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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS

ESCOAMENTO DE FLUÍDOS
EM TUBULAÇÕES
O que vamos aprender?

tubulações da indústria de alimentos


fundamentos de escoamento em tubulações
VELOCIDADE E DIÂMETRO ECONÔMICO
BALANÇO DE MASSA E ENERGIA EM TUBULAÇÕES
PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÕES
INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
Um grande número de matérias-primas, ingredientes, produtos intermediários ou acabados se
encontram em estado fluído e devem ser armazenados e transportados por meio de instalação industrial

TUBULAÇÃO
DIMENSIONAMENTO
CONHECIMENTO DO COMPORTAMENTO DO FLUÍDO

LÍQUIDOS OU PASTAS GASES OU VAPORES


COMPORTAMENTO ESTÁTICO DOS FLUÍDOS

• Hipótese do contínuo;

- Válida quando o tamanho do sistema é


considerado grande em relação ao caminho livre
médio das moléculas;
- Desconsidera a natureza atômica das
substâncias e as trata como matéria contínua e
homogênea;
CLASSIFICAÇÃO

INCOMPRESSÍVEIS

COMPRESSÍVEIS
COMPORTAMENTO ESTÁTICO
"A DIFERENÇA DE PRESSÃO ENTRE
DOIS PONTOS DE UM FLUÍDO EM
REPOUSO E DE DENSIDADE
CONSTANTE É PROPORCIONAL À
DISTÂNCIA VERTICAL ENTRE OS
DOIS PONTOS"
"A PRESSÃO DE UM
FLUÍDO AUMENTA
LINEARMENTE COM A
PROFUNDIDADE"
COMPORTAMENTO DINÂMICO DOS FLUÍDOS

• Estudo do fenômeno de escoamento;


1) Aproximação Clássica do Fluído Ideal;
- Incompressível
- Viscosidade Nula

Comportamento Real

Aplicação Prática
"Em teoria, não há diferença
entre teoria e prática, mas na
prática há".

Yogi Berra
ex-jogador de baseball
COMPORTAMENTO DINÂMICO DOS FLUÍDOS

2) Estudo da camada-limite

- Efeitos confinados a uma pequena e fina camada


adjacente à superfície sólida do tubo.
Teoria da dinâmica para os casos simples
de fluídos reais:
Lei de Newton da Viscosidade
COMPORTAMENTO DINÂMICO DOS FLUÍDOS

3) Escoamento de fluídos que não podem ser


caracterizados pela Lei de Newton

- Importante para muitos tipos de indústrias, como


a de cosméticos, petroquímica, a farmacêutica, e
sobretudo, a de alimentos.
!
REVISÃO SOBRE OS
MODELOS REOLÓGICOS
DOS FLUÍDOS
EXPERIMENTO DE
REYNOLDS
PERFIS DE VELOCIDADE
Dependendo de algumas condições impostas pela "situação industrial", os
fluídos podem apresentar três tipos de escoamentos:

LAMINAR TRANSIENTE TURBULENTO


ESCOAMENTO LAMINAR
Partículas do fluído movem-se ao longo de uma trajetória bem
definida

Apresenta-se em camada ou lâmina, cada uma delas


preservando suas características no meio

A viscosidade age no fluído no sentido de "amortecer" a


tendência do surgimento da turbulência

Fluídos de baixa velocidade e alta viscosidade


ESCOAMENTO TURBULENTO
Ocorre quando as partículas de um fluído não movem-se ao
longo de trajetória bem definidas

As partículas descrevem trajetórias irregulares, com


movimento aleatório

Produzindo transferência de quantidade de movimento, calor


e massa entre regiões da massa líquida

Fluídos em alta velocidade e de baixa viscosidade


COMO DETERMINAR O PERFIL DE
ESCOAMENTO?
Laminar: NRe < 2100

Transição: 2100 < NRe < 4000

Turbulento: NRe > 4000


n
O Escoamento é LAMINAR quando:

O Escoamento é TURBULENTO quando:


VAMOS
PRATICAR? =)
Leite integral (25°C) de densidade de
1030 kg/m³ e viscosidade de 2,12 cP
escoa a uma vazão de 0,700 kg/s em
uma tubulação de 0,0658 m. Determine
o padrão de escoamento nestas
condições. Caso o diâmetro da
tubulação seja alterado para 0,0992 m,
o que ocorre com o escoamento?
Óleo de Algodão é bombeado através
de uma tubulação de 0,0599 m de
diâmetro e apresenta Número de
Reynolds de 2850. Sua densidade é de
855 kg/m³ e a viscosidade apresentada
é de 0,021 Pa.s. Determine a velocidade
do óleo.
VELOCIDADE E DIÂMETRO ECONÔMICO
Supondo
Laminar:

