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Trabalho de Ciencias Politicas
Trabalho de Ciencias Politicas
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Mocambique
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4º Ano
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1. Introdução
A ideia de política está relacionada à organização da vida em colectividade e às maneiras de
se organizar esse tipo de viver. Nesse sentido, é bom lembrar que a política é imprescindível
para a organização da vida em sociedade, por mais difundidas que sejam as afirmações do
tipo “eu odeio política” ou “fora os políticos”, é por meio dela que se definem as normas de
nossa convivência bem como os padrões de conduta considerados válidos num determinado
contexto.
Uma questão importante a ser lembrada é que as mudanças da história promoveram profundas
alterações na forma de organização das sociedades. Essas mudanças, porém, não afectaram o
núcleo do conceito de política, que continua o mesmo desde a Grécia Antiga. Ciência
Política como a conhecemos teve início na Grécia Antiga, quando filósofos e pensadores
começaram a reflectir sobre factos relacionados ao governo.
1.1.Objectivos
Geral
Falar da origem de ciências políticas;
Específicos
Descrever a origem das ciências políticas;
Conceituar política.
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2. Origem de ciências políticas
A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em Pólis (cidades-
estado), nome do qual se derivaram palavras como “politiké” (política em geral) e “politikós”
(dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim “politicus” e chegaram
às línguas europeias modernas através do francês "politique" que, em 1265 já era definida
nesse idioma como "ciência dos Estados.
Rodrigues M.M.A. (2010), “Política pública é um processo que vai além da política social, é
um caminho em que os diversos grupos que compõem a sociedade – cujos interesses, valores
e objectivos são divergentes tomam decisões colectivas, que condicionam o conjunto dessa
sociedade”.
Entretanto, com a evolução desta ciência, as Políticas Públicas começaram a ser concebidas como unidade de
análise, sendo estudado o seu processo como um todo (inputs + outputs). Dessa forma, os estudos nessa
temática passaram a se ocupar em entender desde a origem até a formação final das Políticas Públi- cas,
abordando todos os atores envolvidos para o seu desenvolvimento.
De Faria (2003), faz uma interessante análise da evolução do conceito de Políticas Públicas que
evidencia a complexificação do processo por conta da participação de novos atores frente ao
mesmo.
2.1.Política e poder
Ded acordo John L; David;, Jean-Jacques R. (1947, 307) , teórico político inglês e um dos
principais formuladores da teoria do contrato social.
“A política, como forma de actividade ou de práxis humana, está estreitamente ligada ao
poder. O poder político é o poder do homem sobre outro homem, descartados outros
exercícios de poder, sobre a natureza ou os animais, por exemplo. Poder que tem sido
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tradicionalmente definido como “consistente nos meios adequados à obtenção de
qualquer vantagem” (Hobbes) ou, como “conjunto dos meios que permitem alcançar os
efeitos desejados”.
3. Tipos de poder
O elemento específico do poder político pode ser obtido das várias formas de poder, baseadas
nos meios de que se serve o sujeito activo da relação para determinar o comportamento do
sujeito passivo. Assim, podemos distinguir três grandes classes de um conceito amplíssimo do
poder.
3.1.Poder económico
Na perspectiva de Andrada, B. de. (1998), poder económico é o que se vale da posse de certos
bens, necessários ou considerados como tais, numa situação de necessidade para controlar
aqueles que não os possuem. Consistente também na realização de um certo tipo de trabalho.
A posse dos meios de produção é enorme fonte de poder para aqueles que os têm em relação
àqueles que os não têm: o poder do chefe de uma empresa deriva da possibilidade que a posse
ou disponibilidade dos meios de produção lhe oferece de poder vender a força de trabalho a
troco de um salário. Quem possui abundância de bens é capaz de influenciar o comportamento
de quem não os tem pela promessa e concessão de vantagens.
