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CONTABILIDADE

DE CUSTOS
Tipos de Produção e Formas de Controle
de Custos

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da


Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado
para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil –
AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje,
Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-
troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-
rio da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional –
AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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Tipos de Produção e Formas de Controle de Custos
Prof. Manuel Piñon

Tipos de Produção e Formas de Controle de Custos..........................................5


1. Sistemas de Produção..............................................................................5
1.1. Produção por Ordem (ou Encomenda)......................................................6
1.2. Produção Contínua ou por Processo (ou em Série).....................................9
2. Sistemas de Controle de Custos............................................................... 12
2.1. Sistema de Custeio Real....................................................................... 12
2.2. Sistema de Custeio Predeterminado....................................................... 12
2.3. Detalhando o Custo Padrão.................................................................. 19
3. Custeio da Produção Conjunta................................................................. 29
3.1. Coprodutos........................................................................................ 32
3.2. Subprodutos....................................................................................... 34
3.3. Sucata............................................................................................... 36
Resumo.................................................................................................... 38
Mapa Mental............................................................................................. 44
Questões Comentadas em Aula................................................................... 45
Questões de Concurso................................................................................ 48
Gabarito................................................................................................... 68
Gabarito Comentado.................................................................................. 69

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Olá, amigo(a) concurseiro(a)!

O nosso objetivo hoje nessa aula é conhecer mais alguns conceitos relacionados

à produção que são muito importantes para a contabilidade de custos e, também,

estudar os sistemas de controles de custos, em especial o custo padrão.

Áreas Técnicas e Quantidades


de Produção
Materiais
diversos
Compras e
Custos Unitários
Controladoria

Áreas Técnicas e
Horas
de Produção
Mão de obra
direta Controladoria
Departamento Taxas
de Pessoal Horárias

Volume de Ficha de
Planejamento Produção
Custos Custo Padrão
Indiretos
de Fabricação Controladoria Taxas de CIF

Como diria o cineasta James Cameron: “Se você traçar metas absurdamente
altas e falhar, seu fracasso será muito melhor que o sucesso de todos”.

Boa aula!

Prof. Manuel Piñon.

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TIPOS DE PRODUÇÃO E FORMAS DE CONTROLE DE CUSTOS


1. Sistemas de Produção
Vamos estudar dois sistemas, formas ou tipos de produção, e conhecer, para

cada tipo de produção, como é o tratamento contábil e apropriação dos custos aos

produtos fabricados.

Os dois sistemas/formas/tipos de produção que iremos estudar são:

1 - Produção por ordem (ou encomenda);

2 - Produção por processo ou contínua (ou em série);

Para alguns autores, conforme exposto na figura abaixo, existe a produção em

lotes que seria um meio termo entre a produção por encomenda e a produção

contínua.

Vamos então começar pela produção por ordem!

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1.1. Produção por Ordem (ou Encomenda)

Esse tipo de produção ocorre quando a empresa fabrica produtos di-

ferentes, normalmente em pequenas quantidades, pois em regra atende

pedidos específicos dos clientes, ou seja, praticamente atende a uma

encomenda específica de um cliente.

Bons exemplos da produção por encomenda são a indústria naval e a indústria

que produz equipamentos específicos.

Na produção por ordem os custos são acumulados por ordem de produ-

ção ou ordem de fabricação.

Na verdade, para cada produto existe uma espécie de “ficha” em que

são lançados esses custos. Essas fichas são as tais ordens de produção

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ou ordens de fabricação, que dão o nome de Produção por ordem (ou

encomenda).

Podemos concluir, portanto, que a soma das Ordens de Produção em

aberto representa o Estoque dos Produtos em Processo.

Assim, à medida que os produtos são completados, as Ordens de Produção são

encerradas e os custos são transferidos para o estoque de produtos acabados (ou

CPV, se for o caso de já terem sido vendidas).

Durante a execução da encomenda, os custos são registrados nas mencionadas

ordens de produção da seguinte maneira:

Os materiais pelo custo real, com base nas requisições para cada Ordem de

Produção – OP;

A mão de obra direta é apropriada com base no tempo gasto na execução de

cada Ordem (tempo gasto x taxa horária de custo da MOD)

Os Custos Indiretos de Fabricação – CIF são apropriados através de rateio com

base em critério definido.

Como já estudamos anteriormente, a contabilização dos custos por Ordem de

Produção segue as etapas normais, ou seja, após a apropriação dos custos de MD,

MOD e CIF para as ordens de produção, os produtos já completados (acabados) são

transferidos para o estoque de produtos acabados e, quando vendidos, são trans-

feridos para o Custo dos Produtos Vendidos – CPV.

Questão 1    Julgue a afirmativa a seguir.

O custeio realizado por meio da utilização das Ordens de Produção ocorre quando

uma firma qualquer planeja sua produção com base em encomendas específicas,

situação típica do sistema de produção contínua.

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Errado.

Veja que a afirmativa começa bem, estando correta até a penúltima palavra, con-

ceituando corretamente a produção por ordem ou por encomenda, mas no final o

examinador tenta pegar os desatentos a dizer que essa seria a caracterização da

produção contínua!

Por questões como essa é que lhes digo: muito cuidado na hora prova!

Questão 2    No sistema de Produção por Ordem, quando algumas matérias-primas

durante a elaboração de determinadas ordens são estragadas, podem ser realizados

dois procedimentos: o registro dessas “perdas” como Custos Indiretos de Fabricação

– CIF e respectivo rateio por toda a produção do período ou a apropriação

a) aos departamentos de produção.

b) aos departamentos de apoio à produção.

c) à ordem que está sendo elaborada.

d) às unidades operacionais

e) aos departamentos administrativos.

Letra c.

Na produção por ordem a regra é a acumulação dos custos em uma conta específica

para cada produto, ou melhor, para cada ordem de produção.

Essa regra é válida inclusive no caso de matérias primas danificadas, cujo custo

da “perda” é acumulado juntamente com os demais custos da ordem de produção.

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1.2. Produção Contínua ou por Processo (ou em Série)

A ideia inicial básica para entendermos o que vem a ser uma indústria de produ-

ção contínua, é imaginarmos aquela unidade industrial que fabrica continuamente

produtos com as mesmas características (tamanhos, cores, modelos etc.)?

Diferentemente de um barco, em que o cliente faz várias exigências ou “custo-

mizações” típicas da produção por ordem ou por encomenda, na produção contínua

o cliente escolhe e compra o que a fábrica produz para qualquer cliente.

Pense na compra de uma simples caneta azul básica. Ela é um bom exemplo de

um sistema de produção denominado contínuo, em série ou por processo.

Ficou claro?

Espero que sim!

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Mas agora vamos conhecer mais profundamente esse tipo de produção!

Assim, esse tipo de produção ocorre quando a empresa opera na fabricação de

produtos iguais ou com variações mínimas e que são produzidos de maneira con-

tínua.

Na verdade, além da caneta, podemos citar como exemplo a grande maioria dos

produtos que vemos em supermercados, farmácias e lojas de material de constru-

ção.

Aqui o sistema de acumulação de custos segue aquele fluxo normal, em que os

custos são inicialmente classificados por natureza contábil (tipo de gasto) e depois

compilados e distribuídos às unidades produzidas.

Como todo sistema de custos, deve refletir todo o processo físico da produção

(processo produtivo), podendo ser utilizada aquela técnica que estudamos da de-

partamentalização (os centros de acumulação de dados físicos e de custos - depar-

tamentos ou centros de custos).

Em relação ao tratamento contábil, este segue as etapas normais, ou seja, após

a apropriação dos custos de MD, MOD e CIF para os produtos em processos de pro-

dução (veja no próximo tópico à técnica dos equivalentes de produção) os produtos

completados são transferidos para o estoque de produtos acabados e, quando ven-

didos, são transferidos para o Custo dos Produtos Vendidos (CPV).

Questão 3    (CESPE/ANTT/ESPECIALISTA/2009) Julgue o item seguinte com rela-

ção a contabilidade gerencial e a orçamento empresarial.

No sistema de custeamento de produção contínua, os custos são incorporados à

conta de elaboração e são baixados para a conta de produtos acabados à medida

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que são concluídos. Com isso, o saldo de produtos em elaboração sofre baixas

parciais pelo valor dos custos dos produtos acabados.

Certo.

Atente ao fato de que o saldo de produtos em elaboração é objeto de baixas quando

os produtos que estavam sendo elaborados têm a sua produção finalizada, ou seja,

quando “viram” produtos “prontos”, ou melhor, produtos acabados.

Veja, a seguir, a relação entre volume de produção e o sistema de produção usual-

mente utilizado:

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2. Sistemas de Controle de Custos


Vamos começar este tópico conhecendo o conceito de Custos estimados: são
custos predeterminados destinados a solucionar problemas de controle e
planejamento ou situações especiais.
Observe que no conceito em tela eu “sublinhei” os seguintes termos:

• “predeterminados”;

• “controle e planejamento”.

Primeiramente, vamos entender melhor o significado do termo “predetermi-


nados”.
Basicamente existem dois grandes grupos de sistemas de custeio em relação ao
momento de determinação dos custos:

2.1. Sistema de Custeio Real

Sistema de custeio real é aquele que utiliza apenas de valores históricos


dos insumos já aplicados no processo de produção.
Portanto, os custos da produção do período são computados somente
depois da realização da Produção.
Assim, normalmente, apenas após o final de cada mês os custos reais são co-
nhecidos.
De modo prático, amigo (a) concurseiro(a), guarde a ideia de que no sistema
de custeio real os custos são “pós-determinados”.

2.2. Sistema de Custeio Predeterminado

Como o próprio nome indica, os custos predeterminados são custos estabelecidos

com antecedência sobre as operações de produção.

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Assim, em um sistema de custeio baseado em custos predeterminados, tanto o

material como a mão de obra e os gastos gerais de fabricação são contabilizados

com base em preços, usos e volumes previstos.

De modo distinto do sistema de custeio real, no sistema de custeio predetermi-

nado são utilizados valores previstos com base nas especificações do produto, nos

elementos de custo e nas quantidades de produção

Desse modo, pode-se dizer que os custos são obtidos antes de realizada a

produção.

Entretanto, o custeio predeterminado, em função de suas característi-

cas, ainda pode ser sub classificado de duas maneiras.

2.2.1. Custeio Predeterminado Estimado

É estabelecido com base em custos de períodos anteriores ajustados em função

de expectativas de ocorrências futuras, porém sem muito questionamento sobre as

quantidades (materiais/mão de obra) aplicadas nos períodos anteriores e os res-

pectivos custos.

O conceito de custo estimado é, em geral, utilizado para cálculo das taxas de

aplicação dos custos indiretos de fabricação, podendo, entretanto, ser estendido

aos custos diretos.

2.2.2 - Custeio Predeterminado Padrão

É estabelecido com mais embasamento e com critérios mais apurados do que o

estimado, e será estudado detalhadamente ainda hoje.

Amigo(a) concurseiro(a), por enquanto fique com a ideia de que o custo pa-

drão representa o custo que um produto deveria custar, em condições normais de

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produtividade da mão de obra e dos equipamentos, de bom atendimento pelos

fornecedores etc.

Seria um custo ideal teórico!

O outro termo “sublinhado”, “controle e planejamento”, destaca a utilidade

prática dos custos estimados.

Aí você certamente já “sacou”!

Ah, professor, então metodologia dos custos estimados tem aplicação na con-

tabilidade gerencial da organização, especialmente no que diz respeito a plane-

jamento e controle!

É isso mesmo!

Considere que as atividades de planejar e de controlar são intimamente

interligadas. Você precisa de ferramentas que permitam a “conversa” en-

tre o planejamento e o controle. A utilização dos custos estimados é uma

dais mais importantes delas no que diz respeito à planejamento e controle

de custos.

Mas aí você me pergunta:

E depois de feita a estimativa dos custos, como é feito o controle das variações

entre o que foi orçado e o que correu na realidade? E qual o tratamento contábil?

De início, vamos logo compreender melhor o que deve ser essa tal variação!

A Variação que estamos falando é qualquer afastamento de uma variável em

relação a um parâmetro preestabelecido, e dessa maneira já percebemos que será

necessário haver uma base quantitativa para se mensurar o item de custo que

variou.

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Fixado o custo estimado, sua composição final abrangerá matéria-prima, mão

de obra direta e custos indiretos de fabricação, e cuja realização (custo real) pode-

rá/deverá trazer desvios em três aspectos.

Variações de preços: assim compreendido qualquer desvio entre o preço

preestabelecido e o preço realizado.

O mercado é dinâmico e é muito comum acontecerem variações nos preços dos

insumos ao longo do período (normalmente mês).

Variações de quantidades: é a relação entre a quantidade de insumo

estabelecida para a produção analisada e aquela efetivamente incorrida.

São variações de natureza técnica, e a melhor forma de controle é aquela rea-

lizada junto ao processo de fabricação.

Variação por mudança técnica: só deve existir quando a ocorrência for tran-

sitória, pois em caso contrário far-se-ia necessário à fixação de novas estimativas.

Existem algumas formas de contabilização dos custos estimados e das suas

variações após apuração dos custos reais.

A sistemática utilizada é a mesma, na verdade é até um pouco menos completa

que a realizada no Custo Padrão.

Desse modo, deixaremos para estudar a contabilização desses custos prede-

terminados e das suas variações quando formos estudar Custo Padrão ainda hoje.

Já que estamos estudando sistemas de controle de custos é porque existem

custos controláveis, e se existem custos controláveis é porque também existem

custos não controláveis.

Concorda comigo?

Espero que sim!

Então vamos logo conceituá-los de modo bem simples e ver alguns exemplos:

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Custos controláveis: são aqueles custos que podem ser influenciados/geren-

ciados pelo Administrador da empresa.

Desse modo, os custos controláveis podem ser estimados com relativo grau de

realismo.

São exemplos de custos controláveis: os insumos, a mão de obra, combustíveis,

energia elétrica etc.

Custos não controláveis: são os custos que independem da vontade/gerência

do Administrador.

Podemos dizer que os custos não controláveis resultam de fatores externos

alheios ao poder de decisão do gestor.

Apesar de indesejado, este tipo de custo é muitas vezes inevitável.

Podemos citar como exemplos à depreciação, os impostos e encargos, os custos

derivados de devoluções de clientes, acidentes etc.

Bem, acho que em termos de conceito de custos controláveis estamos tranquilos.

Certo?

Mas ainda precisamos ver o tratamento contábil e a aplicação dos custos

controláveis.

Bem, vamos começar pela aplicação.

Se o custo controlável é aquele que pode ser gerenciado, imaginem o que as

empresas fazem com os custos controláveis?

Gerenciam!

Mas como?

Por meio dos famosos Centros de custos!

Vamos conceituar um Centro de Custo então:

Centro de Custo é a menor fração de atividade ou área de responsabili-

dade para a qual é feita a acumulação de custos.

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Assim, os custos controláveis são acumulados em centros de custos, também

chamados de centros de responsabilidades ou centros de resultados.

Os centros de custos podem coincidir com departamentos, mas normalmente

um departamento pode conter mais centros de custo.

Aí meu amigo(a), sei que você deve estar com a seguinte ideia na cabeça:

“Epa! Falou em departamentos... um... isso está me cheirando a um assunto

que já estudamos... a Departamentalização!”

Isso mesmo!

Chegaremos nela daqui a pouco!

A noção inicial de contabilidade por responsabilidade dimensionou os centros de

custo a partir das ideias que seu responsável tem poder de controlar os custos de

seu centro de custo.

Assim, nas empresas de gestão mais moderna, o desempenho de um gerente

passou a ser julgado/premiado com base nos itens de custo sujeitos a seu controle.

Em relação à nossa matéria, contabilidade de custos, esse conceito de centro de

custo “desemboca” na nossa já conhecida Departamentalização.

Assim, a aplicação e o tratamento contábil dos custos controláveis se dariam

conforme resumido no esquema a seguir:

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Recapitulando, já sabemos que existem dois grandes grupos de sistemas de

custeio em relação ao momento de determinação dos custos:

A – Sistema de custeio real: que é aquele que utiliza apenas de valores

históricos dos insumos já aplicados no processo de produção.

Assim, os custos da produção do período são computados somente depois da

realização da Produção.

São os “pós-determinados”.

B – Sistema de custeio predeterminado: como o próprio nome indica, os

custos predeterminados são custos estabelecidos com antecedência sobre as

operações de produção.

Assim, tanto o material como a mão de obra e os gastos gerais de fabricação

são contabilizados com base em preços, usos e volumes previstos.

