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Supremo Conselho do REAApara o Estado de Mato Grosso


“LVCEM PACEM IVSTITIAM VNIVERSE PORTO”
Filiado à Excelsa Congregação dos Supremos Conselhos do REAA do Brasil.

SOBERANO TRIBUNAL
“Mato Grosso”

O ESPÍRITO DA LEIS

Ir ∴ Marcelo Angelo de Macedo, Gr32.


Cuiabá/MT, fevereiro/2019

Avenida Historiador Rubens de Mendonça, 4733 – Cuiabá – MT – CEP 78055-500.


Fone: (65) 3644-2116 e-mail: supremo@supremomt.com.br
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INTRODUÇÃO

01. Como bem sabemos, a Maçonaria visa tornar feliz a Humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento
dos costumes morais, pela igualdade, pelo respeito recíproco entre os irmãos e a todos os seres
humanos, aos Poderes regularmente constituídos, às autoridades, às Leis e à Justiça.

02. Nesta peça, sem nenhuma pretensão de esgotar o tema, vamos estudar um pouquinho a clássica
obra "O Espírito das Leis" de Montesquieu, sob uma perspectiva contemporânea no sistema
tripartite de gestão governamental.

A OBRA - Do Espírito das Leis

03. Charles-Louis de Secondat, Barão de La Brède e de Montesquieu, conhecido como Montesquieu,


foi um político, filósofo e escritor francês. Ficou famoso pela sua teoria da separação dos poderes,
atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais. Nasceu aos
18/01/1689 em Brède, França, e faleceu aos 10/02/1755, em Paris, França.

04. "Do Espírito das Leis (em francês: De l'esprit des lois), publicado em 1748, é o livro no
qual Montesquieu elabora conceitos sobre formas de governo e exercícios da autoridade política
que se tornaram pontos doutrinários básicos da ciência política. Suas teorias exerceram profunda
influência no pensamento político moderno. Elas inspiram a Declaração dos Direitos do Homem e
do Cidadão, elaborada em 1789, durante a Revolução Francesa."1

05. Como sabemos, desde a antiguidade muitos filósofos, pensadores e teóricos tinham como grande
objetivo encontrar um modelo de gestão para o Estado, no qual o Poder não ficasse centralizado em
uma só pessoa, instituição ou um pequeno grupo, pois a concentração de Poder, conforme vemos
nos dias atuais, só favorece as Ditaduras, gerando o absolutismo e as tiranias, caso em que
incogitável imaginar igualdade de direitos entre os povos e muito menos um Estado democrático.

1
https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Esp%C3%ADrito_das_Leis#Liga%C3%A7%C3%B5es_externas

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06. Daí é que, desde a antiguidade, a preocupação de se encontrar um modelo de governo onde
prevalecesse a igualdade de direitos entre todos, gerido por um Estado democrático e justo, por
isso, pensadores como Platão e Aristóteles e chegando ao século XVI, com John Locke, no ápice
do iluminismo, apontam que uma sociedade só seria mais justa se houvesse uma divisão entre os
Poderes, onde estes atuariam de forma independentes e harmônica entre si.

07. Após muito trabalho de análise social por pensadores anteriores, o iluminista Montesquieu, em
1748, elabora o modelo atual de forma mais clara o modelo atual de Estado democrático,
identificando os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

08. Essa teoria de separação de poderes, sistema tripartite, foi influenciada por pensadores anteriores,
v.g., Aristóteles em sua obra "Política", seguido por Jhon Locke, uns cem anos antes, retratada
por Montesquieu, em sua obra "O Espírito das Leis", é que realmente explicou de forma coerente e
didática a estrutura de um Estado democrático e gerido pelos três poderes, tendo iniciado a partir da
busca da essência de cada poder praticado nas sociedades, comparando-se as relações das leis
com a natureza em si, desenvolvendo-se, assim, uma ideia do constitucionalismo que rege a
maioria dos Governos atuais, evitando-se, pois, o autoritarismo, a violência e a arbitrariedade, muito
comum nas monarquias absolutistas daquela época, e que se mostram ocorrentes ainda nos dias
atuais, nos regimes ditatoriais, com a imposição de conceitos apenas religiosos e impositores.

09. Assim, na obra em foco, a concepção do constitucionalismo como forma de divisão dos poderes
dentro de um Estado democrático foi inspirada na Constituição inglesa da época, que mesmo não
tendo essa divisão clássica em sua estrutura, cuidadosamente, Montesquieu a adaptou seus
moldes para os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, com a ideia central de cada poder com
suas atribuições específicas e autônomas traria uma atuação equilibrada e só intervindo um no
outro se estritamente necessário, caso em que a harmonia organizacional no âmbito do governo
desaguaria num Estado justo e democrático.

