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BIOSSEGURANÇA:

medidas que valem


uma vida
Prof. Esp.: Izadora Ornelas
Informações importantes:
• Carga horária da disciplina: 30 horas.
• Início: 01 de junho e término: 16 de junho
• O horário do tira dúvidas serão todos os dias das 17 horas ás 18 horas, no grupo
de você

• COMPOSIÇÃO DA MÉDIA:

• Frequência.
• Participação nas aulas
• Atividades avaliativas: terá o link disponível no grupo de vocês.
• Avaliação Final
A área da saúde é uma área que muitas vezes pode apresentar riscos
para o trabalhador.
A preocupação com esses riscos vem crescendo nos últimos anos,
devido ao aumento do conhecimento sobre contaminações
microbiológicas, além da descoberta da AIDS e da hepatite e dos
seus métodos de transmissão.
Com isso, foram sendo criadas novas normas e métodos de
regulamentação no sentido de proteger a saúde do trabalhador
Afinal, você sabe qual a
importância da
biossegurança?
• Quando falamos da área de saúde, uma das principais
preocupações é a biossegurança, ela é fundamental
para a prevenção, eliminação ou minimização dos riscos
relacionados às atividades que acontecem dentro de
hospitais, laboratórios ou centros de saúde.
• Tais riscos podem comprometer não apenas a saúde de
quem atua no setor, mas também a dos pacientes que
ali se encontram. Por isso, é importante tomar medidas
de prevenção, como o uso de Equipamentos de
Proteção Individual (EPIs), que visam proteger o
trabalhador de possíveis contaminações.
• Embora seja fácil perceber que esse é um tema
relevante, muitas pessoas ainda desconhecem o seu
real conceito e as suas aplicações.
• “Bio” - raiz grega, que significa vida, e segurança,
que se refere à qualidade de ser seguro, livre de
dano.
• A palavra “biossegurança” denota “segurança da
vida”.
• No Brasil, a palavra “biossegurança” está
vinculada, sobremaneira, a segurança da vida
Biossegurança: humana em ambientes da área de saúde, e à
questões que envolvem agravos ambientais.
O QUE É
BIOSSEGURANÇA?

• A biossegurança compreende um conjunto


de ações destinadas a prevenir, controlar,
mitigar ou eliminar riscos inerentes às
atividades que possam interferir ou
comprometer a qualidade de vida, a saúde
humana e o meio ambiente.
• Desta forma, a biossegurança caracteriza-
se como estratégica e essencial para a
pesquisa e o desenvolvimento sustentável
sendo de fundamental importância para
avaliar e prevenir os possíveis efeitos
adversos de novas tecnologias à saúde.
Estas definições mostram que a biossegurança
envolve as seguintes relações:

