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Índice
Iconografia
O deus da boa fortuna
Atributos Corporais
O Senhor cuja forma é Om
A presa quebrada
Ganexa e o rato
Casado ou Celibatário?
Histórias Mitológicas
Como ele obteve sua cabeça de elefante?
Decapitado e reanimado por Xiva
Xiva e Gajāsura
O Olhar de Śani
Outras versões
Ganexa o escrivão
Ganexa e Paraśurama
Ganexa e a Lua
Ganexa, chefe do exército celestial
O apetite de Ganexa
O respeito de Ganexa por seus pais
Devoção a sua mãe
Festivais e adorações a Ganexa
Ressurgimento da popularidade
Popularidade de Ganexa
Os nomes de Ganexa
Os doze nomes de Ganexa
Galeria de imagens
Notas
Referências
Bibliografia
Iconografia
Assim como acontece com todas as outras formas nas quais o hinduísmo representa os deuses, a figura de
Ganexa é, também, um arquétipo cheio de múltiplos sentidos e simbolismo, que expressa um estado de
perfeição assim como os meios de obtê-la.
Ganexa é o som primordial, om, do qual todos os hinos teriam nascido. Quando Śakti (Energia) e Xiva
(Matéria) se encontram, ambos, o Som (Ganexa) e a Luz (Escanda), nascem. Ele representa o perfeito
equilíbrio entre força e bondade, poder e beleza. Também simboliza as capacidades discriminativas que
provêm a habilidade de perceber a distinção entre verdade e ilusão, o real e o irreal.
Uma descrição de todas as características e atributos de Ganexa podem ser encontradas no Gaṇapati
Upaniṣad (um Upaniṣad dedicado a Ganexa) do ṛṣi Atharva, no qual Ganexa é identificado com Brahman
e Atman.[1] (https://pt.wikipedia.org/wiki/Ganexa#endnote_henoteísmo) Este Hino Védico também contém um dos
mais famosos mantras associados com esta divindade: Om Gam Gaṇapataye Namah (literalmente:
"saudação ao Senhor das tropas").
Nos Vedas, pode-se encontrar uma das mais importantes e comuns preces propiciatórias a Ganexa, na parte
que constitui o segundo maṇḍala ou livro do Ṛg Veda:
que constitui o segundo maṇḍala ou livro do Ṛg Veda:
De acordo com as estritas regras da iconografia hindu, as figuras de Ganexa com somente duas mãos são
tabu. Por isso, as figuras de Ganexa são vistas habitualmente com quatro mãos, que significam sua
divindade. Algumas figuras podem ter seis, outras oito, algumas dez, algumas doze e outras quatorze mãos,
cada uma carregando um símbolo que difere dos símbolos nas outras mãos, havendo aproximadamente
cinquenta e sete símbolos no total, segundo alguns estudiosos.
A imagem de Ganexa é composta de quatro animais: homem, elefante, serpente e o rato. Eles contribuem
para formar a imagem. Todos eles, individual e coletivamente, têm profunda significância simbólica.
Em termos gerais, Ganexa é uma divindade muito amada e frequentemente invocada, já que é o "Deus da
Boa Fortuna" que proporciona prosperidade e fortuna é também o "Destruidor de Obstáculos" de ordem
material ou espiritual. É por este motivo que sua graça costuma ser invocada pelos seus devotos antes de
eles iniciarem qualquer tarefa (por exemplo: viajar, prestar uma prova, realizar um assunto de negócios,
uma entrevista de trabalho, realizar uma cerimônia etc.) com mantras como: Aum śri Gaṇeśāya Namah
("reverência ao senhor Ganexa"), ou similares. É também por esse motivo que, tradicionalmente, todas as
sessões de bhajana (cântico devocional hindu) iniciam com uma invocação de Ganexa, o Senhor dos "bons
inícios". Por toda a Índia de cultura hindu, o Senhor Ganexa é a primeira deidade colocada em qualquer
nova casa ou templo.
