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Escola Estadual Manoel Lúcio da Silva

Alunos(as): Alana Vitória Macedo dos Santos


Maria Amanda Gomes da Silva
Maria Eduarda Lisboa dos Santos
Tássio Ferreira da Silva
Talisson Vinícius da Silva
Vanessa Barros da Silva
Wítalo Cleber Pereira da Silva
Série: 1º ano Turma: ”3”

Leis das reações


químicas

Arapiraca-AL
03 de dezembro, de 2021
As leis ponderais são generalizações estabelecidas a partir do estudo das relações entre as
massas das substâncias de uma reação química, que é sempre representada a partir de uma
equação como a proposta a seguir:

A+B→C+D

Nessa equação, temos A e B antes da seta (indica o sentido da reação), que representam as
substâncias responsáveis por promover a reação e, por isso, são chamadas de reagentes. Já as
substâncias C e D são originadas a partir de A e B e, por isso, são denominadas de produtos.

Como reagentes e produtos são matérias e apresentam massa, as leis ponderais voltam-se
exatamente para as relações entre as massas dessas substâncias.

Lei de Lavoisier

Publicada pelo químico francês Antoine Laurent de Lavoisier, em 1789, no “Tratado Elementar de
Química” e também chamada de Lei da Conservação da Massa ou Lei da Conservação da
Matéria.

Esta lei afirma que: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”

“A massa total de um sistema fechado não varia, qualquer que seja a reação química que aí
venha a ocorrer.”

“Numa reação química, a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos
produtos.”

Os dois últimos enunciados não se aplicam às reações nucleares, nas quais ocorre conversão de
massa em energia, segundo a equação de Einstein (ΔE = Δm · c2). Estas reações, curiosamente,
estão de acordo com o primeiro enunciado da Lei de Lavoisier, apesar da Teoria da Relatividade
de Einstein ter surgido apenas do início do séc. XX.

Lei de Proust

Formulada em 1801, pelo químico francês Joseph Louis Proust, é também chamada de Lei das
Proporções Definidas, Fixas ou Constantes. A lei de Proust estabelece que: “Em uma
determinada reação química, realizada em diversas experiências, a proporção entre as massas
dos reagentes ou produtos é constante.”

“Uma determinada substância pura composta, independente de sua procedência, apresenta


sempre a mesma composição em massa dos elementos constituintes.”

A Lei de Proust permite a determinação da composição centesimal de uma substância e o cálculo


estequiométrico.

Lei de Dalton

Formulada em 1803, pelo químico, físico e meteorologista inglês John Dalton, é também
chamada Lei das Proporções Múltiplas. A Lei de Dalton diz que:

“Quando dois elementos químicos formam vários compostos, fixando-se a massa de um dos
elementos, as massas do outro variam numa proporção de números inteiros e, em geral,
pequenos.”
Teoria atômica de Dalton

John Dalton (1766-1844) foi um cientista inglês com grande aptidão para áreas como matemática,
filosofia, ciências naturais e meteorologia. Com seus estudos sobre meteorologia, Dalton chegou
a uma questão-chave para muitos cientistas da época, pois se sabia que a atmosfera era
composta por nitrogênio, oxigênio, gás carbônico e vapor d’água, mas não entendiam a relação
entre esses gases. O primeiro trabalho deste cientista levou a formular a teoria de mistura dos
gases na atmosfera.

A teoria atômica teve início na Grécia Antiga, que procuravam explicar fenômenos da natureza
como a existência de água, trovões, chuva, e até da morte. A primeira ideia sobre a constituição
da matéria veio com Tales de Mileto, pela qual afirmava que “todas as coisas estão cheia de
deuses”, procurando traçar uma ideia de como a matéria era construída. Com o passar do tempo,
vários outros filósofos questionavam o mundo que os cercava e também sobre a constituição da
matéria.

Já no século V a.C, os filósofos Leucipo e Demócrito defendiam que a matéria fosse constituída
por átomos, a parte indivisível, pois imaginavam que, pegando um material qualquer e dividisse
em infinitas partes, chegaria num ponto onde seria impossível se dividir. Átomo vem do grego
indivisível.

