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Índice

Introdução....................................................................................................................................2
Objectivos;...................................................................................................................................2
Código de Ética............................................................................................................................3
Código de ética Empresarial.........................................................................................................7
Código de ética profissional do contador.....................................................................................8
Ética Profissional do Contabilista..............................................................................................10
A influência do Código de Ética................................................................................................12
Valores ético-morais nas organizações.......................................................................................13
Limites da ética..........................................................................................................................15
Códigos de Conduta...................................................................................................................17
Código de Ética V.S Código de Conduta...................................................................................21
Conclusão...................................................................................................................................23
Referencia Bibliográfica............................................................................................................24

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Introdução

Os seguintes trabalho apresenta, Códigos de conduta: exigências e recomendações;


Esquecemo-nos muitas vezes que um dos objectivos dos códigos de conduta é auto-
regular a própria actividade, antes que a legislação laboral o faça por nós. Mais:
devemos partir do convencimento de que os usos corruptos acabam por viciar a vida de
qualquer organização: a corrupção é que corrompe, não o dinheiro ou o poder.

Valor e limites dos códigos; A temática dos códigos de ética deve servir para mostrar
que a ética não é a fria aplicação de normas.

A ciência ética não se deve fixar nas “muletas”, deve centrar-se antes no dever ser
próprio da pessoa livre e consciente.

Mais do que as “determinações”, o essencial da ética é a “autodeterminação”.

Objectivos;

Geral:

 Compreender os Códigos de Ética e de Conduta

Específicos:

 Analisar os limites Éticos;


 Compreender os valores morais;
 Avaliar as diferenças entre Código de Ética e de Conduta.

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Código de Ética

Se não aprendemos ética na família; se não aprendemos ética na escola; se não


aprendemos ética com os amigos; se não aprendemos ética no trabalho, como sabemos
ética? Na verdade há uma confusão profunda entre os conceitos de ética que tratam do
bem e mal universal com os conceitos de moral e conduta que tratam do certo e errado
particular. Como ética não está na agenda do dia de todos nós, pouco discutimos e por
isso pouco sabemos.

Se você fizer uma busca no Google sobre ética, deverá aparecer mais de 46 milhões
de respostas. A grande maioria extremamente equivocada do ponto de vista filosófico (o
correto). Existem até institutos que se mostram como guardiões da ética postulando
conceitos errados, impróprios e completamente equivocados. Como a sociedade não
cultiva esse assunto como deveria, todos se julgam aptos a proferir besteiras e mais
besteiras.

Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do


profissional e representam imperativos de sua conduta.

Ética é uma palavra de origem grega (éthos), que significa “propriedade do carácter”.

Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o
próximo. Ser ético é cumprir os valores estabelecidos pela sociedade em que se vive.

O indivíduo que tem ética profissional cumpre com todas as actividades de sua
profissão, seguindo os princípios determinados pela sociedade e pelo seu grupo de
trabalho.

Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente,
graças a diferentes áreas de actuação.

No entanto, há elementos da ética profissional que são universais e por isso


aplicáveis a qualquer actividade profissional, como a honestidade, responsabilidade,
competência e etc.

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Código de ética é um acordo que estabelece os direitos e deveres de uma empresa,
instituição, categoria profissional, ONG e etc., a partir da sua missão, cultura e
posicionamento social, e que deve ser seguido pelos funcionários no exercício de suas
funções profissionais.

Este é um documento que dita e regula as normas que gerem o funcionamento de


determinada empresa ou organização, e o comportamento dos seus funcionários e
membros.

Além das empresas (públicas ou privadas), um código de ética também pode ser
desenvolvido por instituições, organizações não-governamentais, categorias
profissionais, partidos políticos e demais grupos que desejam orientar e explicitar a sua
postura social.

Desde os primórdios da existência humana, a ética está presente na sociedade, nos


mais distintos grupos sociais. A cultura exerce grandes influências sobre a ética, e a
própria sociedade institui leis para que de melhor forma, esta seja seguida.

No âmbito profissional, pode-se afirmar que as leis auxiliam os profissionais nas


decisões, pois limitam os profissionais há seus direitos e obrigações. Agir fora da lei,
além de corromper a sua moralidade, também atinge sua própria ética profissional e
social. Todos os indivíduos da sociedade tem obrigação de cumprir essas leis, porém a
grande maioria ou nem todos possuem ética suficiente para segui-las.

Desta forma, fica evidente que há uma grande inconsistência do indivíduo perante a
sua própria ética, ao não seguir a mesma. As pessoas precisam ser éticas perante a
sociedade – dentro da profissão e fora, pois estes são valores do indivíduo, e não
somente do profissional.

Conforme Nas (2001, p.114) cita, devemos nos questionar perante nossos actos, para
ter a devida certeza de que determinado ata é ético:

“Isso é certo? Isso é justo? Estou prejudicando alguém? Eu poderia divulgar isso para
o público ou para alguém respeitado? Eu diria a meu filho para fazer isso? Isso passa
pelo teste do ‘mau cheiro?’”.

