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A primeira grande desvantagem do processo de Globalização, na visão de seus críticos, é a forma

desigual com que ela se expande, beneficiando, quase sempre, as localidades economicamente mais
desenvolvidas e chegando “atrasada” ou de forma “incompleta” a outras regiões, tornando-as
dependentes economicamente.

Objetivo da globalização

A globalização é definida como um processo de interação entre os países, seja ela no âmbito social,
cultural, econômico ou político. O seu foco principal é destruir as barreiras econômicas e imigratórias
que possam existir entre essas nações.Os principais objetivos da globalização são padronizar e
simplificar os procedimentos e regulamentos nacionais e internacionais, a fim de melhorar as condições
de avanços, competitividade e segurança, bem como universalizar o reconhecimento dos direitos
fundamentais da cidadania.

Factores da globalização

A globalização é a junção de vários aspectos que unem civilizações de diferentes cantos do globo. Os
principais fatores que caracterizam a formação da globalização são: a economia, a cultura e a
informação.

Fases da Globalização

A Primeira Fase da Globalização (século XV ao XIX) ... , é marcada pela ocorrência das Grandes
Navegações e pela expansão do mercantilismo. Até o começo da expansão marítima, as sociedades
tinham menos contato, justamente pela ausência de transportes que permitissem comunicações

A Segunda Fase da Globalização (meados do século XIX e meados do século XX) ... relaciona-se com o
processo de industrialização e seus efeitos sobre a produção do espaço geográfico mundial. ... Nesse
mesmo contexto, emergiu a centralidade da figura da burguesia, que se assentou na liderança das
produções sociais e econômicas.

A Terceira Fase da Globalização (Guerra Fria) ... a Guerra Fria (1945-1991), ocorrida entre União
Soviética e Estados Unidos. Nessa fase há um conflito entre a existência do sistema capitalista e os
preceitos do socialismo, sendo essas diferenças as responsáveis pelo confronto.

A Quarta Fase da Globalização (de 1989 aos dias atuais)quarta fase da globalização tem início no ano
de 1989, com a queda do Muro de Berlim e com o colapso da União Soviética, e é a etapa da
globalização em que vivemos nos dias atuais. ... Autores chegam a caracterizar, com base em
características da globalização, o período em que vivemos como Pós-moderno.

✓ Efeitos da globalização sobre a educação em Moçambique


A globalização afeta a educação de muitas maneiras e por razões de naturezas diversas. ... A
globalização gera novos desafios para os sistemas educacionais e altera a capacidade dos Estados e
dos organismos de segurança social de responder a esses problemas por meio de políticas educativas.

Um dado que pode servir de justificativa para a tamanha necessidade de se investir na Literacia
Informática na gestão escolar moçambicana são as reprovações massivas ocorridas no ensino geral no
ano lectivo de 2015, com destaque nos exames da décima e décima segunda classes, que de acordo
com o inquérito instaurado pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano conforme Loiola
(2016, p.19), dentre outras causas, associam-se ao mau uso das TIC (especificamente, do telemóvel)
por parte dos alunos. No referido inquérito Loiola (2016) aponta que, está patente que alguns alunos
durante as aulas “trocam mensagens, ou passam o tempo nas redes sociais, como o facebook, o
twitter ou o watsapp perturbando o processo de ensino e aprendizagem” (Ibidem, p. 70).

INTRODUÇÃO

Ao afirmar “Globalização na Gestão da Educação em Moçambique” o que se pretende não é fazer um


juízo de valor da relação de coexistência entre a globalização e a gestão da Educação em
Moçambique, mas antes, verificar como é acautelada esta coexistência, a fim de promover uma
reflexão em torno da filosofia do Sistema Nacional de Educação (SNE) e o seu enquadramento no
contexto da Globalização.

É sobejamente sabido que os efeitos da globalização são multilaterais, explosivos e transnacionais.


Praticamente, ninguém escapa aos efeitos deste fenómeno, “actualmente, quem não faz parte deste
processo está fora do contexto social e mundial” (Pereira, 2001, p. 92).

A globalização actua de um modo sem precedentes. Este fenómeno propiciou a abertura de fronteiras
nacionais com implicações nas barreiras proteccionistas. Como referem Ribeiro e Poeschl (2013, p.
55), enquanto para algumas pessoas o movimento de estrangeiros é estimulante, para outras é
inquietante, uma vez que imigrantes trazem novos costumes. Ademais, no contexto da globalização,
como sustentam os autores imediatamente citados acima, os países em via de desenvolvimento
apresentam-se com menor poder de decisão perante o acordo neoliberal entre países desenvolvidos
que lhes é imposto, com sérias implicações na gestão da Educação. Portanto, isto reflecte alguns
efeitos do poder da globalização aos quais ninguém escapa. Não obstante, “ao comprarmos uma coca-
cola, estamos fazendo parte do contexto global, bem como ao utilizarmos as telecomunicações […] ”
(Pereira, 2001, p. 93).