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Na verdade, são utilizados valores previstos com base nas especificações do

produto, nos elementos de custo e nas quantidades de produção.

Conclui-se que os custos são obtidos antes de realizada a produção.

O custeio predeterminado, em função de suas características, pode ser

classificado de duas maneiras:

• Estimado – é que se caracteriza estabelecido com base em custos de perío-

dos anteriores ajustados em função de expectativas de ocorrências futuras,

porém sem muito questionamento sobre as quantidades (materiais/mão de

obra) aplicadas nos períodos anteriores e os respectivos custos.

• Padrão – é estabelecido com mais embasamento e com critérios mais

apurados do que o estimado, e será estudado detalhadamente agora!

2.3. Detalhando o Custo Padrão

Vale começar falando que o seu estabelecimento é tarefa conjunta da Engenharia

de Produção e da Contabilidade de Custos, sendo estes setores responsáveis pela

determinação de quantidades físicas e transformação para valores monetários.

Preciso dizer para vocês que um sistema de custo baseado em custos padrão

preocupa-se, inicialmente, em delinear o quanto deveria custar certa produção,

levando-se em conta certas condições normais (ou ideais em alguns casos).

Abrange uma informação de meta a alcançar, de eficácia e de eficiência.

O custo padrão além de ser baseado em previsões e metas, é fundamentado

em padrões técnicos, é um sistema de custeamento de produtos que tem como

filosofia o controle das operações indicando se estas foram realizadas acima ou

abaixo dos padrões de eficiência fixados.

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Pode-se conceituar Custo Padrão como sendo um custo estabelecido pela

empresa como meta para os produtos de sua linha de fabricação, levando-se em

consideração as características tecnológicas do processo produtivo de cada um, a

quantidade e os preços dos insumos necessários para a produção e o respectivo

volume desta.

Um conceito de Custo Padrão moderno é o Custo Padrão Corrente, que seria

uma meta para o próximo período, levando em conta não só aquele custo ideal

(standard), mas também as deficiências que existem na empresa.

Ao implantar se um sistema de Custo Padrão em uma empresa não significa dizer

que houve a eliminação do Custo Real, já que o Custo Padrão só tem plena utilidade a

partir da comparação com os custos reais (orçado x realizado) e para isto a empresa

precisa ter um sistema de Custo Real eficaz.

Amigo (a), em relação ao Custo Padrão guarde as suas características principais

que são:

1 – compõe-se de elementos físicos e monetários;

2 – usa dados e informações que devem acontecer no futuro;

3 – é aplicável em operações repetitivas e pode servir como compara-

ção ou meta;

4 – prefixa o seu valor, com base no histórico ou em metas a serem per-

seguidas pela empresa;

5 – pode ser utilizado pela contabilidade, mas desde que ajuste perio-

dicamente suas variações, para acompanhar seu valor efetivo real (via

método do custeio por absorção);

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6 – permite maior agilidade ao processo contábil, sendo muito utilizado

nas empresas que precisam grande agilidade de dados contábeis.

Questão 4    (2018) A utilidade precípua do Custo Padrão é:

a) o planejamento e controle de custos.

b) a formação de preços.

c) o atendimento à Legislação Fiscal.

d) analisar a durabilidade de produtos.

e) avaliar o tempo de retorno do investimento.

Letra a.

Amigo(a), vimos que o custo padrão é baseado em previsões e metas (planeja-

mento) e tem como filosofia o controle das operações indicando se estas foram

realizadas acima ou abaixo dos padrões de eficiência fixados

Portanto, podemos afirmar categoricamente que a grande finalidade do Custo

Padrão é o planejamento e o controle dos custos!

Vamos conhecer agora quais são os tipos de variações que normalmente ocor-

rem numa empresa.

Mas antes, vamos ver o que é uma variação!

A ideia de variação vem lá do estudo da Estatística e, nesse sentido, seria qual-

quer afastamento de uma variável em relação a um parâmetro preestabelecido.

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Logo vemos que é necessário existir uma base quantitativa para se mensurar o

evento (custo-padrão).

Bom, visto o conceito técnico de variação, vamos agora ver quais são os tipos

de variações entre o custo padrão (orçado) e o real (realizado):

Variações de preços: assim compreendido qualquer desvio entre o preço pre-

estabelecido e o preço realizado. O mercado é dinâmico e é muito comum aconte-

cerem variações nos preços dos insumos ao longo do período (normalmente mês).

Variações de quantidades: é a relação entre a quantidade de insumo esta-

belecida para a produção analisada e aquela efetivamente incorrida. São variações

de natureza técnica, e a melhor forma de controle é aquela realizada junto ao pro-

cesso de fabricação.

Variação por mudança técnica: só deve existir quando a ocorrência for tran-

sitória, pois em caso contrário far-se-ia necessário à fixação de novos padrões.

Amigo(a), guarde a ideia de que quando é fixado o Custo Padrão, a sua com-

posição final abrangerá matéria-prima, mão de obra direta e custos indiretos de

fabricação. Passaremos agora a ver como se dá o tratamento para cada um desses

itens.

Materiais Diretos

O Custo padrão de materiais é definido em função de duas variáveis: quantidade

e preço-padrão.

A fórmula de custo-padrão básica é:

Custo Padrão = Padrão de Quantidade x Padrão de Preço

Em relação ao quantitativo, os materiais necessários, com suas respectivas

quantidades, para produzir determinado produto, são evidenciados pela estrutura

do produto.

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Normalmente, esses dados são originados pela engenharia de desenvolvimento

de produtos.

Cuidado, pois alguns produtos, principalmente os que são elaborados por pro-

cesso contínuo utilizando matéria-prima a granel, tem certo grau de perda ou re-

fugo, que, dentro de condições técnicas ou científicas, devem ser incorporados ao

padrão de quantidade.

Ou seja, o custo da perda deve ser absorvido e integra, desse modo, o Custo

Padrão.

Em suma, faz parte!

Em relação à parte monetária do custo, o preço-padrão dos materiais

diretos é obtido em condições normais e boas de negociação de compra.

Ao preço devem ser incorporadas as eventuais despesas que devem fazer parte

do custo unitário dos materiais.

Outro aspecto importante, é que o preço-padrão dos materiais e demais insu-

mos industriais devem ser sempre calculados na condição de compra com paga-

mento a vista.

Com isso será possível a adoção de um custo-padrão numa data-base, e sua

atualização pela inflação interna da empresa.

Mão de Obra Direta

Geralmente, em relação à parte física (quantitativa), a mão de obra direta

padrão é determinada em função da quantidade de horas necessárias do pessoal

de modo a corresponder à quantidade de funcionários diretos utilizados em todas

as fases do processo de fabricação do produto de acordo com o tempo gasto (em

horas).

Desse modo, a base para a construção dos padrões de mão de obra direta é

então o processo de fabricação.

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Todas as atividades e processos utilizados para fazer o produto que exigem

operários para manuseio dos materiais ou dos equipamentos durante os processos

devem ser consideradas.

É importante dizer que os padrões de necessidade de mão de obra direta podem

ser calculados de forma científica quando se trabalha em ambientes de alta tecno-

logia de produção, isto é, gerenciados por computadores.

Em outras situações, podem-se fazer estudos de tempo, mediante operações

simulatórias antecedentes em ambientes reais.

Em todos os casos deve haver um estudo para quebras, refugos, retrabalhos,

manutenção e necessidades do pessoal.

Em relação à parte monetária, de modo a fazer a valorização dos custos de

mão de obra direta, a base deve incluir toda a remuneração dos trabalhado-

res mais os encargos sociais e trabalhistas.

O normal é usar o critério de custo médio horário dos salários de cada depar-

tamento de produção ou da célula/atividade de processo por onde passa o produto,

através dos centros de custos ou centros de acumulação por atividades.

Custos Indiretos de Fabricação

Os custos indiretos variáveis são normalmente padronizados por meio

da construção de taxas predeterminadas em relação a uma medida de ati-

vidade escolhida.

Um aspecto que deve ser destacado é que sempre que possível deve-se evitar

o uso de taxas baseadas em valores, já que isso impede a correta mensuração das

variações de quantidade.

Assim como vimos anteriormente na definição dos critérios de rateio, a ati-

vidade a ser escolhida como base para a construção das taxas predeterminadas

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de custos indiretos variáveis deve ter uma relação causal com os diversos custos

indiretos variáveis.

Da mesma maneira, as bases de atividades para elaboração das taxas predeter-

minadas de custos indiretos variáveis são horas de máquinas trabalhadas, quanti-

dade de produto final, horas de mão de obra direta, a depender do gasto e melhor

relação que existe entre os custos variáveis e as atividades envolvidas.

Tratamento Contábil

A maneira mais simples de tratar contabilmente o custo padrão é fazer

com que com que a conta de Produção receba os custos a valores Reais,

mas transfira os produtos a valores Padrão.

Inicialmente, vamos considerar que os Produtos Acabados e o Custo dos Produ-

tos Vendidos são tratados a Valores-padrão.

Posteriormente, as variações em contas específicas ou englobadas (que é como

será feito no exemplo seguinte) devem, apenas no final do exercício, ser “descar-

regadas” de forma que os estoques e o CPV estejam a valores reais.

Então vamos ao passo a passo do tratamento contábil:

1 – Debitar todos os custos (diretos e indiretos) à conta de produção

por seus valores reais.

2 – Transferir para os estoques, baixando da conta de produção, pelo

valor padrão.

3 – Já que debitamos na Produção o valor real e creditamos o valor pa-

drão, consequentemente haverá um saldo que será ajustado no final de

cada período.

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4 – Durante o período (normalmente mês), a conta de estoque de pro-

dutos acabados é debitada pelo recebimento dos produtos e creditada pela

venda, ficando os estoques assim avaliados durante o período.

Vamos ver um exemplo hipotético:

Suponha que numa fábrica de motocicletas, cujo custo padrão é de R$ 4.700,00

por motocicleta, para a produção de 60 unidades, a empresa incorreu nos seguintes

custos durante o mês de junho de 2014, que foram debitados à produção:

D – Produção em processo R$ 310.000

C – Estoque de Materiais Diretos R$ 150.000

C – Estoque de Materiais Indiretos R$ 10.000

C – Folha de Pagamento R$ 100.000

C – Estoque de Peças R$ 13.000

C – Energia Elétrica a Pagar R$ 27.000

C – Depreciação Acumulada R$ 10.000

Ao final do junho de 2014, terminada a produção das 60 unidades, mas antes do

fechamento contábil do mês, usando o custo padrão fizemos o seguinte lançamento:

D – Produtos Acabados R$ 282.000

C – Produção em Processo R$ 282.000

(60 unidades ao custo-padrão de R$ 4.700/unidade = R$ 282.000)

Veja que ocorreram variações significativas, pois a conta de Produção em Processo

foi debitada em R$ 310.000 pelos custos reais e creditada somente em R$ 282.000

pelo custo-padrão.

Em suma, tivemos variações entre o padrão e o real que totalizaram R$ 28.000.

 Obs.: a variação de R$ 28 mil será tratada de modo global.

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Essa diferença de R$ 28.000 representa a soma de todas as variações entre custos

reais e custo-padrão (materiais, mão de obra e custos indiretos) e pode também

ser assim demonstrada:

60 motocicletas x R$ 466,67 por motocicleta = R$ 28.000.

Desse modo, cada motocicleta que, a princípio, deveria custar R$ 4.700 na realida-

de custou R$ 4.700 (já registrado por meio do custo padrão) mais R$ 466,67 (apu-

rado quando daquela constatação de que os custos reais totais do mês foram de R4

310.000), totalizando cada uma um custo real unitário de R$ 5.166,67.

Vamos supor ainda que a empresa consiga vender apenas 40 dessas motos fabri-

cadas em junho dentro do próprio mês de junho:

D – Custo dos Produtos Vendidos R$ 188.000

C – Produtos Acabados R$ 188.000

(40 motocicletas x R$ 4.700 cada = R$ 188.000)

Observe que a conta Produtos Acabados recebeu um débito de R$ 282.000 e um

crédito de R$ 188.000, restando um saldo de R$ 94.000, que representa 20 moto-

cicletas x R$ 4.700.

O passo seguinte é fazer os ajustes decorrentes das variações.

Tratamento Contábil das Variações

Suponha que finalmente a empresa está “fechando” o seu balanço de junho,

mas não pode fazê-lo sem lançar ajustes dos valores reais.

O saldo de R$ 28.000 que representa o ajuste total do mês na conta “Produção

em Processo” deve finalmente ser transferido, sendo parte para Produtos Acabados

e parte para Custo dos Produtos Vendidos na mesma proporção em que esses pro-

dutos fabricados em junho foram vendidos ou permaneceram em estoque:

2/3 (40/60) x R$ 28.000 = R$ 18.667 para CPV

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1/3 (20/60) x R$ 28.000 = R$ 9.333 para Produtos Acabados

D – Produtos Acabados R$ 9.333

D – CPV R$ 18.667

C – Produção em Processo R$ 28.000,00

Vamos ver como fechamos o mês de junho de 2014:

Produtos Acabados: R$ 103.333/20 motos = R$ 5.166,66 por moto

C.P.V.: R$ 206.667/40 motos = R$ 5.166,66 por moto

Agora sim, tanto o estoque quanto o custo dos produtos vendidos estão

ajustados a valores reais.

Questão 5    (CESPE/CNJ/ANALISTA/2013) No que se refere à utilização de sistemas

de custos e informações gerenciais para tomada de decisões e a suas especificidades,

julgue o item subsecutivo.

Para que uma linha de produção tenha variação favorável de 10% no custo de

mão de obra direta aplicada, deve-se reduzir em 20% a quantidade de horas, que

inicialmente correspondia a 10 horas por cada produto, e aumentar em 15% o

salário por hora, que anteriormente era R$ 2,20.

Errado.

Vamos ver uma questão cujo estilo pode também estar presente em sua prova.

A questão em tela quer saber o efeito, em percentual, no custo da mão de obra

direta, em função de variações nos quantitativos físicos (números de horas traba-

lhadas) e no valor do salário por hora dos empregados.

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A melhor forma de resolver essa questão é fazendo a seguinte tabela:

Custo da MOD Inicial variação novo


Horas p produto 10 horas -20% 8 horas
Salário p hora R$ 2,20 + 15% R$ 2,53
Total R$ 22,00 -8% R$ 20,24

Na primeira linha da tabela, a questão no deu o quantitativo de 10 horas e disse

que haveria uma redução de 20%, logo o número de horas foi reduzido para 20.

Na segunda linha, tínhamos um salário horário de R$ 2,20 que majorado em 15%,

passou para R$ 2,53.

Finalmente, multiplicando o novo número de horas (8) pelo novo valor da hora

(R$2,53) chegamos ao novo custo da MOD de R$20,24.

Ora, se o valor da MOD diminuiu de R$22,00 para R$ 20,24, essa redução em %

foi de 8% (-8%).

3. Custeio da Produção Conjunta


Vamos conceituar o que vem a ser uma produção conjunta, para depois abor-

darmos os aspectos diretamente relacionados ao seu custeio.

A produção é considerada conjunta quando mais de um produto surge

de uma matéria-prima.

Veja, no quadro a seguir, alguns exemplos:

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Agora, imagine um frigorífico.

A matéria-prima é o boi e os produtos produzidos são os diversos cortes da carne,

como a fraldinha, a picanha etc.

Assim, mais de um produto, possivelmente comercializados separadamente,

surgem da matéria-prima boi.

Importante destacar que para caracterizar uma produção conjunta, os produtos

são obrigatoriamente fabricados em simultâneo e não são identificáveis como pro-

dutos distintos até a um ponto específico do processo produtivo em que separam

ou que são obtidos.

“Destrinchando” esse destaque, podemos dizer que estamos perante um pro-

cesso de produção conjunta quando:

• são fabricados, necessariamente de modo simultâneo, vários produtos, por

imposição do próprio processo produtivo;

• os produtos obtidos não são identificáveis até ao ponto em que se separam.

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De referir que por força da planificação da produção podem obter-se num de-

terminado processo vários produtos simultaneamente, mas o que caracteriza a

produção conjunta é que, a fabricação de um produto conduz necessariamente à

fabricação de outro ou outros e que dentro do processo os produtos não são iden-

tificáveis.

Começando a falar em termos de custos, os custos conjuntos são os que são

incorridos num processo de produção conjunta (para se obter necessariamente dois

ou mais produtos em simultâneo) até ao ponto em que os produtos se separam –

ponto de separação.