tecnologia ---- risco -----homem


agente biológico -----risco -----homem
tecnologia -----risco -----sociedade
biodiversidade ------risco -----economia
A ORIGEM
• Desde a descoberta de Pasteur sobre os microrganismos,
quando ele elaborou a teoria microbiana das doenças em 1862,
começou-se a ter uma preocupação sobre os cuidados que as
pessoas deveriam ter em ambientes hospitalares, visto que sua
teoria postulava que as doenças tinham origem na transmissão
de microrganismos.
• Entretanto, o conceito de biossegurança só começou a ser
abordado na década de 1970, com o surgimento da engenharia
genética. Na época, foi realizado um experimento pioneiro na
área, em que foi inserido um gene da produção de insulina na
bactéria E. coli.
• Devido à repercussão que esse experimento causou, foi realizada a Conferência
de Asilomar, na Califórnia, para debater os riscos da engenharia genética e a
segurança dos laboratórios, quando também foi debatida a necessidade de
contenção para diminuir os riscos aos trabalhadores.
• A partir dessa conferência, a comunidade científica foi alertada para a
importância da biossegurança no uso dessas técnicas e se viu a necessidade de
criar normas de biossegurança, bem como legislações e regulamentações para
tais atividades.
• Nessa época, foi detectada uma série de doenças, como tuberculose e hepatite
B, em profissionais da saúde na Inglaterra e na Dinamarca, reforçando ainda mais
a importância da biossegurança.
• Devido ao aumento da circulação de pessoas e mercadorias com o advento da
globalização e da possibilidade do uso de armas biológicas, como vírus e
bactérias em atentados terroristas, a preocupação com a biossegurança vem
crescendo cada vez mais e passando as barreiras de laboratórios e hospitais
• Em 1981, com o surgimento da aids e o primeiro registro de
contágio acidental em um profissional da saúde, surgiu,
novamente, uma maior preocupação com a biossegurança.
• Assim, em 1987, foram estabelecidas as precauções universais,
recomendadas pelo Centers for Disease Control and
Prevention (CDC), de modo a difundir medidas que devem ser
tomadas para evitar o contágio pelos vírus do HIV e da hepatite
B.
• No Brasil, a primeira legislação sobre biossegurança surgiu
com a Resolução nº 1 do Conselho Nacional de Saúde, em
1988, quando foram aprovadas normas em pesquisa e
saúde.
• Entretanto, somente em 1995 essa resolução foi formatada
legalmente, com a Lei nº 8.974 e o Decreto de Lei nº 1.752. Essa
lei diz respeito à minimização de riscos em relação a OGMs e à
promoção da saúde no ambiente de trabalho, no meio ambiente
e na comunidade.
• Com essa lei, foi criada a Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança (CTNBio), que trata da saúde do trabalhador, bem
como do meio ambiente e da biotecnologia. Com isso, o Brasil
mostrou uma preocupação com a segurança dos laboratórios e
com a saúde dos trabalhadores, os quais apresentam uma maior
exposição a agentes químicos e biológicos
• Antes disso, em 1992, foi realizada a Conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de
Janeiro, em que os chefes de estado de 178 países se reuniram
para debater medidas sobre a diminuição da degradação
ambiental. Nessa conferência, foi estabelecido o Protocolo de
Cartagena de Biossegurança, o qual entrou em vigor somente
em 2003.
• Esse protocolo é um acordo internacional, cujo objetivo é
estabelecer normas e diretrizes sobre a movimentação de
Organismos Vivos Modificados (OVM) por meio de fronteiras,
de forma a estabelecer um melhor nível de proteção e
segurança à diversidade biológica e à saúde humana.
O que diz a legislação brasileira sobre a
biossegurança?

• Em nosso país, a regulamentação sobre os temas de biossegurança está presente


na legislação como uma maneira de ressaltar a importância de preservar a vida e
promover mais segurança em qualquer atividade, além de direcionar
competências e normatizações, como disposto na Lei de Biossegurança 11.105 de
24 de Março de 2015.
• Ela dispõe sobre os riscos relativos às técnicas de manipulação de organismos que
foram geneticamente modificados, como os alimentos transgênicos, assim como a
segurança em diversos ambientes de trabalho como hospitais, indústrias,
laboratórios, hemocentros, centros de pesquisa e universidades.
Lei de Biossegurança
• A Lei de Biossegurança (11.105/05) estabelece normas
de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que
envolvam
organismos geneticamente modificados e seus derivados.
• Essa legislação exige que qualquer OGM passe por uma criter
iosa avaliação feita pela Comissão Técnica Nacional de Biosseg
urança (CTNBio),órgão cuja existência e legitimidade são pre
vistos na Lei.
EM RESUMO
• A lógica da construção do conceito de biossegurança, teve seu inicio na década de 70
na reunião de Asilomar na Califórnia, onde a comunidade científica iniciou a discussão
sobre os impactos da engenharia genética na sociedade. Esta reunião "é um marco na
história da ética aplicada a pesquisa, pois foi a primeira vez que se discutiu os aspectos
de proteção aos pesquisadores e demais profissionais envolvidos nas áreas onde se
realiza o projeto de pesquisa". A partir daí o termo biossegurança, vem, ao longo dos
anos, sofrendo alterações.
• Na década de 70 o foco de atenção voltava-se para a saúde do trabalhador frente aos
riscos biológicos no ambiente ocupacional. De acordo com a Organização Mundial da
Saúde as "práticas preventivas para o trabalho em contenção a nível laboratorial, com
agentes patogênicos para o homem".
• Já na década de 80, a própria OMS incorporou a essa definição os chamados riscos
periféricos presentes em ambientes laboratoriais que trabalhavam com agentes
patogênicos para o homem, como os riscos químicos, físicos, radioativos e ergonômicos.
• Nos anos 90, verificamos que a definição de biossegurança sofre mudanças
significativas.
Hospitais

Indústrias Laboratório

Biossegurança

Hemocentro Universidades

U.B.S.
QUAIS SÃO AS VANTAGENS
DE SEGUIR AS NORMAS DE
BIOSSEGURANÇA?