Outrossim, a globalização é um fenómeno que tendencialmente se apresenta sem actor, cuja


influência é independente da vontade do sujeito influenciado, atendendo e considerando que, a partir
do momento em que este fenómeno impõe a adopção de novos padrões, procedimentos ou
concepções nos indivíduos e nas instituições, já é uma influência. Para além de que, “a globalização
gera a sua própria ideologia” (Floriani, 2004, p. 76).

Entretanto, feita a explanação em torno da globalização e dos seus efeitos em perspectivas de


diferentes autores. Propõe-se uma reflexão em torno da resposta do SNE aos efeitos deste fenómeno
na manutenção e melhoramento da qualidade de ensino.

Para orientar o estudo, buscou-se identificar alguns aspectos que caracterizam histórico-social e
politicamente o povo moçambicano e que têm grande impacto na Educação. Igualmente, buscou-se
alguns aspectos que caracterizam a globalização. Nessa busca teve-se como enfoque do horizonte da
reflexão a gestão da Educação moçambicana. Portanto, por um lado, identificou-se a língua
portuguesa (Português) como um aspecto que por si reflecte alguns toques da história, do contexto
social e da política que rege a gestão da Educação moçambicana. Historicamente, para Moçambique a
língua portuguesa representa a herança tida dos famosos quinhentos anos da colonização portuguesa.
Socialmente, o Português representa uma das línguas que permeiam a comunicação social e que, no
meio social é voluntária ou involuntariamente tido como um dos indicadores do status urbano nos
indivíduos. Politicamente, a língua portuguesa representa um “símbolo da unidade nacional” Ngunga
e Bavo (2011, p. 3). Ainda na mesma perspectiva, o Português constitui a língua oficial do país.

Por outro lado, identificou-se a língua inglesa (Inglês) como um dos grandes aspectos sob os quais a
globalização se impõe. Em convergência com Guimenez (apud Finardi, 2015, p.113) o conhecimento
do Inglês é essencial para a participação no mundo globalizado no qual ela exerce o papel de língua
franca. Um outro aspecto é a vigência de novos meios tecnológicos que viabilizam e aceleram o
crescimento da globalização. Este aspecto afigura-se como um dos principais veículos da globalização,
tal como entende McMahon (apud Ribeiro e Poeschl, 2015, p. 52) este aspecto é central no processo
da globalização, posto que a globalização se define pelas formas de tecnologias disponíveis. Importa
frisar que, através das TIC a informação voa num instante, transportando vícios e virtudes, facto que
concorre na imposição de desafios adicionais ao sector educacional.

Especificamente, pretende-se analisar até que ponto o Sistema Nacional de Educação responde às
exigências e desafios impostos pela Globalização, tendo em conta que nos seus enlaces a língua de
mercado (Inglês) encontra-se aos bocados, todavia, constitui um dos requisitos para o acesso ao nível
de Pós-graduação em algumas instituições públicas de ensino superior como a Universidade Eduardo
Mondlane (UEM).

Importância da globalização
A globalização é de fundamental importância para a atuação das empresas transnacionais, pois
proporciona todo o aparato técnológico para os serviços de telecomunicação, transporte,
investimentos, entre outros, fatores essenciais para realização eficaz das atividades econômicas em
escala planetária.

As vantagens da globalização

1. Redução de barreiras

Com a globalização muitas barreiras de espaço e de tempo foram vencidas. Isto fez com que as
empresas tivessem um maior acesso aos mercados consumidores e a novas oportunidades de
empreendimento e de negócios.

2. Redução de custos

A redução dos custos médios dos produtos e com uma produção de mercadorias cada vez mais
descentralizada, é outra importante vantagem deste processo. Isto fez com que muitos produtos
conseguissem chegar até mercados onde antes não era possível.

3. Avanços tecnológicos

Os avanços tecnológicos permitidos com este processo também são um grande destaque. Eles
permitiram que o acesso às informações e a forma como ele é comunicado, tudo sendo feito em
pouquíssimos minutos e ao alcance da sua mão.

Os países em desenvolvimento talvez foram os que mais se beneficiaram com esta vantagem, já que a
tecnologia em geral vem dos países desenvolvidos.

4. Facilidade de investimentos

A globalização também facilitou a realização de investimentos financeiro em diferentes regiões do


mundo. Ela permitiu também que fossem utilizados outros instrumentos financeiros não apenas para
empresas, mas também pelos governos. Possibilitando até mesmo um sistema bancário global.

bancário global.