Vale ressaltar que cada um desses produtos obtidos conjuntamente, podem,

posteriormente, incorrer em custos específicos relativos a, por exemplo, processos

adicionais, após o ponto de separação, até serem vendidos.

Em face da impossibilidade de identificar os custos por produto em processos

de produção conjunta, torna-se necessário adotar um método de repartição dos

custos conjuntos entre os produtos obtidos nos mesmos processos.

Não existem critérios absolutos para, em processos de produção conjunta, dis-

tinguir entre os diferentes tipos de produtos.

Contudo, os produtos obtidos são geralmente objeto de uma classificação com

base o valor relativo das vendas.

E, para cada um dos tipos de produtos foram estabelecidos critérios de reparti-

ção dos custos conjuntos.

Neste contexto, estabelecem-se normalmente três tipos de produtos conjuntos:

Coprodutos, Subprodutos e Sucatas que serão comentados em seguida.

Mas aqui eu preciso fazer uma observação muito importante: na ver-

dade a Produção Conjunta ocorre no processo de produção contínua (em

série) ou por encomenda (por ordem).

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Complicou?

Calma!

Vou explicar melhor.

É que o que caracteriza a produção conjunta é o resultado que ela

produz e não o modo como a produção ocorre, ou seja, o que importa aqui

para que uma produção seja considerada conjunta é que ela produz além

dos produtos considerados “normais” outros produtos que, como veremos

adiante, podem ser coprodutos ou subprodutos.

Como eu disse, numa produção conjunta são produzidos coprodutos, subprodu-

tos e sucatas.

Vamos então conceituá-los e diferenciá-los?

3.1. Coprodutos

São produtos de igual importância para a empresa do ponto de vista

econômico-financeiro (de acordo com o faturamento de cada produto).

O prefixo “co” nesse caso tem o sentido de igualdade de importância

mesmo!

Em outras palavras, os Coprodutos, ou Produtos Principais, são aqueles que

têm um valor de venda relativamente alto e significativo e constituem o objetivo

de produção do processo.

O método mais usado para apropriação dos custos conjuntos é o valor

de mercado, onde os produtos de maior valor de venda recebem maior

carga de custos.

Vamos ver um exemplo hipotético:

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Suponha que para fabricar os coprodutos X e Y os custos conjuntos (matéria-prima

e custos de transformação) foram de R$ 100.000,00.

Suponha também que o preço unitário de venda do produto X é R$ 6,00 e do pro-

duto Y é R$ 4,00.

Imagine que tenham sido produzidas 60.000 unidades de X e 20.000 unidades de Y.

Como ficaria a distribuição dos custos conjuntos?

Não é difícil... observe:

Vamos primeiro ver faturamento de cada produto:

X – 60.000 unidades x R$ 6,00 = R$ 360.000,00 = (81,82%)

Y – 20.000 unidades x R$ 4,00 = R$ 80.000,00 = (18,18%)

Total 80.000 unidades R$ 440.000,00

Podemos concluir que o Produto X representou 81,82% do faturamento, logo deve

“assumir” 81,82% dos custos, enquanto Y que representou 18,18% do faturamen-

to fica com 18,18% dos custos.

Desse modo, os custos no nosso exemplo hipotético devem ser assim apropriados:

Produto X = R$ 100.000,00 x 81,82% = R$ 81.820,00

Produto Y = R$ 100.000,00 X 18,18% =R$ 18.180,00

Questão 6    (2018) Os coprodutos

a) representam uma parcela não significativa do faturamento total da empresa.

b) não têm valor nenhum.

c) são formados por apenas duas matérias-primas.

d) têm os custos apurados por meio da apropriação de custos conjuntos.

e) são inexistentes para a contabilidade de custos.

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Letra d.

Vamos comentar as alternativas e escolher a correta!

a) Errada. Conceituou subproduto.

b) Errada. O coproduto tem valor de venda e seu faturamento é relevante.

c) Errada. O coproduto é obtido por meio do mesmo processo produtivo.

d) Certa. Isso! Obtido na produção conjunta.

e) Errada. O coproduto é objeto de custeio (via produção conjunta).

Tranquilo?

Espero que sim.

Então vamos aos subprodutos!

3.2. Subprodutos

Os subprodutos se caracterizam por apresentarem faturamento de pou-

ca relevância dentro do faturamento total da empresa.

O prefixo “sub” nesse caso tem o sentido de inferioridade mesmo!

Em outras palavras, os Subprodutos, ou Produtos Secundários, são os que têm

um valor de venda baixo e significativamente inferior aos dos coprodutos e não

constituem o objetivo de produção do processo; resultam acidentalmente dos Pro-

dutos Principais (ou coprodutos).

Por serem “insignificantes” ou “pouco relevantes”, em vez de receberem apro-

priação de custos, o valor de venda dos subprodutos menos as despesas necessárias

para sua venda, é deduzido dos custos do produto principal.

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Percebeu a diferença?

Os custos de produção dos subprodutos NÃO são apropriados aos mesmos.

Apenas os valores das suas vendas, deduzidos das despesas necessárias a es-

sas vendas é que são deduzidos dos custos do produto principal.

Questão 7    (INÉDITA/2018) A empresa ABC produz dois produtos simultaneamente

em sua linha de produção, o produto principal X e o produto residual (subproduto)

Y comercializado como “RASPAS”, que tem historicamente apresentado custo ima-

terial. Os custos de transformação de cada produto não são separadamente identi-

ficáveis. Dessa forma os custos do subproduto Y devem ser alocados pelo:

a) custeio por absorção.

b) custeio estimado.

c) custo ABC.

d) custo padrão.

e) valor realizável líquido.

Letra e.

Vamos a mais uma questão sobre produção conjunta, especificamente sobre

subprodutos.

Vamos relembrar o que são e como devem ser tratados os subprodutos do ponto

de vista da apropriação de custos e de sua contabilização?

Subprodutos: se caracterizam por apresentarem faturamento de pouca relevância

dentro do faturamento total da empresa.

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Por serem “insignificantes” ou “pouco relevantes”, em vez de receberem apropria-

ção de custos, o valor de venda dos subprodutos menos as despesas neces-

sárias para sua venda, é deduzido dos custos do produto principal.

Agora eu lhe pergunto: o que é o valor da venda menos as despesas necessárias

para sua venda?

É o famoso valor realizável líquido que estudamos na contabilidade geral!

Essas despesas podem ser necessárias podem ser, por exemplo, a comissão de um

vendedor ou o gasto com publicidade para vender esses subprodutos.

3.3. Sucata

Vamos saber o que exatamente a contabilidade de custos considera sucata?

Para a contabilidade de custos, sucatas são sobras de materiais e não

apresentam valor de venda ou mercado normal dentro da estrutura da

produtiva da empresa.

A venda, quando acontece, é contabilizada como outras receitas opera-

cionais.

Em suma, não existe apropriação de custos para as sucatas!

Em outras palavras, Sucatas, Resíduos e refugos têm um valor de venda muito

reduzido, frequentemente nulo, não sendo objeto de apropriação de custo.

Questão 8    (2018) Julgue a assertiva a seguir.

No processo produtivo, as perdas normais e as sucatas devem receber, respectiva-

mente, o tratamento contábil de custo agregado ao produto de sua origem e não

receber custos.

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Certo.

Lembre-se de que as perdas consideradas normais são perdas planejadas, sistemá-

ticas, sendo, portanto, custo.

Por outro lado, quando falamos em sucata, estamos falando do resultado de uma

perda. No caso da sucata, não é apropriado o custo, e se for vendida, o resultado

obtido é registrado como “outras receitas operacionais”.

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RESUMO
Sistemas de Produção

1 – Produção por ordem (ou encomenda)

Esse tipo de produção ocorre quando a empresa fabrica produtos diferentes,

normalmente em pequenas quantidades, pois em regra atende pedidos específicos

dos clientes. Ou seja, praticamente atende a uma encomenda específica de um

cliente.

Bons exemplos da produção por encomenda são a indústria naval e a indústria

que produz equipamentos específicos.

Na produção por ordem os custos são acumulados por ordem de produção ou

ordem de fabricação.

Na verdade, para cada produto existe uma espécie de “ficha” em que são lançados

esses custos. Essas fichas são as tais ordens de produção ou ordens de fabricação, que

dão o nome de Produção por ordem (ou encomenda).

Podemos concluir, portanto, que a soma das Ordens de Produção em aberto

representa o Estoque dos Produtos em Processo.

2 – Produção contínua ou por processo (ou em série)

A ideia inicial básica para entendermos o que vem a ser uma indústria de produ-

ção contínua, é imaginarmos aquela unidade industrial que fabrica continuamente

produtos com as mesmas características (tamanhos, cores, modelos etc.)?

Diferentemente de um barco, em que o cliente faz várias exigências ou “custo-

mizações” típicas da produção por ordem ou por encomenda, na produção contínua

o cliente escolhe e compra o que a fábrica produz para qualquer cliente.

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Pense na compra de uma simples caneta azul básica. Ela é um bom exemplo de

um sistema de produção denominado contínuo, em série ou por processo.

Em cada período, essa indústria de produção contínua pode ter em estoque uni-

dades que correspondam a:

• produtos iniciados em período anterior e que foram acabados no período atual,

ou ainda, que serão acabados somente em período posterior;

• produtos iniciados e acabados dentro do período atual;

• produtos iniciados no período atual, mas que só serão acabados em período

posterior.

Diante desse fato, não é adequado atribuir-se apenas às unidades acabadas

os custos incorridos em determinado período, já que esses custos também são

aplicados a unidades vindas de período anterior e a unidades iniciadas, mas não

acabadas do período.

A solução para esses complicadores reais é o cálculo dos custos de produção

das unidades acabadas por meio da técnica do custo equivalente de produção, de

modo que elas correspondam aos custos que foram efetivamente necessários à sua

produção.

Sistemas de Controle de Custos (Quanto ao Momento)

1 – Sistema de custeio real

Sistema de custeio real é aquele que utiliza apenas de valores históricos dos

insumos já aplicados no processo de produção.

Portanto, os custos da produção do período são computados somente depois da

realização da Produção, são “pós-determinados”.

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2 – Sistema de custeio predeterminado

Os custos predeterminados são custos estabelecidos com antecedência sobre as

operações de produção.

De modo distinto do sistema de custeio real, no sistema de custeio predetermi-

nado são utilizados valores previstos com base nas especificações do produto, nos

elementos de custo e nas quantidades de produção

Desse modo, pode-se dizer que os custos são obtidos antes de realizada a pro-

dução.

Entretanto, o custeio predeterminado, em função de suas características, ainda

pode ser sub classificado de 2 maneiras:

Estimado – é estabelecido com base em custos de períodos anteriores ajus-

tados em função de expectativas de ocorrências futuras, porém sem muito ques-

tionamento sobre as quantidades (materiais/mão de obra) aplicadas nos períodos

anteriores e os respectivos custos.

Padrão – é estabelecido com mais embasamento e com critérios mais apura-

dos do que o estimado.

O custo padrão além de ser baseado em previsões e metas, é fundamen-

tado em padrões técnicos, é um sistema de custeamento de produtos que tem

como filosofia o controle das operações indicando se estas foram realizadas

acima ou abaixo dos padrões de eficiência fixados.

Pode-se conceituar Custo Padrão como sendo um custo estabelecido pela

empresa como meta para os produtos de sua linha de fabricação, levando-se em

consideração as características tecnológicas do processo produtivo de cada um, a

quantidade e os preços dos insumos necessários para a produção e o respectivo

volume desta.

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Ao implantar se um sistema de Custo Padrão em uma empresa não significa

dizer que houve a eliminação do Custo Real, já que o Custo Padrão só tem plena

utilidade a partir da comparação com os custos reais (orçado x realizado) e para

isto a empresa precisa ter um sistema de Custo Real eficaz.

Amigo(a), em relação ao Custo Padrão guarde as suas características principais

que são:

1 – compõe-se de elementos físicos e monetários;

2 – usa dados e informações que devem acontecer no futuro;

3 – é aplicável em operações repetitivas e pode servir como comparação ou

meta;

4 – prefixa o seu valor, com base no histórico ou em metas a serem perseguidas

pela empresa;

5 – pode ser utilizado pela contabilidade, mas desde que ajuste periodicamente

suas variações, para acompanhar seu valor efetivo real (via método do custeio por

absorção);

6 – permite maior agilidade ao processo contábil, sendo muito utilizado nas em-

presas que precisam grande agilidade de dados contábeis

A fórmula de custo-padrão básica é:

Custo Padrão = Padrão de Quantidade x Padrão de Preço

Tratamento Contábil

A maneira mais simples de tratar contabilmente o custo padrão é fazer com que

com que a conta de Produção receba os custos a valores Reais, mas transfira os

produtos a valores Padrão.

Inicialmente, vamos considerar que os Produtos Acabados e o Custo dos Produtos

Vendidos são tratados a Valores-padrão.

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Posteriormente, as variações em contas específicas ou englobadas (que é como

será feito no exemplo seguinte) devem, apenas no final do exercício, ser “descar-

regadas” de forma que os estoques e o CPV estejam a valores reais.

Então vamos ao passo a passo do tratamento contábil:

1 – Debitar todos os custos (diretos e indiretos) à conta de produção por seus

valores reais.

2 – Transferir para os estoques, baixando da conta de produção, pelo valor pa-

drão.

3 – Já que debitamos na Produção o valor real e creditamos o valor padrão,

consequentemente haverá um saldo que será ajustado no final de cada período.

4 – Durante o período (normalmente mês), a conta de estoque de produtos aca-

bados é debitada pelo recebimento dos produtos e creditada pela venda, ficando os

estoques assim avaliados durante o período.

Custeio da Produção Conjunta

A produção é considerada conjunta quando mais de um produto surge de uma

matéria-prima.

Para caracterizar uma produção conjunta, os produtos são obrigatoriamente fa-

bricados em simultâneo e não são identificáveis como produtos distintos até a um

ponto específico do processo produtivo em que separam ou que são obtidos.

Coprodutos: são produtos de igual importância para a empresa do ponto de vista

econômico-financeiro (de acordo com o faturamento de cada produto).

Subprodutos: já os subprodutos se caracterizam por apresentarem faturamento

de pouca relevância dentro do faturamento total da empresa.

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Sucata: para a contabilidade de custos, sucatas são sobras de materiais e não

apresentam valor de venda ou mercado normal dentro da estrutura da produtiva

da empresa. A venda, quando acontece, é contabilizada como outras receitas ope-

racionais.

Espero que você tenha gostado dessa aula!

Como diria o filósofo Henry David Thoreau: “O sucesso normalmente vem para

quem está ocupado demais para procurar por ele”.

Espero você na próxima aula!

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MAPA MENTAL
Os custos são acumulados por ordem de
Produção por Ordem ou por encomenda produção ou ordem de fabricação
Tipos Produção Continua, em Série ou por Processo Utiliza-se a técnica de Equivalente de
Produção

Conceito: quando mais de um produto


surge de uma matéria-prima.

Produtos de igual importância para a


empresa do ponto de vista econômico-
financeiro (de acordo com o fatura-
Coprodutos mento de cada produto).

Produção
Custeio da Produção Conjunta Seu faturamento tem pouca relevância
Subprodutos dentro do faturamento total da empresa

São sobras de materiais e não apre-


sentam valor de venda ou mercado
normal dentro da estrutura da produ-
Sucata tiva da empresa

Sistema de Custeio Real


Custo estimado
Formas de Controle dos custos Sistema de Custeio predeterminado
quanto ao momento Custo PADRÃO

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


Questão 1    (QUESTÃO INÉDITA/2018) Julgue a afirmativa a seguir.

O custeio realizado por meio da utilização das Ordens de Produção ocorre quando

uma firma qualquer planeja sua produção com base em encomendas específicas,

situação típica do sistema de produção contínua.

Questão 2    (QUESTÃO INÉDITA/2018) No sistema de Produção por Ordem, quan-

do algumas matérias-primas durante a elaboração de determinadas ordens são

estragadas, podem ser realizados dois procedimentos: o registro dessas “perdas”

como Custos Indiretos de Fabricação – CIF e respectivo rateio por toda a produção

do período ou a apropriação

a) aos departamentos de produção.

b) aos departamentos de apoio à produção.

c) à ordem que está sendo elaborada.

d) às unidades operacionais

e) aos departamentos administrativos.

Questão 3    (CESPE/ANTT/ESPECIALISTA/2009) Julgue o item seguinte com rela-

ção a contabilidade gerencial e a orçamento empresarial.

