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As designações empregadas e a apresentação de material neste produto informativo não

implicam a expressão de qualquer opinião por parte da Organização das Nações Unidas para
a Alimentação e a Agricultura sobre o estatuto jurídico ou de desenvolvimento de qualquer
país, território, cidade ou área ou das suas autoridades, ou sobre a delimitação das suas
fronteiras ou limites.

Citação: Altrell, D., Magalhães, T. and Guedes, B. 2021. Manual de boas práticas para um
inventário de maneio florestal e zoneamento funcional de unidades de maneio florestal na
floresta de Miombo em Moçambique. Relatório de Consultoria elaborado no âmbito do Apoio
Técnico e Estratégico da FAO para a Implementação do Programa de Investimento Florestal
de Moçambique (MozFIP), Componente 2: Revisão do enquadramento de concessões
florestais. Maputo / Roma/ Viena 2021.

ii
iii
iv
v
vi
anm Acima do nível do mar
PC Parcela Circular
BD Base de dados
Dap Diâmetro à altura do peito
FAO Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
CMF Compartimento de Maneio Florestal
IMF Inventário de Maneio Florestal
PMF Plano de Maneio Florestal
UMF Unidade de Maneio Florestal
GPS Sistema de Posicionamento Global
AAVC Área de Alto Valor de Conservação
PM Ponto de Medição
PFNM Produtos florestais não-madeireiros
PR Parcela Retangular
SR Sensoriamento remoto
MFS Maneio Florestal Sustentável
UA Unidade de Amostragem
LT Linha do transecto

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Este Manual de Boas Práticas de Inventários Integrados de Maneio Florestal e Zoneamento
Funcional em Unidades de Maneio Florestal nas Florestas de Miombo em Moçambique foi
elaborado como parte de um projecto de cooperação FAO-IUFRO no âmbito do Projecto de
Investimento Florestal em Moçambique (MozFIP). A fundamentação para a elaboração do
presente documento é a necessidade de estabelecer um conjunto sistemático e harmonizado
de procedimentos para a realização de inventários florestais a nível nacional nas Florestas de
Miombo, em apoio a um bom planeamento do maneio florestal. As boas práticas são baseadas
tanto em experiências locais quanto em práticas internacionais de inventário florestal para a
avaliação do estado das florestas e os seus potenciais económicos, ambientais e sociais,
através de inventários florestais sistemáticos. As boas práticas estão harmonizadas com os
sistemas de monitorização florestal existentes em Moçambique e abrangem todo o processo,
desde a comunicação com as partes interessadas e o mapeamento das zonas funcionais, até
à recolha sistemática de dados de campo. O âmbito dos inventários e a seleção dos dados a
recolher são definidos pela informação requerida para a elaboração de Planos de Maneio
Florestal, para um maneio sustentável a longo prazo das florestas de Miombo em Moçambique.
O Manual apoia inventários florestais para o planeamento do maneio florestal multifuncional ao
nível das Unidades de Maneio Florestal (UMFs), integrando colheita de madeira e de produtos
florestais não madeireiros (PFNMs), extração, reabilitação, restauração, reflorestamento e
prestação de serviços (tais como oportunidades recreativas, proteção do solo e da água e
conservação da biodiversidade) para reforçar os benefícios sociais, ambientais e económicos
das Florestas de Miombo, melhorar as qualidades florestais e aumentar o sequestro de
carbono, sob o pressuposto de que elas sejam implementadas sistematicamente, num
processo de colaboração entre as múltiplas partes interessadas.
O Manual fornece procedimentos de alto padrão para a realização de inventários de maneio
florestal integrado e apoiam o desenvolvimento harmonizado de planos de maneio florestal em
todo o país. Apoia também a implementação da monitorização do crescimento e da dinâmica
florestal através do estabelecimento de parcelas permanentes.
O Manual refere-se a estatutos, regras administrativas e programas que podem envolver
procedimentos obrigatórios ou proibições. Nessas situações, os usuários são encorajados a
rever a fonte original dos regulamentos para especificações que possam não estar cobertas
pelo Manual de Boas práticas.

viii
As boas práticas do presente manual foram desenvolvidas para inventários florestais e
zoneamento funcional em Unidades de Maneio Florestal (UMFs) na Floresta de Miombo,
conforme alocado pelas autoridades. O manual aborda a importância de fornecer informações
precisas sobre as condições da floresta e os seus múltiplos potenciais de produção para um
planeamento adequado do maneio florestal, tendo em conta os interesses de múltiplos
uflorestais. Ele foi sobretudo concebido para técnicos de inventário e mapeamento florestal
e visa melhorar e harmonizar a implementação de inventários integrados para o planeamento
do maneio florestal, de modo a gerar informação padronizada e de alta qualidade para a
implementação a nível nacional das políticas do Governo sobre o maneio florestal sustentável
na Floresta de Miombo em Moçambique.

As diferentes zonas funcionais são identificadas e mapeadas de acordo com; (i) áreas
produtivas, (ii) áreas de conservação, (iii) áreas comunitárias, e (iv) áreas de infraestrutura.
O inventário florestal é limitado às florestas localizadas nas áreas destinadas à produção
florestal madeireira e/ou não-madeireira (ou seja, florestas nas áreas de produção e
comunitárias).

O Manual de boas práticas pretende ser um memorando para os técnicos de zoneamento


florestal e de inventário. As orientações são simples e práticas, para uma aplicação mais
eficiente. No entanto, são necessários conhecimentos técnicos nas áreas de mapeamento e
silvicultura para a elaboração de um bom inventário de zoneamento e maneio florestal.

1
O sector florestal de Moçambique visa uma adopção mais ampla do maneio florestal
sustentável baseada na UMF, que constitui um elemento-chave no maneio dos recursos
naturais dos países tropicais com base científica. Um dos pilares para a abordagem da
sustentabilidade dos recursos é um inventário de maneio florestal apropriado, que determine
o actual stock (comercial) em crescimento na UMF com um certo grau de precisão. Em geral,
os planeadores florestais visam uma precisão muito alta, pois isso permite-lhes especificar
de forma abrangente as operações florestais planeadas, incluindo a extração e a silvicultura.
Neste contexto deve-se observar, no entanto, que um alto grau de precisão só pode ser
alcançado com uma alta densidade de amostragem, o que inflacionaria os custos do trabalho
de campo. Para os inventários de maneio florestal deve pois ser estabelecido um
compromisso entre o nível de precisão desejado e a densidade de amostragem ou os custos
do trabalho de campo. Tal compromisso é basicamente independente de tamanho ou formas
das parcelas, ou da sua distribuição num padrão sistemático ou aleatório, dependendo
inteiramente do número de parcelas amostradas. A um dado coeficiente de variação dos
dados-alvo numa determinada UMF, o aumento da precisão do stock em crescimento
permanente, por exemplo de ±20% para ±10% (pelo fator 2) requer um aumento de quatro
vezes (22) o número de parcelas de amostragem (ver tabela 30 no anexo X) e dos custos. Em
muitos inventários de maneio florestal em países tropicais o grau de precisão foi estabelecido
para alcançar uma precisão de ±10% do stock em crescimento em pé. Uma precisão de ±5%
só é visada se em inventários anteriores tiverem sido estabelecidos inventários repetidos com
um sistema de parcelas de amostra permanente. Uma precisão de ±20% é mais indicada
para uma estimativa do que para um inventário confiável, que permita decisões
administrativas adequadas.
Consequentemente, as presentes boas práticas recomendam um desenho de amostragem
que permita a colheita de dados com uma precisão de ±10%, o que permite aos planeadores
a realização adequada de um planeamento significativo de recursos. As boas práticas
assumem ainda que parte dos pontos de amostragem sejam estabelecidos como pontos de
amostragem permanentes, a fim de alcançar uma maior precisão nos inventários
subsequentes e, sobretudo, para permitir a avaliação de dados específicos de crescimento
florestal em certos sítios.
Além disso, o desenho do inventário proposto é concebido de forma a torná-lo bastante
independente de entradas de dados externos, a partir de imagens de satélite ou interpretação
de fotos aéreas, por exemplo. Assim, o trabalho de campo pode começar assim que as
equipas de campo estejam treinadas, o equipamento de inventário tenha sido adquirido e os
mapas topográficos estejam preparados. Não é necessária uma pré-estratificação do recurso
florestal, o que, de novo, economiza custos e, sobretudo, tempo e insumos técnicos.
Os autores destas boas práticas estão cientes de que os especialistas em inventário podem
desafiar a abordagem proposta. Contudo, os autores chegaram à conclusão de que esta
abordagem é a mais adequada em termos do grau de precisão alcançado, dos custos do
trabalho de campo, da obtenção de recursos e das competências técnicas necessárias. A
abordagem será testada quando as boas práticas forem implementadas no campo e, se
necessário, serão feitas alterações.

2
O objetivo do zoneamento florestal é definir as principais metas de maneio (produção de
madeira, conservação, uso múltiplo e áreas de infraestrutura) para as diferentes áreas da
UMF. O principal objetivo dos inventários florestais integrados é gerar informações precisas
para o planeamento do maneio florestal sustentável, incluindo informações sobre as
condições e características das florestas, assim como informações que abordem as múltiplas
funções e usos das florestas designadas para a produção. A informação recolhida no campo
deve refletir o uso actual e potencial, no futuro, dos recursos florestais, incluindo sobretudo o
uso pelos gestores florestais e o uso pelas comunidades locais na área da UMF e envolvente.
A razão pela qual é necessário implementar novos inventários de maneio florestal é que as
circunstâncias relacionadas à área de maneio florestal podem ter mudado significativamente
desde a elaboração do último plano de maneio florestal. É possível que a área florestal e a
densidade de povoamento tenham mudado, que a floresta tenha sofrido algum dano, a
regeneração das árvores precise de ser avaliada, as necessidades e prioridades dos usuários
florestais tenham mudado, ou o potencial florestal e a necessidade de melhoria e tratamento
posterior da silvicultura precisem de ser avaliados. Recomenda-se que os planos de maneio
florestal tenham a duração de dez (10) anos, após os quais as condições e requisitos de
maneio florestal mudam, e o antigo plano de maneio florestal não se aplica mais. É portanto
necessário recolher e analisar dados novos, a fim de gerar informações atualizadas sobre os
recursos florestais e os seus usuários, para que as metas da UMF possam ser revistas e as
novas recomendações de maneio florestal possam ser ajustadas às novas condições.

3
Esta secção refere-se apenas à competência técnica e ao equipamento técnico directamente
necessários para planear e implementar o Zoneamento Funcional e o Inventário de Campo.

Para a identificação e mapeamento das zonas funcionais e dos compartimentos de maneio


florestal numa UMF, são necessários conhecimentos técnicos de SIG e interpretação de
sensoriamento remoto, assim como o conhecimento do contexto sócio-económico da Mata
de Miombo. As ferramentas e equipamentos necessários são um computador/estação de
trabalho com software SIG, para visualização e delimitação de imagens de teledeteção e
sobreposição de camadas SIG existentes sobre informação administrativa e temática.

Para a colheita de dados de campo, são necessários técnicos florestais com experiência em
inventário florestal, assim como pessoas com experiência na área a ser inventariada. Uma
equipa de campo de inventário florestal normalmente consiste de um Líder de Equipa, um
assistente e dois trabalhadores, de preferência com ligação à área da UMF e às comunidades
beneficiadas com a floresta na UMF. No entanto, o tamanho da equipa de campo pode ser
aumentado, caso seja necessários conhecimentos adicionais para garantir um inventário
abrangente e integrado dos recursos disponíveis na UMF, para além dos produtos florestais
madeireiros e não madeireiros.
Para o transporte no campo, é necessário um veículo de tracção a 4 rodas, e, para as
medições e observações em campo, é recomendado o seguinte equipamento:
 Receptor GPS;
 Hipsómetro;
 Fita métrica / Corda métrica;
 Bússola de precisão;
 Fita de diâmetro (10m);
 Clinómetro ;
 Coletor de dados digital.

Além do equipamento de medição, é necessário algum material para realizar o inventário de


campo, como uma prancheta para colocar os formulários de campo em papel ao preenchê-
los, se não houver um coletor de dados digital disponível, literatura de referência para
identificar espécies de plantas, etc. Pode ser necessário material adicional para colheita de
amostras de campo. Para detalhes sobre o equipamento de medição recomendado e quando
aplicá-lo veja a tabela 7 e a tabela 8 do anexo I.

4
Os inventários de maneio florestal começam com uma comunicação com os usuários
florestais da UMF (ver tabela 1 com descrição do procedimento de trabalho) e com dados e
informações prévias de inventário da UMF em mãos, assim como um mapeamento das zonas
funcionais da área da UMF. Os limites das zonas funcionais florestais são definidos sobretudo
de acordo com o estatuto de proteção, uso do solo e funções florestais, incluindo o contexto
sócio-económico na UMF e envolvente. Os limites são então determinados com base numa
consulta de dados SIG e uma interpretação de dados de deteção remota (imagens de satélite
de alta resolução, fotografias aéreas ou similares) e posteriormente confirmados através de
deliberações com as partes interessadas da UMF e durante o inventário de campo.
O inventário de campo é baseado numa grelha sistemática de amostragem, que cobre toda
a UMF. A densidade da grelha nos compartimentos de produção tem uma intensidade de
amostragem que corresponde à precisão necessária das estimativas de inventário ao nível
da UMF, ou seja, o total acurado do stock em crescimento1. Com base em mapas,
interpretações por sensoriamento remoto, a área florestal produtiva é dividida, para fins
operacionais, em compartimentos de maneio florestal (CMFs) mais ou menos homogéneos,
com uma área média de aproximadamente 400-500 ha. As dimensões dos CMFs são
definidos de forma a permitir operações de maneio anual eficientes e a obtenção de uma
produção anual similar. Com base nos Ciclos de Corte (CC) de 40 anos, o Plano de Maneio
Florestal (PMF) visa cobrir 10 anos, o que representa 25% do CC, ou seja, 25% da área
florestal total (ver figura 1).

Zonas Funcionais:
Área não florestal
Floresta multi-usos
Produção madeireira
Proteção

As coordenadas geográficas das unidades de amostragem (UAs) são determinadas antes do


início do trabalho de campo no software GIS, e as UAs são pré-avaliadas através dos dados

1
Recomendamos a utilização do stock em pé com mais de 10 cm de Dap. Se o alvo for o
stock em crescimento comercial em pé, a densidade de amostragem deve ser adaptada.

5
SR para classificar preliminarmente a cobertura do solo e para planear o trabalho de campo.
Os pontos centrais das unidades de amostragem são subsequentemente transferidos para
os dispositivos GPS, que são depois utilizados para guiar as equipas até aos pontos.
Os pontos de amostragem são identificados pelas equipas de inventário no terreno, onde as
coordenadas correspondem aos centros das parcelas de amostragem circulares (ver figura 4
e figura 5), que são marcados para potenciais medições de controlo. Uma sub-amostra das
parcelas de campo (até 50% da grelha inicial de amostragem da UMF) é permanentemente
estabelecida com marcadores metálicos2 e pontos de referência para a monitorização do
crescimento das árvores. O estabelecimento destas parcelas permanentes não significa, no
entanto, que a área da parcela esteja protegida contra qualquer medida de extração ou
silvicultura, portanto nem todas as parcelas serão mantidas para monitorização. A disposição
da unidade de amostragem consiste em parcelas de amostragem concêntricas circulares, e,
alternativamente, retangulares, para uma recolha de dados eficiente, que abranja os
parâmetros do inventário, desde a regeneração até à avaliação das árvores, dos produtos
florestais e da biodiversidade (para as razões para usar diferentes unidades de amostragem,
ver secção 4.4.2).
Para garantir a qualidade dos dados de campo, o trabalho das equipas de inventário é
supervisionado por capatazes, e medições de controle são realizadas em 5-10% das UAs
para estimar a precisão dos dados recolhidos ou corrigir o desvio sistemático. Quando os
dados de campo tiverem sido controlados pelos capatazes e o erros corrigidos, os dados são
introduzidos na base de dados do inventário de campo, onde são processados e analisados
antes do relatório do inventário de campo ser preparado.