10. Partindo-se do modelo constitucional inglês, resumidamente, Montesquieu dividiu os Poderes em:

a. O Executivo, regido pelo Rei e este com poder de veto sobre as decisões do Parlamento;

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b. O Legislativo, convocado pelo Executivo, sempre formado por duas diferentes classes
sociais de pessoas, a do "corpo comum", formada por pessoas da própria sociedade e o
"corpo dos nobres", formada pelos nobres, intelectuais e pessoas influentes, seja pela
hereditariedade ou pelo próprio poder, sendo que este tinha poder de veto sobre aquele.
Eram assembleias independentes que elaboravam propostas de leis que regeriam a
Monarquia e o Estado, que passaria pela aprovação do Rei.
c. O Judiciário não seria único, pois os nobres deveriam ser julgados por iguais, o que,
conforme alguns teóricos, indicava que Montesquieu não defendeu a igualdade de todos
perante a lei. Para outra corrente, as diferentes particularidades de cada caso seriam
julgadas por diferentes Tribunais, os quais, estavam obrigados, a decidirem acorde com a
Constituição de cada País.

11. Em apertada síntese, pode-se afirmar se tratar de um regime onde um poder é limitado pelo poder,
como o próprio Montesquieu consignou em sua obra “só o poder freia o poder”, o que ele chamou
de “Sistema de freios e contrapesos”, caso em que nenhum poder detém autonomia absoluta
sobre o outro e nem sobre a sociedade, mas a atuação conjunta é que bem regeria o Estado
democrático, gerando a igualdade social e de gestão governamental.

12. O fato é que a teoria de Montesquieu influenciou, logo a seguir, positivamente no conteúdo da
Constituição americana e, assim, a tripartição dos poderes passou a ser a base central das
esferas dos governos democráticos no mundo contemporâneo.

13. Exemplo do afirmado, em breves anotações, para ficarmos na história mais recente, no
BRASIL, desde o plebiscito realizado em 21/04/1993, onde mais de 37mm de eleitores
compareceram às urnas, dos quais quase 10mm anularam seus votos, adotou-se o Regime de
República Constitucional Federativa Presidencialista, adotou-se o sistema da tripartição de
poderes, como nos demais países democráticos, ressaltando-se que, no nosso caso, a execução,
implementação e divisão de atribuições possui algumas particularidades.

14. Com efeito, no Brasil existe a divisão dos estados federativos e o Distrito Federal, os quais possuem
a mesma divisão de poderes, sem que, com isso, atente contra a isonomia nacional.

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15. Exemplo de particularidade em relação aos três poderes é a existência do Ministério Público, o
qual, inegavelmente, exerce um enorme poder na conjuntura política e social do país, dos estados e
dos municípios, mormente atuar como defensor da ordem jurídica e pública da sociedade como um
todo. Daí muitos afirmarem ser este uma espécie de quarto poder.

16. No BRASIL o Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República com os Ministros de
Estado e Vice-presidente. Nos estados e no DF, pelo Governador, Vice-governador e Secretários de
estado. No âmbito dos municípios, pelo Prefeito, Vice-prefeito e secretários municipais. Sendo que
em ambos os casos, os chefes do executivo são eleitos pelo voto direito.

17. Suas muitas e complexas funções estão previstas na Constituição Federal que, em síntese,
podemos afirmar que são:

a. Executar as leis, podendo, para tanto, editar normas inferiores (Decretos, Resoluções,
Portarias, Atos, etc.), visando implementar a melhor execução daquelas;
b. Criar cargos e funções públicas;
c. Autonomia para nomear e demitir os titulares de seus cargos, p.ex., Ministros de Estados.
d. Pautar a administração pública pelo cumprimento dos serviços como educação, saúde,
habitação, segurança, cultura, entre muitos outros;
e. Implementar e bem cuidar do desenvolvimento social, econômico e comercial, zelando pela
adequada execução orçamentária, bem distribuindo-a entre os entes federados;
f. Comandar as forças armadas;
g. Manter relações diplomáticas, políticas e comerciais com outras nações;
h. Vetar os projetos de leis do Legislativo;

18. Respeitadas as competências políticas e territoriais, nos estados e nos municípios ocorrem da
mesma forma, sobre as quais não nos deteremos aqui.

19. Oportuno anotar que, apesar de hierarquicamente ser o primeiro, no Brasil o Poder Executivo não é
supremo, pois o Legislativo pode derrubar os vetos aos projetos de lei; pode criar comissões para
ouvir autoridades do Executivo e analisar os programas e atos institucionais, etc.

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20. Tal prerrogativa não macula o sistema presidencialista, pois apenas visa um melhor enquadramento
das necessidades do estado, em respeito à própria Constituição.

21. No Brasil, o Poder Legislativo é composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal,
cujos componentes são eleitos por voto direto, os quais possuem três funções primordiais à perfeita
prática da democracia, sendo elas: a) representar o povo, por região; b) legislar, sobre os assuntos
de interesse nacional; e c) fiscalizar a aplicação dos recursos públicos.