No sistema de custeamento de produção contínua, os custos são incorporados à

conta de elaboração e são baixados para a conta de produtos acabados à medida

que são concluídos. Com isso, o saldo de produtos em elaboração sofre baixas par-

ciais pelo valor dos custos dos produtos acabados.

Questão 4    (QUESTÃO INÉDITA/2018) A utilidade precípua do Custo Padrão é:

a) o planejamento e controle de custos.

b) a formação de preços.

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c) o atendimento à Legislação Fiscal.

d) analisar a durabilidade de produtos.

e) avaliar o tempo de retorno do investimento.

Questão 5    (CESPE/CNJ/ANALISTA/2013) No que se refere à utilização de siste-

mas de custos e informações gerenciais para tomada de decisões e a suas especi-

ficidades, julgue o item subsecutivo.

Para que uma linha de produção tenha variação favorável de 10% no custo de mão

de obra direta aplicada, deve-se reduzir em 20% a quantidade de horas, que ini-

cialmente correspondia a 10 horas por cada produto, e aumentar em 15% o salário

por hora, que anteriormente era R$ 2,20.

Questão 6    (QUESTÃO INÉDITA/2018) Os coprodutos

a) representam uma parcela não significativa do faturamento total da empresa.

b) não têm valor nenhum.

c) são formados por apenas duas matérias-primas.

d) têm os custos apurados por meio da apropriação de custos conjuntos.

e) são inexistentes para a contabilidade de custos.

Questão 7    (QUESTÃO INÉDITA/2018) A empresa ABC produz dois produtos si-

multaneamente em sua linha de produção, o produto principal X e o produto

residual (subproduto)Y comercializado como “RASPAS”, que tem historicamente

apresentado custo imaterial. Os custos de transformação de cada produto não são

separadamente identificáveis. Dessa forma os custos do subproduto Y devem ser

alocados pelo:

a) custeio por absorção.

b) custeio estimado.

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c) custo ABC.

d) custo padrão.

e) valor realizável líquido.

Questão 8    (QUESTÃO INÉDITA/2018) Julgue a assertiva a seguir.

No processo produtivo, as perdas normais e as sucatas devem receber, respectiva-

mente, o tratamento contábil de custo agregado ao produto de sua origem e não

receber custos.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 9    (FCC/SEFAZ/SÃO LUÍS/AUDITOR/2018) A Cia. das Peças, ao analisar

o desempenho operacional de seu setor produtivo, obteve as seguintes informa-

ções sobre a matéria-prima utilizada na fabricação de determinado produto:

Variável Custo padrão Custo reais


Quantidade consumida 2 kg/unidade 2,1 kg/unidade
Preço R$ 10,00/kg R$ 9,00/kg
R$ 20,00/uni- R$ 18,90/uni-
Total
dade dade

Com base nessas informações, a variação

a) do preço da matéria-prima por unidade foi R$ 2,00 favorável.

b) da quantidade de matéria-prima por unidade foi R$ 1,00 favorável.

c) do preço da matéria-prima por unidade foi R$ 1,00 favorável.

d) da quantidade de matéria-prima por unidade foi R$ 0,90 desfavorável.

e) do preço da matéria-prima por unidade foi R$ 2,10 favorável.

Questão 10    (FCC/ELETROSUL/CONTADOR/2016/ADAPTADA) Em relação a con-

tabilidade de custos, julgue:

Subprodutos são aqueles itens que, nascendo de forma normal durante o processo

de produção, possuem mercado de venda relativamente estável, tanto no que diz

respeito à existência de compradores como quanto ao preço. São itens que tem

comercialização tão normal quanto os produtos da empresa, mas que representam

porção ínfima do faturamento total.

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Questão 11    (FCC/SEFAZ-PI/AFFE/2015) Os coprodutos


a) possuem pouquíssima relevância dentro do faturamento global da empresa.
b) não têm valor de venda ou condições de negociabilidade boas.
c) são assim chamados por serem oriundos de duas matérias primas similares.
d) têm os custos apurados com o uso de critérios de apropriação de custos con-
juntos.
e) não são objetos de custeio pelas empresas.

Questão 12    (FCC/METRÔ-SP/ADVOGADO JÚNIOR/2014) A Cia. Corta & Dobra


utiliza o custo-padrão para acompanhar o desempenho operacional do setor produ-
tivo. O custeio por absorção é utilizado tanto para apuração do custo real quanto
para a determinação do custo-padrão. Em determinado mês a empresa obteve as
seguintes informações:

Insumo Custo-padrão Custo real


R$ 30,00 / unidade (1,5 kg × R$ 35,20 / unidade (1,6 kg ×
Matéria-prima
R$ 20,00) R$ 22,00)
Custos indiretos
R$ 135.000,00 R$ 140.000,00
fixos
Quantidade pro-
9.000 unidades 10.000 unidades
duzida

Sabendo que a Cia. Corta & Dobra considera a variação mista como parte da variação
do preço, é correto afirmar que a variação
a) de quantidade de matéria-prima é de R$ 20.000,00 desfavorável.
b) de preço da matéria-prima é de R$ 27.000,00 desfavorável.
c) dos custos indiretos fixos devido ao preço é de R$ 15.000,00 desfavorável.
d) do custo total é de R$ 46.800,00 desfavorável.
e) dos custos indiretos fixos devido à variação de volume é de R$ 5.000,00 favo-

rável.

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Questão 13    (FCC/SEFAZ/SP/AFR/2013) Considere as seguintes assertivas:

I – Itens gerados de forma normal durante o processo de produção possuem

mercado de venda relativamente estável e representam porção ínfima do

faturamento da empresa.

II – Itens cuja venda é realizada esporadicamente por valor não previsível no

momento em que surgem na produção.

III – Itens consumidos de forma anormal e involuntária durante o processo de

produção.

Com base nas terminologias de custos, as assertivas I, II e III referem-se, respec-

tivamente, a

a) subprodutos, perdas e gastos.

b) sucatas, coprodutos e perdas.

c) sucatas, perdas e subprodutos.

d) sucatas, subprodutos e custos.

e) subprodutos, sucatas e perdas.

Questão 14    (FCC/TRT-5/ANALISTA/2013/ADAPTADA) Em relação a contabilida-

de de custos, julgue.

O responsável pela área de armazenagem precisa rever o método de avaliação de

estoques para reduzir os custos. Se ele usar o método CUSTO PADRÃO, o custo dos

itens que saírem do estoque estará previsto no planejamento orçamentário e será

um “custo ideal” a ser perseguido.

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Questão 15    (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2013) Considere as seguintes equações:Equa-

ção 1 − Quantidade Padrão × Preço Real Equação 2 − Quantidade Padrão × Preço

Padrão.

Na análise de variações dos materiais diretos, pelo critério que se quantifica a

variação mista, uma terceira Equação resultante da subtração da Equação 1 pela

Equação 2, nesta ordem, indica

a) a variação de preço.

b) a variação de quantidade.

c) a variação de consumo.

d) o custo real.

e) a identificação do consumo.

Questão 16    (FCC/SEFIN-RO/AUDITOR/2010) A empresa Utilidades é produtora

de vasilhas plásticas. Para sua linha de baldes de 10 litros, foi estabelecido um pa-

drão de consumo de 600 gramas de matéria-prima a um preço de R$ 3,00/Kg para

cada unidade de balde produzida. Em determinado mês, apurou-se que, para cada

balde foram usados 650 gramas de matéria-prima a um preço de R$ 2,80 cada qui-

lo. Na comparação entre padrão e real, a empresa apura três tipos de variações:

quantidade, preço e mista.

Sendo assim, pode-se afirmar que a variação de quantidade da matéria-prima, em

reais, foi:

a) 0,01 favorável.

b) 0,12 favorável.

c) 0,14 desfavorável.

d) 0,14 favorável.

e) 0,15 desfavorável.

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Questão 17    (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2009) A grande finalidade do Custo Padrão é:

a) o planejamento e controle de custos.

b) a gestão de preços.

c) o atendimento às Normas Contábeis Brasileiras.

d) a rentabilidade de produtos.

e) o retorno do investimento.

Questão 18    (FCC/TRE-AM/ANALISTA/2010) A empresa Ferradura utiliza o custo-

-padrão para acompanhar o desempenho operacional do setor produtivo. O custeio

por absorção é utilizado tanto para apuração do custo real quanto para a deter-

minação do custo-padrão. Em determinado mês a empresa obteve as seguintes

informações:

Insumo Custo-padrão Custo real


Matéria-prima R$ 60,00/ unidade (2 kg × R$ 30,00) R$ 68,20/unidade (2,2 kg × R$ 31,00)
Custos indire-
R$ 276.000,00 R$ 280.000,00
tos fixos

Para a determinação dos padrões a empresa estimou uma produção de 12.000 uni-

dades e, de fato, produziu 10.000 unidades.

Sabendo que a empresa considera a variação mista como parte da variação do pre-

ço, com base nas informações acima, é correto afirmar que a variação

a) dos custos indiretos fixos devido à variação de volume é de R$ 46.000,00 des-

favorável.

b) de preço da matéria-prima é de R$ 20.000,00 favorável.

c) dos custos indiretos devido ao preço é de R$ 4.000,00 favorável.

d) de preço da matéria-prima é de R$ 82.000,00 desfavorável.

e) de quantidade de matéria-prima é de R$ 62.000,00 desfavorável.

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Questão 19    (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2009) Uma empresa utiliza em sua contabilidade

o sistema de Custo Padrão. Ao final do mês, apurou uma variação de ociosidade de

mão de obra direta, conforme o quadro abaixo:

Com base nas informações apresentadas, o valor da variação de ociosidade foi

a) R$ 5.000,00 positiva.

b) R$ 5.000,00 negativa.

c) R$ 10.000,00 negativa.

d) R$ 15.000,00 negativa.

e) R$ 20.000,00 negativa.

Questão 20    (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2009) No processo produtivo, as perdas nor-

mais e as sucatas devem receber, respectivamente, o tratamento contábil expresso

em:

a) seu custo deve ser lançado como despesas do mês / devem ser lançadas como

redução dos custos do mês.

b) seu custo deve ser agregado ao produto de sua origem / não recebem custos.

c) deve lançar como outras despesas não operacionais / devem receber custos.

d) devem ser custeadas separadamente / devem receber custos da mesma forma

que um produto normal da empresa.

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e) devem ser lançadas como despesas não operacionais / devem ser lançadas

como redução de custos do mês.

Questão 21    (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2006) Uma empresa utiliza em sua contabilida-

de o sistema de Custo Padrão. Ao final do mês, apurou uma variação de ociosidade

de mão de obra direta.

Tomando como base as informações contidas no quadro acima, o valor da variação

de ociosidade, em R$, foi

a) 5.000 positiva.

b) 5.000 negativa.

c) 10.000 negativa.

d) 15.000 negativa.

e) 20.000 negativa.

Questão 22    (FCC/CVM/ANALISTA/2003) A empresa Albatroz tem em seu parque

industrial capacidade instalada para processar o equivalente a 4 toneladas de ferti-

lizantes agrícolas ao mês.

Esta capacidade, ao longo dos últimos 5 anos, tem se mostrado superior em 10%

ao que regularmente a empresa processa. No último exercício, em virtude de uma

anormal crise econômica no país no qual a empresa opera, sua produção tem sido

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25% abaixo da sua capacidade instalada. Se a empresa opera com uma ociosidade

de 25% em relação a sua capacidade instalada, pode-se concluir que 10% é a

sua ociosidade normal e os 15% restantes é a sua capacidade ociosa excedente.

Levando em consideração o que anteriormente foi exposto, a capacidade ociosa

deve sofrer o seguinte tratamento contábil:

a) capacidade ociosa excedente deveria ser lançada diretamente ao resultado do

período em uma despesa operacional.

b) capacidade ociosa normal deve ser lançada aos estoques para, posteriormente,

ser apropriada ao Custo do Produto Vendido; a ociosidade excedente deve ser lan-

çada a uma despesa não operacional no período em que ocorrer.

c) capacidade ociosa normal e capacidade ociosa excedente, por não estarem li-

gadas diretamente à produção de produtos, devem ser lançadas ao resultado do

exercício, quando ocorrerem, em uma despesa não operacional.

d) capacidade ociosa excedente e a capacidade ociosa normal devem ser transfe-

ridas aos estoques de produtos acabados, para posteriormente serem apropriadas

ao custo da produção vendida.

e) capacidade ociosa não é mensurada, não podendo ser lançada em estoques,

custo da produção vendida ou despesas não operacionais.

Questão 23    (FCC/CVM/ANALISTA/2003) Uma empresa está alterando seu custo

de Real para Padrão. Esta alteração prende-se ao fato de a empresa acreditar que o

custo Padrão gerencialmente aumenta sua capacidade de gestão dos custos fabris.

As alterações de custo Real para custo Padrão levarão a empresa a evidenciar seus

estoques

a) valorizados pelo custo Padrão, não guardando qualquer semelhança com o custo

Real.

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b) valorizados pelas medidas físicas determinadas pela engenharia fabril e valori-

zados monetariamente pela área financeira.

c) valorizados a custo Padrão juntamente com suas variações e terão o mesmo

valor do que se estivessem valorizados a custo Real.

d) valorizados pelo custo Real, em razão do custo padrão não ser aplicado aos es-

toques.

e) valorizados pelo custo Padrão, que tendem a ser maiores do que os estoques

valorizados a custo Real.

Questão 24    (QUESTÃO INÉDITA/2018) Sabendo que para produzir uma unida-

de do seu único produto, uma firma, em um determinado mês, pretendia usar 10

quilos de matéria-prima ao custo de R$ 20,00 por quilo. No entanto, ao final desse

mês, a empresa verificou que produziu 15 unidades do produto com aumento de

20% no consumo da matéria-prima. Por outro lado, em virtude de ter feito uma

aquisição de maior quantidade de matéria-prima, acabou obtendo um desconto de

10% no seu preço.

Diante do quadro exposto, usando a análise do custo padrão, podemos concluir que

no “final das contas” a variação total obtida pela empresa foi

a) favorável em R$ 240,00.

b) favorável em R$ 300,00.

c) desfavorável em R$ 240,00.

d) desfavorável em R$ 300,00.

e) desfavorável em R$ 600,00.

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Questão 25    (QUESTÃO INÉDITA/2018) A empresa ABC apresentou o seguinte

quadro comparativo entre custo-padrão e custo-real, em dezembro de 2017, com

valores em reais:

ITENS CUSTO-PADRÃO CUSTO-REAL


1,10 kg a 3,00/kg = 1,15 kg a 2,90/kg =
Matéria-prima
3,30 3,335
0,50 h a 7,00/h = 0,45 h a 6,90/h =
Mão de obra
1,20 1,525
Materiais Dire- 0,90 kg a 1,00/kg = 0,12 kg a 1,55/kg =
tos 0,10 0,126

Legenda: D: Desfavorável, F: Favorável

Considerando exclusivamente os dados acima, a variação de preço da matéria-pri-

ma, em reais, montou a

a) 0,50 D

b) 0,35 F

c) 0,14 D

d) 0,11 F

e) 0,10 D

Questão 26    (QUESTÃO INÉDITA/2018) O critério de alocação de custos que

sugere que a base de alocação deveria resultar em maiores custos para os produ-

tos, serviços ou departamentos mais lucrativos é:

a) benefícios recebidos;

b) maiores custos indiretos;

c) maiores vantagens obtidas;

d) maiores investimentos em publicidade;

e) capacidade de suportar.

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Questão 27    (CESPE/CAGE-RS/AUDITOR/2018) Um pequeno frigorífico usa pa-

drões para controlar o consumo de uma mistura de carnes de diferentes tipos de

frutos do mar de alta qualidade utilizada como matéria-prima na fabricação de um

produto para exportação: para cada quilo de produto, são utilizados 450 gramas da

mistura, ao custo de R$ 125 o quilo. Em determinado mês, foram produzidos 2.000

kg do produto e constatadas as seguintes variações totais:

variação de preço: R$ 9.000 favorável;

variação total: R$ 3.500 desfavorável.

Nesse caso, é correto afirmar que o preço efetivamente pago pelo quilo de maté-

ria-prima foi

a) inferior a R$ 110.

b) superior a R$ 110 e inferior a R$ 115.

c) superior a R$ 115 e inferior a R$ 120.

d) superior a R$ 120 e inferior a R$ 125.

e) superior a R$ 125.

Questão 28    (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Acerca de receitas e custos e da re-

lação entre esses elementos, julgue o seguinte item.

O custo-padrão é uma metodologia gerencial de avaliação entre custos reais e

custos esperados, podendo também ser utilizado, desde que satisfeitas algumas

condições, na escrituração contábil de custos de produção.