5. Incentivo à criatividade

A globalização levou muita inovação e novas ideias para lugares que antes elas não existiam. Isto fez
com que os empreendedores e empresas precisem ser cada vez mais criativos para conseguir o melhor
produto e conquistas o mercado.

6. Conhecimento de novas culturas


Já que o contato com outras culturas foi facilitado, muito graças à internet, ficou mais simples saber
como são os hábitos e costumes de outras culturas. E, à medida que as pessoas tomam conhecimento
dessas culturas, elas vão sendo enriquecidas e melhor compreendidas.

Desvantagens da globalização

1. Benefícios aos países desenvolvidos

Os países ditos desenvolvidos são os investem dinheiro nos países em desenvolvimento. Essa relação
originaria uma grande dependência e até mesmo subordinação entre estes os dois países envolvidos
na negociação.

2. Concorrência desleal

Como as empresas multinacionais conseguem produzir produtos em maior escala, o resultado são
valores menores. Isso resulta em uma concorrência desleal com as empresas locais, que não
conseguem diminuir os valores dos produtos sem comprometer o negócio.

3. Poluição ambiental

Como houve um aumento significativo no tráfego de pessoa entre os diversos países um dos
resultados foi a poluição ambiental.

A emissão de gases poluentes, dejetos em rios, lagos e mares, e descarte de materiais de forma
inadequada tem prejudicado o meio ambiente. E também devido à exploração dos recursos minerais
e florestais locais.

4. Favorecimento de crises

Com a globalização, toda a economia global está interconectada. Quando uma das nações apresenta
instabilidade econômica, as nações que estão diretamente ligadas a ela poderão sentir de maneira
mais drástica esta instabilidade.

Alguns especialistas atribuem à globalização a crise econômica, em 2008, que teve início nos Estados
Unidos. Com todas as relações existentes entre os países, ela acabou afetando a Europa rapidamente.

5. Perda de identidade dos povos


A globalização aumentou muito o trânsito de pessoas pelo mundo. Com isto, pessoas de diferentes
culturas passaram a conviver e com o tempo alguns traços de culturas podem se perder.

Algumas críticas à globalização

Recentemente, alguns grupos sociais organizados e intelectuais vem criticando os moldes atuais da
globalização. Segundo eles, este processo beneficiaria somente os países dominantes e as elites
econômicas, deixando de lado as populações pobres de diversas regiões do mundo.

ociais organizados e intelectuais vem criticando os moldes atuais da globalização. Segundo eles, este
processo beneficiaria somente os países dominantes e as elites econômicas, deixando de lado as
populações pobres de diversas regiões do mundo.

ticas à globalização

Recentemente, alguns grupos sociais organizados e intelectuais vem criticando os moldes atuais da
globalização. Segundo eles, este processo beneficiaria somente os países dominantes e as elites
econômicas, deixando de lado as populações pobres de diversas regiões do mundo. As principais
críticas à globalização estão relacionadas aos impactos econômicos. Para muitos pensadores ela
beneficia apenas um pequeno grupo de países e pessoas privilegiadas, que já possuem uma situação
financeira mais estável. Um bom exemplo é que as 3 pessoas mais ricas do mundo, possuem mais
dinheiro do que se juntasse os 48 países mais pobres.

Muitas das diretrizes que com as quais a globalização funciona, teriam sido pensadas com base no
modelo cultural e de civilização europeu. Ou seja, ele pode não se encaixar em todas os padrões e
realidades mundiais.

✓✓✓Em 1975 Moçambique tornou-se independente, tendo o português (língua do colono) como
língua oficial. Portanto, por razões históricas, em relação aos moçambicanos a língua portuguesa é um
dado adquirido, cuja história remete ao horror vivido por este povo por muitos anos. No entanto, a
proclamação da independência devia significar obviamente, não apenas a libertação das correntes,
mas também a abertura para uma independência mais ampla, que de certo modo incluiria uma
revisão radical da história do país e o desenho de um projecto de gestão da educação sustentável para
o presente e o futuro de Moçambique[2]. Neste trabalho defende-se que tal revisão e desenho só
podem se efectivar através da reforma das políticas de gestão da Educação, ajustando-as ao contexto
global, sem ferir o bem-estar social. As políticas da Educação constituem espinha dorsal dessa revisão
e do referido projecto, dado que tal como aponta o relatório publicado pela AfriMAP e a Open Society
Initiative for Southen Africa (apud Beira, 2015, p. 66) as políticas educativas do SNE resultam, em
parte, do histórico da experiência educativa deixada pelos portugueses.

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