Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TEMA
A ineficacia e invalidade do acto adominstrativo
NOME DO CANDIDATO
Lurdes Rafael
Adérito Aroca
Sharmila da Suzia
LICENCIATURA EM DIREITO
TEMA
DOCENTE
REALIZADO POR:
Lurdes Rafael
Adérito Aroca
Sharmila da Suzia
LICENCIATURA EM DIREITO
1. Introdução .............................................................................................................................. 5
b) A Incompetência ............................................................................................................. 8
A. Nulidade ........................................................................................................................ 14
B. A Anulabilidade ............................................................................................................ 15
3. Conclusão ............................................................................................................................. 19
1. Introdução
Neste presente trabalho abordaremos conteudo relacionado com a cadeira de Direito
Administrativo II, com o seguinte tema: invalidate do acto administrativo, vale resaltar que Um
acto administrativo pode ser válido e eficaz; válido mas ineficaz; inválido mas eficaz; ou
inválido e ineficaz. Um acto administrativo que viola a lei é um acto administrativo ilegal.
A ilegalidade foi durante muito tempo considerado como sendo a única fonte da invalidade:
entendia-se que todo o acto administrativo ilegal era inválido, e que todo o acto administrativo
inválido o era por ser ilegal. A única fonte da invalidade seria, pois, a ilegalidade.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivos gerais
A Ineficácia do acto administrativo será, a não produção de efeitos num dado momento.
Um acto administrativo pode ser válido e eficaz; válido, mas ineficaz; inválido mas eficaz; ou
inválido e ineficaz.
Segundo professor Diogo Freitas do Amaral , Quando se diz que um acto administrativo é ilegal,
que é contrário à lei, está-se a usar a palavra “lei” num sentido muito amplo. Neste sentido
a legalidade inclui a Constituição, a lei ordinária, os regulamentos.
A ilegalidade do acto administrativo pode assumir várias formas. Essas formas chamam-se vícios
do acto administrativo. Por conseguinte, os “vícios do acto administrativo” são as formas
específicas que a ilegalidade do acto administrativo pode revestir.
1. Usurpação de poder;
2. Incompetência;
3. Vícios de forma;
4. Violação de lei;
5. Desvio de poder.
a) A Usurpação de Poder
Consiste na ofensa por um órgão da Administração Pública do princípio da separação de pode
res, por via da prática de acto incluído nas atribuições do poder judicial ou do poder
administrativo. Comporta duas modalidades:
b) A Incompetência
É o vício que consiste na prática, por um órgão da Administração, de um acto incluído nas
atribuições ou na competência de outro órgão da Administração.
c) O Vício de Forma
É o vício que consiste na preterição de formalidades essenciais ou na carência de forma legal,
comporta três modalidades:
Isto porque, a validade de um acto administrativo se afere sempre pela conformidade desse acto
com a lei no momento em que ele é praticado.
d) A Violação da Lei
É o vício que consiste na discrepância entre o conteúdo ou o objecto do acto e as normas
jurídicas que lhe são aplicáveis.
O vício de violação de lei, assim definido, configura uma ilegalidade de natureza material: neste
caso, é a própria substância do acto administrativo, é a decisão em que o acto consiste, contrária
a lei. A ofensa da lei não se verifica aqui nem a competência do órgão, nem nas formalidades ou
na forma que o acto reveste, nem o fim tido em vista, mas no próprio conteúdo ou no objecto do
acto.
e) O Desvio de Poder
É o vício que consiste no exercício de um poder discricionário por um motivo principalmente
determinante que não condiga com o fim que a lei visou ao conferir aquele poder.
O desvio de poder pressupõe, portanto, uma discrepância entre o fim legal e o fim real. Para
determinar a existência de um vício de desvio de poder, tem de se proceder às seguintes
operações:
i. Apurar qual o fim visado pela lei ao conferir a certo órgão administrativo um
determinado poder discricionário (fim legal).
iii. Determinar se este motivo principalmente determinante condiz ou não com aquele fim
legalmente estabelecido: se houver coincidência, o acto será legal e, portanto, válido; se
não houver coincidência, o acto será ilegal por desvio de poder e, portanto, inválido.