22. Ao SENADO compete a votação de projetos de lei junto à Câmara Federal, além processar e julgar
atos do Poder Executivo e da mais alta esfera do Poder Judiciário (p.ex. impeachment do
Presidente da República e de Ministros do STF) , autorizar operações financeiras externas, escolher
ministros do Tribunal de Contas da União e dos Tribunais Superiores, escolher diretores do BACEN,
escolher chefes de missões diplomáticas, entre muitas outras.

23. À CÂMARA FEDERAL, compete a criação de projetos de lei de interesse da nação, acorde com as
necessidades, tanto da sociedade quanto da administração pública, julgar atos do Poder Executivo,
advindos de atos ímprobos ou crimes de responsabilidade, formando as comissões que formam o
chamado Conselho da República.

24. Respeitadas as competências e territorialidade, no âmbito das esferas estaduais e municipais, o


Legislativo é formado por Assembleias legislativas e Câmara de Vereadores respectivamente, sobre
cujo funcionamento não nos deteremos neste ensaio.

25. O PODER JUDICIÁRIO, no Brasil, tem por função constitucional interpretar e aplicar o arcabouço
jurídico (CF e todas as normas dela derivadas) aos casos concretos. Está dividido conforme a
jurisdição Federal (STF, STJ, TSE, TST e TRFs) Estadual, Eleitoral, Militar e do Trabalho.

26. Registrando-se que o Supremo Tribunal Federal (STF) é o órgão máximo da cúpula judiciária no
Brasil, pois tem como competência maior a guarda da Constituição e, algumas situações, tem o
poder de revisar a decisões dos demais Órgãos judiciários. Aqui, também, não nos deteremos sobre
as especificidades de cada qual.

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27. Oportuno registrar que, na obra em comento, Montesquieu já anotava que o JUIZ NÃO PODE
CRIAR LEIS, ao dizer claramente que “Não haverá também liberdade se o poder de julgar não
estiver separado do poder legislativo e do executivo, não existe liberdade, pois pode-se
temer que o mesmo monarca ou o mesmo senado apenas estabeleçam leis tirânicas para
executá-las tiranicamente”. E em arremate complementa: “O poder de julgar não deve ser
outorgado a um senado permanente, mas exercido por pessoas extraídas do corpo do povo,
num certo período do ano, de modo prescrito pela lei, para formar um tribunal que dure
apenas o tempo necessário.”

28. Conforme cediço, para a manutenção da ordem e da paz social impõe-se estabelecimento de
normas padrões de comportamento, que é legitimado pela jurisdição e pela tutela jurisdicional.

29. Todavia tal sistema não contempla todas as situações que envolve o comportamento humano, e
dessa forma surge como uma solução ao provável anseio da sociedade, que por óbvio não pode ser
pautado na autotutela ilegítima e sim no espírito da lei.

30. Tal espírito, trabalhado por Montesquieu, nos leva a refletir sobre o que devemos fazer em
situações como a supramencionada, é a resposta para esse enigma que norteia a sociedade até os
dias atuais, é muito simples e ao mesmo tempo extremamente complexo de entender, que é a
essência das leis, sua natureza, teórica e natural.

31. Diante disso, Montesquieu, em sua obra, objeto de analise do presente trabalho, traça uma linha
cronológica a cerca da origem das leis e suas mais diversas natureza, tendo uma ótica da
necessidade do equilíbrio do controle estatal sobre o seu respectivo território, para que dessa forma
não haja nenhum tipo de abuso de poder.

32. Dessa maneira, a obra, em seu livro primeiro, “das leis em geral”, aborda que a necessidade da
elaboração das leis é oriunda das coisas, no sentido de que o ser humano necessita ter ditames de
comportamento, sendo eles pautados em uma sistemática de normas positivas ou pelas crenças
naturais que todo povo possui, estes em sua maioria baseadas na natureza e na religiosidade.

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33. Ademais tal tema, que em primeira face aparenta ser retrógado, uma vez que a cada dia que passa
o homem se afasta mais de suas crendices e se deixa levar pelo seu lado racional, mesmo assim,
tal reflexão sobre o tema mostra-se extremamente pertinente, na medida em que vivemos em uma
sociedade em grande movimento de esperança que o “bem” superou o “mal” da corrupção.

34. Ora, tal movimento já era trabalhado na época de elaboração da presente obra, haja vista que o
filosofo, nesse primeiro livro, trabalha a necessidade das leis contemplarem a necessidade do seu
povo, fato esse extremamente pertinente atualmente, pois o povo de uma maneira geral, encontrou-
se esgotado de tolerar a ideia de que a impunidade sempre prevalecerá em nosso País, ansiando
por medidas emergenciais e eficientes para que, conforme estabelecido no livro, restabeleça a
ordem e o equilíbrio em nosso País.

35. Após tal reflexão o Autor continua a falar sobre as espécies de governos, na qual, para que não nos
furtemos de nossa realidade cotidiana, vamos nos ater brevemente sobre o modelo democrático e
republicano que nos subordinamos atualmente.

