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Dor lombar súbita após esforço há 2 horas com dor a palpação da musculatura paravertebral, reflexos
tendinoso presentes e simétricos de mmii, sinal de laségue negativo Como não tem os sinais descritos acima,
deve ser apenas uma dor osteomuscular, conduta Analgesia e Repouso
NEFROLITÍASE
OXALATO DE CÁLCIO(70-80%) Puro 33%
+ Hidroxiapatita 34%
COMPOSIÇÃO + Ácido úrico 1%
DOS CÁLCULOS Estruvita 10-20%
Ácido Úrico 5-10%
Fosfato de cálcio: 6%
Ph E TIPO >6 predomina estruvita e hidroxiapatita; <5 predomina ácido úrico e cistina
PREVENÇÃO Ingestão de água (hidratação)
Magnésio e citrato (se ligam ao oxalato e ao cálcio)
FORMAÇÃO Sais insolúveis na urina Supersaturação formação de cristais Nucleação Formação
DOS CÁLCULOS de cálculos
Nem todos os pacientes que tem cristais tem nefrolitíase, sendo que poucos pacientes evoluem
Maioria é assintomática (cálculos pequenos e facilmente expelidos na via urinária)
Cálculos maiores podem impactar na via urinária -> sob pressão do fluxo urinário, esses
cálculos podem lesar o urotélio = hematúria (mais comum – 90%)
CLÍNICA Alguns cálculos podem impactar de forma a não se movimentar mais -> distensão e dor
-> cólica nefrética (dor lombar com ou sem irradiação) – embora seja chamada de
cólica, por definição não se trata de cólica (não é contração involuntária da musculatura
lisa) associada a dor, náusea, vomito, sudorese;
Hidronefrose, infecção e nefrocalcinose
Marcos anatômicos de impactação dos cálculos urinários em seu trajeto pelos ureteres? 1)Junção uterepélvica
(inicio do ureter, + comum); 2)terço médio do ureter (local de cruzamento com vasos ilíacos); 3) Junção
vesicoureteral
Componente mais frequente do cálculo renal? Oxalato de cálcio!
Urina com pH ácido apresenta precipitação dos cristais de: OXALATO DE CÁLCIO, ÁCIDO ÚRICO E CISTINA
Causa da dor associada a cálculos no ureter?
Período inicial: Excessiva peristalse ureteral em resposta à obstrução pelo cálculo
Período em segundo momento: Obstrução do fluxo urinário com distensão da cápsula renal
NEFROLITÍASE AGUDA
EAS avaliar infecção e hematuria
DIAGNÓSTICO Rx simples S e E 65%
USG e TC de Urografia excretora S de 90% e vê função renal
Abdome USG sensibilidaed semelhante à EU, mas sem risco de contraste
TC de abdome PADRÃO OURO
Analgesia (AINE) AINE, opióides, antiespasmódicos não costumam ser utéis
Hidratação (não queremos um paciente desidratado, pois isso ‘alimentará’ o cálculo, e
TRATAMENTO nem uma hiperidratação -> piora o quadro de distensão e dor e hidronefrose) –
paciente normo-hidratado
Intervenção urológica
Sintomático com cálculo >7-10mm (menor que 7 eliminado de forma espontânea)
INTERVENÇÃO Assintomático com a) cálculo coraliforme; b) cálculo causando obstrução ureteral total
UROLÓGICA – em rim únicom com insuficiência renal; c) cálculo associado à pielonefrite não-drenada
QUANDO? Sintomas refratários
Sintomas recorrentes
LECO (litotripsia extracorpórea Proximal (rim e ureter proximal) e <2 cm
por ondas de choque) Gestante: NÃO!
INTERVENÇÃO Nefrolitotomia percutânea Proximal (rim e ureter proximal) e >2cm; Ou menores
UROLÓGICA – refratários à LECO
COMO? Melhor método para cálculo em pólo renal inferior
Ureteroscopia flexível, LECO Ureter médio
Ureteroscopia rígida Ureter Distal
Nada deu certo = nefrolitotomia aberta (por vídeo)
CASOS Litíase complicada (associação com pielonefrite, obstrução de rim único) = desobstrução
ESPECIAIS imediata com nefrostomia percutânea ou stent uretral (duplo J)
Cálculo coraliforme = LECO (fragmentação) + Nefrolitotomia percutânea (abordagem mista,
SEMPRE ABORDADO devido ao risco de complicaçoes)
Nas questões, você deve avaliar o tamanho do cálculo, presença de sintomas, presença de complicações(como
hidronefrose) e localização do calculo para então decidir a abordagem indicada.