Supondo Turbulento:
VELOCIDADE E DIÂMETRO ECONÔMICO
VAMOS
PRATICAR? =)
Deseja-se transportar Óleo de Milho ~
Fluido Newtoniano ~ (ρ=950 kg/m^3 ;
μ=3,6 cP) a uma vazão de 25 m³/h. Qual
o diâmetro econômico que a tubulação
deve ter para trabalhar com estes
parâmetros de processo?
BALANÇO DE MASSA E DE ENERGIA EM
TUBULAÇÕES
BALANÇO DE MASSA EM
TUBULAÇÕES
PREMISSAS
:
Estado Estacionário Me = Ms
V1 = V1 A1 . X1 = A2 . X2
A1 . V1 . ∆t = A2 . V2 . ∆t
A1 . V1 = A2 . V2
VAMOS
PRATICAR? =)
Para a tubulação
mostrada na figura,
determine a velocidade
do fluído (ρ = 1032
kg/m³) na seção 2,
sabendo que o fluído
entra na tubulação com
velocidade de 1 m/s,
com diâmetro de 0,75 m
e sai por uma tubulação
de 0,20 m..
Determine a velocidade do fluido nas seções (2) e (3)
da tubulação mostrada na figura. Dados: Dados: v1=
3m/s, d1= 0,5m, d2 = 0,3m e d3= 0,2m
Para a seguinte tubulação, determine: a vazão no
ponto 3, a velocidade no ponto 4, dados: Dados: v1 =
1m/s, v2 = 2m/s, d1 = 0,2m, d2 = 0,1m, d3 = 0,25m e d4
= 0,15m.
BALANÇO DE ENERGIA EM
TUBULAÇÕES
BALANÇO DE ENERGIA EM
TUBULAÇÕES
BALANÇO DE ENERGIA EM
TUBULAÇÕES

Potência Requerida pela Bomba:


W = Trabalho requerido pela bomba para movimentar o fluído em “n”
condições (J/kg).

Pot = a razão entre a energia produzida, transferida ou transformada e o


intervalo de tempo em que ocorreu essa transferência (J/s)
VAMOS
PRATICAR? =)
Suco de tomate com 8° Brix, apresenta viscosidade
de 5 Pa.s, densidade de 1040 kg/m³) escoa a uma
vazão de 12 m³/h entre dois tanques abertos.
DETERMINE A MÍNIMA POTÊNCIA REQUERIDA PELA
BOMBA? Despreze as perdas por atrito e considere
estado estacionário.
Suco de Manga (6 Pa.s; 1045 kg/m³) escoa com 15 m³/h
entre dois tanques abertos por uma tubulação de aço
inoxidável com diâmetro de 2” (0,0525 m) Qual a
mínima potência requerida pela bomba? Despreze as
forças de atrito.
PERDAS DE CARGA
refere-se à perda de energia que um fluido, em uma tubulação sob pressão, sofre em razão de
vários fatores como o atrito deste com uma camada estacionária aderida à parede interna do
tubo, em razão da turbulência devido às mudanças de direção do traçado ou o contato com
equipamentos.

- Pela parede da tubulação (friccionais)


- Presença de acessórios
- Por equipamentos
PERDA DE CARGA POR ATRITO
(FRICCIONAL)
A perda friccional (𝐸𝑓) devido ao atrito do fluído com a parede da tubulação
é dado por:
FATOR DE ATRITO (FANNING)

Se o Escoamento do fluído for TURBULENTO:

Fluído Newtoniano: Gráfico de Moody

Fluído Não-Newtoniano: Gráfico de Dodge-Metzner

Se o Escoamento do fluído for LAMINAR:


Resolução MATEMÁTICA
FATOR DE ATRITO (FANNING)
PERDA DE CARGA POR ACESSÓRIOS
(LOCALIZADA)
A perda de carga por acessórios, pode ser dada pela equação:
VAMOS
PRATICAR? =)
Leite (0,0019 Pa.s; 1050 kg/m³) é bombeado com uma
vazão de 500 m³/h em uma tubulação de aço
inoxidável com diâmetro de 0,02291 m. Determine a
mínima potência requerida pela bomba (w),
considerando as perdas friccionais. Despreze
acessórios.
Baseando-se no exemplo anterior, considere que a
tubulação apresenta os seguintes acessórios:

3 joelhos (Kf = 0,75)


1 Válvula diafragma (kf = 6,0)
1 Válvula Borboleta (kf = 7,2)
Na entrada e saída dos tanques, considere Kf = 0,23.
O QUE SÃO OS
ACESSÓRIOS?
Por definição:

“São componentes utilizados em sistemas de tubulações e


encanamentos para conectar-se diretamente tubos ou
partes de tubulação, para se adaptar os diferentes
tamanhos ou formas, e regular fluxos de fluídos”.
VÁLVULAS

Equipamentos fundamentais em qualquer instalação


fluído-mecânica.

Apresenta grande variedade de modelos.

Há necessidade de diretrizes que orientem a seleção da


válvula mais adequada para determinada aplicação.
VÁLVULAS
Vávula Gaveta (Faca ou guilhotina):

Pode ser utilizada em fluídos com


sólidos em suspensão.

Vedação precária.

Não recomendada para


abertura/fechamento frequentes.

Não recomendada para controle de


vazão.
VÁLVULAS
Válvula Esférica:

Leve e compacta.
Utilizada para altas vazões.
Larga faixa de operação.
Fechamento estanque.

Sujeita à promover a cavitação.


Requer remoção do sistema para
manutenção.
Não recomenda para fluídos altamente
corrosivos.
VÁLVULAS

Válvula Globo:

Boa Vedação.
Usada em aplicações que requerem
fechamento e abertura constantes.
Alta vazão.
Perda de carga grande.
Utilizada para controle de vazão.
VÁLVULAS

Válvula Borboleta:

Leve e compacta.
Perda de carga mínima.
Alta vazão.
Vedação precária.
Controle limitado a 60 ° de abertura.
Aplicações de baixa pressão.
Revestimento impõe limite de
temperatura.
VÁLVULAS

Válvula Diafragma:

Baixo vazamento.
Haste autolimpante.
Faixa limitada de pressão e
temperatura.
Sujeita à desgaste.
Aplicação em linha de tratamento de
água.
Controle precário com mais de 60%
de abertura.
VÁLVULAS

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