• Redução dos riscos à saúde dos


trabalhadores e clientes;
• Minimização de acidentes em laboratórios;
• Preservação do meio ambiente e da
sociedade;
• Aumento da qualificação profissional dos
envolvidos.
Princípios da biossegurança
• Conforme conceituamos anteriormente, a biossegurança diz respeito a um
conjunto de normas técnicas e equipamentos que visam à prevenção da
exposição dos profissionais da saúde, dos laboratórios e do meio ambiente
a agentes químicos e biológicos. Assim, os princípios gerais da
biossegurança envolvem:
• análise de riscos;
• uso de equipamentos de segurança;
• técnicas e práticas de laboratório;
• estrutura física dos ambientes de trabalho;
• descarte apropriado de resíduos;
• gestão administrativa dos locais de trabalho em saúde
COMO A BIOSSEGURANÇA É FISCALIZADA
NO BRASIL E QUAIS SÃO AS SUAS
APLICAÇÕES?
• No Brasil, a regulação e a fiscalização da biossegurança é
feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Esse é um órgão técnico regulador que é extremamente
respeitado e que, inclusive, tem uma definição própria do
conceito de biossegurança, que é a seguinte:
• “a condição de segurança alcançada por um conjunto de
ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar
riscos inerentes às atividades que possam comprometer a
saúde humana, animal e o meio ambiente”.
• Trata-se, assim, de um conjunto de normas e
procedimentos padrões que visa a prevenção dos riscos
inerentes às atividades exercidas nos serviços de saúde,
bem como aos respectivos locais de trabalho.
• No Brasil, nós temos um caso clássico e
conhecido sobre a ausência de boas
práticas de biossegurança, que é o acidente
com o Césio 137, grave episódio de
Quais os contaminação por radioatividade ocorrido
na cidade de Goiânia, em Goiás.
principais • Tudo aconteceu por conta de um aparelho
de radioterapia abandonado por uma
exemplos da clínica desativada, que expôs a população à
radiação. No entanto, infelizmente,
ausência de exemplos não faltam no dia a dia dos mais
diversos locais, como em hospitais, nos
biossegurança? quais os profissionais, dependendo da
sua carreira ou área, podem acabar se
contaminando pela falta de uso de
proteção, como luvas e óculos, ou mesmo
por práticas indevidas de esterilização ou de
descarte inadequado de materiais.
A biossegurança é importante para assegurar
que riscos aos organismos vivos relacionados a
diversas atividades humanas, como as de
pesquisa, industriais, hospitalares, laboratoriais e
etc...sejam evitados ou minimizados. Esses riscos
podem surgir, por exemplo, em atividades de
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico
ou prestação de serviços.
Importância da
biossegurança Vale destacar que o risco representa a
probabilidade de ocorrência de danos ou efeitos
adversos e, embora mínimo, o risco jamais será
igual a zero. Quando são aplicados os princípios da
biossegurança, porém, pode- se dizer que tais
atividades são seguras ao homem, aos animais e
ao meio ambiente.
• A relação entre a biossegurança e a segurança do
trabalho é imensa, visto que alguns ofícios, como
o de um profissional de saúde, estão
Qual a relação diretamente ligados a práticas e ações que
proporcionem uma melhor proteção no dia a dia,
entre a não apenas nesses locais, mas inclusive para a
biossegurança e população como um todo.
a segurança do • Um dos exemplos mais clássicos é o uso dos
equipamentos de proteção individual (EPI),
trabalho? que precisam estar de acordo com as atividades
e riscos de cada trabalhador.
• Como o nome já sugere, eles servem para
proteger individualmente cada usuário, bem
como para a contenção dos mais variados riscos
existentes que possam ameaçar a segurança.
• Em um ambiente laboral voltado a área de saúde, os colaboradores e
usuários estão, diariamente, expostos a diversos riscos, que inclui, entre
eles:
• Infecções hospitalares (Microorganismos resistentes ao arsenal
farmacológico);
• Cateteres urinários de demora, feridas cirúrgicas, infecções de vias
respiratórias superiores, correntes sanguíneas e infecções das vias
respiratórias inferiores (pneumonia por exemplo) ;
• Vias de infecção e contágio através do seio da face, pulmão ou trato
urinário;
