Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2
Introdução
A partir do século XVII, começaram a içar-se bandeiras de sinalização para enviar mensagens
de um navio para outro e no século XVIII fizeram-se muitas experiências com sistemas de
sinalização visual. Um sistema famoso foi o semáforo (transportador de sinais, de Claude
Chappe. Foi usado na década de 1790, na revolução francesa. O semáforo foi utilizado para
enviar mensagens entre o exército em Lille e o quartel-general, em Paris. O equipamento
tinha braços articulados que podiam ser fixados, em 192 posições, para representar letras,
números e códigos diversos.
Com o passar dos séculos novos sistemas de comunicação foram-se aperfeiçoando, até
chegarmos à atual televisão, equipamento no qual o nosso trabalho de concentrará.
2
Cronologias da evolução de inventos que contribuíram para as
comunicações a longas distâncias
A televisão
2
A televisão apareceu no início do século XIX. O seu aparecimento ocorreu quase que por
caso pois vários cientistas tentavam há vários anos transmitir imagens à distância.
O rádio já existia, mas havia o desejo de juntar a imagem ao som. A patente da invenção foi
atribuída a Alexandre Bain, em 1942, quando inventou a transmissão telegráfica de imagem
(fac-símile).
Antes de Alexandre Bain, várias outras personalidades contribuíram para o avanço desta
nova tecnologia de informação e comunicação. Podemos destacar o nome do químico Sueco
Jons Jacob Berzelius que, por volta de 1817, descobriu o selénio, mas só 56 anos depois, em
1873, é que o inglês Willoughby Smith comprovou que o selénio possuía a propriedade de
transformar energia luminosa em energia elétrica.
Esta descoberta foi muito importante pois permitiu a transmissão através de corrente
elétrica.
Em 1884 surgiu mais uma invenção pelas mãos do alemão Paul Nipkow. Este senhor
inventou um disco em espiral, que ajudava na formação da imagem. Posteriormente, em
1892, Julius Elster e Hans Getiel inventaram a célula fotoelétrica e, em 1906, Arbwehnelt
inventaria o sistema de televisão através de raios catódicos. Também na Rússia Boris Rosing
descobriria esta nova invenção.
Muitos outros nomes colaboraram para o aperfeiçoamento destas invenções, dos seus
vários componentes. Destacamos o russo Vladimir Zworykin e Philo Earsworth.
No ano 1935 seria a Alemanha o primeiro país a oferecer um serviço de televisão pública,
adotando um padrão de média definição com 180 linhas e 25 quadros por segundo. Em
Novembro a França iniciou as suas transmissões, sendo a torre Eiffel o posto emissor.
A BBC foi inaugurada em 1936, na Inglaterra, colocando uma imagem composta por 240
linhas, padrão mínimo que os técnicos chamavam de “alta definição”, por garantir uma boa
qualidade e nitidez. No espaço de três meses o seu sistema oficial já era de 405 linhas. No
ano seguinte três câmaras eletrónicas transmitiram a cerimónia da coroação de Jorge VI
para cerca de 50 mil telespectadores.
Televisão de 1936
Na Rússia a televisão começou a funcionar em 1938. Um ano depois nos Estados Unidos,
onde a Nacional Broadcasting Company (NBC) transmitia inicialmente para cerca de 400
aparelhos na cidade de Nova Iorque, utilizando uma resolução de 340 linhas com 30
quadros por segundo.
Neste mesmo ano (1939) acontece no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, a primeira
transmissão de televisão em circuito fechado, de que se tem conhecimento. Foi durante a
Feira Internacional de Amostras e utilizando equipamentos de origem alemã.
A segunda guerra mundial começou em 1939 e a Alemanha foi o único país da Europa a
manter a televisão no ar durante esse período. Paris voltou com as transmissões em
2
Outubro de 1944, Moscovo em Dezembro de 1945 e a BBC em Junho de 1946. No ano de
1950 já a França possuía uma emissora com definição de
819 linhas, a Inglaterra com 405 linhas, a Rússia com 625 linhas e os Estados Unidos e Japão
com 525 linhas.