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Com as respostas à estes questionamentos, podemos definir se realmente
determinados actos ou determinadas atitudes são de cunho ético perante a sociedade.

Porém, não se acredita que as pessoas são completamente éticas durante todo o
tempo. Mas deve-se procurar ser o máximo eticamente correto, que conseguir, o
máximo possível.

Desta forma ainda, pode-se afirmar que os profissionais de qualquer área, seja
contábil ou não, possuem virtudes básicas. Estas virtudes são definidas como sendo as
qualidades que a sociedade exige do profissional. Nisto, entram princípios da ética e da
moral. Uma virtude profissional muito importante a qual se deve seguir é a virtude
profissional de competência, onde predomina conceitos e atitudes relacionados ao zelo,
a honestidade, o sigilo, e por fim a competência.

As virtudes partem de condutas corretas, onde a subordinação à actos corruptos são


inexistentes. Porém, como todos sabem, há indivíduos que pouco se importam com
estas virtudes e os valores éticos, e acabam por colaborar com actos corruptos para a
obtenção de benefícios próprios.

A ética diz respeito ao código de princípios e valores morais que norteiam o


comportamento de uma pessoa ou mesmo de um grupo.

Há várias pessoas que não se importam com a ética, apenas se preocupam com si
mesmas e em uma forma de conquistar algo, e neste processo muitos passam por cima
de uma boa conduta. O simples fato de sonegar um imposto é visto como um ato
antiético pela sociedade actual, mas passa como se não fosse, pois afinal tem-se a ideia
de que se tal entidade faz isso, não tem problema se fizermos também – este processo
pode ser definido como a naturalização de princípios antiéticos.

Muitas vezes somos tentados a decidir entre duas situações, onde geralmente uma
nos favorece menos, porém é correto, e outras podem nos beneficiar de alguma forma,
seja socialmente, financeiramente, mas não é o correto, e é nesses momentos em que
somos tentados a agir de forma antiética.

Portanto, a ética define padrões sobre o que julgamos ser certo ou errado, bom ou
mau, justo ou injusto, legal ou ilegal na conduta humana e na tomada de decisões em
todas as etapas e relacionamentos da nossa vida. A ética procura prezar aos princípios
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individuais de cada pessoa, na qual cada grupo tem seus próprios valores, crenças e
culturas. No entanto, ela compõe uma maneira dos quais esses grupos e indivíduos
demonstram suas próprias acções.

Uma das principais razões pela qual os seres humanos se envolvem em


comportamentos antiéticos é a sua natureza essencialmente competitiva e a busca
predominante pela vantagem sobre algo ou alguém.

De acordo com Leite (2014, p.09) A ética não é apenas uma teorização do agir, da
moral, ela é uma prática que está vinculada directamente à acção humana na sociedade.
Logo, ela evidenciada em contextos diferentes na sociedade, como por exemplo, no
político, no social, no económico e no educacional. Assim contribui de uma forma
abrangente no que se requer a uma perspectiva colectiva e não puramente individual.

Visto que, qualquer sociedade não pode abster-se de um conjunto de normas e regras
que normalize entre o convívio e induza ao respeito entre seus participantes. A real
existência de uma regra, qualquer e independente de sua natureza da competência de
quem tenha a elaborado, não garantem por si só que todos os objectivos sejam
alcançados de forma esperada. Portanto para quem desobedecer a estas regras que foram
direccionadas a serem seguidas correctamente, passa-se o individuo por uma penalidade
pelo não cumprimento desta regra, em algumas sociedades essas penalidades variam de
exposição pública, espancamento, prisão, e até mesmo a morte.

Evidenciando que toda a sociedade tem suas próprias regras estipuladas a serem
seguidas, e que a partir delas são criadas as punições, que podem coibir a transgressão
dos valores éticos, no entanto não significa sua extinção, nem mesmo representa o
melhor caminho a ser tomado.

Dessa forma, para que haja a protecção dos valores éticos, a sociedade tem que tomar
as decisões em conjunto e jamais uma imposição de cima, ou seja, para preservar os
valores éticos é necessário que a sociedade deseje, seja educada para tal, que aceite e
principalmente pratique durante toda a sua vida.

No meio profissional, pode-se perceber que o profissional contador tem uma série de
chances e riscos como qualquer outro indivíduo dentro da sociedade exercendo sua
atividade.

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Cada organização, conselho, e afins tem suas regras éticas estabelecidas, porém
várias pessoas ambiciosas quebram essas regras a fim de obterem benefícios pessoais de
maneira desonesta.

Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado a assuntos morais, é uma palavra
de origem grega (éthos) que significa propriedade do carácter. Ser uma pessoa ética é
buscar agir sempre dentro dos padrões convencionais são não prejudicar o próximo e
sempre proceder de maneira correta, e cumprir os valores que a sociedade estabelece.

