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PE-2IND-00138

MANUTENÇÃO DE TROCADORES DE CALOR


ANEXO 1: Trocadores de tampo roscado (Breech Lock Closure)
1. Competência das Gerências de Manutenção Industrial, de Engenharia, de Inspeção de
Equipamentos e de Empreendimentos da UO.
Compete às Gerências de Manutenção Industrial, de Engenharia, de Inspeção de Equipamentos e de
Empreendimento da UO a busca pela excelência na execução de serviços de montagem e
manutenção de trocadores de calor do tipo tampo roscado, devido às particularidades deste
equipamento, como alta pressão e serviço com Hidrogênio à alta temperatura, bem como a
classificação de serviço crítico conforme norma N-57, garantindo a disponibilidade operacional e
qualidade dos serviços realizados, através das seguintes ações:
· Especificar e fiscalizar a aplicação de materiais, equipamentos e ferramentas;
· Elaborar e aprovar os documentos e procedimentos de execução de montagem e
manutenção;
· Avaliar tecnicamente os fornecedores;
· Elaborar/aprovar instruções de execução de serviços;
· Controlar a qualificação da equipe de execução das empresas contratadas.
· Corrigir as não conformidades.
Compete às Gerências de Manutenção, Engenharia, Inspeção e Empreendimentos desenvolver e
aprimorar a capacitação do pessoal próprio na montagem e manutenção destes trocadores.
2. Procedimentos de Manutenção e Montagem
A montagem/desmontagem dos trocadores com tampo roscado novos e em operação deve seguir
rigorosamente as instruções constantes no Procedimento de Manutenção e Montagem preparado
para aquele trocador.
A Gerência de Manutenção Industrial deve preparar este procedimento tendo por base as diretrizes
técnicas citadas no anexo 2 deste padrão e o Manual de Instruções fornecido pelo Fabricante.
As áreas de Manutenção, de Engenharia, de Inspeção e de Empreendimentos das UO devem dispor
previamente deste Procedimento de Manutenção e Montagem para a execução do serviço, contendo
a descrição dos serviços a executar, com o encadeamento das etapas, os hold points para verificação
da qualidade do serviço, as ferramentas necessárias, os controles e os requisitos para garantia de
qualidade de serviços executados.
3. Plano de Inspeção e Manutenção para equipamentos em operação
Compete à Gerência de Inspeção elaborar o Plano de Inspeção e Reparo de cada trocador;
Compete à Gerência de Manutenção elaborar os Anexos de Qualidade específicos para cada tipo de
contrato (movimentação de carga, caldeiraria, limpeza, soldagem, etc) baseado nesta diretriz e
garantir a sua aplicação durante a realização dos serviços contratados em manutenção;
Compete às Gerências de Manutenção, Engenharia, Inspeção e de Empreendimento fiscalizar os
serviços realizados no campo e na oficina, garantindo que os mesmos estejam conforme os padrões
de qualidade requeridos por este padrão, pelos Códigos de construção, normas e padrões Petrobras e
requisitos contratuais aplicáveis;

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4. Plano de Inspeção de recebimento de equipamento novo
Compete à Gerência de Empreendimento inspecionar durante o recebimento os novos trocadores de
calor do tipo tampo roscado, interna e externamente, conforme descrito no Procedimento de
Inspeção de Recebimento e Montagem do equipamento apresentado no modelo do anexo 2.
Antes da desmontagem para a Inspeção de recebimento, a Gerência de Inspeção de Equipamentos
deve emitir o Plano de Inspeção, com a descrição dos componentes que serão inspecionados e
indicação das dimensões esperadas. As peças a serem inspecionadas devem estar claramente
definidas no Plano de Inspeção.
Todos os materiais e equipamentos adquiridos devem atender os requisitos de qualidade definidos
pelo projeto, por normas Internacionais ou da Petrobras.
As juntas de vedação deste trocador de tampo roscado devem ser conforme especificado nos anexos
3 (junta corrugada) e 4 (junta kammprofile).
5. Montagem
A montagem dos trocadores (novos e em operação) deve seguir rigorosamente as instruções
constantes no Procedimento de Manutenção e Montagem previamente preparado. Um modelo deste
Procedimento pode ser encontrado no anexo 6.
Quaisquer alterações em relação ao Procedimento de Manutenção e Montagem do trocador devem
ser previamente aprovadas por escrito pelas Gerências responsáveis na UO. Não devem ser aceitas
improvisações “de campo” para montagem dos componentes.
As cargas aplicadas nos estojos devem ser calculadas seguindo-se as planilhas de torqueamento
apresentadas nos anexos 5(a) e 5(b), desenvolvidas durante a transferência de tecnologia da
CHEVRON.
6. Tratamento de Não-conformidades
As não-conformidades podem ser detectadas por qualquer integrante da força de trabalho (próprio
ou contratado), cabendo ao responsável pelo acompanhamento dos serviços a responsabilidade pelo
Registro da Não-conformidade e o acompanhamento das ações corretivas.
Todas as não-conformidades detectadas devem ser analisadas de forma detalhada pelo engenheiro
responsável e as ações corretivas definidas previamente, bem como estabelecer as ações de
abrangência necessárias.
As diretrizes para o tratamento de não-conformidades, bem como o funcionamento e tramitação dos
documentos devem estar descritos no padrão da qualidade da Gerência.
Cabe às Gerências de Engenharia (EN), Empreendimentos (EM) e Manutenção Industrial (MI/EE e
MI/PM) o gerenciamento, análise e acompanhamento das não-conformidades referentes às áreas
sob suas responsabilidades.
Para as não-conformidades cujas ações corretivas definitivas e/ou ações de abrangência somente
possam ser realizadas em uma próxima intervenção, devem ser utilizadas as ferramentas
corporativas para registro e acompanhamento.