• Infecções de origem em ferida cirúrgica, falha na técnica asséptica, troca
de curativo, lesões teciduais
• A segurança no local de trabalho tem como princípio, a garantia de não correr
e nem oferecer riscos. Esse conceito deve ser assegurado pela instituição,
buscando sempre atingir um nível satisfatório para seus clientes e
colaboradores. A instituição deve oferecer uma base firme para a segurança de
seus colaboradores.
• É uma responsabilidade conjunta, onde procedimentos, hábitos e rotinas, são
cuidadosamente avaliados, com o objetivo de que cada colaborador esteja
consciente dos riscos existentes em seu ambiente laboral.
• Tratando-se de edificações de saúde, onde os riscos se multiplicam, a
instituição deve contar com uma infra-estrutura adequada. Entre as diretrizes,
deve contar com rede de esgotos, redes de água, ductos de ventilação,
materiais de isolamento, aterramento de fios e tomadas conforme
especificação da engenharia civil e clínica. Essas instituições devem atender à
vigilância sanitária, assim como a portaria nº 1884/94 do Ministério da Saúde
• Pesar de serem palavras
coesas, seu significado se
difere.
• Risco: Probabilidade da
ocorrência de um evento
perigoso, que pode
causar danos e/ou morte.
Exemplo: contaminação
por corte.
• Perigo: Fonte geradora do
risco. Exemplo:
Equipamento perfuro-
cortante.
Quais são os riscos e como fazer a prevenção
ideal?
• Antes de tudo, para entender a real importância da biossegurança é
preciso perceber melhor quais são os riscos que os profissionais, os
pacientes e o próprio meio ambiente estão sujeitos em função das
atividades desempenhadas, especialmente em instituições de saúde.
Conforme a NR 32 (Segurança e Saúde do Trabalho nos Serviços de
Saúde), os critérios básicos de precaução visam a proteção
de profissionais de saúde e outros atuantes em hospitais, clínicas,
laboratórios e ambulatórios, em seu local de trabalho.
Quais são os riscos e como fazer a prevenção
ideal?
• Além disso, a norma define como atividades de risco as que são capazes de
ocasionar dano, doença ou morte. Basicamente, esse perigo se resume à
transmissão de agentes infecciosos, especialmente os transmitidos por
líquidos corporais e sangue, podendo causar contaminação de pessoas e a
disseminação de doenças. No entanto, os riscos envolvidos em tais atividades
são muito complexos. Por isso, eles são classificados segundo alguns critérios:
• ameaça ambiental: aqui são considerados os agentes químicos, físicos e
biológicos presentes nos serviços de saúde, podendo causar danos ao meio
ambiente;
• risco à saúde: é dado pela probabilidade de ocorrer algum efeito nocivo à
saúde dos profissionais e pacientes, em virtude da exposição a certos
agentes.
• Os manuais de Biossegurança surgem a partir
de 1984 como códigos norteadores de
condutas e práticas que possibilitem o
controle e a minimização do risco.
• O símbolo do Biorrisco, atualmente de
domínio público, foi criado no início da
década de 1980, com o objetivo de
identificar e alertar sobre a presença do risco
de origem biológica.
• Ele foi apresentado pela primeira vez na capa
da primeira edição do Manual de
Biossegurança do CDC) e representa as três
objetivas de um microscópio quando olhadas
em perspectiva, alertando o pesquisador
para a origem invisível e microscópica do
risco biológico.
•Grande rotatividade de pessoas;
Motivos que •Variabilidade de atividades desen
levaram à volvidas (diversos tipos de
aplicação trabalho);
dos conceitos e •Manipulação de produtos
normas de químicos variados;
biossegurança: •Micro-organismos e parasitas
diversos.
• Nesse contexto, a análise de riscos
é um aspecto fundamental da
biossegurança, de forma que
apenas depois de se analisar os
riscos que a prática clínica de um
estabelecimento pode oferecer será
possível pensar nas medidas de
biossegurança que devem ser
adotadas.
• Os tipos de risco se dividem em
biológicos, mecânico, químicos,
físicos, acidentais e ergonômicos.
• Em uma clínica de estética, os riscos biológicos dizem respeito a
microrganismos como bactérias, leveduras, fungos e parasitas, os quais
podem ser transmitidos pelos materiais usados pelos profissionais,
como alicates, espátulas, entre outros.
• Os riscos químicos e bioquímicos desse tipo de estabelecimento
