INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
DESENVOLVIMENTO ............................................................................................... 2
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 11
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DESENVOLVIMENTO
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2.1.1. Antecedentes da Grande depressão
Superprodução (consequências)
➢ Acumulação de stocks;
➢ Quebra dos preços (deflação);
➢ Quebra dos lucros;
➢ Desemprego;
➢ Desvalorização das acções;
➢ Crash 1929;
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Figura.1-Crash Outubro de 1929 (elaborado pelos estudantes)
a) Crise económica:
➢ Quebra do consumo\ procura;
➢ Acumulação de excedentes;
b) Crise Financeira:
➢ Quebra dos preços (inflação);
➢ Quebra de lucros;
➢ Falência bancaria;
c) Crise social:
➢ Desemprego;
➢ Tensões sociais: racismo, xenofobia;
➢ Proletarização da sociedade
➢ Problemas sociais: criminalidade, miséria, suicídios.
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2.2. A Macroeconomia e a grande depressão
De acordo com (Eichengreen, 1996), houve no início da década de 1920 um esforço por
parte de diversas nações para restaurar a taxa de câmbio fixa do período anterior à guerra.
As autoridades consideravam que a mais importante das condições do pré-guerra que
deveria ser restabelecida era a garantia da livre aquisição e venda de ouro com a paridade
anterior. Expressões similares da mentalidade do padrão-ouro permearam discussões
sobre políticas económicas durante os anos 1920.
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O novo padrão-ouro tinha algumas características diferentes como o fato de as reservas
dos países serem mantidas em forma de ouro e de divisas estrangeiras. Esse sistema
também era chamado de padrão-ouro divisas.
Ao retornar ao padrão-ouro, os países tiveram que lidar com problemas em relação
ao nível de preços, que durante a guerra havia subido de forma considerável. Era preciso
desinflacionar a economia para fazer com que a moeda retornasse à paridade anterior à
suspensão da convertibilidade e a balança comercial ficasse equilibrada. Isso exigia
redução drástica dos salários e diminuição dos gastos do governo, mas, para os defensores
do padrão- ouro o problema não era que os salários iriam cair; o perigo estava no fato de
eles não caírem.
O crescimento do sindicalismo durante a 1ª Guerra Mundial, o fornecimento de
benefícios aos desempregados e a existência de um nível mínimo para o salário dos
trabalhadores não- qualificados das indústrias, tudo isso contribuía para retardar o ajuste
salarial.
1 Renato Leite. Padrão-ouro e Estabilidade. Est. Econ., São Paulo, v. 28, nº 3, pp. 533/559, Julho-Setembro de 1998.
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Comerciantes, banqueiros, e outros profissionais que eram credores de algumas
dívidas tinham interesse na estabilidade da moeda, para que as quantias que deveriam
receber não perdessem valor.
Em geral, os devedores eram agricultores, a favor do bimetalismo, e os credores
faziam parte dos sectores industrial e financeiro, mais poderosos na época na Inglaterra,
e eram a favor do padrão-ouro.
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2.2.4. O Fim da Grande Depressão
Para (Eichengreen & Temin, 2000), com a crise mundial se tornando cada vez
mais profunda, os grupos contrários à insistência do governo em manter o padrão-ouro
foram se fortificando. O desemprego, mais uma consequência das medidas tomadas para
garantir a sobrevivência do sistema do padrão-ouro, atingia números catastróficos. Nos
Estados Unidos, a taxa de desempregados chegou a 25% na década de 1930, e na
Alemanha essa percentagem foi de 44% no sector industrial. Dentro desse contexto, havia
as manifestações de descontentamento dos sindicatos nas ruas. O medo de revoltas
políticas pressionava os governos pelo mundo para que alterassem a natureza de suas
acções. As reservas de ouro dos países diminuíam cada vez mais devido à perda de
credibilidade do sistema, o que fez com que as pessoas fossem aos bancos trocar dinheiro
por ouro.
Não houve uma maneira dos países sob o padrão-ouro se coordenarem e
combinarem uma saída da recessão através da cooperação porque havia opiniões
divergentes em relação aos motivos que a fizeram surgir. O padrão-ouro ainda era visto
como sinónimo de estabilidade dos preços. A mentalidade de tal sistema era integrante
da ideologia dos segmentos da sociedade que controlavam as políticas económicas. Essa
mentalidade foi sustentada através de um discurso que reforçava sua influência nas
classes internacionais. Ela moldou as interpretações sobre a depressão e as levou a manter
as políticas que intensificaram a crise económica. Sendo que de acordo com (Eichengreen
& Temin, 2000),os bancos centrais não visualizavam como solução para a depressão o
abandono do padrão-ouro.
