda, e ao
aparecimento de réplicas de objetos metálicos, em pequenas dimensões, que circulavam como
dinheiro. Surgem, então, no século VII a.C., as primeiras moedas com características das atuais:
são pequenas peças de metal, com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial,
isto é, a marca de quem as emitiu, e lhes garante seu valor.
As moedas utilizadas oficialmente no Brasil, e que compõem o Sistema Monetário Brasileiro são:
313
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
1 Real R$ 1,00
50 centavos R$ 0,50
25 centavos R$ 0,25
10 centavos R$ 0,10
5 centavos R$ 0,05
As moedas do Real são fabricadas pela Casa da Moeda do Brasil, que é um órgão do governo
federal criado em 1694. Como seu nome já diz, a Casa da Moeda é responsável por produzir
todo o dinheiro que utilizamos para pagar nossas contas, comprar remédios e ir ao cinema, por
exemplo. Esse “dinheiro” inclui não só as moedas, mas também as cédulas do Real.
314
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Cédulas do Real
315
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Valores:
R$ 2,00
R$ 5,00
R$ 10,00
R$ 25,00
R$ 50,00
R$ 100,00
Agora que você já conhece todas as moedas do Real, vamos observar como isso é cobrado em
prova.
1 - O carro do pai de Tiago gasta R$ 1,00 em gasolina a cada 1min. Para levar Tiago à escola, seu
pai sai de casa às 13h45min e chega lá às 13h55min. Sabendo que o pai dele só tem moedas de
R$ 0,50 no bolso, quantas moedas ele deverá gastar com a gasolina deste percurso?
a) 5 moedas
b) 10 moedas
c) 15 moedas
d) 20 moedas
2 - Lita comprou um sorvete por R$ 1,55. Que moedas ela utilizou para realizar essa compra?
RESPOSTAS
316
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
1–D 2–C
Ao medirmos a altura de uma pessoa, usamos a unidade conhecida como “metro”: 1,60m,
1,83m etc.
Mas seria muito difícil se usássemos a mesma unidade para calcular a distância entre cidades ou
países, pois são longas distâncias, ou seja, números que podem ser muito grandes.
Logo, para resolver esse problema, criou-se uma convenção para as unidades de comprimento.
km hm dam m dm cm mm
Exemplo
Helena quis usar uma fita em seu embrulho de Natal. Após uma rápida medição notou que
bastavam 45cm (quarenta e cinto centímetros). No entanto, a papelaria aonde foi só vendia a fita
por 3,50 reais a cada metro. Quanto Helena teve que pagar para comprar o tamanho necessário
de fita?
Assim, com a ajuda da tabela acima, temos que: 1cm = 0,01m, portanto 45cm = 0,45m. Daí,
Helena necessita de 0,45m, mas se a cada metro temos 4,00 reais, basta multiplicar 3,50 por 0,45
e temos 1,80 real.
317
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
km hm dam m dm cm mm
5 7, 8 3 0 0
Mas e para medir o piso que gostaria de colocar na minha casa? Ou o terreno da minha casa?
Lembre-se de que para calcular a área de um quadrado, basta multiplicar comprimento de seu
lado duas vezes (o que chamamos de elevar ao quadrado). Então a unidade de área é
basicamente elevar ao quadrado a unidade de comprimento. Portanto temos:
0,1m x
1000m x 1000m = 100m x 100m 10m x 10m 1m x 1m 0,01m x 0,01m 0,001m x 0,001m
0,1m =
1.000.000m² =10.000m² = 100m² = 1m² = 0,0001m² =0,000001m²
0,01m²
Exemplo
Uma loja de construção vende um determinado tipo de ladrilho por 0,04 reais o cm². Roberto
mediu os lados da parede de seu banheiro - de forma retangular - e achou comprimento 2m por
3m. Quanto Roberto deverá desembolsar para comprar o ladrilho? Se a parede tem forma
retangular, basta multiplicar os lados para descobrir sua área, portanto 6m². Temos que
transformar 6m² em cm². Se, pela tabela, 0,00001m² = 1cm² então 1m² = 10.000cm² , portanto,
318
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
6m² = 60.000cm². Como cada cm² custa 0,04 reais, então 0,04 x 60.000 = 2.400. Ou seja, Pedro
irá gastar 2400,00 reais.
0 0 0 0 7 8 4 5 6, 3
Note que nesse caso dividimos as casas em duas, pois temos a unidade ao quadrado. Repare
também que o caso é bem parecido com a unidade de comprimento.
Repare que, para descrever as unidades de área, multiplicamos as unidades duas vezes. O caso
do volume será muito parecido. Basta lembrar que para calcular o volume de um cubo, devemos
fazer a multiplicação do comprimento de suas arestas três vezes (elevar ao cubo), portanto,
basta multiplicar essa quantidade de vezes a unidade de comprimento.
Exemplos
Uma viagem de caminhão recolhe uma caçamba de lixo de 5m³ por vez. Se após a obra de um
edifício o entulho foi calculado em 0,015hm³, quantas viagens serão necessárias para remover o
lixo?
Com auxílio da tabela, temos 1hm³ = 1.000.000m³, daí temos um entulho de 0,0152 x 1.000.000
= 15200m³. Se uma viagem retira 5m³, obtemos 15200 ÷ 5 = 3040 viagens.
Conversão: 89.123.539mm³ em dam³
319
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
0 0 0 0 0 8 9 1 2 3 5 3 9,
Mais uma vez, tomemos de exemplo a unidade de comprimento. Lembrando que dessa vez
dividimos cada casa em três, pois elevamos ao cubo. Daí, 89.123.539mm³ =
0,000089123539dam³.
Unidades de Tempo
Juntamente com o metro, as unidades de medição do tempo são, talvez, as mais comuns.
Segundo (s). E as demais: minuto, hora, dia, ano, década, século e milênio.
1 milênio = 1000 anos ; 1 ano = 365 dias ; 1 dia = 24horas ; 1 hora = 60 min ; 1 minuto = 60
segundos.
Unidades de Massa
Grama (g). Deve ser tratado de maneira semelhante ao da unidade de comprimento. Daí, temos:
quilograma (kg), hectograma (hg), decagrama (dag), grama, decigrama, centigrama e miligrama.
Acrescentando a tonelada (ton). Onde, 1ton = 1.000kg.
320
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Conhecimentos Específicos
1 - Constituição Federal – Art. 1º ao 5º e incisos; Art. 144
TÍTULO I
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e
o Judiciário.
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
I - independência nacional;
IV - não-intervenção;
VI - defesa da paz;
321
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
TÍTULO II
CAPÍTULO I
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades
civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
322
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; (Vide Lei nº 13.105, de
2015) (Vigência)
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade
produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
323
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de
empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento
tecnológico e econômico do País;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei
pessoal do "de cujus";
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e
do Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011)
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
324
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) perda de bens;
c) multa;
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus
filhos durante o período de amamentação;
325
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei; (Regulamento)
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no
prazo legal;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado,
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso
326
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial
ou administrativo;
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso
além do tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide Lei
nº 7.844, de 1989)
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania. (Regulamento)
327
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através
dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
IV - polícias civis;
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela
União e estruturado em carreira, destina-se a:" (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)
328
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo
será fixada na forma do § 4º do art. 39. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82,
de 2014)
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos
órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma
da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)
329
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
2 - Lei Federal nº 13.022 de 08 de agosto de 2014 – Dispões sobre o Estatuto Geral das
Guardas Municipais
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para as guardas municipais, disciplinando o § 8º do
art. 144 da Constituição Federal.
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS
CAPÍTULO III
DAS COMPETÉNCIAS
II - prevenir e inibir, pela presença e vigilância, bem como coibir, infrações penais ou
administrativas e atos infracionais que atentem contra os bens, serviços e instalações municipais;
330
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
VI - exercer as competências de trânsito que lhes forem conferidas, nas vias e logradouros
municipais, nos termos da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito
Brasileiro), ou de forma concorrente, mediante convênio celebrado com órgão de trânsito
estadual ou municipal;
XVIII - atuar mediante ações preventivas na segurança escolar, zelando pelo entorno e
participando de ações educativas com o corpo discente e docente das unidades de ensino
municipal, de forma a colaborar com a implantação da cultura de paz na comunidade local.
331
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Federal ou de congêneres de Municípios vizinhos e, nas hipóteses previstas nos incisos XIII e XIV
deste artigo, diante do comparecimento de órgão descrito nos incisos do caput do art. 144 da
Constituição Federal , deverá a guarda municipal prestar todo o apoio à continuidade do
atendimento.