36. A ideia de democracia por muitas vezes é relativizada em nossa sociedade, uma vez que por muitas
vezes encontra-se desacreditada, pois foge da sua essência formadora, ou seja, um governo para o
povo e do povo, e não protegendo uma minoria dominante em detrimento a uma esmagadora
maioria esquecida que anseia e necessita de fato da aplicabilidade de tal democracia.

37. Por isso, neste tópico da obra deixa muito evidenciado que a eficácia da forma democrática de
governo passa pelo direito constitucional, que nos é garantido por meio do artigo 14 da Constituição
Federal, o sufrágio universal, o voto, voto esse que sem dúvida alguma deve ser consciente e
eficaz, uma vez que diminuir a importância do mesmo, em um cenário da efetiva aplicabilidade da
democracia, significa colocar em cheque toda a sua funcionalidade, tendo em vista que os
governantes são justamente escolhidos pelo povo.

38. Tal importância do voto deve ser acima de tudo defendida por nós maçons, tendo em vista que
somos formadores de opiniões e devemos sempre zelar por nossa pátria e nosso País.

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39. Cabe frisar, pois, que mais adiante o Autor demonstra os princípios norteadores de uma democracia
os quais se pautam no estabelecimento de um Legislativo ciente do seu dever de criação das leis e
subordinação a elas, bem como o Judiciário e Executivo com garantidores do cumprimento e eficaz
de tais leis, e quando isso não ocorre advém uma completa inversão de valores dentro do sistema
de governança, como podemos observar no seguinte trecho, da pagina 61, verbis:

"(...) cada cidadão é como um escravo que fugiu da casa de seu senhor;
chama-se rigor o que era máxima; chama-se imposição o que era regra; chama-se
temor o que era respeito."

40. Nesse sentido fora o discurso, proferido na abertura do ano judiciário em 2004 pelo MINISTRO
MAURICIO CORREIA, à época Presidente do STF, que em seu discurso afirmou que o Poder
Judiciário é da Nação Brasileira, uma vez que o que de fato todo nacional deseja de qualquer
poder é a sua eficiência e a sua justa prestação, para a manutenção e eficácia da ordem e paz
social, como podemos observar em um breve trecho do discurso. Disse sua Excelência:

“O que o cidadão quer mesmo é sentir que, ao ajuizar uma reclamação


trabalhista, ingressar com uma ação de indenização, de cobrança, de alimentos,
investigatória, de mandado de segurança, ou outra qualquer, a decisão final não vai
eternizar-se nos escaninhos cartorários e saber que os autores de crimes,
principalmente esses que mais degradam a consciência humana, serão punidos.
Enfim, o que se pretende é que tudo se dê de forma rápida e efetiva e possa o
Judiciário cumprir sua missão de preservar a paz social”.

41. Ademais, tal responsabilidade de ordem social não deve ser apenas sustentada pelo Poder
Judiciário e sim por todos os poderes, não podendo, dessa forma, criarmos uma maior importância
a um ou outro poder, pois representaria uma verdadeira ameaça no equilíbrio da democracia.

42. Por isso, o Autor, em linhas gerais, relata quais seriam os principais pontos os quais um governo
deve pautar seu sucesso, em pilares como a educação e nas leis, em um combate contra a
corrupção que já assolava à época da produção da obra, a quase 4 (quatro) séculos, imaginemos

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nos dias atuais em nossa PÁTRIA AMADA, os quais a imagem de que a injustiça e o sentimento de
impunidade predominam. Enfim, a JUSTIÇA não dever ser CLAVA FORTE apenas no HINO!!!

43. É preciso entender que as leis é o mecanismo de importante valia para o desenvolver de uma
sociedade, agindo como uma força ofensiva e protetiva do Estado, uma vez que a lei garante os
direitos e deveres de cada cidadão, ou seja, modelos comportamentais a serem seguidos pela
grande massa e ao mesmo tempo como força de coerção aqueles que não as respeitam.

44. Por vezes a objetividade das leis é confundida com a frieza ou falta de percepção de uma realidade
existente, fato esse que não deve ocorrer, pois tal objetividade só fora alcançada por meio de uma
análise, ao menos em tese, das necessidades da sociedade e do espírito que resultou em lei.

45. Fato é que tal processo de elaboração passou a ser desacreditado pela população nacional, que por
certo relegou a plano secundário o seu legítimo direito de escolha por meio do voto, elegendo como
seus representantes pessoas desqualificadas para tal função, o que, de fato, desencadeou diversas
consequências maléficas para sociedade, como por exemplo, a nomeação ao cargo de ministro do
STF, maior órgão jurisdicional do País, de pessoas sem o devido compromisso a Lei maior.