Ética Profissional, ou moral profissional podem ser denominadas também como


deontologia que compreende o estudo dos conceitos básicos do direito e do dever. Ter
ética profissional significa o indivíduo cumprir com todas as actividades de sua
profissão, seguindo os princípios verificados pela sociedade e pelo grupo de trabalho.

O código de ética pode ser entendido como uma semelhança dos métodos de
comportamento que se espera que sejam observados no decorrer da profissão. Ele visa o
bem estar da sociedade, de forma a garantir a sinceridade dos membros tanto de fora
quanto de dentro da instituição.

Os princípios éticos existem naturalmente, por consenso da comunidade, podendo se


apresentar também de forma escrita. Os códigos de ética muitas vezes não conseguem
revolver todos os problemas que aparecem no decorrer do exercício da profissão, por
isso, deve ser complementado com a opinião de órgãos competentes ou por associações
profissionais.

Código de ética Empresarial

O principal objectivo do código de ética profissional é ajudar a encorajar o sentido de


justiça e decência nos membros do grupo da organização.

Para se ter um código de ética efectivo dentro da empresa é necessário que este
comece de cima, ou seja, que os administradores da empresa o sigam, e os preceitos
deste devem buscar atingir a todos os membros da empresa, ou do grupo organizado.

Ele pode variar conforme de empresa para empresa, pois cada um tem uma visão dos
vários códigos de éticas existentes. Um exemplo do que pode-se constar dentro de um
código de ética é: dividir tudo, ser justo, não magoar as pessoas, limpar suas próprias

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lixeiras, não pegar o que é seu, levar uma vida balanceada, etc. Porém estes podem ser
ainda mais sucintos sendo: seja honesto, seja responsável, seja eficiente, seja digno, seja
bom, etc.

O código de ética deve conter normas que abordem no mínimo quatro áreas:
competência, sigilo, integridade e objectividade.

Código de ética profissional do contador

O código de ética permite que a profissão de contados declare seu propósito de:
cumprir as regras da sociedade, servir com lealdade e diligência, respeitar a si mesma.
Seu objectivo é habilitar o contador a adoptar uma atitude profissional de acordo com os
princípios éticos conhecidos e aceitos pela sociedade. Os princípios aplicáveis a
profissão do contador são:

Responsabilidade, perante a sociedade, actuar com qualidade adoptando critério


livre;

Lealdade, perante o contratante de seus serviços, guardando sigilo profissional;

Responsabilidade para com os deveres da profissão;

Preservação da imagem profissional.

O contador deve sempre buscar e manter um comportamento social que seja


adequado para a sociedade o contador deve sempre defender os valores éticos aplicáveis
a sua profissão, sendo que estes são essenciais para o sucesso da sua profissão.

Um código de ética é uma junção de princípios que relaciona as principais práticas


dos comportamentos permitidos e proibidos no exercício da profissão.

Para que seja implementado a administração ética faz-se necessário a distinção de


dois conceitos básicos, sendo eles:

Questão ética: que se relaciona com a formulação dos problemas;

Dilema ético: que lida com as soluções para os problemas.

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As causas mais visíveis nas organizações devidos os problemas com os dilemas
éticos, são que existem falta de directrizes claras e a falta de comunicação.

Para que esses problemas deixem de existir as empresas estão buscam dar
treinamentos a seus funcionários, adquirindo instrumentos que conscientização
profissional.

O contador desempenha função relevante na análise e aperfeiçoamento da ética na


profissão contábil, pois sempre está às voltas com dilemas éticos. Um exemplo de
dilema ético do profissional contábil é daquele auditor que foi convocado para auditar
as contas de um cliente-parente, esse auditor deveria expor o problema aos superiores,
em razão de tal procedimento não aceitar vinculação de parent4esco entre profissional e
o cliente.

No caso do contador que é solicitado a assinar as demonstrações contábeis com


omissões de descosture, ele não só deve abster-se de assinar referidas demonstrações
como também deve propor soluções alternativas que salvaguardem os interesses da
empresa, desde que não contrarie os deveres éticos. O importante a enfatizar é que os
princípios éticos não são mera figura retórica, são preceitos que a sociedade acolhe com
verdadeiros e a eles legítima.

Entre os deverem dos contadores para com a sociedade figura o alto padrão de
conduta ética.

Competência;

Sigilo;

Integridade;

Objectividade;

- Lealdade com a empresa;

- Formação de uma consciência profissional;

- Execução do trabalho no mais alto nível de rendimento;

- Respeito à dignidade da pessoa humana;

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- Segredo profissional;

- Discrição no exercício da profissão;

- Prestação de contas ao chefe hierárquico;

- Observação das normas administrativas da empresa;

- Tratamento cortês e respeitoso a superiores, colegas e subordinados hierárquicos;

- Apoio a esforços para aperfeiçoamento da profissão;

Ética Profissional do Contabilista

Um código de ética é muito mais que uma simples reunião de direitos, deveres,
limitações e punições. É o verdadeiro norteador, que deve reger toda a conduta dos
elementos envolvidos por ele.