# Descrição do Procedimento de Trabalho


1) Identificação e comunicação com os usuários e gestores dos recursos da UMF, para
avaliar as necessidades de informação sobre o maneio florestal.
2) Compilação de dados e informações relevantes existentes sobre a UMF.
3) Mapeamento de zonas funcionais (áreas de produção, conservação, comunidade e
infraestrutura) e compartimentos florestais destinados à produção (madeira e
PNSFs).
4) Recolha e análise dos dados de campo do inventário florestal com base em parcelas
de campo sistematicamente distribuídas.
5) Elaboração de relatório de inventário com mapas das zonas funcionais, informação
actualizada sobre as condições e características da floresta a nível dos CMF e UMF.

2
Recomendamos o uso de varetas de ferro, que devem ser colocadas no solo de forma
invisível e podem ser detetadas após 10 anos com um detetor de metais. Os postes de
madeira podem ser utilizados para parcelas temporárias.

6
Os usuários e gestores dos recursos na área da UMF são tipicamente empresas florestais
(setor privado) e comunidades locais dentro e na envolvente da UMF, mas com envolvimento
do estado. Dependendo do contexto geográfico, geológico e ecológico, também outros
usuários do setor privado, da sociedade civil e do público em geral podem ser beneficiários
do uso dos recursos da UMF.
O inventário de maneio florestal é um investimento significativo, por isso é importante que os
dados recolhidos e os resultados apresentados correspondam às informações necessárias
para o planeamento do uso e maneio sustentável e múltiplo dos recursos da UMF. É
necessário realizar uma avaliação para identificar os intervenientes significativos da UMF e
avaliar o tipo de informação necessária (isto é, dados a recolher) para um planeamento
adequado da utilização sustentável e múltipla dos recursos da UMF. Devem ser incluídos
representantes das partes interessadas da UMF para definir o zoneamento funcional da área
da UMF, e para planear o âmbito do inventário de maneio florestal. Poderiam também fazer
parte das equipas de inventário florestal partes interessadas da UMF com conhecimento local,
para fornecer informações locais valiosas sobre o potencial uso dos recursos da UMF
(madeira, PNSFs, biodiversidade e outros serviços), e outros conhecimentos locais ou
especializados. Também é importante que os beneficiários da UMF sejam informados sobre
o inventário e o processo de planeamento de maneio florestal, e que tenham acesso aos
resultados finais.

Antes de recolher novos dados e informação sobre a UMF e envolvente, os dados e


informação relevantes existentes devem ser avaliados e compilados, incluindo informação
histórica de utilização/gestão de recursos, informação sobre comunidades locais,
características físicas (geografia), áreas ou habitats de alto valor de conservação, estado de
proteção, áreas de concessão actuais ou planeadas dentro da UMF, leis e regulamentos
actuais relacionados com a utilização de terra/floresta/água, e políticas florestais
nacionais/subnacionais e estratégias de implementação. Os dados e informações existentes
têm sido de importância fundamental para uma boa compreensão do contexto geral da área
da UMF, dos seus beneficiários, potenciais necessidades locais e regionais, assim como de
prioridades e regulamentos nacionais, e também para detetar a falta de alguma informação
importante, ou determinar se esta está desatualizada ou é de baixa qualidade, situações que
precisariam de ser abordadas.

Com base nas informações existentes sobre o uso designado do solo, estatuto de
proteção/conservação, situação sócio-económica e interesses dos principais beneficiários da
UMF, a área da UMF é dividida em zonas funcionais, que definem as principais funções
florestais em relação à produção de madeira, conservação, necessidades comunitárias e
áreas para infraestruturas. A área designada para produção é então dividida em
compartimentos de maneio florestal (CMF) para a futura produção de madeira e/ou PNSFs.
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A área da UMF está dividida em zonas funcionais, de acordo com o uso designado e os
objectivos de maneio florestal (isto é, proteção, produção, necessidades comunitárias e
infraestruturas). Os principais indicadores para o zoneamento funcional são as áreas
administrativas e legais de proteção (áreas protegidas, declives, zonas adjacentes a rios,
lagos e estradas, e zonas de grande altitude, zonas húmidas e sítios culturais), e informações
sobre os principais objetivos de maneio/uso dos beneficiários (madeira, lenha/carvão, outros
PNSFS, culturais/religiosos/ recreativos, biodiversidade, sequestro de carbono, etc.). A
distribuição do uso do solo geralmente preferida pela UMF na área da UMF é que 10% seja
protegida, 10% para comunidades e infraestrutura, e os 80% restantes para produção
florestal, no entanto os valores variam de uma UMF para outra. Consulte a tabela 2 para
mais detalhes sobre as zonas funcionais e as suas principais funções.

Zonas funcionais Descrição e funções


Conservação (exploração e extração restritas de madeira)
Áreas Protegidas Áreas protegidas legalmente designadas
(nacional/local). Áreas para a proteção e/ou
conservação da flora/fauna
(Normalmente não incluída na área da UMF)
Zonas lacustres e fluviais A 100 m da linha da água. Para a proteção da
regulação hidrológica e da qualidade da água
Zona rodoviária A 20 m da estrada. Para a proteção contra a erosão e
motivos estéticos
Zonas de declive >45 % (>24 ) de declive. Para proteção contra a
erosão
Zonas de alta altitude >800 m anm. Para proteção contra a erosão
Zonas Húmidas Para proteção da regulação hidrológica e dos
ecossistemas
Serviços Culturais/Religiosos Para proteção de áreas com uso histórico para
atividades culturais e/ou religiosas
Produção Florestal
Madeira Concessões de madeira
Florestas de Uso Múltiplo (Necessidades da comunidade e operadores de licenças
simples)
Lenha, carvão vegetal e Produção de lenha e carvão vegetal, principalmente em
madeira áreas comunitárias, mas também extração de madeira
por operadores de licenças simples

8
Outros PFNMs importantes Produção de plantas medicinais, plantas comestíveis
(partes de plantas), material de construção e outros
PFNMs, sobretudo em áreas comunitárias
Serviços recreativos Facilitação de áreas de recreação na natureza,
principalmente em conexão com áreas comunitárias e
hotspots para atividades recreativas e culturais
baseadas na natureza
Uso da Área Não Florestal
Todas as outras utilizações de Terras áridas, Agricultura, Prados, Áreas Construídas,
áreas não florestais etc.

Através de uma análise SIG do uso e estado de proteção do solo (áreas protegidas
formalmente designadas, áreas de alta altitude, encostas íngremes, zonas úmidas, áreas
próximas a lagos, rios e estradas, e áreas com uso histórico cultural/religioso), são
identificadas as partes da área da UMF que precisam de ser protegidas e/ou conservadas,
bem como as áreas não-florestais. O inventário de campo serve para confirmar, ou corrigir,
este mapeamento inicial. Áreas contínuas para conservação serão mapeadas, enquanto as
áreas fragmentadas (por exemplo, fragmentos de encostas íngremes) serão utilizadas para
analisar a proporção das áreas produtivas que precisam ser excluídas da exploração
madeireira.
A área restante da UMF é destinada à produção florestal e, dependendo do uso principal e
dos beneficiários mais importantes, a área é dividida em duas zonas de produção florestal
diferentes - madeira ou uso múltiplo.
Em áreas comunitárias, onde a produção, na maioria dos casos, se concentra no uso múltiplo,
as comunidades têm o direito exclusivo de escolher os objetivos de produção florestal.
Nessas florestas, o foco é frequentemente a produção de lenha e carvão vegetal e outros
PFNMs, mesmo que uma empresa florestal privada possa deter os direitos da UMF em partes
ou para toda a área. Partes da área comunitária são frequentemente um mosaico de
fragmentos florestais e não florestais, onde os diferentes usos da terra são difíceis de
delinear, formando assim uma zona mista, onde a proporção de área florestal e não florestal
é estimada.
Antes da conclusão do zoneamento funcional, os principais interessados da UMF devem ser
consultados e obtida a sua aprovação para o resultado do processo de zoneamento. Esse
processo deve seguir estritamente os procedimentos descritos no manual da FAO sobre
Consentimento Livre Prévio e Informado (FAO, 2016).

Após a conclusão do zoneamento funcional da UMF, as áreas designadas como floresta de


produção são ainda subdivididas em compartimentos de maneio florestal (CMF). O CMF é
uma área florestal designada para um maneio florestal homogêneo, que muitas vezes se
traduz numa área com cobertura florestal homogênea, facilmente identificável através de
fronteiras naturais, tanto em dados de sensoriamento remoto como no campo. Entretanto, é
sobretudo o maneio florestal planeado - tanto no tempo quanto no espaço - que deve
estabelecer os critérios para definir os compartimentos florestais. Por exemplo, as áreas de

9
florestas maduras para a extração de árvores e as principais áreas para restauração e/ou
regeneração devem ser compartimentadas, bem como as áreas florestais degradadas, onde
a produção de madeira e de PNSFs é muito inferior às produções alvo (ou seja, onde as
explorações principais não contribuem para a restauração do potencial de produção da
floresta) e, onde, portanto, devem ser aplicadas as medidas de silvicultura prescritas.
Na maioria dos casos, a interpretação dos dados SR (no Google, etc.) pode ser usada para
a delimitação dos compartimentos, uma vez que o tipo de floresta e a densidade de stock
muitas vezes correspondem às condições locais e tipos de floresta / densidades de stock
similares têm geralmente necessidades silviculturais e potenciais de extração semelhantes.
O tamanho de um CMF deve ser viável, tendo em consideração o planeamento prático e a
implementação de operações florestais, assim como a extração de um determinado volume
de produtos. O tamanho recomendado do compartimento é de 400-500 ha, e cumeadas, vales
e rios constituem sempre bons demarcadores naturais para definir os limites dos
compartimentos.
Sempre que possível, são respeitadas as fronteiras administrativas e os sistemas de
compartimentos florestais existentes, a fim de manter a coerência histórica no desenho das
áreas de concessão, ou seja, essas áreas são constituídas por um certo número de
compartimentos e os limites externos da concessão ainda seguem os limites dos respectivos
compartimentos. Os CMF são numerados consecutivamente dentro de cada UMF, e os seus
limites também devem ser demarcados no terreno, se necessário.

O inventário florestal baseia-se numa distribuição sistemática das parcelas de amostragem


por toda a área florestal, permitindo uma avaliação florestal objectiva (sem desvios) e, se
necessário, uma modificação fácil dos limites dos CMF e, posteriormente, uma utilização
flexível dos dados de amostra.
Os dados sobre o estado actual da floresta e o seu potencial são recolhidos em parcelas de
campo predefinidas, onde os parâmetros da floresta e das árvores são medidos e
observados.

Para inventários de maneio florestal, são feitas amostras em todas as áreas florestais, exceto
em áreas protegidas, a fim de planear o maneio florestal para os próximos 10 anos.
Um inventário sistemático produz resultados fiáveis em toda a área florestal. Um erro de
amostragem de cerca de 10% a um nível de fiabilidade de 95% é tolerado para as estimativas
de volumes de stock em crescimento ao nível da UMF, e é suficiente, juntamente com dados
de sensoriamento remoto, para selecionar os compartimentos que devem ser incluídos como
área de trabalho (AA) no PMF de 10 anos.
O inventário de campo é implementado de acordo com uma grelha de amostragem como
base para a preparação do plano de maneio da UMF, que define as metas de produção da
UMF. Para produzir estimativas de alta precisão (SE%GS 5-10%) ao nível da UMF, esta
amostra consiste em até 500 unidades de amostragem (ver Equação 1 e anexo X para
detalhes sobre como estimar as dimensões da amostra e o intervalo de amostragem).

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𝑪𝑽%𝟐
Equação 1: Dimensões da amostra (𝒏) = 𝒕𝟐 × 𝒆%𝟐
onde t = valor -t
CV% = percentagem de coeficiente de variação
e% = percentagem de margem de erro

O desenho de amostragem do inventário de campo cobre apenas zonas de floresta de


produção e zonas-tampão de áreas protegidas dentro da UMF, uma vez que nenhuma
colheita de dados de campo para o planeamento de maneio florestal é realizada em zonas
não florestais, ou em áreas protegidas. O coeficiente de variação (CV%) não é conhecido
sem qualquer inventário prévio, por isso se não houver um inventário prévio para basear o
CV%, recomenda-se um inventário piloto de cerca de 15 UAs para estimar aproximadamente
o CV% (ver procedimento de trabalho para preparar o desenho da amostragem de campo na
figura 2). No exemplo da UMF na figura 3, onde a área florestal produtiva é de cerca de 300
000 ha e o CV% aproximado é de 60%, o intervalo de amostragem recomendado seria de
aproximadamente 4 km x 4 km (ver), o que corresponderia a uma amostra de
aproximadamente 188 UDs e a um erro de amostragem de stock em crescimento de 8,6% ao
nível de fiabilidade de 95% . Se for necessário um erro de amostragem menor, a grelha de
amostragem deve ser mais densa, e vice-versa.

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Zonas Funcionais:
Área não florestal
Floresta multi-usos
Produção madeireira
Proteção

No caso de falta de informação sobre o crescimento das árvores para o desenvolvimento de


modelos de dados fiáveis, é recomendado estabelecer uma subamostragem de parcelas
permanentes no campo, correspondente a até 50% da amostra inicial (cada segunda UA),
para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da floresta. Para mais detalhes
relacionados com o estabelecimento de parcelas permanentes, veja-se o anexo II.
Para um planeamento mais detalhado dos CMFs para a organização da extração de madeira
e produtos florestais não madeireiros e os tratamentos de silvicultura, são realizados
inventários anuais pré-extração e uma avaliação das necessidades silviculturais nos CMFs
mais ricos em madeira, destinados às atividades operacionais no ano seguinte. Estes
inventários anuais são realizados percorrendo nas duas direções linhas do transecto
adjacentes com 20m de largura e registando o Dap e o nome de espécie de todas as árvores
que cumpram os critérios de corte, sendo as árvores marcadas para corte. A marcação das
árvores continua até que o volume de madeira marcado tenha aproximadamente atingido o
CMA (Corte Máximo Anual), com um excedente de 10% (o volume de madeira
correspondente é calculado utilizando Dap, fatores de forma e curvas de altura derivadas do
inventário ao nível da UMF). A marcação das árvores é feita com spray colorido ou fitas de
papel, e as coordenadas geográficas das árvores são registadas com receptores GPS para
mapear a localização das árvores marcadas. As atividades de planeamento anual
mencionadas não estão sujeitas às presentes boas práticas, portanto, para mais detalhes,
consulte as boas práticas sobre planeamento pré-extração e planeamento de Silvicultura.

Cada unidade de amostragem representa um ponto de amostragem e um conjunto de


parcelas de amostragem concêntricas circulares com diferentes raios (ver figura 4), ou uma
combinação de parcelas circulares e retangulares (ver figura 5), onde diferentes parâmetros
são avaliados nas diferentes parcelas, de acordo com a sua frequência e importância
relativas. A implementação de parcelas circulares é muito eficiente em termos de tempo,
especialmente para áreas menores, enquanto que para áreas maiores depende do uso de
12
equipamentos como o Vertex IV de Haglöf. Se não for usado Vertex, a parcela circular maior
deve ser substituida por uma parcela retangular .

Nas coordenadas geográficas da unidade de amostragem é estabelecido um ponto de


medição para observações topográficas gerais e estimativas de altitude.

Um linha do transecto de 50 m é traçado a norte com ponto de partida nas coordenadas


geográficas da amostragem, para a avaliação da madeira morta caída.

Se forem usados hipsómetros para o inventário de campo, deve ser estabelecido um conjunto
de parcelas de inventário circulares com os centros nas coordenadas geográficas da unidade
de amostragem. As dimensões das parcelas são optimizadas para avaliar os parâmetros de
inventário correspondentes e os raios das parcelas são de 1,78 m, 3,99 m e 17,85 m (ver
figura 4 e figura 5), que correspondem a áreas de parcelas de 10 m2, 50 m2 e 1000 m2,
respectivamente (ver tabela 3).
No entanto, se não forem utilizados hipsómetros para o inventário de campo, a parcela
circular maior PC3 deve ser substituída por uma parcela retangular PR3, ou seja, por uma
combinação de pequenas parcelas circulares, CP1, PC2, e a parcela retangular PR3.