ocorrem ao manusear produtos químicos que podem ser prejudiciais à
saúde, ao passo que riscos físicos acidentais envolvem o manuseio de
equipamentos e máquinas, bem como questões relacionadas à
infraestrutura do local, onde o profissional pode estar exposto a
temperaturas excessivas, à radiação, à eletricidade, etc.
• Por fim, os riscos ergonômicos dizem respeito ao esforço físico, à
postura inadequada, entre outros
• A partir da identificação dos riscos apresentados no local de
trabalho, pode-se analisar as medidas de biossegurança
cabíveis.
• Entre essas medidas, os equipamentos de segurança agem
como barreiras primárias de contenção de microrganismos,
promovendo uma barreira entre o profissional e o paciente,
visando à proteção de ambos.
• Esses equipamentos são classificados como equipamentos de
proteção individual (EPI) e coletiva (EPC)
• No geral, as medidas de
biossegurança envolvem dois
pontos — os equipamentos de
proteção individual (EPI) e os
equipamentos de proteção coletiva
(EPC).
• Esses riscos dependem da hierarquização e complexidade dos hospitais,
do tipo de atendimento realizado e do ambiente de trabalho do
profissional, uma vez que estão mais suscetíveis a contrair doenças
advindas de acidentes de trabalho, por meio de procedimentos que
apresentam riscos.
• Os ricos biológicos são decorrentes da exposição a agentes dos reinos
animal e vegetal e de microrganismo e de seus subprodutos. Entre os
agentes de risco biológicos podemos citar como mais importantes:
bactérias, fungos, vírus, protozoários e metazoários.
• Tais agentes podem estar veiculados sob diversas formas que oferecem
risco biológico, como aerossóis, poeiras, alimentos, instrumentos de
laboratório, água, cultura, amostras biológicas (sangue, urina, escarro,
secreções), entre outros.
• O risco biológico é um dos principais entre os profissionais de
saúde. Ele aumentou principalmente após o aparecimento da
AIDS e do crescimento do número de pessoas infectadas
pelos vírus da hepatite B e C. Mas todas as medidas possíveis
devem ser consideradas para que os acidentes se torne uma
exceção.
• As equipes do laboratório clínico e de apoio devem receber
treinamentos constantes e apropriados sobre os riscos
potenciais associados aos trabalhos desenvolvidos, inclusive
os profissionais de condutas inadequadas para que se
conscientizem.
• A preocupação com a biossegurança cresceu com a circulação, cada vez mais
intensa, de pessoas e mercadorias em todo o mundo. A possibilidade do uso
de vírus e bactérias em atentados terroristas também trouxe apreensão aos
laboratórios e à entrada de substâncias contaminadas em um país. Na
opinião de especialistas que discutem a biossegurança, o grande problema
não está nas tecnologias disponíveis para eliminar ou minimizar os riscos e,
sim, no comportamento dos profissionais.
• Como afirma a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Ana
Beatriz Moraes, não basta ter bons equipamentos. "De nada adianta usar
luvas de boa qualidade e atender ao telefone ou abrir a porta usando as
mesmas luvas, pois outras pessoas tocarão nesses objetos sem proteção
alguma", explica. Para ela, é fundamental que todos os trabalhadores
envolvidos em atividades que representem algum tipo de ameaça química
ou biológica estejam preparados e dispostos a enxergar e apontar os
problemas.
• O consultor de biossegurança da Organização Mundial de Saúde (OMS),
Jonathan Richmond, lembra que a maior responsabilidade sobre o
controle de agentes perigosos é do profissional, que entende o risco e
conhece os mecanismos de controle. "Nenhum microbiologista quer levar
um agente perigoso para sua casa ou espalhá-lo pela rua, justifica.
Mesmo assim, os erros podem aparecer."
• Os profissionais de laboratórios clínicos, além de estarem expostos aos
riscos ocupacionais: ergonômicos, físicos e químicos, trabalham com
agentes infecciosos e com materiais potencialmente contaminados, que
são os riscos biológicos. Esses profissionais devem ser conscientizados
sobre os riscos potenciais, e treinados a estarem aptos para exercerem as
técnicas e práticas necessárias para o manuseio seguro dos materiais e
fluidos biológicos
Quais são as classes de riscos?