Além disso, a depressão que se seguiu à crise de 1929 foi gerada pela falta de
reacção dos governos, que se encontravam de mãos aptadas pelo padrão-ouro. A
economia tem uma tendência a, após a ocorrência de um desequilíbrio, voltar a
sua situação normal. Porém isso não ocorre quando a prática de políticas
económicas prejudiciais impossibilita a retomada do ritmo das actividades
económicas. (Eichengreen e Temin 2000).
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Foi o que aconteceu com os diversos países no período da Grande Depressão, nos quais
os governos, influenciados pela mentalidade do padrão-ouro, tomavam atitudes de forma
a não desrespeitar as regras do jogo. A economia mundial só pôde se recuperar quando
as políticas contracionistas foram abandonadas.
Em toda crise financeira, diversas “respostas” podem ser consideradas. Elas têm
por nome proteccionismo, monetarismo, nacionalizações, desvalorizações, revolução etc.
Para adivinhar qual delas será privilegiada no processo actual, é preciso examinar a
interacção entre diferentes elementos.
De acordo com (Carvalho 2009) o proteccionismo consiste numa ruptura, um
desafio de uma mesma natureza, pode desembocar em respostas diferentes, em função,
por exemplo, da potência do mundo operário e dos sindicatos, da orientação política da
coalizão no poder; ou ainda, da disposição de um Estado permitir que o seu abastecimento
em géneros, matérias-primas e equipamentos essenciais dependa do comércio
internacional.
Em primeiro lugar, verificar a posição económica das grandes forças sociais de
um país. A estas se somam as forças de suas entidades de representação, dos sindicatos,
das organizações patronais; além da capacidade dos partidos políticos de promoverem
coalizões entre diversos grupos e associações. Segue-se, ainda, a disposição do Estado
em intervir na actividade das empresas e os meios dos quais ele dispõe para tanto. Além
disso, é preciso considerar as tradições históricas nacionais (mais ou menos liberais) e,
por fim, a posição do país na ordem internacional.
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Para (Carvalho 2009) a política proteccionista e nacionalista de Trump por
exemplo: estende-se à imigração, como é o caso do recente decreto presidencial que
restringe a entrada (e ordena o repatriamento) de pessoas provenientes de alguns países
muçulmanos, incluindo refugiados e cidadãos que já detêm vistos de trabalho nos EUA
(green cards). Além de ser imoral e prejudicar gravemente a vida dessas pessoas (como
referido na decisão de um Juiz Federal de Nova Iorque que suspendeu temporariamente
o decreto de Trump), impedir a entrada de imigrantes pode ser economicamente
prejudicial para a economia dos EUA, como alertam os CEO das principais empresas
tecnológicas americanas. A circulação de pessoas e do conhecimento é essencial ao
processo de inovação.
O impacto destas políticas poderá ser mais grave se houver correspondência por
parte de outros países, que poderão retaliar e agir de forma semelhante. Num cenário de
proteccionismo à escala global, teríamos períodos de retracção da procura mundial, de
recessão económica e de aumento do desemprego, como aconteceu no século passado.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BLAUG, Mark. Quantity theory of money from Locke to Keynes and Friedman. Hants,
Inglaterra: Edward Elgar Pulishing Limited, 1995, pp. 27-49.
EICHENGREEN, Barry; TEMIN, Peter. The Gold Standard and the Great Depression.
Contemporary European History, Cambridge, nº 9, Fevereiro de 2000, pp. 183-207.
MARCONDES, Renato Leite. Padrão-ouro e Estabilidade. Est. Econ., São Paulo, v. 28,
nº 3, pp. 533/559, Julho-Setembro de 1998.
PALYI, Melchior. The Twilight of Gold, 1924-1936: Myths and Realities. The Canadian
Journal of Economics / Revue canadienne d'Economique, v. 6, nº 3, Agosto de 1973, pp.
464.
ROMER, Christina. The Great Crash and the Onset of the Great Depression. Cambridge:
National Bureau of Economic Research, Junho de 1988 pp. 59.
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