13
PR3 20 m x 50 m

PC3 r=17.85 m LT=50 m

PC2 r=3.99 m

Parcela Eixo Central e


LT 50 m

PC2 r=3.99 m
PC1 r=1.78 m
PC1 r=1.78 m

Coordenadas PM, UA Coordenadas PM, UA

14
Raio/ Largura x
Área da
Símbolo Nome Comprimento da Parâmetros avaliados
parcela
parcela

Ponto de
PM - - Observações topográficas, altitude
medição
Parcela Regeneração de árvores (Dap >0 cm e <5
PC1 1.78 m 10 m2
circular 1 cm)
Parcela
PC2 3.99 m 50 m2 Regeneração de árvores (Dap ≥5 e <10 cm)
circular 2
Parcela
PC33 17.85 m
circular 3 Árvores (Dap ≥10 cm), PFNMs, declive e
20 m x 50 m aspeto máximos, características do sítio1,
1 000 m2
Parcela (orientação Norte riscos ambientais, plantas em risco de
PR33 extinção2, fauna bravia2
retangular 3 a partir das
coordenadas UA
Linha do
LT 50 m - madeira morta caída,
transecto
1 Dentro e na envolvente da área da parcela.
2 Dentro de parcelas e ao longo do percurso das linhas do transecto entre UCs.
3 Quando um hipsómetro (Vertex IV) é usado para o inventário do campo, todas as parcelas têm uma

forma circular, mas se não for usado um hipsómetro, a maior parcela circular (PC3) é substituída por uma
parcela retangular (PR3).

As localizações dos centros das parcelas de campo são definidas pelas coordenadas da
grelha de amostragem, que são estabelecidas antes do início do inventário de campo. Todas
as parcelas devem ser marcadas no campo para potenciais medições de controle. As
marcações devem ser visíveis, mas não têm a ambição de serem permanentes, pelo que
qualquer material utilizado deve ser degradável. Isto é válido para todas as parcelas, excepto
para as parcelas que são designadas para monitorização do crescimento das árvores, que
serão estabelecidas com um marcador metálico e referências pertinentes a
características/objectos na paisagem circundante (ver apéndice I).
A equipa de inventário localiza as coordenadas de campo das parcelas com a ajuda de
receptores GPS, bússolas e mapas topográficos (e fotografias aéreas/ imagens satélite, se
disponíveis), e estabelece as localizações dos centros das parcelas com varas de madeira
com bandeiras coloridas (ver manual do inventário florestal em apendice I para mais detalhes
sobre a identificação e estabelecimento das parcelas de campo).

A recolha sistemática de dados de campo começa assim que a equipa de inventário tiver
estabelecido a localização da parcela. Os dados são recolhidos de acordo com o tamanho da
parcela, o ponto de medição ou a linha do transecto (ver tabela 29 no anexo IX) e os valores

15
avaliados são registados nas fichas de contagem de inventário correspondentes (ver anexo
II).
O inventário das parcelas começa normalmente com observações no ponto de medição e a
contagem da regeneração das árvores existentes nas parcelas mais pequenas, incluindo a
identificação das espécies de árvores, e continua depois com medições e observações das
características do inventário nas parcelas maiores, e medições da madeira morta ao longo
da linha do transecto, em conformidade com o Anexo II. Muitas das observações têm opções
predefinidas, com os códigos correspondentes para registo nas fichas de contagem,
enquanto as medições são registadas em unidades de medida predefinidas e com uma
precisão pré-definida.
Todas as medições são limitadas à área da parcela, por isso é muito importante assegurar
que não falte nenhuma medição e que nenhuma medição seja realizada fora da área da
parcela.Para tal deve ser medida a distância do centro da parcela até às características do
inventário que estão perto do limite da parcela. Algumas das observações não estão
estritamente limitadas à área da parcela, como a descrição do sítio, que pode ter em
consideração a envolvente da parcela (PC3/PR3), e a observação de espécies vegetais e
fauna silvestre ameaçadas, encontradas na área ao longo do percurso da linha do transecto
entre parcelas de campo e em outros locais da UMF, pois o registo de sua presença é valioso.
Para assegurar a transparência e rastreabilidade, o inventário numa parcela circular deve
começar com o registo das características de inventário mais próximas do centro da parcela,
começando com as características em direção ao norte, e seguindo depois no sentido dos
ponteiros do relógio, de forma a cobrir toda a área da parcela. Para as parcelas retangulares,
o inventário começa no centro do limite para sul e continua em direção ao norte, percorrendo
o eixo central da parcela. Desta forma, as características inventariadas são de alguma forma
rastreáveis, sem que seja necessário indicar a sua localização exacta dentro da parcela. Isto
é importante para as medições de controle.
Para garantir uma alta precisão dos dados recolhidos, as ferramentas e equipamentos de
medição utilizados devem ser de grande exatidão e precisão (ver anexo I para tipos de
equipamentos de inventário de campo recomendados e a sua aplicação).

Após as fichas de registo de inventário terem sido preenchidas, os dados são verificados
quanto à sua consistência e possíveis erros, os quais devem ser corrigidos antes da entrada
no banco de dados do inventário de maneio florestal (IMF) (BD). Se forem utilizados coletores
de dados digitais durante o inventário de campo, a verificação de consistência é feita em
tempo real, durante a entrada de dados, mas se os formulários de campo forem analógicos
(cópias em papel), a verificação de consistência terá que ser feita pelo líder da equipa de
campo ou pelos supervisores de inventário, antes que os dados sejam aprovados para análise
posterior.
Os dados validados do inventário florestal são inseridos na aplicação de base de dados do
IMF para serem processados e analisados a fim de gerar estimativas quantitativas e
qualitativas sobre as características da floresta (ver tabela 4). Com conhecimentos básicos
de informática, este sistema de maneio florestal pode ser facilmente operado através de
menus e formulários digitais na aplicação, e, para facilitar a manutenção, a aplicação de base
de dados do IMF deve ser fisicamente dividida em duas aplicações de base de dados
separadas: a) uma aplicação de interface com o usuário IMF, e b) uma aplicação de dados
16
IMF. A vantagem de manter os dados IMF primários separados do resto da aplicação de
interface com o usuário IMF é que as atualizações de funcionalidade na interface com o
usuário podem ser realizadas sem influenciar os dados primários, ou seja, sem qualquer
interrupção de manutenção.
É altamente recomendável manter cópias de segurança dos arquivos de dados, numa pasta
separada, para evitar atualizações inconsistentes erróneas.
Os modelos de dados e hipóteses para o cálculo das estatísticas florestais são apresentados
no anexo IIIV.

Estimativas quantitativas
Regeneração de árvores por espécie e classe de altura (regeneração/ha, regeneração/ha e
parcela)

m3
Volume de stock em crescimento, por grupo de espécies (m3/ha, '000 )

m3
Volume de madeira disponível, por grupo de espécies e classe Dap (m3/ha, '000 )

Densidade do povoamento e área basal (BA) (fustes/ha, m2/ha)

m3
Volume de madeira morta em pé (utilizável) (m3/ha, '000 )

m3
Volume de madeira morta caída (utilizável) (m3/ha, '000 )

Estimativas qualitativas (observações)


Saúde da floresta (BA% por classe de saúde)

Perigos ambientais (área% por classe de perigo)

Potencial PFNMs (presença de área% por tipo de PFNMs)

Presença de fauna bravia (presença de área% por espécies de fauna bravia)

Presença de plantas em risco de extinção (presença e área presença% por espécie de


planta)

17
O relatório do inventário florestal consiste das seguintes partes, todas importantes para o
planeamento do maneio florestal na UMF:
1) Descrição da UMF;
2) Mapa de Zonas Funcionais;
3) Estatísticas da UMF;
4) Mapa dos Compartimentos de Maneio Florestal;
5) Descrições dos Compartimentos de maneio florestal.

O relatório do inventário florestal começa com uma descrição geral da UMF, que fornece
informações de base, uma interpretação e comentários sobre os resultados calculados.
Recomenda-se não fornecer estimativas estatísticas no texto, para evitar problemas de
actualização, se os cálculos forem actualizados.
O texto deve incluir uma introdução à UMF e seu contexto geral no que respeita à:
 Localização geográfica;
 Condições climáticas;
 Topografia;
 Distribuição do uso da terra;
 Condições do solo e fertilidade do sítio;
 Vegetação e tipos de floresta;
 Danos e ameaças para a floresta;
 Contexto sócio-econômico dentro e no entorno da UMF;
 Histórico de uso/gerenciamento florestal na área da UMF.
Sempre que possível, as descrições devem ser baseadas nas classificações ou categorias
existentes. A abordagem REDD da ONU, em particular, criou recentemente vários sistemas
de classificação, que devem ser consultados.

O resultado da identificação e delineamento das diferentes funções florestais na área da UMF


é ilustrado através de mapas de zonas funcionais, onde são representadas zonas de
conservação, áreas de produção de madeira e áreas de uso múltiplo com prioridades para
satisfazer as necessidades da comunidade (por exemplo, para PFNMs). O mapa de zonas
funcionais florestais é baseado em mapas topográficos, que mostram limites administrativos,
contornos, cursos de água, povoações e infraestrutura viária. Eventualmente podem ser
acrescentados sitíos culturais ou históricos importantes para as comunidades locais.

A floresta de produção é dividida em compartimentos de maneio florestal (CMF), que são


mapeados como polígonos, contendo o correspondente número único de CMF. O mapa dos
CMF é baseado em mapas topográficos, que mostram os limites administrativos, contornos,
18
cursos de água, povoações e infraestrutura viária, e ilustram a distribuição espacial dos CMFs
na UMF.
O mapa CMF apresenta as seguintes informações:
i. Limite da área da UMF (limite da concessão ou licença);
ii. Limites do CMF com números de CMF. Particularidades que não justificam a
delimitação de um CMF separado, são mapeadas com linhas pontilhadas;
iii. Zonas funcionais (áreas destinadas à produção, conservação ou necessidades da
comunidade).
Os limites finais dos CMFs e respetivos números de identificação, a infraestrutura existente e
os locais das parcelas de amostragem serão usados no SIG para produzir os diferentes
mapas temáticos. As áreas de CMF são calculadas no GIS. Discrepâncias nas dimensões
das áreas em relação aos dados oficiais do governo devem ser tornadas transparentes.
As informações da folha de dados do CMF podem ser exibidas em mapas, e diferentes mapas
temáticos (ver 5.3) podem ser preparados para satisfazer as necessidades do planeamento
subsequente do maneio florestal.
Os mapas temáticos são desenvolvidos, conforme aplicável, sendo os polígonos CMF
ilustrados com áreas sombreadas/com padrões, de acordo com o tema principal, ou seja :
i. Tipos de floresta (composição e estrutura das espécies de árvores);
ii. Desenvolvimento florestal (idade da floresta, degradação ou classe de
desenvolvimento);
iii. Mapa do stock em crescimento (classes de stock em crescimento aproximado por
hectare);
iv. Densidade do povoamento (densidade absoluta e/ou rel. do povoamento);
v. Tipos de vegetação (vegetação rasteira).
Os mapas são preparados com software GIS e os arquivos de dados devem ser mantidos
junto com a base de dados de maneio florestal. Se impresso em papel, a escala padrão
recomendada do mapa é de 1:20 000 ou 1:50 000, e os mapas devem também mostrar a
grelha geográfica com coordenadas.

Os resultados do inventário florestal são resumidos ao nível da UMF e apresentados como


totais, bem como valores relativos (/ha ou %), e com estimativas de erro (SE%):
i. Identificação (nome e número da UMF);
ii. Área total (ha);
iii. Distribuição do tipo de floresta (ha, %);
iv. Funções prioritárias/especiais (madeira, PFNMs, madeira/PFNMs) (ha, %);
v. Descrição da floresta (distribuição etária / fase de desenvolvimento, fechamento,
madeira morta);
vi. Resultados do inventário (por espécie: regeneração, densidade do povoamento,
diâmetro, altura, área basal, volume de stock em crescimento, volume de madeira)
(/ha, totais).

19
As características essenciais que não são suficientemente descritas através dos parâmetros
padrão devem ser mencionadas no campo de observação, de uma forma concisa e
abrangente. As opções e os códigos correspondentes encontram-se no anexo III.
As fichas de inventário (anexo II) indicam os parâmetros que descrevem os sítios e as
florestas na UMF. Para obter uma descrição narrativa concisa do estado da floresta e das
suas características, apenas devem ser utilizados parâmetros significativos para a função de
conservação prioritária, estado de crescimento e composição de espécies adequadas.

Os CMFs definidos são listados com uma breve descrição, ou seja, :


vii. Identificação (número CMF)
viii. Área (ha)
ix. Prioridade/função especial (madeira, PFNMs, madeira/PFNMs)
x. Tipo de floresta (composição e estrutura das espécies arbóreas)
xi. Desenvolvimento florestal (idade da floresta ou classe de desenvolvimento)
xii. Mapa de stock em crescimento (classes de stock em crescimento aproximado por
hectare)
xiii. Fechamento da floresta
xiv. Tipos de vegetação (vegetação rasteira)
xv. Condições do sítio (declive, altitude, aspeto, acessibilidade)

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25
2A
3A
4A
cc Cobertura do copado
PC Parcela Circular
Dap Diâmetro à altura do peito
FAO Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
CMF Compartimento de Maneio Florestal
IMF Inventário de Maneio Florestal
UMF Unidade de Maneio Florestal
GPS Sistema de Posicionamento Global
US Uso do solo
PM Ponto de Medição
PFNMs Produto florestal não-madeireiro
OTsCF Outras terras sob cobertura florestal
PR Parcela Retangular
SR Sensoriamento remoto
fcd Fator de correção do declive
UA Unidade de Amostragem
LT Linha do transecto

5A
Este manual de campo para o inventário de maneio florestal fornece métodos e instruções
para a recolha harmonizada de dados de alta qualidade para o planeamento exato do maneio
florestal das unidades de maneio florestal (UMF) na Floresta de Miombo em Moçambique. O
manual cobre a recolha sistemática de dados sobre as condições das florestas e os seus
múltiplos potenciais de produção, e deve ser usado como um memorando para os técnicos
de inventário florestal. As instruções são simples e práticas, para uma aplicação mais
eficiente. Contudo, são necessários conhecimentos de silvicultura para efetuar um bom
inventário de maneio florestal.

6A
Para a colheita de dados de campo, são necessários técnicos florestais com experiência em
inventário florestal, assim como pessoas com experiência na área a ser inventariada. Uma
equipa de campo de inventário florestal consiste normalmente de um líder de equipa, um
assistente e dois trabalhadores, de preferência com ligação à área da UMF e às comunidades
que beneficiam da floresta na UMF.
Para o transporte no campo, é necessário um veículo de tracção a 4 rodas e para as medições
e observações em campo é recomendado o seguinte equipamento:

 Receptor GPS
 Fita métrica / corda métrica
 Bússola de precisão
 Fita de diâmetro (10m)
 Clinómetro ou hipsómetro
 Colector de dados digitais ou formulários em papel

Além do equipamento de medição, é necessário algum material para realizar o inventário de


campo, como uma prancheta para preencher os formulários de campo em papel, se não
houver um coletor de dados digital disponível, e literatura de referência para identificar
espécies de plantas, etc. Para detalhes sobre os equipamentos de medição recomendados
e quando devem ser aplicados, veja a tabela 7 e tabela 8 do anexo I.

7A
Cada unidade de amostragem (UA) representa um ponto de medição, um conjunto de
parcelas circulares concêntricas com raios diferentes e, alternativamente, também uma
parcela retangular e uma linha do transecto. Os parâmetros do inventário são avaliados nas
diferentes características do UA, de acordo com a sua frequência e importância relativas.

É estabelecido um ponto de medição (MP) nas coordenadas geográficas da unidade de


amostragem para observações topográficas gerais e estimativa de altitude.

É traçada uma linha do transecto (LT) de 50 m para norte, com ponto de partida nas
coordenadas geográficas da unidade de amostragem, para avaliação da madeira morta
caída.

É estabelecido um conjunto de parcelas de inventário circulares (PC) com os seus centros


nas coordenadas geográficas da unidade de amostragem (ver figura 6). As dimensões das
parcelas são optimizadas para avaliar os parâmetros de inventário correspondentes, e os
rádios das parcelas são de 1,78 m, 3,99 m e 17,85 m, o que corresponde a áreas de terreno
de 10 m2, 50 m2 e 1000 m2, respectivamente (ver tabela 5).

