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DICAS
de todas as áreas

OAB 1ª FASE
XXIV EXAME DE ORDEM

Q U E N A
Darlan Barroso
Diretor Pedagógico de
Marco Antonio
Araujo Junior
FO Ã O.
Cursos Preparatórios Diretor Executivo

O V A Ç
APR
Alysson

FILOSOFIA Rachid

1. Quando o direito se revela fundamentalmente incompleto, em casos


não regulamentados juridicamente, para se chegar a uma decisão, os
Tribunais precisam exercer a função legislativa limitada, denominada
“discricionariedade” (Hart).

2. Um governo legítimo demonstra igual consideração pelo destino de todos


os cidadãos sobre os quais tenha domínio e aos quais reivindique fidelidade
(Ronald Dworkin).

3. A analogia representa um método de integração jurídica no qual, diante


da semelhança entre dois casos, as consequências jurídicas atribuídas a
um deles, já regulamentado, são atribuídas ao outro, não regulamentado
(Norberto Bobbio).

4. A analogia é empregada diante da ausência de previsão legal para


determinado caso, já a interpretação extensiva decorre de uma previsão do
legislador, ainda que de maneira implícita.

5. Ao defender o Historicismo, Savigny estuda o Direito como resultado de um


processo histórico que surge de maneira pacífica por meio da convivência e
da formação da vida social.

6. Na Fundamentação da metafísica dos costumes, Kant procurou formular


raciocínios no campo moral, visando compreender como o homem estabelece
sua estrutura valorativa.
7. Na Doutrina do Direito, Kant procurou demonstrar a necessidade de se
formular preceitos jurídicos.

8. A justiça natural é aquela que ultrapassa a vontade do homem, que possui


força e aceitação universal. Representa o conjunto de todas as regras, é
imutável e tem a mesma força em todo lugar.

9. A justiça comutativa regula as relações mútuas entre pessoas privadas


(São Tomás de Aquino).

10. A justiça distributiva manifesta-se na distribuição de honras, de dinheiro


ou das outras coisas. A participação pode ser desigual ao se observar o
mérito (Aristóteles).

11. Escola do Direito Livre (Hermann Kantorowicz) aproxima o Direito da


Justiça, defendendo o seu questionamento e a não vinculação somente ao
Estado. Confere liberdade ao Juiz.

12. “O direito não é uma simples ideia, é uma força viva”. É uma luta na qual
participam a população e o Poder Público (Rudolf von Ihering).

13. Chaïm Perelman observa a flexibilidade do Direito, que pode ser estudado
como um instrumento capaz de conciliar as leis e os valores de seu tempo.

14. São características do Direito: atributividade; bilateralidade; coercibilidade;


heteronomia.

15. Normas jurídicas devem ser analisadas em conjunto para melhor


compreensão do Direito. Direito não como norma isolada; não autônomo
(Bobbio).
Orly Paulo Henrique Guilherme

ECA Kibrit Fuller Madeira

1. Primeira infância é o período que abrange os primeiros 6 anos completos


ou 72 meses de vida da criança.

2. Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e


aos seus filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência
na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de
apoio à amamentação.

3. A gestante e a parturiente têm direito a 1 acompanhante de sua preferência


durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.

4. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades


neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão
proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais
ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.

5. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua


família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência
familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento
integral.

6. A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para


todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.

7. Adoção conjunta somente entre casados ou que convivam em união


estável.
8. Adoção unilateral é a adoção feita pelo padrasto ou madrasta.

9. Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando


for criança ou adolescente com deficiência ou com doença crônica.

10. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal


haverá, no mínimo, 1 Conselho Tutelar como órgão integrante da administração
pública local, composto de 5 membros, escolhidos pela população local para
mandato de 4 anos, permitida 1 recondução, mediante novo processo de
escolha.

11. A medida socioeducativa de internação não comporta prazo determinado,


devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada,
no máximo a cada 6 meses.

12. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida


adequada.

13. Ato infracional equiparado a tráfico de drogas não necessariamente gera


internação.

14. Aplica-se prescrição ao ato infracional.

15. No procedimento para apuração de ato infracional é nula a desistência de


outras provas em face da confissão do adolescente.
Luiz

DIREITO
Antônio

AMBIENTAL

1. Empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente,


por um só ente federativo. Os Municípios só licenciam empreendimentos que causem
impacto local (cabe ao CONSEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente – de cada
Estado definir as hipóteses de impacto local). Já os Estados têm competência residual,
ou seja, licenciam atividades e empreendimentos que não forem de atribuição da União
ou dos Municípios.

2. Se o impacto do empreendimento for local, mas o Município não tiver órgão municipal
capacitado ou Conselho Municipal do Meio Ambiente, o licenciamento será feito pelo
Estado, que, nesse caso, terá competência supletiva. E, se o Estado não tiver órgão
estadual capacitado, a competência supletiva será exercitada pela União.

3. Todo empreendimento, obra ou atividade, durante o licenciamento, passam


necessariamente pela avaliação de impactos ambientais, que é feita por meio de
apresentação de estudos ambientais pelo empreendedor. Se o empreendimento a ser
licenciado for potencialmente causador de significativa degradação ambiental, o estudo
exigível será o EIA/RIMA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental). Se o impacto for de grau
mínimo ou médio, ou seja, não for caso de significativa degradação ambiental, caberá ao
órgão ambiental licenciador definir os estudos ambientais pertinentes.

4. A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima


de 120 dias da expiração de seu prazo de validade, ficando este automaticamente
prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente.
5. O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, pode modificar os
condicionantes, suspender e até cancelar uma licença ambiental em vigor, desde que
ocorram três situações, não cumulativas: a) violação ou inadequação de quaisquer
condicionantes ou normas legais; b) omissão ou falsa descrição de informações
relevantes que subsidiaram a expedição da licença; c) superveniência de graves riscos
ambientais e de saúde.

6. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público (lei ou decreto);
exige-se, para tanto, estudos técnicos e consulta pública (menos para criação de Estação
Ecológica e Reserva Biológica). A desafetação (extinção) e redução (de limites) de uma
unidade de conservação só poderão ser feitas mediante lei específica.

7. O Código Florestal – Lei n. 12.651/2012 – tem como objetivo o desenvolvimento


sustentável. Todas as obrigações nele previstas têm natureza real (caráter propter
rem) e são transmitidas ao sucessor de qualquer natureza, no caso de transferência de
domínio ou posse do imóvel rural.

