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Elucidando 6

CHACRAS

CESAR DE SOUZA MACHADO


Cesar de Souza Machado 2

Elucidando Chacras
3ª Edição – Maio de 2020

Cesar de Souza Machado


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Elucidando Chacras
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Conteúdo

4 | Apresentação
5 | Introdução
7 | Bioenergias
9 | Principais chacras
12 | Outros chacras
13 | Chacras ao longo da história
17 | Diferentes interpretações
18 | Dinâmicas dos chacras
19 | Rotação dos chacras e bioenergias
21 | Chacras, nadis e jings
22 | Percepção dos chacras
23 | Ativação dos chacras
24 | Bija-mantras
25 | Bloqueios e desbloqueios
27 | Chacra dominante
29 | Preconceitos quanto aos chacras
30 | Mitos e equívocos comuns sobre os chacras
32 | Algumas conclusões
33 | Miniglossário
34 | Série Elucidando
37 | Outras obras do autor
38 | Sobre o autor

Elucidando Chacras
Cesar de Souza Machado 4

Apresentação

rezado Leitor,

P A série de livros Elucidando foi criada para divulgar temas nas áreas do
parapsiquismo e espiritualidade de forma clara e objetiva.
Nesse volume são apresentadas de forma clara e objetiva os chacras, centros
energéticos localizados nos corpos sutis da consciência. No oriente, os chacras são
conhecidos e foram descritos desde a antiguidade. No ocidente, somente com a
tradução de antigos textos provenientes da Índia, no início do século XX, o tema passou
para o domínio público. Apesar disso, passados quase 100 anos dessas primeiras
traduções, o assunto ainda gera muita polêmica. O objetivo desse e-book é
proporcionar ao leitor as informações necessárias para que ele tenha uma visão
abrangente sobre os chacras e proporcionar uma base para que possa, posteriormente,
estender os seus estudos e autopesquisas.

Tenha um bom proveito e, em caso de dúvidas, entre em contato com esse autor por
meio dos endereços disponibilizados no corpo do livro.

Cesar de Souza Machado


Agosto de 2018
cesardesouzamachado@gmail.com

Elucidando Chacras
Cesar de Souza Machado 5

Introdução 1
Vivemos em uma realidade energética. Todos os seres vivos absorvem, processam e
exteriorizam energia o tempo todo. A ciência oficial somente admite que isso ocorra
com relação às energias eletromagnéticas, que são intrafísicas, e que podem ser
detectadas e medidas pela instrumentação hoje existente.

Sabemos que, além do corpo físico, possuímos outros corpos constituídos por matéria
sutil. Esses corpos mobilizam energias igualmente sutis, absorvendo-as e exteriorizando-
as. Essa mobilização é natural e automática, mas também pode ser controlada pela
vontade.

A absorção e exteriorização das energias sutis ou bioenergias pode ocorrer por todas as
partes do corpo, mas com frequência elas são concentradas em determinados centros
energéticos específicos chamados chacras (ou chakras, no idioma inglês).

A palavra chacra (ou chakra em inglês) vem do


sânscrito (uma língua originária da Índia) e
significa “roda”, “disco”, “centro” ou “plexo”,
sendo usada para descrever centros ou
vórtices energéticos existentes em pessoas e
outros seres do reino animal.

Os chacras são centros de fluxo bioenergético


que fazem parte da estrutura energética dos
seres vivos. Então, tanto pessoas como
animais possuem chacras. Sua função é
absorver energias sutis, (extrafísicas) e
distribuí-las pela estrutura bioenergética da
consciência e também exteriorizá-las.

Yogue e seus chakras, Punjab


Hills, Kangra, Índia National
Museum, final do século XVIII

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SINÔNIMOS DE CHACRA
Acelerador extrafísico de frequência; biovórtice; vórtice de energia; centro de
energia; ādhāra; lakṣya; centro vital; canal energético; centro bioenergético;
centro de força; centro microcósmico; centro sensorial; centro vital; círculo de
energia; cone de energia; disco energético; fulcro de força; khorlos; lótus;
macrovórtice energético; nó energético; núcleo energético; órgão chácrico;
padma; porta vital; roda; transdutor vital; vórtice de energia.

Sapta Chakra, ilustração


de um manuscrito do início
do século XIX, mostra o que
seria a correspondência
entre a energia sutil e a
psicofisiologia tibetana

Elucidando Chacras
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Bioenergias 2
O termo bioenergia foi usado inicialmente pelo médico e psicanalista austríaco Wilhelm
Reich para descrever as energias sutis existentes no corpo humano, sendo hoje
empregado de forma genérica em diversos países como o Brasil para designar uma
forma de energia que é extrafísica e que está intimamente relacionada a todos os seres
vivos.

A bioenergia está por trás e explica uma série de fenômenos tais como: a cura
energética, a acupuntura, os acoplamentos energéticos, a aura, os chacras, entre
outros.

Muitas culturas ao longo da história empregaram termos diferentes para descrever as


bioenergias: acasa, axé, bioplasma, chi ou qi, energia astral, energia biopsíquica, energia
metapsíquica, energia vital, entropia negativa, fluido magnético, fluido psíquico, fluido
vital, força etérica, força vital, libido, luz astral, magnetismo animal, od, orgônio, prana,
sincronicidade, etc.

As bioenergias podem ser classificadas em dois tipos básicos: imanentes e conscienciais.

TIPOS FUNDAMENTAIS DE BIOENERGIAS


• Energias Imanentes (EI): É um tipo de bioenergia presente em toda parte,
na Terra e fora dela, permeando a matéria intrafísica e outras dimensões
espaciais, extrafísicas. Existem vários tipos de EI, conforme sua
proveniência: da vegetação, do solo, do ar, da água, do espaço cósmico.
• Energia ConscienciaI (EC): É um tipo de bioenergia produzida pelas
consciências intrafísicas e extrafísicas na medida que absorvem energias
imanentes, processam-nas e as exteriorizam, imprimindo nas mesmas
seus padrões pessoais de pensamentos e sentimentos.

Elucidando Chacras
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Tanto EIs como ECs passam por processos de diferenciação que alteram seu teor,
frequência e intensidade, conforme o meio ambiente ou às consciências que as
produzem. Enquanto as energias imanentes são neutras e quase sempre são positivas
para as pessoas, as energias conscienciais, por possuírem os padrões de pensamentos e
sentimentos de quem as produziu, podem ser positivas, neutras ou negativas para as
pessoas que as absorvem.