Se não for utilizado um hipsómetro, ou instrumento similar, para o inventário de campo, a


maior parcela circular pode ser substituída por uma parcela retangular (ver figura 7) com as
dimensões de 20 m x 50 m, mantendo assim uma área igual à da parcela circular
correspondente (ver tabela 5).

Raio da Área da
Símbolo Nome Parâmetros avaliados
parcela parcela

Ponto de
PM - - Observações topográficas, altitude
medição

Parcela circular Regeneração de árvores (Dap >0 cm e <5


PC1 1.78 m 10 m2
1 cm)

Parcela circular Regeneração de árvores (Dap ≥5 cm e <10


PC2 3.99 m 50 m2
2 cm), arbustos

Parcela circular
PC33 17.85 m 1 000 m2
3

8A
Árvores (Dap ≥10 cm), PFNM, declive e
Parcela 20 m x 50
PR33 aspeto máximos, características do sítio1,
retangular 3 m
plantas em risco de extinção2, fauna bravia2

Linha do
LT 50 m - Madeira morta caída
transecto
1 Dentro e na envolvente da área da parcela
2 Dentro de parcelas e ao longo do percurso da linha do transecto entre UCs
3 Quando o hipsómetro (Vortex IV) é usado para o inventário do campo, todos os parcelas têm uma forma

circular, mas se não for usado hipsómetro, a maior Parcela circular (PC3) é substituída por um Parcela
retangular (PR3).

PR3 20 m x 50 m

PC3 r=17.85 m LT=50 m

PC2 r=3.99 m

Parcela Eixo Central e


LT 50 m

PC1 r=1.78 m PC2 r=3.99 m


PC1 r=1.78 m
Coordenadas PM, UA
Coordenadas PM, UA

9A
Antes de começar o trabalho de campo propriamente dito, muitos preparativos devem ser
feitos. A lista de parcelas de campo atribuídas deve ser introduzida no receptor GPS (ver
anexo VI), os mapas de campo devem ser preparados, as coordenadas das parcelas
devidamente marcadas nos mapas, o material e equipamento para as medições e
observações de campo devem ser reunidos e os membros da equipa devem ser treinados na
utilização do instrumento, na realização das medições e observações e no preenchimento
das fichas de inventário. Se forem utilizados coletores de dados digitais, estes devem ser
configurados para a colheita de dados, caso contrário, é necessário preparar cópias em papel
das fichas em quantidades suficientes.
A atividade mais demorada no campo é o transporte para a área de inventário e a
transferência entre parcelas, de modo que muito esforço pode ser economizado através de
um planeamento minucioso das rotas de acesso e da transição entre parcelas. Mapas de
campo e conhecimento local são fundamentais para um bom planeamento das deslocações
no campo.

As localizações dos centros das parcelas de campo são definidas pelas coordenadas da
grelha de amostragem, que são estabelecidas antes do início do inventário de campo. Cada
unidade de amostragem é localizada com a ajuda de receptores GPS, bússolas e mapas
topográficos (e fotografias aéreas/ imagens satélite, se disponíveis), nos quais os centros das
parcelas foram marcados. Pontos de referência que facilitem a orientação no campo (por
exemplo, estradas, rios...) devem também ser identificados nos mapas de campo. É também
importante consultar pessoas com conhecimentos locais para obter orientação sobre como
aceder facilmente às parcelas.
O receptor GPS com as coordenadas da parcela (no sistema de projeção adoptado para a
avaliação), pré-registadas como pontos de passagem, indica como navegar no campo para
chegar aos centros da parcela, utilizando a função "GOTO". O GPS indica normalmente a
distância em linha recta e o rumo até ao ponto de referência activo da GOTO. Mas, claro, o
caminho mais curto nem sempre é o mais fácil e rápido, por isso o caminho para o ponto de
referência significa normalmente contornar obstáculos topográficos ou seguir as estradas ou
caminhos existentes enquanto possível. Notas sobre o melhor caminho encontrado para a
parcela devem ser introduzidas no formulário de campo para futura monitorização. Se, por
qualquer razão, não for obtido nenhum sinal GPS para estabelecer as coordenadas
geográficas, a navegação deve basear-se apenas em mapas topográficos, fotografias aéreas,
imagens de satélite, bússola e fita métrica para identificar as localizações da parcela.
Quando a equipa do inventário estiver perto das coordenadas da parcela, a função "posição
média" do GPS (mínimo 30 segundos) é utilizada para obter uma posição mais exacta das
coordenadas, e a partir dessa posição a equipa mede a distância e o rumo até às
coordenadas da parcela (ver anexo VI para mais detalhes).

10A
Uma vez confirmada a chegada às coordenadas UA, a posição é marcada com uma vara de
madeira com uma bandeira colorida bem visível, como referência para o inventário da
parcela, e também para permitir a sua fácil recolocação para potenciais medidas de controlo.
Caso as parcelas de campo devam ser permanentemente estabelecidas para monitoramento
a longo prazo, deve-se utilizar, além do bastão de madeira, um marcador permanente (barra
metálica/tubo), que é inserido completamente no solo, de modo a que não seja visível. Além
disso, devem ser identificados três (3) objectos proeminentes de referência (uma rocha, a
maior árvore, casas, o topo de uma montanha, etc.) e devem ser medidas a orientação
(bússola em graus a partir da localização do marcador) e a distância do marcador. Só são
estabelecidas parcelas permanentes se houver árvores com Dap ≥10 cm na parcela de 1000
m2
, pois é o crescimento dessas árvores que será monitorado ao longo do tempo.
As coordenadas da posição do Marcador são determinadas através do GPS (posição média).
Um código de identificação será atribuído para designar cada um dos pontos identificados
pelo GPS, de acordo com o seguinte: (número UA) + "M" ("Marcador"), por exemplo, para UA
1322: 1322M. Pode também ser tirada uma foto da posição do Marcador, à qual será dado o
mesmo nome.

Uma vez que a equipa de inventário tenha estabelecido a localização da parcela, inicia-se a
colheita sistemática de dados de campo. Os dados sobre o estado e potencial da floresta
actual devem ser recolhidos através de medições e observações sistemáticas no ponto
correspondente da parcela ou no ponto de medição (ver tabela 3), e os valores avaliados
registados nas fichas de inventário correspondentes (ver anexo II).
O inventário das parcelas começa normalmente com observações no ponto de medição e
pelo inventário das parcelas menores, continuando depois com as medições e observações
das características do inventário nas parcelas maiores e as medições da madeira morta ao
longo da linha do transecto. Muitas das observações têm opções predefinidas, com os
códigos correspondentes previstos nas fichas, as quais também têm valores pré-definidos
para o registo das medições. Para mais detalhes sobre como realizar as medições e
observações e como registar os valores nas fichas, consulte a secção 5 "Descrição das
fichas, colheita de dados e registo”.
Para uma maior transparência, o inventário circular da parcela deve começar com o registo
das características do inventário mais próximo do centro da parcela, começando com as
características em direção norte, movendo-se depois no sentido dos ponteiros do relógio para
cobrir toda a área da parcela. Para as parcelas retangulares, o inventário começa no centro
da fronteira sul e continua para norte, movendo-se ao longo do eixo central da parcela (que
é também a linha do transecto para a avaliação da madeira morta). Desta forma, é possível
rastrear as características inventariadas, sem que seja necessário indicar a sua localização
exacta dentro da parcela, o que é importante para as medições de controlo.
Para garantir uma alta precisão dos dados recolhidos, as ferramentas e equipamentos de
medição utilizados devem ser de alta exatidão e precisão (ver anexo I, tabela 7 e tabela 8)
para tipos de equipamento de inventário de campo recomendado e respetiva utilização).

11A
Todas as medições devem ser estritamente limitadas à área da parcela, por isso é muito
importante assegurar que não falte nenhuma medição e que nenhuma medição seja realizada
fora da área da parcela. Para tal, a distância deve ser medida a partir do centro da parcela,
ou do eixo central, até às características do inventário próximas do limite da parcela, para
confirmar se elas estão "dentro" ou "fora".
As medições referem-se à dimensão da parcela, altitude, declive máximo, aspeto, as
dimensões das árvores e madeira morta, idade das árvores e o número de árvores
regeneradas. Para os PFNMs, que precisam de ser quantificados, também devem ser
realizadas medições de dimensão e quantidade especificadas.

As observações parâmetro referem a topografia, tipo de floresta, cobertura vegetal e


características das árvores, tais como espécie, qualidade do fuste e estado de saúde. Outras
observações referem-se a riscos ambientais, fauna bravia e plantas em risco de extinção ou
espécies endémicas. As observações sobre os três últimos fatores estão menos limitadas à
área da parcela e podem ser feitas também no percurso ao longo da linha do transecto entre
parcelas (uma vez que a quantificação é menos importante, mas importa registar a presença
de plantas e animais raros).

12A
As fichas (formulários de campo) cobrem o inventário de mais de uma parcela de campo
individual e começam com uma secção para o "Nome / Número da UMF" e a sua "Área (ha)"
total, o nome do "Líder da Equipa de Inventário" e a "Data" dos dados do inventário. Para
cada dia de inventário de campo deve ser preenchida uma nova página desta ficha, e o
número da página correspondente deve ser indicado em "página", aplicando-se o mesmo às
outras fichas.

Nome/N° da Área (ha) Líder da Equipa de Data página


UMF Inventário

A descrição da UMF continua com o "Tipo de floresta". As categorias uso do solo e tipo de
floresta são mostradas na tabela 9, e o código correspondente é registado no campo. Para
as florestas de Miombo, o tipo de floresta é Miombo Seco (22) ou Miombo Húmido (21). No
campo "Função(ões) florestal(is)", uma ou ambas as funções "Produção Madeireira" (PM)
e "Necessidades Comunitárias" (NC) (tabela 10) são registadas, de acordo com as
observações reais no campo. No campo "Acessibilidade", é registada a acessibilidade
global (tabela 11) às parcelas inventariadas. As estimativas correspondem à data do
inventário, e, portanto, às parcelas inventariadas nesse dia.

Descrição da UMF:
Tipo de floresta Função(ões) florestal(ais) Acessibilidade

As observações das plantas em risco de extinção e da fauna bravia especificada


(observações directas, vestígios ou sons) são efectuadas durante o inventário de campo e ao
longo dos percursos transectoriais entre parcelas, não se limitando, portanto, à área da
parcela. As observações são registadas nas respetivas tabelas "Observações de fauna
bravia" e "Espécies de plantas em risco de extinção", com nome/código da espécie
(tabela 12 e tabela 13) e o número da parcela mais próxima da observação. Múltiplas
observações da mesma espécie são registadas na mesma linha, adicionando os números
das parcelas, separados por vírgula (,).

Observações de fauna bravia (dentro da UMF) Espécies de plantas em risco de extinção


(dentro da UMF)
Espéci
Espécie Parcela Nº Parcela Nº
e

13A
As observações de evidências de perigos ambientais, como erosão do solo, incêndios
florestais, surtos de pragas, derrubes por vento, etc. são avaliadas na PC3/PR3 (r17,85 m /
20 m x 50 m), e os códigos correspondentes (tabela 14) são registados por tipo de "Perigo
ambiental" e "Número da parcela". Cada linha da tabela corresponde a um parcela, e
múltiplas observações do mesmo perigo ambiental são registadas na mesma linha,
adicionando os números dos parcelas, separados por vírgula (,).
As observações de potenciais produtos florestais não madeireiros(PFNMs) (por exemplo,
lenha, carvão vegetal, material de construção, bagas, frutas, nozes, cogumelos, ervas
medicinais, etc.) são avaliadas na PC3/PR3 (r17,85 m / 20 m x 50 m), e os códigos
correspondentes das "espécies de PFNMs" (tabela 15) e "Número da parcela" são
registados. Cada linha da tabela corresponde a uma parcela, e múltiplas observações da
mesma espécie de PFNMs são registadas na mesma linha, adicionando os números das
parcelas, separados por vírgula (,).

Riscos ambientais (PC3: r17,85m, alt. PR3: 20x50m)Produtos florestais não-madeireiros


(PC3: alt. PR3)
Risco espécies do
Parcela Nº Parcela Nº
ambiental PFNM

Qualquer observação que possa esclarecer situações sobre as quais os dados do inventário
não forneçam o "quadro completo", ou não revelem detalhes importantes para o planeamento
do maneio florestal, deve ser escrita como texto livre para auxiliar na interpretação dos dados
do inventário durante a análise dos dados. Os dados sobre a extração recente, e
provavelmente controversa, de madeira, devem também ser registados aqui.

Notas:

Apenas para parcelas de campo estabelecidas permanentemente para monitoramento


de longo prazo:
Se a parcela de campo deve ser estabelecida permanentemente, além da vara de madeira,
um marcador permanente (barra/tubo metálico) dever ser inserido completamente no solo,
de modo a que não seja visível. O marcador deve ser colocado exactamente na posição do
centro da parcela. Caso algum obstáculo obstrua ou impeça essa localização exata (árvore,
rocha, rio, casa, etc.), o marcador permanente deve ser colocado o mais próximo possível do
centro da parcela e as informações sobre o deslocamento são registadas no formulário do
campo, juntamente com uma descrição do centro da parcela (ver tabela 6), a fim de permitir
a recolocação no futuro. Se, por qualquer razão (presença de rocha, árvore, rio, ...), o

14A
marcador não puder ser colocado no ponto de partida, então a distância e o rumo da bússola
(em graus) do ponto de partida da parcela devem ser medidos a partir do sítio do marcador.
Além disso, devem ser identificados três (3) objetos proeminentes de referência (rocha,
árvore maior, casas, topo da montanha, etc.) e devem ser medidas a orientação (bússola em
graus a partir do sítio do marcador) e a distância do marcador (com fita métrica se
razoavelmente perto, e aproximadamente se muito longe). Deve ser tirada e codificada uma
fotografia do marcador para cada referência (numeração sequencial das fotografias dentro
da UA) (por exemplo, 6ª foto tirada na UA = 6).
Estas indicações devem ser ilustradas num esboço (Descrição e esboço de referência de
marcador), onde os pontos de referência e o centro da parcela (se diferente da posição do
marcador) são indicados. Uma breve descrição dos pontos de referência deve ser fornecida
em formato tabelar (as colunas de orientação e distância da posição do marcador podem
ser preenchidas de acordo com as informações do esboço após o trabalho de campo) (ver
exemplos na figura 8 e na tabela 6).

Dalbergia melanoxylon Dap


45cm (32 m)

Cruzamento viário (125) m)


Cume da montanha
(2000 m)

Descrição Orientação (°) Distância (m) Foto Nº

1 Dalbergia melanoxylon, Dap 45 cm 300 32 5


2 Cruzamento viário "A a B" e "C a D 110 125 6
3 Cume da montanha "M 230 2000 7

Deslocamento do marcador* do centro da parcela - - -


Descrição do centro da
Pequena colina numa clareira da floresta
parcela
* Apenas se a posição do Marcador for diferente da localização do centro da parcela.
A "Descrição do sítio" é realizada na área da parcela PC3/PR3 (r17,85 m / 20 m x 50 m) e
no Ponto de Medição (PM), para caracterizar a área onde se encontra o "Número da
parcela" específico. Cada linha da tabela corresponde a uma parcela, e no campo de
"Formato da Parcela (C/R)" "C" é registado se forem aplicadas formas circulares para a
parcela maior (PC3), ou seja, se for usado um hipsómetro ou equipamento similar para o

15A
inventário do campo, e "R" é registado se for aplicada a forma retangular para a parcela maior
(PR3), ou seja, se não for usado hipsómetro (tabela 16).
A categoria "Uso da terra / tipo de floresta" deve ser registada com o código
correspondente, como indicado na tabela 9. Embora a amostragem inclua apenas áreas
florestais, o uso da terra na parcela pode ser diferente, devido à presença de pequenas áreas
de terras não florestais dentro da floresta. Os tipos de floresta da zona de Miombo são
Miombo Seco (22) ou Miombo Húmido (21), e para a zona de Miombo o stock florestal é
registada como Com Stock (com árvores presentes com Dap ≥10 cm) ou como Sem Stock
(sem árvores presentes com Dap ≥10 cm) (ver lista de códigos na tabela 17).
A Função da floresta na parcela é registada de acordo com a lista de códigos da tabela 10,
portanto, se a parcela calhar numa zona de conservação (encostas íngremes, floresta de alto
valor) ou zona tampão (zonas ciliares e rodoviárias), é registado o código de conservação
correspondente, e se a parcela for estabelecida ñuma área para produção de madeira ou
floresta de uso múltiplo, o respectivo código deve ser registado.
No Ponto de medição (PM), são feitas observações gerais do terreno. O "Declive" máximo
é medido por um clinómetro em percentagem (%) sem valores decimais, e o "Aspeto"
correspondente do declive é medido com uma bússola de precisão em graus (0 a 360 ), sem
valores decimais. Para registo de terreno plano "-". A "Altitude" no PM é medida em metros,
sem valores decimais. A localização topográfica da parcela no terreno é registada no campo
"Topografia", de acordo com a lista de códigos da tabela 18.
A "Cobertura vegetal" é observada por tipo de vegetação na PC3/PR3 e registada como
proporção da área da parcela nos campos correspondentes "Árvore cc", "Arbustos",
"Bambu" e "Ervas", de acordo com a lista de códigos da tabela 20.
A "Idade da floresta/fase de desenvolvimento" é estimada pela distribuição de altura e
diâmetro das árvores no PC3/PR3 e envolvente e pelo subsequente registo da classe de
desenvolvimento correspondente, de acordo com a lista de códigos da tabela 21.
Descrição do sítio (PM e PC3: r17,85 m, alt. PR3: 20 m x 50 m)

Forma Uso da terra Função Cobertura vegetal (%) Idade da


Parcela Declive Aspeto Altitude Árvore Arbustos Bambu Ervas floresta/
da P. / tipo F. (e da Topogr.
Nº (%) () (m) cc fase de
(C/R) stock) floresta
desenv.