8. O Código Florestal – Lei n. 12.651/2012 – permite intervenção ou supressão de


vegetação nativa em Área de Preservação Permanente nas hipóteses de utilidade
pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental; admite, também, exploração
econômica da Reserva Legal mediante manejo sustentável.

9. Segundo o novo Código Florestal, a inserção do imóvel rural em perímetro urbano


(mediante lei municipal) não desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da área
de Reserva Legal; esta só será extinta concomitantemente ao registro do parcelamento
do solo para fins urbanos no CRI (Cartório de Registro de Imóveis).

10. Segundo o novo Código Florestal, o Poder Público Municipal, para estabelecer
áreas verdes urbanas no Município, pode valer-se, entre outros instrumentos, da
transformação das Reservas Legais em áreas verdes urbanas nas expansões urbanas
e estabelecimento de exigência de áreas verdes nos loteamentos e empreendimentos
comerciais na cidade.
11. Prescreve em 5 anos a ação da Administração Pública Ambiental objetivando
apurar a prática de infrações administrativas contra o meio ambiente, contada da data
da prática do ato, ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que
esta tiver cessado. Se a infração administrativa ambiental configurar crime ambiental,
o prazo para a lavratura do auto de infração ambiental, portanto o prazo de prescrição,
será o previsto na lei penal para o crime ambiental correspondente.

12. A prescrição, que atinge as infrações administrativas ambientais e os crimes


ambientais, não se aplica à reparação civil dos danos ambientais, ou seja, a reparação
civil dos danos ambientais é imprescritível.

13. As pessoas jurídicas são responsabilizadas, administrativa, civil e penalmente,


nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

14. Exige-se, para transação penal nos crimes ambientais de menor potencial
ofensivo, a prévia composição (acordo/ajuste) do dano ambiental, salvo comprovada
impossibilidade; e, no caso de suspensão do processo, a declaração de extinção de
punibilidade, pelo cumprimento das condições, dependerá de laudo de constatação de
reparação do dano ambiental, ressalvada comprovada impossibilidade.

15. São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305/2010) a não
geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, e também
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Para tanto, um instrumento
fundamental é a logística reversa, que é um conjunto de ações, procedimentos e meios
destinados à coleta e restituição dos produtos pós-consumo ao setor empresarial,
para inserção no ciclo produtivo ou outra destinação ambientalmente adequada
(arts. 3º, XII, e 33).
Erival

DIREITO Oliveira

CONSTITUCIONAL

1. Ação popular: proteger o patrimônio público, histórico e cultural, o meio ambiente


e a moralidade administrativa. Só cidadão pode propor. De boa-fé não há custas e
ônus da sucumbência.

2. Mandado de injunção individual ou coletivo: busca o exercício de direito


constitucional não regulamentado. Tem efeito concreto, podendo ser
individual ou coletivo.

3. Iniciativa reservada: só certas pessoas podem apresentar o projeto de


lei, por exemplo, cabe ao Presidente da República apresentar o projeto para
aumentar a remuneração de servidores públicos federais.

4. Compete ao STF julgar extradição e ADI, ADC, ADO, ADI Interventiva Federal
e ADPF.

5. Compete ao STJ julgar Governador que comete crime comum. Importante:


não precisa de prévia autorização da Assembleia Legislativa.

6. Viola a cláusula de reserva de Plenário (CF, art. 97) a decisão de


órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua
incidência, no todo ou em parte.
7. Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o
Presidente da República não estará sujeito a prisão.

8. A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das


respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa
privativa da União.

9. CPI investiga aquilo que o respectivo legislativo pode fiscalizar ou legislar.


Não pode determinar interceptação telefônica, expedir mandado de prisão nem
busca e apreensão.

10. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos


horários normais das escolas públicas de Ensino Fundamental.

11. Deputados e Senadores possuem imunidade material (não cometem


delitos por suas opiniões, palavras e votos, no exercício da atividade
parlamentar).

12. O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições


desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada
em lei.

13. O MP e a OAB são contra a redução da maioridade penal. São penalmente


inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos às normas da legislação
especial.

14. Mandado de segurança: direito líquido e certo, não amparado


por HC ou HD, violado por ilegalidade de autoridade pública e prazo
decadencial de 120 dias do conhecimento da lesão.

15. Normas não recepcionadas e ato normativo não equivalente a uma lei
autorizam o uso de uma ADPF no controle concentrado de constitucionalidade.
DIREITO PENAL
Rodrigo Patricia Gustavo Denis
Pardal Vanzolini Junqueira Pigozzi

1. A Lei que de qualquer modo beneficiar o agente retroage aplicando-se a


fatos praticados antes da sua vigência, mesmo que decididos por sentença
transitada em julgado. Nesse caso, a competência para a sua aplicação é do
juízo da execução (Súmula n. 611, STJ).

2. Dolo direto de 2º grau, também chamado dolo das consequências


necessárias, é a situação em que o agente, embora não queira o resultado,
sabe que ele com certeza ocorrerá.

3. Se o crime não se consuma por motivos alheios à vontade do agente, haverá


tentativa. Se o crime não se consuma porque o próprio agente desiste, haverá
desistência voluntária. Se o crime não se consuma porque o agente impede a
consumação, haverá arrependimento eficaz.

4. A prescrição antes de transitar em julgado a sentença para a acusação


regula-se pela pena máxima em abstrato (prescrição em abstrato). O primeiro
marco interruptivo é o recebimento da denúncia.
5. No erro sobre a pessoa, o agente confunde a pessoa pretendida com outra.
5. No erro sobre a pessoa, o agente confunde a pessoa pretendida com outra.
No erro na execução, também chamado de aberratio ictus, o agente quer
atingir uma pessoa, mas por acidente ou erro atinge outra. Nos dois casos,
responde como se tivesse atingido a pessoa pretendida.

6. Para a teoria da imputação objetiva, o agente não poderá ser responsabilizado


pelo resultado, caso fique demonstrado que um comportamento alternativo
conforme o direito não poderia tê-lo evitado.

7. Se um dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á


aplicada a pena deste. Essa pena será aumentada até a 1/2 se o resultado
era previsível.

8. A atenuante da confissão espontânea pode ser compensada com a


agravante da violência contra mulher por serem ambas preponderantes.