46. Tais nomeações merecem ser mais debatidas, na medida em que cada que a politização do
Tribunal, que deveria ser técnico e acima de tudo específico, aplicando e garantindo o cumprimento
das leis a quem quer que seja, sendo para o cidadão médio ou para aquele que desenvolve função
publica, garantido-lhes os direitos fundamentais de igualdade JUSTIÇA, pois.

47. E a inobservância dessas garantias constitucionais ou julgamentos imparciais desde nosso Órgão
de maior jurisdição até o juízo a quo, irão acarretar na total descrédito do Poder do Estado de
resolver os conflitos de seu povo, e dessa forma criar-se-á um ciclo de corrupção, que é um mal
que, conforme a própria fala do autor, exterminará a democracia de um governo republicano,
conforme observamos no trecho da pagina 154, in verbis:

“O povo, segundo Montesquieu, cairia nessa desgraça quando


aqueles que recebem o poder procuram ocultar sua própria corrupção,

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corrompendo o povo. Estimulam a avareza do povo para que não percebam a sua
própria, por exemplo. O povo distribuirá entre si o dinheiro público e, como ele terá
juntado preguiça a gestão dos negócios, irá querer juntar à sua pobreza os gostos
do luxo. E então, com sua preguiça e seu luxo, o alvo acabaria sendo o dinheiro
público”.

48. Dessa forma surge então a seguinte indagação, como combater essa corrupção? Será que por meio
da força? Ou a confusão de finalidades entre os poderes?

49. A resposta para todas essas perguntas, segundo o Autor, é o equilíbrio entre as coisas, uma vez
que embora o povo não possa tolerar a corrupção, não pode ele usurpar do Estado a função de
combatê-la ou propor um “golpe” entre os poderes, que de fato culminaria na instalação do caos.

50. O que deve ser feito é que cada agente publico cumpra seu papel ao qual fora designado a realizar
para que o cidadão sinta-se de fato amparado pelo poder estatal com a sua justa e eficaz tutela
para os problemas de seu dia-a-dia, não se furtando da sua importante participação quanto a
solução desses conflitos, com a utilização dos meios alternativos de solução de conflitos,
consagrados, por exemplo, pelo novel CPC/2015.

51. Montesquieu também aborda o princípio da igualdade em relação à democracia, instituto formador
dos pilares maçônicos, e que no mundo profano não poderia ser diferente ao ter sua fundamental
importância, no sentido de que a lei e o seu espírito formado deve atingir todos e não apenas
determinados grupos, pois da desigualdade pode originar, e de fato origina em nosso País, diversos
casos de intolerância, sendo religiosa, racial ou sexual, os quais, em regra, leva a sociedade a não
lutar pela igualdade entre seus pares, estimulando o ódio entre os seus desiguais.

52. Montesquieu ao tratar da diferença entre a natureza do governo e seu princípio (princípio da
democracia) nos incute a ideia de que a natureza de cada governo é o que o faz ser como ele é e o
seu princípio é o que ele movimenta.

53. Isso porque, no Estado popular, apresenta-se como importante virtude o fato de que quem manda
executar as leis à elas também está sujeito e, por isso, arca com o seu peso e rigor. Assim,
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quando as leis são mal, ou não são, executadas surge, p.ex., a corrupção, sumindo a virtude, caso
em que tudo muda e assim “cada cidadão é como um escravo que fugiu da casa de seu
senhor; chama-se rigor o que máxima, chama-se imposição o que era regra; chama-se temor
o que era respeito.”

54. Ademais essas situações de desigualdade por óbvio irá gerar a insegurança da população sob a
tutela de um Estado, e que como forma defendida em seu Livro IX, da presente obra, Montesquieu
adota como meio do Estado manter sua segurança a instituição da Republica Federativa, algo que
na época que vivia iria conciliar as vantagens internas da republica com a força externa da
monarquia inglesa, que adotada como norte da obra.

55. Não obstante tal colocação mostrar-se extremamente atual e pertinente a medida em que a força
das unidades federativas em nosso pais, sem duvida alguma seria uma das soluções mais viáveis,
tanto no sentindo social como econômico, para combater a insegurança nacional, como em casos
que ocorreram no Estado do Ceará, recentemente, o qual fora vitimado durante longos dias de
violência e insegurança, patrocinados por presidiários.

56. Dessa maneira, faz-se necessário a reunião de objetivos em prol de um Estado forte, e não aepnas
repressor, muito pelo contrario, deve ser acima de tudo, como estabelece o livro, participativo e
igualitário, sabendo tornar efetiva a aplicabilidade das leis e a eficiência dos seus poderes, cada um
obviamente com seus aspectos de competência.

57. Daí, ser oportuno o replay do que anotado na introdução desta peça, de que a Maçonaria visa tornar
feliz a Humanidade pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes morais, pela igualdade, pelo
respeito recíproco entre os irmãos e a todos os seres humanos, aos Poderes regularmente
constituídos, às autoridades, às Leis e à Justiça.