A regeneração de árvores (Obs! não a regeneração de arbustos! ) é inventariada de acordo


com a altura das plantas, e cada linha das tabelas de regeneração de árvores corresponde a
uma parcela.
A regeneração de árvores pequenas (0 cm < Dap < 5 cm) (ou seja, mudas) é avaliada no
PC1 (r1,78 m), sendo a regeneração contada por grupo de espécies (Tabela 19) e registada
como número total por grupo de espécies para cada parcela.

16A
Regeneração de pequenas árvores 0 cm < Dap < 5 cm ( mudas) (PC1: r1.78 m)
Contagem de regeneração
Parcela
Nº Outras
Sp. 1 Sp. 2 Sp. 3 Sp. 4 Sp. 5 Sp. 6 Sp. 7 Sp. 8 Sp. 9 Sp. 10
Spp.

A regeneração de árvores grandes (5 cm < Dap < 10 cm) (ou seja, mudas grandes) é
avaliada no PC2 (r3,99 m), e a regeneração contada por grupo de espécies (tabela 19)
registada como número total por grupo de espécies para cada parcela.

Regeneração de árvores grandes 5 cm ≤ Dap < 10 cm (mudas grandes) (PC2: r3.99 m)


Parcela Contagem de regeneração

Sp. 1 Sp. 2 Sp. 3 Sp. 4 Sp. 5 Sp. 6 Sp. 7 Sp. 8 Sp. 9 Sp. 10 Outras Sp.

São avaliadas as peças de madeira morta (MM) que intersectam a linha do transecto (LT),
e que são consideradas utilizáveis (madeira ou PFNMs). O diâmetro MM (D ≥10 cm) na
intersecção da LT é medido em centímetros (cm) com fita de diâmetro (sem valores decimais)
e é registado em "DMM".

Madeira morta caída (linha do transecto):


Madeira morta caída (DMM ≥ 10 cm)
Parcela

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

As árvores em pé (Dap ≥ 10 cm), tanto vivas como mortas, são inventariadas.


As árvores (Dap ≥ 10 cm) são avaliadas na PC3/PR3 e é criado um registo para cada árvore.
As árvores são registadas por "Número de parcela" e "Número de árvores" dentro de cada
Parcela, e a "Espécie" é registada de acordo com a lista de códigos da tabela 19. O diâmetro
à altura do peito (Dap) de cada fuste é medido perpendicularmente ao fuste, a uma altura de
1,3 m acima do solo (ver anexo IV para medição de diâmetro e casos particulares). A
mediçãoDap é feita com uma fita de diâmetro e registada em centímetros (sem valores
decimais).
A Altura/Comprimento Total das Árvores é medida com hipsómetro, clinómetro, altímetro
ou hastes telescópicas e registada em metros, com uma precisão de 0,5 m. Obs! Deve ser
registado o comprimento real da árvore, portanto, para árvores com inclinação é importante
calcular o comprimento real a partir da altura vertical do topo da árvore acima do solo e a
inclinação da árvore (ver anexo V para medições da altura de árvores e casos particulares).
A altura do fuste é também medida para espécies de árvores comerciais, aplicando as
mesmas técnicas da altura total das árvores.

17A
As observações sobre Qualidade do Fuste são registadas de acordo com a lista de códigos
da tabela 22. A Saúde das Árvores é estimada de acordo com as observações da
Iluminação da Copa, Forma da Copa e Condição Geral das Árvores e é registada de
acordo com as listas de códigos correspondentes (tabela 23, e tabela 25)., o grau de
decomposição do tronco é registado apenas para árvores mortas, de acordo com a lista de
códigos da tabela 26.
Árvores Dap ≥ 10 cm (PC3: r7.98m, alt. PR3: 20 m x 10 m)
Alt. (m) Saúde

Tot.

Fuste

copa.
Iluminação da

forma da copa

Cond. geral

Decomp. (%)
Qual.
Par. Nº Árv. N° Cód. Sp. Dap (cm)
Fuste

18A
Tipo de equipamento Descrição

Receptor GPS de alta precisão, portátil


receptor GPS
ex. eTrex 22x, eTrex 32x, (ou incorporados no colector de dados digital)

Fita métrica resistente (fibra de vidro) (50m, marcas de 1cm).


Fita métrica
ex. KSEIBI, TOLSEN, STANLEY

Corda fina resistente com marcas de distância (nós) a 1,78m, 3,99m e


17,85m, e com marcas adicionais indicando as distâncias horizontais
Corda de medição mencionadas a 30%, 40% e 50% (correspondentes a 17º, 22º e 27º,
respectivamente).
Ex. KESON, YAMAYO

Bússola de precisão (360º com marcas a cada 0,5º, precisão (precis.)


±0,3º, equilibrada para Zona Magnética 4), com ajuste óptico e
Bússola opcionalmente com correção de declinação.
ex. Suunto KB-14, KB-14/360RD

Fita métrica resistente (fibra de vidro) de dupla face


Fita de diâmetro (5m) (comprimento/diâmetro) de diâmetro (10m com marcas de 1cm).
ex. Fita Richter 5m de diâmetro em fibra de vidro

Clinómetro de precisão para medições de altura (métrica de 0-50m,


Clinómetro precis. ±0,5m) e declive (%/º, precis. 0,25º)
ex. Haga Altimeter, Suunto PM5 1520, Haglöf EC II-D

Equipamento opcional

Hipsómetro de alta precisão para medição de distância (até pelo menos


20m, precis. ±1%), altura (precis. ±0,1m) e ângulo (precis. ±0,1º) em
Hipsómetro ambiente florestal (ou seja, utilizando transponder e receptor de ultra-
som).
ex. Haglöf Vértice IV, Haglöf Vértice V

Coletor de dados digital adaptado ao campo para inserir os valores de


Colector de dados medição e observações numa base de dados digital diretamente no
digitais campo.
ex. Smartphones adaptados ao campo, tablets...

Paquímetro Métrico analógico

19A
Navegação do Campo / Orientação

Coordenadas geográficas receptor GPS

Mapas topográficos (de acordo com


características conhecidas no terreno)

Orientação / Aspeto Bússola de precisão

Distância (longa - entre localizações geográficas) Receptor GPS (distância em linha recta)

Mapas topográficos (imagens de satélite,


fotografias aéreas, e/ou ortofotos, se disponíveis)

Distância (curta) Fita métrica/corda

Medição

Variável Equipamento

Raio, largura e Hipsómetro, fita métrica, corda métrica


comprimento da
parcela

Altitude receptor GPS

Declive Hipsómetro, clinómetro

Orientação / Aspeto Hipsómetro, bússola de precisão

Regeneração de (Contagem por espécie r1.78 para Dap 1-5 cm), (Contagem por espécie r3.99 para
árvores Dap 5-10 cm)

Árvore Dap Fita adesiva de diâmetro (fita métrica)

Altura da árvore Hipsómetro, clinómetro, haste de medição telescópica

Altura do fuste Hipsómetro, clinómetro

Idade da árvore Broca para árvores

Madeira morta Fita de diâmetro, (fita métrica), paquímetro


Dmed

Comprimento da Fita métrica


madeira morta

Observações (subjectivas)

Parâmetros Variáveis

Observações gerais Observações que ajudam a compreender as circunstâncias locais, especialmente


se os dados recolhidos não reflectirem as condições gerais.

Características do Tipo de floresta (composição das espécies), cobertura do copado.


sítio

20A
Condições das Saúde/danos da árvore, tamanho/forma do copado.
árvores

Potencial madeireiro Espécie, qualidade do fuste.

potencial dos Lenha, carvão vegetal, postes, material de construção, comestível, artesanal,
PFNMs plantas medicinais / partes de plantas.

Riscos ambientais Erosão, Incêndios, Erupções de pragas / Insectos, Inundações / Seca, Herbivoria,
Derrubes por vento.

Fauna bravia Observações através de observações diretas, pistas ou sons, na área das
unidades de amostragem e ao longo dos percursos ao longo do transecto entre
as unidades de amostragem, para confirmar a presença de animais
especificados.

Plantas em risco de Observações de plantas classificadas como sob qualquer tipo de situação de risco
extinção segundo a UICN, na área das unidades de amostragem e ao longo dos percursos
ao longo do transecto entre as unidades de amostragem, para confirmar a
presença de plantas especificadas.

21A
Nome/N° da UMF Área (ha) Líder da Equipa de Inventário Data página

Descrição da UMF:
Tipo de floresta Função(ões) florestal(ais) Acessibilidade

Observação de fauna bravia (dentro da UMF) Espécies de plantas em risco de extinção (dentro da UMF)
Espécie Parcela Nº Espécie Parcela Nº

Riscos ambientais (PC3: r17,85m, alt. PR3: 20x50m)Produtos florestais não-madeireiros (PC3: alt. PR3)
Risco ambiental Parcela Nº Espécie de PFNM Parcela Nº

Notas:

22A
Descrição da parcela permanente de amostragem de campo

Parcela No. _______

Esboço dos pontos de referência do marcador

Descrição dos pontos de referência do marcador


Orienta Distância
Nº Descrição ção (m) Foto Nº
(°)

Deslocamento do marcador* do centro da parcela

Descrição do centro da
parcela

* Apenas se a posição do Marcador não for a localização no centro da parcela.

23A
Descrição do sítio (PM e PC3: r17,85 m, alt. PR3: 20 m x 50 m)
Uso da terra / Função Topogr. Cobertura vegetal (%) Idade da
Parcela Forma da Declive Aspeto Altitude
tipo F. (e da floresta/ fase
Nº P. (C/R) (%) () (m) Árvore cc Arbustos Bambu Ervas
stock) floresta de desenv.

24A
Regeneração de pequenas árvores 0 cm < Dap < 5 cm ( mudas) (PC1: r1.78 m)
Parcela Contagem de regeneração
Nº Sp. 1 Sp. 2 Sp. 3 Sp. 4 Sp. 5 Sp. 6 Sp. 7 Sp. 8 Sp. 9 Sp. 10 Outras Sp.

25A
Regeneração de árvores grandes 5 cm ≤ Dap < 10 cm (mudas grandes) (PC2: r3.99 m)
Parcela Contagem de regeneração
Nº Sp. 1 Sp. 2 Sp. 3 Sp. 4 Sp. 5 Sp. 6 Sp. 7 Sp. 8 Sp. 9 Sp. 10 Outras Sp.

26A
Madeira morta caída (linha do transecto):
Parcela
Madeira morta caída (DMM ≥ 10 cm)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

27A
Decomp. (%)
Cond. geral
Saúde

forma da copa
Iluminação da
coroa.
Qual. Fuste
Altura (m)

Fuste
Tot.
Dap (cm)
Código Sp.
Árvore N°
Árvores Dap ≥ 10 cm (PC3: r7.98m, alt. PR3: 20 m x 10 m)

Parcela Nº

28A
Decomp. (%)
Cond. geral
Saúde

forma da copa
Iluminação da
copa.
Qual. Fuste
Altura (m)

Fuste
Tot.
Dap (cm)
Código Sp.
Árvore N°
Parcela Nº
Tipo de cobertura / Uso Principal do Terreno
Código da Principal
classe / código de
Código (POR) (ENG) uso do solo*

11 Floresta densa sempre-verde Dense evergreen forest


12 Floresta aberta sempre-verde Open evergreen forest
13 Floresta de Mecrusse Mecrusse Forest
14 Floresta de Mangal Mangrove forest
21 Miombo Húmido (Fl. densa decídua) Humid Miombo woodland F
22 Miombo seco (Fl. aberta decídua) Dry Miombo woodland
23 Floresta de Mopane Mopane Forest
24 Floresta de Montanha Mountain forest
25 Plantações florestais Forest plantations
33 Matagal Shrubland
OTsCF
34 Terras de pousio Fallow system
35 Pradaria arbórea incluindo arbustos Grassland/meadow/pasture

36 Vegetação herbácea em área inundada Wetland without tree cover

37 Cultivos arbóreos Agriculture with perennial tree crops OT


38 Campos agrícolas Agriculture fields (annual crops)
41 Solos sem vegetação Barren Land (rock, desert)
42 Área habitacional Built-up area
43 Corpos de água Inland Water A
*Uso principal da terra: F = Floresta, OTsCF = Outros terrenos sob cobertura florestal , OT = Outros terrenos, A= Águas Interiores.

29A
Símb. Tipo de Função Critérios
Código
(ENG) (POR)

Função de Conservação

Conservação do
1 PSF FEP Floresta Estatal Protegida
habitat/espécies

2 PZW ZPA Zona de Conservação de Água (zona ciliar) Perto de linha de água (100m)

Perto de estrada/caminho-de-
3 PZR ZPA Zona de Conservação de Estrada
ferro (20m)

4 PZS ZPD Zonas de Conservação em Declive (proteção do solo) Declive >45% (>24°)

5 PZA ZPA Zona de Conservação em Altitude Elevada Altitude >800m snm

Zonas húmidas com


Zona de Conservação para regulação hidrológica e
6 PZWL ZPLA ecossistemas frágeis / de alto
ecossistemas
valor

Alto Valor de Conservação,


6 FVP FPV Área florestal particularmente valiosa habitat para espécies
ameaçadas de extinção

Função de Uso Múltiplo (Necessidades da Comunidade)

Floresta em área comunitária,


7 CF FC Floresta Comunitária
ou adjacente a ela

Floresta utilizada pelas


8 CUF FUC Floresta de Uso Comunitário comunidades locais para as
necessidades de subsistência

Função de Produção da Madeira

Sem proteção/ restrição formal


9 TPF FPM Floresta de Produção Madeireira
para a extração de madeira

Símb. Grau de dificuldade de acesso à UMF


Código
(ENG) (POR) (ENG) (POR)

E F Easy Fácil

M M Moderately Difficult Moderadamente Difícil

D D Difficult Difícil

VD MD Very Difficult Muito Difícil

30A
Símb. Espécie
Código
(ENG) (POR) (ENG) (POR)

Símb. Espécie
Código
(ENG) (POR) (ENG) (POR)

Símb. Tipo de risco ambiental


Código
(ENG) (POR) (ENG) (POR)

1 WF INC Wildfire Incêndios

2 SE ES Soil erosion Erosão do solo

3 PDO P/E Pest/Disease outbreak pragas/epidemias

4 WT DV Windthrow Derrube por vento

5 OG SP Overgrazing Sobrepastoreio

9 OTH ORA Other environmental hazard Outros riscos ambientais

Código Symb. Espécie


da
Espécie (POR) (ENG) (POR) (ENG)

Lenha / Carvão Vegetal Fuelwood/Charcoal

Material de construção Construction Material

Carpintaria, utensílios, tecidos Woodwork, utensils, fabrics

Frutas comestíveis, frutos secos, partes de plantas Edible fruits, nuts, plant parts

31A
Plantas medicinais Medicinal plants

Cosméticos, corantes Cosmetics, colouring

Forragem Fodder

Symb. Forma da parcela


Código
(POR) (ENG) (POR) (ENG)

1 C C Circular Circular

2 R R Retangular Rectangular

Symb. Tipo de floresta


Código
(POR) (ENG) (POR) (ENG)

1 S Com stock Stocked

2 U Sem stock Unstocked

Código Opções Descrição/definição

Terreno relativamente plano (declive ≤ 5%), de grande extensão e altitude, acima


1 Planalto de terras baixas adjacentes, limitado por uma escarpada de descida abrupta em
pelo menos um dos lados. Pode ser dissecado por vales e rios profundamente
incisos.
2 Cimeira / Crista Crista de qualquer tipo ou topo de colina; pode ser afiada ou arredondada

3 declive superior Declive superior da encosta (localizada no 1/3 superior da encosta) (ombro)

4 declive médio Declive médio da encosta (declive > 5 %) (declive traseiro)

5 Declive inferior Encosta inferior da encosta (pé da encosta)

6 Bancada / Terraço Zona horizontal de largura média superior a 30 m, interposta no lado do vale (declive
< 15%) ou um terraço com mais de 6 m de largura
Depressão muito ampla, suavemente inclinada, com extensão predominante numa
7 Vale direção, geralmente situada entre duas montanhas ou cordilheiras. O perfil pode ter
a forma de U ou V. Inclui vale de rio (formado por água corrente) ou vales glaciares.