Além disso, Ganexa é associado com o primeiro cakra, que representa o instinto de conservação e
sobrevivência e o de procriação. O nome desse chacra é mūlādhāra.
Atributos Corporais
Cada elemento do corpo de Ganexa tem seu próprio valor e seu próprio significado:
Ganexa é também definido como Omkara, que significa "tendo a forma de Om (veja a seção
Os nomes de Ganexa). De fato, a forma do seu corpo é uma cópia do traçado da letra
Devanāgarī que indica este grande Bija Mantra. Por causa disso, Ganexa é considerado a
encarnação corporal do Cosmos inteiro: ele está na base de todo o mundo fenomenal
(Viśvadhara, Jagadoddhara). Além disso, na língua tâmil, a sílaba sagrada é indicada precisamente por uma
letra que relembra o formato da cabeça de Ganexa.
A presa quebrada
Ganexa e o rato
Outra interpretação diz que o rato (Muśika ou Akhu) representa o ego, a mente com todos os seus desejos, e
o orgulho da individualidade. Ganexa, guiando sobre o rato, se torna o mestre (e não o escravo) dessas
tendências, indicando o poder que o intelecto e as faculdades discriminatórias têm sobre a mente. O rato
(extremamente voraz por natureza) é habitualmente representado próximo a uma bandeja de doces com
seus olhos virados em direção de Ganexa, enquanto ele segura um punhado de comida entre suas patas,
como se esperando uma ordem de Ganexa. Isto representa a mente que foi completamente subordinada à
faculdade superior do intelecto, a mente sob estrita supervisão, que olha fixamente para Ganexa e não se
aproxima da comida sem sua permissão.
Casado ou Celibatário?
É interessante notar como, de acordo com a tradição, Ganexa foi gerado por sua mãe Pārvatī sem a
intervenção de Xiva, seu marido. Xiva, de fato, sendo eterno (SadāXiva), não sentia nenhuma necessidade
de ter filhos. Consequentemente, o relacionamento entre Ganexa e sua mãe é único e especial.
Essa devoção é o motivo pelo qual as tradições do sul da Índia o representam como celibatário (veja o
conto Devoção por sua mãe). É dito que Ganexa, acreditando ser sua mãe a mais bela e perfeita mulher no
universo, exclamou: "Traga-me uma mulher tão bonita quanto minha mãe e eu me casarei com ela".
No Norte da Índia, por outro lado, Ganexa é, frequentemente, representado como casado com as duas
filhas de Brahma: Buddhi (intelecto) e Siddhi (poder espiritual). Popularmente no norte da Índia Ganexa é
representado acompanhado por Sarāsvatī (deusa da cultura e da arte) e Lakṣmī (deusa da sorte e
prosperidade), simbolizando que essas características sempre acompanham aquele que descobre sua própria
divindade interior. Simbolicamente isso representa o fato de que a abundância, prosperidade e sucesso
acompanham aqueles que possuem as qualidades da sabedoria, prudência, paciência, etc. que Ganexa
simboliza.
Histórias Mitológicas
A mitologia altamente articulada do hinduísmo apresenta muitas histórias na qual é explicada a maneira em
que Ganexa obteve sua cabeça de elefante; frequentemente a origem desse atributo particular é encontrado
nas mesmas histórias que narram seu nascimento. E muitas dessas mesmas histórias revelam as origens da
enorme popularidade do culto a Ganexa.
A mais conhecida história é provavelmente aquela encontrada no Xiva Purāṇa. Uma vez, quando sua mãe
Durgā queria tomar banho, não havia guardas na área para protegê-la de alguém que poderia entrar na sala.
Então ela criou um ídolo na forma de um garoto, esse ídolo foi feito da pasta que Durgā havia preparado
para lavar seu corpo. A deusa infundiu vida no boneco, então Ganexa nasceu. Durgā ordenou a Ganexa
que não permitisse que ninguém entrasse na casa e Ganexa obedientemente seguiu as ordens de sua mãe.