Os chacras estão diretamente relacionados a esse processo de diferenciação energética.


Eles absorvem, separam e distribuem as energias imanentes do meio ambiente,
transformando-as em energias conscienciais, assim como mantêm transferências
energéticas com outras consciências e seres vivos.

Na figura acima, as EIs, por serem neutras, são representadas como círculos, ao
posso que as ECs, por terem padrões diversos, são representados com outras
formas. O holossoma é o conjunto de todos os corpos da consciência e a holosfera
é o campo pessoal de energias também conhecido por aura

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Principais chacras 3
Supõe-se que existam cerca de 88 mil chacras distribuídos pelo holossoma. Contudo,
apenas 30 são considerados suficientemente importantes para receberem um nome.

Entre esses 30 chacras, no ocidente, 7 foram consagrados como principais, chamados


por isso de chacras magnos. Esses chacras, segundo se crê, são o que mais influenciam
nos processos bioenergéticos, pois exteriorizam e absorvem energias sutis
praticamente o tempo todo. Quatro deles se situam no tronco, dois na cabeça e um no
pescoço. Esse sistema, contudo, é apenas um dos muitos existentes.

Alguns autores classificam os chacras principais conforme o padrão de energias que


mobilizam. Os chacras superiores operam com bioenergias mais sutis, os intermediários
operam com energias relacionadas a emoção e os chacras inferiores operam com
energias mais densas relacionadas aos processos intrafísicos mais básicos, tais como
sobrevivência, alimentação e reprodução.

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1 - Sexochacra: Relaciona-se as energias sexuais e a reprodução humana;

2 - Umbilicochacra: Processa energias densas da vida intrafísica se relacionando com as


funções fisiológicas da digestão e absorção dos alimentos. Também se relaciona
intimamente com as energias densas típicas das questões materiais, tais como a
agressividade, a competição, as disputas, a posse de bens materiais;

3 - Esplenicochacra: Localizado na região do baço, mobiliza energias sutis. Se relaciona


com a distribuição de energias para outros chacras e estruturas do holossoma;

4 - Cardiochacra: Relaciona-se com as energias mobilizadas pelos sentimentos e pelas


emoções;

5 - Laringochacra: Mobiliza energias relacionadas a comunicação intrafísica (fala) e


extrafísica (clariaudiência);

6 - Frontochacra: Processa energias sutis e se relacionam com a clarividência;

7 - Coronochacra: Situado no topo do crânio, é voltado para o alto. Mobiliza as energias


mais sutis, relacionadas a racionalidade e ao mentalsoma. Assimila os estímulos dos
planos superiores e orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo
orgânico e a vida consciencial. Todos os demais chacras são influenciados pelas energias
mobilizadas pelo coronochacra.

Os chacras podem ser


divididos em três grupos
conforme o padrão
de energias que
mobilizam

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Ilustração do livro The Chacras publicado por Leadbeater em 1927 mostra os


chacras principais e os plexos (rede ou interconexão de nervos, vasos
sanguíneos ou linfáticos) no corpo físico relacionados

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Outros chacras 4
No ocidente, os demais chacras são classificados como secundários, seja porque
mobilizam menos as bioenergias, seja porque não é possível relacioná-los com órgãos
ou glândulas do corpo humano. Não obstante, esses chacras são importantes para
inúmeros processos bioenergéticos. Entre esses chacras, citaremos os mais conhecidos.

• Chacra raiz. Localizado na base da coluna, voltado para o chão, é responsável por
absorver geoenergias (energias do solo). Alguns sistemas adotam esse como o 7º
chacra, excluindo o esplênicochacra, ao passo que outros sistemas consideram o
esplênicochacra e desconsideram o chacra raiz, se referindo, nesse caso, ao
sexochacra como o 7º chacra.

• Palmochacras. Localizados nas palmas das mãos, são relacionados a exteriorização


de bioenergias por elas.

• Plantochacras. Localizado nas plantas dos pés, também são responsáveis ela
absorção de geoenergias.

• Chacra Nucal. Localizado na região da nuca-cerebelo, se relaciona aos processos


mediúnicos, principalmente o acoplamento com consciências extrafísicas.

• Chacra Umeral. Localizado nas omoplatas, tal como o chacra nucal, também se
relaciona aos processos mediúnicos.

• Chacras da parte de trás do corpo. No tronco, existem chacras na parte anterior (na
frente), citados no capítulo anterior e na parte posterior (atrás), tais como o
esplênicochacra posterior, o cardiochacra posterior e o umbilicochacra posterior,
esse último também conhecido como Meng Mein.

Alguns autores costumam relacionar os chacras da parte posterior do corpo com os


sentimentos e os da parte anterior com a vontade.

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Chacras ao longo da história 5


Descrever a história dos chacras ao longo do tempo não é uma tarefa trivial. Existem
muitas referências sobre o assunto, mas geralmente limitadas, conflitantes e até
equivocadas. A maioria dos autores não costuma abordar esse assunto, mas ele é
importante para se entender como chegamos ao conceito que hoje temos sobre os
chacras.

Antiguidade

Por volta de 1500 a.C. foram escritos na Índia 4 livros conhecidos por Vedas (Rigveda,
Yajurveda, Samaveda e Atarvaveda). Posteriormente, por volta de 800 a.C., começaram
a surgir os primeiros Upanishads, cerca de 108 livros contendo comentários sobre os
Vedas. Séculos depois, em dois pequenos Upanishads, entre os últimos a serem
escritos, chamados Brahma Upanisad e Yogatattva Upanisad, surgiram as primeiras
menções conhecidas sobre os chacras. Esses primeiros textos influenciaram tanto o
budismo tibetano na tradição Vajrayana quanto o hinduísmo através da tradição Sakta,
consistindo essa última, em várias subtrações esotéricas do hinduísmo, denominadas
Tantras, que se desenvolveram em meados do primeiro milênio d.C.

TEXTOS ANTIGOS
Os primeiros textos influenciaram tanto o budismo tibetano na tradição
Vajrayana quanto o hinduísmo através da tradição Sakta, consistindo essa
última em várias subtrações esotéricas do hinduísmo denominadas Tantras,
que se desenvolveram em meados do primeiro milênio d.C.

