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Módulo II – Sistemas de Investigação Criminal

Aula 03 – Introdução aos Modelos Possíveis

Professor: Leonardo Marcondes Machado


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1. Investigação Preliminar. Noção Geral.


A investigação preliminar corresponde ao procedimento cognitivo de apuração indiciária
de certa notícia-crime com o objetivo de legitimar a deflagração (ou não) de ação processual
penal.
 procedimento: conjunto de normas, de atos e de espaços subjetivos1;
 (re)cognitivo: busca (racional) de conhecimento (possível) sobre determinada notícia
criminosa;
 apuração indiciária: âmbito restrito de produção de conhecimento e de juízo
conclusivo a respeito do caso penal durante a etapa de investigação preliminar;
 certa notícia-crime: individualização de suposta conduta delitiva;
 deflagração (ou não) de ação processual penal: início (ou não) do processo penal.

2. Sistemas de Investigação Preliminar (Espécies)

I) quanto à natureza do órgão de coordenação da investigação:


a) público (ex.: investigação policial);
b) privado (ex.: investigação particular).

II) quanto ao objetivo da atividade de investigação:


a) imparcial (ex.: investigação policial);
b) parcial (ex.: investigação defensiva).

3. Modelos (Públicos) Tradicionais


a) Sistema Policial: Polícia Judiciária ou Investigativa como órgão presidente e de

1“O ‘procedimento’ como sequência de normas, de atos, de posições subjetivas” (FAZZALARI, Elio. Instituições de
Direito Processual. Trad. Elaine Nassif. Campinas: Bookseller, 2006, p. 113-115). No mesmo sentido: GONÇALVES,
Aroldo Plínio. Técnica Processual e Teoria do Processo. Rio de Janeiro: AIDE, 2001, p. 108.

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execução da investigação. Ex.: Brasil.


b) Sistema Ministerial (Promotor Investigador): Ministério Público como órgão presidente
(ente intelectual coordenador) e a Polícia Judiciária ou Investigativa como órgão (subordinado)
operacional da investigação preliminar. Ex.: Alemanha, Chile, Itália, Portugal e Uruguai.
c) Sistema Judicial (Juiz de Instrução): Judiciário como órgão presidente (ente intelectual
coordenador) e a Polícia Judiciária ou Investigativa como órgão (subordinado) operacional da
investigação preliminar. Ex.: Espanha e França.

4. Investigação Privada

4.1. Investigação Particular


- com ou sem detetive particular (Lei n. 13.432/2017).

4.2. Investigação Defensiva


- “compreende-se por investigação defensiva o complexo de atividades de natureza
investigatória desenvolvido pelo advogado, com ou sem assistência de consultor técnico ou
outros profissionais legalmente habilitados, em qualquer fase da persecução penal,
procedimento ou grau de jurisdição, visando à obtenção de elementos de prova destinados à
constituição de acervo probatório lícito, para a tutela de direitos de seu constituinte” (art. 1º do
Provimento n. 188/2018 do Conselho Federal da OAB).
- não se confunde com o direito de defesa nas investigações criminais estatais (Lei n.
13.245/2016).

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