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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

CURSO: LETRAS – PORTUGUÊS \ INGLÊS 7º PERÍODO

DISCIPLINA: ORIENTAÇÃO DE ESTÁGIO DE LÍNGUA PORTUGUESA III

PROFESSORA: MARGARETE POZZOBON

DAYANA TELES DE BARCELOS

O ensino de Língua portuguesae a Base Nacional Comum Curricular

O sistema educacional brasileiro passou por algumas mudanças desde 1990, sendo
pensadas desde 1990. Com ideias de implantar práticas educacionais de acordo com as
necessidades e possibilidades das escolas e dos professores para concretizar as mudanças. O
país passou por um largo e lento processo de redemocratização que refletiu para as mudanças
pensadas. No qual visavam uma educação pública de qualidade pensando em construir
alternativas para a formação continuada de professores. Com isto, tentavam elaborar
propostas que encaixariam na rotina da escola e abririam caminhos para o ensino de
diferentes disciplinas do currículo escolar.

Com a mudança do mundo para o neoliberalismo, nas escolas isto não seria diferente.
E para saber a produtividade da escola implantaram métodos avaliativos, ou seja, um sistema
de avaliação para os níveis médios e fundamentais que apontariam as escolas com os
melhores rendimentos e também as que produzem “desperdícios” ao dinheiro público com
uma educação sem qualidade. Estas avaliações implicavam na renda de professores e gestores,
para não perderem dinheiro, começaram a treinar seus alunos para responder aos testes e
elevar os índices de desempenhos. A formulação da matriz curricular tem por base a
implantação vertical, executada por meios de provas. É por estes meios que surgi a Base
Nacional Curricular (BNCC), seguindo a mesma implantação vertical.

A BNCC parte dos princípios aos PCNs, que assume uma concepção de linguagem como
uma forma de ação e interação com o mundo, partindo dos pressupostos da Linguística da
Enunciação por Mikhail Bakhtin. Admitindo uma visão sobre sujeito constituído pelas práticas
da linguagem, os sujeitos em práticas de linguagem constroem os sentidos com o outro em
diferentes campos de atuação resultando na compreensão do ser humano e na comunicação
humana. Ou seja, a atuação do ser humano depende de suas práticas linguísticas. O PCN
aposta no conhecimento através da gramaticalização, além do conhecimento da língua os usos
da mesma, seja na oralidade e na escrita.

Para a Língua portuguesa a BNCC se da pelo “eixo transversal”, ou seja, vai desde a
escrita alfabética/ortográfica, a oralidade, a leitura, a escrita e análise linguística. Sendo esses
eixos todos sobre as práticas de linguagem verbal e que serão apresentados na BNCC,
definindo as em: 1) práticas da vida cotidiana; 2) práticas artísticos – culturais; 3) práticas
político – cidadãs; 4) práticas investigativas; 5) práticas culturais das tecnologias de informação
e comunicação; 6) práticas do mundo do trabalho. Todas as práticas englobadas na esfera de
comunicação social do sujeito.

Para cada prática citada haverá diferentes ações a serem executadas tendo o material
concreto com diferentes gêneros entre vários campos de atuação. Com isto, todo o mundo da
escrita passa a ser obrigatoriamente ensinado e deve ser aprendido de acordo com a BNCC. O
problema para a inclusão de novos gêneros discursivos perante a realidade do estudante
merece destaque, pois a escola é ambiente de trabalho e ampliação de horizontes. Mas,
percebe – se que para entrar em sala de aula novos gêneros discursivos os alunos devem se
basear nos gêneros já conhecidos, com pretensão do uso-reflexão-uso.

A leitura está presente em todos os campos curriculares, sendo assim cabe à área das
Linguagens assegurarem que acontecerá a formação do sujeito leitor e produtor de textos.
Então o professor de Língua portuguesa será responsável para desenvolver com os estudantes
inúmeros gêneros, tendo em consideração que o aluno chega à escola já sabendo falar,
escutar e compreender o que ouve, dominando vários gêneros discursivos. A ideia é que o
estudante seja capaz de se tornar um autor de textos. Mas fazer com que os alunos façam isso,
é como destruir o modo de funcionamentos das práticas de linguagem, pois o mesmo deverá
se colocar em um lugar imaginário, onde ele nunca obteve uma experiência, resultando em
uma ideologia de onipotência da escola.

A BNCC peca na questão de querer uniformizar o ensino em um país que é


caracterizado pela diversidade tanto linguística, cultural, econômica e social. E colocando em
prática a uniformização do ensino é como se o nosso país não vivesse desigualdade social e
regional. Reforçando a questão que é necessária formar jovens que saibam sobre história,
geografia, matemática, leitura, ciência, etc.

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