Na execução da profissão contábil, uma conduta não ética de um contabilista, pode


em um primeiro momento agradar a quem se beneficia directamente desta conduta.
Porém, a médio e longo prazo, este fato apenas contribui para denegrir não somente o
profissional que o praticou, mas à comunidade contábil como um todo.

O profissional contábil vem ganhando grande destaque nos últimos anos seja por sua
grande importância para a sociedade ou por seu trabalho de extrema importância para
todas as esferas do fisco. Porém alguns profissionais da categoria, os quais não a
desempenham de forma ética, estão denegrindo a imagem desta categoria. Estes
profissionais antiéticos fazem com que toda a categoria seja prejudicada, tendo em vista
que os mesmos praticam actos ilícitos, como adulteração de documentos, balanços com
dados incorrectos, sonegação fiscal, suborno e propinas, entre outros.

O código de ética é uma ferramenta que busca a realização da visão, missão e valores
da empresa. É a declaração formal de suas expectativas que serve para orientar as
acções de seus colaboradores e explicitar a postura da empresa diante dos diferentes
públicos com as quais interage.

Cada empresa deve saber o que precisa fazer ou o que espera de cada um dos seus
funcionários para atingir sua forma de actuar no mercado. Por esta razão o código de

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ética deve ser concebido pela própria empresa de modo a expressar sua cultura, já que
cada pessoa e empresa têm suas próprias características.

Além disso, é necessário que o código e ética desenvolvam um conteúdo de clareza e


objectividade, facilitando a compreensão de todos. Porém, deve ter consistência no que
está descriminado no código de ética e o que se vive na organização. O código de ética é
um documento que serve de parâmetro para diversos comportamentos, tornando claras
as responsabilidades de cada indivíduo. Podendo estes sofrer acções disciplinares caso
haja violação dos artigos.

No código de ética são abordados tópicos como respeito às leis do país, conflitos de
interesse, protecção do património da instituição, transparência nas comunicações
internas e com os. Além disso, o código de ética faz referência à participação da
empresa na comunidade, dando directriz sobre as relações com sindicatos, governo e
outros órgãos públicos.

O código de ética em uma empresa torna-se vantajoso para os públicos com as quais
interage, pois fortalece a imagem da organização, agregando valor a ela. Já que a ética
passou a ser um factor de competitividade.

Com a sua adoçam o código de ética proporciona um aumento na integração entre os


funcionários da empresa, de modo que as pessoas se sintam seguras ao adoptarem
formas éticas de se conduzir; servem de parâmetro para a solução de problemas, como
também de alicerce para a empresa no desvio de conduta de seus colaboradores,
accionistas, fornecedores ou outros. Atraindo pessoas que se conduzem dentro de
elevados padrões éticos e agregando valor, que contribui para o fortalecimento da
imagem da organização.

Desafios do processo de implementação do código de ética

As empresas que buscam actuar a partir de uma Gestão Ética se deparam com um
grande e determinante desafio; a vulnerabilidade, este factor diz respeito às diversas
condutas praticada pelos indivíduos. É pensando nisso que os gestores procuram
investir na formação dos seus colaboradores, criando desafios para que cresçam e se
superem e assim conquistando o comprometimento deles para com a organização.
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A busca por atitudes éticas no ambiente empresarial levou os empresários a
perceberem na ética uma maneira de estarem mais competitivos. De modo a estimular o
envolvimento dos seus colaboradores e fortalecer seu vínculo empregadíssimo, no qual
implicará em produtividade, geração de lucros e o principal; motivação.

A influência do Código de Ética

De acordo com estudos pode ser entendido que ética é a parte prática do ato
filosófico. Um contexto descritivo do que é ética pode ser justificado através da
elaboração de códigos de ética, que estão directamente relacionados a empresas e
servirá à tomada de decisões de forma a obrigar os empresários a utilizarem o bom
senso sem ferir ao outro.

Considerando que os colaboradores passam mais tempo trabalhando, a maneira como


se comportam no ambiente de trabalho acabam por influenciá-los em seu quotidiano. De
modo que se cada pessoa se direcciona com respeito e atitudes virtuosas, a Sociedade
acaba por se tornar a maior beneficiária.

O cuidado com a conduta das pessoas é uma preocupação importante daquelas que
formarão profissionais; As Universidades, essas por sua vez, contribuem a partir de
práticas cidadãs manifestadas da ampliação e divulgação do conhecimento.
Possibilitando oportunidades à comunidade de conhecer valores desconhecidos e
consolidando o quão importante pode ser a participação das universidades na elaboração
dos códigos de ética, como também a implantação. Desta maneira direccionam aos
estudantes estudos sobre Ética e assim desenvolvendo uma consciência para conduta de
bons profissionais, pelo fato de que se eles participam dessa elaboração sentem-se
praticamente obrigados a cumprir as regras estabelecidas, principalmente por
entenderem como importante elas podem ser.

As transformações da conduta do Ser Humano nos últimos tempos têm obtido ênfase
por se tratar de pessoas que possuem uma cultura em que são facilmente influenciáveis
pelas mudanças sociais eminentes do processo de globalização.