• Além disso, o Ministério da Saúde ainda classifica os riscos


segundo outros critérios importantes, como os de patogenicidade,
o modo de transmissão, a virulência, a endemicidade, a
recombinação gênica, as consequências epidemiológicas, a
profilaxia e o tratamento, entre alguns outros.
• Dessa maneira, existem cinco classes de risco de acordo com o
tipo de agente local e ação sobre o parasita. Por exemplo,
numeradas conforme as exigências de biossegurança cabíveis se
tornam mais complexas.
Têm-se como principais medidas
de biossegurança, as seguintes:
• A lavagem das mãos, a qual é considerada atitude
básica das precauções-padrão;
• Uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI’S),
como: capotes, gorro, máscara, sapato fechado, entre
outros;
• Uso de técnicas assépticas e as barreiras físicas,
designadas também como isolamentos de contato e
respiratório
Boas práticas em
biossegurança

• Conjunto de
procedimento que
visam reduzir a
exposição do
profissional a riscos
no ambiente de
trabalho.
• Uso do “bom senso”
Boas práticas em biossegurança
• atenção na realização das atividades:
• estar atento e não fazer uso de drogas que afetem o raciocínio,
autocontrole e comportamento;
• separação e limpeza das áreas de trabalho;
• manuseio adequado de equipamentos, substâncias químicas,
materiais biológicos e radioativos;
• eliminação de vetores;
• uso adequado de equipamentos de proteção etc.
Boas práticas em biossegurança
• Deve ser feita com frequência durante o trabalho.
• Antes e após a realização de tarefas e contato com produtos
químicos, radioativos ou biológicos.
• Após retirada de luvas.
• Antes de comer ou beber.
• Proibição do uso do jaleco “na rua” - Lei Estadual nº 14.466
(09/06/2011)
Boas práticas em biossegurança
• Os cabelos devem estar sempre presos durante o trabalho, de
preferência em forma de coque.
• Usar pouca ou nenhuma maquiagem.
• Uniformes: calça comprida e sapato fechado
Além dos EPI e EPC é importante destacar a importância da higienização
das mãos.