8 Planície Uma grande área plana ou ligeiramente ondulada de baixa altitude em relação à
envolvente.

9 Depressão estreita Depressão fechada ou pequeno vale estreito ou cratera distinta (incluindo ravinas,
desfiladeiros,canyons...)
10 Linha de água Linha de água permanente ou temporária (rio...)

11 Dunas Colinas arenosas, criadas por depósitos de areia devido à erosão do


vento/tempestades, muitas vezes instáveis e em movimento
99 Outros A ser indicado nas notas

32A
Espécies de árvores Mín.
exploração
Código Símb. (ENG) Latim
(POR) Nome comercial Dap

Espécies produtoras de madeira preciosa


1 Mulatchine, Sungagoma Pau-rosa Berchemia zeyheri 30
2 Mpinge, Mpivi, N'mico Pau-preto Dalbergia melanoxylon 20
3 Mucula-cula, Muoma Diospyros kirkii 40
4 Mfuma,Ntoma Ebano Dyospiros mespiliformis 50
5 Inhamarre Inhamarre Ekebergia capensis 50
6 Bubuti, Mubuti Mbuti Entandophragma caudatum 50
7 Chacate Chacate preto Guibourtia conjugata 40
8 Megunda, Mecuco, Mahundo Tule Milicia excelsa 50
9 Chilingamache, Mucunita Sândalo Spirostachys africana 30

(II) Espécies produtoras de madeira de primeira classe


11 Mussacossa, Mugengema, Chanfuta Afzelia quanzensis 50
muoco
13 Mutivera Albizia glaberrima 40
14 Tingare, Mpovera Tanga-tanga Albizia versicolor 40
15 Muvando, Nanluve, Sacanono Nulo Balanitas maughamii 30
16 Muonha, Nkonha Mugonha Breonardia microcephala 50
17 Chiti Baikiaea plurijuga 30
18 Munagari, Mungari, Ehupu Mondzo Combretum imberbe 40
19 Bonjua, Murroto Mutondo Cordyla africana 50
20 Mucucucul-cula, Muoma Diospyros spp 40
21 Muave Missanda Erythrophloeum suaveolens 40
22 Muxiri, Nthethere, Mussossola Faurea speciosa 40
23 Mepiao Mepiao Inhambanella henriquesii 50
24 Mbawa Umbáua Khaya nyasica 50
25 Panga-panga, Panguire Jambirre Millettia stuhlmannii 40
26 Muculala Monotes Africanus 30
27 Mecobeze Mecobeze Morus lactea 50
28 Mbila, Mucurambira Umbila Pterocarpus angolensis 40
29 Gogogo, Izulambite, Chongue Podocarpus falcatus 50
30 Tondue, minhe-minhe Pseudobersama 40
mossambicensis
31 Nhaquata, Pau-rosa, Cimbe Pau-ferro Swartzia madagascariensis 30
33 Chuanga, Muaca, Muanka Muanga Pericopsis angolensis 40

(III) Espécies produtoras de madeira de segunda classe


34 Goana, Megerenge Mepepe Albizia adianthifolia 40
35 Banga-wanga, Mutindire Mutiria Amblygonocarpus andongensis 40
36 Meguza, Mefuma Sumauma Bombax rhodognaphalon 50
37 Mfuti, Mopwo Mafuti Brachystegia boehmii 40
38 Kokoro Brachystegia bussei 40
39 Tagate, Takata, Itakhata Brachystegia longifolia 40
40 Mpapa rupakhole Messassa Brachystegia manga 40
41 Mpapa, Tsondo Messassa Brachystegia spiciformis 40
42 Nankweso, Mucoio Brachystegia utilis 40
43 Mucarati, Nkarara, Mecimbe Mucarala Burkea africana 40
44 Muhimbe, Mpacala Messassa Julbernadia globiflora 40
encarn.
45 Nipovera Mafumuti Newtonia buchananii 50

33A
46 Infomoze Infomoze Newtonia hildebrandtii 50
47 Mucuti Mucuti Parkia filicoidea 50
48 Mduro, Nleva Mungoroze Pteleopsis myrtifolia 40
49 Ngomo, Iphaka Mungomo Ricinodendron rautanenii 50
50 Mfula, Tsula, Nkokwo Canho Esclerocarya birrea 50
51 Ntonha, Nthumpu Metonha Sterculia quinqueloba 40
52 Njale Metil Stercurlia appendiculata 50
53 Meculungo Messinge Terminalia sp 40
54 Muciquiri, Mafurra Mafurreira Trichilia emetica 40

(IV) Espécies produtoras de madeira de terceira classe


55 Mecungo, Micaia Namuno Acacia nigrescens 40
56 Rotanda Mezambe Anthocleista grandiflora 30
57 Mangal branco Mangal branco Avicennia sp 30
58 Melelha, Mussaba Metacha Bridelia micrantha 40
61 Mezambe Mezambe Cassipourea gummiflua 30
62 Messucandiri Celtis africana 40
63 Mrtuzite Celtis gomphophylla 50
64 Nacuva.Nacura Cleistanthus holtzii 50
65 Evate Evate Cynometra carvalhoi 40
67 Nziba, Ziva Ziba Dialium schlechteri 40
68 Mepepete Dialium sp. 40
69 Incalazi, Tchaia, Muacari Erythrophloeum sp 40
70 Nhapwepwa Funtumia latifolia 30
71 Chacate encarnado Chacate Guibourtia coleosperma 40
encarnado
73 Vunguti, Nrikiriki Kigelia pinnata 40
74 Muhula, Mahula, Ntupio Parinari curatellifolia 30
75 Chire, MECUÁ Phyllanthus sp. 50
76 Mucequece Mucequece Piliostigma thoningii 40
77 Messolo, Ntholo, Mussonjoa Pseudolachnostylis 30
maproneifolia
78 Tchetcheretane Ptaeroxylon obliquum 40
80 Tchaia Tchaia Elipticum de Sapium 40
81 Mebope Sideroxylon inérme 40
82 Mecurri, Tucura, Mudlho cordato de sífilio 40
83 Mecurre, Nakuthanthe, Mecuti Jambaloeiro guineense do sítio-sítio 40
84 Sai-sai, Kassanche, Messusso Inconola Terminalia sericea 30
85 Sai-sai, Kassanche Terminalia stenostachya 30
86 Metela, Nahunkwo Metongoro Uapaca kirkiana 30
87 Metela, Nakachunkwo Metongoro Uapaca nitida 30
88 Kochokore Metongoro Uapaca zanguebarica 30
89 Nhazuovo Vitex doniana 40
90 Nakuna Vitex sp 40
91 Merunde, Nlothe Mulonde Xeroderris algoulmannii 40
92 Xylia sp 40
93 Mepeza Xilopia aethiopica 40

(V) Espécies produtoras de madeira de quarta classe


94 Micaia, Dzungua, Sango Acácia albida 40
95 Micaia, Munga Acacia burkei 40
96 Micaia, Munga Acacia erioloba 40
97 Micaia, Munga Karroo de Acácia 40
98 Micaia, Munga Acacia nilotica 30

34A
99 Micaia, N'roca Acacia polycantha 40
100 Micaia, Massadzi Acacia robusta 40
101 Micaia, Munga senegal de Acácia 30
102 Micaia, Gunga Acacia sieberana 40
103 Micaia, Munga Acácia tortilis 30
104 Micaia, Megerenge Acacia xantophloea 40
105 Nhonge, chongue Antidesma venosum 30
106 Mudicua, Palmeira Borassus aethiopiocum 30
107 Capwapwa, Nampuko-puko Cussonia sp 50
108 Tsani Dolichandrone alba 30
109 Titi, Nancilacona Erytrina livingstonei 40
110 Tondjua, Mpovataci Fernandoa magnifica 30
111 Cimboma, Mucimboma Hirtella zanguebarica 30
112 Micheu, Palmeira Hyphaene sp 30
113 Mtumbui, Poko-poko Kirkia acuminata 40
114 Chiucanho, Msatoto,Cimuili Lannea sp 40
115 Mutarara Lecanidiscus fraxinifolia 30
116 Nheve, Nhewa Manilkara sp 40
117 Ntzole, Bengwerwa Mimusops sp 40
118 Tchaia Treculia Africana 50
119 Tamarinho, Wepa Tamarindo Tamarindus indica 50

Espécie Não Identificada


0 Não Conhecido
*Lista de classificação das espécies arbóreas produtoras de madeira prevista no nº 1 do artigo 11º do Regulamento da Lei de
Florestas e Fauna Bravia

Código Opções Descrição/definição


0 Sem presença Sem presença do tipo de vegetação
1 < 5% Muito poucas unidades do tipo de vegetação
2 5-10% Cobertura esparsa do tipo de vegetação
3 10-40% Cobertura muito aberta do tipo de vegetação
4 40-70% Cobertura aberta do tipo de vegetação
5 >70% Cobertura fechada do tipo de vegetação

35A
Código Opções Descrição/definição
Sem
0 Sem presença de árvores ou regeneração
Árvores/Regeneração
Presença de regeneração, mas sem árvores com Dap
1 Regeneração
≥10 cm
A composição em altura e diâmetro das árvores indica
Árvores jovens - em
2 elevada proporção de árvores de pequeno diâmetro,
desenvolvimento
mas falta de árvores de diâmetro intermédio e maduras
A composição em altura e diâmetro das árvores indica
Árvores intermédias -
3 elevada proporção de árvores de diâmetro intermédio,
em desenvolvimento
mas falta de árvores maduras
A composição em altura e diâmetro das árvores indica
4 Árvores maduras
elevada proporção de árvores maduras
A composição em altura e diâmetro das árvores indica
5 Árvores velhas
uma elevada proporção de árvores velhas.

Código Opções Descrição/definição


Árvore com vários defeitos ou danos devido a fogo, pragas,
1 Baixo
doenças, animais...

Árvore com pequenos defeitos ou danos devido a fogo, pragas,


2 Médio
doenças, animais, etc.

Árvore direita, sem danos visíveis devido a fogo, pragas,


3 Alto
doenças, herbivoria, etc.

Código Opções Descrição/definição

1 Total 70-100% da copa exposta

2 Parcial 30-70% da copa exposta

3 Sombra 0-30% da copa exposta

Código Opções Descrição/definição

1 Bom Copa simétrica (70-100%)

2 Regular Copa assimétrica (30-70%)

3 Inferior Copa muito assimétrica (<30%)

36A
Código Opções Descrição/definição
Uma árvore é saudável quando não apresenta sintomas de
1 Saudável doença ou outros sintomas que tenham qualquer efeito
substancial no crescimento e vitalidade da árvore.

Uma árvore é ligeiramente afectada quando apresenta sintomas


2 Ligeiramente afetada de doença ou outros sintomas que, em certa medida, afectam o
crescimento e a vitalidade da árvore.

Uma árvore é severamente afectada quando apresenta sintomas


3 Severamente afetada de doença ou outros sintomas que afectam substancialmente o
seu crescimento e vitalidade sem serem letais.

Uma árvore está morta quando nenhuma das suas partes está
Árvore em pé morta/ viva (folhas, brotos, câmbio) a 1,3m ou mais. Uma árvore está
4
moribunda moribunda, se mostrar danos que certamente levarão à morte.
De pé.

Uma árvore está morta quando nenhuma das suas partes está
viva (folhas, brotos, câmbio) a 1,3m ou mais. O diâmetro de uma
Árvore caída
5 árvore caída é medido na altura estimada do peito anterior. Uma
morta/moribunda
árvore está moribunda se tiver danos que certamente levarão à
morte. Caída.

Código Opções Descrição/definição


Uma árvore morta com ramos e galhos, que assemelha uma
1 Ramos e galhos
árvore viva.

Ramos pequenos e Uma árvore morta, sem galho, mas com ramos pequenos e
2
grandes grandes persistentes.

3 Grandes ramos Uma árvore morta com apenas grandes ramos.

Uma árvore morta apenas com o tronco, sem ramos. A madeira


4 Fuste "intacto"
do fuste está quase intacta, com baixa decomposição.

Uma árvore morta apenas com o tronco, sem ramos. O fuste está
5 Fuste podre
podre, em estado avançado de decomposição.

37A
O diâmetro da árvore é medido sobre a casca, a 1,3 m de altura do peito acima do
solo (ver figura 9), com excepção dos casos particulares mencionados abaixo. A
medição pode ser feita com a ajuda de uma fita de diâmetro (fita com unidade de
diâmetro em centímetros), ou com o uso de um paquímetro. Para evitar sobrestimar
o volume e para compensar erros de medição, o diâmetro é medido em cm, e
arredondado para baixo (exemplo: 16,8 cm tornam-se 16 cm).

Notas: Uma única linha pontilhada indica o sítio


para a medição Dap. Se houver duas linhas no
fuste por a árvore ser defeituosa, o sítio
apropriado para fazer a medição é indicado..

1.30m

 Casos particulares para medição de diâmetro (Dap): a tabela 27 fornece


indicações sobre a posição das medição de diâmetro para casos particulares,
por exemplo, árvores em terreno inclinado, árvores bifurcadas, etc.

3
Fonte: Manual NFMA 2009 da FAO para Recolha Integrada de Dados de Campo

38A
Figura
Caso Descrição da medida do diâmetro
Nota: ver Figura.

Em terreno A medida da árvore Dap a 1,3 m é tirada


inclinado a partir de uma posição de aclive.

1.3m
1.3m

Árvore Existem vários casos, de acordo com o


bifurcada ponto de bifurcação do fuste.

 Se a bifurcação começar (o ponto


onde o núcleo é dividido) abaixo de
1,30 m de altura, cada fuste com o
diâmetro necessário (≥20 cm em
toda a parcela, ≥10 cm para
subquadrantes retangulares) deve
ser considerado como uma árvore e
medido. O diâmetro de cada fuste é
medido a 1,3 m de altura.
1.3m
 Se a bifurcação começar acima de 1.3m 1.3m

1,3 m de altura, a árvore será


contada como uma única árvore e a
medição do diâmetro é feita a 1,3 m.
 Se a bifurcação ocorrer a 1,3 m ou
imediatamente acima, a árvore será
contada como uma única árvore e o
diâmetro é medido abaixo da
bifurcação, logo abaixo de qualquer
protuberância que possa inflacionar o
Dap.
Medição
1.3m
Ponto

39A
Talhadia Estas são consideradas como árvores
bifurcadas. Os rebentos de talhadia
abaixo de 1,3 m são medidos como uma
única árvore.

Árvore com A medição do diâmetro é feita 30 cm


uma base de acima do aumento ou da largura principal
fuste das raízes tabulares, se o alargamento
ampliada ou atingir mais de 90 cm de altura acima do
árvore com solo.
raízes
tabulares

Medição
0.3m
Ponto

1.3m

Árvore com A medição do diâmetro é feita a 1,3 m do


raízes aéreas limite entre o fuste e as raízes.