CAPÍTULO IV
DA CRIAÇÃO
I - 0,4% (quatro décimos por cento) da população, em Municípios com até 50.000
(cinquenta mil) habitantes;
II - 0,3% (três décimos por cento) da população, em Municípios com mais de 50.000
(cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, desde que o efetivo não seja
inferior ao disposto no inciso I;
III - 0,2% (dois décimos por cento) da população, em Municípios com mais de 500.000
(quinhentos mil) habitantes, desde que o efetivo não seja inferior ao disposto no inciso II.
Art. 9º A guarda municipal é formada por servidores públicos integrantes de carreira única
e plano de cargos e salários, conforme disposto em lei municipal.
CAPÍTULO V
Art. 10. São requisitos básicos para investidura em cargo público na guarda municipal:
I - nacionalidade brasileira;
332
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
VII - idoneidade moral comprovada por investigação social e certidões expedidas perante
o Poder Judiciário estadual, federal e distrital.
CAPÍTULO VI
DA CAPACITAÇÃO
Art. 11. O exercício das atribuições dos cargos da guarda municipal requer capacitação
específica, com matriz curricular compatível com suas atividades.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput , poderá ser adaptada a matriz curricular
nacional para formação em segurança pública, elaborada pela Secretaria Nacional de Segurança
Pública (Senasp) do Ministério da Justiça.
CAPÍTULO VII
DO CONTROLE
Art. 13. O funcionamento das guardas municipais será acompanhado por órgãos próprios,
permanentes, autônomos e com atribuições de fiscalização, investigação e auditoria, mediante:
§ 1º O Poder Executivo municipal poderá criar órgão colegiado para exercer o controle
social das atividades de segurança do Município, analisar a alocação e aplicação dos recursos
públicos e monitorar os objetivos e metas da política municipal de segurança e, posteriormente,
333
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
a adequação e eventual necessidade de adaptação das medidas adotadas face aos resultados
obtidos.
§ 2º Os corregedores e ouvidores terão mandato cuja perda será decidida pela maioria
absoluta da Câmara Municipal, fundada em razão relevante e específica prevista em lei
municipal.
Art. 14. Para efeito do disposto no inciso I do caput do art. 13, a guarda municipal terá
código de conduta próprio, conforme dispuser lei municipal.
CAPÍTULO VIII
DAS PRERROGATIVAS
Art. 15. Os cargos em comissão das guardas municipais deverão ser providos por
membros efetivos do quadro de carreira do órgão ou entidade.
§ 2º Para ocupação dos cargos em todos os níveis da carreira da guarda municipal, deverá
ser observado o percentual mínimo para o sexo feminino, definido em lei municipal.
Art. 16. Aos guardas municipais é autorizado o porte de arma de fogo, conforme previsto
em lei.
CAPÍTULO IX
DAS VEDAÇÕES
Art. 19. A estrutura hierárquica da guarda municipal não pode utilizar denominação
idêntica à das forças militares, quanto aos postos e graduações, títulos, uniformes, distintivos e
condecorações.
CAPÍTULO X
DA REPRESENTATIVIDADE
334
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
CAPÍTULO XI
Art. 22. Aplica-se esta Lei a todas as guardas municipais existentes na data de sua
publicação, a cujas disposições devem adaptar-se no prazo de 2 (dois) anos.
DILMA ROUSSEFF
O item de número 3 foi suprimido do edital, mas será retificado tão logo a organizadora
publique uma possível correção.
4 - Decreto Lei 2.848 de 07 de dezembro de 1940 – Código Penal – Artigo de 121 ao 180 e
do Art. 312 ao 337
TÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA
CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A VIDA
Homicídio simples
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode
reduzir a pena de um sexto a um terço.
Homicídio qualificado
335
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 2° Se o homicídio é cometido:
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº
13.104, de 2015)
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício
da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de
2015)
Homicídio culposo
336
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Aumento de pena
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por
milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de
extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for
praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº
13.104, de 2015)
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência
ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade
física ou mental; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de 2018)
337
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.968, de
2019)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019)
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; (Incluído pela Lei nº
13.968, de 2019)
338
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Infanticídio
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou
logo após:
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: (Vide
ADPF 54)
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: (Vide ADPF 54)
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze
anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave
ameaça ou violência
Forma qualificada
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se,
em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão
corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a
morte.
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54)
Aborto necessário
CAPÍTULO II
DAS LESÕES CORPORAIS
339
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Lesão corporal
§ 1º Se resulta:
II - perigo de vida;
IV - aceleração de parto:
§ 2° Se resulta:
II - enfermidade incuravel;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Diminuição de pena
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode
reduzir a pena de um sexto a um terço.
Substituição da pena
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis:
340
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Aumento de pena
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4 o e
6o do art. 121 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012)
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 11.340, de
2006)
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas
no § 9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004)
§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for
cometido contra pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006)
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública,
no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois
terços. (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
CAPÍTULO III
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a
contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado:
341
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Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está
contaminado, ato capaz de produzir o contágio:
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
Abandono de incapaz
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e,
por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:
§ 2º - Se resulta a morte:
Aumento de pena
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003)
§ 2º - Se resulta a morte:
Omissão de socorro
342
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e
iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o
preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento
médico-hospitalar emergencial: (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 12.653, de
2012).
Maus-tratos
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou
vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de
alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado,
quer abusando de meios de correção ou disciplina:
§ 2º - Se resulta a morte:
CAPÍTULO IV
DA RIXA
Rixa
343
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Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato
da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos.
CAPÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA A HONRA
Calúnia
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Exceção da verdade
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado
por sentença irrecorrível;
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença
irrecorrível.
Difamação
Exceção da verdade
Injúria
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio
empregado, se considerem aviltantes:
344
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Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997)
Disposições comuns
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos
crimes é cometido:
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da
difamação ou da injúria.
Exclusão do crime
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem
lhe dá publicidade.
Retratação
Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação
utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido,
pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. (Incluído pela Lei nº 13.188, de 2015)
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem
se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério
do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa.
345
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Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo
quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
CAPÍTULO VI
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL
SEÇÃO I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL
Constrangimento ilegal
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe
haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei
permite, ou a fazer o que ela não manda:
Aumento de pena
Ameaça
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio
simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
346
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
V – se o crime é praticado com fins libidinosos. (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005)
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos
forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer
restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o
empregador ou preposto: (Redação dada pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de
retê-lo no local de trabalho; (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem. (Incluído pela Lei
nº 10.803, de 11.12.2003)
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher
pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade
de: (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
347
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.344,
de 2016) (Vigência)
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto
de exercê-las; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016) (Vigência)
SEÇÃO II
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
Violação de domicílio
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
348
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra
diligência;
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na
iminência de o ser.
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
SEÇÃO III
DOS CRIMES CONTRA A
INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA
Violação de correspondência
349
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§ 4º - Somente se procede mediante representação, salvo nos casos do § 1º, IV, e do § 3º.
Correspondência comercial
SEÇÃO IV
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS
Divulgação de segredo
Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de
correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa
produzir dano a outrem:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa, de trezentos mil réis a dois contos de
réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em
lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração
Pública: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de
função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
350
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: (Incluído pela Lei nº
12.737, de 2012) Vigência
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 12.737,
de 2012) Vigência
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime
mais grave. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se procede mediante
representação, salvo se o crime é cometido contra a administração pública direta ou indireta de
qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas
concessionárias de serviços públicos. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
TÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
351
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
CAPÍTULO I
DO FURTO
Furto
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.
Furto qualificado
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que
venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. (Incluído pela Lei nº 9.426,
de 1996)
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem
legitimamente a detém, a coisa comum:
352
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a
que tem direito o agente.
CAPÍTULO II
DO ROUBO E DA EXTORSÃO
Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da
coisa para si ou para terceiro.
§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: (Redação dada pela Lei nº
13.654, de 2018)
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro
Estado ou para o exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído pela Lei nº 13.654, de
2018)
353
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso
restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)
Extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de
obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou
deixar de fazer alguma coisa:
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer
vantagem, como condição ou preço do resgate: Vide Lei nº 8.072, de
25.7.90 (Vide Lei nº 10.446, de 2002)
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de
25.7.1990)
Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de
25.7.1990)
354
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Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. (Redação dada pela Lei nº
8.072, de 25.7.1990)
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072,
de 25.7.1990)
Extorsão indireta
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém,
documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro:
CAPÍTULO III
DA USURPAÇÃO
Alteração de limites
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha
divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:
Usurpação de águas
Esbulho possessório
Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal
indicativo de propriedade:
CAPÍTULO IV
DO DANO
355
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Dano
Dano qualificado
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais
grave
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à
violência.