O uso de luvas não substitui a


necessidade da
LAVAGEM DAS
MÃOS, porque elas podem ter
pequenos orifícios inaparentes ou
danificar-se
durante o uso, podendo
contaminar as mãos quando
removidas...
Além do EPI e higienização das mãos, não
podemos esquecer....
Qual é a real importância da biossegurança e
seus efeitos?
• A importância da biossegurança engloba diversos aspectos distintos e
não se dá apenas pelo alto risco a que os mais variados profissionais
podem ser expostos.
• Como também pelos seus inúmeros impactos possíveis no meio
ambiente e na sociedade como um todo. Do ponto de vista da saúde do
trabalho, os acidentes mais comuns envolvem ferimentos com
agulhas ou bisturis.
• Quando isso acontece, pode haver contato com sangue contaminado,
principalmente entre os profissionais de enfermagem. Entretanto, a
ausência de procedimentos de biossegurança poderia levar os riscos
para fora do âmbito hospitalar. Como epidemias, contaminação do solo
e da água e disseminação de doenças raras ou erradicadas, atingindo o
restante da população
• Diante dessa importância da biossegurança, podemos resumir os
principais efeitos da sua aplicação com alguns exemplos:
• prevenção e proteção da saúde dos trabalhadores de clínicas, hospitais,
laboratórios e outros serviços de saúde;
• redução dos riscos nas áreas de desenvolvimento tecnológico e pesquisa
científica;
• minimização dos riscos na prestação de serviços, evitando a
contaminação de pacientes e dos casos de infecção hospitalar;
• preservação do meio ambiente, no sentido de erradicar a contaminação
por agentes químicos, por exemplo;
• defesa à saúde dos animais, evitando a contaminação de hospedeiros e
criação de novas vias epidêmicas;
• proteção a saúde da população em geral, prevenindo problemas sociais
futuros.
Simbologia e
sinalização de
segurança
• NR 26 (Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 DOU -
06/07/78)
Sinalização de Segurança
• Formas e cores dos símbolos são definidas em função dos seus
objetivos específicos.
• Função das cores:
• Previnem acidentes; identificam os equipamentos de segurança; delimitam
áreas; identificam tubulações de líquidos e gases advertindo contra riscos;
identificam e advertem acerca dos riscos existentes.
Sinalização de aviso
• Cor amarela indica situações de
atenção, precaução ou verificação.
• Utilizadas em instalações, acessos,
aparelhos e procedimentos.
• Têm forma triangular, o contorno e
o pictograma preto e o fundo
amarelo.
Sinais para equipamentos de combate a
incêndio
• A cor vermelha indica
equipamentos e aparelhos
de proteção e combate a
incêndio, além das rotas de
fuga e da saída de
emergência.
• Têm forma retangular,
pictograma branco e fundo
vermelho.
Sinais de emergência
• A cor verde identifica
dispositivos de segurança;
• São utilizados em
instalações, acessos e
equipamentos;
• Têm forma retangular, com
pictograma branco sobre
fundo verde.
Sinais de obrigação
• A cor azul indica equipamentos
fora de uso
• Indicam comportamento ou
ações específicas e obrigação de
utilizar equipamentos de
proteção individual
• Utilizados em acessos,
aparelhos, instruções e
procedimentos
• Têm forma circular, fundo azul e
pictograma branco
Sinais de proibição
• Indicam atitudes perigosas
• Utilizados em instalações,
acessos, aparelhos,
procedimentos e instruções
• Têm forma circular, margem
e faixa vermelhas,
pictograma negro sobre
fundo branco
Símbolos de identificação de
classes de produtos químicos
Rotulagem

• Ocorrem através de textos e símbolos de


avisos.
• São precauções essenciais de segurança.
• Deve conter o máximo de informações para
que o produto seja tratado com segurança.
• Embalagens sem rótulos não devem ser
utilizadas.
Interatividade
Em relação a Biossegurança no Brasil podemos afirmar que:
a)A primeira vez que foi discutida no Brasil foi na década de 70.
b)A Simbologia do risco infectante não se aplica em nosso País.
c)A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio tem as suas
competencias no âmbito do Ministério do Trabalho.
d)O avanço na pesquisa genética desencadeou a necessidade de discussão
sobre biossegurança.
e)No Brasil nunca houve preocupação com a biossegurança direcionada
para a
tecnologia do DNA recombinante.
A alternativa correta: “d”.
Interatividade
De acordo com a NR 26, as cores na sinalização, tem como funções:
a)A prevenção de acidentes.
b)A identificação dos equipamentos de segurança.
c)A identificação e advertência acerca dos riscos existentes.
d)A identificação de tubulações de líquidos e gases advertindo contra
riscos.
e)Todas as alternativas anteriores estão corretas.

Alternativa correta: “e”.


Interatividade
Leia as afirmativas abaixo e assinale a alternativa falsa relacionada a lavagem
das mãos:
a)A higiene das mãos deverá ser realizada após a higiene pessoal (assoar o
nariz e usar sanitários).
b)Antes e após do preparo de medicação deve-se higienizar as mãos.
c)O uso das luvas dispensa a lavagem das mãos antes e após a realização de
procedimentos.
d)Após contato a área próxima ao paciente deve-se lavar as mãos.
e)A lavagem das mãos deve ser feita antes e após a realização de cuidados ou
exames em cada paciente.
A alternativa falsa é a “c”.
o uso das luvas dispensa a lavagem das mãos antes
e após a realização de procedimentos.
• Enfim, podemos ver que a importância da biossegurança é refletida na
variedade e complexidade de suas normas. Que devem ser
implementadas e fiscalizadas pelas instituições e seguidas pelos
profissionais, garantindo a proteção de todos os envolvidos.
• Portanto, é notável que a biossegurança deve compor as práticas
educativas, sobretudo nos cursos de pós-graduação na área da saúde.
Uma vez que esses profissionais estão entre os que mais podem ser
expostos a riscos e a locais com potencial de causar danos às pessoas ou
ao meio ambiente

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