Siddhartha Gautama, o Buda (aproximadamente 563 a.C. a 483 a.C.) não mencionou os
chacras em seus ensinamentos diretamente, entretanto, suas várias práticas de atenção
plena são essencialmente exercícios com os chacras.

As menções seguintes aos chacras surgiram no Mahabharata, um texto épico Indú,


provavelmente escrito entre os séculos II a.C. e II d.C. e, mais tarde, por volta de 150
d.C., nos Yoga Sutras de Patanjali, considerado o codificador do Yoga clássico.

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Idade média

Após surgir na Índia, o budismo se expandiu e se


diversificou em diversas linhas. Os chacras passaram
a desempenhar um papel importante nas práticas do
budismo Tibetano. No budismo chinês da linha
Mahayana, o sistema de chacras passou a ser
ensinado em combinação com o Tai-Chi, o Qi-Gong
entre outras práticas. Chineses, coreanos,
vietnamitas, e outros povos do sudeste asiático
passaram a reconhecer três chacras principais:
dantian inferior (no abdômen inferior), dantian
médio (no peito) e dantian superior (na cabeça).

Entre 600 e 1300 d.C., com base nas primeiras


escrituras, o conceito de chacras tornou-se parte de
um conjunto complexo de ideias relacionadas à
anatomia esotérica. Essas ideias passaram a ser
veiculadas com mais frequência em uma classe de
textos numerosa e variada chamada Āgamas ou
Tantras. Assim, os chacras passaram a ser abordados
nas práticas do que hoje chamamos Tantra Yoga.

Após 900 d.C. cada um dos muitos ramos do Tantra


articulou sistemas de chacras diferentes, em alguns
ramos mais de um. Surgiram textos com sistemas de
cinco, seis, sete, nove, dez, doze, vinte e um ou mais
chacras. Com o tempo, um sistema de 6 ou 7 chacras
ao longo do eixo do corpo tornou-se o modelo
dominante, adotado pela maioria das escolas do
Yoga.

Atribui-se a Gorakhnath, um Maha-yogi (grande


Yogi) que viveu por volta do século X, informações Os 7 chacras principais
sobre como despertar e meditar sobre os chacras. Anodea Judith
Sacredcenters.com

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Idade Moderna

Em 1577, um sábio indiano chamado Pūrṇānanda Yati, do qual pouco se sabe, publicou
um texto chamado Ṣaṭ-chakra-nirūpaṇa (literalmente, Explicação dos Seis Chacras) que
se tornou rapidamente muito respeitado. Séculos mais tarde, ao ser traduzido para o
inglês, essa obra influenciou muito o conceito ocidental de chacras.

No ocidente, apesar de ser possível traçar paralelos


entre alguns conceitos de Sócrates descritos por
Platão com certos chacras, somente em 1696, o
filósofo alemão Johann Georg Gichtel (1638 - 1710)
descreveu em sua obra, Theospophia Practica, cerca
de sete centros secretos de energia existentes no
corpo humano. Essa é considerada a primeira
referência escrita no ocidente acerca dos chacras.

Idade contemporânea

Entre meados do século XIX e no início do século XX,


os países europeus, em especial a Inglaterra e os
EUA, colonizavam a maior parte do mundo, impondo
aos países conquistados seu idioma e cultura. As
tradições do passado desses países, tal como Índia e
Ilustração de
China, eram herméticas e incompreensíveis para os
Theosophia Pratica,
colonizadores. Amsterdam, 1696

Em 1919, o inglês John George Woodroffe (1865-1936), publicou sob o pseudônimo


Arthur Avalon, o livro The Serpent Power, uma tradução e comentários sobre dois
textos indianos, o Padaka-Pancaka e o Sat-Cakra-Nirupana. Os sistemas de chacras
descritos nesses livros se popularizaram no ocidente.

Em 1927, Charles Webster Leadbeater (1847-1934), um sacerdote da Igreja Católica


Liberal e teosofista, publicou seu famoso livro, The Chakras, no qual adotou os
conceitos tradicionais do tantra e da cultura religiosa indiana, mas interpretando-os
para ajustá-los ao pensamento da época.

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Ilustrações dos 7 chacras


principais do livro The Chakras,
publicado por Leadbeater em
1927

Devido ao processo cultural, a visão ocidental sobre os chacras, que corresponde


apenas a um dos vários sistemas descritos nas antigas tradições, passou a ser
dominante nos próprios países onde os conceitos originalmente surgiram e se
desenvolveram, como a Índia, China e Tibet.

Por fim, no final do século XX o moderno conceito de chacras, estava bem difundido em
todo o mundo, com muitos livros sobre o assunto e, mais tarde, na Internet.

Sistema Oriental Sistema Ocidental Sistema da


da Índia de Leadbeater Conscienciologia

Coronochacra Coronochacra Coronochacra

Frontochacra Frontochacra Frontochacra

Laringochacra Laringochacra Laringochacra

Cardiochacra Cardiochacra Cardiochacra

Umbilicochacra Esplênicochacra Esplênicochacra

Sexochacra Umbilicochacra Umbilicochacra

3 sistemas de 7 chacras Raíz Raíz Sexochacra


para se usar

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Diferentes interpretações 6
Atualmente não existe um consenso a respeito dos chacras:

• Quantos chacras existem?


• Quais chacras são os mais
importantes?
• Quais chacras devem ter o
desenvolvimento priorizado?
• Qual sistema de chacras é o mais
correto?
• As abordagens ocidentais sobre
chacras estão equivocadas?
• Com quais processos, intra e
extraconscienciais cada chacra se
relaciona?
• Qual é a real estrutura dos
chacras e como ela funciona?
• Qual é a melhor maneira de ativar
os chacras?
Ilustração tibetana mostra os 3 nadis
principais e um sistema de 5 chacras

No ocidente, um sistema com 7 chacras se consolidou e passou a ser dominante em


todo o mundo, inclusive na Índia e outros países da Ásia onde o conceito originalmente
surgiu.

