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UNL . MUSOT
Direito do Ordenamento do Território do Urbanismo e da Construção
SUMÁRIO 3
1. CASO DE ESTUDO 3
1.1 Enquadramento 3
2. QUESTÕES PERTINENTES 4
3. METODOLOGIA 4
6. ANÁLISE CRÍTICA 15
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 16
ANEXO 4 - PP RQGM 19
REFERÊNCIAS 20
Referências Legais 20
Publicitação da CMA 20
DOTUC- Profª. Ana Queiroz Vale
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
SUMÁRIO
O presente documento tem como principal fundamento a análise de um caso de estudo ao nível
do Direito do Ordenamento de Território, tendo por base a legislação atual nacional e a sua
aplicação, no que concerne ao papel dos diversos órgãos administrativos nacionais atuando a
diferentes escalas relativamente ao interesse nacional.
Através da análise legal nacional, este documento pretende analisar as implicações de
governança das diversas entidades públicas, bem como, os argumentos referidos pela
população no uso do solo e se face ao quadro legal se os mesmos são legitimados ou não.
Assim, a análise crítica permite tirar conclusões sobre uma área de génese ilegal e dos
interesses públicos e privados sobre a mesma e a importância da legislação em vigor em fazer
garantir todas as partes envolvidas.
1. CASO DE ESTUDO
Assim, o caso de estudo incide na área da Quinta do Guarda-Mor na Sobreda e nos conflitos
existentes entre proprietários e CMA e na importância dos Instrumentos de Gestão Territorial e
na participação de todos os atores, na proposta final de reconversão urbanística da área e sua
envolvente.
1.1 Enquadramento
hierarquizada com eixos fundamentais propostos no PDM, que vão apoiar a estrutura da malha
urbana a implantar.
A reconversão Urbanística da AUGI da Quinta do Guarda-Mor tem sido objeto de diversas
propostas de soluções, objeto de reformulação quer pelas questões relacionadas com a REN,
quer pelo comprometimento das soluções devido às construções ilegais.1”
2. QUESTÕES PERTINENTES
As perguntas nas quais incidem este ensaio, tem como base os princípios e normas dos PP
numa área AUGI.
a) Quais os interesses públicos numa AUGI? e da população envolvida?
b) Quais os quadros legais a serem analisados para uma correta resposta?
c) Em Augis, quais as principais diretrizes a serem analisadas?
d) Qual o quadro legal que protege os proprietários face ao interesse público e/ou privado?
e) Ao nível de governança existem falhas no sistema jurídico atual?
f) Atualmente, o estado português, está capacitado de instrumentos de governança e de
gestão territorial no caso de AUGIs?
3. METODOLOGIA
1
Edital da Câmara Municipal de Almada, retirado da página da CMA:
https://www.cm-almada.pt/planeamento-urbanistico/planos-em-vigor/plano-de-pormenor-de-reconversao-da-quinta-do-guarda-mor
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2
Lei n.º 31/2014, de 30 de maio. Lei de bases gerais da política pública de solos, de ordenamento do território e de urbanismo
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sobre os planos territoriais de âmbito intermunicipal e municipal. Assim, tal como referido no
número 5 do mesmo artigo, os programas espaciais assim como os programas das áreas
protegidas, têm diretrizes a considerar a nível regional e a compatibilização das políticas públicas
sectoriais do Estado, bem como, na medida do necessário, à salvaguarda de valores e recursos
de reconhecido interesse nacional, prevalecendo sobre planos territoriais intermunicipais (artigo
42º) ou municipais (artigo 43º).
As relações entre programas especiais e instrumentos municipais, referido no artigo 44º, da
mesma lei, visam objetivos de interesse nacional e estabelecem os princípios e as regras
orientadoras da disciplina a definir pelos programas regionais (referido no número 1 do mesmo
artigo), assim como no número 6, a obrigatoriedade da alteração ou atualização dos planos
territoriais de âmbito intermunicipal e municipal, que com ele não sejam compatíveis, nos termos
da lei, sempre que entre em vigor um programa territorial de âmbito nacional.
NOTA DE CONCLUSÃO: Tendo em conta que o ordenamento de território é de certa forma mais
abrangente, o urbanismo é de certa forma enquadrado pelas orientações definidas pelo
ordenamento. As alterações por adaptação aos planos municipais, sejam eles PDM e PP, estão
dependentes da obrigação por parte dos programas especiais ou de qualquer atualização dos
mesmos.