Questão 29    (QUESTÃO INÉDITA/2018) De acordo com a doutrina, custos conjuntos

são os custos de um processo que resultam na produção simultânea de múltiplos pro-

dutos. Assim, a correta apropriação desses custos se faz necessária a partir do ponto

de separação. Entre os métodos e critérios conhecidos, um em especial, apresenta

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como característica, valor de custo unitário idêntico para os produtos considerados.

Seu método baseia-se no seguinte:

a) valor realizável líquido.

b) valor de mercado dos estoques.

c) medida física (como peso ou volume).

d) valor das vendas no ponto de separação.

e) margem bruta percentual do valor realizável líquido.

Questão 30    (ESAF/MTUR/CONTADOR/2014) A empresa Jota S.A. produz dois

produtos simultaneamente em sua linha de produção, o produto principal “Alfa” e o

produto residual (subproduto) “Beta” comercializado como adubo, que tem histori-

camente apresentado custo imaterial. Os custos de transformação de cada produto

não são separadamente identificáveis. Dessa forma, os custos do subproduto Beta

devem ser alocados pelo:

a) processo de absorção.

b) custeio variável.

c) custo meta.

d) custo padrão.

e) valor realizável líquido.

Questão 31    (ESAF/MINISTÉRIO DA FAZENDA/CONTADOR/2013) Em relação ao

custo padrão, pode-se afirmar que é:

a) o custo que reflete os valores gastos e atribuídos no processo de produção, ao

produto, em cada período.

b) o custo atribuído ao produto, quando aplicado o conceito do ABC.

c) o sistema de custeio que melhor distribui o custo variável ao produto.

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d) um sistema de custeio que permite o controle dos custos e a sua gestão, princi-

palmente quando comparado ao real.

e) aplicável às empresas que têm grandes oscilações (sazonalidade) em seus custos

durante o ano, permitindo uma melhor distribuição dos custos nos meses.

Questão 32    (FGV/PREF. PAULÍNIA/CONTADOR/2016) A fabricação de cimento, a

extração e o refino de petróleo e a siderurgia são exemplos de produção

a) por absorção.

b) por ordem.

c) por processo.

d) por departamentalização.

e) padrão.

Questão 33    (COPS UEL/SEFAZ-PR/AUDITOR/2012) Uma indústria, em determi-

nado mês, iniciou a produção de um lote de 10.000 unidades de um certo produto

e, ao final desse mês, apresentou os seguintes custos de produção:

Matéria-prima = R$40.000,00

Mão de obra direta = R$ 30.000,00

Outros custos indiretos = R$ 20.000,00

Sabendo-se que 70% das unidades estavam concluídas e que o restante estava

em elaboração com grau equivalente de 2/3, pelo método do custeio de absorção e

produção equivalente, o custo total do produto acabado e o custo total do produto

em elaboração eram, respectivamente, de:

a) R$ 63.000,00 e R$ 18.000,00.

b) R$ 63.000,00 e R$ 27.000,00.

c) R$ 70.000,00 e R$ 18.000,00.

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d) R$ 70.000,00 e R$ 20.000,00.

e) R$ 70.000,00 e R$ 30.000,00.

Questão 34    (FUNDATEC/SEFAZ-RS/AFTE/2009) A Cia. Industrial Eureka apre-

sentou os seguintes dados referentes à sua produção do mês de abril:

De acordo com os dados apresentados, qual é o equivalente total de produção?

a) 20.600 unidades.

b) 3.000 unidades.

c) 1.600 unidades.

d) 30.000 unidades.

e) 21.400 unidades.

Questão 35    (ESAF/AFC/CGU/ADAPTADA) Julgue a afirmativa abaixo:

O custeamento por ordem de produção ocorre quando a empresa programa sua

atividade produtiva a partir de encomendas específicas.

Questão 36    (CESPE/PC-PE/PERITO/2016) Com relação ao custo padrão, assinale

a opção correta.

a) A análise do custo padrão da mão de obra direta é feita considerando-se varia-

ções de taxa e de eficiência.

b) Não é permitida a utilização do custo padrão pela contabilidade, estando a sua

aplicação restrita a finalidades gerenciais.

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c) Uma das vantagens do custo padrão é não demandar revisões e reajustes

periódicos.

d) O custo padrão deve ser sempre comparado com o custo estimado, de modo a

permitir a identificação das causas de eventuais variações e a adoção de correções

futuras.

e) Não é recomendável a utilização do custo padrão, com finalidades gerenciais,

em produtos cujo custo seja calculado com base no custeio variável.

Questão 37    (CESPE/TELEBRAS/ESPECIALISTA/2015) A empresa ABX S.A. é dis-

tribuidora de bolas de futebol em determinada cidade. O orçamento, em um ano,

dessa empresa apresenta os seguintes dados: receitas = R$ 40.000,00; custos fi-

xos = R$ 4.800,00; custos variáveis = R$ 32.800,00; e unidades vendidas = 1.000.

Com referência a essa situação hipotética, julgue o próximo item.

O markup, que representa o fator multiplicador a ser acrescido ao custo da merca-

doria e a ser utilizado pela ABX S.A., é superior a 1,05.

Questão 38    (CESPE/CNJ/ANALISTA/2013) No que se refere à utilização de siste-

mas de custos e informações gerenciais para tomada de decisões e a suas especi-

ficidades, julgue o item subsecutivo.

Para que uma linha de produção tenha variação favorável de 10% no custo de mão

de obra direta aplicada, deve-se reduzir em 20% a quantidade de horas, que ini-

cialmente correspondia a 10 horas por cada produto, e aumentar em 15% o salário

por hora, que anteriormente era R$ 2,20.

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Questão 39    (CESPE/FUB/CONTADOR/2013) Auxiliar no controle de estoques e

fornecer subsídios para a tomada de decisões gerenciais são as duas funções

primordiais da contabilidade de custos. Com relação a essas funções, julgue o

seguinte item.

A metodologia de administração por exceção está associada à ideia de custo

padrão.

Questão 40    (CESPE/TRT-10/AJ/2013) A empresa industrial TBZ, que fabrica ape-

nas o produto AAA, estabeleceu os seguintes padrões de custos diretos por unidade

desse produto.

quantidade preço
matéria-prima 0,5 kg R$ 4,00 por kg
mão de obra R$ 8,00 por
30 minutos
direta hora

Em determinado período, a empresa TBZ fabricou 10.000 unidades do produto

AAA, com os seguintes custos reais.

quantidade preço
matéria-prima 6.000 kg R$ 3,50 por kg
mão de obra 2.500 horas R$ 12,00 por
direta hora

A empresa TBZ não tinha qualquer estoque quando iniciou a produção e, no perío-

do considerado, seus custos e despesas fixas foram de R$ 42.000,00, seus custos

e despesas variáveis foram de R$ 2,80 por unidade do produto AAA e as vendas

desse produto chegaram a 8.000 unidades, ao preço unitário de R$ 14,00.

Com base nessas informações, julgue o item a seguir.A variação mista da matéria-

-prima em relação ao custo-padrão é favorável em quantia superior a R$ 0,06 por

unidade do produto AAA.

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Questão 41    (CESPE/ANAC/ERAC/ÁREA 7/2012) Julgue o seguinte item, acerca

do uso do cálculo de custos para efeito de controle.

Se o preço e a quantidade real de determinado produto são, respectivamente,

R$60,00 e R$ 25,00 e o preço e quantidade padrão do mesmo produto são, tam-

bém respectivamente, R$ 50,00 e R$ 20,00, então a variação custo padrão mista

desse produto corresponde a R$ 500,00.

Questão 42    (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA/2012) Uma indústria estabeleceu o

seguinte padrão de consumo da matéria-prima por unidade em sua produção.

quantidade preço
matéria-prima 100 g R$ 3,00 por Kg

Em determinado período, foram produzidas 15.000 unidades, as quais consumiram

3.000 Kg de matéria-prima, ao custo de R$ 7.500,00.

Com relação aos custos apurados e às variações entre o custo real e o custo-pa-

drão, julgue o item seguinte.

A variação mista da matéria-prima consumida foi desfavorável de R$ 0,05 por uni-

dade.

Questão 43    (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA/2012) Uma indústria estabeleceu o

seguinte padrão de consumo da matéria-prima por unidade em sua produção.

quantidade preço
matéria-prima 100 g R$ 3,00 por Kg

Em determinado período, foram produzidas 15.000 unidades, as quais consumiram

3.000 Kg de matéria-prima, ao custo de R$ 7.500,00. Com relação aos custos apu-

rados e às variações entre o custo real e o custo-padrão, julgue o item seguinte.

A variação total em razão do preço foi favorável de R$ 7.500,00.

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Questão 44    (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA/2012) Uma indústria estabeleceu o

seguinte padrão de consumo da matéria-prima por unidade em sua produção.

quantidade preço
matéria-prima 100 g R$ 3,00 por Kg

Em determinado período, foram produzidas 15.000 unidades, as quais consumiram

3.000 Kg de matéria-prima, ao custo de R$ 7.500,00. Com relação aos custos apu-

rados e às variações entre o custo real e o custo-padrão, julgue o item seguinte.

A variação de quantidade da matéria-prima consumida foi de R$ 0,30 por unidade.

Questão 45    (CESPE/ANAC/ERAC-ÁREA 7/2012) Julgue o seguinte item, acerca

do uso do cálculo de custos para efeito de controle.

O custo padrão estimado é um custo determinado de forma científica pela enge-

nharia de produção da empresa, dentro das condições ideais de qualidade dos

materiais, da eficiência da mão de obra, com o mínimo de desperdício de todos os

insumos envolvidos.

Questão 46    (CESPE/ANAC/ERAC-ÁREA 7/2012) Julgue o seguinte item, acerca

do uso do cálculo de custos para efeito de controle.

A variação custo padrão devida à quantidade é igual ao produto da diferença entre

a quantidade real e a quantidade padrão pelo preço padrão.

Questão 47    (CESPE/TJ/RR/CONTADOR/2012) Com a informatização e a inte-

gração de sistemas de informações gerenciais, os gestores são capazes de esti-

mar, por meio de orçamentos, variações de custos e de mensurar, por meio da

análise custo-volume-lucro, hipóteses de resultados. A respeito dos orçamentos

empresariais e custos para a tomada de decisões, julgue o item a seguir.

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Considere que, ao contabilizar o custo padrão de mão de obra direta, o contador

tenha registrado, em seu sistema gerencial, antes de o processo produtivo iniciar,

débito de despesas de salário no valor de R$ 500.000,00 e creditados salários a

pagar no valor de R$ 500.000,00. Ao verificar o custo real aplicado ao final do

processo produtivo, o contador constatou que houve variação favorável de custo

na ordem de 20%. Nessa situação, para adequar o sistema gerencial ao contábil,

o registro será a débito de salários a pagar e a crédito de despesas de salários no

valor de R$ 100.000,00.

Questão 48    (CESPE/PF/APF/2004) Jorge é contador da empresa Industrial Alfa

S.A., que adota o inventário periódico partindo de estoques iniciais superavaliados.

Com relação à situação hipotética descrita, com fulcro na Lei n. 6.404/1976 e na

sua legislação complementar, bem como nos preceitos emanados da doutrina con-

tábil, julgue o item que se segue.

Ao adotar o custeio-padrão, Jorge deve apropriar os custos à produção pelo seu

valor efetivo. Além disso, Jorge só poderá compatibilizar o custeio adotado com

custeio pleno (por absorção).

Questão 49    (CESPE/INSS/AUDITOR) Julgue o item a seguir, relacionados a cus-

tos por ordens e por processo continuo, apropriação de custos diretos e indiretos e

critérios de avaliação de estoques de produtos em processo e acabados.

Na produção por ordens, torna-se de grande importância o conceito de equivalente

de produção, que permite a apropriação dos custos diretos e indiretos a cada uni-

dade em processo de fabricação no encerramento de cada mês.

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Questão 50    (CESPE/SERPRO/ANALISTA/2013) A respeito de política e formação

de preços, julgue o item subsecutivo.

Mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação

do preço de venda, devendo ser aplicado linearmente a todos os bens e serviços.

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GABARITO
1. E 25. d 49. E

2. c 26. e 50. E

3. C 27. c

4. a 28. C

5. E 29. d

6. d 30. e

7. e 31. d

8. C 32. c

9. a 33. d

10. C 34. a

11. d 35. C

12. a 36. a

13. e 37. C

14. C 38. E

15. a 39. C

16. e 40. E

17. a 41. E

18. a 42. E

19. e 43. E

20. b 44. C

21. e 45. E

22. b 46. C

23. c 47. C

24. c 48. E

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GABARITO COMENTADO
Questão 9    (FCC/SEFAZ/SÃO LUÍS/AUDITOR/2018) A Cia. das Peças, ao analisar

o desempenho operacional de seu setor produtivo, obteve as seguintes informa-

ções sobre a matéria-prima utilizada na fabricação de determinado produto:

Variável Custo padrão Custo reais


Quantidade consu-
2 kg/unidade 2,1 kg/unidade
mida
Preço R$ 10,00/kg R$ 9,00/kg
R$ 20,00/uni- R$ 18,90/uni-
Total
dade dade

Com base nessas informações, a variação

a) do preço da matéria-prima por unidade foi R$ 2,00 favorável.

b) da quantidade de matéria-prima por unidade foi R$ 1,00 favorável.

c) do preço da matéria-prima por unidade foi R$ 1,00 favorável.

d) da quantidade de matéria-prima por unidade foi R$ 0,90 desfavorável.

e) do preço da matéria-prima por unidade foi R$ 2,10 favorável.

Letra a.

Tenha em mente que o custo padrão que fixa uma base de comparação entre o

que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido, ou seja, compara o custo padrão

corrente com o custo padrão que tinha sido objeto de estimativa.

Nessa pegada, quando temos um custo real inferior que o custo padrão, temos uma

situação considerada favorável, já que consumiu menos que eu previ, mas, fique

ligado, o resultado obtido aparece como um número negativo.

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Em contraste, quando o custo real é superior ao custo padrão, temos uma situação

negativa, já que consumiu mais que o previsto, mas se ligue pois aparece como um

número positivo. Veja no gráfico:

Concluindo, temos:

Variação do preço da MP: (R$ 9,00 - R$ 10,00) x 2 = - 2 (favorável)

Variação da quantidade da MP: (2,1 - 2) x R$ 10,00 = 1 (desfavorável)

Questão 10    (FCC/ELETROSUL/CONTADOR/2016/ADAPTADA) Em relação a con-

tabilidade de custos, julgue:

Subprodutos são aqueles itens que, nascendo de forma normal durante o processo

de produção, possuem mercado de venda relativamente estável, tanto no que diz

respeito à existência de compradores como quanto ao preço. São itens que tem

comercialização tão normal quanto os produtos da empresa, mas que representam

porção ínfima do faturamento total.

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Certo.

Guarde que enquanto os coprodutos são relevantes para a empresa em termos

de faturamento, os subprodutos representam uma parte irrelevante da receita da

empresa.

Guarde ainda que os subprodutos possuem mercado de venda relativamente está-

vel, com demanda contínua e preço regular.

Questão 11    (FCC/SEFAZ-PI/AFFE/2015) Os coprodutos

a) possuem pouquíssima relevância dentro do faturamento global da empresa.

b) não têm valor de venda ou condições de negociabilidade boas.

c) são assim chamados por serem oriundos de duas matérias primas similares.

d) têm os custos apurados com o uso de critérios de apropriação de custos con-

juntos.

e) não são objetos de custeio pelas empresas.

Letra d.

Vamos comentar as alternativas e escolher a correta!

a) Errada. Conceituou subproduto.

b) Errada. O coproduto tem valor de venda e seu faturamento é relevante.

c) Errada. O coproduto é obtido por meio do mesmo processo produtivo.

d) Certa. Isso! Obtido na produção conjunta.

e) Errada. O coproduto é objeto de custeio (via produção conjunta).

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Questão 12    (FCC/METRÔ-SP/ADVOGADO JÚNIOR/2014) A Cia. Corta & Dobra uti-

liza o custo-padrão para acompanhar o desempenho operacional do setor produtivo.