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Valores ético-morais nas organizações

O envolvimento das pessoas nas organizações é impossível sem uma ética de


responsabilidade individual e colectiva, apoiada na moral e nos valores defendidos pelas
regras universais. As funções e os papéis das pessoas nas organizações tornam-se
efectivas quando todos se envolvem no seu conjunto, pondo de parte o individualismo,
os interesses pessoais e se adoptam comportamentos éticos em consonância com os
valores presentes nas realidades que as integram.

Os valores associados à ética exigem critérios de coerência, empenhamento,


comprometimento e verdade na e com a organização. Os valores são indispensáveis
para o desenvolvimento e a confiança entre todos os participantes da organização, cada
um sabe qual a sua posição e por isso havendo a obrigação de se comportar conforme as
funções e os papéis que possui na estrutura da organização (Rego, 2000). Quanto mais
altas as posições na hierarquia da organização, maior é a responsabilidade destas
pessoas, maior atenção devem prestar aos valores e aos comportamentos éticos, pois o
exemplo é mais forte do que as palavras por mais corretas que elas sejam têm pouco
efeito, quanto muito tornam-se inúteis.

Por conseguinte, a ética tem sempre forte ligação aos valores considerados como
exemplares no envolvimento globalizado da organização (Pinto, 2003). Neste sentido a
ética é cada vez mais pensada, quando o fenómeno organizacional é analisado, tendo
merecido uma crescente e especial atenção por escolas e autores que estudam estas
matérias. Neste entendimento os valores não são uma opção, são sim uma necessidade
sentida pelas pessoas, assim como também a ética. Podemos afirmar que ninguém pode
viver bem e feliz quando tanto os valores como a ética são postos em causa através de
qualquer método não aceite universalmente.

A ética tem como objectivo integrar de forma harmoniosa os recursos humanos,


técnicos e financeiros, de modo a optimizar os valores pessoais e sociais da e na
organização. De facto, a ética é a base de toda a actividade seja ela económica, política
ou social. A ética e a moral são um exercício nos negócios, os valores sustentam o
envolvimento das relações nas organizações onde as responsabilidades se distribuem em
função do lugar que ocupam. A conduta de um chefe, director ou responsável é muito
maior que aquela de um subordinado. É por isso que os critérios nas suas eleições ou
nomeações não devem por em causa a organização. Estudos sobre a ética (Moreira,
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1996a) revelam que por vezes os chefes são escolhidos por favores, amizades, interesses
particulares e menos competência científica ou humana. Ora isto não dignifica em nada
as pessoas nem as organizações.

Os defensores e preocupados com os valores, com a ética e a moral, adoptam atitudes


que se identificam com a dignidade humana, assumem a responsabilidade das suas
acções. Estes comportamentos respeitam os valores dos outros, aplicam o humanismo,
há um envolvimento em causas colectivas dando respostas aos apelos individuais nas
organizações mas também na comunidade. De facto, a ética e os valores, nas sociedades
atuais, exigem muito no seu seguimento, porém dão um conforto considerável, uma
tranquilidade, às pessoas que investem em pô-los em prática.

Destas considerações é fácil ficarmos com a percepção de que a ética é um factor


relacional, pois refere-se a pessoas que não são coisas, não são instrumentos da
organização, são seres humanos, e por isso devem ser tratadas como tal. Neste
entendimento, a prioridade deve ser colocada no SER e não no TER (Banks & Nohr,
2008, p.20). Sem dúvida, pelos aspectos que já abordamos, nos dias de hoje, estamos
mais preparados para TER e menos para o SER. Todos estamos de acordo que há uma
crise de ética de valores morais em muitas organizações, mas podemos perguntar o que
fazer para que isto não aconteça? Poderemos questionar-nos da nossa sensibilidade
sobre a realidade, encontraremos muitas razões, no entanto, e porque a nossa vida que é
comandada por valores, deve trabalhar em função de uma conduta aceite e reconhecida
universalmente.

Podemos concluir que todos os dias a ética nos convoca para o desafio dos valores
morais, as mudanças obrigam a adaptações, a uma necessidade que deve ser
preocupação de todas as pessoas, é um erro pensar que a ética é só para alguns. Os
valores devem dominar as nossas condutas éticas, não temos outra opção. As atitudes e
as normas de comportamento na vida de cada um devem assumir compromissos de
responsabilização. Por vezes parece haver um esquecimento destas condutas que devem
regular as nossas acções, ou então fazemos crer que são apenas exigíveis aos outros não
tendo nada a ver connosco.

Na realidade, a honestidade, a seriedade obriga-nos muito mais a SER. Este SER


existencial que é ser bom, ser correto consigo próprio e com os outros, opção por

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valores ético-morais e não antiéticos, mesmo que isso seja violento, mesmo que isso
traga algum cansaço, em termos psicológicos e sócias, tenha poucos que o
acompanhem, mas seguramente capaz de lutar por objectivos, e ideais superiores, que
do seu ponto de vista são os melhores, sempre o SER, menos o TER.