Assim, se um mesmo acto viola várias leis, ou várias disposições da mesma lei, cada ofensa da
lei é um vício. É possível, portanto, alegar simultaneamente quaisquer vícios do acto
administrativo.
1. Casos em que o acto administrativo, sem violar a lei, ofende um direito absoluto de um
particular. A ofensa de um direito absoluto de um particular é um acto ilícito.
Se um órgão da Administração se engana quanto aos factos com base nos quais pratica um acto
administrativo e pratica um acto baseado em erro de facto; ou é enganado por um particular que
pretende obter um certo acto administrativo e o acto é viciado por dolo; ou é forçado a praticar
um acto sob ameaça (coacção) – não se pode dizer que a Administração Pública tenha violado a
lei. Nestes casos, o acto administrativo não ofende a lei, não infringe a lei.
A falta de um requisito de validade que a lei exige, qual seja o de que a vontade da
Administração seja uma vontade esclarecida e livre.
A. Nulidade
A nulidade é a forma mais grave da invalidade. Tem os seguintes traços característicos (art. 130º
e 129º da LPA):
a. O Acto nulo é totalmente ineficaz desde o início, não produz qualquer efeito.
Por isso é que a lei chamam a estes actos, “actos nulos e de nenhum efeito”;
b. A nulidade é insanável, quer pelo decurso do tempo, quer por ratificação, reforma
ou conversão. O acto nulo não é susceptível de ser transformado em acto válido;
c. Os particulares e os funcionários públicos têm o direito de desobedecer a
quaisquer ordens que constem de um acto nulo. Na medida em que este não
produz efeitos, nenhum dos seus imperativos é obrigatório;
d. Se mesmo assim a Administração quiser impor pela força a execução de um acto
nulo, os particulares têm o direito de resistência passiva (art. 80º CRM). A
resistência passiva à execução de um acto nulo é legítima.
e. Um acto nulo pode ser impugnado a todo o tempo, isto é, a sua impugnação não
está sujeita a prazo(n.º 1 do art. 37º da Lei n.º 7/2014, de 28 de Fevereiro);
f. O pedido de reconhecimento da existência de uma nulidade num acto
administrativo pode ser feito junto de qualquer Tribunal, e não apenas perante
os Tribunais Administrativos; o que significa que qualquer Tribunal, mesmo um
Tribunal Civil, pode declarar a nulidade de um acto administrativo (desde que
competente para a causa);
g. O reconhecimento judicial da existência de uma nulidade toma a forma de
declaração de nulidade.
B. A Anulabilidade
É uma forma menos grave da invalidade e tem características contrárias às da nulidade (art. 131º
e seguintes da LPA):
A regra é a de que o acto inválido é anulável; se ao fim de um certo prazo ninguém pedir a sua
anulação, ele converte-se num acto válido.
Como só excepcionalmente os actos são nulos, isto significa que, na prática, o que se tem de
apurar em face de um acto cuja validade se está a analisar, é se é ou não nulo: porque se for
inválido e não for nulo, cai na regra geral, é anulável.
– Os actos viciados de vício de forma, nas modalidades de carência relativa de forma legal
e, salvo se a lei estabelecer para o caso da nulidade, de preterição de formalidades
essenciais;
– Os actos viciados por desvio de poder;
É pois necessário que, decorrido algum tempo sobre a prática de um acto administrativo, se
possa saber com certeza se esse acto é legal ou ilegal, válido ou inválido.
A obtenção desta certeza pode ser conseguida por via negativa – permitindo a lei que o acto, por
ser ilegal, seja revogado pela Administração ou anulado pelos Tribunais – ou por via positiva –
consentido a lei que, ao fim de um certo tempo, o acto ilegal seja sanado, tornando-se válido para
todos os efeitos perante a ordem jurídica, e portanto, em princípio, inatacável.
A sanação dos actos administrativos pode operar-se por um de dois modos:
Legislações
Lei de procedimento