O custeio por absorção é utilizado tanto para apuração do custo real quanto para a

determinação do custo-padrão. Em determinado mês a empresa obteve as seguintes

informações:

Insumo Custo-padrão Custo real


R$ 30,00 / unidade (1,5 kg × R$ 35,20 / unidade (1,6 kg ×
Matéria-prima
R$ 20,00) R$ 22,00)
Custos indiretos fixos R$ 135.000,00 R$ 140.000,00
Quantidade produzida 9.000 unidades 10.000 unidades

Sabendo que a Cia. Corta & Dobra considera a variação mista como parte da varia-

ção do preço, é correto afirmar que a variação

a) de quantidade de matéria-prima é de R$ 20.000,00 desfavorável.

b) de preço da matéria-prima é de R$ 27.000,00 desfavorável.

c) dos custos indiretos fixos devido ao preço é de R$ 15.000,00 desfavorável.

d) do custo total é de R$ 46.800,00 desfavorável.

e) dos custos indiretos fixos devido à variação de volume é de R$ 5.000,00 favorável.

Letra a.

Foram produzidas de fato 10.000 unidades e cada unidade consumiu 0,1 Kg a mais

de matéria-prima quando comparada ao custo padrão (1,6 - 1,5). Logo, o total o

total de Kg consumidos a mais foi de 10.000 x 0,1kg = 1.000 Kg.

Considerando que cada Kg deveria ter custado R$ 20,00, podemos concluir que a

variação (desfavorável já que os custos aumentaram) gerada pela quantidade pro-

duzida é dada por 1.000 kg x 20,00 = R$ 20.000,00.

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Questão 13    (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2013) Considere as seguintes assertivas:

I – Itens gerados de forma normal durante o processo de produção possuem

mercado de venda relativamente estável e representam porção ínfima do

faturamento da empresa.

II – Itens cuja venda é realizada esporadicamente por valor não previsível no

momento em que surgem na produção.

III – Itens consumidos de forma anormal e involuntária durante o processo de

produção.

Com base nas terminologias de custos, as assertivas I, II e III referem-se, respec-

tivamente, a

a) subprodutos, perdas e gastos.

b) sucatas, coprodutos e perdas.

c) sucatas, perdas e subprodutos.

d) sucatas, subprodutos e custos.

e) subprodutos, sucatas e perdas.

Letra e.

Vamos identificar cada um dos itens e marcar a sequência correta.

I – Aqueles itens gerados normalmente no processo produtivo e que possuem

mercado para revenda são chamados de subprodutos.

II – As vendas esporádicas e com valor não indefinido logo ao serem produzidos

são características da sucata.

III – As perdas no processo podem ser definidas como itens consumidos de modo

anormal e involuntário.

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Questão 14    (FCC/TRT-5/ANALISTA/2013/ADAPTADA) Em relação a contabilida-

de de custos, julgue:

O responsável pela área de armazenagem precisa rever o método de avaliação de

estoques para reduzir os custos. Se ele usar o método CUSTO PADRÃO, o custo dos

itens que saírem do estoque estará previsto no planejamento orçamentário e será

um “custo ideal” a ser perseguido.

Certo.

A metodologia do custo padrão é firmada em uma base de comparação entre custo

efetivamente realizado e aquele ideal previsto, ou seja, compara-se o custo padrão

corrente com o custo padrão estimado.

Questão 15    (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2013) Considere as seguintes equações: Equa-

ção 1 − Quantidade Padrão × Preço Real Equação 2 − Quantidade Padrão × Preço

Padrão.

Na análise de variações dos materiais diretos, pelo critério que se quantifica a

variação mista, uma terceira Equação resultante da subtração da Equação 1 pela

Equação 2, nesta ordem, indica

a) a variação de preço.

b) a variação de quantidade.

c) a variação de consumo.

d) o custo real.

e) a identificação do consumo.

Letra a.

Amigo(a), vamos seguir o comando da questão e subtrair as duas equações como

ordenado:

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Q Padrão x P Real – Q Padrão x P Padrão

Vamos colocar Q Padrão em evidência:

= Q Padrão (P Real – P Padrão)

Diante desta terceira fórmula apresentada, temos uma quantidade padrão e a va-

riação ocorre a nível de preços (Real – Padrão).

Questão 16    (FCC/SEFIN-RO/AUDITOR/2010) A empresa Utilidades é produtora

de vasilhas plásticas. Para sua linha de baldes de 10 litros, foi estabelecido um pa-

drão de consumo de 600 gramas de matéria-prima a um preço de R$ 3,00/Kg para

cada unidade de balde produzida. Em determinado mês, apurou-se que, para cada

balde foram usados 650 gramas de matéria-prima a um preço de R$ 2,80 cada qui-

lo. Na comparação entre padrão e real, a empresa apura três tipos de variações:

quantidade, preço e mista.

Sendo assim, pode-se afirmar que a variação de quantidade da matéria-prima, em

reais, foi:

a) 0,01 favorável.

b) 0,12 favorável.

c) 0,14 desfavorável.

d) 0,14 favorável.

e) 0,15 desfavorável.

Letra e.

Vamos começar a resolver a questão organizando as informações dadas na forma

de uma tabela e completar as informações faltantes:

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Descrição Custo Real Custo Padrão Diferenças


Quantidade (kg) 0,65 0,60 0,05
Preço (R$ p kg) 2,80 3,00 -0,20
Total (R$) 1,82 1,80 0,02

Observe que como o preço foi dado por quilo, convertemos também os dados quan-

titativos também para quilo.

Agora vamos calcular a variação da quantidade:

0,05 (kg) x 3,00 (o custo padrão) = R$ 0,15

Como o consumo de matéria-prima real foi maior do que o que havia sido previsto,

essa variação é desfavorável.

Questão 17    (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2009) A grande finalidade do Custo Padrão é:

a) o planejamento e controle de custos.

b) a gestão de preços.

c) o atendimento às Normas Contábeis Brasileiras.

d) a rentabilidade de produtos.

e) o retorno do investimento.

Letra a.

Amigo(a), vimos que o custo padrão é baseado em previsões e metas (planeja-

mento) e tem como filosofia o controle das operações indicando se estas foram

realizadas acima ou abaixo dos padrões de eficiência fixados.

Portanto, podemos afirmar categoricamente que a grande finalidade do Custo Pa-

drão é o planejamento e o controle dos custos!

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Questão 18    (FCC/TRE/AM/ANALISTA/2010) A empresa Ferradura utiliza o custo-

-padrão para acompanhar o desempenho operacional do setor produtivo. O custeio

por absorção é utilizado tanto para apuração do custo real quanto para a deter-

minação do custo-padrão. Em determinado mês a empresa obteve as seguintes

informações:

Insumo Custo-padrão Custo real


R$ 60,00/ unidade (2 kg × R$ R$ 68,20/unidade (2,2 kg × R$
Matéria-prima
30,00) 31,00)
Custos indiretos
R$ 276.000,00 R$ 280.000,00
fixos

Para a determinação dos padrões a empresa estimou uma produção de 12.000 uni-

dades e, de fato, produziu 10.000 unidades.

Sabendo que a empresa considera a variação mista como parte da variação do preço,

com base nas informações acima, é correto afirmar que a variação

a) dos custos indiretos fixos devido à variação de volume é de R$ 46.000,00

desfavorável.

b) de preço da matéria-prima é de R$ 20.000,00 favorável.

c) dos custos indiretos devido ao preço é de R$ 4.000,00 favorável.

d) de preço da matéria-prima é de R$ 82.000,00 desfavorável.

e) de quantidade de matéria-prima é de R$ 62.000,00 desfavorável.

Letra a.

Como o volume padrão era de 12.000 unidades e foram produzidas, de fato, 10.000,

a variação do volume foi de 2.000 unidades a menos.

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Para sabermos o custo desta variação, precisamos saber o CIFUP – Custo Indireto

Fixo Unitário Padrão que é divisão dos Custos Indiretos Fixos quantidade estimada

a ser produzida

CIFUP = 276.000 = 23

12.000

Dessa forma, a variação dos custos indiretos fixos devido ao volume é de 12.000 ×

23= R$ 46.000 desfavorável, já que o volume produzido diminuiu.

Vamos apontar os erros das demais alternativas:

b) Errada. Note que o preço do Kg de matéria-prima aumentou de R$ 30,00 para

R$ 31,00 e, além disso, o consumo de matéria-prima foi superior por unidade.

c) Errada. Demonstramos na alternativa “A” que o custo indireto fixo unitário padrão

era de R$ 23,00. O custo indireto fixo unitário efetivo foi de 280.000/10.000=28,00,

ou seja, o custo indireto fixo aumentou R$ 5,00 por unidade e como a quantida-

de base era de 12.000 unidades, a variação gerada pelo preço é desfavorável em

12.000×5=60.000,00

d) Errada. Na verdade, o preço da matéria-prima aumenta em R$ 2,20 cada uni-

dade e multiplicando este valor pela quantidade padrão (12.000 unidades) temos

que a variação foi desfavorável em 12.000×2,20=26.400.

e) Errada. Considerando que cada unidade passa a consumir 0,2 Kg a mais de ma-

téria-prima e que o preço padrão era de R$ 30 por Kg, tivemos um custo adicional

de R$ 6,00 por unidade. Assim, multiplicando esse valor pelo volume padrão a ser

produzido: 6×12.000=72.000, temos uma variação de quantidade de matéria-pri-

ma é desfavorável em R$ 72.000.

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Questão 19    (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2009) Uma empresa utiliza em sua contabilida-

de o sistema de Custo Padrão. Ao final do mês, apurou uma variação de ociosidade

de mão de obra direta, conforme o quadro a seguir:

Com base nas informações apresentadas, o valor da variação de ociosidade foi

a) R$ 5.000,00 positiva.

b) R$ 5.000,00 negativa.

c) R$ 10.000,00 negativa.

d) R$ 15.000,00 negativa.

e) R$ 20.000,00 negativa.

Letra e.

O enunciado da questão ao tratar da ociosidade da mão de obra indica que a dife-

rença incorrida pela empresa ocorreu no consumo de no consumo de horas de mão

de obra (HMO), sendo o custo unitário o mesmo.

Ainda de acordo com o enunciado da questão, a previsão era produzir 5.000 unidades

a 3 HMO por unidade, consumindo 15.000 HMO.

Assim, o gasto planejado de MO era de R$ 60.000,00 (15.000 HMO x R$ 4,00).

Entretanto, foram produzidas 4.000 unidades a 2,5 HMO por produto, consumindo,

portanto, 10.000 HMO.

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O parâmetro de comparação para resolver essa questão é adotar o mesmo custo

de R$ 4,00 para a HMO, já que o foco é a ociosidade da mão de obra (quantidade

de horas e não o valor da hora).

O gasto real R$ 60.000,00 deve ser subtraído do gasto planejado de 10.000 HMO

x R$ 4,00.

Temos então um estouro de gasto de R$ 20.000,00 (negativo).

Questão 20    (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2009) No processo produtivo, as perdas nor-

mais e as sucatas devem receber, respectivamente, o tratamento contábil expresso

em:

a) seu custo deve ser lançado como despesas do mês / devem ser lançadas como

redução dos custos do mês.

b) seu custo deve ser agregado ao produto de sua origem / não recebem custos.

c) deve lançar como outras despesas não operacionais / devem receber custos.

d) devem ser custeadas separadamente / devem receber custos da mesma forma

que um produto normal da empresa

e) devem ser lançadas como despesas não operacionais / devem ser lançadas

como redução de custos do mês.

Letra b.

Perdas normais são perdas planejadas, sistemáticas, sendo, portanto, custo.

Por outro lado, quando falamos em sucata, estamos falando do resultado de uma

perda. No caso da sucata, não é apropriado o custo, e se for vendida, o resultado

obtido é registrado como “outras receitas operacionais”.

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Questão 21    (FCC/SEFAZ-SP/AFR/2006) Uma empresa utiliza em sua contabilidade

o sistema de Custo Padrão. Ao final do mês, apurou uma variação de ociosidade de

mão de obra direta.

Tomando como base as informações contidas no quadro acima, o valor da variação

de ociosidade, em R$, foi

a) 5.000 positiva.

b) 5.000 negativa.

c) 10.000 negativa.

d) 15.000 negativa.

e) 20.000 negativa.

Letra e.

Vamos calcular a ociosidade:

Ociosidade = (horas gastas – horas previstas) x taxa horária

Ociosidade = (10.000 – 15.000) x 4,00

Ociosidade = R$ - 20.000,00

Analisando os dados apresentados pelo enunciado da questão, podemos notar que

apesar de terem sido gastas menos horas por unidade, ocorreu também um nível

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de produção inferior em 1.000 unidades em relação ao planejado, gerando uma

variação negativa de 20.000.

Questão 22    (FCC/CVM/ANALISTA/2003) A empresa Albatroz tem em seu parque

industrial capacidade instalada para processar o equivalente a 4 toneladas de ferti-

lizantes agrícolas ao mês.

Esta capacidade, ao longo dos últimos 5 anos, tem se mostrado superior em 10%

ao que regularmente a empresa processa. No último exercício, em virtude de uma

anormal crise econômica no país no qual a empresa opera, sua produção tem sido

25% abaixo da sua capacidade instalada. Se a empresa opera com uma ociosidade

de 25% em relação a sua capacidade instalada, pode-se concluir que 10% é a sua

ociosidade normal e os 15% restantes é a sua capacidade ociosa excedente. Le-

vando em consideração o que anteriormente foi exposto, a capacidade ociosa deve

sofrer o seguinte tratamento contábil:

a) capacidade ociosa excedente deveria ser lançada diretamente ao resultado do

período em uma despesa operacional.

b) capacidade ociosa normal deve ser lançada aos estoques para, posteriormente,

ser apropriada ao Custo do Produto Vendido; a ociosidade excedente deve ser lan-

çada a uma despesa não operacional no período em que ocorrer.

c) capacidade ociosa normal e capacidade ociosa excedente, por não estarem li-

gadas diretamente à produção de produtos, devem ser lançadas ao resultado do

exercício, quando ocorrerem, em uma despesa não operacional.

d) capacidade ociosa excedente e a capacidade ociosa normal devem ser transfe-

ridas aos estoques de produtos acabados, para posteriormente serem apropriadas

ao custo da produção vendida.

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e) capacidade ociosa não é mensurada, não podendo ser lançada em estoques,

custo da produção vendida ou despesas não operacionais.

Letra b.

A chamada ociosidade “normal”, também chamada pelas bancas de “perda normal”,

é inerente ao processo produtivo da empresa e deve ter seu custo incorporado ao

custo dos produtos acabados.

Situação bem diferente é a da ociosidade “excedente”, conhecida também como

perda “anormal”, que são atípicas ao processo produtivo, cujo tratamento contábil

deve ser o de registro diretamente no resultado na linha de outras despesas.

Chamo sua atenção para o fato de que esta questão ser do ano de 2003, anterior,

portanto, à Lei n. 11.838/2007, quando as perdas anormais eram registradas na

linha de despesas não operacionais.

Amigo(a), de posse dessas informações, agora peço que releia as alternativas e

marque a correta.

Questão 23    (FCC/CVM/ANALISTA/2003) Uma empresa está alterando seu custo

de Real para Padrão. Esta alteração prende-se ao fato de a empresa acreditar que o

custo Padrão gerencialmente aumenta sua capacidade de gestão dos custos fabris.

As alterações de custo Real para custo Padrão levarão a empresa a evidenciar seus

estoques

a) valorizados pelo custo Padrão, não guardando qualquer semelhança com o custo

Real.

b) valorizados pelas medidas físicas determinadas pela engenharia fabril e valori-

zados monetariamente pela área financeira.

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c) valorizados a custo Padrão juntamente com suas variações e terão o mesmo

valor do que se estivessem valorizados a custo Real.

d) valorizados pelo custo Real, em razão do custo padrão não ser aplicado aos

estoques.

e) valorizados pelo custo Padrão, que tendem a ser maiores do que os estoques

valorizados a custo Real.

Letra c.

Amigo, como vimos, ao implantar se um sistema de Custo Padrão em uma empresa

não significa dizer que houve a eliminação do Custo Real, já que o Custo Padrão só

tem plena utilidade a partir da comparação com os custos reais (orçado x realizado)

e para isto a empresa precisa ter um sistema de Custo Real eficaz para proceder

aos ajustes tanto do estoque quanto do custo dos produtos vendidos a valores

reais.

Veja que alternativa C redige de modo correto que os estoques devem ser valo-

rizados a custo Padrão juntamente com suas variações e terão o mesmo

valor do que se estivessem valorizados a custo Real.

Questão 24    (INÉDITA/2018) Sabendo que para produzir uma unidade do seu úni-

co produto, uma firma, em um determinado mês, pretendia usar 10 quilos de

matéria-prima ao custo de R$ 20,00 por quilo. No entanto, ao final desse mês, a

empresa verificou que produziu 15 unidades do produto com aumento de 20% no

consumo da matéria-prima. Por outro lado, em virtude de ter feito uma aquisição

de maior quantidade de matéria-prima, acabou obtendo um desconto de 10% no

seu preço.