9. O Juiz pode exigir o exame criminológico para a concessão da progressão


de regime, mas motivamente e de acordo com o caso concreto (Súmula n.
439, STJ).

10. A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência


doméstica contra a mulher é pública incondicionada (Súmula n. 542, STJ).

11. O crime de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor


absorve o crime de dirigir sem habilitação.

12. Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por


existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só,
não torna impossível a configuração do crime de furto (Súmula n. 567, STJ).

13. A simulação de porte de arma não constitui circunstância majorante do crime


de roubo.
14. O crime de associação para o tráfico exige estabilidade e permanência e
não tem natureza de crime hediondo.

15. Considerando a relevância da colaboração premiada, o Delegado de


Polícia e o MP poderão representar ou requerer a concessão de perdão judicial
ao colaborador.
DIREITO
PROCESSUAL PENAL
Guilherme Flávio Paulo Henrique
Madeira Martins Fuller

1. Não cabe recurso da decisão que determina o arquivamento do inquérito


nos moldes do CPP.

2. Nos casos envolvendo Lei Maria da Penha, a ação penal na lesão corporal
leve é pública incondicionada.

3. Crime cometido por indígena é, em regra, de competência estadual. Se


decorrer de disputa sobre direitos indígenas será de competência federal.

4. Garantia da ordem pública é requisito da prisão preventiva e não da prisão


temporária.

5. Testemunha proibida é aquela que, em razão de função, ministério, ofício


ou profissão, está proibida de depor (art. 207 do CPP).

6. A rejeição da denúncia, segundo a jurisprudência, também poderá ocorrer


após a resposta à acusação.
7. Não cabe habeas corpus se já estiver extinta a pena privativa de liberdade.

8. Não cabe revisão criminal para modificar o fundamento da absolvição.


Será admissível revisão criminal de sentença absolutória apenas para os
casos envolvendo sentença absolutória imprópria.

9. Poderá o Juiz dar classificação jurídica distinta ao crime apontado na


denúncia, ainda que com pena mais grave, desde que os fatos estejam
descritos na denúncia ou queixa. Trata-se da chamada emendatio libelli
prevista no art. 383 do CPP.

10. A primeira fase do júri deve ser encerrada em 90 dias.

11. Na fase da pronúncia vigora, segundo posição majoritária, o in dubio pro


societate.
12. O desaforamento somente existe na segunda fase do júri.

13. No desaforamento é obrigatória a oitiva da defesa sob pena de nulidade.

14. Em Plenário somente poderão ser lidos documentos que tenham sido
juntados com 3 dias úteis de antecedência.

15. Toda decisão do Juiz da execução penal é objeto de agravo em execução


e não de recurso em sentido estrito.
Marco Alysson

ÉTICA Antonio Rachid

1. O advogado deve abster-se de vincular seu nome ou nome social a


empreendimentos sabidamente escusos.

2. O advogado deve desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo


preliminar de viabilidade jurídica. Também tem o dever de contribuir para o
aprimoramento das instituições, do Direito e das leis.

3. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou


ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo
profissional.

4. A “Medalha Rui Barbosa” é a comenda máxima conferida pelo Conselho


Federal às grandes personalidades da advocacia brasileira. Só pode ser
concedida uma vez, no prazo do mandato do Conselho, e será entregue ao
homenageado em sessão solene.

5. A Conferência Nacional de Advocacia é órgão consultivo máximo do


Conselho Federal, reunindo-se trienalmente, no segundo ano do mandato,
tendo por objetivo o estudo e o debate das questões e problemas que digam
respeito às finalidades da OAB e ao congraçamento dos advogados.

6. A Conferência é dirigida por uma Comissão Organizadora, designada pelo


Presidente do Conselho, por ele presidida e integrada pelos membros da
Diretoria e outros convidados.
7. As conclusões das Conferências têm caráter de recomendação aos
Conselhos correspondentes.

8. Constitui direito da advogada gestante, lactante, adotante ou que der à


luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem
realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição.

9. Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidos


em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem representar,
em juízo ou fora dele, clientes com interesses opostos.

10. A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político-partidários
ou eleitorais nem beneficiar instituições que visem a esses objetivos, ou
como instrumento de publicidade para a captação de clientela.

11. A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um


advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente
das razões que motivaram tal concentração.

12. Constitui direito do advogado examinar, em qualquer instituição


responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos
de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em
andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar
apontamentos em meio físico ou digital. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o
advogado apresentar procuração!

13. Constitui direito do advogado assistir a seus clientes investigados


durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo
interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos
investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou
indiretamente, podendo, inclusive, apresentar razões e quesitos no curso da
respectiva apuração.
14. O sigilo profissional é de ordem pública e o advogado, quando no exercício
das funções de mediador, conciliador e árbitro, também se submete às regras
de sigilo.

15. Compete ao Conselho Seccional ajuizar, após deliberação, ação civil


pública, para defesa de interesses difusos de caráter geral e coletivos e
individuais homogêneos.
DIREITO EMPRESARIAL
Elisabete Suhel Marcello
Vido Sarhan Iacomini

1. A EIRELI só pode ser constituída com o capital social mínimo de 100 salários
mínimos.

2. Nas Sociedades Não Personificadas a responsabilidade dos sócios é subsidiária


em relação ao patrimônio especial.

3. São requisitos para a concessão da patente: novidade, atividade inventiva e


aplicação industrial.

4. São espécies de patente: invenção (proteção por 20 anos/depósito) e modelo de


utilidade (proteção por 15 anos/depósito).

5. A marca de alto renome é a marca registrada no INPI e recebe proteção em todos


os ramos de atividade.

6. Na sociedade limitada a responsabilidade dos sócios é limitada à integralização


das cotas subscritas, mas todos os sócios respondem solidariamente até o limite
do que falta a ser integralizado.
7. As ações da SA são diferenciadas quanto à espécie em ordinárias, preferenciais
ou de gozo ou fruição.

8. Os membros da Diretoria precisam ser pessoas físicas idôneas e domiciliadas


no Brasil.

9. No trespasse, a não concorrência é de 5 anos, no caso de omissão do contrato.

10. O adquirente do estabelecimento responde apenas pelas dívidas contabilizadas


enquanto o alienante continua solidariamente responsável por 1 ano.

11. Prazo decadencial para a ação renovatória: de 1 ano a 6 meses antes do termo
final do contrato.

12. Na Ltda., não se admite o sócio que apenas preste serviços. O capital social
pode ser formado por bens ou dinheiro.

13. Os créditos extraconcursais são aqueles originados após a decretação da


falência.

14. Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros são considerados quirografários.

15. Na recuperação de empresas os credores proprietários não são atingidos pela


proposta de recuperação.
DIREITO
DO TRABALHO
Renata Leone Marcos Paulo
Orsi Pereira Scalercio Ralin

1. O empregado doméstico é aquele que presta serviços de forma contínua,


subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à
família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 dias por semana (LC n.
150/2015).

2. Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância


de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o
paradigma, exceto: a) se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica
superada pela jurisprudência de Corte Superior; b) na hipótese de equiparação
salarial em cadeia, suscitada em defesa, se o empregador produzir prova do
alegado fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito à equiparação
salarial em relação ao paradigma remoto, considerada irrelevante, para esse
efeito, a existência de diferença de tempo de serviço na função superior a
2 anos entre o reclamante e os empregados paradigmas componentes da
cadeia equiparatória, à exceção do paradigma imediato (Súmula n. 6, TST).
3. No caso de substituição que não tenha caráter meramente eventual, o
empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. Por outro
lado, se o cargo estiver vago em definitivo, o empregado que passa a ocupá-
lo não tem direito a salário igual ao do antecessor (Súmula n. 159, TST).

4. A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se


der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se
aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade
(Súmula n. 244, item II, TST).

5. A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de


agência é regida pelo art. 224, § 2º, da CLT. Quanto ao gerente-
-geral de agência bancária, presume-se o exercício de encargo
de gestão, aplicando-se-lhe o art. 62 da CLT (Súmula n. 287, TST).

6. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da


ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a 5 anos,
contados da data do ajuizamento da reclamação, e não às anteriores ao
quinquênio da data da extinção do contrato (Súmula n. 308, TST).

7. Os entes da Administração Pública direta e indireta respondem


subsidiariamente pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte
do empregador, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento
das obrigações da Lei n. 8.666/93, especialmente na fiscalização do
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço
como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero
inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa
regularmente contratada (Súmula n. 331, TST).
8. Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização
prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos
de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de
previdência privada ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-
-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes,
não afrontam a CLT, salvo se demonstrada a coação ou outro defeito que vicie
o ato jurídico (Súmula n. 342, TST).

9. A contratação de servidor público somente lhe confere o direito ao


pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas
trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores
referentes aos depósitos do FGTS (Súmula n. 363, TST).

10. Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto


permanentemente ou de forma intermitente a condições de risco. Indevido
quando o contato se dá de forma eventual ou o que, sendo habitual, se dá por
tempo extremamente reduzido (Súmula n. 364, TST).

11. É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical (7


dirigentes sindicais e igual número de suplentes), ainda que a comunicação
do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do
prazo previsto na CLT, desde que a ciência ao empregador ocorra na vigência
do contrato de trabalho. Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito
da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade
(Súmula n. 369, TST).

12. Nas condenações por dano moral, a atualização monetária é devida a


partir da data da decisão de arbitramento ou de alteração do valor. Por seu
turno, os juros incidem desde o ajuizamento da ação (Súmula n. 439, TST).
13. O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de
previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao
adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado
adicional é a transferência provisória (OJ n. 113, SDI-1/TST).

14. Inválida a presunção de vício de consentimento por ter o empregado


anuído expressamente com descontos salariais na oportunidade da admissão.
Exige-se a demonstração concreta do vício de vontade (OJ n. 160, SDI-1/TST).

15. A circunstância de a relação de emprego ter sido reconhecida apenas em


juízo não tem o condão de afastar a incidência da multa prevista no art. 477,
§ 8º, da CLT. A referida multa não será devida apenas quando, comprovadamente,
o empregado der causa à mora no pagamento das verbas rescisórias (Súmula
n. 462, TST).
DIREITO
PROCESSUAL
DO TRABALHO
Renata Leone Marcos Paulo
Orsi Pereira Scalercio Ralin

1. Aplica-se o Código de Processo Civil, subsidiária e supletivamente,


ao Processo do Trabalho, em caso de omissão e desde que haja
compatibilidade com as normas e princípios do Direito Processual do
Trabalho, na forma dos arts. 769 e 889 da CLT e do art. 15 da Lei n.
13.105, de 17/3/2015.

2. Não se aplica ao Processo do Trabalho, em razão de inexistência de


omissão ou por incompatibilidade, o art. 219 do CPC/2015 (contagem de
prazos em dias úteis).

3. Aplicam-se ao Processo do Trabalho, em face de omissão e


compatibilidade, os preceitos do Código de Processo Civil que regulam
os seguintes temas: arts. 294 a 311 (tutela provisória); art. 373, §§ 1º
e 2º (distribuição dinâmica do ônus da prova).
4. Aplica-se ao Processo do Trabalho o incidente de desconsideração
da personalidade jurídica regulado no Código de Processo Civil (arts.
133 a 137), assegurada a iniciativa também do Juiz do Trabalho na fase
de execução (CLT, art. 878).

5. Por aplicação supletiva do art. 784, I (art. 15 do CPC), o cheque e a nota


promissória emitidos em reconhecimento de dívida inequivocamente
de natureza trabalhista também são títulos extrajudiciais para efeito
de execução perante a Justiça do Trabalho, na forma do art. 876 e ss.
da CLT.

6. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados


a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador (princípio da
continuidade da relação de emprego – Súmula n. 212, TST).

7. Na Justiça do Trabalho, as decisões interlocutórias não ensejam


recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de TRT contrária
a Súmula ou OJ do TST; b) suscetível de impugnação mediante recurso
para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência
territorial, com a remessa dos autos para TRT distinto daquele a que se
vincula o juízo excepcionado (Súmula n. 214, TST).

8. Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do


depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido
o prazo de 5 dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o
recorrente não complementar e comprovar o valor devido (OJ n. 140,
SDI-1/TST).

9. É dispensável o trânsito em julgado da sentença normativa para a


propositura da ação de cumprimento (Súmula n. 246, TST).
10. Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará
no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. Ademais,
o recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do TST suspendem
os prazos recursais (Súmula n. 262, TST).

11. O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe,


no prazo de 8 dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário,
de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário
que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso
interposto pela parte contrária (Súmula n. 283, TST).

12. Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de


13/11/2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o
não recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2
anos após o término do contrato. Por outro lado, para os casos em que
o prazo prescricional já estava em curso em 13/11/2014, aplica-se o
prazo prescricional que se consumar primeiro: 30 anos, contados do
termo inicial, ou 5 anos, a partir de 13/11/2014 (Súmula n. 362, TST).

13. Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra


micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente
empregado do reclamado (Súmula n. 377, TST).

14. No procedimento sumaríssimo, somente será deferida a intimação


da testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer
(carta-convite ou prova do convite prévio) (art. 852-H, §§ 2º e 3º, CLT).

15. No procedimento sumaríssimo, somente será cabível a interposição


de recurso de revista em três hipóteses: quando o acórdão do TRT
contrariar a Constituição Federal, Súmula do TST ou Súmula Vinculante
do STF (art. 896, § 9º, CLT e Súmula n. 442, TST).
Murilo

DIREITO DO Sechieri

CONSUMIDOR
1. As normas do CDC são de ordem pública e de interesse social; o Juiz as aplica de
ofício; não podem ser afastadas pela vontade dos interessados.

2. Consumidor é pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos ou serviços


como destinatário final.

3. Também são consumidores: a coletividade que haja intervindo nas relações de


consumo; as vítimas do acidente de consumo; todas as pessoas que tenham sido
expostas às práticas comerciais.

4. Fornecedor: pessoa física, pessoa jurídica, nacional ou estrangeira, pública ou


privada, entes despersonalizados, atividade de criação, produção (etc.) de produtos
ou serviços.

5. Produto é qualquer bem móvel ou imóvel, material ou imaterial.

6. Serviço é qualquer atividade oferecida no mercado de consumo, mediante


remuneração, direta ou indireta, salvo as de natureza trabalhista.

7. Aplica-se o CDC às instituições financeiras, aos planos de saúde, às entidades de


previdência privada aberta (e não às fechadas) e seus participantes.

8. Não se aplica o CDC nos contratos de locação e nas relações entre condomínio e
condôminos, entre advogados e clientes, e também não se aplica nas relações entre
associados e associação civil.
9. A vulnerabilidade do consumidor não se confunde com hipossuficiência. Esta é que
autoriza a inversão do ônus da prova, mas a inversão não é automática.

10. O consumidor tem o direito à modificação ou revisão de cláusulas que sejam


desequilibradas, injustas. Pelo CDC, não se exige que o fato novo seja imprevisível.

11. São modalidades ilícitas de publicidade: a) a clandestina (oculta, disfarçada); b)


a enganosa (contém informação falsa, capaz de induzir o consumidor em erro); c) a
abusiva (discriminatória, que incita a violência, explora o medo etc.).

12. Se o consumidor alega que a publicidade é enganosa, o ônus de provar a sua


veracidade será do fornecedor, que patrocinou a publicidade.

13. Direito de arrependimento: se a contratação ocorreu fora do estabelecimento


comercial, o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias (prazo de
reflexão).

14. Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros


e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas
referentes a período superior a 5 anos.

15. Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção


ao crédito e congêneres são considerados entidades de caráter público.
DIREITO
INTERNACIONAL
Ana Carolina Ricardo
Pascoaletti Macau

1. No Direito Internacional Privado, a regra geral de competência é a de que o Juiz


brasileiro tem competência concorrente ou relativa em relação ao Juiz estrangeiro.
As partes do caso concreto podem escolher se a ação judicial será julgada no
Brasil ou no exterior (arts. 21 e 22, novo CPC).

2. Em três hipóteses apenas a competência do Juiz brasileiro é absoluta ou


exclusiva, o que obriga a ajuizar necessariamente a ação no Brasil: bens imóveis
situados no Brasil; ação de inventário, partilha ou abertura de testamento de bens
situados no Brasil; e ação de divórcio, separação ou reconhecimento de união
estável se o casal possuir bens situados no Brasil (art. 23, novo CPC).

3. Compete ao STJ homologar a sentença estrangeira – que é a decisão final de


autoridade competente de outro país. Por outro lado, a sentença internacional –
isto é, a decisão de Corte Internacional – não exige homologação perante nenhum
Tribunal Superior brasileiro. Em ambos os casos (sentença estrangeira e sentença
internacional), a execução da decisão é realizada pelo Juiz Federal competente.
4. As cartas rogatórias são decisões interlocutórias expedidas por Juízes
estrangeiros e que precisam ser cumpridas no Brasil (exemplo: citação, realização
de perícia, bloqueio de bens). As cartas rogatórias devem receber exequatur do STJ
para que possam ser executadas pelo Juiz Federal competente.

5. No que se refere aos elementos de conexão do Direito Internacional


Privado, as questões relacionadas com direito de família, personalidade,
nome e capacidade civil são regidas pela lei do domicílio da pessoa (art. 7º,
LINDB).

6. No que se refere aos elementos de conexão do Direito Internacional Privado,


obrigações, contratos e testamentos (negócios jurídicos) são qualificados pela lei
do local da constituição, isto é, o local em que foram assinados (art. 9º, LINDB).

7. No que se refere aos elementos de conexão do Direito Internacional Privado,


a sucessão por morte ou ausência obedece, como regra geral, à lei do domicílio
do de cujus ou do desaparecido. Há, todavia, uma exceção: pode-se aplicar a lei
brasileira para favorecer cônjuge ou filho brasileiro (art. 10, LINDB).

8. Cabe deportação do estrangeiro que tenha ingressado ou permaneça de modo


irregular no Brasil. Trata-se de ato discricionário da Polícia Federal e não tem
caráter punitivo. O estrangeiro deportado poderá retornar ao Brasil, desde que
as despesas com a deportação sejam pagas ao Tesouro Nacional e comprove o
pagamento de multa aplicada.

9. A Lei de Migração (Lei n. 13.445/2017) proíbe que o Brasil realize expulsão de


estrangeiro que tenha filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência
econômica ou socioafetiva ou pessoa brasileira sob sua tutela, e tiver cônjuge ou
companheiro, sem discriminação alguma, residente no Brasil. O filho brasileiro ou
o cônjuge/companheiro, entretanto, não são fatores impeditivos da repatriação,
deportação, extradição ou entrega.
10. A CF/88 proíbe apenas a extradição do brasileiro nato (art. 5º, LI). É possível,
todavia, a extradição do brasileiro naturalizado em duas hipóteses: crime comum
praticado antes da naturalização e tráfico de drogas praticado a qualquer tempo.

