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RESUMO GEOLOGIA – 1

Classificação Isolado – Não há troca de energia nem de matéria.


Subsistemas Fechado – Há troca de energia mas não há troca de matéria.
Aberto – Há troca de energia e troca de matéria.

A Terra é um sistema quase fechado, há troca de energia e há pequenas trocas de


matéria (mínimas). Pequenas quantidades de hidrogénio e de hélio soem na atmosfera
devido à sua baixa densidade e escapam para o Espaço. Os recursos naturais podem
esgotar-se. Os resíduos da actividade Humana provocam desequilíbrio no planeta.

A terra é um planeta activo: Actividade geologia, biologia, química e física.


Esta actividade é desencadeada por duas fontes de energia: energia externa e
interna.

Energia externa: Energia do Sol. (responsável por: vento, ciclo da água, chuva, etc.)
Energia interna: Energia remanescente da origem da Terra e energia resultante da
desintegração de elementos radioactivos. (responsável pela actividade interna(sismos,
vulcões, etc.)

 SUBSISTEMAS TERRESTRES
Os subsistemas considerados são enormes reservatórios de matéria e
energia e funcionam como sistemas abertos, interagem de diferentes
modos mantendo um equilíbrio dinâmico.

Hidrosfera: Reservatório de água existente na Terra.


Criosfera: calotes de gelo, glaciares e outras superfícies
geladas.

Atmosfera: Camada gasosa que envolve os outros


subsistemas.

Geosfera: Parte sólida da Terra.


Serve de suporte a grande parte da vida terrestre e é o
subsistema de maiores dimensões.

Biosfera: conjunto de seres vivos que habitam no planeta.


Constituintes da Atmosfera: Azoto, oxigénio e dióxido de carbono.

Funções da atmosfera:
 Filtrar os raios solares que chegam à terra;
 Absorver parte da radiação ultravioleta que é nociva a todos os seres vivos;
 Proteger contra a entrada de corpos estranhos;
 Controlar a temperatura (através do efeito de estufa);
 Permitir a existência à vida.

Composição da atmosfera Composição actual da atmosfera:


primitiva:
 Azoto (maior quantidade)
 Dióxido de carbono  Oxigénio
 Azoto  Outros gases
 Hidrogénio

Exosfera- Antige temperaturas altas. É constituída por metade de gás hélio e


metade de hidrogénio.

Termosfera- Camada mais extensa. Altas temperaturas, pois há oxigénio


atómico que absorve a energia solarem.

Camadas da Mesosfera- A temperatura é extremamente fria, pois não há gases ou


nuvens capazes de absorver a energia solar.
Atmosfera
Estrastoesfera- Camada de ozono que protege a terra dos raios ultravioletas.

Troposfera- É a camada mais junta da atmosfera, onde existem os gases que


respiramos e onde ocorrem os fenómenos climáticos (chuva, relâmpagos).

Ciano bactérias

O2 O2 O2
CO2
Respiração celular fotossíntese O3- ozono
O2
Camada de Ozono

Filtra os U.V
Humidade/protecção
Passou a existir vida fora de água
Líquen = alga + fungo

Matéria orgânica
 Petróleo
Simbiose (ambos são beneficiados)
Combustíveis  Gás natural
Fósseis  Carvão
 AS ROCHAS SEDIMENTARES/MAGMÁTICAS/METAMÓRFICAS

Sedimentares detríticas –têm origem na acumulação de


sedimentos soltos – rochas não-consolidadas. ex: argilas,
areias, calhaus/balastros.

Origem na acumulação de sedimentos consolidados por


um cimento natural – rochas consolidadas. ex: argilitos,
arenitos, conglomerados).
Rochas Sedimentares
Sedimentares quimiogénicas – resultam da
Resultam da acumulação de sedimentação/precipitação química de sedimentos
sedimentos resultantes da químicos (calcite- mineral rico em carbonato de cálcio) –
erosão e desagregação de ex: calcário ou (halite – mineral de cloreto de sódio) – ex:
outras rochas, na superfície da salgema.
crosta.
Sedimentares biogénicas – resultam da acumulação de
Nota: os sedimentos das rochas restos de seres vivos vegetais no ambiente terrestre – ex:
sedimentares depositam-se carvão ou de seres vivos de origem animal que se
sempre na horizontal exepto nas acumularam e decompuseram no fundo do mar – ex:
dunas ou enxurradas. petróleo (rocha líquida).

Os calcários conquíferos têm origem na transformação de


arenito esqueletos e conchas do mar.

Vulcânicas ou Extrusivas – resultam de um


arrefecimento rápido do magma no exterior quando há
uma erupção vulcânica, não havendo tempo para se formar
minerais – textura vítrea ou não granular/cristalina. ex:
Rochas Magmáticas basalto.

