Você está na página 1de 1

Liberalismo e Keynesianismo

O liberalismo e o keynesianismo são teórias formuladas em diferentes contextos históricos,


com o objectivo de determinar o quanto o estado poderia interferir no controle da nação,
sobretudo nas questões econômicas.
O liberalismo baseou-se na ideia defendida por Adam Smith. Segundo Smith, o próprio
capitalismo continha mecanismos racionais e eficientes de autorregulação das condições
socioeconômicas de uma sociedade. Dessa forma, o papel do Estado deveria se limitar a
duas coisas: cumprir os contratos e garantir a propriedade privada.

Características do liberalismo
•Política regida pela democracia.Não há então a concentração do poder nas mãos de uma
única pessoa;
•O governo não representa toda a sociedade;
•A não intervenção do estado na economia,o estado actua apenas na manutenção e defesa
das leis e do país;
•O mercado se auto-regula pelo princípio da mão-invisível(livre concorrência,e pela lei da
oferta e procura).

Esta “mão invisível” do capitalismo começou a ser criticada no final do século XIX, pois, na
verdade, a realidade vista era muito diferente do que os liberalistas pregavam. Os
mecanismos do capitalismo não estavam sendo racionais e eficientes no sentido de uma
regulação social.
A teoria da “mão invisível” foi amplamente questionada em um dos períodos mais difíceis da
história do capitalismo: a Crise de 29. Nessa época, o mundo inteiro se interrogou a respeito
da eficiência do capitalismo. Após a crise, uma coisa ficou certa: a “mão invisível”, ou seja,
os supostos mecanismos autorreguladores do capitalismo não eram suficientes para manter
a economia nos trilhos.

Oferecendo uma saída para a crise vivenciada, John Maynard Keynes, em 1926, postulou
uma teoria que rompia totalmente com a ideia liberalista do “deixai fazer”, afirmando que o
Estado deveria sim, interferir na sociedade, na economia e em quais áreas achasse
necessário. O modelo do Estado intervencionista (Welfare State) foi adotado por muitos
países após o fim da Segunda Guerra Mundial, já que a interferência estatal parecia
essencial para a recuperação do mundo no pós-guerra.

A partir dos anos 60, com a crise dos países centrais, ocasionada pela acumulação
intensiva e por uma regulação monopolista, o keynesianismo também foi questionado, pois
problemas como inflação e instabilidade econômica tornaram-se reais. Foi assim que
nasceu um novo modelo de liberalismo: o neoliberalismo, o qual estabelecia certo limite ao
Estado e afirmava que as garantias da liberdade econômica e política estavam ameaçadas
pelo intervencionismo. Conforme o neoliberalismo, Estado e Mercado são formas de
organizações antagônicas e irreconciliáveis.

Você também pode gostar