Dali a pouco Xiva retornou da floresta e tentou entrar na casa, Ganexa parou o Deus. Xiva se enfureceu
com esse garotinho estranho que tentava desafiá-lo. Ele disse a Ganexa que ele era o esposo de Durga e
disse que Ganexa poderia deixá-lo entrar. Mas Ganexa não obedecia a ninguém que não fosse sua querida
mãe. Xiva perdeu a paciência e teve uma feroz batalha com Ganexa. No fim, ele decepou a cabeça de
Ganexa com seu Triśula (tridente).
Quando Durgā saiu e viu o corpo sem vida de seu filho, ela ficou triste e com muita raiva. Ela ordenou que
Xiva devolvesse a vida de Ganexa imediatamente. Mas, infortunadamente, o Triśula de Xiva foi tão
poderoso que jogou a cabeça de Ganexa muito longe. Todas as tentativas de encontrar a cabeça foram em
vão. Como último recurso, Xiva foi pedir ajuda para Brahma que sugeriu que ele substituísse a cabeça de
Ganexa com o primeiro ser vivo que aparecesse em seu caminho com sua cabeça na direção norte. Xiva,
então, mandou seu exército celestial (Gaṇa) para encontrar e tomar a cabeça de qualquer criatura que
encontrarem dormindo com a cabeça na direção norte. Eles encontraram um elefante moribundo que
dormia desta maneira e após sua morte, tomaram sua cabeça, e colocaram a cabeça do elefante no corpo de
Ganexa trazendo-o de volta à vida. Dali em diante, ele é chamado de Gaṇapati, ou o chefe do exército
celestial, que deve ser adorado antes de iniciar qualquer atividade.
Xiva e Gajāsura
Outra história a respeito da origem de Ganexa e sua cabeça de elefante narra que, uma vez, existiu um
āsura (demônio) com todas as características de um elefante, chamado Gajāsura, que estava praticando
austeridades (ou tapas). Xiva, satisfeito por esta austeridade, decidiu dar-lhe, como recompensa, qualquer
coisa que ele pedisse. O demônio desejou emanar fogo continuamente do seu próprio corpo. Desse modo,
ninguém poderia se aproximar dele. Xiva concedeu o que foi pedido. Gajasura continuou sua penitência e
Xiva, que aparecia a ele de tempos em tempos, perguntou, mais uma vez, o que desejava. O demônio
respondeu: "desejo que você habite meu estômago."
Xiva atendeu até mesmo a este pedido e, então, passou a residir no estômago do demônio. De fato, Xiva
também é conhecido como Bhola Śaṅkara porque é uma deidade facilmente agradada; quando está
satisfeito com um devoto, concede-lhe o que for pedido e, isso, de tempos em tempos, gera situações
particularmente intrincadas. Por esse motivo Durgā, sua esposa, procurou por ele em todos os lugares sem
obter resultado algum. Como último recurso, foi a Viṣṇu pedir a ele que encontrasse seu marido. Viṣṇu,
que conhece a tudo, respondeu: "Não se preocupe; seu marido é Bhola Śankara e prontamente garante aos
seus devotos tudo o que eles pedem, sem se preocupar com as consequências; acho que ele se meteu em
l bl V b "
algum problema. Vou procurar saber o que aconteceu."