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7. Capacitação de Pessoal
Considerando a sua especificidade, o treinamento próprio para a manutenção destes trocadores deve
ser aplicado aos executantes do serviço, inclusive de SMS, antes da realização dos serviços.
Um procedimento modelo está disponível no anexo 6. Este procedimento modelo foi elaborado
durante transferência de tecnologia pela CHEVRON (consultor técnico David REEVES).
Os serviços devem ser realizados por profissionais com nível de escolaridade e conhecimento
técnico compatíveis com a função a ser desempenhada, definida em contrato.
As atividades de execução devem ser realizadas por profissionais
certificados/qualificados/capacitados, conforme abaixo:
· Caldeiraria (conforme percentual definido em contrato): Associação Brasileira de
Manutenção – ABRAMAN;
· Soldagem: conforme Código ASME seção IX;
· Elevação de carga: normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho
- NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais;
- NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.
As atividades mínimas de inspeção estão listadas abaixo e sua certificação é prevista no Sistema
Nacional de Qualificação e Certificação (SNQC) ou em norma Petrobras aplicável:
· Inspeção de soldagem;
· Ensaios não destrutivos;
· Inspeção dimensional;
· Inspeção de teste por pontos (identificação de material);
Estas atividades devem ser realizadas por inspetores certificados e/ou qualificados. Esta lista de
atividades de inspeção é considerada mínima, não estando as Gerências de Manutenção e Inspeção
limitadas à mesma.
8. Testes de pressão
O teste hidrostático final de recebimento deverá ser realizado conforme previsto no Procedimento
de Manutenção e Montagem, conforme modelo apresentado no anexo 6.
Um procedimento de teste alternativo poderá ser realizado, com pressão inferior, apenas para aferir
a correção de montagem, considerando que o equipamento já foi previamente testado
hidrostaticamente na fábrica. Este teste alternativo deverá estar devidamente indicado no
procedimento e aprovado pela Gerência de Inspeção.
9. Plano de arquivamento
Compete às Gerências de Manutenção, Engenharia, Inspeção e Empreendimentos organizar,
arquivar e atualizar toda a documentação relativa à montagem, desenhos de fabricação, manuais
para manutenção do equipamento e dos relatórios de execução do serviço para garantia da
qualidade, com base no padrão específico de cada Gerência;
As Gerências de Engenharia (EN), Empreendimentos (EM), de Inspeção de Equipamentos (IE) e de
Manutenção Industrial (MI/EE e MI/PM) devem possuir um plano de arquivamento específico de
sua documentação que definam os serviços realizados e os desenhos, lista de materiais e manuais
necessários para a correta execução dos serviços, bem como os procedimentos devidamente
assinados pelos responsáveis pelo acompanhamento do serviço.

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As medições realizadas e os resultados dos ensaios realizados devem constar do Data Book do
equipamento.
Os relatórios de inspeção e de testes deverão ser rastreáveis por equipamento, independente do local
de realização (oficina ou campo).
Toda a documentação gerada para certificação dos serviços deve ser incluída no Data Book do
equipamento.
Quaisquer revisões e modificações devem ser incluídas nos desenhos e documentos técnicos
constantes no Data Book do equipamento.

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