Muitos inventos foram criados, mas ninguém conseguia muitos resultados pois encontraram
muitas barreiras. Tentaram criar nos Estados Unidos um comité especial para ajudar a
colocar cor no sistema preto e branco. Foram feitas muitas outras propostas, tendo
recebido o nome de National Television System Committee (também conhecido como
National Television Standars Comittee).
Portugal começou as suas emissões a cores mais tarde, apenas só em 1980 passamos a ter
emissões regulares, sendo o Festival RTP da Canção o primeiro programa emitido a cores
em Portugal.
Tudo começa na lente da câmara que tem três espelhos, que dividem a luz e uma válvula
que combina as cores e a transmite, transformando. Com o desenvolvimento das
tecnologias surgiram os satélites, que também vieram ajudar no desenvolvimento da
televisão. São eles que garantem as transmissões televisivas e as comunicações telefónicas
intercontinentais, que ajudam a própria comunicação.
2
também culpada por ter sido o veículo de hábitos consumistas, de obesidade infantil, perda
de qualidade de sono e até da antecipação da puberdade.
Outra investigação concluiu que a variação de luz nas imagens televisivas pode antecipar o
surgimento da puberdade. A elevada exposição a essa alteração de luminosidade interfere
na segregação da hormona que „controla” o relógio interno dos humanos, acelerando todo
o processo, de desenvolvimento humano e psíquico.
Na sequência do texto 'Perigos graves da 'baby-sitter' eletrónica', publicado por Clara Viana,
no jornal “Pública” de 26 de Setembro de 04, intitulado "O cérebro deles estará a mudar?",
optamos, por mencionar algumas passagens mais importantes do texto, que é, de certo
modo, um alerta público, sobretudo quando se quer fazer passar a ideia de que a 'Baby TV'
é um bem caído dos céus.
“ (…) Os problemas de atenção passaram a ser a nova marca das crianças e jovens.
Um estudo recente, ignorado em Portugal, põe em causa a explicação genética. A exposição
muito precoce aos ecrãs, sobretudo à televisão, com as suas muitas imagens rápidas e
variadas, poderá estar a condicionar o seu cérebro a só aceitar um alto nível de estimulação.
“Formatados" pela velocidade e pela fragmentação, existirá já um fosso irremediável entre
eles e uma escola que lhes exige o que já perderam. Neste cenário intervém a omnisciente
Ritalin (Ritalina, na gíria portuguesa), a anfetamina que, por receita médica, milhões de
crianças em todo o mundo estão a tomar por conta da desatenção (…)”.
“ (...) nos Estados Unidos foi dada como testada uma relação entre a exposição precoce à
televisão e os problemas de atenção que, nos últimos anos, parecem estar a tomar de
assalto as crianças e jovens do mundo desenvolvido. "Não é possível saber se o crescimento
da desordem por défice de atenção e hiperatividade é real, ou se é motivado pelo maior
conhecimento da desordem. Mas existem razões para acreditar que, na primeira infância, os
fatores ambientais são importantes no desenvolvimento da desordem. Deste modo, a
televisão pode muito bem ser um desses fatores", comentou à Pública o pediatra norte-
americano Dimitri Christakis.
Foi ele que liderou o estudo do “Child Health Institut”, da Universidade de Washington, que
veio dar uma primeira grande resposta afirmativa à questão, abanando assim a abordagem
genética do chamado défice de atenção, ainda a preponderante nos EUA, em Portugal ou
em mais meio mundo (…)”.
Não era por acaso que Michel Foucault dizia que a loucura era um 'facto de civilização'...
Muito há, pois, a pensar, para além das 'razões' genéticas. Na conclusão do seu estudo,
publicado na revista "Pediatrics": independentemente do que vê (os conteúdos não foram
tidos em conta) uma criança antes dos três anos que veja duas horas de televisão por dia
tem mais 20% de probabilidades de desenvolver problemas de atenção do que outra que
não tenha sido tão exposta à mesma televisão. Sendo que, como também revela a sua
2
investigação nos EUA, uma criança de um ano vê, em média, 2,2 horas de televisão por dia e
uma de três chega quase às quatro horas.