Uma história menos conhecida do Brahma Vaivarta Purana narra uma versão diferente do nascimento de
Ganexa. Pela insistência de Xiva, Durgā jejuou por um ano (punyaka vrata) para propiciar Viṣṇu para que
lhe desse um filho. O Senhor Kṛṣṇa, após o fim do sacrifício, anunciou que ele mesmo encarnaria como
seu filho em cada kalpa (era). Então, Kṛṣṇa nasceu para Durgā como uma charmosa criança. Esse evento
foi celebrado com grande entusiasmo e todos os deuses foram convidados para olhar o bebê. Porém Śani, o
filho de Sūrya, hesitou em olhar ao bebê pois é dito que o olhar de Shani é prejudicial. Porém Durgā
insistiu que ele olhasse para o bebê, então Shani o fez, e imediatamente a cabeça da criança caiu e voou
para Goloka. Vendo Xiva e Durgā feridos de aflição, Viṣṇu montou em Garuḍḍa, sua águia divina, e
apressou-se para a ribeira do rio Puṣpa-Bhadra, donde ele trouxe a cabeça de um jovem elefante. A cabeça
do elefante se juntou com o corpo do filho de Durgā, revivendo-o. A criança foi chamada Ganexa e todos
os deuses abençoaram Ganexa e desejaram a ele poder e prosperidade.
Outras versões
Outro conto do nascimento de Ganexa relata um incidente no qual Xiva matou Aditya, o filho de um sábio.
Porém Xiva restaurou a vida ao corpo da criança morta, mas isso não conseguiu pacificar o sábio
enfurecido Kaśyapa, que era um dos sete grandes ṛṣis. Kaśyapa amaldiçoou Xiva e declarou que o filho de
Xiva perderia sua cabeça. Quando isto aconteceu, a cabeça do elefante de Indra foi colocada em seu lugar.
Outra versão diz que em uma ocasião, a água de banho usada de Durgā foi jogada no Ganges e esta água
foi bebida por Malini, a Deusa com cabeça de elefante, que logo após deu à luz um bebê de quatro braços e
cinco cabeças de elefante. Gangā, a Deusa do rio o reivindicou como seu filho, mas Xiva declarou que ele
era filho de Durgā, reduziu suas cinco cabeças a uma e o empossou como o Controlador de obstáculos
(Vigneśvara).
Ganexa o escrivão
Na primeira parte do poema épico Mahābhārata, está escrito que o sábio Vyāsa pediu para Ganexa que
transcrevesse o poema enquanto ele ditava. Ganexa concordou, mas somente na condição de que o sábio
Vyāsa recitasse o poema sem interrupções ou pausas. O sábio, por sua vez, colocou a condição que Ganexa
não teria somente que escrever, mas também entender tudo o que ele escutasse antes de escrever. Dessa
forma, Vyāsa se recuperaria um pouco de seu falatório cansativo ao simplesmente recitando um verso bem
difícil que Ganexa não conseguisse entender rapidamente. Começou o ditado, mas no corre-corre de
escrever, a caneta de Ganexa se quebrou. Então ele quebrou uma de suas presas e a usou como caneta, só
assim a transcrição pôde prosseguir sem interrupções, permitindo a ele manter sua palavra.
Ganexa e Paraśurama
Um dia Paraśurama, um avatar de Viṣṇu, foi fazer uma visita a Xiva, mas no caminho ele foi bloqueado
por Ganexa. Paraśurama lançou seu machado em direção a Ganexa, e Ganexa (sabendo que esse machado
foi dado a ele por Xiva) se deixou golpear e perdeu sua presa como resultado.
Ganexa e a Lua
Dizem que certa vez, Ganexa após ter recebido de muitos de seus devotos uma enorme quantidade de
doces (Modak), para poder digerir melhor essa incrível quantidade de comida, decidiu ir passear. Ele
montou em seu rato, que utiliza como veículo, e foi adiante. Foi uma noite magnífica e a lua estava
resplandecente. De repente, uma cobra apareceu do nada e assustou o rato, que pulou e tirou Ganexa de
sua montaria. O grande estômago de Ganexa foi empurrado contra o chão com tanta força que sua barriga
abriu e todos os doces que ele comeu foram espalhados a seu redor. No entanto, ele era muito inteligente
para se enraivecer por causa deste pequeno acidente e, sem perder tempo em lamentações inúteis, ele tentou
remediar a situação da melhor maneira possível. Ele pegou a cobra que causou o acidente e a usou como
cinturão para manter seu estômago fechado e reparar o dano. Satisfeito com essa solução, ele remontou em
seu rato e continuou sua excursão. Candradeva (O Deus da Lua) observou toda aquela cena e caiu na
gargalhada.