O SISTEMA TRIPARTITE NA MAÇONARIA BRASILEIRA

58. Como vimos alhures, inspirado nas obras de Aristóteles e John Locke, Política e Segundo Tratado
do Governo Civil, Montesquieu produziu a sua “O Espírito das Leis”, objetivando evitar a volta dos

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governos absolutistas ao pode, defendendo, para tanto, a necessidade de se criar um sistema de


Freios e Contrapesos, ou seja, o controle do poder pelo próprio, no qual o exercício do poder se se
dava de forma relativamente autônoma, mormente ser controlado pelos demais, evitando-se, assim,
que houvesse extrapolação no exercício do mesmo.

59. Conforme sabido e ressabido, uma Constituição é uma Carta Política, pela qual se organiza um
Estado. Os poderes são divididos e alocados conforme a vontade do legislador constituinte. No caso
do Brasil, exceto nas democracias constitucionais, adotamos a teoria da tripartição, pela qual, no
SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS, quem governa (Poder Executivo) não cria as leis; quem
as cria (Poder Legislativo) não governa; e, um terceiro, que o Poder Judiciário, examina a legalidade
tanto das leis quanto dos atos de quem governa.

60. Sendo certo que todos os Poderes são DELEGADOS pelo povo, conforme previsto no parágrafo
único do artigo 2º da CF/1988, ao dispor que: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”

61. De transporte para a NOSSA MAÇONARIA, tal como na vida PROFANA, vige o modelo
republicano, vez que o PODER PERTENCE AO POVO (no nosso caso: os obreiros, irmãos
regularmente iniciados e que se mantém regulares).

62. A Maçonaria brasileira, enquanto Organização não Governamental, segue a mesma estrutura, pois
sendo o povo maçônico titular do poder, cabe-lhes eleger os representantes de suas Lojas
(Diretoria: VM, Vigilantes, Tesoureiro e Deputados) e dos Grandes Orientes (Grão-mestre e Grão-
mestre adjunto).

63. Observem que são cargos eletivos para funções em poderes distintos e harmônicos entre si.

64. Com efeito, trilhamos por um regime democrático, com ênfase na igualdade, na liberdade e na
obediência às normas institucionais. Assemelha-se à república na prática de eleição livre de nossos
dirigentes, pelo corpo maçônico, com mandatos por tempo determinado, a partir do Grão-mestre e
de todos os demais cargos eletivos.

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65. No website do GOB, encontramos um pouquinho da História dos primórdios da Maçonaria


Brasileira, vejamos:

“Criado em 17 de junho de 1822, o Grande Oriente do Brasil – GOB, única potência brasileira
a deter o reconhecimento primordial, secular e definitivo da Loja-Mãe da Inglaterra, inscrito
entre as quatro ou cinco maiores potências maçônicas do mundo, tem cadeira cativa e
fortemente destacada na história do país, tanto no período monárquico quanto no
republicano. O século 18 foi marcado pelo Iluminismo, o 19 pelas ideologias e o 20 pela
emergência e domínio das tecnociências.
Generalidades
O grande feito da Maçonaria, já nos séculos XVII e XVIII, foi exportar o ideal
revolucionário e republicano para toda a América (do Norte e Latina). Foi a grande mudança
de paradigma. Centros geográficos como Olinda e Recife, Salvador, Tijuco (depois
Diamantina) e Vila Rica (depois Ouro Preto), até mesmo em função da tremenda mudança
de paradigma que foi a colonização das Américas, já reuniam grande riqueza e grande
número de imigrantes. Luxava-se mais em Olinda e Vila Rica do que mesmo em Lisboa.
Como o ideal de Fraternidade é de natureza expansionista, as idéias de Liberdade, Igualdade
e Fraternidade, logo varriam todas as Américas. Em 1760, por exemplo, já não havia colônia
americana que não fosse permeada pela Maçonaria.
A primeira loja regular em Portugal data de 1727, embora se tenha notícias de atividades
maçônicas antes disso. Em 1744 o Sr. Sebastião José de Carvalho e Melo, português, foi
iniciado em Londres, durante uma festa de São João. Esse cidadão português mais tarde foi
sagrado Conde de Oeiras e, depois, Marquês de Pombal.
Um outro centro irradiador de idéias e ideais, já desde 1620, era a Faculdade de Medicina,
Ciências e Letras, da Universidade de Montpellier, na França; manteve ligações
permanentes com figuras como Thomas Jefferson, Benjamin Franklin, John Adam,
Domingos Vidal Barbosa, José Mariano Leal, Domingos José Martins, José Joaquim da
Maia e José Álvares Maciel entre outros; no século 18, em Montpellier, havia mais do
que 10 lojas maçônicas livremente fermentando idéias republicanas nos diferentes
estudantes de todos os cantos do mundo.
Primórdios brasileiros
Kurt Prober, que sempre escrevia apoiado em sólida documentação, cita em sua bibliografia
(“Cadastro Geral das Lojas Maçônicas”) que a primeira atividade maçônica brasileira que
merece registro foi em 1724, na “Academia Brasílica do Esquecidos”, onde foi iniciado o