11. Existe expressa proibição na CF/88 de extraditar indivíduos que tenham


praticado crime político ou crime de opinião (art. 5º, LII).

12. Os tratados internacionais devem cumprir 4 etapas de internalização


no ordenamento jurídico brasileiro: negociação e assinatura, referendo do
Congresso Nacional, ratificação e promulgação interna. O referendo congressual
ocorre mediante decreto legislativo e a promulgação interna é feita por decreto
presidencial.

13. Os tratados contrários às normas internacionais imperativas – jus cogens –


são nulos. O jus cogens é um conceito jurídico indeterminado que permite que as
Cortes Internacionais reconheçam a nulidade de tratados que contrariem a ordem
pública internacional.

14. O sistema de solução de controvérsias do Mercosul foi implantando pelo


Protocolo de Olivos de 2002. A principal contribuição desse tratado internacional
foi a criação do Tribunal Permanente de Revisão (TPR), que tem duas competências
principais: julgar litígios entre os Estados-partes do bloco regional e emitir
pareceres consultivos solicitados pelas Cortes Superiores dos Estados que
integram o Mercosul.

15. O brasileiro nato deve provar dois vínculos com o Brasil: vínculo de solo (jus
soli) ou vínculo de sangue (jus sanguinis). O brasileiro naturalizado é o estrangeiro
que tem vontade de se tornar brasileiro, mas não tem vínculo de solo nem vínculo
de sangue com o Brasil.
DIREITO CIVIL
Christiano Maurício André Murilo
Cassettari Bunazar Barros Sechieri

1. São relativamente incapazes: a) os maiores de 16 e menores de 18 anos;


b) os ébrios habituais e os viciados em tóxico; c) aqueles que, por causa
transitória ou permanente, não puderem exprimir vontade; d) os pródigos.

2. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade


são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer
limitação voluntária.

3. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou se ele


deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os
interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente
a sucessão.

4. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de


finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o Juiz decidir, a requerimento
da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que
os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos
aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
5. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e
o preso.

6. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem


as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade
ou das circunstâncias do caso.

7. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico


que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar
consigo mesmo.

8. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou


resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.

9. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo


feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é
a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a
prescrição.

10. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não
mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do
caso.

11. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.

12. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios
suficientes. A indenização deverá ser equitativa, e não terá lugar se privar do
necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
13. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos
minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos
e outros bens referidos por leis especiais.

14. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na


comunhão de vida instituída pela família.

15. A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbil poderá


contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de
seu responsável ou curador.
DIREITO
PROCESSUAL CIVIL
Darlan Roberto Leandro
Barroso Rosio Leão

1. No procedimento comum, o Juiz, verificando que a inicial preenche


seus requisitos, designará uma audiência de conciliação e mediação, cuja
participação das partes é obrigatória (salvo motivo justificado), sob pena de
praticarem ato atentatório à dignidade da justiça, com multa de até 2% sobre
a vantagem pretendida ou o valor da causa.

2. Se o Juiz verificar que na petição inicial há vícios insanáveis, determinará a sua


correção, indicando especificamente o que deve ser corrigido.

3. Os prazos serão contados em dias e serão considerados somente os dias


úteis, isto é, não são contados os feriados, os sábados, os domingos e os dias
em que não haja expediente forense. Suspendem-se os prazos em semanas
designadas para conciliação.

4. O ônus da prova, em regra, é de quem alega, mas o Juiz poderá atribuí-lo de


modo diferente, diante das peculiaridades da causa, dificuldade ou facilidade
de produzir determinada prova. Cuidado: essa atribuição de modo diferente
não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja
impossível ou excessivamente difícil.
5. As tutelas provisórias são de urgência (exige-
-se perigo), e de evidência (não se exige perigo). São de urgência as tutelas
cautelar e antecipada.

6. Se a tutela antecipada for requerida antes do início do processo (chamada


de antecedente), e concedida pelo Juiz, o autor terá 15 dias para aditar a
inicial, e, se o réu não interpuser o respectivo recurso, estabilizar-se-á,
devendo o Juiz extinguir o processo. Qualquer das partes poderá rever a tutela
estabilizada, propondo uma ação no prazo de 2 anos.

7. Os honorários são créditos alimentares do advogado (vedada a sua


compensação em caso de sucumbência recíproca), havendo condenação
na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo,
na execução, resistida ou não, e também nos recursos interpostos,
cumulativamente.

8. As partes plenamente capazes poderão, de comum acordo, antes ou durante


o processo, alterar o procedimento, convencionando sobre os seus ônus,
poderes, faculdades e deveres processuais, desde que se trate de direitos que
admitam autocomposição.

9. Quanto às respostas do réu, poderão ser alegadas em contestação:


incompetência absoluta e relativa, incorreção ao valor da causa e justiça
gratuita. A reconvenção, embora seja independente da ação principal, será
apresentada na própria contestação.

10. Competência: pode ser absoluta (de interesse público) ou relativa (de interesse
das partes).

11. Competência: as ações relativas a divórcio, separação, anulação de casamento


e reconhecimento ou dissolução de união estável serão propostas no domicílio do
guardião de filho incapaz; último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
no domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal.
12. Os prazos para recursos são de 15 dias, exceto os embargos de declaração
(cujo prazo é de 5 dias). Ministério Público, Fazenda Pública e Defensoria têm
prazo em dobro para recorrer (caso a lei não preveja prazo específico), assim
como litisconsortes com advogados diferentes, de escritórios diferentes, em
autos não eletrônicos.

13. Recurso adesivo caberá quando a parte perder o prazo de recurso principal,
mas, havendo sucumbência recíproca, a outra parte recorre, e no prazo das
contrarrazões. Só será cabível na apelação, no Recurso Especial e no Recurso
Extraordinário.

14. Caso o recorrente não comprove, no ato de interposição do recurso, o


recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será
intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro,
sob pena de deserção.

15. A apelação (cabível da sentença e de decisões interlocutórias não


agraváveis) será interposta ao Juiz de primeiro grau, mas o Tribunal fará o
juízo de admissibilidade e julgará o recurso.
DIREITO TRIBUTÁRIO
Gustavo Roberta Marcos
Requi Boldrin Oliveira

1. A imunidade é uma forma de não incidência, já que a competência de


tributar certos fatos, situações ou pessoas é suprimida, expressamente, pela
Constituição Federal (CF). Já a isenção representa a dispensa legal do pagamento
do tributo. Enquanto a imunidade está prevista na CF, a isenção sempre estará
prevista em lei instituída pelo ente político competente que opta pela dispensa
do recolhimento do tributo.