Ganexa, sendo de temperamento curto, amaldiçoou Candradeva por sua arrogância e quebrando uma de
suas presas, a atirou contra a lua, partindo em duas sua luminosa face. Então ele a amaldiçoou, decretando
que qualquer um que olhasse para a lua teria má sorte. Escutando isso, Candradeva percebeu sua loucura e
pediu perdão para Ganexa. Ganexa cedeu e como uma maldição não pode ser revocada, ele apenas a
abrandou. A maldição então ficou sendo de que a lua iria minguar em intensidade a cada quinze dias e
qualquer um que olhar para a lua durante o Ganexa Caturthi teria má-sorte. Isto explica porque, em certos
momentos, a luz da Lua diminui, e então começa gradualmente a reaparecer; mas sua face só aparece por
completo somente por um curto período de tempo.
Ganexa retornou a seu pai, que perguntou a ele como conseguiu terminar a
corrida tão rapidamente. Ganexa contou a ele de seu encontro com Narada e do
conselho do Brahmin. Xiva, satisfeito com essa resposta, declarou seu filho Estátua de Ganexa
com uma flor
como vencedor e, daquele momento em diante, ele foi aclamado com o nome de
Gaṇapati (Condutor do exército celestial) e Vinayaka (Senhor de todos os seres).
O apetite de Ganexa
Ganexa é conhecido também como o destruidor da vaidade, egoísmo e orgulho.
Um conto, retirado dos Puranas, narra que Kubera, o tesoureiro do Svarga (paraíso) e deus da riqueza, foi
ao monte Kailaśa para receber o darśana (visão) de Xiva. Como ele era extremamente vaidoso, ele
convidou Xiva para um banquete na sua fabulosa cidade, Alakapuri, assim ele poderia demonstrar a ele
toda sua riqueza. Xiva sorriu e disse para ele: "eu não poderei ir, mas você pode convidar meu filho
Ganexa. Mas eu o advirto que ele é um comilão voraz." Inalterado, Kubera sentiu-se confiante que ele
poderia satisfazer mesmo tal insaciável apetite de Ganexa, com suas opulências. Ele levou o pequeno filho
de Xiva com ele para sua grande cidade. Lá, ele lhe ofereceu um banho cerimonial e o vestiu em roupas
suntuosas. Após esses ritos iniciais, o grande banquete começou. Enquanto os serventes de Kubera estavam
trabalhando duramente para trazer as porções de comida, o pequeno Ganexa apenas continuava a comer e
comer... Seu apetite não diminuiu mesmo quando devorou até a comida destinada aos outros convidados.
Não havia tempo para substituir um prato por outro porque Ganexa já havia devorado tudo, e com gestos
de impaciência, continuava esperando por mais comida. Tendo devorado tudo o que havia sido preparado,
Ganexa começou a comer as decorações, os talheres, a mobília, o lustre... Apavorado, Kubera se prostrou
diante do pequeno onívoro e suplicou para que deixasse para ele pelo menos, o resto do palácio. "Eu estou
com fome. Se você não me der mais nada pra comer, eu comerei até você!", ele disse a Kubera.
Desesperado, Kubera correu para o monte Kailaśa para pedir a Xiva que remediasse a situação. O Senhor
então deu a ele um punhado de arroz tostado, dizendo que somente aquilo poderia satisfazer Ganexa.
Ganexa já tinha sugado quase toda a cidade quando Kubera retornou e deu a ele o arroz. Com isto,
finalmente Ganexa se satisfez e se acalmou.