3
Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), DL nº 80/2015
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4
Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE) DL nº 555/99, de 16 de Dezembro
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NOTAS DE CONCLUSÃO: os proprietários têm sempre taxas de pagamento impostas pela CM.
Ora se a Sobreda é uma área de população envelhecida, existiram certos problemas no
pagamento das mesmas. Segundo o acordão do STA de 22 de Fevereiro de 2005 “a razão de
ser do regime de reconversão de AUGI foi a de permitir às pessoas, normalmente de parcos
recursos económicos, ver legalizadas as construções que levaram a cabo para a sua edificação,
evitando uma demolição, que em termos normais seria muito provável”.
Será importante elencar todas as políticas, estratégias e planos que enquadram e informam o
desenvolvimento do Plano de Pormenor de Reconversão Urbanística da Quinta do Guarda-Mor
(PPRQGM). Entre os quais se destaca o PNPOT. O Programa Nacional da Política de
Ordenamento do Território (PNPOT), é o instrumento do sistema de gestão territorial, através
do qual são definidos os objetivos e as opções estratégicas de desenvolvimento territorial. Nele é
estabelecido o modelo de organização do território nacional. O PNPOT constitui-se como o QR
para os demais programas e planos territoriais e como um instrumento orientador das estratégias
com incidência territorial.
O PNPOT define a Estratégia de Ordenamento do Território para 2030, organizando-se em três
capítulos, respectivamente, 1. Mudanças críticas e tendências territoriais, 2. Princípios e
Desafios Territoriais e 3. Modelo Territorial.
Conforme o artigo 2.º, do respetivo programa, estão estabelecidos os Princípios de
programação e execução, o mesmo refere no número 1, a elaboração de estratégias, de
programas e de planos territoriais ou com incidência territorial é condicionada pelo quadro de
referência do PNPOT, nomeadamente os princípios da coesão territorial e da competitividade
externa, os desafios e opções estratégicas e o modelo territorial constantes do relatório, bem
como as medidas de política, os compromissos e as diretrizes constantes do programa.
5
Plano Nacional da Política do Ordenamento do Território (PNPOT), Lei nº 99/2019, que renova a Lei nº 58/2007, de 4 de Setembro.
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6
Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), DL nº 80/2015
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7
Lei da AUGI, Lei nº 91/95 de 2 de Setembro.
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8
PDMA. Plano Diretor Municipal de Almada, nos termos da declaração nº 50/2019, publicada no Diário da República, 2a Série, nº 151,
de 8 de Agosto de 2019.
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Neste capítulo, são apresentados os acontecimentos que justificam a eficácia dos instrumentos
de gestão territorial, a existência de regimes jurídicos relevantes que influenciam os planos
municipais de Ordenamento Territorial.
Assim, a referência ao Plano de Pormenor de Reconversão Urbanística da Quinta do
Guarda-Mor, na Sobreda, torna-se elemento fulcral para este ensaio.
Apesar dos contratempos existentes ao longo dos anos, a importância da participação pública
neste PP, as intenções e preocupações dos proprietários e da própria CMA, foi decisivo na
importância do RJIGT, RJUE e Lei das AUGI bem como noutros instrumentos de gestão
territorial na resolução de conflitos de interesses.
6. ANÁLISE CRÍTICA
A possibilidade de participação nos processos de discussão pública por parte dos proprietários e
particulares, na elaboração de planos nacionais foi também possível devido a essa mesma
alteração.
A articulação do RJIGT, RJUE e Lei das AUGI, permitiu que áreas de génese ilegal, tivessem
possibilidade de se tornar legais aos olhos da lei e os seus proprietários capazes de participar
nessa decisão conjunta.
A defesa dos interesses da população e do uso do seu solo, através da introdução de
instrumentos à escala nacional, permitiram a implementação de regras e diretrizes legais que
obrigatoriamente têm de transpor o quadro de ordenamento territorial municipal.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
ANEXO 4 - PP RQGM
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REFERÊNCIAS
Referências Legais
Lei n.º 31/2014: Lei de Bases gerais da política pública de solos, de ordenamento do território e
de urbanismo, de 30 de Maio de 2014. Publicação: Diário da República nº 104/2014, Série I de
2014-05-30, páginas 2988 - 3003. consultada no site DRE: Diário da República eletrónico. Site:
https://dre.pt/dre/detalhe/lei/31-2014-25345938
Publicitação da CMA