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem
de direito, desde que o fato resulte prejuízo:
Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade competente em
virtude de valor artístico, arqueológico ou histórico:
Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente, o aspecto de local especialmente
protegido por lei:
Ação penal
Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu parágrafo e do art. 164, somente se
procede mediante queixa.
CAPÍTULO V
DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA
Apropriação indébita
356
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Aumento de pena
I - em depósito necessário;
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem
sido reembolsados à empresa pela previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o
ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
357
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou
força da natureza:
Apropriação de tesouro
I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que
tem direito o proprietário do prédio;
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de
restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no
prazo de quinze dias.
Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se o disposto no art. 155, § 2º.
CAPÍTULO VI
DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES
Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de
réis. (Vide Lei nº 7.209, de 1984)
358
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Defraudação de penhor
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a
garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado;
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o
pagamento.
§ 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. (Incluído pela
Lei nº 13.228, de 2015)
III - pessoa com deficiência mental; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Duplicata simulada
Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria
vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado. (Redação dada pela Lei nº 8.137,
de 27.12.1990)
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de
27.12.1990)
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquêle que falsificar ou adulterar a
escrituração do Livro de Registro de Duplicatas. (Incluído pela Lei nº 5.474. de 1968)
Abuso de incapazes
359
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Induzimento à especulação
Fraude no comércio
Outras fraudes
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, se o fato não constitui crime contra a
economia popular.
360
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II - o diretor, o gerente ou o fiscal que promove, por qualquer artifício, falsa cotação das
ações ou de outros títulos da sociedade;
III - o diretor ou o gerente que toma empréstimo à sociedade ou usa, em proveito próprio
ou de terceiro, dos bens ou haveres sociais, sem prévia autorização da assembléia geral;
IV - o diretor ou o gerente que compra ou vende, por conta da sociedade, ações por ela
emitidas, salvo quando a lei o permite;
VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que, por interposta pessoa, ou conluiado com acionista,
consegue a aprovação de conta ou parecer;
VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III, IV, V e VII;
§ 2º - Incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, e multa, o acionista que, a
fim de obter vantagem para si ou para outrem, negocia o voto nas deliberações de assembléia
geral.
Fraude à execução
CAPÍTULO VII
DA RECEPTAÇÃO
Receptação
361
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio,
coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou
oculte: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de
1996)
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de
1996)
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e
o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por meio
criminoso: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Receptação de animal
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender,
com a finalidade de produção ou de comercialização, semovente domesticável de produção,
ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime: (Incluído
pela Lei nº 13.330, de 2016)
362
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.330, de
2016)
TÍTULO XI
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CAPÍTULO I
DOS CRIMES PRATICADOS
POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito
próprio ou alheio:
Peculato culposo
Inserção de dados falsos em sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar
ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da
Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para
causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000))
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
363
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do
cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº
13.964, de 2019)
Excesso de exação
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de
27.12.1990)
Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem:
364
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº
10.763, de 12.11.2003)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de
27.12.1990)
Prevaricação
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de
vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação
com outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).
Condescendência criminosa
Advocacia administrativa
Violência arbitrária
365
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à violência.
Abandono de função
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou
continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado,
removido, substituído ou suspenso:
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em
segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais
grave.
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Funcionário público
366
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste
Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento
de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação
instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)
CAPÍTULO II
DOS CRIMES PRATICADOS POR
PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
Resistência
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário
competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
Desobediência
Desacato
367
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa
de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da
função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de
1995)
Corrupção ativa
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-
lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de
12.11.2003)
Descaminho
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela
entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
§ 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei; (Redação dada
pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho; (Redação dada pela Lei nº
13.008, de 26.6.2014)
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de
procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou
368
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Contrabando
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida: (Incluído pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando; (Incluído pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
369
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública,
promovida pela administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal;
afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude
ou oferecimento de vantagem:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da pena correspondente à
violência.
Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem
de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou
por ordem de funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto:
Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento
confiado à custódia de funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço público:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime mais grave.
370
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o
ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos
mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)
CAPÍTULO II-A
(Incluído pela Lei nº 10.467, de 11.6.2002)
371
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10467, de
11.6.2002)
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem ou
promessa, o funcionário público estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica
infringindo dever funcional. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
vantagem ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário
público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial
internacional: (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10467, de
11.6.2002)
Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda
que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em
entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro. (Incluído pela Lei nº
10467, de 11.6.2002)
CAPÍTULO I
372
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer
a atividade;
Parágrafo único. As disposições deste artigo não alcançam as armas de fogo das Forças
Armadas e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros próprios.
CAPÍTULO II
DO REGISTRO
Art. 4o Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar
a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos:
373
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 8o Estará dispensado das exigências constantes do inciso III do caput deste artigo, na
forma do regulamento, o interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido que comprove
estar autorizado a portar arma com as mesmas características daquela a ser
adquirida. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será
precedido de autorização do Sinarm.
374
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-
se residência ou domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural. (Incluído pela Lei nº
13.870, de 2019)
CAPÍTULO III
DO PORTE
Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os
casos previstos em legislação própria e para:
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144
da Constituição Federal e os da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP); (Redação
dada pela Lei nº 13.500, de 2017)
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com
mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta
Lei; (Vide ADIN 5538) (Vide ADIN 5948)
IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinqüenta
mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço; (Redação dada
pela Lei nº 10.867, de 2004) (Vide ADIN 5538) (Vide ADIN 5948)
375
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da
Constituição Federal;
VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das
escoltas de presos e as guardas portuárias;
§ 1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput deste artigo terão direito de
portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou
instituição, mesmo fora de serviço, nos termos do regulamento desta Lei, com validade em
âmbito nacional para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI. (Redação dada pela Lei nº
11.706, de 2008)
376
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 2o A autorização para o porte de arma de fogo aos integrantes das instituições descritas
nos incisos V, VI, VII e X do caput deste artigo está condicionada à comprovação do requisito a
que se refere o inciso III do caput do art. 4o desta Lei nas condições estabelecidas no
regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 3o A autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais está condicionada
à formação funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial, à
existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas condições estabelecidas no
regulamento desta Lei, observada a supervisão do Ministério da Justiça. (Redação dada
pela Lei nº 10.884, de 2004)
§ 5o Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar será
concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para subsistência,
de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) canos, de alma lisa e de
calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado comprove a efetiva
necessidade em requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes
documentos: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 6o O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo,
independentemente de outras tipificações penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal
ou por disparo de arma de fogo de uso permitido. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de
2008)
§ 7o Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões
metropolitanas será autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço. (Incluído pela
Lei nº 11.706, de 2008)
Art. 7o As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurança privada e
de transporte de valores, constituídas na forma da lei, serão de propriedade, responsabilidade e
guarda das respectivas empresas, somente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo
essas observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente,
377
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
sendo o certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome
da empresa.
§ 3o A listagem dos empregados das empresas referidas neste artigo deverá ser atualizada
semestralmente junto ao Sinarm.
Art. 7o-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das instituições descritas no inciso
XI do art. 6o serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas instituições,
somente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo estas observar as condições de
uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e
a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome da instituição. (Incluído
pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 1o A autorização para o porte de arma de fogo de que trata este artigo independe do
pagamento de taxa. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 3o O porte de arma pelos servidores das instituições de que trata este artigo fica
condicionado à apresentação de documentação comprobatória do preenchimento dos
requisitos constantes do art. 4o desta Lei, bem como à formação funcional em estabelecimentos
de ensino de atividade policial e à existência de mecanismos de fiscalização e de controle
interno, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.694,
de 2012)
§ 4o A listagem dos servidores das instituições de que trata este artigo deverá ser
atualizada semestralmente no Sinarm. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
§ 5o As instituições de que trata este artigo são obrigadas a registrar ocorrência policial e a
comunicar à Polícia Federal eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas
de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro)
horas depois de ocorrido o fato. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012)
378
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 10. A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território
nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do
Sinarm.
§ 1o A autorização prevista neste artigo poderá ser concedida com eficácia temporária e
territorial limitada, nos termos de atos regulamentares, e dependerá de o requerente:
III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido
registro no órgão competente.
Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores constantes do Anexo desta Lei, pela
prestação de serviços relativos:
379
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 2o São isentas do pagamento das taxas previstas neste artigo as pessoas e as instituições
a que se referem os incisos I a VII e X e o § 5 o do art. 6o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº
11.706, de 2008)
CAPÍTULO IV
Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência
ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o
responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Omissão de cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua
posse ou que seja de sua propriedade:
380
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo,
acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação
legal ou regulamentar:
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo
estiver registrada em nome do agente. (Vide Adin 3.112-1)
Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas
adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como
finalidade a prática de outro crime:
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. (Vide Adin 3.112-1)
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma
de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca
ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
381
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar,
montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito
próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou
munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 13.964,
de 2019)
§ 1º Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de
prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em
residência. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem
autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial
disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer
título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº
13.964, de 2019)
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou
munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a agente
policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma de
fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade
se: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta
Lei; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019)
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade
provisória. (Vide Adin 3.112-1)
382
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrar convênios com os Estados e o Distrito
Federal para o cumprimento do disposto nesta Lei.
Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e
demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor
histórico serão disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do
Comando do Exército. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 2o Para os órgãos referidos no art. 6o, somente serão expedidas autorizações de compra
de munição com identificação do lote e do adquirente no culote dos projéteis, na forma do
regulamento desta Lei.
§ 3o As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de publicação desta Lei
conterão dispositivo intrínseco de segurança e de identificação, gravado no corpo da arma,
definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os órgãos previstos no art. 6 o.
Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refere o art. 2º desta Lei, compete ao Comando
do Exército autorizar e fiscalizar a produção, exportação, importação, desembaraço alfandegário
e o comércio de armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o porte de
trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caçadores.
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada
aos autos, quando não mais interessarem à persecução penal serão encaminhadas pelo juiz
competente ao Comando do Exército, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, para
destruição ou doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do
regulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.886, de 2019)
383
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às aquisições dos Comandos
Militares.
Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados
os integrantes das entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta
Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
384
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma de fogo de uso permitido ainda não
registrada deverão solicitar seu registro até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante
apresentação de documento de identificação pessoal e comprovante de residência fixa,
acompanhados de nota fiscal de compra ou comprovação da origem lícita da posse, pelos meios
de prova admitidos em direito, ou declaração firmada na qual constem as características da arma
e a sua condição de proprietário, ficando este dispensado do pagamento de taxas e do
cumprimento das demais exigências constantes dos incisos I a III do caput do art. 4o desta
Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) (Prorrogação de prazo)
Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil
reais), conforme especificar o regulamento desta Lei:
Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com aglomeração superior a 1000
(um mil) pessoas, adotarão, sob pena de responsabilidade, as providências necessárias para
evitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvados os eventos garantidos pelo inciso VI do art.
5o da Constituição Federal.
Art. 34-A. Os dados relacionados à coleta de registros balísticos serão armazenados no Banco
Nacional de Perfis Balísticos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
385
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 1º O Banco Nacional de Perfis Balísticos tem como objetivo cadastrar armas de fogo e
armazenar características de classe e individualizadoras de projéteis e de estojos de munição
deflagrados por arma de fogo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 3º O Banco Nacional de Perfis Balísticos será gerido pela unidade oficial de perícia
criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 4º Os dados constantes do Banco Nacional de Perfis Balísticos terão caráter sigiloso, e aquele
que permitir ou promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão
judicial responderá civil, penal e administrativamente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
ANEXO
(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)
TABELA DE TAXAS
386
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
ATO ADMINISTRATIVO R$
(art. 30)
Gratuito
de valores
387
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
6 - Decreto nº 9.847, de 25.06.2019, que regulamenta a Lei 10.826/03 que dispõe sobre
registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, com o objetivo
de estabelecer regras e procedimentos para a aquisição, o cadastro, o registro, o porte e a
comercialização de armas de fogo e de munição e de dispor sobre a estruturação do Sistema
Nacional de Armas - Sinarm e do Sistema de Gerenciamento Militar de Armas - Sigma.
a) de porte, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, não atinja, na saída do
cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte
joules;
c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, não
atinja, na saída do cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil
seiscentos e vinte joules;
a) não portáteis;
b) de porte, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, atinja, na saída do
cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte
joules; ou
c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, atinja, na
saída do cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e
vinte joules;
a) as armas de fogo classificadas de uso proibido em acordos e tratados internacionais dos quais
a República Federativa do Brasil seja signatária; ou
388
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
a) atinjam, na saída do cano de prova de armas de porte ou portáteis de alma raiada, energia
cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte joules;
V - munição de uso proibido - as munições que sejam assim definidas em acordo ou tratado
internacional de que a República Federativa do Brasil seja signatária e as munições incendiárias
ou químicas;
VI - arma de fogo obsoleta - as armas de fogo que não se prestam ao uso efetivo em caráter
permanente, em razão de:
b) sua produção ou seu modelo ser muito antigo e fora de uso, caracterizada como relíquia ou
peça de coleção inerte;
VII - arma de fogo de porte - as armas de fogo de dimensões e peso reduzidos que podem ser
disparadas pelo atirador com apenas uma de suas mãos, a exemplo de pistolas, revólveres e
garruchas;
VIII - arma de fogo portátil - as armas de fogo que, devido às suas dimensões ou ao seu peso,
podem ser transportada por uma pessoa, tais como fuzil, carabina e espingarda;
IX - arma de fogo não portátil - as armas de fogo que, devido às suas dimensões ou ao seu
peso, precisam ser transportadas por mais de uma pessoa, com a utilização de veículos,
automotores ou não, ou sejam fixadas em estruturas permanentes;
XII - registro - matrícula da arma de fogo que esteja vinculada à identificação do respectivo
proprietário em banco de dados;
XIII - registros precários - dados referentes ao estoque de armas de fogo, acessórios e munições
das empresas autorizadas a comercializá-los; e
§ 1º Fica proibida a produção de réplicas e simulacros que possam ser confundidos com arma
de fogo, nos termos do disposto no art. 26 da Lei nº 10.826, de 2003, que não sejam
classificados como arma de pressão nem destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção
de usuário autorizado.
389
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
CAPÍTULO II
Seção I
390
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
II - apreendidas, ainda que não constem dos cadastros do Sinarm ou do Sigma, incluídas
aquelas vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;
a) da Polícia Federal;
f) dos órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a que se referem,
respectivamente, o inciso IV do caput do art. 51 e o inciso XIII do caput do art. 52 da
Constituição;
h) dos órgãos públicos aos quais sejam vinculados os agentes e os guardas prisionais e os
integrantes das escoltas de presos dos Estados e das guardas portuárias;
391
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
i) dos órgãos do Poder Judiciário, para uso exclusivo de servidores de seus quadros
pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de segurança, na forma do
regulamento estabelecido pelo Conselho Nacional de Justiça;
j) dos órgãos dos Ministérios Públicos da União, dos Estados e do Distrito Federal e
Territórios, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que efetivamente estejam
no exercício de funções de segurança, na forma do regulamento estabelecido pelo Conselho
Nacional do Ministério Público;
m) dos órgãos públicos cujos servidores tenham autorização, concedida por legislação
específica, para portar arma de fogo em serviço e que não tenham sido mencionados nas
alíneas “a” a “l”; e
IV - dos integrantes:
a) da Polícia Federal;
392
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
e) dos órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a que se referem,
respectivamente, o inciso IV do caput do art. 51 e o inciso XIII do caput do art. 52 da
Constituição;
g) dos quadros efetivos dos agentes e guardas prisionais, das escoltas de presos dos
Estados e das guardas portuárias;
i) do quadro efetivo dos órgãos dos Ministérios Públicos da União, dos Estados e do
Distrito Federal e Territórios que efetivamente estejam no exercício de funções de segurança, na
forma do regulamento estabelecido pelo Conselho Nacional do Ministério Público;
k) dos quadros efetivos dos órgãos públicos cujos servidores tenham autorização,
concedida por legislação específica, para portar arma de fogo em serviço e que não tenham sido
mencionados nas alíneas “a” a “j”;
393
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 9º A Polícia Federal poderá celebrar convênios com os órgãos de segurança pública dos
Estados e do Distrito Federal para possibilitar a integração de seus sistemas correlatos ao
Sinarm.
§ 11. O registro e o cadastro das armas de fogo a que se refere o inciso II do § 3º serão
feitos por meio de comunicação das autoridades competentes à Polícia Federal.