Ressurgimento da popularidade
naquela época sugeriram a ação capilar como uma explicação para este fenômeno. Permanecia um mistério
o porquê do fenômeno não haver se repetido até que o mesmo ocorresse novamente em 21 de agosto de
2006. Agora a questão é por que o fenômeno se repetiu.
O livro Ganesha, Remover of Obstacles, de Manuela Dunn Mascetti, é outra de muitas fontes que
testemunham o Milagre hindu do leite.
Popularidade de Ganexa
Ganexa possui duas Siddhis (simbolicamente representadas como esposas ou consortes): Siddhi (sucesso) e
Riddhi (prosperidade). É amplamente acreditado que "onde quer que esteja Ganexa, lá existe Sucesso e
Prosperidade" e "onde quer que haja Sucesso e Prosperidade, lá está Ganexa". É por isso que Ganexa é
considerado como aquele que traz boa sorte, e a razão pela qual ele é invocado primeiro antes de qualquer
ritual ou cerimônia. Seja ela o Diwali Puja, ou uma nova casa, novo transporte, antes de uma prova
estudantil, antes de entrevistas para emprego, é para Ganexa que se ora, porque acredita-se que ele irá vir
para ajudar e garantir sucesso em qualquer empreitada.
Ganexa é venerado como Vinayaka (culto) e Vighneśvara (removedor de obstáculos). Acredita-se que ele
abençoa aqueles que meditam sobre ele. Ganexa, na astrologia, ajuda as pessoas a saber o que pode ser
alcançado e o que não pode.
Os nomes de Ganexa
Assim como outras Murtis hindus (ou deuses e deusas), Ganexa tem
muitos outros títulos de respeito ou nomes simbólicos, e é
frequentemente venerado através do canto dos sahasranama, ou mil
nomes. Cada um é diferente e carrega um sentido diferente,
representando um aspecto diferente do deus em questão. Quase todos os
deuses Hindus têm uma ou duas versões aceitas de suas próprias
liturgias dos mil nomes (sahasranam).
Outra murti muito amada é a Bala Gajanana ou Bala Ganexa (literalmente, pequeno Ganexa ou bebê
Ganexa), na qual um Ganexa bem jovem com uma pequena tromba e grandes olhos é representado nos
braços de seus Pais Divinos, ou enquanto ele docemente abraça o Lingam, o símbolo de Xiva.
O Ganexa Puraṇa, um importante texto dos Gaṇapatyas, nos dá uma lista dos doze principais nomes do
deus-elefante. Esses nomes devem ser pronunciados antes de qualquer ritual. Eles são o seguinte:
Além desses, existem mais nomes que constituem os 21 nomes de Ganexa, utilizados durante o Puja.
Oferenda de flores e arroz acompanham os 21 nomes de Ganexa (eka viśanti nama).
Galeria de imagens
Notas
1. ↑ Ao contrário da opinião popular, o hinduísmo védico "primitivo" não era politeísta nem
monoteísta, porém é melhor identificado como uma religião henoteísta: as diferentes
manifestações e formas de Deus (entre as quais os avatares e os devas) são considerados
infinitas emanações de Brahman (o princípio impessoal da realidade do qual todos os
mundos e seres derivam) criadas para tornar Brahman acessível para o homem.
Referências
1. Séguier 1990.
2. Oliveira 1952, p. 64.
3. «MW Cologne Scan» (https://www.sanskrit-lexicon.uni-koeln.de/scans/csl-apidev/servepdf.p
hp?dict=MW&page=343). www.sanskrit-lexicon.uni-koeln.de. Consultado em 18 de junho de
2021
2021
Bibliografia
Oliveira, João Baptista Carvalho de; Júnior, Séguier, Jaime de; Lello, José. «Ganexa».
Redondo (1952). Tai-Hei: três meses no Dicionário prático ilustrado: novo dicionário
Oriente. Lisboa: Editorial-Século enciclopédico luso-brasileiro. Porto: Lello &
Irmão
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