Este documento descreve um curso de extensão sobre políticas de acessibilidade na universidade oferecido por professores da UFRJ. O curso abordará conceitos de deficiência, desafios da acessibilidade, e como promover a participação e aprendizagem coletiva de alunos com deficiência no ambiente universitário. Será dividido em unidades temáticas com discussões de textos e testemunhos para promover o diálogo sobre inclusão e acesso à educação.
Este documento descreve um curso de extensão sobre políticas de acessibilidade na universidade oferecido por professores da UFRJ. O curso abordará conceitos de deficiência, desafios da acessibilidade, e como promover a participação e aprendizagem coletiva de alunos com deficiência no ambiente universitário. Será dividido em unidades temáticas com discussões de textos e testemunhos para promover o diálogo sobre inclusão e acesso à educação.
Este documento descreve um curso de extensão sobre políticas de acessibilidade na universidade oferecido por professores da UFRJ. O curso abordará conceitos de deficiência, desafios da acessibilidade, e como promover a participação e aprendizagem coletiva de alunos com deficiência no ambiente universitário. Será dividido em unidades temáticas com discussões de textos e testemunhos para promover o diálogo sobre inclusão e acesso à educação.
Centro de Filosofia e Ciências Humanas Instituto de Psicologia
Curso de Extensão Políticas de acessibilidade na universidade: deficiência, participação e aprendizagem coletiva
Professores: Camilo Venturi, Beatriz Sancovschi, Cirlene Christo, Maria Clara Almeida Carijó, Virgínia Kastrup e Laura Pozzana de Barros.
Início previsto: 04/09/2019 Término previsto: 11/12/2019 Local: Sala 15 dos módulos do campus da Praia Vermelha da UFRJ. Inscrições: enviar o formulário de inscrição preenchido para politicasdeacessibilidade@gmail.com. Página do curso no Facebook: https://www.facebook.com/events/2417914984952235/?notif_t=plan_user_invited¬if_i d=1565181300122498
Justificativa Desde o ano de 2018, a UFRJ vem adotando como política de acesso à graduação cotas para pessoas com deficiência. Essa política tem levado a nossa comunidade acadêmica a refletir mais do que nunca sobre os temas da inclusão, da acessibilidade e da deficiência. Embora pessoas com deficiência sempre tenham circulado no espaço da universidade, a institucionalização do acesso desse público aos cursos de graduação deu uma necessária visibilidade ao tema, convocando-nos a uma inevitável reflexão e produção de conhecimento. Pensando na urgência deste tema, nossa proposta é de, através deste curso de extensão, estabelecer um diálogo com a comunidade interna e externa a partir das experiências e questões que o tema da acessibilidade nos tem colocado. Nosso objetivo é cruzar modelos e abordagens diversas sobre o tema da deficiência e da acessibilidade, de modo a alargar a nossa compreensão deste tópico para além de concepções reducionistas ou até mesmo estigmatizantes. Pensamos que este tema toca não apenas questões técnicas, necessárias ao bom acolhimento dessa população cada vez mais visível em nosso quotidiano, mas também questões éticas e políticas fundamentais, relativas à inclusão da diferença e do respeito à diversidade.
Objetivos Promover atualização de conhecimentos acerca da acessibilidade de alunos com deficiência no âmbito da universidade, com ênfase numa política de participação e aprendizagem coletiva. Programa
Unidade I - CONCEITO DE DEFICIÊNCIA O modelo biomédico e o problema do diagnóstico O modelo social da deficiência e o problema da autonomia O modelo feminista e o problema do cuidado Filme “Vermelho como o céu” e discussão. Roda de conversa
Unidade II - DEFICIÊNCIAS: PROBLEMAS TEÓRICOS E POLÍTICOS O problema da nomenclatura Deficiências sensoriais, motoras, cognitivas e psíquicas Entendendo as deficiências: a contribuição da psicologia e das ciências da cognição A crítica do paradigma da falta A acessibilidade como problema político Discussão de textos Roda de conversa
Unidade III - O QUE ENTENDEMOS POR ACESSIBILIDADE Acessibilidade física, informacional e estética O problema da acessibilidade atitudinal e a micropolítica Acessibilidade para quem? Possibilidades, desafios e limites Práticas de mediação e acessibilidade A acessibilidade em museus de arte: um estudo de caso O trabalho com grupos heterogêneos: o encontro de deficiências e eficiências Discussão de textos Roda de conversa
Unidade IV - AS DEFICIÊNCIAS NA UNIVERSIDADE As deficiências entre a diversidade e a desigualdade Ações afirmativas, participação e invenção Nada sobre nós sem nós A criação de uma política na universidade Roda de conversa Testemunhos
Unidade V - FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA E DIVERSIDADE Dispositivos e estratégias Os desafios da pesquisa-intervenção Acessando uns aos outros: reciprocidade e aprendizagem coletiva Roda de conversa Testemunhos
Avaliação Prova escrita e/ou apresentação de trabalho.