3.2.Poder ideológico
Bobbio, (1987 p. 82–84), O poder ideológico se baseia na influência que as ideias da pessoa
investida de autoridade exerce sobre a conduta dos demais: deste tipo de condicionamento
nasce a importância social daqueles que sabem, quer os sacerdotes das sociedades arcaicas,
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quer os intelectuais ou cientistas das sociedades evoluídas. É por eles, pelos valores que
difundem ou pelos conhecimentos que comunicam, que ocorre a de socialização necessária à
coesão e integração do grupo.
3.3.Poder político
Eckardt et. all (1932 p.215), o poder político se baseia na posse dos instrumentos com os
quais se exerce a força física: é o poder coactor no sentido mais estrito da palavra. Entretanto,
a ciência política se dedica ao estudo da formação e da divisão do poder, há necessidade de
estabeleceu conceito de poder.
A possibilidade de recorrer à força distingue o poder político das outras formas de poder. Isso
não significa que, ele seja exercido pelo uso da força, mas sim que haja a possibilidade do
uso, sendo esta a condição necessária, mas não suficiente, para a existência do poder político.
Segundo Maar, Wolfgang Leo (2013), mencionam que no poder político há três
características:
Exclusividade - trata da tendência de não se permitir a organização de uma força
concorrente como, por exemplo, grupos armados independentes que ameacem o
poder;
Universalidade - tratando-se esta da capacidade de se tomar decisões para toda a
colectividade;
Inclusividade - que é a possibilidade de intervir, de modo imperativo, em todas as
esferas possíveis de actividades de membros do grupo e de encaminhar tais
actividades aos fins desejados ou de desviá-las de um fim não desejado.
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variará de acordo com a ideologia ou os valores de cada político, mas o qual se espera que ele
busque com prudência e coragem. E nenhuma profissão é mais importante, porque o político
pode ter uma má influência sobre a vida das pessoas maior do que a de qualquer outra
profissão.
A ética da política não pode ser diferente da ética da vida pessoal. E além de observar os
princípios gerais, como não matar ou não roubar, o político deve mostrar ao povo que o
elegeu sua capacidade de defender o bem comum, e o bem estar de toda a sociedade, sem se
preocupar com o simples exercício do poder.
5. Estado
O sociólogo Anthony Giddens (2005, p. 343), detalha mais esse conceito, ao definir que o
Estado:
[...] existe onde há um mecanismo político de governo (instituições como um parlamento
ou congresso, além de servidores públicos) controlando determinado território, cuja
autoridade conta com o amparo de um sistema legal e da capacidade de utilizar a força
militar para implementar suas políticas. Todas as sociedades modernas são estados -
nações, ou seja, estados nos quais a grande massa da população é composta por cidadãos
que se consideram parte de uma única nação (grifos nossos).
Além de não distinguir, de qualquer forma, os demais membros da sociedade, deve ser capaz
de mostrar a esses membros que assume a responsabilidade pela consecução deste objectivo.
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6. Conclusão
O ser humano não vive sozinho. A política está na própria natureza humana. Toda nossa vida
é organizada em torno de grupos. Nos organizamos em círculos (familiar, escolar, social,
profissional, desportivo, associativo). Desempenhamos papéis (filho, irmão, pai, mãe, marido,
esposa, funcionário, patrão). Para tudo isso criamos regras (moral, ética, disciplina familiar,
regras escolares, regras no trabalho). E desde sempre elegemos líderes (representante da
classe, síndico de prédio, presidente da associação de bairro, presidente do sindicato.
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Referências bibliográficas
Andrada, B. de. (1998). Ciência política: ciência do poder. São Paulo;
Bobbio, Norberto et al. (1982). Política e ciência política. Brasília: Universidade de Brasília;
Eckardt, Hans V. & Luengo, Rafael. (1932, p. 215). Fundamentos de la política;
Labor, Maar, Wolfgang Leo (2013). O que é Política. São Paulo;
John L; David;, Jean-Jacques R. (1947). Social Contract: Essays by Locke, Hume and
Rousseau;
Rodrigues, M. A. (2010). Políticas Públicas São Paulo;
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