2. As imunidades genéricas alcançam apenas os impostos. Descritas em


um rol que representam cláusula pétrea, o art. 150, VI, da CF classifica as
imunidades como sendo objetivas e subjetivas. A imunidade dos templos de
quaisquer cultos ou religiosa é classificada como subjetiva porque alcança
a entidade religiosa (pessoa jurídica de direito privado). O STF decidiu que,
além de os templos serem imunes ao recolhimento dos impostos, deve ser
aplicada a inteligência da Súmula Vinculante n. 52 e da Súmula n. 724 do
STF, vedando a cobrança de impostos que incidam sobre a propriedade dos
imóveis das entidades religiosas, desde que o valor obtido com o pagamento
dos alugueres seja revertido às finalidades essenciais.
3. A Medida Provisória (MP), prevista no art. 62 da CF, de acordo com o STF, pode
ser utilizada em matéria tributária desde que respeitados os seus requisitos:
urgência e relevância. Após a EC n. 33/2001, com exceção do II, IE, IOF, IPI
e IEG, a MP que resulte em majoração de impostos produzirá seus efeitos
no ano seguinte somente se convertida em lei até o último dia do exercício
financeiro em que haja sido editada. Para as demais espécies tributárias é
considerada a data da publicação da MP e não a sua conversão em lei.

4. Os únicos tributos que não respeitam nem a anterioridade de exercício


nem a noventena (mitigada ou nonagesimal) são: II, IE, IOF, Empréstimos
Compulsórios (calamidade pública e guerra externa, apenas) e os Impostos
Extraordinários de Guerra. Assim que a lei os instituir, imediatamente devem
ser exigidos pela União porque são considerados extrafiscais, extrapolando o
caráter meramente arrecadatório.

5. A irretroatividade da lei tributária representa uma limitação constitucional


ao poder de tributar, já que a lei não pode alcançar fatos pretéritos, podendo
regular apenas os fatos ocorridos a partir da data da publicação da lei
instituidora. É possível, no entanto, de acordo com o Código Tributário Nacional,
que a lei retroaja e alcance fato pretérito não definitivamente julgado quando
a nova norma comine em penalidade (multa) menos severa que a prevista na
lei vigente ao tempo de sua prática, conhecida como retroatividade benigna
ou benéfica. Alíquota e base de cálculo não retroagem.

6. Os impostos pessoais são aqueles que incidem sobre os sinais ou signos


presuntivos de riqueza do contribuinte e expressamente na CF (art. 145,
§ 1º) eram os únicos que poderiam ter alíquotas progressivas em função
da capacidade do contribuinte. Quanto mais o contribuinte sinalizasse
capacidade de contribuir, mais imposto recolhia aos cofres públicos. O
STF, porém, por meio do RE 562.054/RS, muda o entendimento e admite a
utilização de alíquotas progressivas para o ITCMD, imposto de caráter real
(incidente sobre a coisa), sem considerar a situação dos herdeiros (na causa
mortis).
7. A taxa cobrada sobre a prestação de serviço público de remoção, tratamento
ou destinação de resíduos de imóveis é constitucional e não viola o art. 145 da
CF. A taxa de lixo, portanto, mantém a natureza de serviço público específico
e divisível. Súmula Vinculante n. 19.
8. O empréstimo compulsório é a única espécie tributária restituível. Pode ser
instituído apenas por meio de Lei Complementar (LC) e somente pela União.
Ainda que haja urgência e relevância nas situações em que ele possa regular
(calamidade pública, guerra externa e investimento de caráter urgente e
relevante interesse social: art. 148, I e II, da CF), nunca poderá ser instituído
por meio de MP, já que esse instrumento possui vedação expressa de tratar
as matérias que se submetem a LC (art. 62, I, § 2º, da CF).
9. A prestação de serviço de iluminação pública não pode ser remunerada
mediante taxa porque não representa serviço público específico e divisível.
O serviço é remunerado mediante contribuição instituída pelo Município e
Distrito Federal, nomeada pela CF como COSIP e prevista pelo art. 149-A da
CF de 1988 após a EC n. 39/2002, sendo facultada sua cobrança diretamente
na fatura de energia elétrica.
10. Os Estados e Municípios poderão exigir de seus servidores, unicamente,
contribuição para o custeio do regime previdenciário, sendo vedada qualquer
outra tentativa de cobrança por parte de ambos os entes políticos.
11. A obrigação principal representa o dever de o contribuinte pagar ou
recolher tributo ou pagar multa. Deriva de fato gerador prescrito em lei.
Já a obrigação acessória representa os deveres instrumentais e deriva da
legislação tributária. Representa o poder do Fisco de administrar, arrecadar
e fiscalizar o recolhimento do tributo, por isso, as declarações de tributos, a
escrituração, guarda e conservação de livros, bem como a emissão de notas
fiscais, são exemplos de obrigação acessória. As obrigações acessórias são
independentes das obrigações principais e, quando da sua inobservância
ou descumprimento, convertem-se em principais com relação às multas
(penalidades).
12. A responsabilidade imobiliária ou responsabilidade por sucessão imobiliária,
obrigação propter rem recai sobre os bens imóveis e aponta para o adquirente
do bem imóvel com relação ao IPTU ou ITR, Contribuição de Melhoria e Taxas
que tenham como fato gerador apenas o serviço público específico e divisível
(taxa de lixo), permanecendo com o alienante (ou antigo proprietário) a taxa
que tenha como fato gerador o exercício regular do poder de polícia (taxas de
fiscalização da vigilância sanitária).

13. A responsabilidade sobre os tributos deixados pela pessoa jurídica será


dos diretores, gerentes ou sócios-gerentes ou representantes da pessoa
jurídica apenas quando estes agirem com excesso de poderes, infração
de lei, contrato ou estatuto social, sendo indevido e ilegal, portanto, o
redirecionamento automático da execução fiscal com constrição patrimonial
sobre seus bens pessoais.

14. São hipóteses de suspensão de exigibilidade de crédito tributário: a


Moratória, o Depósito, os Recursos no âmbito do processo administrativo (ou
impugnações), a Concessão de Tutela nas Ações Ordinárias e Medida Liminar
no Mandado de Segurança e o Parcelamento (MO|DE|RE|CO|PA).