Medição
1.3m
Ponto

1.3m

40A
Árvore com Árvores com protuberâncias , feridas,
fuste irregular ocos e ramos, etc. à altura do peito,
a 1,3m devem ser medidas logo acima do ponto
irregular, onde a forma irregular não
afecta o fuste.

Medição
Ponto

1.3m
1.3m

Medição
Ponto 1.3m

Árvore A medição do diâmetro é feita a 1,3 m. A


inclinada altura do fuste é medida onde a base do
fuste e o solo se encontram formando o
ângulo menor.

1.3m

41A
Árvore caída A medição do diâmetro é feita a 1,3 m do
ponto de transição entre o fuste e a raíz.
Ponto de transição Ponto de
transição medição

Árvore viva Quando uma árvore viva está deitada no


deitada no chão e os seus ramos verticais (a <45o
chão com vertical) crescem a partir do tronco
ramos em principal, recomenda-se determinar
forma de primeiro se o fuste principal está ou não
árvore vertical acima dos ramos.

 Se o tronco principal estiver


acima dos ramos, utilize as mesmas
regras aplicadas a uma árvore 1.3m

bifurcada.

 Se a medula do tronco principal


estiver abaixo dos ramos, ignore o
tronco principal e trate cada um dos
ramos em forma de árvore, como
uma árvore separada. O Dap é
medido (e a sua altura também) a 1,3
m do solo, mas não a partir do topo
do tronco deitado. Se o topo do
tronco deitado formar uma curva
vertical, em comparação com o solo,
trate esta porção de árvore como se
fosse uma árvore individual,
começando no ponto em que a
medula se separa dos ramos.

42A
A medição da altura das árvores pode ser realizada com o auxílio de vários
instrumentos, como por exemplo: Hipsómetro, clinómetro e postes telescópicos.
Medição da altura com clinómetro/hipsómetro:
1. Para reduzir os erros de medição, a distância da árvore deve ser semelhante
à altura da mesma. Muitos clinómetros têm distâncias de referência fixas, e
nesse caso é importante que o operador esteja exatamente na distância de
referência escolhida.
2. Observação da copa das árvores.
3. Observação da base das árvores.
4. Adição ou subtracção dos dois resultados de observação, de acordo com o
caso: adição se o operador estiver em aclive (ver figura 19a), subtracção se o
operador estiver em declive em relação à árvore (ver figura 19b);
5. Correção da inclinação (se necessário).

H=√(11.72+52)

5m

Nota: Pode determinar a altura de uma árvore (12 m para a, b, e c, e 12,7 m para d):

4
Fonte: Manual NFMA 2009 da FAO para Recolha Integrada de Dados de Campo

43A
 Adicionando os valores do topo e da base da árvore, se estiverem em ambos os lados da linha
horizontal: casos a) e c)
 Subtraindo o valor da base da árvore do valor do topo da árvore, se ambos estiverem acima da
linha horizontal: caso b)
 Para uma árvore inclinada (caso d), uma vez calculada a altura h entre o topo da árvore e o solo,
logo abaixo da projeção vertical da copa da árvore, meça a distância D da base da árvore e o
ponto localizado na vertical do topo da árvore e calcule a altura da árvore aplicando a fórmula A=
√(a2+D2

44A
Preparação do receptor GPS antes do trabalho de campo:
1. Inicialize o GPS (apenas na primeira utilização).
2. Configure as unidades. Devem ser seleccionados sistema de coordenadas e dados
adequados.
3. Introduza as coordenadas das parcelas do campo no receptor GPS como pontos de
referência. O nome do ponto deve ser indicado da seguinte forma: (número de cinco
dígitos da parcela) + "S" (= Início), por exemplo, para a parcela No.813: 00813S. Isto
pode ser feito manualmente, por ponto de referência, ou automaticamente para um
grupo de pontos de referência, ligando o aparelho GPS a um computador e utilizando
o software apropriado.
No campo:
1. Leia as coordenadas e marque a posição do ponto de partida do qual a equipa de
campo começa a aceder às parcelas a pé (ou na estrada mais próxima acessível por
veículo motorizado). O nome do ponto deve ser indicado da seguinte forma: (número
de cinco dígitos da parcela) + "V" (=Veículo) , por exemplo, para a Parcela No.813:
00813V.
2. Identificar o ponto de partida mais próximo da parcela (encontrar o mais próximo).
3. Navegue até ao ponto de partida da primeira parcela a ser inventariada (Ir para a
função). Use a bússola / página de navegação).
4. Leia e marque a posição do marcador. O nome do ponto deve ser dado da seguinte
forma: (número de cinco dígitos do gráfico) + "M" (=Marker), por exemplo, para a
parcela 813: 00813M.
5. Navegue para o próximo ponto de partida da parcela (Ir para).
6. Quando a equipa de inventário estiver perto das coordenadas da parcela e a leitura
do GPS não estabilizar (num raio de cerca de 10 metros), a equipa deve
 parar e usar a função "posição média" do GPS (mín. 30 segundos) para obter
coordenadas de posição mais exatas.
 calcular a diferença entre as coordenadas da posição real e as coordenadas da
parcela (avanço para Norte e para Este).
 deslocar-se para Leste ou Oeste por uma distância correspondente à diferença
entre o avanço para Este (= coordenadas X), utilizando a fita métrica e a
bússola (posição 270 ou 90 ).
- se o avanço para Este da posição real for inferior ao da posição do ponto de
partida da parcela, então a equipa deve dirigir-se para Leste (posição 90 );
- Pelo contrário, se for superior, então a equipa deve deslocar-se para Este
(posição 270 ).

5
Fonte: Manual NFMA 2009 da FAO para Recolha Integrada de Dados de Campo

45A
 Deslocar-se para Norte ou Sul por uma distância correspondente à diferença
entre o avanço para Norte (= coordenada Y), utilizando a fita métrica e a bússola
(posição 0 ou 180 ):
- se avanço para Norte da posição real for inferior ao avanço para Norte da
posição do ponto de partida da parcela, então a equipa deve mover-se para
Norte (0 ).
- Se, pelo contrário, se for superior, a equipa move-se para Sul (180 ).

46A
Todas as distâncias de referência são distâncias horizontais. Num terreno plano,
estas distâncias podem ser medidas directamente. No entanto, em terrenos
íngremes, as distâncias horizontais diferem das distâncias percorridas, medidas no
campo (ver figura 20). deve ser aplicado um fator de correção para identificar a
distância a percorrer no campo, a fim de alcançar um determinado ponto. Serão
feitas correcções de declive para todas as inclinações iguais ou superiores a
15 por cento.

Nota: A distância entre dois pontos, medida ao longo de um declive (d1) é sempre maior do que uma
distância horizontal equivalente (h1). Em terrenos inclinados, a distância horizontal deve ser
multiplicada por um fator de correção de declive fcd, correspondente ao declive, a fim de obter uma
distância corrigida. Θ é o ângulo entre a horizontal e a distância d1 ao longo do declive A-B. Então d1
= h1/cosina(Θ)= h1* f com fcd=1/cosina(Θ)

É aplicado o seguinte procedimento para calcular as distâncias corrigidas:


1. Meça o ângulo de declive do marco A na direção do ponto B com a ajuda de
um clinómetro (ou outro dispositivo de medição de inclinações); é importante
assegurar que a medição seja feita ao longo de uma linha de observação
paralela ao declive médio do terreno. O instrumento deve estar localizado ao
mesmo nível de altura do alvo.
2. Depois de determinar o ângulo de declive, apure a distância corrigida d1 que
corresponde à distância horizontal desejada, utilizando a tabela de correção
de inclinações (ver tabela 28).
3. Vá para o ponto B e meça novamente o declive, na direção do ponto A. Se o
resultado for diferente da primeira medição, repetir a operação.
Quando o operador não consegue ver a posição do ponto seguinte ou quando a
inclinação não é constante, são necessárias uma ou várias medições intermediárias,
e a distância horizontal deve ser corrigida em segmentos.

6
Fonte: Manual NFMA 2009 da FAO para Recolha Integrada de Dados de Campo

47A
Decl. Fator Distância horizontal (m) Decl.
o
% fcd 5 10 15 20 25 30 40 50 120 125 130 240 245 250 %

15 9 1.0112 5.1 10.1 15.2 20.2 25.3 30.3 40.4 50.6 121.3 126.4 131.5 242.7 247.7 252.8 15

20 11 1.0198 5.1 10.2 15.3 20.4 25.5 30.6 40.8 51.0 122.4 127.5 132.6 244.8 249.9 255.0 20

25 14 1.0308 5.2 10.3 15.5 20.6 25.8 30.9 41.2 51.5 123.7 128.8 134.0 247.4 252.5 257.7 25

30 17 1.0440 5.2 10.4 15.7 20.9 26.1 31.3 41.8 52.2 125.3 130.5 135.7 250.6 255.8 261.0 30

35 19 1.0595 5.3 10.6 15.9 21.2 26.5 31.8 42.4 53.0 127.1 132.4 137.7 254.3 259.6 264.9 35

40 22 1.0770 5.4 10.8 16.2 21.5 26.9 32.3 43.1 53.9 129.2 134.6 140.0 258.5 263.9 269.3 40

45 24 1.0966 5.5 11.0 16.4 21.9 27.4 32.9 43.9 54.8 131.6 137.1 142.6 263.2 268.7 274.1 45

50 27 1.1180 5.6 11.2 16.8 22.4 28.0 33.5 44.7 55.9 134.2 139.8 145.3 268.3 273.9 279.5 50

60 31 1.1662 5.8 11.7 17.5 23.3 29.2 35.0 46.6 58.3 139.9 145.8 151.6 279.9 285.7 291.5 60

70 35 1.2207 6.1 12.2 18.3 24.4 30.5 36.6 48.8 61.0 146.5 152.6 158.7 293.0 299.1 305.2 70

80 39 1.2806 6.4 12.8 19.2 25.6 32.0 38.4 51.2 64.0 153.7 160.1 166.5 307.3 313.8 320.2 80

90 42 1.3454 6.7 13.5 20.2 26.9 33.6 40.4 53.8 67.3 161.4 168.2 174.9 322.9 329.6 336.3 90

100 45 1.4142 7.1 14.1 21.2 28.3 35.4 42.4 56.6 70.7 169.7 176.8 183.8 339.4 346.5 353.6 100

110 48 1.4866 7.4 14.9 22.3 29.7 37.2 44.6 59.5 74.3 178.4 185.8 193.3 356.8 364.2 371.7 110

120 50 1.5620 7.8 15.6 23.4 31.2 39.1 46.9 62.5 78.1 187.4 195.3 203.1 374.9 382.7 390.5 120

130 52 1.6401 8.2 16.4 24.6 32.8 41.0 49.2 65.6 82.0 196.8 205.0 213.2 393.6 401.8 410.0 130

140 54 1.7205 8.6 17.2 25.8 34.4 43.0 51.6 68.8 86.0 206.5 215.1 223.7 412.9 421.5 430.1 140

150 56 1.8028 9.0 18.0 27.0 36.1 45.1 54.1 72.1 90.1 216.3 225.3 234.4 432.7 441.7 450.7 150

Nota: A tabela fornece distâncias corrigidas para algumas distâncias horizontais, em função do declive. Por exemplo,
a correção da distância para uma distância horizontal de 20 metros, com um declive de 30%, é de 20,9 m.
Para outras distâncias horizontais, não incluídas na tabela, é possível obter uma distância corrigida através da
multiplicação da distância horizontal pelo fator de correção de declive fcd. Por exemplo, num terreno com uma
inclinação de 25%, o objectivo é encontrar a distância horizontal de 7,5 metros, é necessário realizar a seguinte
operação: 7,5 * 1,0308 = 7,73 metros.

48A
Os métodos de estimativa de todos os parâmetros do IMF seguem os princípios de estimativa do rácio, onde
os parâmetros inventariados (volume de stock em crescimento, regeneração, fustes, cobertura vegetal,
erosão, incêndios, sobrepastoreio,...) são estimados em relação ao tamanho da área (áreas de parcelas
correspondentes) em que os parâmetros das IMF são medidos. Parâmetros qualitativos do IMF, como saúde
das árvores (Saudável, Moderadamente Afetada, Moribunda, Morta), são estimados atribuindo a área da
parcela ao respetivo atributo.
O desenho de amostragem do IMF é sistemático e inclui áreas de produção florestal (Madeira e PFNMs)
dentro da área designada da UMF, e não é mais pré-estratificada. As estatísticas dos CMF são geradas
através de uma pós-estratificação dos dados de inventário por área de CMF.
As estimativas são calculadas como valores por hectare e como totais. Para calcular as estimativas totais é
utilizada a área de referência florestal correspondente, que é obtida através do SIG.

Estimativa do rácio (R):


Rparâmetro = Σparcela (variável inventariada) / Σ(Aparcela)
onde variável inventariada = a estimativa individual das características do inventário (ex. Volume do
fuste de uma árvore inventariada)
Aparcela = Área da parcela (PC1=0m2, PC2=50m2, PC3/PR3=200 m2, PC4/PR4=1000m2)

Modelos de dados:

Volume do fuste (m3/fuste):


a) Volume de cilindro reduzido: Volfuste = f * (Dap/2)2 * π * HTot
onde f = 0,65 (espécie-genérica) (Saket)
Dap = Diâmetro do fuste à altura do peito (1,3m) π (pi) = 3,1416 HTot = Altura total da árvore

Volume de stock em crescimento (fustes de árvores vivas) (m3/ha):


b) VolGS = ΣParcela(Volfuste) / Σ(AParcela)

Incremento médio anual líquido do fuste (IMAfuste) (calculado a partir de amostras de madeira)::
a) Com base na medição do incremento do diâmetro do fuste (2 * distância entre os últimos 10 anéis
anuais das árvores) durante o último período de 10 anos em amostras de madeira
IMAfuste = (Dap2 * HTot - Dap-102 * HTot-10) * π * f / (4 *10) (volume do cilindro ajustado com um
factor de forma de fuste)
onde: IMAfuste= Incremento médio anual (m3) do fuste incl. casca e excl. cepo (incluindo apenas
árvores vivas) durante o último período de 10* anos
Dap = Diâmetro do fuste das árvores (m) à altura do peito (1,3m)
Dap-10 = diâmetro do fuste da árvore (m) à altura do peito (1,3m) 10* anos antes da
amostra de madeira
Htot = altura/comprimento total da árvore (m) (Ver tabela 2)
Htot-10 = altura/comprimento total da árvore (m) (Ver Tabela 2) 10* anos antes da
amostra de madeira (calculado utilizando a relação estabelecida entre "Dap" e "H"
através dos dados NFI (H-10 = H * Dap-10b / Dapb, onde "b" é um factor
específico da espécie e da região), ou tabelas de incremento de altura padrão
π= 3.1416
fform = fator de forma do fuste da árvore (0,65) (espécie genérica)

49A
b) Calculado a partir de dois períodos de estimativa: Função genérica para o incremento de volume
de um fuste de árvore, incluindo casca (=GS): IMALfuste = (Volfuste2 - Volfuste1) / (t2 - t1)

onde IMALfuste= Incremento Anual Médio Líquido (m3) do fuste, incluindo casca e excluindo cepo
(incluindo apenas árvores vivas) durante o período t1 - t2
Volfuste1 = Volume do fuste da árvore (m3) no tempo de estimativa, t1
Volfuste2 = Volume do fuste das árvores (m3) no tempo de estimativa, t2
t1 = Tempo de estimativa anterior
t2 = Tempo de estimativa posterior

Incremento Médio Anual (IMA) de Stock em Crescimento:


a) Com base no aumento potencial do volume de stock em crescimento, baseado na precipitação
anual
M1: IMA = 0.5129 + 1.08171p (Saket)
onde IMA é expresso em m3/ha, ano p = Precipitação anual (m)
b) M2: IMA = Σ1ha(IMAfuste) + Σ1ha(GSganhos) - Σ1ha(GSperdas)
onde IMA é expresso em m3/ha, ano p = Precipitação Anual (m) GSganhos = Novo Volume de
Fuste (regeneração) GSperdas = Volume de Fuste Perdido (morte e abates)