Limites da ética

A ética é um discurso filosófico sobre os comportamentos humanos e não humanos


(ética dos animais, da natureza e meio ambiente). É, portanto, um discurso universal,
não no sentido de ideias e abstracções metafísicas, mas no sentido de abrangência
concreta, cósmica.

Na verdade, a ética da totalidade é bem recente, mais ou menos a partir dos anos 50
ou 60 do século passado, com o exponencial avanço das ciências e notadamente das
ciências biológicas relacionadas ao ser humano, donde resultou o surgimento da bioética
como ramo fecundo das grandes éticas de todos os tempos. Na verdade, os maiores
tratados de ética, de Aristóteles a Hegel, são anteriores à ciência moderna.

O que proponho nesta apresentação é uma discussão sobre os limites do discurso


ético, seu alcance e sua validade.

Serão os princípios éticos definitivos, indiscutíveis, válidos universalmente e para


sempre?

Hoje os filósofos e bioética salientam que o discurso ético é temporal, limitado, feito
em diferentes épocas e, principalmente, feito pelo ser pensante intrinsecamente finito,
falível, mutante, como tudo o que acontece no tempo, no seio de uma sociedade
pluralista. Daí a pergunta crucial: será valido um discurso ético que tenha a marca do
tempo? Seria a temporalidade uma dimensão necessária da ética? Portanto, minha fala
versará sobre três pontos:

 A temporalidade do discurso ético;


 Relatividade e provisoriedade das éticas;
 Disto se deduz que, hoje, não existem princípios éticos absolutos, mas
algumas grandes referências, algumas pistas que apontam para um horizonte,
uma finalidade que devemos construir, dia a dia, ano a ano e décadas a fora.

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Isto é, não há caminhos feitos, mas há que construí-los, e nós, instruídos pela
história e milenar experiência humana, temos tudo pra chegar a um bom
resultado.

Isso quer dizer que a matéria caótica recebe uma maneira ordenada de existir
(forma). Por isso, há seres materiais que existem na forma humana, na forma vegetal,
animal etc. Os autores da Bíblia colocaram na região originária a força criadora de
Deus. Por seu lado, os cientistas tentam provar que no tempo primordial houve uma
tremenda explosão que resultou no universo actual.

No segmento do tempo histórico, estamos nós com nossos saberes, filosofia,


matemática, ciência, religião, história, ética. A característica comum a todos é que
nenhum saber é completo e acabado. São todos aproximativos; eles se aproximam um
pouco mais ou um pouco menos do seu objecto; nenhum, porém, fecha definitivamente
a explicação da coisa em estudo: física, química, biologia. Para a filosofia, nossas
ciências são uma “hermenêutica mundi”, uma interpretação possível e aceitável das
coisas que nos cercam. Portanto, as verdades filosóficas, éticas, científicas e teológicas
são verdades relativas ao que sabemos hoje; são verdades muito mais claras que no
passado, mas ainda encobertas pela obscuridade; no futuro, algumas serão ainda mais
claras e outras desaparecerão, substituídas por afirmações mais elucidativas. Isso
significa que tudo o que sabemos é relativo ao tempo; já sabemos muito, mas ainda
sabemos muito pouco e com muita imprecisão. O que sabemos com certeza é que o que
conhecemos hoje lá adiante mudará, com o auxílio de premissas, hipóteses e
descobertas mais poderosas. É assim que avançamos no tempo histórico: tacteando às
apalpadelas, porque misteriosa é a realidade do universo, do homem e da história.
Desvendar científica e filosoficamente é o ofício inesgotável do ser humano; se
soubéssemos tudo com exactidão, a vida seria um tédio, uma monotonia, uma perpétua
mesmice. A inteligência cresce com os desafios da complexidade. Descobrimos
continuamente ângulos diferentes do mundo. Enfim, quem dá sentido ao universo
somos nós; e o sentido muda conforme muda o ponto de enfoque. Podemos pensar o
universo como um poema, uma louvação ao criador, como música (Platão) ou como
massa desordenada. Nenhum desses ângulos inclui todos os outros e se pudéssemos
juntá-los todos nem assim saberíamos a totalidade de tudo quanto é. No segmento
teleológico do tempo, os saberes humanos fizeram algum progresso. Houve épocas nas
quais os cientistas entenderam que o universo acabaria numa implosão. Hipótese que os
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teólogos também defendiam, amparados nas descrições apocalípticas de algumas
passagens bíblicas. Em nossos dias muitos cientistas apoiam a tese oposta e admitem
que o universo está em expansão. Na Antiguidade, as filosofias platónica, neoplatónica
e estóica, por séculos, defenderam a tese do eterno retorno do universo; não haveria uma
catástrofe final, mas o fim do mundo seria um novo início como propôs Heráclito: “o
início e o fim são o mesmo”. Hoje estas teses perderam a importância. Na visão bíblica,
o tempo é linear e caminha para um fim sem retorno, o ser humano vive na esperança
de, após o processo temporal, viver feliz eternamente. Santo Agostinho sustenta que, no
tempo escatológico, “o homem viverá na posse total simultânea e perfeita da vida sem
fim”, isto é, na eternidade não há mais sucessão de momentos de vida, mas a totalidade
da vida sem passado, presente e futuro. Muitos teólogos de hoje discutem estes assuntos
de outra maneira graças às informações científicas.

