ESCOLA SECUNDÁRIA PEDRO NUNES

2019.2020

Física e Química A
AL 3.1 - Radiação e potência elétrica de um painel fotovoltaico

RESUMO

Objetivo geral do trabalho

Investigar a influência da irradiância e da diferença de potencial elétrico no

rendimento de um painel fotovoltaico.

Sobre os painéis fotovoltaicos...

O que são

 Dispositivos usados para produzir energia elétrica a partir da radiação solar

incidente.
 Conjunto de módulos fotovoltaicos ligados em série ou paralelo. Cada módulo
é um conjunto de células fotovoltaicas ligadas entre si.
 Uma célula tradicional é constituída por um material semicondutor,
normalmente silício.

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Como funcionam

 A energia da radiação incidente, proveniente do Sol, é transferida para os

eletrões do material semicondutor gerando-se uma diferença de potencial
elétrico nos terminais da célula e uma corrente elétrica contínua no circuito.
 Devem ser colocados de modo a que a intensidade da radiação solar incidente
seja máxima. No hemisfério norte, virados para o sul e com uma inclinação com
a horizontal igual à da latitude do lugar.
 Alguns são colocados sobre um suporte móvel que roda ao longo do dia para
que a radiação incida perpendicularmente.
 Necessitam de um inversor de corrente para transformar a corrente contínua
em alternada e de uma bateria para armazenar energia que possa ser utilizada
à noite.

Aplicações

 Habitações e pequenas indústrias;

 Estradas e aeroportos;
 Máquinas de calcular, relógios e lanternas;
 Iluminação pública, de edifícios e de jardins;
 Satélites.

Vantagens

 Utilização de uma fonte de energia renovável: o Sol.

 Produção de energia elétrica sem emissão de dióxido de carbono, contribuindo
para a sustentabilidade do planeta.

Desvantagens

 Custos de instalação muito elevados.

 Ocupação de grandes áreas.
 Rendimentos baixos (10 - 25%).

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Esquema do circuito

1 1 - Interruptor
2
2 - Reóstato
6 3 3 - Painel fotovoltaico

4 - Voltímetro
5
5 - Amperímetro

6 - Fios de ligação
4

Esquema da montagem

Notas:

 A luz proveniente da lâmpada do candeeiro simula a luz do Sol; os filtros

representam o céu encoberto; o reóstato reproduz os eletrodomésticos de uma
casa, em funcionamento.
 Controle de variáveis - manter: todo o equipamento e a distância da lâmpada ao
painel; variar: colocar o filtro e alterar a inclinação do painel.
 Ligar o candeeiro alguns minutos antes de efetuar as medições para estabilizar a
temperatura.

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Dados recolhidos, sua análise e conclusão

Incerteza de leitura do amperímetro:  0,0001 A

Incerteza de leitura do voltímetro:  0,001 V
Incerteza de leitura da régua:  0,05 cm
Incerteza de leitura do transferidor:  0,5o

Distância da lâmpada ao painel = d = 25,00 cm

 Situação I - Luz proveniente da lâmpada faz um ângulo de 0 o com a normal ao

painel (luz perpendicular ao painel)

Registo de dados recolhidos e seu tratamento

Quadro I

I/A 0,0268 0,0267 0,0264 0,0259 0,0253 0,0246 0,0236 0,0225 0,0213

U/V 0,145 0,185 0,232 0,268 0,295 0,322 0,344 0,363 0,380

P/W* 0,0039 0,0049 0,0061 0,0069 0,0075 0,0079 0,0081 0,0082 0,0081

I/A 0,0205 0,0195 0,0186 0,0177 0,0172 0,0163 0,0155 0,0147 0,0145

U/V 0,389 0,398 0,406 0,411 0,413 0,420 0,424 0,428 0,429
*
P/W* 0,0080 0,0078 0,0076 0,0073 0,0071 0,0068 0,0066 0,0063 0,0062
P

*P = U I

Traçado do gráfico que traduz a potência elétrica (P) em função da diferença de

potencial elétrico (U).

0,0090
P/W
0,0080
0,0070
0,0060
0,0050
0,0040
0,0030
0,0020
0,0010
0,0000
0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500
U/V
4/6
 Conclusões

Nas condições desta experiência - luz proveniente da lâmpada perpendicular ao

painel fotovoltaico (ângulo de 0o com a normal ao painel) e sem qualquer filtro
- constata-se que a potência máxima fornecida pelo painel é 0,0082 W, à qual
corresponde uma diferença de potencial elétrico de 0,363 V. Assim, o
rendimento do painel fotovoltaico é otimizado por esse valor de tensão.

Situação II - Luz proveniente da lâmpada faz um ângulo de 0 o com a normal ao

painel (luz perpendicular ao painel), com filtro colocado sobre o
painel

Registo de dados recolhidos e seu tratamento

Quadro II

I/A 0,0203 0,0201 0,0199 0,0197 0,0192 0,0188 0,0183 0,0176 0,0172

U/V 0,111 0,138 0,190 0,220 0,243 0,269 0,293 0,315 0,326

P/W* 0,0023 0,0028 0,0038 0,0043 0,0047 0,0051 0,0054 0,0055 0,0056

I/A 0,0168 0,0159 0,0154 0,0149 0,0144 0,0140 0,0134 0,0130 0,0117

U/V 0,336 0,349 0,357 0,363 0,369 0,373 0,380 0,385 0,405

P/W* 0,0056 0,0055 0,0055 0,0054 0,0053 0,0052 0,0051 0,0050 0,0047

*P = U I

Traçado do gráfico que traduz a potência elétrica (P) em função da diferença de

potencial elétrico (U).

0,0060
P/W
0,0050

0,0040

0,0030

0,0020

0,0010

0,0000
0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,450

U/V 5/6
Conclusões

Nas condições desta experiência - luz proveniente da lâmpada perpendicular ao

painel fotovoltaico (ângulo de 0o com a normal ao painel) e com um filtro
colocado entre a lâmpada e o painel - constata-se que a potência máxima
fornecida pelo painel é 0,0056 W, à qual corresponde uma diferença de
potencial elétrico de 0,336 V. Assim, o rendimento do painel fotovoltaico é
otimizado por esse valor de tensão.
Como era esperado, verifica-se que, nesta situação, a potência elétrica
fornecida pelo painel é menor comparativamente à situação I (0,0056 V <
0,0082 V), visto a irradiância ter diminuído.

Situação III - Luz proveniente da lâmpada com diferentes ângulos de incidência

em relação à normal ao painel (sem filtro), para uma
determinada posição do cursor do reóstato (resistência
constante) correspondente ao máximo de potência

Quadro III (apenas valores de potência máxima)

Ângulo de
0 30 50
incidência / o
P/W 0,0082 0,0071 0,0047

Conclusões

Verifica-se que à medida que aumenta o ângulo de incidência, entre a luz

proveniente da lâmpada e a normal ao painel, a potência máxima vai
diminuindo. Assim, conclui-se que o painel deve ser orientado de modo a que a
luz incida perpendicularmente sobre ele, ou seja, faça um ângulo de 0 o com a
normal, pois tal maximiza a potência do painel.

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