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Padre Gonçalves Soares de França, o Coronel (e historiador notável) Sebastião da Rocha


Pitta, o Desembargador Caetano de Britto e outros. Mais tarde todas as atas dessa
sociedade secreta foram queimadas.
O argentino Alcebíades Lappa, em 1981, em tese internacional, usando um Livro de Atas do
Duque de Norfolk, em Londres, provou que o Ir.: Randolph Took foi designado, já em 1735,
como Grão-Mestre Provincial para a América do Sul (o que equivalia a dizer Brasil).
E mais ainda, há uma carta do médico inglês Robert Young, em nome da Loja de São João,
de Buenos Aires, em 1741, dirigida à Loja de São João do Brasil, recomendando-lhe o Ir.:
Richard Lindsey que se encontrava no Brasil.
Há vestígios da existência, em 1750, de um grande Oriente Maçônico, em Salvador,
vinculado ao grande Oriente da França, com fortes tendências liberais e republicanas. No Rio
em 1752 foi criada a Associação Literária dos Seletos.”

66. No entanto, NÃO consegui acessar sua legislação, de modo a extrair bibliografia para o
enriquecimento da presente peça de arquitetura.

67. Seguindo-se em frente, pelas pesquisas que fiz, encontrei na CONSTITUIÇÃO de 1834 do
GRANDE ORIENTE NACIONAL BRAZILEIRO, mais conhecido como GRANDE ORIENTE DO
PASSEIO, provavelmente a primeira obediência Brasileira grande e organizada, normas positivas
pelas quais se vê que a mesma era governada pelo regime tripartite, in verbis:

CAPÍTULO 2º
Do Gr∴ Or∴ Braz∴

Art. 19. O Gr∴ Or∴ Braz∴ he o Centro da União Orthodoxa de toda a Maç∴ Braz∴
Art. 20. Elle se divide em Suprema Gr∴ L∴, Sapientíssima Gr∴ Dieta e
Respeitabilíssimo Gr∴ Tribunal de Justiça.
Art. 21. A Supr∴ Gr∴L∴ será composta de treze Dignatários, de três
Plenioitenciários por cada Or∴ Prov∴ e dois Membros do Sup∴ Conselho dos GGr∴
Inspetores Geraes. Estes últimos som tomarão parte nos negócios relativos à
símbolos, Ritos e Altos Graus.
Art. 23. A Sap∴ Gr∴ D∴ sera composta de treze Delegados por cada um dos OOr∴
Pov∴, que dentre elles elegerão hum Presidente, hum Vice Presidente, dous

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Secretários effectivos e dous Secretários Supplentes; além das Comissões, que se


julgar convenientes.
Art. 24. O Resp∴ Gr∴ Tribunal de Justiça será composto de nove Gr∴ Juízes, que
dentre eles elegerá um Presidente, hum Relator effectivo, hum Relator Adjunto, e
hum Promotor.
Art. 35. A Supr∴ Gr∴ L∴ compete:
1º. Executar, e fazer executar em todos os OOr∴ Prov∴ as Leis geraes, que vão
estabelecidas nesta Const∴, assim como as que fiser a Sap∴ Gr∴ D∴.
2º. Sanccionar as Leis, que lhe forem apresentadas pela Sap∴ Gr∴ D∴ Esta sanção
será dada, ou negada no praso de vinte e hum dias depois da appresentação de
qualquer Lei; devendo no segundo caso devolver a mesma Lei a Sap∴ Gr∴ D∴
motivando o seu Veto. Mas, se depois de discutidas as rasões expendidas pela
Sap∴ Gr∴ L∴ Braz∴, a Lei for novamente adoptada pelos dous terços dos
Membros da Sap∴ Gr∴ D∴, que lhe dará imediatamente a sancção.
3º. Apresentar annualmente á Sap∴Gr∴ D∴, no princípio de cada Sess∴ da mesma,
o Orçamento para as despesas ordinárias, e extraordinarias do Gr∴ Or∴
4º. Convocar extraordinariamente a Sap∴ Gr∴ D∴, e o Resp∴ Gr∴ Trib∴ de Just∴
quando os negocios relativos assim o exijão; sendo esta exigência reconhecida pela
maioria dos Membros da Supr∴ Gr∴ L∴

68. E nem se diga que a gestão tripartite atenta contra os Landmarks, como alguns defendem.

69. O festejado doutrinador maçônico NICOLA ASLAN, membro da Academia Maçônica de Letras, em
sua celebre obra LANDMARQUES E OUTROS PROBLEMAS MAÇÔNICOS, 2ª Ed., Ed. Aurora, Rio
de Janeiro, 1972, já no prefácio, consigna que:

“Os Landmarques, que muitos consideram como os princípios


fundamentais da Maçonaria, constituem, atualmente, problema de difícil solução.
Como tudo o que cai entre as mãos de escritores levianos, que, ao invés de
examinarem os problemas com critério, bom senso e equilíbrio preferem dar asas à
sua fértil imaginação, o assunto dos Landmarques transformou-se, aos poucos, em
fantasma perturbador e, às vezes, em semeador de discórdia.