Códigos de Conduta

Um código de conduta é um conjunto de regras para orientar e disciplinar a conduta


de um determinado grupo de pessoas de acordo com os seus princípios. É geralmente
utilizado por empresas, organizações, classes profissionais ou grupos sociais.

O presente Código de Conduta tem por objectivo estabelecer os princípios éticos e


normas de conduta que devem orientar as relações internas e externas dos integrantes.

O código de ética é uma ferramenta que busca a realização da visão, missão e valores
da empresa. É a declaração formal de suas expectativas que serve para orientar as
acções de seus colaboradores e explicitar a postura da empresa diante dos diferentes
públicos com as quais interage

No mundo corporativo, imagem, confiabilidade e reputação são os activos mais


importantes de que uma empresa dispõe. Sem eles, a permanência no mercado e as
chances de superar a concorrência despencam, tornando o negócio fadado à extinção.
Nesse contexto, é que o Código de Conduta assume especial importância.

Código de Conduta, por sua natureza, é o instrumento que objectiva aperfeiçoar


relacionamentos internos e externos da empresa, administrar conflitos de interesses e, de

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forma transparente, estabelecer os princípios éticos e as normas de conduta, sempre de
forma actualizada, com o fim de manter ou aumentar a confiança de todos aqueles com
quem se relaciona.

A simples existência do Código de Conduta, entretanto, não é suficiente para afastar


os problemas. É de fundamental importância que haja o conhecimento, por parte dos
destinatários, do seu conteúdo, principalmente os sócios, directores, conselheiros e
funcionários da empresa, sendo, inclusive, recomendado que as directrizes nelas
estatuídas integrem formalmente qualquer contrato de trabalho, parceria, consórcio e
outros eventualmente firmados pela sociedade, de com o objectivo de reafirmar as bases
éticas adoptadas por ela.

Código de Conduta previne o desgaste da imagem da empresa por atitudes


indesejadas de seus integrantes, de forma a pautar o comportamento de todos os
envolvidos sob o aspecto profissional mas que, necessariamente, se conjuga com o
comportamento pessoal de cada um.

A inobservância das normas estatuídas no Código de Conduta, ao mesmo tempo em


que desgasta a imagem da empresa, pode, até mesmo, dar ensejo à demissão por justa
causa do funcionário transgressor das directrizes. É o caso, por exemplo, do gerente de
banco que é reconhecido na comunidade como contumaz mau pagador, o que, por
óbvio, afecta a credibilidade do banco.

Esquecemos muitas vezes que um dos objectivos dos códigos de conduta é auto-
regular a própria actividade, antes que a legislação o faça por nós. O essencial tem a ver
com a auto-regulação que é inseparável não só da regulação, mas também da
heteroregulação.

Importa ainda acentuar a ideia de que devemos partir do convencimento que os usos
corruptos acabam por viciar a vida de qualquer realização, a corrupção é que corrompe,
não o dinheiro ou o poder. É evidente que o poder e o dinheiro podem condicionar, e
condicionam, mas, em última instância, a corrupção é que corrompe, não o dinheiro ou
o poder.

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O Código de Conduta deverá expor de forma objectiva tanto as regras gerais
adoptadas pela empresa como as questões específicas de procedimentos de investigação,
denúncia e punição de actos irregulares.

O código de conduta ética no trabalho é um documento que reúne todas as regras a


serem seguidas pelos membros de uma organização. É importante para estabelecer
padrões de comportamento e formas de agir, de acordo com a missão, os valores e os
objectivos da companhia.

Esse conjunto de normas se aplica a todos que fazem parte da empresa, desde os
níveis hierárquicos mais baixos até a alta direcção. Da mesma forma, também pode
servir como base para as relações com clientes, fornecedores, parceiros, órgãos
governamentais, fazendo parte da cultura organizacional.

Assim, serve como material para instrução e consulta para as acções das pessoas, de
modo a norteá-las em relação ao que é bem-aceito dentro da organização. Inclusive, ele
pode ser usado em litígios, como casos de disputas sobre propriedade intelectual ou
assédios morais e sexuais.

Por isso, é importante não só divulgar o código com frequência para os


colaboradores. Também é necessário apresentá-lo aos novos integrantes no momento da
contratação, para que conheçam a cultura e as regras a serem seguidas na organização
da qual vão fazer parte.