Por outro lado havia a teoria do filósofo Aristóteles, que propunha a existência de quatro
elementos principais que formariam a base de tudo o que se conhecia: ar, água, terra e fogo.
Como na época a influência de um filósofo era bastante levada em conta, a teoria atômica de
Leucipo e Demócrito não ficou muito conhecida, sendo a teoria dos quatro elementos de
Aristóteles dominante até o século XVIII.

Na época de Dalton a química era uma ciência puramente experimental, havia listas e postulados
de elementos químicos, estudos sobre reações, estudos sobre constituintes de gases, líquidos e
sólidos. Uma questão intrigava os cientistas: como seria possível uma teoria para explicar os
resultados observados?

Com o avanço da química pneumática (a parte da química que estuda os gases), houve
entendimento quanto à massa dos elementos gasosos formados, que se mantinham em
proporção fixa. Dalton convenceu-se que a matéria fosse formada por átomos, na qual se
baseava nos seguintes postulados:

I) Os elementos são formados por pequenas partículas, os átomos;

II) Todos os átomos de um determinado elemento são idênticos entre si;

III) Os átomos de um determinado elemento são diferentes dos átomos de outro elemento e o que
os diferencia são suas massas relativas;

IV) Os átomos de um elemento podem se combinar com átomos de outros elementos formando
átomos compostos. Um dado composto não possui sempre o mesmo número relativo de tipos de
átomos;

V) Os átomos não podem ser criados, nem divididos ou destruídos através de processos
químicos;

VI) Os átomos se assemelham a esferas maciças que dispõem-se por empilhamento;


VII) O peso total de um composto é a soma dos pesos de cada átomo.

Logo, para Dalton, o átomo podia ser imaginado como uma pequena bola de gude, esfera
maciça, indivisível e indestrutível. A teoria de Dalton se mostrou válida até a época dos
experimentos de Rutherford e Thomson – estes que demonstraram que o átomo continha
partículas ainda menores como um núcleo constituído de prótons, e os elétrons – como também
serviu para a elaboração das leis ponderais de Proust.

Algumas falhas puderam ser encontradas ao longo do tempo, como a possibilidade de um átomo
sofrer decaimento radioativo e se transmutar em outro, como acontece na coroa solar pela reação
de formação de Hélio a partir do Hidrogênio; a ausência de prótons, elétrons, nêutrons, núcleo;
assim como sabemos que o átomo também não se assemelha a uma esfera.

Leis Volumétricas de Gay-Lussac

Formuladas em 1808, pelo físico e químico francês Joseph Louis Gay-Lussac, serviram para a
consolidação da Teoria Atômica Clássica, afirmam que: “Quando medidos nas mesmas
condições de temperatura e pressão os volumes dos reagentes gasosos em uma reação química
formam entre si uma proporção de números inteiros e pequenos.”

“Quando medidos nas mesmas condições de temperatura e pressão, os volumes dos produtos
gasosos em uma reação química formam com os reagentes gasosos uma proporção de números
inteiros e pequenos.”

Hipótese de Avogadro

A Lei de Avogadro, também chamada de hipótese de Avogadro, é um princípio voltado para o


estudo dos gases ideais. Consiste na relação de proporcionalidade entre o número de átomos ou
moléculas de um gás e o seu volume, quando a temperatura e pressão são constantes. Essa
descoberta que possibilitou os cálculos sobre o número de partículas em uma molécula de
qualquer gás.

Quando Avogadro realizou experimentos para determinar tal lei, concluiu que o número de
partículas contidas em determinado volume de gás independe do seu tamanho ou massa. E, a
partir dessa constatação, foi estabelecida a seguinte expressão matemática:

V/n = K ou V = n. K

Onde,

V: é o volume do gás

n: quantidade de partículas presentes no gás

K: constante de proporcionalidade

Para determinar o valor desse volume, ele observou o comportamento do gás sob uma
temperatura de 273,15 K (0 ºC) e pressão de 1atm. Assim, calculou que o volume molar é sempre
igual a 22,4 L/mol.

A quantidade de partículas elementares (átomos, moléculas, íons, elétrons, prótons) presentes


em 1 mol de qualquer tipo de matéria foi batizado, anos depois, de constante de Avogadro, cujo
valor é 6,02 × 10²³ . Essa constante foi fundamental para o reconhecimento da lei, pois se 1 mol
de qualquer gás possui a mesma quantidade de moléculas, o volume ocupado também será
igual, desde que esteja sob as mesmas condições de temperatura e pressão.