NEFROLITÍASE CRÔNICA
O que fazer? I)Descobrir a composição do cálculo e II)descobrir o fator predisponente
Oxalato ou Causas Hipercalciúria idiopática (principal causa de litíase em crianças/adolescentes/ido-
Fosfato de sos, hipercalciúria secundária a hipercalcemia (hiperpara, sarcoidose, mieloma múltiplo)
cálcico Tratamento restrição desal e proteínas na dieta, tiazídicos nos refratários, NÃO PODE
restringir a ingestão de cálcio porque vai aumentar a absorção do oxalato
Estruvita Fosfato amoníaco magnesiano
Formados na presença de ITU por bactérias produtoras de uréase (Proteus SP e Klebsiella SP
= principais, pode ter pseudomonas e stafilo)
Tratamento deve ser tratar a infecção
Ácido Úrico Associado a hiperuricemia e hiperuricosúria
Tratamento = dietético, reduzir alimentos com purina, alopurinol e citrato de K
Cistina Alcalinização da urina com citrato de potássio e restrição de sódio
Nas questões, avaliar se tem infecçã do trato urinário (estruvita), associação com hiperuricemia, se não tiver
nada de específico é oxalato de calcio (porque é o mais comum)
DOENÇAS MUSCULOESQUELÉTICAS
OSTEOARTROSE
Doença degenerativa articular é uma doença das articulações sinoviais, sendo as mais acometidas as da coluna
vertebral (cervical e lombar), interfalangianas distais, quadril e joelho
Articulação: ponto de encontro entre dois ossos – o espaço articular é praticamente virtual. O líquido sinovial
funciona para lubrificar estruturas que estão em contato na articulação (“ponta dos ossos”); entre os ossos
temos também a cartilagem articular (‘amortecimento’). A osteoartrose começa com a degeneração da
cartilagem articular. O principal fator de risco é a idade avançada (pode ocorrer em indivíduos mais jovens
quando a articulação é sobrecarregada). Quando essa cartilagem é destruída, os ossos ao se ‘encontrarem’,
começam a causar quadro de dor.
Fatores de risco para primária Idade, sexo feminino, HF e obesidade
Osteoartrose secundária trauma, defeitos articulares, endocrinopatias, distúrbios metabólicos
Prevalência 50% idoso, sintomáticos em quase metade
CLÍNCA NÃO TEM COMPATIBILIDADE COM EXAME DE IMAGEM
Doença articular, que melhora em repouso
Rigidez matinal < 30 min
CLÍNICA Fraqueza da musculatura periarticular
Nas mãos Nódulo de Heberden(falange distal) e Bouchard (falange proximal)
No joelho aumento do volume e crepitação
OSTEOARTROSE ARTRITE REUMATÓIDE
Dor articular geralmente associada em Mesmo em repouso
movimento e alivia com repouso
Rigidez matinal < 30 min Rigidez matinal >1h
CLÍNICA Poucos sinais inflamatórios Mais sinais inflamatórios
Nas mãos: Nódulos de heberden (IFD) e Apenas nódulos de bouchard
Bouchard (IFP)
Poucas articulações metacarpofalangianas Acomete metacarpofalangianas
FR negativo e VHS normal Geralmente FR +, VHS aumentada
Sinais radiológicos: O espaço articular é um espaço virtual. O espaço entre os
Presença de osteófitos ossos que vemos na radiografia (espaço ‘preto’) é a
(proeminências ósseas nas cartilagem articular. Nos indivíduos com artrose teremos
bordas da articulação) uma diminuição do espaço articular (perda da cartilagem
Redução do espaço articular articular). A cartilagem uma vez perdida, não será
Esclerose do osso subcondral regenerada. O osso, ao contrário da cartilagem pode
DIAGNÓSTICO acentuação da regenerar – o osteoblasto fará uma hiperprodução óssea
hipotransparencia óssea sob para tentar compensar a perda da cartilagem, tentando
sustentar a articulação, com isso teremos a formação de
cartilagem
osteófitos e deformidades articulares.
Cistos subcondrais
A clínica da artrose não acompanha o achado
Colapso do osso subcondral radiográfico!
VHS, PCR, FR, FAN NEGATIVOS
TRATAMENTO Fisioterapia
Perda de peso
Sintomáticos (AINEs) paracetamol
Quando lidamos com a articulação, devemos lembrar que a principal estrutura que sustenta a articulação é a
musculatura, assim, a fisioterapia visa principalmente o fortalecimento muscular para estabilizar a articulação.
Geralmente, como são pacientes idosos com outras comorbidades, deve-se tentar utilizar os anti-inflamatórios
por curto período de tempo.
Obs.: Até 20% dos idosos têm fator reumatoide (+) em baixos títulos. Assim, diante de um caso cuja HD seja de
osteoartrose, o fato de encontrar FR(+) em baixos títulos, não deve mudar a principal hipótese diagnóstica
inicial.