Quais as vantagens de adoptar um código na empresa

 Melhoria da imagem institucional

Quando uma empresa adopta um código de conduta ética no trabalho, ela demonstra
às pessoas o quanto se preocupa com a integridade. Dessa forma, transmite uma
imagem de transparência para todos os integrantes da sua rede de relacionamentos. Isso
é ainda mais importante em um momento em que as medias sociais são cada vez mais
usadas. Afinal, qualquer problema interno pode tomar proporções bem maiores, sendo
compartilhado por milhares de pessoas.

 Padronização dos relacionamentos

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Ora, dentro de uma organização, as pessoas costumam seguir o comportamento dos
seus superiores. E, assim, a cultura, qualquer que seja ela, vai sendo passada adiante,
independentemente de ser boa ou não. Um código é importante para instituir o
comportamento que é aceito pela corporação, definindo qual conduta é bem-vinda e
deve ser adoptada por todos.

 Diagnóstico de desvio de conduta

Além de normalizar a conduta, um código de ética permite acompanhar, analisar e


punir os desvios dentro da empresa. Ao aceitarem fazer parte dela, as pessoas devem ter
consciência de que também estão aceitando as regras estabelecidas. Portanto, o
documento serve como guia para determinar como o descumprimento das normas deve
ser combatido, inclusive, servindo de exemplo para os demais integrantes da
organização.

 Segurança institucional

Consequentemente, um código de conduta também é um instrumento para dar mais


segurança diante de situações de conflito. Isso porque, quando surgirem problemas, a
instituição e os colaboradores podem se basear no documento para se defenderem nas
mais diversas situações. É uma forma de garantir a imparcialidade e a transparência nas
decisões.

Existem alguns passos para serem seguidos que darão a segurança e a credibilidade
necessárias a essa ferramenta.

 Ter o código de conduta por escrito: nada de criar lendas urbanas no escritório!
Aquele papo de “parece que é regra” não pode existir! O código de conduta deve
ser redigido de maneira clara, objectiva e abordar todos os temas que possam
gerar dúvidas entre os colaboradores.
 Garantir que o código de conduta seja de conhecimento de todos: nada de
“nunca vi, só ouço falar”. É essencial que todos entendam o seu teor para que
possam colocá-lo em prática.

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 Construir o código em conjunto: o código de conduta é de interesse de todos. Se
a sua empresa não tem um, é preciso envolver uma comissão para criá-lo. Se
você já possui, é preciso revê-lo constantemente. Afinal, os problemas de alguns
anos não são os mesmos de hoje, não é mesmo? Tome como exemplo o uso de
redes sociais. Imagine como seria se o código não contemplasse essa questão,
alguns “espertinhos” passariam o dia todo postando e deixando o trabalho de
lado!
 Punir os infractores: o código de conduta existe para ser cumprido. O seu
objectivo é organizar comportamentos e posturas desejadas. E, em caso de
infracções, é preciso aplicar as devidas penalidades (que devem estar previstas
no documento).
 Garantir que as equipes honre com o código: para que a ferramenta tenha
credibilidade, é essencial que todos, inclusive as lideranças, assumam posturas
de acordo com o esperado. O discurso e a prática precisam estar sempre em
sintonia. É interessante estabelecer um canal (sigiloso) para que os times possam
denunciar infractores.
 A legislação não estabelece limites para o que pode ser estabelecido em um
código de conduta. No entanto, o seu conteúdo não pode interferir nos direitos
trabalhistas ou afectar as liberdades individuais.

Dessa forma, é possível elencar as condutas que são adequadas e as regras para que o
ambiente de trabalho se mantenha saudável e harmonioso.

Código de Ética V.S Código de Conduta

O Código de Conduta estabelece os princípios éticos e descreve normas de conduta


que orientam as relações internas e externas de todos os integrantes da organização. São
exemplos de temas abordados no Código de Conduta: legislação; conflitos de interesses;
corrupção; assédio. A partir dessas instruções, espera-se que os compromissos descritos
sejam transmitidos aos públicos de interesse (como clientes, fornecedores,
colaboradores, etc.), a fim de garantir os princípios éticos da organização.

O Código de Ética explicita a postura social da organização a todos com quem


mantém relações e orienta acções, considerando a missão e visão. Esse instrumento é
útil para dar directrizes e orientações sobre como seus funcionários devem agir nas

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tomadas de decisões, com o propósito de reduzir riscos relacionados a aspectos morais e
éticos.

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Conclusão

Um código de ética é a relação organizada de procedimentos permitidos e proibidos


dentro de um corpo social organizado. O objectivo central de um código de ética
profissional é a formação da consciência sobre padrões de conduta em determinada
profissão.

O contador desempenha importante papel na análise e no aperfeiçoamento da ética


na profissão contábil, pois sempre esta as voltas de dilemas éticos. Esses, para serem
resolvidos, requerem do contador os princípios éticos da competência, sigilo,
integridade e objectividade.

Além de zelar pela integridade e sigilo de informações, cabe ao contador, sempre que
oportuno, propor soluções alternativas que salvaguardem os interesses da empresa.

A condição básica para se ter um código de ético efectivo é a existência de uma


liderança dentro da organização que seja a principal defensora e praticante dos
princípios neles contidos.

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