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E não acreditamos que o problema venha a ter, algum dia, definitiva


solução, se não se resolverem os Maçons a relegar o assunto dos Landmarques ao
sótão da Maçonaria, para lá fazer companhia a outros muitos, hoje considerados
como coisas imprestáveis.
...
Não obstante, em que pese a universal veneração de que os
Landmarques são objeto dentro da Instituição Maçônica, trataóistas e jurisconsultos
jamais puderam chegar a um acordo no sentido de defini-los, enumerá-los,
classificá-los e interpretá-los. E até hoje nenhuma relação de Landmarques chegou
a ser publicada com unanime aceitação.
Contudo, embora não se lhes conheça o verdadeiro significado, e
menos ainda o seu valor jurídico, os Landmarques têm tido excelente receptividade
por parte de certos dirigentes da Maçonaria, e forma mesmo frequentemente
utilizados. É certo, apelando para os indefinidos Landmarques, procuram coonestar
atitudes e atribuições extraconstitucionais, que ilegalmente se permitiram.
... A verdade porém é que à medida que a Maçonaria evoluía,
cresciam também gradualmente os Landmarques, variando de número, de acordo
com o autor de cada lista.
...
A nossa opinião é que os Landmarques representam dentro da
Maçonaria o papel que as Falsas Decretais desempenharam, outrora, dentro
da Igreja Católica. Forneceram ao Papa uma autoridade absoluta sobre os
outros bispos, autoridade que antes na possuía.
A ignorância generalizada daquele período da História possibilitara
semelhante golpe de Estado, e às poucas vozes que contra elas se insurgiram, o
Papa impôs a sua autoridade. Mas para que poderão servir a um Grão-Mestre
poderes extraconstitucionais se não lhe é permitido abrigar ideias de hegemonia
universal, visto que a Maçonaria jamais poderá pretender à unidade?
As poucas potências maçônicas que adotaram irrefletidamente
Landmarques, conferiram aos seus Grão-Mestres poderes extraordinários,
legalizando assim abusos que, cedo ou tarde, contra elas seriam cometidos”,
fls. 13/15.

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70. Prossegue ASLAN, afirmando que “não devemos esquecer que os próprios artigos da ‘Constituição’
de 1723, dita de Anderson, e muito particularmente o primeiro, foram várias vezes alterados pela
Grande Loja da Inglaterra. E mais do que isto, apesar da referência para observação dos
Landmarques, estes nunca foram definidos e especificados por aquela Grande Loja. Assim, em seu
‘Freemasons Guide and Compendium’, Bernard E. Jones escreve:

‘Seria impossível, portanto, alguém dogmatizar em matéria em que a


Grande Loja não fez qualquer pronunciamento, e em que os Maçons com
experiência não podem concordar. Infelizmente existe a tendência de usar a palavra
‘landmark’ como um substantivo conveniente para descrever algo que não tem um
significado definido’ (p.335).
O que, com muita prudência, não quis definir a Grande Loja da
Inglaterra, alguns autores trataram de fazê-lo. Cada qual deu sua opinião que outros
não quiseram aceitar; gastaram mares de tinta para esclarecer o assunto, e o
resultado foi apenas, segundo a expressão de Virgilio A. Lasca ‘plantar a semente
da discórdia na Maçonaria moderna’”, fls. 16/17.

71. ASLAN, reconhece que de todas as relações de Landmarques, a mais conhecida e a mais adotada
é a de Mackey, – esta NÃO é a hipótese do GOEMT, pois em sua Constituição, art. 3º, apesar
de prever que serão ‘...respeitados os Landmarks...’, NÃO define qual das quase 60
compilações adota –, anotando que “sobre ela o ‘Freemason’s Pocket Reference Book’ diz que o
notório escritor americano Dr. A. G. Mackey preparou uma lista de 25 Landmarques; ‘eles, porém,
só poderão ser utilizados como base para uma discussão’, e acrescenta que ‘o assunto é
capaz de ser objeto de infinitos debates e duvidamos que alguém chegue a uma solução
satisfatória, para concluir que ‘a lista de Landmarques do Dr. Mackey provocou muitas
discussões sobre assunto tão confuso”, fls. 21.

72. Como visto, meus irmãos, a gestão de Grandes Orientes pelo sistema tripartite data-se de longe,
cuja rejeição só é feita por aqueles que pretendem se “adonar” da instituição, recusando-se na
devida prestação de contas, entre outras obrigações, que não pode prevalecer.

Ir ∴ Marcelo Angelo de Macedo, Gr32.


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