Em Portugal, esta contagem só tem sido feita a partir dos 4 anos. No ano passado, os que
tinham entre esta idade e os 14 anos, despendiam a ver televisão uma média de 179
minutos por dia - quase três horas.
Podemos afirmar que a inofensiva televisão é hoje uma grande máquina de manipulação,
com o objetivo claro de induzir ao consumo excessivo e desapropriado da mesma. Afinal
pense, será que o objetivo da maioria da programação não está em nos fazer crer que o
mundo está cada vez pior e cada vez mais perigoso? Assim o melhor é mesmo ficar por casa
e ver muita, mas mesmo muita televisão. Afinal o sofá é o sítio mais seguro para si!
Se analisarmos um dia banal de programação televisiva num dos canais nacionais, ou seja,
de acesso comum o que encontramos? Começamos nos telejornais que são aqueles que nos
arrastam ao longo de uma hora e meia, duas vezes ao dia, se não contarmos com a edição
da manhã, para a arena do pessimismo noticiário. Durante esta hora e meia dedicada à
informação somos alvo do bombardeamento de apenas e somente de dois géneros de
notícias, as pessimistas e as dedicadas ao futebol. E claro, no fim uma notícia que reluz algo
positivo que aconteceu no país, noticia essa a que nem prestamos muita atenção pois a
mente ainda tenta digerir o FMI e afins.
Mas o telejornal termina e podemos pensar que é neste momento que o nosso querido
televisor nos vai presentear com um programa instrutivo e, assim, depois de milhares de
anúncios de coisas desnecessárias e fúteis, começam as telenovelas. Essas cheias de
enredos mirabolantes, de mais uma realidade alienada e exagerada das relações humanas.
Onde o único género de pessoas existentes são modelos, magras de 1,80 muito bem
vestidas e muito pintadas que livremente debocham da realidade que se vive na nossa
sociedade. E lá vai mais uma hora de programação, pior é que o tempo de antena dedicado
às telenovelas não é de duas vezes por dia, mas sim, quatro ou cinco, pois há novelas depois
do almoço ao lanche ao jantar e depois do jantar, de facto há novela até depois da meia-
noite.
Bem, se o telejornal e as novelas não são instrutivos, ainda temos os programas das manhãs
e das tardes, infelizmente estes também não instruem, mas elucidam-nos acerca da vida de
pessoas comuns e de diversos passatempos que nos irão pesar nas contas telefónicas ao
2
final do mês. Finalmente entre toda a programação restam os anúncios publicitários e,
claro, se existir um programa instrutivo com toda a certeza só irá para o ar quando já
desligamos o televisor…
Por região: Os residentes no Sul, com 3h53m42s (mais 8.7% do que a média do universo)
Por classe social: Os indivíduos da classe baixa, com 4h34m25s (mais 27.7% do que a média
do universo)
Por sexo: As mulheres, com 3h55m42s (mais 9.7% do que a média do universo)
Por idade: Os indivíduos com mais de 64 anos, com 5h26m47s (mais 52.1% do que a média)
Por situação no lar: As donas de casa, com 4h20m00s (mais 21.0% do que a média)
2
Vantagens e desvantagens acerca do uso do televisor.
VANTAGENS PRIVADAS E PROFISSIONAIS:
2
Conclusão
A realização deste trabalho mostrou-se muito enriquecedora. Desde o aprofundamento de
conhecimentos técnicos/científicos até á exploração da reflexão pessoal, este trabalho
possibilitou o meu aprofundamento acerca do tema. Adquiri, sem dúvida, mais
conhecimento e consciencializamo-nos sobre vários aspetos relativos ao televisor,
equipamento que nos é tão comum.
Este trabalho veio a mostrar-se de fácil realização já que acerca da parte científica muito há
para explorar. Já acerca do seu impacto, ou melhor, sobre os seus inconvenientes, deixei a
pesquisa de lado e dei a minha opinião pessoal.
Assim espero que ao ler este trabalho se tenha interessado e até, quem sabe, aprendido
algo.
2
Bibliografia/Web grafia