ESPONDILITE ANQUILOSANTE
Caracteriza-se pela entesite que acomete principalmente a coluna vertebral, tendo caráter
ascendente (sempre inciada a partir de uma sacroileíte)
*Inflamação da coluna que leva a uma fusão articular*
ENTESITE ASCENDENTE (COLUNA VERTEBRAL)
INTRODUÇÃO Sempre começa de uma SACROILEÍTE
A êntese é o ponto de fixação da parte mole (tendão, ligamento) no osso. Por continuidade
teremos uma inflamação das partes moles, com calcificação e união da coluna do paciente
Paciente típico Homem jovem 20-25 anos
Agente típico HLA-B27 (90%)
FR negativo
FISIOPATO- Entesite e erosão do osso subcondral evolui com neoformação ossea com sindesmófitos
LOGIA (fixacação/ rigidez)
CLÍNICA LOMBALGIA + RIGIDEZ MATINAL
Melhora com atividade física e precipitada pela inatividade/frio
Posição do esquiador (coluna rígida –“em bambu”)
Uveíte anterior (manifestação extra-articular mais comum)
Teste de Schöber positivo
Teste de fazer uma marca no ponto correspondente a L5, e traçar nova linha 10 cm acima. Solicitar ao
Schober paciente que coloque as mãos no chão. Em indivíduos normais, ao realizar esse movimento,
essas linhas ficarão a uma distância mínima de 15 cm. Indivíduos com EA terão um aumento
de <5 cm, e com o passar do tempo e evolução da doença, a distância irá diminuir cada vez
mais.
1. Dor lombar que perdura por mais de 3 meses, que melhora com exercícios e não com
repouso
2. Limitação funcional da coluna lombar (planos sagital e frontal)
DIAGNÓSTICO 3. Redução da capacidade de expansão do tórax
4. Presença de sacroileíte (Criterio radiográfico) Bilateral (estágio 2-4), Unilateral (3-4)
CLÍNICA (>3 meses) + SACROILEÍTE (imagem)
HLA-B27 positivo (90%)
FATOR REUMATOIDE e ANTI-CPP (-) artrite soronegativa
Fisioterapia
Parar de fumar (tabagismo acelera a progressão da doença)
TRATAMENTO AINEs
Anti-TNF alfa (infliximab) – embora seja um medicamento bom para “segurar” a
doença, é um medicamento caro e que leva a uma imunossupressão importante
(infecções secundárias)
Outras Espondiloartropatia enteropática associada a DII
Espondiloartro- Artrite psoriática
patias Artrite reativa uretrite ou cervicite não gonocócica+conjuntivite + artrite (20% tem
soronegativas sacroileíte ao exame radiológico)
DOENÇAS NEOPLÁSICAS
MIELOMA MÚLTIPLO
INTRODUÇÃO Neoplasia de plasmócitos que acarreta níveis elevados de imunoglobulinas circulantes,
acometendo tipicamente um HOMEM NEGRO IDOSO
*Tumor de plasmócitos (células que secretam anticorpos)*
Essa célula neoplásica produz excesso de imunoglobulinas (ao invés do excesso de células,
temos na realidade, um excesso do que é produzido por aquela célula).
Imunoglobulina (anticorpos-gamaglobulina)
Obs.: a imunoglobulina possui a cadeia pesada e a cadeia leve (cadeia pesada: 5 tipos -A,D, E, G
e N; cadeia leve- é quem dá a especificidade antigênica). Os tipos de mieloma são
determinados pelos tipos de imunoglobulina. A cadeia leve leva a lesão tubular e pode
aparecer na urina (quando aparece na urina = proteína de Bence Jones)
Na suspeita de mieloma temos de achar esse excesso de imunoglobulina
Como descobrir esse excesso?
ELETROFORESE DE PROTEÍNAS
Normal: Gamoplatia monoclonal:
COMPONENTE M ou
PARAPROTEÍNA
Alb 12 Alb 1 2
ANEMIA
LESÃO ÓSSEA LÍTICA (ativação de osteoclastos) – pedículo é preservado associada
a dor lombar movimento dependente, fraturas patológicas,compressão medular e hiperCa
FOSFATASE ALCALINA NORMAL
CINTILOGRAFIA ÓSSEA NORMAL
HIPERCALCEMIA Aumentar 0,8 no cálcio para cada GRAMA de albumina <4
INSUFICIÊNCIA RENAL (cadeia leve – Bence Jones; ácido úrico, nefrocalcinose,
amiloidose) multifatorial
CLÍNICA Alterações neurológicas crise hipercalcêmica, polineuropatia periférica
Obs.: a fosfatase alcalina é um grande marcador de remodelamento ósseo, mas a FA depende
da atividade do osteoblasto, que no caso do mieloma estará “parado”. A cintilo óssea também
depende da atividade do osteoblasto (a cintilografia é o grande exame para lesões blásticas).
Caso a paciente apresentasse exame de imagem normal, não apresentasse rigidez e a dor tivesse se iniciado de
maneira subaguda há 3 dias, qual seria a principal hipótese diagnóstica:
LOMBALGIA IDIOPÁTICA (MECÂNICA) – contratura muscular benigna