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INSTITUTO DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA, PORTUGUÊS E LÍNGUAS CLÁSSICAS
BRASÍLIA-DF
2013
REGINA DE FREITAS LISBOA
COMO AS PESSOAS APRENDEM: CÉREBRO, MENTE,
EXPERIÊNCIA, ESCOLA E O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Trabalho de conclusão de curso de
Graduação apresentado ao
Departamento de Linguística,
Português e Línguas Clássicas do
Instituto de Letras da Universidade
de Brasília, como requisito parcial
para obtenção do título de
Licenciatura em Letras‐Português,
sob a orientação da Profª. Drª. Eloisa
Nascimento Silva Pilati.
BRASÍLIA-DF
2013
2
Um professor sempre afeta a eternidade. Ele nunca saberá onde sua
influência termina.
3
RESUMO
4
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................................... 4
SUMÁRIO .................................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................... 6
1. PESSOAS, ESCOLAS E O POTENCIAL DE “APRENDER” LÍNGUA PORTUGUESA ..................... 8
2. O CONHECIMENTO PREEXISTENTE .......................................................................................... 11
3. APRENDIZADO ATIVO ..................................................................................................................... 11
4. PRINCIPAIS DESCOBERTAS ............................................................................................................ 12
5. DIFERENÇAS ENTRE ESPECIALISTAS E PRINCIPIANTES ......................................................... 14
6. CONTEXTO E ACESSO AO CONHECIMENTO .............................................................................. 17
7. RECUPERAÇÃO FLUENTE ............................................................................................................. 21
8. ESPECIALISTA E ENSINO ................................................................................................................ 21
9. COMO PROJETAR AMBIENTES DE SALA DE AULA...................................................................... 22
10. TRAZENDO ORDEM AO CAOS ...................................................................................................... 23
RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................................... 27
5
INTRODUÇÃO
6
Considerando, portanto, a obra Como as pessoas aprendem: cérebro, mente,
experiência e escola, o objetivo desse estudo é apresentar um resumo da obra e
desenvolver uma reflexão sobre como as propostas ali apresentadas podem ser
implementadas no desenvolvimento das habilidades em Língua Portuguesa e de
gramática da Língua Portuguesa, em sala de aula. Assim como os pesquisadores dos
comitês supracitados acreditam nos processos de aprendizagem e na sua organização
efetiva, nós acreditamos que o desenvolvimento do comportamento linguístico
extrapola os limites das gramáticas tradicionais (GTs) estudadas em sala de aula. Em
vez disso, propomos a investigação científica desse comportamento a fim de obter
melhorias nas aulas de português.
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1. Pessoas, escolas e o potencial de “aprender” Língua Portuguesa
8
regras gramaticais decoradas e repetidas na escola. O ensino de língua materna neste
caso contempla descobertas a serem feitas pelo próprio falante.
2. “Sujeito é o termo que denota o ser a respeito de quem ou de que se faz uma
declaração” (FARACO & MOURA, 1994, p. 313).
3. “Sujeito é o ser que pratica a ação verbal” (CELSO CUNHA, 2010, p 352).
9
exemplo:
Por exemplo: "Os carros foram comprados por mim durante a feira
automobilística."
Por exemplo: “Eu considero o meu cachorro o mais bonito, o mais esperto e o
que têm o pêlo mais sedoso.”
Cabe ressaltar que tais definições da gramáticas tradicionais não estão incorretas
e sim incompletas, por isso, para que se possa sistematizar o conhecimento acerca do
que é o sujeito, é necessário que sejam utilizados em conjunto os diversos aparatos
teóricos disponíveis.
10
sentido. "O sentido não é qualquer coisa de independente, ou, mais particularmente,
não é apenas um conceito; conjuga-se a uma forma. O termo ´sentido´ só pode ser
entendido com o auxílio do conceito de ´forma´." (Mattoso Câmara, 1970).
2. O conhecimento preexistente
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melhora quando os professores dão atenção ao conhecimento e às crenças trazidas
pelos alunos para a sala de aula, quando utilizam esse conhecimento como ponto de
partida para a nova instrução e quando monitoram as mudanças de concepção dos
alunos à medida em que a instrução evolui.
3. O aprendizado ativo
4. Principais descobertas
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Um aspecto decisivo do ensino segundo a pesquisa é trazer a luz a compreensão
que os alunos tem sobre o assunto a ser ensinado e proporcionar oportunidades para
que elaborem ou contestem a compreensão inicial.
Com base nesse estudo, a pesquisa também apontou que um bom resultado para o
ensino é perceber que o professor deve explorar ativamente o pensamento dos
estudantes, criando na sala de aula tarefas e condições em que o pensamento do aluno
possa se manifestar.