§ 12. Sem prejuízo do disposto neste artigo, as unidades de criminalística da União, dos
Estados e do Distrito Federal responsáveis por realizar perícia em armas de fogo apreendidas
deverão encaminhar, trimestralmente, arquivo eletrônico com a relação das armas de fogo
394
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Seção II
b) das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares dos Estados e do Distrito
Federal;
II - dos integrantes:
395
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b) das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares dos Estados e do Distrito
Federal;
III - obsoletas;
Seção III
396
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f) a forma de funcionamento;
II - relativas ao proprietário:
397
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
d) a profissão;
398
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399
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Art. 12. Para fins de aquisição de arma de fogo de uso permitido e de emissão do
Certificado de Registro de Arma de Fogo, o interessado deverá:
400
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b) o interessado mantém vínculo com grupos criminosos ou age como pessoa interposta
de quem não preenche os requisitos a que se referem os incisos I a VI do caput;
III - a não apresentação de um ou mais documentos a que se referem o inciso III ao inciso
VI do caput.
II - conhecimento básico dos componentes e das partes da arma de fogo para a qual foi
requerida a autorização de aquisição; e
III - habilidade no uso da arma de fogo demonstrada pelo interessado em estande de tiro
credenciado pelo Comando do Exército ou pela Polícia Federal.
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I - comprove estar autorizado a portar arma de fogo da mesma espécie daquela a ser
adquirida, desde que o porte de arma de fogo esteja válido; e
§ 7º Para fins de aquisição de arma de fogo de uso restrito, o interessado deverá solicitar
autorização prévia ao Comando do Exército.
402
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 12. Os integrantes das Forças Armadas, das polícias federais, estaduais e do Distrito
Federal e os militares dos Estados e do Distrito Federal, ao adquirirem arma de fogo de uso
permitido ou restrito ou renovarem o Certificado de Registro, ficam dispensados do
cumprimento dos requisitos de que tratam os incisos I, III, IV, V e VI do caput. (Incluído pelo
Decreto nº 10.030, de 2019)
§ 13. Os integrantes das entidades de que tratam os incisos I, II, III, V, VI, VII e X
do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, ficam dispensados do cumprimento do requisito
de que trata o inciso I do caput deste artigo. (Incluído pelo Decreto nº 10.030, de 2019)
Art. 14. Serão cassadas as autorizações de porte de arma de fogo do titular a que se
referem o inciso VIII ao inciso XI do caput do art. 6º e o § 1º do art. 10 da Lei nº 10.826, de 2003,
que esteja respondendo a inquérito ou a processo criminal por crime doloso.
§ 1º Nas hipóteses de que trata o caput, o proprietário entregará a arma de fogo à Polícia
Federal ou ao Comando do Exército, conforme o caso, mediante indenização na forma prevista
no art. 48, ou providenciará a sua transferência para terceiro, no prazo de sessenta dias, contado
da data da ciência do indiciamento ou do recebimento da denúncia ou da queixa pelo juiz.
403
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 4º Na hipótese a que se refere o § 3º, a arma será apreendida quando for necessário
periciá-la e será restituída ao proprietário após a realização da perícia mediante assinatura de
termo de compromisso e responsabilidade, por meio do qual se comprometerá a apresentar a
arma de fogo perante a autoridade competente sempre que assim for determinado.
Art. 15. O porte de arma de fogo de uso permitido, vinculado ao registro prévio da arma
e ao cadastro no Sinarm, será expedido pela Polícia Federal, no território nacional, em caráter
excepcional, desde que atendidos os requisitos previstos nos incisos I, II e III do § 1º do art. 10
da Lei nº 10.826, de 2003.
Parágrafo único. A taxa estipulada para o porte de arma de fogo somente será recolhida
após a análise e a aprovação dos documentos apresentados.
Art. 16. O porte de arma de fogo é documento obrigatório para a condução da arma e
deverá conter os seguintes dados:
I - abrangência territorial;
II - eficácia temporal;
404
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Art. 17. O porte de arma de fogo é pessoal, intransferível e revogável a qualquer tempo e
será válido apenas em relação à arma nele especificada e com a apresentação do documento de
identificação do portador.
Art. 18. Para portar a arma de fogo adquirida nos termos do disposto no § 6º do art. 12, o
proprietário deverá solicitar a expedição do documento de porte, que observará o disposto no
art. 16 e terá a mesma validade do documento referente à primeira arma.
Art. 20. O titular de porte de arma de fogo para defesa pessoal concedido nos termos do
disposto no art. 10 da Lei nº 10.826, de 2003, não poderá conduzi-la ostensivamente ou com ela
adentrar ou permanecer em locais públicos, tais como igrejas, escolas, estádios desportivos,
clubes, agências bancárias ou outros locais onde haja aglomeração de pessoas em decorrência
de eventos de qualquer natureza.
405
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 21. Será concedido pela Polícia Federal, nos termos do disposto no § 5º do art. 6º da
Lei nº 10.826, de 2003, o porte de arma de fogo, na categoria caçador de subsistência, de uma
arma portátil, de uso permitido, de tiro simples, com um ou dois canos, de alma lisa e de calibre
igual ou inferior a dezesseis, desde que o interessado comprove a efetiva necessidade em
requerimento ao qual deverão ser anexados os seguintes documentos:
Art. 24. O porte de arma de fogo é deferido aos militares das Forças Armadas, aos
policiais federais, estaduais e distritais, civis e militares, aos corpos de bombeiros militares e aos
policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal em razão do desempenho de suas
funções institucionais.
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§ 1º O porte de arma de fogo é garantido às praças das Forças Armadas com estabilidade
de que trata a alínea “a” do inciso IV do caput do art. 50 da Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de
1980 - Estatuto dos Militares.
Art. 25. A autorização para o porte de arma de fogo previsto em legislação própria, na
forma prevista no caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, fica condicionada ao atendimento
dos requisitos previstos no inciso III do caput do art. 4º da referida Lei.
Art. 26. Os órgãos, as instituições e as corporações a que se referem os incisos I, II, III, V,
VI, VII e X do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, estabelecerão, em normas próprias, os
procedimentos relativos às condições para a utilização das armas de fogo de sua propriedade,
ainda que fora de serviço.
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evento de qualquer natureza, tais como no interior de igrejas, escolas, estádios desportivos e
clubes, públicos e privados.
§ 4º Não será concedida a autorização para o porte de arma de fogo de que trata o art.
15 a integrantes de órgãos, instituições e corporações não autorizados a portar arma de fogo
fora de serviço, exceto se comprovarem o risco à sua integridade física, observado o disposto
no art. 11 da Lei nº 10.826, de 2003.
Art. 27. Poderá ser autorizado, em casos excepcionais, pelo órgão competente, o uso, em
serviço, de arma de fogo, de propriedade particular do integrante dos órgãos, das instituições
ou das corporações a que se refere o inciso II caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003.
§ 2º Na hipótese prevista neste artigo, a arma de fogo deverá ser sempre conduzida com
o seu Certificado de Registro de Arma de Fogo.
Art. 28. As armas de fogo particulares de que trata o art. 27 e as institucionais não
brasonadas deverão ser conduzidas com o seu Certificado de Registro de Arma de Fogo ou com
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
o termo de cautela decorrente de autorização judicial para uso, sob pena de aplicação das
sanções penais cabíveis.
Art. 29. A capacidade técnica e a aptidão psicológica para o manuseio de armas de fogo,
para os integrantes das instituições a que se referem os incisos III, IV, V, VI, VII e X do caput do
art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, serão atestadas pela própria instituição, depois de cumpridos
os requisitos técnicos e psicológicos estabelecidos pela Polícia Federal.
Parágrafo único. Caberá à Polícia Federal expedir o porte de arma de fogo para os
guardas portuários.