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Diante do quadro exposto, usando a análise do custo padrão, podemos concluir que

no “final das contas” a variação total obtida pela empresa foi

a) favorável em R$ 240,00.

b) favorável em R$ 300,00.

c) desfavorável em R$ 240,00.

d) desfavorável em R$ 300,00.

e) desfavorável em R$ 600,00.

Letra c.

Para resolvermos a questão primeiro vamos calcular o custo unitário padrão e o

custo unitário real e, em seguida, ver o valor e se a diferença (variação) entre eles

é favorável ou desfavorável a empresa.

Custo Padrão Unitário

Custo = q x p = 10 quilos x R$ 20 o quilo = R$ 200

Custo Real Unitário

Custo = q x p = 12 quilos x R$ 18 o quilo = R$ 216

Podemos ver que a variação unitária foi desfavorável em R$ 16 por unidade.

O cálculo da variação total é: 15 unidades x R$ 16 = R$ 240 desfavorável.

Questão 25    (QUESTÃO INÉDITA/2018) A empresa ABC apresentou o seguinte

quadro comparativo entre custo-padrão e custo-real, em dezembro de 2017, com

valores em reais:

ITENS CUSTO-PADRÃO CUSTO-REAL


Matéria-prima 1,10 kg a 3,00/kg = 3,30 1,15 kg a 2,90/kg = 3,335
Mão de obra 0,50 h a 7,00/h = 1,20 0,45 h a 6,90/h = 1,525

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Materiais Diretos 0,90 kg a 1,00/kg = 0,10 0,12 kg a 1,55/kg = 0,126

Legenda: D: Desfavorável, F: Favorável

Considerando exclusivamente os dados acima, a variação de preço da matéria-pri-

ma, em reais, montou a

a) 0,50 D

b) 0,35 F

c) 0,14 D

d) 0,11 F

e) 0,10 D

Letra d.

Amigo(a) observe que a questão quer saber apenas a variação de preço da Maté-

ria-prima (MP).

Logo para calcular essa variação consideramos a quantidade padrão e multiplica-

mos pela diferença entre o preço real e o preço padrão:

Variação de preço da MP= 1,10 X (3,00 – 2,90) = 0,11

A variação de 0,11 é favorável pois houve uma redução no custo da MP.

Questão 26    (QUESTÃO INÉDITA/2018) O critério de alocação de custos que su-

gere que a base de alocação deveria resultar em maiores custos para os produtos,

serviços ou departamentos mais lucrativos é:

a) benefícios recebidos;

b) maiores custos indiretos;

c) maiores vantagens obtidas;

d) maiores investimentos em publicidade;

e) capacidade de suportar.

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Letra e.

Podemos responder com os conhecimentos que adquirimos hoje ao entendermos

o conceito de coprodutos e de como funciona a apropriação de custos nesse caso.

Vamos relembrar o conceito e como funciona a apropriação de custos?

Coprodutos: são produtos de igual importância para a empresa do ponto de vista

econômico-financeiro (de acordo com o faturamento de cada produto). O prefixo

“co” nesse caso tem o sentido de igualdade de importância mesmo!

O método mais usado para apropriação dos custos conjuntos é o valor de mercado,

onde os produtos de maior valor de venda recebem maior carga de custos.

A alternativa correta é letra E, pois a distribuição da carga dos custos deve ser

realizada entre os produtos em função da capacidade de suportá-los, ou seja, por

meio do faturamento!

Questão 27    (CESPE/CAGE-RS/AUDITOR/2018) Um pequeno frigorífico usa pa-

drões para controlar o consumo de uma mistura de carnes de diferentes tipos de

frutos do mar de alta qualidade utilizada como matéria-prima na fabricação de um

produto para exportação: para cada quilo de produto, são utilizados 450 gramas da

mistura, ao custo de R$ 125 o quilo. Em determinado mês, foram produzidos 2.000

kg do produto e constatadas as seguintes variações totais:

variação de preço: R$ 9.000 favorável;

variação total: R$ 3.500 desfavorável.

Nesse caso, é correto afirmar que o preço efetivamente pago pelo quilo de maté-

ria-prima foi

a) inferior a R$ 110.

b) superior a R$ 110 e inferior a R$ 115.

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c) superior a R$ 115 e inferior a R$ 120.

d) superior a R$ 120 e inferior a R$ 125.

e) superior a R$ 125.

Letra c.

Embora o gabarito oficial seja a letra “c”, na verdade, essa questão deveria ter sido

anulada, mas como não foi, vamos tentar entendê-la!

A ideia é produzir 2.000 kg de um produto que consome 450g da mistura por kg de

produto. Assim, o consumo total da mistura é de:

2.000 x 0,45 = 900 KG

O preço padrão é $125 por Kg.

Então, temos o custo padrão multiplicando-os:

CP = 125 x 900

CP = 112.500

Agora tenhamos em mente a variação de preço:

Variação Preço = quantidade padrão x (Preço real – preço padrão)

−9.000= 900×(Pr−125)

Pr−125=−9.000 / 900

Pr=−10+125

Pr=115

Repare que o preço efetivamente pago foi de $115, mas a alternativa C aponta para

um preço maior que 115 e a B menor que 115.

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Questão 28    (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Acerca de receitas e custos e da re-

lação entre esses elementos, julgue o seguinte item.

O custo-padrão é uma metodologia gerencial de avaliação entre custos reais e

custos esperados, podendo também ser utilizado, desde que satisfeitas algumas

condições, na escrituração contábil de custos de produção.

Certo.

O custo-padrão é SIM uma metodologia de avaliar o custo real e o custo esperado,

sendo uma espécie de custo “ideal”.

Lembra-se que, em verdade, o Custo-padrão nada mais é do que um custo pré atri-

buído, servindo de base para se determinar o custo real ou custo efetivo.

Nada mais é que um custo “perfeito” para uma entidade, ou seja, é o objeto ideal a

se alcançar, podendo ainda ser utilizado na contabilidade para escrituração, desde

que sofra os ajustes necessários mediante o custeio por absorção.

Questão 29    (QUESTÃO INÉDITA/2018) De acordo com a doutrina, custos conjun-

tos são os custos de um processo que resultam na produção simultânea de múlti-

plos produtos. Assim, a correta apropriação desses custos se faz necessária a partir

do ponto de separação. Entre os métodos e critérios conhecidos, um em especial,

apresenta como característica, valor de custo unitário idêntico para os produtos

considerados. Seu método baseia-se no seguinte:

a) valor realizável líquido;

b) valor de mercado dos estoques;

c) medida física (como peso ou volume);

d) valor das vendas no ponto de separação;

e) margem bruta percentual do valor realizável líquido.

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Letra d.

Mais uma questão que aborda o tema produção conjunta.

Aqui a questão faz uma introdução relativamente extensa para perguntar o método

de apropriação dos custos de coprodutos.

Como sabemos, o método mais indicado é em função do valor de mercado, ou me-

lhor, do faturamento de cada produto, que no caso a questão chamou de “valor das

vendas”.

Questão 30    (ESAF/MTUR/CONTADOR/2014) A empresa Jota S.A. produz dois

produtos simultaneamente em sua linha de produção, o produto principal “Alfa” e o

produto residual (subproduto) “Beta” comercializado como adubo, que tem histori-

camente apresentado custo imaterial. Os custos de transformação de cada produto

não são separadamente identificáveis. Dessa forma os custos do subproduto Beta

devem ser alocados pelo:

a) processo de absorção.

b) custeio variável.

c) custo meta.

d) custo padrão.

e) valor realizável líquido.

Letra e.

Vamos relembrar o que são e como devem ser tratados os subprodutos do ponto

de vista da apropriação de custos e de sua contabilização?

Subprodutos: se caracterizam por apresentarem faturamento de pouca relevância

dentro do faturamento total da empresa.

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Por serem “insignificantes” ou “pouco relevantes”, em vez de receberem apropria-

ção de custos, o valor de venda dos subprodutos menos as despesas neces-

sárias para sua venda, é deduzido dos custos do produto principal.

Agora eu lhe pergunto: o que é o valor da venda menos as despesas necessárias

para sua venda?

É o famoso valor realizável líquido que estudamos na contabilidade geral!

Essas despesas podem ser necessárias podem ser, por exemplo, a comissão de um

vendedor ou o gasto com publicidade para vender esses subprodutos.

Questão 31    (ESAF/MINISTÉRIO DA FAZENDA/CONTADOR/2013) Em relação ao

custo padrão, pode-se afirmar que é:

a) o custo que reflete os valores gastos e atribuídos no processo de produção, ao

produto, em cada período.

b) o custo atribuído ao produto, quando aplicado o conceito do ABC.

c) o sistema de custeio que melhor distribui o custo variável ao produto.

d) um sistema de custeio que permite o controle dos custos e a sua gestão, princi-

palmente quando comparado ao real.

e) aplicável às empresas que têm grandes oscilações (sazonalidade) em seus

custos durante o ano, permitindo uma melhor distribuição dos custos nos meses.

Letra d.

Essa questão é boa para revisarmos alguns conceitos que já estudamos ao longo

do curso.

Vamos ver cada uma das alternativas:

a) Errada. O custo que reflete os valores gastos e atribuídos no processo de pro-

dução, ao produto, em cada período é o por absorção.

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b) Errada. O conceito do ABC é usado para gerir os custos, mas não é uma forma

de custeio.

c) Errada. O sistema de custeio que melhor distribui o custo variável ao produto é

o custeio variável ou direto.

d) Certa. Um sistema de custeio que permite o controle dos custos e a sua gestão,

principalmente quando comparado ao real. Esse é o Custo Padrão e é o gabarito.

e) Errada. O custeio aplicável às empresas que têm grandes oscilações (sazonali-

dade) em seus custos durante o ano, permitindo uma melhor distribuição dos cus-

tos nos meses é custeio direto ou variável.

Questão 32    (FGV/PREF. PAULÍNIA/CONTADOR/2016) A fabricação de cimento, a

extração e o refino de petróleo e a siderurgia são exemplos de produção

a) por absorção.

b) por ordem.

c) por processo.

d) por departamentalização.

e) padrão.

Letra c.

A questão apresentou exemplos de indústrias que trabalham com elevadas tempe-

raturas e que não podem parar, sendo casos clássicos de produção contínua ou por

processo contínuo.

Questão 33    (COPS UEL/SEFAZ/PR/AUDITOR/2012) Uma indústria, em determi-

nado mês, iniciou a produção de um lote de 10.000 unidades de um certo produto

e, ao final desse mês, apresentou os seguintes custos de produção:

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Matéria-prima = R$40.000,00

Mão de obra direta = R$ 30.000,00

Outros custos indiretos = R$ 20.000,00

Sabendo-se que 70% das unidades estavam concluídas e que o restante estava

em elaboração com grau equivalente de 2/3, pelo método do custeio de absorção e

produção equivalente, o custo total do produto acabado e o custo total do produto

em elaboração eram, respectivamente, de:

a) R$ 63.000,00 e R$ 18.000,00.

b) R$ 63.000,00 e R$ 27.000,00.

c) R$ 70.000,00 e R$ 18.000,00.

d) R$ 70.000,00 e R$ 20.000,00.

e) R$ 70.000,00 e R$ 30.000,00.

Letra d.

Do enunciado extraímos os seguintes dados:

Unidades acabadas = 7.000

Unidades não acabadas = 3.000

Custos de Produção = R$ 90.000,00 (R$ 40 + 30 + 20 mil)

Vamos começar pelo cálculo do equivalente de produção:

3.000 unidades x 2/3 = 2.000 unidades

Produção total acabada = 7.000 + 2.000 = 9.000 unidades

O Custo unitário é: R$ 90.000,00 / 9.000 = R$ 10,00, logo temos:

Custo total do produto acabado = 7.000 X R$ 10,00 = R$ 70.000,00;

Custo total produtos em elabor. = 2.000 X R$ 10,00 = R$ 20.000,00.

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Questão 34    (FUNDATEC/SEFAZ-RS/AFTE/2009) A Cia. Industrial Eureka apre-

sentou os seguintes dados referentes à sua produção do mês de abril:

De acordo com os dados apresentados, qual é o equivalente total de produção?

a) 20.600 unidades.

b) 3.000 unidades.

c) 1.600 unidades.

d) 30.000 unidades.

e) 21.400 unidades.

Letra a.

Amigo(a), preste atenção no enunciado da questão! Observe que somente foi

pedido o equivalente total de produção, logo não usaremos a informação relativa

aos custos de produção.

Vamos fazer as contas então!

Descrição Cálculo Equivalente de Produção


Unidades acabadas 22.000
Unidades em elab. 6.000 x ½ = 3.000 - 3.000
Unidades acab. final 4.000x 2/5 = 1.600 + 1.600
Equivalente total de Produção 20.600

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Questão 35    (ESAF/AFC/CGU/ADAPTADA) Julgue a afirmativa a seguir.

O custeamento por ordem de produção ocorre quando a empresa programa sua

atividade produtiva a partir de encomendas específicas.

Certo.

Colega, veja que a afirmativa conceitua corretamente a produção por ordem ou por

encomenda.

Questão 36    (CESPE/PC-PE/PERITO/2016) Com relação ao custo padrão, assinale

a opção correta.

a) A análise do custo padrão da mão de obra direta é feita considerando-se variações

de taxa e de eficiência.

b) Não é permitida a utilização do custo padrão pela contabilidade, estando a sua

aplicação restrita a finalidades gerenciais.

c) Uma das vantagens do custo padrão é não demandar revisões e reajustes

periódicos.

d) O custo padrão deve ser sempre comparado com o custo estimado, de modo a

permitir a identificação das causas de eventuais variações e a adoção de correções

futuras.

e) Não é recomendável a utilização do custo padrão, com finalidades gerenciais,

em produtos cujo custo seja calculado com base no custeio variável.

Letra a.

Vamos analisar as alternativas:

a) Certa. A título ilustrativo, imagine que um empregado receba um salário diário

de $50 por dia e que existe a expectativa de que ele produza 10 unidades de deter-

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minado produto, o custo padrão deste produto com esta mão de obra é de $5 por

unidade. Assim, se houver ineficiência e este funcionário produzir apenas 5 unida-

des, então cada unidade custará $10 desta mão de obra. Comparando com o custo

padrão, temos uma perda de $5 por unidade devido à ineficiência.

b) Errada. Já que custo-padrão é permitido pelas normas contábeis, podendo

ainda ser utilizado na contabilidade para escrituração, desde que sofra os ajustes

necessários mediante o custeio por absorção.

c) Errada. Já que um custo padrão bem aplicada deve ser revisado periodicamen-

te. Existem vários fatores e indicadores de produção que são alterados ao longo do

tempo e que precisam ser atualizados pelo custo padrão.

d) Errada. Já que, em verdade, o custo padrão é o custo estimado, devendo sem-

pre ser comparado com o custo efetivo, ou seja, com o custo efetivamente incorrido

no processo produtivo.

e) Errada. Já que o custo padrão nada mais é do que um método de comparar

custos estimados com custos efetivos, se constituindo em ferramenta importante,

independentemente de a empresa estar ou não utilizando o custo variável.

Tenha em mente que a chamada administração por exceção consiste em focar na-

quilo que não está indo conforme o planejado, ou seja, àquilo que está fugindo do

padrão.

E esse é também o foco do sistema de custo padrão, que compara o custo real da

empresa com o padrão fixado, visando detectar variações ou desvios, estabelece-

-se a relação entre este e a administração por exceção.

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Questão 37    (CESPE/TELEBRAS/ESPECIALISTA/2015) A empresa ABX S.A. é dis-

tribuidora de bolas de futebol em determinada cidade. O orçamento, em um ano,

dessa empresa apresenta os seguintes dados: receitas = R$ 40.000,00; custos fi-

xos = R$ 4.800,00; custos variáveis = R$ 32.800,00; e unidades vendidas = 1.000.

Com referência a essa situação hipotética, julgue o próximo item.

O markup, que representa o fator multiplicador a ser acrescido ao custo da merca-

doria e a ser utilizado pela ABX S.A., é superior a 1,05.

Certo.

Vamos usar a base de uma unidade para facilitar os cálculos.