No ocidente, os chacras são descritos de forma objetiva, como se fossem órgãos de um


corpo sútil. No oriente, conforme a tradição, os chacras devem ser trabalhados sob um
ponto de vista não objetivo, por meio da meditação. Por esse motivo, pessoas que
valorizam a tradição tendem a rejeitar as descrições ocidentais, atendo-se às antigas
escrituras. No ocidente, muitos autores, por sua vez, com pouca ou nenhuma
fundamentação passaram a criar seus próprios entendimentos acerca dos chacras.

Quem está com a razão? A complexidade dos chacras, descrita no capítulo seguinte
explica, pelo menos, parte das diferentes interpretações.

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Dinâmica dos chacras 7


Os chacras possuem uma estrutura complexa cujos principais aspectos são
apresentados a seguir.

Aparência. Na maioria das pessoas, cada chacra maior aparenta ter de 2 a 3


centímetros e fraca luminosidade. Vistos de frente, os chacras se apresentam na forma
de discos ou rodas achatadas contendo linhas espirais, apresentando uma coloração
variável assim como raios, também chamados pétalas no oriente, que emanam de seu
centro. Vistos de perfil, os chacras se assemelham a funis. A boca está na parte mais
externa, o ápice do cone fica praticamente ao nível da pele e o talo do vórtice termina
em algum ponto do interior do corpo físico. Essa forma, contudo, pode apresentar
variações conforme a idade, estado de saúde e mobilizações bioenergéticas, fazendo
com que os chacras se expandam ou se contraiam, entre outras possíveis modificações
em sua aparência.

Interligação. Internamente, os chacras se interligam a outras estruturas dos corpos


sutis que constituem o holossoma por meio de canais chamados nadis ou meridianos.

Giro. Os chacras apresentam um giro que pode ser:

• Dextrogiro: Quando um chacra gira no sentido horário, para a direita ou


dakshinavártena. Com isso, o chacra exterioriza energia para o ambiente;

• Sinistrógiro: Quando um chacra gira no sentido anti-horário, para a esquerda ou


vamavártena. Com isso, o chacra absorve energia do ambiente.

Raios

Haste Selos

Nadi Sushuma Espirais Boca

Representação tradicional da estrutura de um chacra localizado no tronco

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Cores. Os chacras podem assumir cores variadas conforme o estado emocional da


consciência. Atribuir cores fixas a eles, portanto, é incorreto na medida em que elas
podem mudar a todo instante. Quando bloqueados, os chacras apresentam coloração
escura ou pontos negros. Quando totalmente equilibrados apresentam-se todos com
coloração branca.

Raios. Cada chacra emana um certo número de raios do seu centro. Na tradição do
Yoga, esses raios são chamados de pétalas. A partir dos chacras inferiores, o número de
raios aumenta até chegar a centenas no chacra coronário.

Dimensões. Cada chacra pode mobilizar bioenergias de várias frequências e dimensões


diferentes, simultaneamente. Desse aspecto decorre o fato de que suas cores e
aparência podem varia muito de pessoa para pessoa.

Selos. Os selos são pequenas estruturas no interior dos chacras que atuam como
sensores ou filtros. Cada chacra possui 7 selos que permitem, cada qual, a passagem de
energia com um determinado padrão. Segundo textos tradicionais, a abertura dos selos
para permitir a entrada de determinados padrões energéticos é feita por meio da
meditação profunda.

Parachacras. Os chacras percebidos no


holossoma da consciência intrafísica tem
uma matriz que se situam no
psicossoma. Os chacras que percebemos
são os parachacras densificados pelo
energossoma, um corpo constituído por
matéria extrafísica mais condensada.
Podemos dizer, portanto, que cada
chacra corresponde a um parachacra do
psicossoma.

Evolução. As formas e características


luminosas dos chacras se ampliam com a
evolução consciencial. Quanto mais
evoluída a consciência, mais ela percebe
Sushuma, Ida e Pingala, os
e emprega com inteligência as funções três principais nadis
dos chacras.

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Rotação dos chacras e bioenergias 8


Os chacras absorvem e exteriorizam bioenergias. Esses processos estão relacionados
com o seu sentido de rotação. Há muita confusão acerca desse aspecto.

Diversos autores descrevem sistemas segundo os quais os chacras devem girar todos
em um determinado sentido, em sentidos alternados conforme o chacra, ou ainda,
conforme o sexo da pessoa. O sentido em que os chacras giram está relacionado com o
fluxo da mobilização de bioenergias. Assim, parece ser correto um sistema em que os
chacras possam girar em qualquer sentido, de forma isolada ou conjuntamente,
conforme as circunstâncias, sem que isso represente um problema para o equilíbrio da
saúde do corpo ou da própria consciência. O giro ocorre de forma natural e automática,
mas esse movimento pode ser controlado na medida que exercitamos a absorção e
exteriorização energética por eles usando a vontade.

Quando um chacra gira no sentido horário, sob o ponto de vista da própria pessoa,
como se ela observa-se um relógio posto na sua frente, o chacra exterioriza energia
para o ambiente. Da mesma forma, quando um chacra gira no sentido anti-horário, ele
absorve energia do ambiente.

Sentido do giro

Exteriorização Absorção
de bioenergias de bioenergias

Giro dos chacras e fluxo das bioenergias. Sob o ponto de vista um observador
externo, o sentido é o oposto do descrito no parágrafo anterior

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Chacras, nadis e jings 9


Na estrutura bioenergética de nossos corpos sutis existem milhares de pontos por onde
as energias entram e saem. Podemos entender esses pontos como microchacras que
também mobilizam bioenergias.

Na cultura chinesa, canais que conduzem bioenergias no holossoma são chamados


meridianos ou Jīng Luò, cuja terminação, na superfície do corpo constituem os pontos
da acupuntura, sendo amplamente citados na literatura, pelo menos, desde 500 a.C.

Na cultura indiana, esses canais são chamados nadis. A palavra nadi vem do sânscrito
(uma língua originária da Índia) e significa “canaleta”, “córrego”, ou “fluxo do nada”. Na
cultura indiana, nadis são os canais pelos quais circula o prana (bioenergia) no interior
do corpo, partindo do centro dos chacras e fluindo desses para a periferia do corpo, se
tornando cada vez mais finas.

Não existe um consenso sobre qual seria o número de nadis no corpo humano. No
tratado Shiva Samhita, escrito no século XVIII, seriam 350 mil e no Hatha Yoga
Pradipika, uma obra mais antiga escrita no século XIV, seriam 72 mil.

