Considerando o caso brasileiro, para a robotização ocorrer de forma
positiva, ela deve estar atrelada à qualificação de mão de obra existente e à base educacional. Uma indústria robotizada não significa diminuição de empregos, mas sim uma transição de mão de obra braçal para intelectual. Quando não há qualificação da população, tal mão de obra precisa ser importada, aí sim, impactando negativamente o mercado de trabalho nacional e prejudicando, cada vez mais, o desenvolvimento da população local. Por exemplo: em experiência pessoal anterior, em uma empresa de transformação de polímeros, o processo de corte de peças era exclusivamente manual, contando com um operador de fresa. Até que em certo ponto a empresa fez a aquisição de um robô de corte, que fazia o trabalho do operador 13 vezes mais rápido e com melhor qualidade de acabamento, eliminando possíveis retrabalhos. Ao invés de extinguir uma vaga de emprego, a robotização resultou na qualificação do operador, causando uma evolução permanente em sua carreira. Além deste benefício, de uma maneira macro, ocorreu o aumento da produção, a contratação de mais pintores, colaboradores da equipe de acabamento, aumento de vendas e faturamento. Acreditamos que a robotização nunca vai substituir a criatividade humana, ela vem como auxílio, uma ferramenta que deixa o ser humano cada vez mais livre de trabalhos braçais e repetitivos para focar no desenvolvimento criativo e intelectual, trazendo qualidade de vida, produtos e serviços.
Biblioteca da UFPR Campus Rebouças – AGV para buscar livros
O projeto consiste na idealização de um robô que se movimente em um
trajeto pré definido para buscar livros nas estantes do acervo. O robô deve cruzar o QR code/código de barras do exemplar desejado com uma database contendo a localização de cada livro. O acervo de uma biblioteca não é fixo, portanto os livros não estão sempre nos mesmos lugares. O pricipal fator que influencia a localização de um livro no acervo é o crescimento da coleção, que resulta em remanejamento. Por esse motivo, o exemplar precisa ser lido com um scanner (deve haver um em cada estante) antes de ser guardado; isso atualizará a database que serve como mapa. O robô, por sua vez, também precisa de um scanner para buscar o exemplar desejado em meio a outros na prateleira. O robô precisará dos seguintes sensores: - Sensores Infravermelhos para comandar a locomoção sobre o trajeto determinado com linhas no chão; - Sensor Ultrassônico para interromper o movimento em caso de obstáculo no trajeto; - Câmera/Scanner de código para encontrar o exemplar. Além dos sensores, o robô precisará de uma haste com movimento em três eixos e extremidade em formato de gancho para puxar o exemplar até um recipiente, como um cesto, que será usado para transportar o livro. Um suporte para livros que consista em display para código em posição padrão e argola para que o livro seja puxado deverá ser desenvolvido. A locomoção se dará por meio de rodas, visto que o terreno é plano e liso, e qualquer obstáculo deverá resultar na parada do robô, pois o ambiente é aberto para servidores e a comunidade universitária, de forma que o maior risco é o de colisão com pessoas.