Art. 29-A. A Polícia Federal, diretamente ou por meio de convênio com os órgãos de
segurança pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos termos do disposto
no § 3º do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, e observada a supervisão do Ministério da Justiça e
Segurança Pública: (Incluído pelo Decreto nº 10.030, de 2019)
II - concederá porte de arma de fogo funcional aos integrantes das guardas municipais,
com validade pelo prazo de dez anos, contado da data de emissão do porte, nos limites
territoriais do Estado em que exerce a função; e (Incluído pelo Decreto nº 10.030, de 2019)
Parágrafo único. Os guardas municipais autorizados a portar arma de fogo, nos termos do
inciso II do caput, poderão portá-la nos deslocamentos para suas residências, mesmo quando
localizadas em município situado em Estado limítrofe. (Incluído pelo Decreto nº 10.030, de
2019)
Art. 29-B. A formação de guardas municipais poderá ocorrer somente em: (Incluído
pelo Decreto nº 10.030, de 2019)
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
III - órgão de formação criado e mantido por Municípios consorciados para treinamento e
aperfeiçoamento dos integrantes da guarda municipal; ou (Incluído pelo Decreto nº 10.030, de
2019)
Art. 29-C. O porte de arma de fogo aos integrantes das instituições de que tratam os
incisos III e IV do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, será concedido somente mediante
comprovação de treinamento técnico de, no mínimo: (Incluído pelo Decreto nº 10.030, de
2019)
I - sessenta horas, para armas de repetição; e (Incluído pelo Decreto nº 10.030, de 2019)
II - cem horas, para arma de fogo semiautomática. (Incluído pelo Decreto nº 10.030, de
2019)
§ 1º O treinamento de que trata o caput destinará, no mínimo, sessenta e cinco por cento
de sua carga horária ao conteúdo prático. (Incluído pelo Decreto nº 10.030, de 2019)
§ 2º O curso de formação dos profissionais das guardas municipais de que trata o art. 29-
A conterá técnicas de tiro defensivo e de defesa pessoal. (Incluído pelo Decreto nº 10.030, de
2019)
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 29-D. A Polícia Federal poderá conceder porte de arma de fogo, nos termos do
disposto no § 3º do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, às guardas municipais dos Municípios que
tenham instituído: (Incluído pelo Decreto nº 10.030, de 2019)
Art. 30. Os integrantes das Forças Armadas e os servidores dos órgãos, instituições e
corporações mencionados nos incisos II, V, VI e VII do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003,
transferidos para a reserva remunerada ou aposentados, para conservarem a autorização de
porte de arma de fogo de sua propriedade deverão submeter-se, a cada dez anos, aos testes de
avaliação psicológica a que faz menção o inciso III do caput do art. 4º da Lei nº 10.826, de 2003.
§ 1º O cumprimento dos requisitos a que se refere o caput será atestado pelos órgãos,
instituições e corporações de vinculação.
§ 2º Não se aplicam aos integrantes da reserva não remunerada das Forças Armadas e
Auxiliares as prerrogativas mencionadas no caput.
Art. 31. A entrada de arma de fogo e munição no País, como bagagem de atletas,
destinadas ao uso em competições internacionais será autorizada pelo Comando do Exército.
411
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 33. A classificação legal, técnica e geral e a definição das armas de fogo são as
constantes deste Decreto e a dos demais produtos controlados são aquelas constantes
do Decreto nº 9.493, de 5 de setembro de 2018, e de sua legislação complementar.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
CAPÍTULO III
DA IMPORTAÇÃO E DA EXPORTAÇÃO
I - a Polícia Federal;
VII - os órgãos policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal a que se referem,
respectivamente, o inciso IV do caput do art. 51 e o inciso XIII do caput do art. 52 da
Constituição;
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XI - as guardas municipais.
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§ 5º A autorização de que trata o caput poderá ser concedida pelo Comando do Exército
mediante avaliação e aprovação de planejamento estratégico, com duração de, no máximo,
quatro anos, de aquisição de armas, munições e produtos controlados de uso restrito pelos
órgãos, pelas instituições e pelas corporações de que trata o caput. (Incluído pelo Decreto nº
10.030, de 2019)
II - manter banco de dados atualizado com as informações acerca das armas de fogo,
acessórios e munições importados; e
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso III do caput, o Comando do Exército
ouvirá previamente o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Art. 36. Concedida a autorização a que se refere o art. 34, a importação de armas de fogo,
munições e demais produtos controlados pelas instituições e pelos órgãos a que se referem o
inciso I ao inciso XI do caput do art. 34 ficará sujeita ao regime de licenciamento automático da
mercadoria.
Art. 37. A importação de armas de fogo, munições e demais produtos controlados pelas
pessoas a que se refere o § 2º do art. 34 ficará sujeita ao regime de licenciamento não
automático prévio ao embarque da mercadoria no exterior.
Art. 38. As instituições, os órgãos e as pessoas de que trata o art. 34, quando interessadas
na importação de armas de fogo, munições e demais produtos controlados, deverão preencher
a Licença de Importação no Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex.
Art. 39. As importações realizadas pelas Forças Armadas serão comunicadas ao Ministério
da Defesa.
416
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 41. Fica autorizada a entrada temporária no País, por prazo determinado, de armas de
fogo, munições e acessórios para fins de demonstração, exposição, conserto, mostruário ou
testes, por meio de comunicação do interessado, de seus representantes legais ou das
representações diplomáticas do país de origem ao Comando do Exército.
Art. 42. Fica vedada a importação de armas de fogo, de seus acessórios e suas peças, de
suas munições e seus componentes, por meio do serviço postal e de encomendas.
Art. 42. Fica vedada a importação de armas de fogo, seus acessórios e peças, de munições
e seus componentes, por meio do serviço postal e similares. (Redação dada pelo Decreto nº
9.981, de 2019)
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
VII - as armas de fogo, as munições, as suas partes e as suas peças, trazidas como
bagagem acompanhada ou desacompanhada.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 10. A decisão sobre o destino final das armas de fogo não doadas aos órgãos
interessados nos termos do disposto neste Decreto caberá ao Comando do Exército, que deverá
concluir pela sua destruição ou pela doação às Forças Armadas.
420
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 13. Na hipótese de não haver interesse por parte do órgão ou das Forças Armadas
responsáveis pela apreensão, as munições serão destinadas ao primeiro órgão que manifestar
interesse.
Art. 46. As solicitações dos órgãos de segurança pública sobre informações relativas ao
cadastro de armas de fogo, munições e demais produtos controlados junto ao Sinarm e ao
Sigma serão encaminhadas diretamente à Polícia Federal ou ao Comando do Exército, conforme
o caso.
421
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Art. 48. O valor da indenização de que tratam os art. 31 e art. 32 da Lei nº 10.826, de
2003, e o procedimento para o respectivo pagamento serão fixados pelo Ministério da Justiça e
Segurança Pública.
Art. 49. Os recursos financeiros necessários ao cumprimento do disposto nos art. 31 e art.
32 da Lei nº 10.826, de 2003, serão custeados por dotação orçamentária específica consignada
ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Art. 50. Será presumida a boa-fé dos possuidores e dos proprietários de armas de fogo
que as entregar espontaneamente à Polícia Federal ou aos postos de recolhimento
credenciados, nos termos do disposto no art. 32 da Lei nº 10.826, de 2003.
Art. 51. A entrega da arma de fogo de que tratam os art. 31 e art. 32 da Lei nº 10.826, de
2003, de seus acessórios ou de sua munição será feita na Polícia Federal ou em órgãos e
entidades credenciados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
§ 1º Para o transporte da arma de fogo até o local de entrega, será exigida guia de
trânsito, expedida pela Polícia Federal ou por órgão por ela credenciado, que conterá as
especificações mínimas estabelecidas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
§ 2º A guia de trânsito de que trata o § 1º poderá ser expedida pela internet, na forma
estabelecida em ato do Diretor-Geral da Polícia Federal.
Art. 52. As disposições sobre a entrega de armas de fogo de que tratam os art. 31 e art.
32 da Lei nº 10.826, de 2003, não se aplicam às empresas de segurança privada e de transporte
de valores.
422
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 53. Será aplicada pelo órgão competente pela fiscalização multa de:
II - R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), sem prejuízo das sanções penais cabíveis:
III - R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), sem prejuízo das sanções penais cabíveis, à
empresa que reincidir na conduta de que tratam a alínea “a” do inciso I e as alíneas “a” e “b” do
inciso II.
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Art. 55. Os recursos arrecadados em razão das taxas e das sanções pecuniárias de caráter
administrativo previstas neste Decreto serão aplicados nos termos do disposto no § 1º do art. 11
da Lei nº 10.826, de 2003.
Art. 56. As receitas destinadas ao Sinarm serão recolhidas ao Banco do Brasil S.A., na
conta Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal, e
serão alocadas para o reaparelhamento, a manutenção e o custeio das atividades de controle e
de fiscalização da circulação de armas de fogo e de repressão ao seu tráfico ilícito, de
competência da Polícia Federal.
Art. 58. O Decreto nº 9.607, de 12 de dezembro de 2018, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
424
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
VI - às representações diplomáticas;
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 59. O Decreto nº 9.845, de 25 de junho de 2019, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Art. 7º ............................................................................................
.....
...........................................................................................................”
(NR)
426
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
...........................................................................................................”
(NR)
a) o art. 183; e
b) o art. 190;
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público,
servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder
que lhe tenha sido atribuído.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
CAPÍTULO II
Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou
não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo, mas não se
limitando a:
Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce,
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou
função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo.
CAPÍTULO III
DA AÇÃO PENAL
Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada.
§ 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal,
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva,
intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a
todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data em
que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
CAPÍTULO IV
Seção I
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados
pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um)
a 5 (cinco) anos;
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são condicionados
à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são automáticos, devendo
ser declarados motivadamente na sentença.