Seja como for, nas práticas do Yoga


geralmente são mencionadas apenas os três
nadis principais: Sushumna, Ida e Pingala.
Esses nadis se estendem do chacra raiz, na
base da coluna vertebral, até o coronochacra,
no alto da cabeça, e que se relacionam ao
despertar da kundalini.

Enquanto na cultura indiana se dá ênfase aos


nadis que levam ao despertar da kundalini, na
cultura chinesa os meridianos são divididos em
vários grupos com foco nas intervenções
terapêuticas.

Hua Shou, uma expressão


dos 40 meridianos,
Tokyo, 1716.

Elucidando Chacras
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Percepção dos chacras 10


Os chacras podem ser percebidos de três maneiras:
• Pela clarividência;
• Por sensações energéticas que provocam no holossoma;
• Por sensações que provocam no corpo físico.

A clarividência ou paravisão é a capacidade de ver além dos olhos físicos que possibilita
a percepção de aspectos das bioenergias e detalhes da estrutura dos corpos sutis que
constituem o holossoma. Para perceber os chacras dessa maneira, é preciso ter essa
faculdade parapsíquica bem desenvolvida. Mesmo assim, a diversidade de aparências
com que os chacras podem se apresentar, com variações de cores, formatos e
tamanhos, entre outros aspectos, gera muitas representações que não podem ser
generalizadas para todas as pessoas.

Para pessoas sensíveis as bioenergias, a ativação dos chacras, assim como a


exteriorização e absorção de energias por eles podem ser mais facilmente notadas na
estrutura do holossoma. Deve-se observar que, devido a diferentes densidades de
energias mobilizadas pelos chacras, nem sempre é possível percebê-los claramente,
mesmo para pessoas sensitivas.

Por fim, certos fluxos de bioenergias podem impressionar o energossoma de tal forma
que esse imprime sensações físicas nos locais em que se localizam os chacras. Por
exemplo, é relativamente comum pessoas sentirem pressão ou o pulsar da testa na
posição do frontochacra ou nas palmas das mãos, onde se localizam os palmochacras,
esquentarem muito.

A ativação dos palmochacras


pode ser percebida na forma
de pulsações ou aumento de
temperature nas palmas das mãos

Elucidando Chacras
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Ativação dos chacras 11


Ativar um chacra pode ser entendido como fazer com que um chacra opere
normalmente ou de forma intensificada quanto a mobilização das bioenergias. Um
chacra ativado faculta o bem-estar e os melhores desempenhos das capacidades
pessoais.

Os chacras podem ser ativados naturalmente na medida que a pessoa tenha uma vida
saudável e procure usar bem seus potenciais. Bloqueios e uma rotina mais sedentária
podem reduzir a mobilização de energias pelos chacras advindo, então, as justificativas
para ativá-los propositadamente.

Tradicionalmente isso é feito por meio da meditação em um chacra específico ou se


entoando mantras. Outra forma de fazer isso é usando à vontade para absorver e
exteriorizar bioenergias de forma intensa durante alguns minutos. Esse tipo de exercício
é chamado respiração ou pulsação dos chacras.

Assim, por exemplo, o frontochacra pode ser ativado a fim de estimular a ocorrência da
clarividência. Normalmente, para um iniciante, não basta fazer esse exercício uma única
vez. É preciso praticar essa ativação regularmente, às vezes, por longo período até
atingir os resultados desejados. Outra forma indireta de ativar os chacras é praticando a
técnica do Estado Vibracional regularmente. Veja como fazer isso em Elucidando o
Estado Vibracional.

A ativação de um chacra pode ativar o outro, pois eles se interligam por meio dos nadis.

Ilustração do livro O Segredo


da Flor da Flor Dourada:
A ativação do dantian médio
(umbilicochacra) por meio da
meditação

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Bija-mantras 12
O termo Mantra provem do idioma sânscrito man (mente) e tra, (controle ou proteção),
significando "instrumento para conduzir a mente". O mantra é uma fórmula que
constitui em uma ou mais sílabas, palavras ou frases que podem ser pensadas, recitadas
ou cantadas repetidamente de forma a auxiliar a concentração durante a meditação.
Mantras evocam determinados padrões de energia produzindo certos efeitos na
estrutura do holossoma do praticante.

Bija-mantra é um termo originário do sânscrito bija (semente) e mantra significando


mantra-semente. O bija-mantra é um mantra entoado e mentalizado (por meio da
meditação) especificamente em um chacra para lhe imprimir uma determinada
frequência vibratória ativando-o.

A figura apresentada a seguir mostra a típica associação entre 5 chacras principais e


seus respectivos bija-mantras. Contudo, é possível fazer outros tipos de associações,
ativando qualquer chacra com qualquer bija-mantra. Cada bija-mantra é associado a um
dos cinco elementos básicos da antiguidade Indú. Nesse esquema, não há elemento ou
bija-mantra típico para o coronochacra e o frontochacra. Observe ainda que em lugar
do esplênicochacra, o sistema tradicional emprega o chacra raiz.

Chacra Sanscrito Elemento Bija-mantra

Coronochacra Sahashara OM

Frontochacra Ajnã OM

Laringochacra Vishudda Eter (Céu) RAM

Cardiochacra Anahata Ar YAM

Umbilicochacra Manipura Fogo RAM

Sexochacra Swadhistana Água VAM

Raíz Muladhara Terra LAM

Elucidando Chacras
Cesar de Souza Machado 25

Bloqueios e desbloqueios 13
Os chacras são estruturas que permeiam todos os corpos da consciência, transferindo
bioenergias de diferentes tipos entre eles. Se interligam, portando, de forma
interdependente, com os diversos processos do holossoma influenciando-os e sendo
por eles influenciados. Todos os chacras devem estar desbloqueados para que possam
absorver e exteriorizar energia normalmente. Quando surgem bloqueios em um chacra,
eles afetam toda a estrutura do holossoma podendo, portanto, causar doenças no
corpo físico inclusive. Então, bloqueios nos chacras podem causar desequilíbrios
psíquicos, neurológicos, emocionais, endócrinos e, vice-versa, esses desequilíbrios
podem bloquear os chacras.
Grosso modo, podemos relacionar os tipos de bloqueios com certos chacras:
• Bloqueio no sexochacra: falta de desejo sexual;
• Bloqueio no cardiochacra: falta de afetividade;
• Bloqueio no laringochacra: deficiência na comunicação oral;
• Bloqueio no coronochacra: dificuldade com a racionalidade e pensamento crítico.