Se o arrefecimento ocorrer ainda no interior da crosta, mas


Resultam do arrefecimento perto da superfície, há tempo para se formar alguns
do magma à superfície ou minerais – textura semi-granular ou hemi-cristalina. ex:
em profundidade. basalto com minerais (olivina, plagioclase, piroxenas)

Plutónicas ou Intrusivas – resultam de um


Limites divergentes: saída de magma arrefecimento lento do magma no interior da terra,
através do afastamento de placas. havendo tempo para se formar minerais – textura granular
Limites convergentes: saída de magma
/cristalina. ex: granito com minerais (quartzo, feldspato
em zonas de choque entre placas
e micas).
oceânicas e continentais.
Limites conservativos: não há
destruição/criação de litosfera.
granito
Rochas metamórficas que se formam essencialmente
Rochas Metamórficas
devido às elevadas pressões (movimentação das
placas tectónicas) no interior da terra –
metamorfismo regional (afecta rochas numa vasta
Resultam da transformação em região) – ex: xisto, gnaisse.
profundidade de outras rochas
Rochas metamórficas que se formam essencialmente
devido às elevadas pressões e
devido às elevadas temperaturas no interior da terra –
temperaturas.
metamorfismo de contacto (por ex: o calcário junto
a uma intrusão magmática, devido ao calor
transforma-se em mármore.
gnaisse
.

De contacto- associado às intrusões de magma.


Metamorfismo Regional- associado ao limite das placas tectónicas.

Metamorfismo de contacto:

Aureóla Metamórfica:
- É concêntrica em relação à intrusão magmática;
- A espessura e o seu grau de metamorfismo dependem:
 Da temperatura da intrusão
 Da dimensão da intrusão
 Da susceptibilidade da rocha encaixante às alterações

As aureólas podem ser de diferentes tamanhos (de centímetros a centena de metros)

A variedade de rochas resultantes depende:


 Do tipo de rocha encaixante
Factores de  Da quantidade de fluidos circulantes – (novos minerais mas com diferente composição química)
metamorfismo  Da temperatura(calor) da intrusão
Metamorfismo Regional:
Abrange grandes porções de crosta terrestre.

 É a forma mais vulgar de metamorfismo.


 Está ligado à existência de zonas orogénicas (zonas comprimidas e dobradas).
 Tipo de metamorfismo que abrange uma grande variedade de condições de
metamorfismo.

Resulta da ação combinada:


 do calor interno da Terra
 da pressão litostática
 da pressão dirigida associada a movimentos tectónicos.

Caracterizado:
 Pressão e temperatura cada vez mais altas.

As rochas resultantes deste tipo de metamorfismo envolvem fenómenos de:

Alteração na textura – foliação


Recristalização
Deformações mecânicas Textura foliada

Pressão Litostática Pressão Dirigida

Texturas Foliadas:
Ardósia Filito Xisto Gnaisse
ROCHAS E FÓSSEIS:
Rochas: unidades estruturais da crusta e manto terrestre, formadas por associações de
um ou mais minerais, geradas por processos naturais desde épocas remotas e
testemunham as condições em que se originaram.

Rochas usadas para estudar a história da Terra → fósseis

Fósseis: são restos de organismos ou vestígios das suas actividades, que vieram num
determinado momento da história da Terra e que se encontram preservados nos estratos das
rochas sedimentares. / Resto de ser vivo ou marcas da sua passagem por esse local.

Icofósseis: Marcas de organismos. Ex: pegada, dentada.

Fóssil de Idade: É um fóssil de um ser vivo que viveu apenas num curto periodo de
tempo e que teve uma grande expansão geográfica (está em todo mundo) e pequena
distruibuição estratigráfica (ocupou poucos estratos).

Fóssil de fácies/ambiente: fóssil que fornece importantes informações de carácter


paleogeográfico, corresponde a espécies de viveram durante grandes intervalos de
tempo e ocuparam áreas geográficas restritas.

Estratos:
 Quando os sedimentos vão-se acumulando, dando origem a camadas (mais ou
menos espessas) numa posição próxima da horizontal
 É limitado por um tecto (limite superior) e um muro (limite inferior)

Características dos estratos:


 Composição
 Formas
 Dimensões dos sedimentos
 Se possui ou não fosseis

Estratos inclinados: As forças tectónicas exercem pressões sobre os estratos, o que os


obriga a inclinar.
Na génese das rochas sedimentares ocorrem duas fases: a
sedimentogénese e a diagénese:
Sedimentogénese – processos que intervêm desde a elaboração dos materiais que vão
constituir as rochas sedimentares até à deposição desses materiais.
 Meteorização – alteração das rochas por agentes externos (agua, ar,
ventos, variações de temperatura, variações térmicas, seres vivos,
etc…). Pode ser física ou química, havendo desagregação mecânica das
rochas, ou transformações dos minerais noutros mais estáveis face às
novas condições ambientais em que se encontram.
 Erosão – remoção dos materiais resultantes da meteorização por acção
de agentes erosivos (gravidade, água, vento, seres vivos). Formam
detritos ou clastos ou podem ser substâncias dissolvidas na água.
 Transporte – os detritos são transportados.
 Sedimentação – deposição dos materiais transportados, determinada
pela força gravítica sobre os materiais.