Se enchermos um recipiente com 20 gramas de gás hélio (He), por exemplo, o volume molar será
22,4 litros. Mas se o hélio for trocado por 3 gramas de nitrogênio (N₂)? O mesmo acontece, ou
seja, o volume é 22,4 litros. Isso ocorre porque, nas mesmas condições de temperatura e pressão
(1 atm – 0°C), não sofre nenhuma alteração.

Além disso, mesmo que as moléculas desses gases tenham tamanhos ou massas diferentes, o
volume é igual porque as moléculas ficam tão distantes uma das outras que o tamanho acaba
sendo desprezível, insignificante diante do espaço vazio que deixam entre elas.

Entalpia e variação de entalpia

Na Termoquímica, estudam-se os processos físicos e as reações químicas que envolvem troca


de calor, sendo que os processos endotérmicos são aqueles em que o calor é absorvido,
enquanto os processos exotérmicos são os que liberam calor. Por exemplo, a combustão da
madeira em uma fogueira libera energia na forma de calor e, portanto, é uma reação exotérmica.

Na verdade, essa energia estava contida nos reagentes e, quando eles se transformaram nos
produtos, ela foi liberada. A energia já existente nas moléculas é proveniente da sua
movimentação, que no estado gasoso é caótica. Esse conteúdo específico de energia interna que
cada substância possui é denominado de entalpia e é simbolizado por “H”.

No entanto, até o momento, não se sabe uma forma de determinar experimentalmente o valor
exato da entalpia de cada um dos reagentes ou de cada um dos produtos. O que se costuma
determinar é a variação da entalpia (ΔH) do processo. Para tal, usam-se calorímetros, que são
aparelhos que medem a quantidade de calor liberada em uma reação.

A fórmula usada para calcular a variação da entalpia é:

ΔH = HFINAL – HINICIAL ou ΔH = HPRODUTOS – HREAGENTES

Se o valor der negativo, isso significa que a reação é exotérmica, pois foi liberado calor e o valor
da entalpia dos produtos é menor que a entalpia dos reagentes. Por outro lado, se o valor de ΔH
der positivo, a reação é endotérmica, pois com a absorção de energia, a entalpia dos produtos
será maior que a dos reagentes.

ΔH < 0 → exotérmica;

ΔH > 0 → endotérmica.

Por exemplo, a queima do carvão libera 393 kJ de energia na forma de calor, assim o valor da
variação da entalpia nessa reação é dado por: ΔH = -393 kJ.

C(s) + O2(g) → CO2(g) ΔH = -393 kJ

Já a reação de decomposição da água, mostrada abaixo, absorve calor e sua variação de


entalpia é positiva:

H2O (Δ) → H2(g) + ½ O2(g) ΔH = +285,5 kJ

Outro ponto importante é que visto que o ΔH depende de uma série de fatores, tais como
temperatura, pressão, estado físico e número de mol, criou-se um referencial para que se
compare a entalpia da substância, que foi denominada entalpia padrão (H0), que considera a
substância no seu estado mais estável, sob pressão de 1 atm e temperatura de 25ºC.

Quando todos os reagentes e produtos de uma reação estão no seu estado padrão, a variação de
entalpia será denominada variação de entalpia padrão (ΔH0).

Existem vários tipos de entalpia, dependendo dos vários tipos de reações e mudanças de estado
físico. Eles são:

Entalpia de Mudança de Estado Físico: energia necessária para que 1 mol de substância, nas
condições padrão de temperatura e pressão, mude de estado físico e inclui entalpia de
vaporização, entalpia de fusão, entalpia de liquefação e entalpia de solidificação;

Entalpia de Formação: calor liberado ou absorvido na formação de 1 mol de uma substância a


partir de seus elementos constituintes, que são substâncias simples, no estado padrão, com a
entalpia igual a zero;

Entalpia de Combustão: energia liberada na combustão completa de 1 mol de uma substância no


estado padrão;

Entalpia de Neutralização: é a energia liberada na forma de calor, na reação entre 1 mol de H+


(aq) e 1 mol de OH-(aq), fornecidos respectivamente por um ácido e uma base fortes, para a
formação de 1 mol de água;

Entalpia de Solução: é a soma da entalpia reticular (absorve energia) e da entalpia de hidratação


(libera energia). Ocorre quando se dissolve um soluto na água, gerando uma solução.

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