FORMAS PARA DESBLOQUEIO DOS CHACRAS


• Naturalmente, ao longo da rotina diária;
• Promovido por um terapeuta, especialista em assistência bioenergética;
• Realizado pela própria consciência, usando à vontade para absorver e
exteriorizar energia pelos chacras de forma intensa durante alguns
minutos ou simplesmente ativando o Estado Vibracional seguidamente.
Para o caso de bloqueios mais severos, pode ser preciso praticar esse
exercício diariamente por certo período.

O termo alinhamento dos chacras é usado com frequência para se referir a esses
procedimentos de desbloqueio. Há casos em que bloqueios afetam mais de um chacra.
Logo, o ideal é trabalhar todos eles de forma regular. Ativar regularmente o Estado
Vibracional é uma forma eficiente de fazer isso. Para saber mais sobre o Estado
Vibracional veja o volume Elucidando o Estado Vibracional.

Elucidando Chacras
Cesar de Souza Machado 26

O desbloqueio dos chacras pode ser feito por um


terapeuta, especialista em assistência bioenergética,
ou pela própria consciência, usando à vontade para
absorver e exteriorizar energia pelos chacras que
julgar estarem obstruídos, de forma intensa, durante
alguns minutos.

Pintura Nepalesa do século Antiga tapeçaria Tibetana


XVIII mostra o sistema de 7 mostrando um sistema de 6
chacras chacras

Elucidando Chacras
Cesar de Souza Machado 27

Chacra dominante 14
O predomínio de um chacra, ou seja, aquele cujas energias são mais fortes e
prevalecem por sobre os demais, é algo que ocorre com praticamente todas as pessoas.
Para uma pessoa comum, ele será o sexochacra ou o umbilicochacra, ambos
relacionados as questões humanas mais básicas: o sexochacra relacionado a atividade
sexual reprodutora e o umbilicochacra, relacionado a competição, posse e disputa por
recursos materiais e a tudo o que é relacionado a agressividade.

Ra com o disco solar, uma


possível representação do
Coronochacra, Egito, anterior a
1285 a.C.

Pessoas que priorizam menos os aspectos materiais que envolvem posse, disputas e
competição e que vivenciam outras emoções mais nobres poderão ter o predomínio do
cardiochacra.

Pessoas que priorizam a racionalidade acima de tudo, poderão ter o predomínio do


coronochacra.

Existem várias formas, geralmente de caráter bem duvidoso, para se determinar qual é
o chacra dominante: numerologia, radiestesia, preenchimento de questionários, etc. A
sugestão deste autor para determinar qual é o chacra dominante exige que a pessoa já
tenha certo grau de soltura do energossoma e que saiba ativar o Estado Vibracional.

Elucidando Chacras
Cesar de Souza Machado 28

Procedimento para o exercício de pulsação de chacras

1 – Dirija-se a um local tranquilo, livre de possíveis fontes de interrupção ou distração;

2 – Assuma uma postura confortável e escolha um chacra para ser trabalhado;

3 – Inicie o exercício concentrando toda a sua vontade em absorver intensamente


bioenergias do ambiente por esse chacra durante alguns segundos. Depois, inverta o
processo, exteriorizando bioenergias por esse chacra com a maior intensidade possível;

4 – Conte quantas absorções-exteriorizações serão realizadas até que um Estado


Vibracional seja ativado. Se a ativação não ocorrer, após certo número de repetições,
encerre o exercício.

5 – Repita o procedimento para os demais chacras, mas com um intervalo de algumas


horas ou, de preferência, no dia seguinte, para que o exercício de ativação de um chacra
não expanda seu campo pessoal de energias para além do normal, interferindo assim no
tempo necessários para a ativação do Estado Vibracional com o próximo chacra.

6 – Após concluir o exercício para, pelo menos, cada


um dos 7 chacras principais, confira seu processo de
contagem. O chacra dominante é o mais forte, o que
mais mobiliza bioenergias, logo, por meio dele, o
Estado Vibracional será ativado mais rapidamente,
com menos mobilizações de bioenergias.

O leitor poderá constatar que mais de um chacra são


igualmente rápidos para ativar o Estado Vibracional,
assim como um ou mais chacras podem não ser fortes
o suficiente para ativá-lo, por mais que se tente.

Se desejar, repita o procedimento com todos os


chacras para se certificar que a sua conclusão inicial
está correta.

Estado Vibracional
ativado por meio da
pulsação do cardiochacra

Elucidando Chacras
Cesar de Souza Machado 29

Preconceitos quanto aos chacras 15


No ocidente existem pseudocientistas que desconhecem por completo a literatura
oriental sobre chacras. Para eles, os textos antigos são repletos de concepções e termos
antiquados que não mais fazem sentido nos dias atuais. Acreditam que é preciso dar
uma visão mais moderna sobre os chacras e desprezam o “misticismo” do passado.

Por outro lado, tanto no ocidente como no oriente, existem pseudo-sábios que
desprezam tudo o que foi escrito sobre chacras nos últimos séculos. Para eles, apenas
as antigas “escrituras sagradas” contem a verdade sobre o assunto e que essa é o
bastante para atender as nossas necessidades atuais, mesmo que às vezes careçam de
bom senso.

Esses são extremos que você, leitor ou leitora, deve evitar. O caminho do meio nesse
caso seria estudar, a luz dos conhecimentos atuais, as antigas escrituras, extrair dali os
conhecimentos objetivos e os herméticos (escondidos nos textos) e, com relação à
literatura ocidental, prestar bastante atenção na credibilidade das proposições que são
feitas sobre os chacras. O autor testou, experimentou aquilo o que afirma? Em todo
caso, deve-se submeter as informações ao crivo da experimentação para então obter
melhores conclusões.

Ainda sobre preconceitos, vale a pena citar o caso do sexochacra que, devido a sua
evidente relação com os órgãos, processos e energias sexuais, sofreu uma espécie de
censura, tendo sido banido das descrições de vários dos primeiros autores ocidentais.