A ordem de sedimentação dos detritos é condicionada pelas dimensões e pela


densidade desses materiais.
Se não houver nenhuma perturbação, a sedimentação forma camadas paralelas e
horizontais que se distinguem pela diferente espessura – estratos –, pelas dimensões e
pela coloração dos materiais. Cada camada designa-se por estrato e é delimitada por
duas superfícies. A formação de cada estrato corresponde à sedimentação que ocorre
num período de tempo em que as condições de material disponível e de deposição se
mantêm globalmente constantes.

Diagénese – evolução que os sedimentos experimentam, em que intervêm processos


físico-químicos diversos que os transformam em rochas sedimentares.
Os sedimentos perdem água, são compactados e cimentados:
 Compactação – devida à pressão das camadas superiores. Em
consequência da compressão, certos minerais podem ficar orientados.
 Cimentação – preenchimento dos espaços vazios ainda existentes por
materiais resultantes da precipitação de substâncias químicas
dissolvidas na água de circulação (ex: sílica e carbonato de cálcio).

Assim, forma-se uma rocha sedimentar consolidada. As rochas sedimentares


apresentam estratificação e são frequentemente fossilíferas, conservando vestígios de
seres vivos que ficaram incluídos no seio dos sedimentos.

Recristalização (só em alguns casos): os minerais (alguns) alteram as suas estruturas


cristalinas. Este fenómeno ocorre devido a alterações das condições de pressão,
temperatura, circulação de água, onde estão dissolvidos certos iões.

Agentes de Meteorização: efeito do gelo (água congelada nos interstícios e poros da


rocha); actividade biológica (líquenes, crescimento de raízes e
escavação de galerias); acção mecânica da água e do vento (provocam
o aparecimento de blocos pedunculados)
- Informações que as rochas nos fornecem sobre a história da Terra:

Sedimentares:
 O tipo de ambiente existente no momento da sua formação
 O tipo de flora e fauna presente numa determinada região ou momento
 Ex: existência de seres vivos, as suas dimensões e anatomia…

Magmáticas:
 Indicam-nos o local da sua formação
 Dão-nos informações da composição do interior da crusta

Metamórficas:
 Permitem-nos saber as rochas que lhe deram origem
 Colisão entre placas tectónicas

Príncipios da estratigrafia:
Principio da horizontalidade:
Inicialmente os estratos depositam-se na horizontal.

Principio da sobreposição dos estratos:


Um estrato é sempre mais antigo do que está por cima e mais jovem do que está por
baixo. Só se pode aplicar este príncipio se não tiver havido/ocorrido da sua posição
original.

Príncipio da identidade Paleontológica:


Dois estratos com o mesmo fóssil de idade, têm a mesma idade.

Príncipio da Intersecção ou corte:


Tudo o que se intersecta é mais novo daquilo que foi intersectado. Ex: falha, intrusão
magmática.

Príncipio da Inclusão:
Antes da rocha se formar incluiu bocados de outro estrato (já formado/existente).
Qualquer fragmento de uma rocha num estrato em formação é mais antigo do que o
estrato.
CICLO DAS ROCHAS:
Ciclo das rochas: conjunto de
transformações do material rochoso
no decurso das quais as rochas são
geradas, destruídas e alteradas por
processos devidos à dinâmica interna
e externa da Terra. O ciclo das
rochas mostra as inter-relações
entre os processos externos e os
processos internos que ocorrem na
terra.

Desvantagem do ciclo das rochas: a transformação da rochas, em resultado da dinâmica


terrestre, “apaga” parte da história da Terra o que, por vezes, dificulta o seu estudo e
interpretação.

Na sequência de processos das rochas podem considerar-se diferentes etapas:

 As rochas sedimentares são produto de processos externos que caracterizam o


domínio sedimentar. Meteorização, erosão, sedimentação e diagénese são processos
característicos deste domínio.
 Se as rochas sedimentares aprofundam na crusta, ficam submetidas ao peso das
rochas suprajacentes. Podem ainda ser comprimidas, devido a tensões que se geram
no interior da Terra, experimentando simultaneamente um aquecimento progressivo.
 Quando o valor das tensões e da temperatura ultrapassam os limites superiores da
diagénese, as rochas entram no domínio de metamorfismo, em que se verificam
alterações essencialmente no estado sólido. Formam-se assim novos minerais a partir
dos minerais das rochas preexistentes, que assumem nova forma e orientação.
 Se as condições de temperatura e de pressão (fluxos de circulação) são tais que
provocam a fusão dos minerais que constituem as rochas, passa-se ao domínio do
magmatismo, originando-se magmas. Os magmas, ao movimentarem-se na crusta,
podem experimentar um arrefecimento progressivo, o que leva à consolidação e
formação de rochas magmáticas.
 As rochas geradas em profundidade, quer sejam magmáticas quer sejam
metamórficas, podem ser soerguidas devido aos movimentos da crusta. A remoção
das rochas suprajacentes pela erosão acaba por pôr as rochas que se formaram em
profundidade a descoberto, expostas na superfície terrestre.

Nestas novas condições as rochas experimentam alterações, originando materiais que, por
acumulação, acabarão por formar outras rochas sedimentares.

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