Seção II
Art. 5º As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas nesta
Lei são:
III - (VETADO).
CAPÍTULO V
Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independentemente das sanções de
natureza civil ou administrativa cabíveis.
Parágrafo único. As notícias de crimes previstos nesta Lei que descreverem falta funcional serão
informadas à autoridade competente com vistas à apuração.
Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença
penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa,
em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
CAPÍTULO VI
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável,
deixar de:
III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a nota de culpa, assinada
pela autoridade, com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das testemunhas;
Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua
capacidade de resistência, a:
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Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à
violência.
Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério,
ofício ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo:
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por advogado ou defensor público, sem a
presença de seu patrono.
Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua captura
ou quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como responsável por interrogatório em sede
de procedimento investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao preso ou atribui a si
mesmo falsa identidade, cargo ou função.
Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo
se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar
declarações:
Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu advogado:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o preso, o réu solto ou o investigado de
entrevistar-se pessoal e reservadamente com seu advogado ou defensor, por prazo razoável,
antes de audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se durante a
audiência, salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada por
videoconferência.
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Art. 21. Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem mantém, na mesma cela, criança ou adolescente
na companhia de maior de idade ou em ambiente inadequado, observado o disposto na Lei nº
8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
II - (VETADO);
III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou antes
das 5h (cinco horas).
§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando houver fundados
indícios que indiquem a necessidade do ingresso em razão de situação de flagrante delito ou de
desastre.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem pratica a conduta com o intuito de:
Art. 24. Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição
hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com
o fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando sua apuração:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
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Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz uso de prova, em desfavor do investigado ou
fiscalizado, com prévio conhecimento de sua ilicitude.
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda
produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do
investigado ou acusado:
Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo
com o fim de prejudicar interesse de investigado: (Vide ADIN 6234) (Vide ADIN 6240)
Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa
fundamentada ou contra quem sabe inocente:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou conclusão
de procedimento, o estende de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo do investigado
ou do fiscalizado.
Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação
preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento
investigatório de infração penal, civil ou administrativa, assim como impedir a obtenção de
cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso, ou que indiquem a
realização de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível:
Art. 33. Exigir informação ou cumprimento de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não
fazer, sem expresso amparo legal:
433
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se utiliza de cargo ou função pública ou invoca a
condição de agente público para se eximir de obrigação legal ou para obter vantagem ou
privilégio indevido.
Art. 36. Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de ativos financeiros em quantia que
extrapole exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida da parte e, ante a
demonstração, pela parte, da excessividade da medida, deixar de corrigi-la:
Art. 37. Demorar demasiada e injustificadamente no exame de processo de que tenha requerido
vista em órgão colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou retardar o
julgamento:
Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede
social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação:
CAPÍTULO VII
DO PROCEDIMENTO
Art. 39. Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos delitos previstos nesta Lei, no que couber,
as disposições do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), e
da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995.
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 40. O art. 2º da Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art.2º .......................................................................................................
........................................................................................................................
.........................................................................................................................
434
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 41. O art. 10 da Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, passa a vigorar com a seguinte
redação:
Art. 42. A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), passa a
vigorar acrescida do seguinte art. 227-A:
Art. 43. A Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 7º-B:
Art. 44. Revogam-se a Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, e o § 2º do art. 150 e o art. 350,
ambos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
Art. 45. Esta Lei entra em vigor após decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicação
oficial.
435
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Sérgio Moro
Este texto não substitui o publicado no DOU de 5.9.2019 - Edição extra-A e retificado em
18.9.2019
Presidência da República
Secretaria-Geral
Subchefia para Assuntos Jurídicos
“CAPÍTULO III
DA AÇÃO PENAL
Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada.
§ 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal,
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva,
436
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data em
que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.”
“CAPÍTULO VI
DOS CRIMES E DAS PENAS
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável,
deixar de:
‘Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua
capacidade de resistência, a:
.........................................................................................................................
........................................................................................................................’
‘Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função,
ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo:
.........................................................................................................................
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por advogado ou defensor público, sem a
presença de seu patrono.’
‘Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua
captura ou quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como responsável por interrogatório em sede
de procedimento investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao preso ou atribui a si
mesmo falsa identidade, cargo ou função.’
437
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
‘Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu advogado:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o preso, o réu solto ou o investigado de
entrevistar-se pessoal e reservadamente com seu advogado ou defensor, por prazo razoável,
antes de audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se durante a
audiência, salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada por
videoconferência.’
‘Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa
fundamentada ou contra quem sabe inocente:
‘Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação
preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento
investigatório de infração penal, civil ou administrativa, assim como impedir a obtenção de
cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso, ou que indiquem a
realização de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível:
‘Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede
social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação:
“CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
.......................................................................................................................
Art. 43. A Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 7º-B:
438
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a
sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não
resultante de medida legal.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-
las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento
da pena em regime fechado.
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em
território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição
brasileira.
Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do
Adolescente.
439
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por
todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da
sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da
educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas
progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua
observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto
entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
Artigo 1º
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e
consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
440
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Artigo2º
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta
Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião
política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra
condição.
Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na condição política, jurídica ou
internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território
independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de
soberania.
Artigo 3º
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 4º
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão
proibidos em todas as suas formas.
Artigo 5º
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou
degradante.
Artigo 6º
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei.
Artigo 7º
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei.
Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente
Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo 8º
Toda pessoa tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os
atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela
lei.
441
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Artigo 9º
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo 10
Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um
tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fundamento
de qualquer acusação criminal contra ele.
Artigo 11
§1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que
a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe
tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
§2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não
constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais
forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
Artigo 12
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua
correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da
lei contra tais interferências ou ataques.
Artigo13
§1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de
cada Estado.
§2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.
Artigo 14
§1. Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros
países.
§2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por
crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas.
Artigo 15
442
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Artigo 16
Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou
religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em
relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.
§1. O casamento não será válido senão como o livre e pleno consentimento dos nubentes.
§2. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da
sociedade e do Estado.
Artigo 17
§1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.
§2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.
Artigo 18
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a
liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença,
pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou
em particular.
Artigo 19
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de,
sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por
quaisquer meios e independentemente de fronteiras.
Artigo 20
§1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.
§2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo 21
§1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente ou por
intermédio de representantes livremente escolhidos.
§2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
443
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em
eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente
que assegure a liberdade de voto.
Artigo 22
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo
esforço nacional, pela cooperação internacional de acordo com a organização e recursos de
cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao
livre desenvolvimento da sua personalidade.
Artigo 23
§1. Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e
favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego.
§2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
§3. Toda pessoa que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe
assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a
que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
§4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para a proteção de seus
interesses.
Artigo 24
Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e
a férias periódicas remuneradas.
Artigo 25
§1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde
e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais
indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice
ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
§2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as
crianças, nascidas dentro ou fora de matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
Artigo 26
§1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus
elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-
profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
444
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Artigo 27
§1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir
as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios.
§2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de
qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.
Artigo 28
Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades
estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.
Artigo 29
§1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno
desenvolvimento de sua personalidade é possível.
§2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às limitações
determinadas por lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e
respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da
ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
§3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente
aos propósitos e princípios das Nações Unidas.
Artigo 30
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a
qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer
ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.
TÍTULO I
445
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar
contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a
Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para
Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais
ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às
mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda,
cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência,
preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à
vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça,
ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à
convivência familiar e comunitária.
§ 1º O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos das
mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las de toda
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina e,
especialmente, as condições peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e
familiar.
TÍTULO II
446
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: (Vide Lei complementar nº 150, de
2015)
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido
com a ofendida, independentemente de coabitação.
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de
violação dos direitos humanos.
CAPÍTULO II
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou
saúde corporal;
447
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e
decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância
constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do
direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à
autodeterminação;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e
decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância
constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade,
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe
cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; (Redação dada pela Lei nº
13.772, de 2018)
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação
ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade,
que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez,
ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que
limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação
ou injúria.
TÍTULO III
CAPÍTULO I
448
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 8º A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher
far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretrizes:
III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e
da família, de forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência
doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art. 1º , no inciso IV do art.