Além disso, a pesquisa sugere que o professor deve compreender como evolui e se
desenvolve o raciocínio dos alunos sobre os conceitos apresentados em sala, evitando
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métodos que contribuam para que o aluno decore o conteúdo para simplesmente
lembrá-lo na hora da prova.
2
De acordo com cientistas cognitivos envolvidos nessa pesquisa , os
especialistas possuem um vasto conhecimento que afeta o que percebem e como
organizam, representam e interpretam as informações no seu ambiente. Este fato, por
sua vez, influencia suas capacidades de recordação, raciocínio e resolução de
problemas.
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organiza em torno de conceitos essenciais ou “grandes idéias” que orientam seu
raciocínio.
Conceituação de SUJEITO
Principiantes:
15
Especialistas:
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É importante ressaltar que na pesquisa nota-se no entanto que os principiantes
podem se beneficiar dos modelos utilizados por especialistas para enxergar e entender
o conceito, como sugerido no esquema acima.
O professor deve saber o limite de aplicação das noções definidas, para não
generalizá-las a expressões e exemplos a que não se aplicam e que são geralmente
colocados para análise afim de testar o conhecimento do aluno3.
17
fim empregado mais recentemente como a subcategorização lexical de cada verbo
com relação à preposição. A regência de um verbo passou a ser, assim, a presença ou
não de preposição no seu complemento e a especificação lexical dessa preposição 4.
Um bom exemplo disso é o caso dos verbos assistir e visar. O verbo assistir,
segundo a tradição gramatical, é preposicionado no sentido de ‘estar presente’ e
‘presenciar’. Como transitivo direto, tem a acepção de ‘socorrer’, ‘acompanhar’,
‘auxiliar’, ‘servir’, ‘favorecer’. No sentido de ‘presenciar’, a tradição não admite a
elipse da preposição, porém reconhece que já há construções com a voz passiva e em
que a preposição não aparece. Em relação ao verbo visar, a análise é semelhante: na
acepção de ‘orientar-se para uma meta’, é transitivo relativo; na acepção de ‘dar
visto’, é transitivo direto.
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No entanto, é, também, reconhecido que, no português brasileiro não-padrão/
vernacular, a preposição ‘a’ não ocorre nos casos em (a) e (c), mantendo-se o
significado da configuração preposicionada, o que significa dizer que, nesse
contexto, há flutuação de preposição.
Por outro lado, se não houver uma investigação científica por parte do aprendiz,
assim como a pesquisa sobre como as pessoas aprendem aponta, principiantes estarão
apenas reproduzindo as regras gramaticais decoradas nos livros didáticos, sem
construírem um conhecimento condicionalizado, ou seja, sem possuírem um
repertório de conhecimento relevante sobre o assunto e sem pensarem a respeito do
que estão reproduzindo nas provas.
Por esse motivo, a pesquisa em questão que analisou outras disciplinas e outras
áreas do conhecimento além da Linguística revelou que muitos aprendizes se saem
bem em exercícios guiados por dicas, mas se surpreendem ao fazerem testes nos quais
as questões serão exigidas aleatoriamente, sem dicas como previamente feito em sala
de aula.
Principiantes:
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Especialistas:
20
7. Recuperação fluente
8. Especialista e ensino
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9. Como projetar ambientes de sala de aula
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costuma não levar em consideração seus conhecimentos linguísticos inatos, o que
dificulta a investigação científica da língua materna 5.
O que mais interessa nas aulas de português e que ainda falta é levar os alunos a
operar sobre a linguagem, rever e transformar seus textos, perceber neste trabalho a
riqueza das formas linguísticas disponíveis para as suas mais diversas opções6.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este estudo teve por objetivo analisar alguns dos principais tópicos da obra
Como as pessoas aprendem: cérebro, mente, experiência e escola e assim verificar o
que é necessário para os aprendizes alcançarem uma compreensão profunda para
então determinar o que leva ao ensino efetivo. Além disso, este estudo teve por
objetivo adequar as técnicas e resultados da obra com os problemas encontrados nas
aulas de Língua Portuguesa em relação à conceituação de sujeito e regência.
Para ratificar o que acontece em salas de aulas reais, os estudos que resultaram na
obra em questão preocuparam-se em unir as mais novas teorias acerca da
aprendizagem com a situação real de professores e alunos e os reais problemas
encontrados nesse ambiente.
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problemas de cognição encontrados nas salas de aulas seriam mais facilmente sanados
com um bom planejamento baseado nos processo de como se dá o aprendizado.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PILATI, E.; NAVES, R.; VICENTE, H.; SALLES, H. Educação linguística e ensino
de gramática na educação básica. Linguagem & Ensino, v. 14, n. 2, 2011, p. 395-425.
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