Referências bibliográficas
Belarmino, J. (2015) O que vê a cegueira? A escrita Braille e sua natureza semiótica. João Pessoa: Editora da UFPB.
Diniz, D. (2012). O que é deficiência? Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense.
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Kastrup, V. (2016) “A experiência de perder a visão: reabilitação funcional e reinvenção existencial”. In: Virginia Kastrup e Adriana Marcondes Machado (Orgs). Movimentos micropolíticos em saúde, formação e reabilitação. Curitiba: CRV, p. 203-224.
Kastrup, V. e Pozzana, L. (2017) Histórias de cegueiras. Curitiba: CRV.
Kastrup, V. (2018) Cegueira e invenção: cognição, arte, pesquisa e acessibilidade. Curitiba: CRV.
Martins, B. (2013) Pesquisa acadêmica e deficiência visual: resistências situadas, saberes partilhados. Revista Benjamin Constant, v.19, Edição Especial, 55-66.
MELLO, A. G; NUERNBERG, A. H.; BLOCK, P. (2014). Não é o corpo que nos discapacita, mas sim a sociedade: a interdisciplinaridade e o surgimento dos estudos sobre deficiência no Brasil e no mundo. Em: SCHIMANSKI, E.; CAVALCANTE, F. G. (Orgs.). Pesquisa e extensão. Ponta Grossa: UEPG, p. 91-118.
Moraes, M. & Kastrup, V. (Orgs) (2010). Exercícios de ver e não ver: arte e pesquisa com pessoas com deficiência visual. Rio de Janeiro: NAU.
Moraes, M., Martins, B. S., Fontes, F. & Mascarenhas, L. (Orgs) (2018) Deficiência em questão. Rio de Janeiro: NAU.
Pozzana, L. (2017) Corpo e cegueira: movimento sensível e vital, Rio de Janeiro: Ed. CRV.
Sacks, O. (1995). Um antropólogo em Marte: sete histórias paradoxais. São Paulo: Cia das Letras.
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Verine, B. (2013). Não podemos ver, não podemos tocar: quais as repercussões dessa máxima no discurso das pessoas cegas? Revista Benjamin Constant, v.19, Edição Especial, 6- 19.
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Referências bibliográficas complementares
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Kastrup, V. (2007). A invenção de si e do mundo. Belo Horizonte: Autêntica.
Kastrup, V., Tedesco, S. & Passos, E. (2008). Políticas da cognição. Porto Alegre: Sulina.
Martins, B.S. (2006). E se eu fosse cego? Narrativas silenciadas da deficiência. Porto: Afrontamento.
Passos, E., Kastrup, V. & Escóssia, L. (Orgs.) (2009). Pistas do Método da Cartografia. Pesquisa- intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina.
Passos, E.; Kastrup, V.& Tedesco, S. (Orgs) (2014) Pistas do Método da Cartografia: a experiência da pesquisa e o plano comum - vol.2. Porto Alegre: Sulina.
Sacks, O. (2010). O olhar da mente. São Paulo: Companhia das Letras.
Sarraf, V. (2008).Reabilitação do Museu: políticas de inclusão cultural por meio da acessibilidade. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Universidade de São Paulo, São Paulo.
Varela, F., Thompson, E. &. Rosch, E. (2003). A mente incorporada. Porto Alegre: Artmed.
Weygand, Z. (2005).Vivre sans voir: les aveugles dans la société française, du Moyen Age au siècle de Louis Braille. Paris: Editions Creaphis.