DIFERENTES DENOMINAÇÕES DO SEXOCHACRA


• Índia (Sânscrito): "Swadhistana" ("Morada do Prazer");

• China (Taoísmo): "Tan Tien inferior" ("esfera do elixir interior");

• Japão: "Hara" ("Parte inferior da barriga");

• Ocidente: "Sacro" ou "Chacra sexual".

Elucidando Chacras
Cesar de Souza Machado 30

Mitos e equívocos comuns sobre os chacras 16


A seguir são relacionados alguns dos mitos e equívocos mais comuns sobre os chacras.

A aparência dos chacras já é bem conhecida: Não há uma teoria unificada dos chacras,
de tal forma que não existe um consenso quanto as suas formas, tamanhos, cores,
significados, localização, órgãos e emoções relacionados ou até mesmo quanto a melhor
forma de equilibrá-los. Não obstante, não faltam pessoas que se investem de grande
autoridade e são taxativos quanto a suas afirmações sobre esse assunto.

Abertura dos chacras: Existe muita literatura disponível sobre como abrir ou ativar um
ou mais chacras como, por exemplo, o frontochacra, nesse caso, para desenvolver a
clarividência. Contudo, esse procedimento, via de regra, é difícil e demorado.
Normalmente são necessários anos de exercícios constantes para “abrir” um chacra e,
por vezes, os exercícios não bastam. Pode ser preciso a mudança de consciência quanto
valores, crenças pessoais e sentimentos também.

Alinhamento dos chacras: Os chacras de uma pessoa não “desalinham”, mas ficam
obstruídos devido à mudanças na dinâmica bioenergética pessoal. Por exemplo,
pensamentos e sentimentos negativos tendem a obstruir os chacras. Então o
“alinhamento” deve ser entendido como desbloqueio de chacras.

Associação dos chacras: Com frequência, autores ocidentais associam os chacras a


certos defeitos corporais, alimentos, metais, minerais, pedras, ervas, planetas, caminho
do Yoga, carta do tarô, sephira da cabala e até arcanjos do cristianismo. Nenhuma
dessas associações pode ser encontrada nos textos originais sobre os chacras, escritos
na Índia ou Tibet e, dificilmente, poderão ser generalizados para todas as pessoas. Na
melhor das hipóteses, podem se referir a experiências pessoais dos autores em
contextos que experimentaram.

Cada chacra tem seu próprio bija-mantra: Os bija-mantras são associados aos cinco
elementos ou Panchamahabhutas (éter, ar, fogo, água e terra.) e esses podem ser
associados, pela pessoa que for usá-los, a qualquer um dos chacras.

Elucidando Chacras
Cesar de Souza Machado 31

Chacras devem estar sempre equilibrados: A dinâmica da vida humana torna isso
praticamente impossível. Os chacras são responsivos, em outras palavras, a sua
condição muda constantemente de acordo com fatores físicos, psicológicos e
bioenergéticos. Assim, em certos momentos estarão “mais abertos” e em outros “mais
fechados”.

Chacra do coração: O cardiochacra é alinhado com a coluna vertebral, portanto, está


situado no centro do peito e não em cima do coração como algumas pessoas acreditam.
Sobre o coração existe um outro chacra.

Chacras inferiores precisam ser ativados primeiro: A ideia dessa proposição é que os
chacras superiores “que são mais nobres” somente podem ser trabalhados quando os
chacras inferiores “menos nobres” tiverem sido trabalhados. Uma recomendação que
não faz muito sentido, pois todos os chacras devem ser trabalhados o tempo todo.

Chacras tem cores específicas: Definir cores fixas para cada chacra é um erro pois, essas
podem variar conforme o contexto bioenergético. Em geral, para um clarividente,
quando desobstruídos os chacras apresentam-se com coloração branca.

Chacras transcendentais ou transpessoais: Seriam chacras localizados fora do corpo,


flutuando acima da cabeça. Trata-se de invenção ocidental recente que não faz sentido,
pois todos os chacras precisam se conectar aos nadis existentes dentro da estrutura do
holossoma que inclui o corpo físico.

Instrumentos: Instrumentos como pêndulos, aurameter e até pedras coloridas são


usados com frequência por terapeutas no intuito de medir, desobstruir ou “alinhar”
chacras. Contudo, esses instrumentos nada podem fazer. Somente as energias do
terapeuta podem, conforme o caso, provocar essa desobstrução. No máximo, esses
instrumentos podem servir para focalizar as energias emanadas pelo terapeuta.

Número de chacras principais: O número de chacras principais é uma convenção. Não


há consenso, muito menos base científica para chamá-los de principais. Existem
sistemas com 5, 6, 7 ou mais chacras principais.

Somente os chacras superiores devem ser ativados: Devido aos preconceitos


ocidentais, há pessoas que supervalorizam os chacras superiores desprezando os
demais. Buscam, portando, trabalhar apenas os primeiros ignorando que o crescimento
espiritual requer a harmonia de todos os processos bioenergéticos.

Elucidando Chacras
Cesar de Souza Machado 32

Algumas conclusões 17
Os chacras são centros energéticos responsáveis por absorver e exteriorizar
bioenergias. Cada chacra faz isso com bioenergias de um determinado padrão.

O conceito de chacras surgiu há milhares de anos. Os textos mais antigos contém


apenas breves referências sobre o assunto. Mais tarde, outros conteúdos foram sendo
agregados e surgiram vários sistemas para descrever os chacras.

No ocidente, os livros escritos por Arthur Avalon e Leadbeater, no início do século XX,
influenciaram muito todos os autores que vieram em seguida, a maioria deles
limitando-se a repeti-los. Um sistema descritivo formado por 7 chacras se popularizou,
mas tanto esse sistema quanto a maioria das informações sobre chacras não são
consensuais.

Os chacras devem estar desbloqueados para que possam mobilizar as bioenergias


corretamente. Bloqueios nos chacras surgem devido a desequilíbrios no holossoma, que
podem ser baseados em fatores físicos, emocionais ou mentais. Desbloqueios podem
ocorrer naturalmente, mas também podem ser feitos tanto pela própria pessoa como
por um terapeuta especialista em bioenergias.

Hoje, na Internet, existe grande quantidade de informação sobre chacras, via de regra,
superficiais e de qualidade duvidosa. Recomenda-se, portanto, que o leitor seja
criterioso quanto as fontes das informações.