15. O prazo para o executado apresentar sua defesa, denominada Embargos


à Execução Fiscal, é de 30 dias contados da data do depósito (integral e em
dinheiro do valor entendido como devido pelo Fisco), da juntada da prova
da fiança bancária ou da intimação da penhora (constrição patrimonial ou
intimação pessoal) de acordo com o art. 16 da Lei de Execuções Fiscais (LEF).
Erival

DIREITOS Oliveira

HUMANOS
1. A internacionalização (expansão) dos Direitos Humanos acontece após a
2ª Guerra Mundial (1945), com a criação da ONU e, posteriormente, com os
sistemas de proteção: global e regionais.

2.Principais características dos Direitos Humanos: universais,indivisíveis,inter-


-relacionados, interdependentes, inerentes e efetivos.

3. Direitos Humanos não são absolutos, por exemplo, o STF entende que o
direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores inativos.

4. Gerações/dimensões de Direitos: 1ª geração – direitos civis e políticos (vida,


liberdade); 2ª geração – direitos econômicos, sociais e culturais (educação,
trabalho); e 3ª geração – direitos difusos (fraternidade).

5. PIDCP (Decreto n. 592/92) e Convenção Americana de Direitos Humanos


(Decreto n. 678/92) são da 1ª geração – aplicação imediata (vida, liberdade,
reunião, votar e ser votado).

6. PIDESC (Decreto n. 591/92) e Protocolo de San Salvador (Decreto n.


3.321/99) são da 2ª geração – aplicação progressiva ou diferida, podendo ser
obtidos de modo mais rápido por meio de ação judicial (educação, trabalho).

7. Ações Afirmativas ou Cotas Raciais: são ações realizadas pelo Estado para
proteger grupos de pessoas prejudicadas historicamente. Confirmadas pelo
STF no julgamento da ADPF n. 186.
8. Lei n. 12.990, de 9/6/2014, reserva aos negros 20% das vagas oferecidas
nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos
públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das
fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia
mista controladas pela União.

9. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para


ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o
Ministério Público em todos os atos do processo.

10. Na Justiça Federal é executada a sentença da Corte Interamericana de


Direitos Humanos, se não há cumprimento voluntário.

11. As declarações obtidas por meio de tortura não podem ser admitidas
como prova em processo, salvo em processo instaurado contra a pessoa
acusada de havê-las obtido mediante atos de tortura e unicamente como
prova de que, por esse meio, o acusado obteve tal declaração.

12. O Estatuto de Roma criou o Tribunal Penal Internacional, que julga


pessoas que cometeram crimes graves (genocídio, contra a humanidade, de
guerra e de agressão, todos imprescritíveis) – Decreto n. 4.388/2002.

13. Brasileiros natos não podem ser extraditados, mas devem ser entregues
ao Tribunal Penal Internacional se requeridos.

14. Vedação do retrocesso ou regresso: os Direitos Humanos não admitem


retrocesso. Por exemplo, não restabelecer a prisão civil por dívida de
depositário infiel (art. 7º, item 7, do Decreto n. 678/92).

15. A Federalização foi inserida pela EC n. 45/2004 e está prevista no art. 109,
V-A e § 5º, da CF/1988 (mudança de competência do feito da justiça local
para a federal). Visa assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de
tratados internacionais de Direitos Humanos de que o Brasil faz parte.
DIREITO
ADMINISTRATIVO
Celso Flávia Patricia
Spitzcovsky Cristina Carla

1. Entre os princípios da Administração, lembrar da supremacia do interesse


público sobre o do particular que autoriza sacrifícios de direitos, mesmo que
não tenha cometido nenhuma irregularidade.

2. Entre os poderes da Administração, lembre-se de que a aplicação de


qualquer sanção aos servidores exige a abertura de processo administrativo,
assegurada a ampla defesa.

3. Em relação aos institutos da anulação e da revogação, o primeiro se dá


por razões de ilegalidade, enquanto o segundo, por razões de conveniência e
oportunidade.

4. Em relação às agências reguladoras, lembre-se de que são espécies de


autarquia, portanto pessoas jurídicas de direito público.

5. Em relação às concessões e permissões, lembre-se de que são formas de


se transferir apenas a execução de serviços e obras públicas para particulares,
mantendo-se a titularidade com a Administração.
6. Em relação a consórcios públicos, lembre-se de que são contratos
celebrados entre as esferas de governo para a execução de serviços e obras
de interesse comum.

7. Em relação à responsabilidade do Estado no caso das empresas públicas


e sociedades de economia mista, lembre-se de verificar a natureza da
atividade causadora do dano: se serviço público, será objetiva (art. 37,
§ 6º, da CF), se atividade econômica (art. 173, § 1º, II, da CF), será subjetiva
(art. 186 do Código Civil) ou objetiva (art. 927, par. ún., do Código Civil), por
estarem em regime de livre concorrência.

8. Em relação às licitações, lembre-se de que as hipóteses de contratação


direta encontram-se na Lei n. 8.666/93, nos arts. 25 (inexigibilidade –
competição inviável) e 24 (dispensa – competição viável).

9. Em relação aos contratos administrativos, lembre-se de que a Administração


possui prerrogativas chamadas de cláusulas exorbitantes que lhe permitem
tomar medidas de forma unilateral.

10. Em relação ao direito de propriedade, lembre-se de que tresdestinação


pode ser lícita (quando se mantém o interesse público) ou ilícita (quando
caracteriza desvio de finalidade).

11. Em relação aos servidores públicos, lembre-se de que só terão direito a


nomeação os candidatos aprovados dentro do número de vagas do concurso.

12. Em relação aos servidores, lembre-se também de que as hipóteses de


acumulação de cargos são somente aquelas expressamente previstas no art.
37, XVI, da CF.

13. Em relação aos servidores públicos, lembre-se ainda de que a única


hipótese em que poderão receber além do teto constitucional envolve
empresas públicas e sociedades mistas lucrativas (art. 37, § 9º, da CF).
14. Em relação aos bens públicos, lembre-se de que a imprescritibilidade
(não podem ser adquiridos por usucapião) abrange tanto os localizados na
área urbana quanto na rural (arts. 183, § 3º, e 191, par. ún., da CF).

15. Em relação às PPP’s, lembre-se de que sua celebração exige a abertura


de licitação, só na modalidade de concorrência pública.
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