Assim, o preço de venda pode ser encontrado dividindo-se a Receita pela quanti-

dade vendida, ou seja:

PV = R$ 40.000,00 / 1.000 = R$ 40,00

Por outro lado, o custo unitário é calculado somando-se os custos fixos e variáveis,

divididos pela quantidade, ou seja:

CTU = 4.800 + 32.800 / 1.000 = 37,6

Agora vamos calcular o mark up (MK):

PV = CTU X MK

40 = 37,6 X MK

MK= 40/37,6

MK = 1,06

Questão 38    (CESPE/CNJ/ANALISTA/2013) No que se refere à utilização de siste-

mas de custos e informações gerenciais para tomada de decisões e a suas especi-

ficidades, julgue o item subsecutivo.

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Para que uma linha de produção tenha variação favorável de 10% no custo de mão

de obra direta aplicada, deve-se reduzir em 20% a quantidade de horas, que ini-

cialmente correspondia a 10 horas por cada produto, e aumentar em 15% o salário

por hora, que anteriormente era R$ 2,20.

Errado.

Vamos ver uma questão cujo estilo pode também estar presente em sua prova.

A questão em tela quer saber o efeito, em percentual, no custo da mão de obra

direta, em função de variações nos quantitativos físicos (números de horas traba-

lhadas) e no valor do salário por hora dos empregados.

A melhor forma de resolver essa questão é fazendo a seguinte tabela:

Custo da MOD Inicial variação novo


Horas p produto 10 horas -20% 8 horas
Salário p hora R$ 2,20 + 15% R$ 2,53
Total R$ 22,00 -8% R$ 20,24

Na primeira linha da tabela, a questão no deu o quantitativo de 10 horas e disse

que haveria uma redução de 20%, logo o número de horas foi reduzido para 20.

Na segunda linha, tínhamos um salário horário de R$ 2,20 que majorado em 15%,

passou para R$ 2,53.

Finalmente, multiplicando o novo número de horas (8) pelo novo valor da hora

(R$2,53) chegamos ao novo custo da MOD de R$20,24.

Ora, se o valor da MOD diminuiu de R$22,00 para R$ 20,24, essa redução em %

foi de 8% (-8%).

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Questão 39    (CESPE/FUB/CONTADOR/2013) Auxiliar no controle de estoques e

fornecer subsídios para a tomada de decisões gerenciais são as duas funções pri-

mordiais da contabilidade de custos. Com relação a essas funções, julgue o seguin-

te item.

A metodologia de administração por exceção está associada à ideia de custo pa-

drão.

Certo.

Tenha em mente que a chamada administração por exceção consiste em focar

naquilo que não está indo conforme o planejado, ou seja, àquilo que está fugindo

do padrão.

E esse é também o foco do sistema de custo padrão, que compara o custo real da

empresa com o padrão fixado, visando detectar variações ou desvios, estabelece-se

a relação entre este e a administração por exceção. E é exatamente nisso que foca

o custo padrão quando compara o custo real com aquele ideal/teórico/meta.

Questão 40    (CESPE/TRT-10/AJ/2013) A empresa industrial TBZ, que fabrica ape-

nas o produto AAA, estabeleceu os seguintes padrões de custos diretos por unidade

desse produto.

quantidade preço
matéria-prima 0,5 kg R$ 4,00 por kg
mão de obra direta 30 minutos R$ 8,00 por hora

Em determinado período, a empresa TBZ fabricou 10.000 unidades do produto

AAA, com os seguintes custos reais.

quantidade preço
matéria-prima 6.000 kg R$ 3,50 por kg

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mão de obra direta 2.500 horas R$ 12,00 por hora

A empresa TBZ não tinha qualquer estoque quando iniciou a produção e, no perío-

do considerado, seus custos e despesas fixas foram de R$ 42.000,00, seus custos

e despesas variáveis foram de R$ 2,80 por unidade do produto AAA e as vendas

desse produto chegaram a 8.000 unidades, ao preço unitário de R$ 14,00.

Com base nessas informações, julgue o item a seguir.

A variação mista da matéria-prima em relação ao custo-padrão é favorável em

quantia superior a R$ 0,06 por unidade do produto AAA.

Errado.

Na verdade, a variação mista da matéria-prima em relação ao custo-padrão é des-

favorável em quantia inferior a r$ 0,06 por unidade do produto aaa. Acompanhe na

demonstração abaixo:

Padrão da unidade do Produto AAA


Quantidade Preço Custo do Produto
Matéria-prima 0,5 kg R$ 4,00 por kg R$ 2,00
Mão de obra direta 30 minutos R$ 8,00 por hora R$ 4,00
Custos diretos do Produto AAA R$ 6,00

Produção do Produto AAA


Quantidade Preço Custo do Produto
Matéria-prima 6.000 kg R$ 3,50 por kg R$ 21.000,00
Mão de obra direta 2.500 horas R$ 12,00 por hora R$ 30.000,00
Custos diretos de 10.000 unidades do Produto AAA R$ 51.000,00

Variação mista da matéria-prima do Produto AAA


Padrão Produção Variação
Quantidade de Matéria-prima 0,5 kg 0,6 kg 0,1 kg
Preço da Matéria-prima R$ 2,00 R$ 2,10 R$ 0,10

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Variação Mista R$ 0,01


Análise
Variação total ((R$ 2,00. 0,5 kg) – (R$ DESFAVORÁVEL custo real > custo
R$ 0,26
2,10. 0,6 kg)) padrão
Variação quantidade (0,1 kg x R$ DESFAVORÁVEL custo real > custo
R$ 0,20
2,00) padrão
DESFAVORÁVEL custo real > custo
Variação preço (R$ 0,10 x 0,5 kg) R$ 0,05
padrão
Variação mista (R$ 0,26 - R$ 0,20 DESFAVORÁVEL custo real > custo
R$ 0,01
- R$ 0,05) padrão

Assim, fica demonstrado que a variação mista da matéria-prima em relação ao

custo-padrão é desfavorável em quantia inferior a R$ 0,06 por unidade do produto

AAA.

Questão 41    (CESPE/ANAC/ERAC/ÁREA 7/2012) Julgue o seguinte item, acerca

do uso do cálculo de custos para efeito de controle.

Se o preço e a quantidade real de determinado produto são, respectivamente,

R$60,00 e R$ 25,00 e o preço e quantidade padrão do mesmo produto são, tam-

bém respectivamente, R$ 50,00 e R$ 20,00, então a variação custo padrão mista

desse produto corresponde a R$ 500,00.

Errado.

Considerando que a variação custo padrão mista é aquela que calculamos por meio

da multiplicação entre as diferenças verificadas no preço e na quantidade, temos:

Vm = (Qr - Qp) × (Pr - Pp)

Vm = (60 - 50) × (25 - 20)

Vm = 10 × 5

Vm = 50

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Questão 42    (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA/2012) Uma indústria estabeleceu o

seguinte padrão de consumo da matéria-prima por unidade em sua produção.

quantidade preço
matéria-prima 100 g R$ 3,00 por Kg

Em determinado período, foram produzidas 15.000 unidades, as quais consumiram

3.000 Kg de matéria-prima, ao custo de R$ 7.500,00.

Com relação aos custos apurados e às variações entre o custo real e o custo-pa-

drão, julgue o item seguinte.

A variação mista da matéria-prima consumida foi desfavorável de R$ 0,05 por uni-

dade.

Errado.

Para começar, vamos ver quanto cada unidade consumiu de matéria-prima e qual

foi o valor pago pelo Kg, considerando que foram produzidas 15.000 unidades com

3.000 Kg de matéria-prima.

O custo unitário de matéria-prima foi:

MPu=3.000 / 15.000

MPu=0,2

Nessa pegada, podemos concluir que cada unidade consumiu 200g de matéria-pri-

ma, ou seja, exatamente o dobro do que tinha sido estabelecido.

Agora vemos que esses 3.000 Kg custaram R$ 7.500,00. Assim, o custo efetiva-

mente incorrido por Kg foi de:

Pr=7.500 / 3.000

Pr=2,50

Com essa informação, vamos agora calcular a variação mista:

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Var (Mista)= (Pr−Pp).(Qr−Qp)

em que:

“r” significa “real”

“p” significa “padrão”

Assim, temos:

Var(Mista)= (2,50−3).(0,2−0,1)

Var(Mista)= −0,5×0,1

Var(Mista)=−0,05

Podemos concluir, portanto, que a variação foi favorável de R$ 0,05 por unidade, já

que houve queda do preço, e não desfavorável como disse a assertiva.

Questão 43    (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA/2012) Uma indústria estabeleceu o

seguinte padrão de consumo da matéria-prima por unidade em sua produção.

quantidade preço
matéria-prima 100 g R$ 3,00 por Kg

Em determinado período, foram produzidas 15.000 unidades, as quais consumiram

3.000 Kg de matéria-prima, ao custo de R$ 7.500,00. Com relação aos custos apu-

rados e às variações entre o custo real e o custo-padrão, julgue o item seguinte.

A variação total em razão do preço foi favorável de R$ 7.500,00.

Errado.

Para começar, vamos ver quanto cada unidade consumiu de matéria-prima e qual

foi o valor pago pelo Kg, considerando que foram produzidas 15.000 unidades com

3.000 Kg de matéria-prima.

O custo unitário de matéria-prima foi:

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MPu=3.000 / 15.000

MPu=0,2

Nessa pegada, podemos concluir que cada unidade consumiu 200g de matéria-pri-

ma, ou seja, exatamente o dobro do que tinha sido estabelecido.

Agora vemos que esses 3.000 Kg custaram R$ 7.500,00. Assim, o custo efetiva-

mente incorrido por Kg foi de:

Pr=7.500 / 3.000

Pr=2,50

Assim, vemos que a variação foi de R$ 0,50 por Kg favorável, já que o custo padrão

do Kg seria de R$ 3,00.

Considerando o padrão, a empresa consumiria 1.500 Kg para produzir 15.000 uni-

dades e que cada uma custou R$ 0,50 a menos, então houve uma variação favo-

rável de R$ 750,00 (1.500 x 0,5) e não R$ 7.500,00 como disposto na assertiva.

Questão 44    (CESPE/ANAC/ESPECIALISTA/2012) Uma indústria estabeleceu o

seguinte padrão de consumo da matéria-prima por unidade em sua produção.

quantidade preço
matéria-prima 100 g R$ 3,00 por Kg

Em determinado período, foram produzidas 15.000 unidades, as quais consumiram

3.000 Kg de matéria-prima, ao custo de R$ 7.500,00. Com relação aos custos apu-

rados e às variações entre o custo real e o custo-padrão, julgue o item seguinte.

A variação de quantidade da matéria-prima consumida foi de R$ 0,30 por unidade.

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Certo.

Para começar, vamos ver quanto cada unidade consumiu de matéria-prima e qual

foi o valor pago pelo Kg, considerando que foram produzidas 15.000 unidades com

3.000 Kg de matéria-prima.

O custo unitário de matéria-prima foi:

MPu=3.000 / 15.000

MPu=0,2

Nessa pegada, podemos concluir que cada unidade consumiu 200g de matéria-

-prima, ou seja, exatamente o dobro do que tinha sido estabelecido.

Assim, se cada unidade consumiu 0,1 Kg a mais, podemos multiplicar essa variação

pelo seu preço padrão para sabermos a variação gerada por unidade. Como o preço

padrão do Kg era de R$ 3,00 por unidade, temos:

0,10 x 3 = 0,30.

Podemos concluir, portanto, que a variação de quantidade de matéria-prima consu-

mida foi de R$ 0,30 por unidade.

Questão 45    (CESPE/ANAC/ERAC-ÁREA 7/2012) Julgue o seguinte item, acerca

do uso do cálculo de custos para efeito de controle.

O custo padrão estimado é um custo determinado de forma científica pela enge-

nharia de produção da empresa, dentro das condições ideais de qualidade dos

materiais, da eficiência da mão de obra, com o mínimo de desperdício de todos os

insumos envolvidos.

Errado.

De acordo com a tese defendida pelo CESPE nessa questão, com a qual eu concor-

do, a afirmativa estaria certa se, em ligar de “estimado” estivesse escrito “ideal”.

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O custo padrão poderia/deveria inclusive ser chamado de “custo padrão ideal”, já

que que serve para comparações com o objetivo de se aperfeiçoar o processo pro-

dutivo.

Note que a assertiva traz, em verdade, a definição de custo padrão estimado.

Questão 46    (CESPE/ANAC/ERAC-ÁREA 7/2012) Julgue o seguinte item, acerca

do uso do cálculo de custos para efeito de controle.

A variação custo padrão devida à quantidade é igual ao produto da diferença entre

a quantidade real e a quantidade padrão pelo preço padrão.

Certo.

A variação do custo padrão devida à quantidade nada mais é do que o produto da

diferença entre a quantidade real e a quantidade padrão pelo preço padrão.

Nessa pegada, a definição do sinal de da variação da quantidade define se a varia-

ção foi favorável ou desfavorável, ou seja, se a quantidade consumida efetivamente

for maior que aquela pré-estabelecida, então haverá uma variação desfavorável e

vice-versa.

Questão 47    (CESPE/TJ-RR/CONTADOR/2012) Com a informatização e a integra-

ção de sistemas de informações gerenciais, os gestores são capazes de estimar, por

meio de orçamentos, variações de custos e de mensurar, por meio da análise cus-

to-volume-lucro, hipóteses de resultados. A respeito dos orçamentos empresariais

e custos para a tomada de decisões, julgue o item a seguir.

Considere que, ao contabilizar o custo padrão de mão de obra direta, o contador

tenha registrado, em seu sistema gerencial, antes de o processo produtivo iniciar,

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débito de despesas de salário no valor de R$ 500.000,00 e creditados salários a

pagar no valor de R$ 500.000,00. Ao verificar o custo real aplicado ao final do

processo produtivo, o contador constatou que houve variação favorável de custo

na ordem de 20%. Nessa situação, para adequar o sistema gerencial ao contábil,

o registro será a débito de salários a pagar e a crédito de despesas de salários no

valor de R$ 100.000,00.

Certo.

Note que Inicialmente foi registrada despesa no resultado como um débito de R$

500,00 e tendo como contrapartida um crédito em salários a pagar no mesmo valor.

Assim, se houve uma variação favorável de 20%, então é porque o custo caiu 20%,

ou seja, 20% de 500 = 100!

Podemos concluir que a despesa foi 20% menor do que a que tinha sido lançada e,

por consequência, a conta de salários a pagar também será.

Para acertar tudo, vamos o movimento contrário de R$ 100,00 nas contas que ti-

nham recebido lançamentos.

Vamos, portanto, creditar R$ 100,00 no resultado, de maneira que a despesa de

salários fique em R$ 400,00 e debitar R$ 100,00 em salários a pagar, para que res-

tem também R$ 400,00 a pagar.

Questão 48    (CESPE/PF/APF/2004) Jorge é contador da empresa Industrial Alfa

S.A., que adota o inventário periódico partindo de estoques iniciais superavaliados.

Com relação à situação hipotética descrita, com fulcro na Lei n.º 6.404/1976 e na

sua legislação complementar, bem como nos preceitos emanados da doutrina con-

tábil, julgue o item que se segue.

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Ao adotar o custeio-padrão, Jorge deve apropriar os custos à produção pelo seu

valor efetivo. Além disso, Jorge só poderá compatibilizar o custeio adotado com

custeio pleno (por absorção).

Errado.

O sistema de custo padrão compara o custo real da empresa com o padrão fixado,

visando detectar variações ou desvios, nada mais é que um custo “perfeito” para

uma entidade, ou seja, é o objeto ideal em termos gerenciais a se alcançar, mas

que pode SIM ser utilizado na contabilidade para escrituração, desde que sofra os

ajustes necessários mediante o custeio por absorção.

Questão 49    (CESPE/INSS/AUDITOR) Julgue o item a seguir, relacionados a cus-

tos por ordens e por processo continuo, apropriação de custos diretos e indiretos e

critérios de avaliação de estoques de produtos em processo e acabados.

Na produção por ordens, torna-se de grande importância o conceito de equivalente

de produção, que permite a apropriação dos custos diretos e indiretos a cada uni-

dade em processo de fabricação no encerramento de cada mês.

Errado.

O certo é na produção CONTÍNUA, torna-se de grande importância o conceito de

equivalente de produção e NÃO na produção por ordens!

Questão 50    (CESPE/SERPRO/ANALISTA/2013) A respeito de política e formação

de preços, julgue o item subsecutivo.

Mark-up é um índice aplicado sobre o custo de um bem ou serviço para a formação

do preço de venda, devendo ser aplicado linearmente a todos os bens e serviços.

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Errado.

Não necessariamente deve ser aplicado linearmente a todos os bens e serviços,

cabendo ao administrador definir isso.

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