3º e no inciso IV do art. 221 da Constituição Federal ;
VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo
de Bombeiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I
quanto às questões de gênero e de raça ou etnia;
449
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
CAPÍTULO II
III - encaminhamento à assistência judiciária, quando for o caso, inclusive para eventual
ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução
de união estável perante o juízo competente. (Incluído pela Lei nº 13.894, de 2019)
450
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
§ 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual ou psicológica
e dano moral ou patrimonial a mulher fica obrigado a ressarcir todos os danos causados,
inclusive ressarcir ao Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a tabela SUS, os custos
relativos aos serviços de saúde prestados para o total tratamento das vítimas em situação de
violência doméstica e familiar, recolhidos os recursos assim arrecadados ao Fundo de Saúde do
ente federado responsável pelas unidades de saúde que prestarem os serviços. (Vide Lei nº
13.871, de 2019) (Vigência)
§ 7º A mulher em situação de violência doméstica e familiar tem prioridade para matricular seus
dependentes em instituição de educação básica mais próxima de seu domicílio, ou transferi-los
para essa instituição, mediante a apresentação dos documentos comprobatórios do registro da
ocorrência policial ou do processo de violência doméstica e familiar em curso. (Incluído
pela Lei nº 13.882, de 2019)
CAPÍTULO III
451
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
III - não revitimização da depoente, evitando sucessivas inquirições sobre o mesmo fato
nos âmbitos criminal, cível e administrativo, bem como questionamentos sobre a vida
privada. (Incluído pela Lei nº 13.505, de 2017)
I - a inquirição será feita em recinto especialmente projetado para esse fim, o qual conterá
os equipamentos próprios e adequados à idade da mulher em situação de violência doméstica e
familiar ou testemunha e ao tipo e à gravidade da violência sofrida; (Incluído pela Lei nº
13.505, de 2017)
452
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
quando houver risco de vida;
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o
registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes
procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:
453
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o
pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes
criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências
policiais contra ele;
VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.
§ 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter:
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida.
454
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física
da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor
será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a
ofendida: (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
455
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado
disponível no momento da denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no
prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a
revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público
concomitantemente. (Incluído pela Lei nº 13.827, de 2019)
TÍTULO IV
DOS PROCEDIMENTOS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das causas cíveis e criminais decorrentes
da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-ão as normas dos
Códigos de Processo Penal e Processo Civil e da legislação específica relativa à criança, ao
adolescente e ao idoso que não conflitarem com o estabelecido nesta Lei.
Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, órgãos da Justiça
Ordinária com competência cível e criminal, poderão ser criados pela União, no Distrito Federal e
nos Territórios, e pelos Estados, para o processo, o julgamento e a execução das causas
decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher.
456
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio ou de dissolução de união estável
no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. (Incluído pela Lei nº 13.894,
de 2019)
Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos por esta
Lei, o Juizado:
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que
trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência
especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o
Ministério Público.
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher,
de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena
que implique o pagamento isolado de multa.
CAPÍTULO II
Seção I
Disposições Gerais
457
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas:
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a
requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.
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Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão
preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou
mediante representação da autoridade policial.
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo,
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem
razões que a justifiquem.
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor,
especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do
advogado constituído ou do defensor público.
Seção II
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos
desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as
seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
459
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Seção III
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:
460
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a
bens, guarda dos filhos e alimentos;
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de
propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas,
entre outras:
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos
incisos II e III deste artigo.
461
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Seção IV
(Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas
nesta Lei: (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 13.641, de
2018)
CAPÍTULO III
Art. 25. O Ministério Público intervirá, quando não for parte, nas causas cíveis e criminais
decorrentes da violência doméstica e familiar contra a mulher.
Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras atribuições, nos casos de
violência doméstica e familiar contra a mulher, quando necessário:
462
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
CAPÍTULO IV
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência
doméstica e familiar deverá estar acompanhada de advogado, ressalvado o previsto no art. 19
desta Lei.
Art. 28. É garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o acesso
aos serviços de Defensoria Pública ou de Assistência Judiciária Gratuita, nos termos da lei, em
sede policial e judicial, mediante atendimento específico e humanizado.
TÍTULO V
Art. 29. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher que vierem a ser
criados poderão contar com uma equipe de atendimento multidisciplinar, a ser integrada por
profissionais especializados nas áreas psicossocial, jurídica e de saúde.
Art. 30. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar, entre outras atribuições que
lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por escrito ao juiz, ao Ministério
Público e à Defensoria Pública, mediante laudos ou verbalmente em audiência, e desenvolver
trabalhos de orientação, encaminhamento, prevenção e outras medidas, voltados para a
ofendida, o agressor e os familiares, com especial atenção às crianças e aos adolescentes.
Art. 31. Quando a complexidade do caso exigir avaliação mais aprofundada, o juiz poderá
determinar a manifestação de profissional especializado, mediante a indicação da equipe de
atendimento multidisciplinar.
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Art. 32. O Poder Judiciário, na elaboração de sua proposta orçamentária, poderá prever
recursos para a criação e manutenção da equipe de atendimento multidisciplinar, nos termos da
Lei de Diretrizes Orçamentárias.
TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 33. Enquanto não estruturados os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher, as varas criminais acumularão as competências cível e criminal para conhecer e julgar as
causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, observadas as
previsões do Título IV desta Lei, subsidiada pela legislação processual pertinente.
Parágrafo único. Será garantido o direito de preferência, nas varas criminais, para o
processo e o julgamento das causas referidas no caput.
TÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 34. A instituição dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
poderá ser acompanhada pela implantação das curadorias necessárias e do serviço de
assistência judiciária.
Art. 35. A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover,
no limite das respectivas competências:
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Art. 37. A defesa dos interesses e direitos transindividuais previstos nesta Lei poderá ser
exercida, concorrentemente, pelo Ministério Público e por associação de atuação na área,
regularmente constituída há pelo menos um ano, nos termos da legislação civil.
Parágrafo único. O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz quando
entender que não há outra entidade com representatividade adequada para o ajuizamento da
demanda coletiva.
Art. 38. As estatísticas sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher serão
incluídas nas bases de dados dos órgãos oficiais do Sistema de Justiça e Segurança a fim de
subsidiar o sistema nacional de dados e informações relativo às mulheres.
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Art. 40. As obrigações previstas nesta Lei não excluem outras decorrentes dos princípios
por ela adotados.
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher,
independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995.
Art. 42. O art. 313 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo
Penal), passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IV:
................................................................
.................................................................
II - ............................................................
.................................................................
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........................................................... ” (NR)
Art. 44. O art. 129 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),
passa a vigorar com as seguintes alterações:
..................................................................
..................................................................
Art. 45. O art. 152 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), passa a
vigorar com a seguinte redação:
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Art. 46. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após sua publicação.
Título I
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às
pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes,
sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou
crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica,
ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as
famílias ou a comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
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d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância
e à juventude.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as
exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da
criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
Título II
Capítulo I
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação
de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e
harmonioso, em condições dignas de existência.
§ 3 o Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus filhos
recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária, bem como o
acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação. (Redação dada pela Lei nº 13.257,
de 2016)
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mães que se encontrem em situação de privação de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 13.257,
de 2016)
§ 9 o A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não iniciar ou que
abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer às consultas
pós-parto. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com filho na primeira
infância que se encontrem sob custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência que
atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único de Saúde para o acolhimento do
filho, em articulação com o sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento integral
da criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, a ser
realizada anualmente na semana que incluir o dia 1º de fevereiro, com o objetivo de disseminar
informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da
incidência da gravidez na adolescência. (Incluído pela Lei nº 13.798, de 2019)
Parágrafo único. As ações destinadas a efetivar o disposto no caput deste artigo ficarão a cargo
do poder público, em conjunto com organizações da sociedade civil, e serão dirigidas
prioritariamente ao público adolescente. (Incluído pela Lei nº 13.798, de 2019)
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I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo
de dezoito anos;
Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e
do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da equidade
no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. (Redação dada
pela Lei nº 13.257, de 2016)
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§ 1 o As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção
serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da
Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e odontológica
para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e
campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos.
§ 2 o O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e das
gestantes, de forma transversal, integral e intersetorial com as demais linhas de cuidado
direcionadas à mulher e à criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Capítulo II
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como
pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e
sociais garantidos na Constituição e nas leis.
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições
legais;
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II - opinião e expressão;
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da
criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia,
dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de
qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso
de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos
responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer
pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. (Incluído pela Lei nº
13.010, de 2014)
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física
sobre a criança ou o adolescente que resulte em: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
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Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho Tutelar,
sem prejuízo de outras providências legais. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
Capítulo III
Seção I
Disposições Gerais
Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e,
excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em
ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
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§ 5 o Será garantida a convivência integral da criança com a mãe adolescente que estiver
em acolhimento institucional. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção,
antes ou logo após o nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da
Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 3 o A busca à família extensa, conforme definida nos termos do parágrafo único do art.
25 desta Lei, respeitará o prazo máximo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual
período. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)