Volume de fuste comercial (para espécies de árvores comerciais com qualidades e dimensões
comerciais de fuste):
a) Volume de Cilindro Reduzido (f * (Dap/2)2 * π * Hfuste)
onde f = 0.8 (espécie-genérica) (Saket ) Hfuste = altura do fuste (bifurcação ou primeiro ramo
grande)

Corte Anual Admissível (AAC) (m3/ha, ano):


a) CAA = VCom * f / CC
onde VCom (Volume Comercial, m3/ha) = ΣParcela(VolCom) / Σ(AParcela)
CC (Ciclo de Corte, anos) = (25-) 40
f (fator de segurança) = 0,6 (-0,8)

Volume de madeira morta:


a) Madeira morta em pé (aplicar os modelos de volume para o Stock em Crescimento)
b) Madeira Morta Caída (tronco no chão) Volume = ΣLT(Dm) 2 * π / (8 * L)
onde Dm = diâmetro do fuste na intersecção da linha do transecto
L = comprimento da linha do transecto

Regeneração:
a) Regeneração (fustes/ha) = ΣParcela(Contagem de Regeneração) / Σ( AParcela)
onde Contagem de Regeneração = número de fustes de regeneração contados na área da parcela

Camadas de Vegetação:
a) Cobertura vegetal% = ΣParcela(AParcela x Veg%) / Σ(AParcela)
onde Veg% = a % de cobertura vegetal de um determinado tipo de vegetação (atribuição da área
da parcela correspondente ao atributo)

Erosão do solo:
50A
a) Erosão% = ΣParcela(AE) / Σ(AParcela)
onde AE = Área da parcela atribuída com Erosão presente na parcela (sim), caso contrário 0 (não)

Fogo Florestal:
a) Área% com Incêndio = ΣParcela(AINC) / Σ(AParcela)
onde AINC = Área da parcela atribuída com evidência de incêndio presente na parcela (sim), caso
contrário 0 (não)

Sobrepastoreio na floresta:
a) Área% com Sobrepastoreio = ΣParcela(ASP) / Σ(AParcela)
onde ASP = Área da parcela atribuída com evidência de sobrepastoreio (sim), caso contrário 0
(não)

Biodiversidade:
Distribuição das espécies:
a) Número de fustes por espécie
b) Volume por espécie
Índice de Biodiversidade:
a) Índices Shanon de Diversidade (H = -Σ(p * ln p)) e de Equitabilidade (E = H / Hmax)
b) Índices Simpson de Diversidade (D = 1 / Σ(p2) e Equitabilidade (E = D / Dmax)
Espécies em risco de extinção: Número de espécies listadas na lista vermelha presentes na UMF /
CMF
a) Tot. SuoL-V = ΣSuoL-V
onde SuoL_V = espécie única observada na lista vermelha

51A
Expressões estatísticas para estimativas de rácios:
(quando a variável depende do tamanho da unidade de amostra)

X   R * Y  
n
xi
Rácio estimado (R) 1
*Y

n
y
1 i

Onde está x é a média da variável medida (ex. volume de árvore na área florestal) na

amostra e y é a média da variável auxiliar (ex. área florestal) na amostra. i indica


cada medição da variável de um total de n medições (=dimensões da amostra). (ex.
para estimar o volume de árvores na área florestal, n é o número de unidades de
amostra com área florestal).
Variância da população (V)
 n x
2
  x  * y   2  x y
n 2 n
x - 1 i * y
 x    x
2

n n 2 1 i n 1 i n

 x - R * y 2 *  N  n    1 yi  
n

 1
1 n 1 i
 y  n
y
1 i
2 1 i

n
1 i
1 i i

n 1  N  n 1 n 1

 N n
Para N >> n a expressão é muito próxima de 1   pelo que as funções podem
 N 
ser simplificadas

 x  * y   2  x y n 2 n

 x  
 y   x
n 2 n 2 n
1 i 1 i

y
1 i n 2 1 i n 1 i i
1 i
Desvio padrão da população (Dp)  V  1 i

n 1

 x  n 2

y  
n
xi
 x   * 1 xy
n 2 n 2 n
1 i
2 1

Coeficiente de Variação (CV%)  100


Sd
 100 1 yi
n
1
 y 
i n
1 i
2 i

n
1
yi
1 i i

R 
n
1
xi * n  1

 x  * y   2  x y n 2 n

 x    x
n 2 n 2 n
1 i 1 i

Variação da estimativa do rácio (VR)  1 * V  V


 n*
 y y
1 i n
1 i
2 1 i n
1 i
1 i i

y
2
n   yi 


2

 *n
 y  * n  1
i
2

 n 
 

52A
 x  * y   2  x
n 2 n

 x 
 y   xy
n 2 n 2 n
 1 i 1 i

y
1 i n 2 1 i n 1 i i
Erro-padrão de estimativa do rácio (SR)  VR  n * 1 i 1 i

 y  * n  1
i
2

 x  * y   2  x y
n 2 n

 x    x
n 2 n 2 n
1 i 1 i

Erro de Amostragem (SER)  t * S  t n*


1 i
 y
n
1 i
y
2 1 i n
1 i
1 i i

R
 y  * n  1i
2

Onde t é o factor de probabilidade a um determinado nível de probabilidade

n *  x  
 x  n 2

* 1 y  
n
xi
xy
n 2 n 2 n
1 i
2 1

Erro de Amostragem rel. (SER%)  100 SE R  100 t n y  y 


1 i n 2 i

n
y
1 i
1 i i

1 i 1 i

R

n
1
xi *  y  * n  1i
2

53A
Estratos:
Amostra total da população, tamanho total da amostragem (nT)  n1  n 2  ...  n k

Onde k = número total de níveis de estrata

Tamanho total da população (NT)  N 1  N 2  ...  N k

 N * 1 x ji
 n

k

 N  
k
* Rj  j 
j 1  
n
j 1
j
 y
1 ji 
Estimativa da relação total estimada (RT)  
N N

Onde j = estrato


 
 W jR 
Nj
NT

Area stratum
j

for LandUse area estimation 
Para estimação de
áreas de uso da
 Area total  terra

Onde WjR = peso de cada estimativa de rácio de estrato

  
nj

 
k
 kx ji 
Total estimado (XT)  N T * RT  N j * Rj   N j * n
1

j 1 j 1 
 1 j y ji 

 N 
k
2
* V jR
N  k
2 j
Variação da estimativa de rácio total (VRT)    2 * V jR   j j 1


j 1 N T
 N T2
 

 Areastratum j 
2

 N 2j Para estimação de
 
 VjR
W 
N T2

 Area
 for LandUse area estimation
 
áreas de uso da
terra
  
total

Onde WVjR = peso de cada estimativa de Variação de Rácio de estrato

 N 
k
Desvio da estimativa total (VXT)  N T *VRT 
2 2
j
*V jR
j 1

54A
Funções estatísticas (imparciais):
(Unidades de amostragem de tamanho idêntico)

Média

Total

Variação

Desvio-padrão

Coeficiente de variação

Variação da média

Erro-padrão

Erro de amostragem

Erro de amostragem rel.

Estratos:

Á𝑟𝑒𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
População (𝑁) = (Onde k = número de
𝑇𝑎𝑚𝑎𝑛ℎ𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑒𝑙𝑎
total estratos)
= 𝑁 + 𝑁 +⋯+ 𝑁

Amostra de população,
(n) = n1 + n2 + … nk
dimensões da amostra

Estimativa do valor médio total de 𝑥


𝑂𝑛𝑑𝑒 𝑥 =
população 𝑛

Á𝑟𝑒𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑡𝑜
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑑𝑒 á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑢𝑠𝑜 𝑑𝑎 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎
Á𝑟𝑒𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

55A
Tipo de parâmetro Descrição Área de referência

Observações gerais

"Anomalias" ou outras condições devido Aglomeração de árvores Área das parcelas e


às quais os dados recolhidos não são Concentração, ou ausência de envolvente
representativos do sítio. características
Características do sítio

Uso do Solo / Stock Florestal Principal uso do solo e stock, se PC3/PR3 e envolvente
floresta
Função da Floresta Função da floresta (prot. , prod.,
mult.)
Idade da floresta/classe de desvio Altura das árvores/composição
Dap
Coberturas de árvores cc e coberturas árvores e outras coberturas
vegetais do solo vegetais
Declive declive máximo
Topografia Localização da parcela no terreno
Regeneração de árvores

Regeneração de árvores (Dap >0 e <5 Quantidade de regeneração por PC1


cm) espécie
Regeneração de árvores (Dap ≥5 e <10 Quantidade de regeneração por PC2
cm) espécie
Tamanho e condições das árvores

Árvores (Dap ≥10 cm) Espécie PC3/PR3


Dap
Altura Total, Altura Fuste
Classe de saúde
Classe de qualidade do fuste

Volume de madeira morta utilizável

Árvores Mortas em Pé e Caídas (Espécie, Grau de decomposição) PC3/PR3 e LT


Dap, Dm
Altura Total, Comprimento

Madeira e potencial dos PFNM

Espécies comerciais de árvores e Espécie PC3/PR3


espécies de PFNMs Dap
Altura do Fuste
Classe de saúde
Classe de qualidade do fuste

Riscos ambientais

Erosão Solo erodido PC3/PR3


Incêndios Área ardida
Seca / Inundações Área com falta ou excesso de
água
Derrube por ventos Árvores caídas/quebradas
Herbivoria

56A
Pressão por passagem de
animais

Plantas em risco de extinção

Espécies de plantas "em lista vermelha" Espécie Áreas das parcelas e área
Estado ao longo do percurso da
linha do transecto entre as
UAs
Fauna bravia

Fauna bravia especificada Espécie Áreas das parcelas e área


Tipo de observação ao longo do percurso da
linha do transecto entre as
UAs

57A
Amostragem sistemática
A abordagem de amostragem mais representativa e dinâmica é a amostragem sistemática,
onde as unidades de amostragem (UAs) são distribuídas pela área amostrada de modo
uniforme - no caso presente a floresta de produção na Floresta de Miombo. A amostragem
sistemática permite um fácil ajuste dos limites dos compartimentos e também um
agrupamento muito flexível do cálculo dos dados de amostragem para estimativas pós
estratificção. A amostragem sistemática é também mais transparente do que a amostragem
aleatória, que não pode ser verificada. A amostragem sistemática pode seguir qualquer tipo
de distribuição sistemática, como coordenadas geográficas (ou seja, graus) ou equidistância
do solo. Os pontos de amostragem podem seguir diferentes formas de distribuição, das quais
as mais comuns são grelhas triangulares, quadradas ou hexagonais, onde um ponto de
amostragem é aplicado em cada "canto" da grelha.

As diferentes grelhas de amostragem têm as suas vantagens, mas a mais simples de


desenhar é a grelha em forma de quadrado (figura 21a), que normalmente é aplicada com
orientação norte-sul e oeste-este, também recomendada para o desenho amostral dos
inventários de maneio florestal.

As dimensões da amostra são o número total de unidades de amostragem alocadas numa


área específica, e reflete em grande parte a precisão dos resultados do inventário. Para o
volume total de stock em crescimento nos inventários de maneio florestal, o erro de
amostragem deve estar na faixa de 5%-20% (com 95% de probabilidade). As dimensões da
amostra também refletem os recursos necessários para implementar o inventário de campo,
pois a cada unidade de amostragem podem ser atribuídos os recursos necessários (pessoa-
dia e provisões), portanto, quanto mais alta for a precisão, maior serão os custos.
A intensidade da amostragem refere-se à proporção de floresta (recursos florestais) que é
inventariada, o que depende do tamanho das parcelas de amostragem e do seu número
relativo. Para inventários de maneio florestal, a intensidade da amostragem é tipicamente de
0,0025-0,025 % da área de maneio florestal. Dado o tamanho das parcelas de amostragem,
a intensidade da amostragem indica a distância média entre as unidades de amostragem, o
intervalo de amostragem, que nas boas práticas atuais deve estar na faixa de 2-5 km para a
grelha de amostragem da UMF, o que resulta em cerca de 200 parcelas de campo, o que
deve resultar num erro de amostragem (com 95% de probabilidade) na faixa de 5-10 % para
o volume total de stock em crescimento ao nível da UMF.

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Os métodos para gerar estatísticas descritivas são desenvolvidos para estimativas derivadas
por amostragem aleatória. No entanto,uma vez que as florestas e outros recursos naturais se
desenvolvem de acordo com um padrão mais ou menos aleatório, a aplicação da
amostragem sistemática não acrescenta nenhum desvio significativo às estimativas, desde
que eventuais padrões sistemáticos na paisagem sejam tidos em consideração no desenho
da disposição das unidades de amostragem e na disposição da(s) parcela(s). Desta forma,
os métodos de amostragem aleatória para gerar estatísticas descritivas para estimativas de
amostragem são também aplicados às estimativas de amostragem sistemática, um método
conservador, uma vez que as estimativas de amostragem sistemática nas florestas tendem a
representar a população (recursos florestais) com a mesma exatidão das estimativas de
amostragem aleatória.
A equação 2 demonstra como estimar o tamanho e o intervalo de amostragem, quando se
conhece o coeficiente de variação da estimativa (stock em crescimento por hectare), e a
margem de erro aceitável a um dado nível de fiabilidade. Dado que o coeficiente de variação
(CV%) é a única variável que não pode ser determinado sem informação prévia sobre a
variabilidade da população amostrada, recomenda-se a realização de um breve inventário-
piloto (ou seja, com cerca de 15 UAs) para estimar o CV%.

%
Tamanho da amostra (𝑛) = 𝑡 × = 𝑡 ×
%
sendo:
t = valor- t (1,96 para 95% do nível de fiabilidade)
s = desvio-padrão de amostra
CV% = coeficiente de variação em percentagem
e = margem de erro
e% = margem de erro em percentagem

Intervalo de amostragem (ksq) = A0,5 / n0,5


onde:
A = área a ser amostrada (cerca de 3000 km2 de área florestal de produção, no nosso exemplo)
n = tamanho da amostra

ex. Tamanho da amostra (n) na grade de amostragem inicial da UMF, onde o volume médio de stock em
crescimento é assumido como 70 m3/ha, o erro aceitável está entre 5 e 20 % (3,5 - 14 m3/ha), o valor-t
aplicado é 1,96, e o coeficiente de variação é assumido como sendo em torno de 60 % (42 m3/ha):
n5% = 1.962 x 602 / 52= 554 SUs, e ksq = 30000,5 / 5540,5 = 2,33 km
n10% = 1.962 x 602 / 102 = 139 SUs, e ksq = 30000,5 / 1390,5 = 4,65 km
n20% = 1.962 x 602 / 202= 35 SUs, e ksq = 30000.5 / 350.5 = 9,26 km

A tabela 30 mostra as dimensões da amostra (n) e o intervalo de amostragem (k) (para


desenhos quadráticos de amostragem) para diferentes erros de amostragem aceitáveis (SE%
ao nível de 95% de fiabilidade), para uma área de floresta de produção de 3000 km2 e
parcelas de inventário de campo de 0,1 ha e assumindo que o coeficiente de variação do
volume de stock em crescimento por hectare é de 60%.
Exemplos de Dimensões da amostra e Intervalo de Amostragem (desenhos quadráticos de
amostragem) para diferentes erros de amostragem aceitáveis (ao nível de 95% de fiabilidade)
para as estimativas do Volume de Stock em crescimento total na UMF, onde A ÁREA DA
FLORESTA de produção é de 3000 km2, o tamanho das parcelas de inventário de campo é

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de 0,1 ha, e o Coeficiente de Variação do Volume de Stock em crescimento por hectare
assumido é de 60%.

Erro de Amostragem (EA%) Dimensões da amostra (n) Intervalo de Amostragem (k)


5% 554 2,33 km
10 % 139 4,65 km
20 % 35 9,26 km

Para uma unidade de maneio florestal com quase 385 000 ha (como a UMF N 12), com uma
área de cerca de 300 000 ha de floresta destinada à produção de madeira e PFNMs, os
intervalos de amostragem variariam entre 9,3 km e 2,3 km (numa grelha quadrática de
amostragem), o que resultaria num número total anual de 35 a 554 unidades de amostragem.
No intervalo de margem de erro aceitável em torno de 10%, recomenda-se um intervalo de
amostragem de 4 km como escolha conservadora, que resultaria em aproximadamente 188
UAs e uma margem de erro de 8,6 % (4,26 m3/ha).

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