Elucidando Chacras
Cesar de Souza Machado 33

Miniglossário 18
Bioenergia: Uma forma de energia extrafísica presente na natureza e em torno dos
seres vivos.
Bija-mantra: um mantra que pode ser especificamente relacionado a um chacra para
lhe imprimir uma determinada frequência vibratória e ativá-lo.
Bloqueio bioenergético: Qualquer obstrução a livre circulação das energias consciências
no holossoma.
Chacra: Centro energético existente na estrutura do holossoma que absorve e
exterioriza bioenergias.
Consciência: O mesmo que espírito, ego, alma ou self.
Consciência extrafísica: O mesmo que espírito ou pessoa desencarnada.
Consciência intrafísica: O mesmo que pessoa comum ou encarnada.
Dimensão: Uma realidade com espaço e tempo próprios.
Energossoma: Um campo de energia extrafísica mais densa que une o corpo físico (o
soma) ao corpo extrafísico (o psicossoma).
Extrafísico: O que não é do mundo material. O mundo espiritual.
Holosfera: O campo pessoal de energias; a aura.
Holossoma: O conjunto de todos os corpos da consciência.
Intrafísico: O mundo material.
Kundalini: A energia que se encontra adormecida na base da coluna.
Mantra: Uma fórmula que constitui em uma ou mais sílabas, palavras ou frases que
podem ser pensadas, recitadas ou cantadas repetidamente de forma a auxiliar a
concentração durante a meditação.
Mentalsoma: O corpo mais sutil da consciência.
Nadi: Canal interno do holossoma que conduz bioenergias. O mesmo que meridiano.
Parachacra: Um chacra do psicossoma.
Parapsíquico: O mesmo que espiritual, transcendente ou paranormal.
Psicossoma: O corpo astral, o corpo espiritual, composto por matéria extrafísica.
Soma: O corpo físico.
Sushuma: O principal nadi, se estende pelo tronco em paralelo com a coluna vertebral.

Elucidando Chacras
Cesar de Souza Machado 34

Outras Obras do Autor

Essa obra explora os diversos aspectos relacionados às EFCs, descreve


técnicas projetivas, que o leitor poderá experimentar para ter suas próprias
experiências de forma lúcida, casos vivenciados pelo autor e por outros
projetores e, por fim, pelos dados de uma pesquisa de opinião respondida por
207 pessoas que também passaram por EFCs.
Impresso:www.metaconsciencia.com/livros/livro_efc_autores.html
Digital: www.metaconsciencia.com/livros/livro_efc_amazon.html

Elucidando Chacras
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Outras Obras do Autor

Voltada para iniciantes, esse livro descreve os fundamentos do Estado


Vibracional e várias formas para execução da técnica para ativá-lo, chamada
OLVE. O livro é dividido em três partes. A primeira parte consiste em 70
questões básicas sobre o EV e sobre a OLVE frequentemente formuladas por
iniciantes. A segunda parte descreve em detalhes como executar a OLVE e
ativar o EV. A terceira parte, por fim, apresenta algumas das principais formas
de aplicar o EV no dia a dia.

Impresso: www.metaconsciencia.com/livros/livro_evi_autores.html
Digital: www.metaconsciencia.com/livros/livro_evi_amazon.html

Elucidando Chacras
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Outras Obras do Autor

Esse é o primeiro livro escrito sobre o Estado Vibracional, ou EV, uma técnica
multifuncional de mobilização das energias pessoais. O EV proporciona para o
praticante, de diversas maneiras, a preservação da saúde física e mental, a
autodefesa bioenergética e o desenvolvimento do parapsiquismo. O livro
apresenta o fenômeno de forma abrangente e didática, explicando como
praticá-lo e desenvolvê-lo. A descrição de 45 casos de aplicação do Estado
Vibracional e do resultado de uma ampla pesquisa realizada com praticantes da
técnica, conferem o aspecto prático da obra.

Impresso: www.metaconsciencia.com/livros/livro_ev_guardia.html
ou www.metaconsciencia.com/livros/livro_ev_autores.html
Digital: www.metaconsciencia.com/livros/livro_ev_amazon.html

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E-BOOKs Elucidando
Download gratuito: www.elucidando.metaconsciencia.com

Elucidando Chacras
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Psicoterapia Reencarnacionista
Regressão Terapêutica
Atendimentos presenciais e à distância via Internet

A Psicoterapia Reencarnacionista é uma terapia que agrega a Reencarnação


regressão terapêutica trabalhando em dois níveis:
1. Básico – ajuda a pessoa a encontrar padrões comportamentais repetitivos nas
várias encarnações que acessa durante o tratamento e, com isso, encontrar sua
proposta de Reforma Íntima. As características inferiores do ego, medos, fobias,
traumas, depressão e outras situações geradoras de sofrimento nas quais a pessoa
está sintonizada são resolvidas ou pelo menos atenuadas.
2. Avançado – ajuda a pessoa na busca do autoconhecimento de si mesma.
Para atendimentos à distância, as regressões são realizadas na modalidade
Investigação do Inconsciente em que uma pessoa sensitiva faz a regressão para a
pessoa atendida. Para mais informações, entre em contato:

Tel ou WhatsApp: +55 (61) 98131-9185


Facebook: https://www.facebook.com/bsbcesar
e-Mail: cesardesouzamachado@gmail.com
Web: http://espacovidas.com.br
Endereço: SHIGS 707/907 Ed. San Marino Sl 301, Brasília, DF, Brasil

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Sobre o autor

Natural da cidade do Rio de Janeiro,


Cesar de Souza Machado é
graduado em telecomunicações,
mestre em engenharia da produção
com especialização em mídia e
conhecimento e pós-graduado em
engenharia de software.
Pesquisador de fenômenos
parapsíquicos desde 1979, é
professor, palestrante, escritor,
blogueiro, pós-graduado em
Filosofia, Hipnoterapeuta, Master
Practitioner em PNL – Programação
Neurolinguística e Psicoterapeuta
Reencarnacionista. Suas áreas de
especialização também incluem as
experiências fora do corpo,
bioenergias e a pesquisa de vidas
passadas. Entre suas recentes
publicações se destacam os livros
Experiências Fora do Corpo, Estado
Vibracional e Estado Vibracional
para Iniciantes.

Elucidando Chacras

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