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As vendas de PCs podem superar as de televisores neste ano - e o impacto já se faz sentir na

economia brasileira.

Em janeiro, um dos provedores de acesso brasileiro registrou a maior captação mensal de assinantes
dos últimos dois anos. A explicação para o fenômeno: foram vendidos mais de um milhão de PCs
apenas para o segmento residencial no Brasil durante o último trimestre de 2006. Essa tende a
continuar em 2007, em que são esperadas vendas superiores a 10 milhões de equipamentos – e o
país deve comprar mais computadores do que aparelhos de TV pela primeira vez em sua história.

Como se sabe, esses números são resultado da isenção de PIS e COFINS e de financiamentos
concedidos pelo governo federal para os fabricantes de PCs. Mas, do uso das redes de telefonia à
produção de papel, passando pelo crescimento explosivo do comércio eletrônico e por uma nova
onda de empreendimentos voltados para a produção de computadores, os efeitos das vendas de PCs
já se fazem sentir na economia do país.

Os computadores foram quatro vezes mais importantes que a indústria automobilística para o
crescimento industrial do país. É verdade que uma montadora de carros tem peso econômico muito
maior que uma de computadores. O setor automobilístico responde por 8,4% da indústria, ante
apenas 0,8% das fabricantes de equipamentos de informática, mas a taxa de crescimento foi
impressionante e ajudou a puxar a média para cima.

As vendas de produtos de informática e Comunicação cresceram quase 40% em 2006. Na publicidade


de qualquer grande varejista pode-se perceber que as promoções de computadores ocupam posição
de destaque e já são consideradas um dos principais chamarizes para levar clientes às lojas.

Quem chega em casa com um micro novo só tem um objetivo: conectá-lo à rede. Pergunte a
qualquer jovem se ele prefere assistir a novela das 8 ou interagir com os amigos no Orkut ou no
Messenger. São grandes as chances de que a resposta indique a Internet.

A cadeia de empresas do ramo de eletro-eletrônicos que fornecem os componentes para a


fabricação de computadores está entre as maiores beneficiadas pelo boom do setor. O total de
postos de trabalho na área pulou de 133.100 para 143.000 no ano passado.

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